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Projeto de Relatório – Desigualdade e Pobreza

Componentes do grupo: Luca Vilela, Natanaele Costa e Leando Barcelos

O objetivo do relatório é analisar a concentração de renda e o desemprego nas


Unidades Federativas brasileiras, nos anos de 2009 e 2019, com dados da PNAD
Contínua Anual de 2012 e 2019. Contudo, a pobreza será entendida como um
fenômeno não somente monetário, mas multidimensional, ou seja, que afeta a vida
da população em vários sentidos, como mostram, entre outros, o relatório Brazil
Poverty and equity assessment. Por isso, também será utilizado o índice de
vulnerabilidade do IPEA, que está organizado em três dimensões: i) infraestrutura
urbana; ii) capital humano; e iii) renda e trabalho.

Além disso, em uma inserção temática mais específica, também serão abordados
indicadores de exposição da população à violência. Será avaliado se as mortes por
influência externa podem ser uma possível consequência da concentração de renda
e do desemprego. Nesse contexto, uma hipótese de pesquisa é que, em lugares com
concentração de renda, desigualdade e desemprego elevados, pode haver uma maior
exposição da população – sobretudo da juventude – à violência. O objetivo geral é,
por fim, construir um indicador multidimensional de exposição à violência, que possa
complementar os indicadores de renda e vulnerabilidade social com elementos
educacionais, de trabalho e de saúde. Para tanto, serão utilizadas, entre outros, as
seguintes bases de dados, disponíveis em fontes diversas, como a Síntese de
Indicadores Sociais do IBGE e o DataSUS.

• Proporção da população com Ensino Médio Completo (IBGE)


• Índice de Vulnerabilidade Social – IVS (IPEA)
• Total de Jovens que não estudam e nem trabalham (IBGE)
• Taxa de homicídios por 100 mil habitantes (IPEA Data/Atlas da Violência)
• Número de acidentes de transporte (DataSUS)
• Número de suicídios (DataSUS)
• Renda por fontes (IBGE)
• Renda média domiciliar per capita (IBGE)

Dentro dessa temática geral, ainda poderá haver uma inserção temática mais
específica, desagregando as bases de dados de mortes por influência externa–
homicídios, suicídios e acidentes de transporte – por gênero e raça. Além de captar
as desigualdades sociais e especiais em suas particularidades, isso poderá ajudar
para explicar fenômenos sociológicos mais complexos. Grusky e Kanbur (2006), por
exemplo, mostram que a ciência econômica vem abarcando assuntos de natureza
sociológica com mais frequência, o que é importante para explicar desigualdade,
pobreza e violência para além do fator classe de renda ou classe social. Por fim,
também poderá haver, na medida do possível, uma análise da atuação do Estado nos
diferentes contextos estaduais, com as bases de dados sobre a concessão de
benefícios sociais (IBGE) e violência policial (Autos de Resistência –Violência, IPEA)

REFERÊNCIAS
GRUSKY, David B.; KANBUR, SM Ravi; SEN, Amartya Kumar. Poverty and inequality. Stanford
University Press, 2006.

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