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Entre 1950 e 1953, período em que foi criado, no Brasil, o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico (BNDE) – atual BNDES – o valor médio anualmente
investido na América Latina foi de 421,7 milhões de dólares. De acordo com Prebisch
(1973), esse valor mostrava a insuficiência do esforço internacional no
desenvolvimento econômico da América Latina. Preocupado com esse baixo volume
de crédito, causado pela deterioração dos termos de troca e pelas restrições ao
crescimento interno decorrentes da situação adversa da balanço de pagamentos, o
economista argentino escreveu “LA COOPERACION INTERNACIONAL EN LA
POLITICA DE DESARROLLO LATINOAMERICANA“, um livro importante para
compreender o contexto em que foram criados os primeiros bancos de
desenvolvimento na América Latina.
Em seguida, o autor estima um valor satisfatório – 1 bilhão de dólares por ano – para
os investimentos estrangeiros que seriam realizados entre 1955 e 1957, mostrando
que os aportes não deveriam exceder em muito esse montante, pois isso elevaria
sobremaneira a carga financeira e estrangularia ainda mais a balança de pagamentos
dos países da América Latina. Por esse mesmo motivo, diz o autor, os empréstimos
aos países da região deveriam ser realizados com capitais provenientes de bancos
públicos internacionais, que praticavam taxas de juros menores e possuíam uma
visão de longo prazo sobre as demandas da América Latina. O autor se refere, mais
especificamente, ao Banco de Exportações e Importações dos Estados Unidos (EXIM
Bank of the United States), que havia financiado, anos antes, a construção de um
parque industrial siderúrgico no Brasil e no Chile.