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Aula 1
INTRODUÇÃO
Estudar sobre o Financiamento Imobiliário nos permite perpassar por uma série de conceitos, instrumentos,
institutos e campos de conhecimento diferentes, ao passo que o foco dessa disciplina é entender e analisar a
viabilização da aquisição do imóvel, em regra, por meio de uma instituição financeira.
Entender o financiamento imobiliário em sua plenitude demanda compreender não somente os aspectos
contratuais e financeiros do tema, mas também as nuances tributárias, econômicas, notariais, dentre outros.
Nesse contexto, nesta aula veremos o histórico do financiamento imobiliário no Brasil, de modo que
entenderemos o que é o Banco Nacional de Habitação, quem são os operadores financeiros, as entidades
normativas e os órgãos normativos, bem como o que é o Plano Nacional de Habitação.
Nesse sentido, a ideia de financiamento imobiliário emergiu com o intuito de auxiliar e estimular a compra da
casa própria, sobretudo em razão da ausência de condições financeiras de grande parte da população do país.
Assim, é preciso contextualizar que a necessidade de aquisição da casa própria ganhou força na segunda
metade do século XX, momento em que o Brasil viveu uma verdadeira explosão demográfica nos centros
urbanos, que culminou em uma crise habitacional.
Como se não bastassem os problemas acima mencionados, o Estado brasileiro não tinha nenhuma política,
projeto ou ação no sentido de assistir a população, ou seja, em meio à grande demanda da sociedade por
habitação, o país não tinha nenhuma solução para oferecer, ao passo que, até então, não tinha sido forçado a
planejar medidas nesse sentido.
Cabe destacar que o supramencionado período foi definitivo para a aspiração coletiva no que diz respeito ao
“sonho da casa própria”. Assim, a falta de planejamento estatal, somada ao ideal de obter a casa própria, fez
com que o crescimento desordenado imperasse e construções irregulares surgissem, a exemplo das
comunidades, popularmente denominadas de favelas.
Com o fulcro de regulamentar o mercado imobiliário em evidente expansão, foi publicada a Lei Federal nº
4.380/1964, responsável por uma série de criações no contexto imobiliário, sobretudo pela criação do Sistema
Financeiro de Habitação (SFH), do Banco Nacional de Habitação (BNH) e das Sociedades de Crédito Imobiliário
(SCI).
O Banco Nacional de Habitação (BNH) era uma empresa pública nacional responsável pelo financiamento de
empreendimentos imobiliários. Conforme veremos com mais detalhes mais adiante, o BNH foi extinto por
meio do Decreto-Lei nº 2.291/1986, que, além disso, dispôs que as atividades do BNH passariam a ser
executadas pela Caixa Econômica Federal (CEF), pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) e pela Secretaria de Habitação do Ministério de Desenvolvimento Urbano (MDU) (BRASIL, 1986).
No que diz respeito aos operadores financeiros, as entidades normativas e os órgãos normativos, precisamos
saber que os agentes financeiros autorizados a operar são a Caixa Econômica Federal, os Bancos Comerciais,
os Bancos de Investimentos, as Sociedades de Crédito Imobiliário, as Associações de Poupança e Empréstimo,
Companhias Hipotecárias e Companhias de Habitação.
Por fim, cabe explicar que o Plano Nacional de Habitação (PlanHab), conforme o próprio nome indica, é um
plano que visa estruturar ações públicas e privadas para construir uma estratégia voltada para atender às
necessidades habitacionais do país, garantindo assim uma moradia digna a todos os cidadãos brasileiros.
Nesse sentido, conforme explicitado inicialmente, o BNH, assim como outras instituições, foi criado pela Lei
Federal nº 4.380/1964, conforme podemos constatar:
III - das Caixas Econômicas Federais, IPASE, das Caixas Militares, dos órgãos federais
de desenvolvimento regional e das sociedades de economia mista.
— (BRASIL, 1964)
O BNH foi extremamente importante para a lógica do financiamento imobiliário brasileiro, ao passo que foi
responsável pela produção considerável de habitações destinadas às pessoas de baixa renda. Contudo, apesar
do importante papel, o referido banco, com as referidas iniciativas, acabou contribuindo para a proliferação de
conjuntos habitacionais em ambientes marginalizados, o que acentuou ainda mais a exclusão social.
Mais adiante, depois de quase vinte dois anos de atuação, o BNH foi extinto, por meio do Decreto-Lei nº
2.291/1986, conforme podemos observar:
Art. 1º - É extinto o Banco Nacional da Habitação - BNH, empresa pública de que trata a
Lei número 5.762, de 14 de dezembro de 1971, por incorporação à Caixa Econômica
Federal - CEF.
No que tange ao Plano Nacional de Habitação (PlanHab), cabe ressaltar que o seu principal foco é formular um
método de longo prazo para tentar resolver as necessidades habitacionais do país, alocando de forma
inteligente os recursos existentes e a serem mobilizados, e propondo uma estratégia nos quatro eixos
estruturadores da política habitacional: modelo de financiamento e subsídio; política urbana e fundiária;
arranjos institucionais e cadeia produtiva da construção civil (MPPR, 2022, p. 9).
Por fim, é possível afirmar que, a partir do PlanHab, e por meio dele, desde que executadas as estratégias
propostas, poderá se falar em universalizar o acesso à moradia digna para todo e qualquer cidadão brasileiro,
eleja que propõe traçar um caminho reto até esse fim (MPPR, 2022, p. 9).
Banco Nacional de Habitação: ainda que encontremos referências ao BNH em muitos manuais até hoje,
precisamos lembrar que era uma empresa pública nacional responsável pelo financiamento de
empreendimentos imobiliários e que, depois de quase vinte e dois anos de atuação, foi extinto por meio
do Decreto-Lei nº 2.291/1986.
Operadores financeiros, as entidades normativas e os órgãos normativos: José trabalha como assistente
administrativo há mais de trinta anos e sonha em comprar a sua casa própria. Contudo, ele não tem
condições de comprar à vista o imóvel por ser assalariado e ter uma família com cinco filhos para
sustentar. Pensando em como poderia sair do aluguel e realizar o seu sonho de obter o imóvel, José
encontrou no ônibus um folheto informando que a Caixa Econômica Federal realiza o financiamento de
casas populares, inclusive dos trabalhadores que querem fazer uso do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS). Empolgado com a informação, José se dirigiu a uma agência da CEF para buscar maiores
detalhes, momento em que descobriu que poderia financiar o bem por meio da CEF e ainda usar o seu
FGTS como abatimento, tudo isso fruto de políticas públicas que existem para tentar combater a pobreza
habitacional.
Plano Nacional de Habitação: o PlanHab tem como objetivo atender as necessidades de habitação nos
próximos 15 anos, contemplando cerca de trinta e cinco milhões de unidades habitacionais, considerando
o déficit acumulado e a demanda futura, gerada pela formação de novas famílias. Somado a isso, é
pretensão do PlanHab urbanizar milhares de assentamentos precários, demasiadamente carentes de
infraestrutura e onde a falta de inserção urbana tornam precárias as condições de vida de mais de 15
milhões de pessoas (MPPR, 2022, p. 10). Cabe frisar que resolver o problema da pobreza habitacional no
Brasil é uma obrigação do Estado, mas também pode se transformar em um elemento chave no processo
de desenvolvimento econômico e social brasileiro (MPPR, 2022, p. 11), contribuindo assim para a melhoria
de vida de milhões de brasileiros que hoje se encontram em situações degradantes, que ferem o princípio
básico da dignidade da pessoa humana.
Por meio dos exemplos estudados e informações absorvidas, conseguimos entender como a teoria aprendida
se converte em prática, de modo que fica mais fácil compreender e enxergar o assunto de forma óbvia em
nossas rotinas profissionais. Ademais, também fica evidente a importância de políticas públicas, a exemplo
das promovidas pelo Plano Nacional de Habitação, pois que podem mudar vidas.
VIDEOAULA
Nesta videoaula reforçaremos o conteúdo aprendido, de modo que veremos o histórico do financiamento
imobiliário no Brasil, entenderemos o que era o Banco Nacional de Habitação e qual era a sua função, quem
são os operadores financeiros, as entidades normativas e os órgãos normativos, bem como o que é o Plano
Nacional de Habitação.
Videoaula
Saiba mais
Para compreendermos de forma mais aprofundada os temas abordados nesta aula, é fundamental
recorrermos a materiais complementares que permitam o entendimento mais sólido dos assuntos.
O Plano Nacional de Habitação trouxe inúmeras orientações sobre metas, etapas e ações de
implementação. Para acessá-lo, clique no link abaixo:
https://urbanismo.mppr.mp.br/arquivos/File/Habitacao/Material_de_Apoio/PLANONACIONALDEHABITAO.
pdf. Acesso em: 26 mai. 2022.
O Decreto-lei nº 2.291, de 21 de novembro de 1986, extinguiu o Banco Nacional de Habitação e criou a
Caixa Econômica Federal. Seu conteúdo pode ser acessado pelo seguinte link:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2291.htm. Acesso em: 26 mai. 2022.
Aula 2
INTRODUÇÃO
O estudo do financiamento imobiliário demanda a compreensão de temas diversos, de modo que o
profissional e/ou estudante da área tenha uma visão horizontal sobre o assunto, perpassando pelas questões
técnicas específicas até o conhecimento jurídico, financeiro, além de outros.
Nesse contexto, nesta aula aprenderemos sobre o Código Civil, mais precisamente sobre o que ele dispõe
acerca do direito das obrigações. Também abordaremos a definição de avaliação imobiliária, quais são as
forças atuantes, o que são os valores de mercado e os métodos de avaliação.
Por fim, analisaremos as regras da avaliação de bens imóveis e as normas ABNT 14653-1, 14653-2 e 14653-3,
todas estas conexas ao assunto estudado e demasiadamente importantes para o entendimento da nossa
disciplina.
Vamos lá?
Outro ponto que conecta diretamente o financiamento imobiliário ao direito das obrigações é que este último
compreende o vínculo jurídico que faz com que uma parte exija da outra uma prestação de natureza
econômica, sendo esta precisamente a descrição do que trata o financiamento imobiliário.
As previsões do Código Civil de 2002 sobre o direito das obrigações nos permite estabelecer inúmeras
conexões relevantes com o financiamento imobiliário, ao passo que, ao longo dos seus dispositivos, o
supracitado código orienta acerca do tema.
Nesse sentido, cabe destacar as importantes previsões do CC/2002 sobre os contratos em geral, que afetam os
contratos de financiamento imobiliário. Isso porque o mencionado diploma rege que a liberdade contratual
deverá ser exercida nos limites da função social do contrato (BRASIL, 2002).
Somado a isso, o CC/2002 delineia que, nas relações contratuais privadas, devem prevalecer o princípio da
intervenção mínima e o princípio da excepcionalidade da revisão contratual (BRASIL, 2002), visando conferir
segurança jurídica, por exemplo, às partes que pactuam sobre o financiamento imobiliário.
Também merece destaque o fato de o CC/2002 determinar que os contratos civis e empresariais devem ser
presumidos paritários e simétricos até a presença de elementos concretos que justifiquem entendimento
diverso, com exceção dos regimes jurídicos previstos em leis especiais (BRASIL, 2002).
No que diz respeito à avaliação imobiliária, ela consiste basicamente no estudo, ou seja, na análise do imóvel.
A referida avaliação, em regra, tem como fim concluir qual é o valor de mercado de determinado imóvel e
quais são as circunstâncias que permeiam o citado valor.
As forças atuantes são espécies de situações, circunstâncias ou elementos que impactam o mercado
imobiliário. Nesse contexto, cabe mencionar a teoria desenvolvida pelo Professor Michael Porter, da
Universidade de Harvard, que defende um modelo de análise mercadológica, conhecido mundialmente como
as Cinco Forças de Porter, as quais se identificam com as forças que atuam no mercado, sendo elas: rivalidade
entre os concorrentes; ameaça de entrada de novos entrantes; ameaça de produtos e serviços substitutos;
poder de barganha dos fornecedores; e poder de barganha dos clientes (CRUZ, 2015, p. 23).
O valor de mercado consiste na quantia que deverá ser paga por um bem considerando apenas imóveis do
mesmo tipo e na mesma localidade. Será, dessa forma, utilizado um método comparativo direto de dados de
mercado, conforme a NBR 14653-1. Assim, os métodos de avaliação são, em síntese, formas utilizadas para
avaliação. Por fim, as regras de avaliação de bens imóveis estão dispostas nas NBRs 14653-1, 14653-2 e 14653-
3, conforme veremos a seguir.
No mesmo sentido, o referido diploma determina que deve ser garantido também que as partes contratantes
poderão fixar parâmetros objetivos para a interpretação das cláusulas negociais, assim como de seus
pressupostos de revisão ou de resolução (BRASIL, 2002).
Outro ponto importante é que o CC/2002 rege que também deve ser garantido o respeito à alocação de riscos
estabelecidos pelas partes, assim como que a revisão contratual somente ocorrerá de maneira excepcional e
limitada (BRASIL, 2002), atendendo ao princípio da excepcionalidade da revisão contratual.
No que tange à avaliação imobiliária, ela pode ser usada para diagnosticar o valor da indenização. Nesse
sentido, cabe reforçar que o valor de mercado se reflete no montante estabelecido como o que deverá ser
pago pelo bem, considerando apenas outros imóveis do mesmo tipo e na mesma localidade.
A NBR 14653-1 dispõe que o valor de mercado é a identificação do valor, que deve ser efetuada com a
utilização da metodologia que melhor se adeque ao mercado de inserção do bem e a partir do tratamento dos
seus dados (ABNT, 2022).
Já o valor de reposição pode ser compreendido como o somatório dos gastos diretos ou indiretos de uma
construção, a exemplo do custo de terreno, da obra, das licenças para adicional construtivo e do custo do
dinheiro no tempo. Nesses casos, comumente é usado o método comparativo direto de custo, conforme rege
a NBR 14653-1.
O método comparativo é o que avalia determinado bem a partir da comparação com dados de mercado,
considerando as características intrínsecas e extrínsecas, custos da obra, além de outros índices.
A NBR 14653-1 determina que é possível usar o método comparativo direto de custo e o método da
quantificação de custo (ABNT, 2022).
Usando o método comparativo, é possível concluir sobre o custo de um bem por meio do tratamento técnico
das características dos elementos comparáveis (ABNT, 2022), a exemplo do custo de reposição (isto é, de
quanto custaria construir um imóvel que já existe), método de custo, valor de terreno, custo da construção e
despesas financeiras.
Cabe frisar que o método da quantificação de custo diagnostica o custo de certo bem ou de suas partes,
usando orçamentos sintéticos ou analíticos, a partir das quantidades de serviços e consequentes custos
diretos e indiretos (ABNT, 2022).
Por fim, é importante explicar que a NBR 14653-1 dispõe sobre a parte geral da avaliação de bens, enquanto a
NBR 14653-2 trata sobre disposições acerca dos imóveis urbanos e a NBR 14653-3 contempla os imóveis
rurais.
Nesse contexto, recorrer a exemplos de como o conteúdo estudado pode ser aplicado no cotidiano
profissional é fundamental tanto para o entendimento aprofundado quanto para estarmos preparados para os
desafios profissionais que possam eventualmente surgir.
O Código Civil e o Direito das Obrigações: João financiou um imóvel junto à Caixa Econômica Federal, em
razão de ter pesquisado durante meses sobre o tema e o melhor imóvel para adquirir e, no fim, ter
constatado que a CEF era quem oferecia as melhores condições. Escolhido o imóvel, repassadas as
condições do financiamento, acordadas as parcelas e todos os elementos fundamentais sobre a
pactuação, João e a CEF celebraram contrato de financiamento de imóvel. Dentre as condições
estipuladas, estavam o imóvel a ser financiado, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), a juros
zero. Passados seis meses do negócio celebrado, um gerente da CEF contatou João e informou que houve
um equívoco por parte do funcionário que fechou o contrato. Isso porque na verdade o imóvel custa R$
80.000,00 (oitenta mil reais), com juros de 2% (dois por cento) ao mês. Revoltado, ao passo que celebrou o
contrato de boa-fé, João procurou uma advogada, momento em que descobriu que a CEF não poderia
mudar os termos contratuais, sobretudo porque o referido contrato passou pela análise de vários setores,
bem como porque o Código Civil de 2002 traz previsões nesse sentido, determinando que nas relações
contratuais privadas deve prevalecer o princípio da intervenção mínima e o princípio da excepcionalidade
da revisão contratual, motivo pelo qual João está totalmente respaldado juridicamente.
Avaliações imobiliárias, forças atuantes, valores de mercado e métodos de avaliação: Ana é perita e
avaliadora de imóveis e foi contratada para realizar a avaliação de determinado imóvel. O citado imóvel é
alvo de disputa judicial, em razão de a parte compradora alegar que ele vale menos de cem mil reais e o
vendedor afirmar que na verdade tem valor superior a trezentos mil reais. Ao realizar a perícia, Ana
constatou que de fato o comprador estava correto. Contudo, o vendedor exigiu fundamentação técnica da
referida conclusão. Foi então que Ana apresentou a fundamentação da sua avaliação, que se embasou na
teoria das Cinco Forças de Porter, em especial, no poder de barganha dos clientes, pois o imóvel se situa
em um bairro onde funcionava o centro, mas houve a migração deste, o que desvalorizou a região, sendo
este argumento usado com frequência como forma de barganhar o montante cobrado pelos imóveis. Em
razão dessa prática, o valor médio dos imóveis do bairro caiu de trezentos mil reais para cerca de cem mil
reais.
A partir dos exemplos acima podemos compreender como as disposições do Código Civil vigente incidem
sobre o financiamento imobiliário, como se dá a avaliação imobiliária, como podem incidir as forças atuantes,
os valores de mercado e métodos de avaliação, além dos outros elementos estudados.
VIDEOAULA
Nesta videoaula abordaremos o Código Civil, especificamente suas disposições acerca do direito das
obrigações, acerca da avaliação imobiliária, quais são as forças atuantes, o que são os valores de mercado e
os métodos de avaliação. Ademais, trataremos sobre as regras da avaliação de bens imóveis e as normas da
ABNT 14653-1, 14653-2 e 14653-3.
Videoaula
Saiba mais
Para compreendermos de forma plena os assuntos estudados nesta aula, é importante recorrermos a
materiais complementares que permitam o entendimento aprofundado dos assuntos. Para saber mais,
clique nos links abaixo.
Aula 3
INTRODUÇÃO
O estudo do financiamento imobiliário demanda compreendermos os atores envolvidos na prática imobiliária
e financeira, visto que são eles os responsáveis por viabilizar o que a lei dispõe, o que a doutrina aperfeiçoa e
o que as partes demandam.
Nesse contexto se situa o corretor de imóveis, que, em síntese, é o profissional responsável por intermediar o
processo de negociação de imóveis, a exemplo da compra, venda e locação. Assim, visando compreender o
papel desse profissional que é fundamental para a logística imobiliária, nesta aula aprenderemos mais sobre a
profissão do corretor de imóveis, veremos a Lei Federal nº 6.530/78, como funciona sua regulamentação,
entenderemos o Decreto nº 81.871/78, bem como analisaremos as atribuições, competências e o código de
ética do corretor de imóveis.
O PAPEL DO CORRETOR DE IMÓVEIS: NOÇÕES GERAIS
Entender a profissão do corretor de imóveis e consequentemente o papel dele na lógica do financiamento
imobiliário é extremamente importante para obtermos uma compreensão horizontal acerca do âmbito em
questão.
Assim, cabe inicialmente explicar que o corretor de imóveis é o profissional responsável por intermediar as
transações relacionadas à locação, assim como à compra e à venda de imóveis, sejam residenciais ou
comerciais.
O corretor de imóveis atua dando suporte ao cliente interessado nas citadas negociações, devendo ter
conhecimento amplo sobre o mercado, o que possibilita que ele oriente e esclareça todas as dúvidas que
eventualmente o cliente venha a ter.
Nesse sentido, o supracitado profissional é procurado principalmente quando um indivíduo tem interesse em
adquirir um imóvel, buscando assim todas as informações possíveis antes de fechar o negócio.
Como praticamente todas as classes profissionais, o corretor de imóveis conta com o Conselho Federal de
Corretores de Imóveis (COFECI) e com os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis (CRESCI).
Nesse contexto, cabe explicar a função do COFECI, já que é um órgão fiscalizador da profissão do corretor de
imóveis em âmbito federal e que foi criado em razão da necessidade de organizar a categoria e coibir o mau
exercício da referida atividade profissional (CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS, 2022).
No que diz respeito a sua natureza jurídica, o conselho representa uma autarquia federal. Além disso, é
importante mencionar que o COFECI é composto por um Conselho Federal e por vinte e cinco Conselhos
Regionais de Corretores de Imóveis dispostos por todo o Brasil (CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE
IMÓVEIS, 2022).
O COFECI normatiza e fiscaliza a profissão do corretor de imóveis e respalda a sua atuação na Lei Federal nº
6.530/1978, que é a lei responsável pela regulamentação da profissão em estudo, assim como por disciplinar o
funcionamento dos órgãos de fiscalização relativos a ela.
São por volta de quatrocentos mil corretores de imóveis e cinquenta mil empresas de intermediação de
negócios atuando formalmente no mercado imobiliário, o que culmina em considerável movimentação da
cadeia produtiva da construção civil, que representa cerca de dezoito por cento do produto interno bruto (PIB)
brasileiro (CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS, 2022).
De modo geral, a Lei Federal nº 6.530/1978 é a normativa responsável pela regulamentação da profissão de
corretor de imóveis, bem como por disciplinar o funcionamento de seus órgãos de fiscalização (BRASIL, 1978
b).
O Decreto nº 81.871/78, por sua vez, surgiu para regulamentar a Lei nº 6.530/1978, de modo a conferir nova
regulamentação à profissão de corretor de imóveis e disciplinar sobre o funcionamento de seus órgãos de
fiscalização.
Por fim, é importante destacar que o Código de Ética do corretor de imóveis consiste na Resolução-COFECI nº
326/1992 e contempla todas as disposições voltadas para a ética profissional, visando contribuir para a prática
de condutas harmônicas e debruçadas sobre o esforço ético e moral no âmbito da corretagem.
Nesse sentido, inicialmente cabe explicar que a Lei Federal nº 6.530/78 determina que o exercício da profissão
de corretor de imóveis, no território nacional, é regido pela lei em questão, assim como assevera que o
desempenho da profissão do corretor de imóveis será autorizado ao detentor de título de Técnico em
Transações Imobiliárias (BRASIL, 1978b).
Somado a isso, a referida lei trata das competências do profissional em comento, sendo o corretor de imóveis
competente para realizar a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda,
opinar sobre comercialização imobiliária (BRASIL, 1978b).
Todas as atribuições acima mencionadas não são exclusivas da pessoa física, ao passo que podem ser
desenvolvidas também por pessoa jurídica, desde que inscrita nos termos do que rege a Lei Federal nº
6.530/78, sendo estas sujeitas aos mesmos deveres e direitos das pessoas físicas (BRASIL, 1978b).
A supramencionada lei também dispõe sobre o Conselho Federal e os Conselhos Regionais, quando rege que
são órgãos de disciplina e fiscalização do exercício da profissão de corretor de imóveis, constituídos em
autarquia, possuindo personalidade jurídica, mais especificamente de direito público, vinculada ao Ministério
do Trabalho, e têm autonomia administrativa, operacional e financeira (BRASIL, 1978 b).
Ademais, outra disposição da mencionada lei é no sentido de que o corretor de imóveis pode se vincular a
uma ou mais imobiliárias, mantendo sua autonomia profissional, não tendo vínculo, nem mesmo
empregatício e previdenciário, por meio de contrato de associação específico, que deve ser registrado no
Sindicato dos Corretores de Imóveis ou, nos casos onde não houver sindicato estabelecido, registrado nas
delegacias da Federação Nacional de Corretores de Imóveis (BRASIL, 1978b).
No que diz respeito ao Decreto nº 81.871/78, as disposições iniciais dele acerca da regulamentação da
profissão do corretor de imóveis e dos órgãos responsáveis pela fiscalização e disciplina são praticamente
iguais aos da lei acima tratada, motivo pelo qual não destacaremos aqui suas disposições iniciais, já que seria
redundante.
Sobre o Código de Ética do Corretor de imóveis, é importante fazer alguns destaques. Inicialmente, o citado
Código dispõe que tem por objetivo estabelecer a forma pela qual deve se conduzir o corretor de imóveis,
quando no exercício profissional (CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS, 1992).
Os deveres do citado profissional abarcam, além da defesa do interesse que lhe é confiado, o zelo do prestígio
de sua classe e o aprimoramento da técnica das transações imobiliárias (CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES
DE IMÓVEIS, 1992).
O supracitado Código ainda dispõe exaustivamente sobre como o corretor de imóveis deve se portar
eticamente em relação aos colegas de classe, ao exercício da profissão e aos próprios clientes, assim como
trata das punições, vedações, além de trazer outras determinações sobre o andar ético-profissional.
Para tanto, é fundamental recorrermos a exemplos cotidianos, facilmente vistos na atuação profissional do
corretor de imóveis, correlacionando sobretudo com o financiamento imobiliário, de forma a deixar evidente
como o teor do que foi visto funciona no dia-a-dia.
A profissão do corretor de imóveis: Renata mora em uma casa alugada há dez anos e, após juntar suas
economias, decidiu comprar uma casa e sair do aluguel. Ela sempre quis morar em determinado bairro
da zona sul da sua cidade, por ser um lugar arborizado, residencial e relativamente seguro. Contudo,
Renata não tem noção de quais são as informações fundamentais para realizar a referida aquisição,
motivo pelo qual decidiu contratar um profissional capacitado para fazer a negociação do imóvel e
orientá-la. Ela procurou um corretor de imóveis qualificado e encontrou José, que a instruiu, acompanhou
e fez todo o processo de aquisição do imóvel com ela.
A regulamentação da profissão de corretor: Pedro é contador, mas há anos está insatisfeito com a sua
profissão. Diante disso, estudou e procurou a profissão do momento. Segundo as pesquisas feitas por
ele, ser corretor de imóveis poderia lhe garantir independência profissional, satisfação pessoal e
autonomia financeira. Frente aos resultados obtidos, ele decidiu ser corretor de imóveis e passou a assim
se denominar. Fez cartões, colou cartazes em vias públicas e saiu divulgando para amigos e parentes sua
nova profissão. Certo dia, José, conselheiro do CRECI da região em que Pedro atua viu os cartazes e
decidiu pesquisar sobre o colega de profissão, momento em que descobriu que Pedro não está habilitado
para atuar como corretor de imóveis, pois não é detentor de título de Técnico em Transações Imobiliárias,
conforme determina a Lei Federal nº 6.530/78. Diante disso, José denunciou Pedro por exercício ilegal da
profissão.
Código de Ética do corretor de imóveis: Roberto é corretor de imóveis e, insatisfeito com a remuneração
normalmente recebida, resolveu passar a cobrar dos clientes vinte por cento do valor do imóvel
negociado, a título de honorários. Ao saber disso, Ronaldo, colega de profissão de Roberto, denunciou-o
pela prática do overprice, que é vedada pelo artigo 6º, III, do Código de Ética Profissional do Corretor de
Imóveis.
Conforme podemos observar a partir dos exemplos acima, o conteúdo aprendido tem incidência evidente no
cotidiano profissional, de modo que é fundamental termos domínio sobre ele, o que será possível após o
nosso estudo.
VIDEOAULA
Nesta videoaula aprenderemos mais sobre a profissão do corretor de imóveis, veremos a Lei Federal nº
6.530/78, entenderemos como funciona a regulamentação da profissão de corretor, conheceremos o Decreto
nº 81.871/78, bem como analisaremos as atribuições, competências e o código de ética do corretor de imóveis,
tudo isso com o intuito de entender o papel desse importante profissional.
Videoaula
Saiba mais
Para compreendermos de forma mais aprofundada os temas abordados nesta aula, é fundamental
recorrermos a materiais complementares que permitam o entendimento mais sólido dos assuntos. Para
saber mais, clique nos links abaixo.
O vídeo a seguir correlaciona a ética e a moral com a aplicação do Código de Ética do corretor de imóveis:
https://www.youtube.com/watch?v=2hZxOQQrxRA. Acesso em: 4 jun. 2022.
Aula 4
INTRODUÇÃO
A compreensão plena sobre o Financiamento Imobiliário requer analisar quem são os atores envolvidos no
mercado imobiliário, em especial porque figuras como a do corretor muitas vezes são determinantes para a
concretização do negócio jurídico que diz respeito ao financiamento de um bem imóvel.
Nesse sentido, seguindo a lógica de entendermos quem são os atores fundamentais para a logística
imobiliária, abordaremos quais são as atividades e atribuições do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis
(COFECI). Além disso, entenderemos quais são as atividades e atribuições do Conselho Regional dos Corretores
de Imóveis (CRECI)
Vamos lá?
Nesse sentido, dentre as referidas entidades, inicialmente é importante estudarmos o Conselho Federal dos
Corretores de Imóveis (COFECI), que, apesar de já termos analisado suscintamente, merece destaque no nosso
estudo, sobretudo pelas atividades e atribuições que desempenha, estas que impactam consideravelmente a
lógica do financiamento imobiliário.
Assim, é importante saber que o COFECI é um órgão fiscalizador da profissão do corretor de imóveis, que se
volta especificamente para o âmbito federal, e foi criado frente à necessidade de organizar a supracitada
categoria e combater o mau exercício da atividade profissional de corretagem (CONSELHO FEDERAL DE
CORRETORES DE IMÓVEIS, 2022).
Outro ponto relevante é que o COFECI representa uma autarquia federal, sendo composto por um Conselho
Federal e por vinte e cinco Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis espalhados por todo o Brasil
(CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS, 2022).
De modo objetivo, podemos afirmar que o COFECI normatiza e fiscaliza a profissão do corretor de imóveis,
embasando a sua atuação na Lei Federal nº 6.530/1978, que é a lei que regulamenta a profissão do corretor e
disciplina o funcionamento dos órgãos de fiscalização conexos a ela.
Atualmente o COFECI tem sob a sua responsabilidade cerca de quatrocentos mil corretores de imóveis e
cinquenta mil empresas de intermediação de negócios, todos estes atuando de modo regular no mercado
imobiliário (CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS, 2022).
O Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI) também é responsável por fiscalizar e regular a
profissão do corretor. Assim, é possível dizer que o CRECI é uma espécie de braço do COFECI.
Isto porque, enquanto o COFECI atua no âmbito federal, o CRECI age no campo regional, estando ambos
voltados à defesa dos mesmos interesses, compondo, assim, um verdadeiro sistema regulador e fiscalizador,
que é denominado de Sistema COFECI-CRECI.
No que diz respeito ao Sistema de Organização Sindical, é importante explicar que a Constituição Federal de
1988 dispõe sobre a liberdade de associação profissional ou sindical (BRASIL, 1988), de modo que podem
existir, por exemplo, sindicatos, federações e confederações.
No contexto do mercado imobiliário não é diferente; existem órgãos, a exemplo do COFECI e CRECI,
associações, a exemplo da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (ADEMI) e sindicatos,
a exemplo do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais
ou Comerciais (SECOVI) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil (SINDISCON), todos com relação e
impacto direto no supracitado mercado, motivo pelo qual estudaremos o papel de cada um deles a seguir.
Cabe perceber a importância da organização e das diretrizes emanadas pelo COFECI, de modo que se cada
corretor atuasse como bem entende, o mercado imobiliário viraria uma bagunça, o que certamente geraria
insegurança jurídica para os clientes, ou seja, para as partes contratantes do serviço de corretagem.
Também é papel do COFECI moldar o valor correspondente à anuidade, multa e emolumentos dos CRECIs.
Aqui, cabe explicar que o COFECI é composto por um Conselho Federal e por vinte e cinco Conselhos Regionais
de Corretores de Imóveis em todo o Brasil (CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS, 2022).
Outro importante papel desempenhado pelo COFECI é o julgamento dos recursos das decisões proferidas
pelos CRECIs, ao passo que, ainda que administrativamente, o indivíduo julgado, ou seja, o profissional
corretor submetido ao julgamento do CRECI, tem direito a ver seu caso apreciado por mais de um julgado,
conselho ou turma do gênero.
Sobre o papel do CRECI, conforme já explicitado, cabe também a ele fiscalizar e regular o mercado profissional
de corretagem, com foco no corretor. Contudo, cabe destacar que um dos seus principais papéis é o de emitir
a certificação do corretor e funcionar como vínculo direto do profissional, já que se situa mais próximo a ele,
ou seja, na mesma região.
Somado a isso, também é papel do CRECI fiscalizar diretamente as transações imobiliárias realizadas, de modo
que elas sejam feitas com segurança. Outra função relevante desempenhada por esse conselho regional é
cassar o registro profissional dos profissionais que atuam de forma incompatível com o que regem as
normativas da classe.
Dando seguimento, cabe especificar o papel da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário
(ADEMI), que possui representação em vários estados do Brasil e se volta para o compartilhamento de
experiências e informações entre pessoas do ramo, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento do
setor e das empresas atuantes.
Por fim, o Sindicato da Indústria da Construção Civil (SINDISCON) se volta ao mercado da construção civil
brasileira, acompanhando as questões e lutas da indústria do mencionado setor.
Atividades e atribuições do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis: João é corretor na cidade de
Garanhuns/PE e tem se deparado com uma prática reiterada, entre colegas de profissão. Ocorre que os
demais corretores têm cobrado cerca de cinquenta por cento do valor dos imóveis vendidos, a título de
honorários, lucrando e enriquecendo consideravelmente, tudo isso às custas dos clientes que,
desinformados, acabam pagando o supracitado valor. Cabe destacar que, quando João confrontou os
colegas sobre a prática, eles disseram que não há nenhuma normativa que impeça e que também não há
fiscalização capaz de prejudicá-los, já que ninguém jamais denunciou. Indignado, ele contatou um colega
de profissão que atua em outro estado e relatou o que estava acontecendo. O colega de João explicou que
uma das atribuições do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (COFECI) é criar o Código de Ética dos
profissionais corretores de imóveis, bem como que o referido Código existe e que traz expressamente a
vedação a prática do overprice, que é proibida pelo artigo 6º, III, do Código de Ética Profissional do
Corretor de Imóveis. Assim, João passou a estudar mais sobre o papel do referido Conselho e denunciou a
prática do colega corretor.
Atividades e atribuições do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis: Jorge é corretor de imóveis e,
por ser bastante experiente, fez uma parceria com um tabelião, no sentido de fraudar os registros de
certos imóveis que tinham dificuldade de serem vendidos. Assim, Jorge e o tabelião “limpavam”
ilegalmente o histórico do imóvel, de modo que quem comprava não tinha acesso ao histórico, tampouco
ao tempo de vida do bem, porque isso também era alterado. Certo dia, Ana resolveu comprar um imóvel,
mas ela não queria qualquer um. Ana decidiu comprar a casa que havia sido da sua família por anos, mas
que foi perdida em razão de grandes dívidas. Ana contatou Jorge e disse que procurava especificamente
determinado imóvel. Jorge levou Ana para uma visita e contou a ela que o imóvel era novo e que nunca
havia sido usado. Ao solicitar os documentos do imóvel, Ana descobriu que eles haviam sido alterados.
Assim, indignada, ela denunciou a situação ao Conselho Regional dos Corretores de Imóveis, este que,
após todo o processo devido, decidiu pela condenação de Jorge, com a consequente cassação do seu
registro, impedindo-o, assim, de exercer a profissão de corretor de imóveis.
Conforme podemos perceber a partir dos exemplos supracitados, o papel do Conselho Federal dos Corretores
de Imóveis, do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis e do Sistema de Organização Sindical é bastante
evidente, sobretudo no âmbito do financiamento imobiliário.
VIDEOAULA
Nesta videoaula exploraremos quais são as atividades e atribuições do Conselho Federal dos Corretores de
Imóveis (COFECI). Também entenderemos quais são as atividades e atribuições do Conselho Regional dos
Corretores de Imóveis (CRECI). Ademais, conheceremos o sistema de Organização Sindical (Sindicatos –
Federações – Confederações) e entenderemos seu papel no contexto do mercado e, consequentemente, do
financiamento imobiliário.
Videoaula
Saiba mais
Para compreendermos de forma mais aprofundada os temas abordados nesta aula, é fundamental
recorrermos a materiais complementares que permitam o entendimento mais sólido dos assuntos. Para
saber mais, clique nos links abaixo.
REFERÊNCIAS
5 minutos
Aula 1
BRASIL. Lei Federal nº 4.380, de 21 de agosto de 1964. Institui a correção monetária nos contratos imobiliários
de interesse social, o sistema financeiro para aquisição da casa própria, cria o Banco Nacional da Habitação
(BNH), e Sociedades de Crédito Imobiliário, as Letras Imobiliárias, o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo
e dá outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4380.htm Acesso em 26
mai. 2022.
BRASIL. Decreto-lei nº 2.291, de 21 de novembro de 1986. Extingue o Banco Nacional da Habitação - BNH, e dá
outras Providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2291.htm Acesso em:
26 mai. 2022.
BRASIL. Lei Federal nº 11.124, de 16 de junho de 2005. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de
Interesse Social – SNHIS, cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS e institui o Conselho
Gestor do FNHIS. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11124.htm
Acesso em: 26 mai. 2022.
Aula 2
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-1. Avaliação de bens: procedimentos gerais.
Disponível em: http://bittarpericias.com.br/wp content/uploads/2017/02/Avaliacao-Bens-Procedimentos-
Gerias-NBR-14653-1.pdf. Acesso em: 1 jun. 2022.
BRASIL. Lei Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 1 jun. 2022.
CRUZ, E. C. da. Pesquisa de mercado e avaliação de imóveis. Montes Claros: Instituto Federal Norte de Minas
Gerais, 2015. 126 p.
MALAMAN, C. S.; AMORIM, A. Método para determinação de valores na avaliação imobiliária: comparação entre
o modelo de regressão linear e lógica fuzzy. Bol. Ciênc. Geod, Curitiba, v. 23, n. 1, p. 87-100, 2017. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/bcg/a/mfw35HD9rZcMHRrynbCFHrH/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 1 jun. 2022.
Aula 3
BRASIL. Decreto nº 81.871, de 29 de junho de 1978. Regulamenta a Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978, que dá
nova regulamentação à profissão de Corretor de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus órgãos de
fiscalização e dá outras providências. Brasília, DF, 30 jun. 1978. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D81871.htm. Acesso em: 4 jun. 2022.
BRASIL. Lei nº. 6.530, de 12 de maio de 1978. Dá nova regulamentação à profissão de Corretor de Imóveis,
disciplina o funcionamento de seus órgãos de fiscalização e dá outras providências. Brasília, DF, 15 maio 1978.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6530.htm. Acesso em: 4 jun. 2022.
CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS. Resolução 326, de 08 de julho de 1992. Aprova o Código de
Ética Profissional dos Corretores de Imóveis. Disponível em: https://www.cofeci.gov.br/codigo-de-etica. Acesso
em: 4 jun. 2022.
CORRETOR de Imóveis A Ética e Moral - Djaniro Souza. [S. l.:s. n.], s. d. 1 vídeo (43min). Publicado pelo TV
CRECI. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2hZxOQQrxRA. Acesso em: 4 jun. 2022.
EVOLUÇÃO da profissão de corretor de imóveis - Heitor Kuser. [S. l.:s. n.], s. d. 1 vídeo (1h19). Publicado pelo TV
CRECI. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qfziYaG3Cz4. Acesso em: 4 jun. 2022.
PRINCIPAIS pontos do Código de Ética dos corretores de imóveis - Raquel Rogano de Carvalho. [S. l.:s. n.], s. d.
1 vídeo (55min). Publicado pelo TV CRECI. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tis-CjYN854.
Acesso em: 4 jun. 2022.
Aula 4
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Institui a Carta Magna. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 11 jun. de 2022.
O COFECI. [S. l.:s. n.], s. d. 1 vídeo (11min). Publicado pelo Canal Cofeci. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ayiG8uuBN8o. Acesso em: 11 jun. 2022.
O PAPEL do CRECISP no mercado imobiliário - José Augusto Viana Neto. [S. l.:s. n.], s. d. 1 vídeo (1h16).
Publicado pelo Canal Creci. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1tFmbZquTg4. Acesso em: 11
jun. 2022.
O SISTEMA COFECI-CRECI. [S. l.:s. n.], s.d. 1 vídeo (4min). Publicado pelo Canal Cofeci. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=1v89Jt_niu8. Acesso em: 11 jun. 2022.
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.