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Screenagers
Conteúdo organizado por Deborah Costa do livro Future Minds: How the Digital
Age is Changing Our Minds, Why this Matters, and What We Can Do About It,
publicado em 2010 por Nicholas Brealey. Atualizado em 2022.
Objetivos de Aprendizagem
• Entender sobre a geração screenagers.
• Compreender como os screenagers pensam.
• Refletir sobre como as atividades on-line influenciam a vida dos screenagers.
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Introdução
Observe por um minuto adolescentes em seu habitat natural e verá que eles vivem
em frente a uma tela digital. Há grandes chances de que eles não estejam falando, mas
tocando ou digitando em um teclado. Eles parecem estar com pressa e, suspeita-se,
que eles não estão totalmente concentrados, mas sim esperando, como é indubitável,
que algum novo bit ou byte de informação pisque na tela de seu aparelho celular ou
computador.
Os adolescentes de hoje são descritos como “screenagers”, um termo popularizado
para descrever o ato de ler na tela. Eles são acordados por um alarme em um celular
e checam as últimas mensagens no mesmo aparelho, muitas vezes antes de saírem
da cama. Eles vão à escola ou trabalham em um veículo que apresenta informações
baseadas na tela ou em um sistema de entretenimento, e passam a maior parte do
dia interagindo com um tipo de tela ou outro similar. À noite, eles interagem com
seus amigos através de telas e podem finalmente sentar para relaxar com a internet,
geralmente em redes sociais.
Don Tapscott, autor de A Growing Up Digital, afirma que um estudante hoje em dia
terá sido exposto a 30.000 horas de informação digital quando chegar aos 20 anos.
Da mesma forma, o Relatório Kaiser que encaminhou uma pesquisa com pessoas de
8 a 18 anos sobre seus hábitos de consumo de mídia descobriu que a quantidade
total de tempo de lazer que as crianças americanas dedicam à mídia (a maioria delas
baseada em tela e quase toda digital) é “quase o equivalente a um período integral”.
Por outro lado, o consumo de mídia impressa, incluindo livros, está em declínio.
Dada a prevalência da cultura de tela entre adolescentes, temos que refletir sobre
novos tipos de atitudes e comportamentos de pais, professores e empregadores a
serem enfrentados.
Para Rushkoff (1999), a geração screenagers que nasceu na década de 80, que interage
com os controles remotos, joysticks, mouse, Internet, pensam e aprendem de forma
diferenciada.
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Pessoas de 35 anos ou mais usam um celular para gerenciar o dia. Para os menores de 35
anos, e especialmente os screenagers, um celular é um dispositivo de proximidade que
permite remodelar o tempo e o espaço. Enquanto os telefones celulares substituem
carteiras, relógios e despertadores (“olá, eu estou do lado de fora, você pode me
deixar entrar?”), eles também permitem que as pessoas não se comprometam ou
salvem o compromisso até o último segundo. Na era digital, é impossível chegar
atrasado porque você simplesmente pode reagendar ou reprogramar. Compromissos
são igualmente fluidos porque uma oportunidade melhor sempre pode aparecer, e
isso tudo é feito no último minuto. Tem algum lugar para ir? Não há necessidade de
um plano ou de um mapa; apenas faça isso em fuga.
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Saiba Mais
Conceitos Fundamentais:
• Screenager (screen: tela; teenager: adolescente): indivíduo que faz
leituras na tela. Termo criado por Douglas Rushkoff’s, em 1997, no
livro Playing the Future. Segundo ele, um Screenager é o adolescente
que passa bastante tempo no computador. As atividades do
Screenagersão: enviar e-mail e mensagens instantâneas, fazer
downloads de músicas e vídeos, jogos online e navegar na Internet.
A expressão é um trocadilho entre a palavra Teenager (adolescente
em inglês) e Touchscreen (interface interativa de diversos aparelhos
atuais);
• Geração Net (Y): refere-se à descrição dada aos jovens nascidos
entre 1980 e 2000. Embora os indivíduos da Geração Net (ou Gens
Net) sejam a última geração do século 20, eles são considerados
a primeira geração a crescer em uma cultura de Internet e um
ambiente orientado multimídia.
• Geração Z: As pessoas da Geração Z, nascidas entre 1990 e 2010,
são conhecidas por serem nativas digitais, muito familiarizadas
com a internet, compartilhamento de arquivos, telefones móveis,
não apenas acessando a rede de suas casas, mas também pelo
celular, estando assim, extremamente conectadas. Suas principais
características são: compreensão da tecnologia; capacidade de
exercer multitarefas; abertura social às tecnologias; velocidade e
impaciência; interatividade.
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Materiais complementares
1- Don Tapscott on...What makes the ‘Net Generation’ think so
differently.
EM RESUMO
A interatividade e a interconectividade, favorecidas pelas tecnologias e cultura
digitais, vêm contribuindo para a instauração de uma outra lógica que caracteriza
um pensamento hipertextual o que leva à emergência de novas habilidades
cognitivas, tais como a rapidez no processamento de informações imagéticas,
disseminação mais ágil de ideias e dados e a multitarefa. Essas são características da
geração dos screenagers.
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Na ponta da língua
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Referências Bibliográficas
Bauman, Z. (1998). O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Zahar.
Bauman, Z.(2000). Em busca da política. Rio de Janeiro: Zahar.
Bauman, Z. (2001). Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar.
Bauman, Z. (2005). Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Zahar.
Rushkoff, Douglas. (1999). Um jogo chamado futuro - Como a cultura dos garotos
pode nos ensinar a sobreviver na era do caos. Rio de Janeiro: Revan.
Tapscott, D. (1998). Growing Up Digital: The Rise of the Net Generation. McGraw-Hill.
Watson, R. (2010). Future minds: how the digital age is changing our minds, why this
matters, and what we can do about it. London/Boston: Nicholas Brealey Publishing.
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Richard Watson
Nicholas Brealey Publishing © 2010
Imagens: Shutterstock