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André Bandeira de Oliveira Luckner

RE: 15146152

ANÁLISE

Frevo Novo - Hermeto Pascoal


Arranjo: Diego Garbin

FORMAÇÃO DO NONETO:
BATERIA
BAIXO
GUITARRA
2 TROMPETES
1 TROMBONE
SAX ALTO (FLAUTA)
2 SAX TENORES

- INTRO A
00:00
Este rápido frevo é introduzido ao som de um crescente trompete junto a duas
flautas transversais tocando em oitavas, a mais grave exercendo maior pressão e a
mais aguda buscando uma sonoridade mais sofisticada, estes apresentando o
Tema A com movimentos paralelos.

00:13
Sopros restantes se exibem como uma cama à música, já executando algumas
convenções rítmicas que, mais à frente, possivelmente serão exploradas.

- B
00:28
Entrada de uma vez, mas suave, da cozinha, só acentuando as convenções sem
conduzir o tempo da música. Enquanto isso, os sopros ficam alternando a execução
da melodia entre si.

00:41
Pausa brusca seguida de reapresentação do A, dessa vez com condução da
cozinha.
Vale notar que os sopros começaram paralelos, porém, já aos 00:45, tomam
caminhos diferentes. As flautas seguem apresentando a melodia enquanto que os
sopros restantes conduzem uma melodia crescente mais avoada, com sua lenta
transição de notas (comparado à melodia principal), com intenções de segurar a
música numa intensidade maior à seguir. Assim, pode ser notada, por exemplo, aos
00:49, a exibição do prato de condução pela bateria (o qual tem maior sonoridade
comparado ao chimbal).
.- C
00:55
Bases voltam a fazer as convenções sem condução rítmica, porém a melodia toma
um rumo totalmente novo. Em 00:59, junto a uma rápida execução da melodia pelos
Saxofones, as bases voltam a conduzir por um leve período que não chega a durar
um segundo antes de voltarem às convenções, assim trazendo um sentimento de
inquietação da alegre música.

1:07
Saxofones tocando longas notas de pedal junto aos acentos convencionados da
cozinha enquanto os trompetes e trombone executam uma rápida sequência de
finalização do Tema e entrega ao Solista.

- Solo de Trompete
1:15
Solo com rápidas notas. Bateria e baixo bem marcados e retos, no geral, com
guitarra preenchendo as lacunas um pouco mais solta.

1:45
A bateria começa a copiar e conversar com os ritmos propostos pelo trompete.

1:59
Vem a segunda parte do solo, com mais energia na cozinha.

- D (Ponte)
2:16
Uma pausa brusca ocorre ao final do solo. A cozinha toda entra em silêncio
enquanto os sopros, de forma mais aberta, ainda que na mesma rítmica,
apresentam a Ponte da música. Aos poucos, nota-se eles se desvinculando uns dos
outros, ritmicamente inclusive, executando papéis complementares entre si na
melodia, a qual é esticada aos 2:26, partindo das semicolcheias às tercinas.

2:29
Cozinha acentua, entrando bruscamente novamente com convenções e dando lugar
ao próximo solista.

- Solo de Flauta
2:32
Bateria conduz no chimbal ao invés da caixa, desta vez, enquanto a guitarra
continua fazendo seu papel de preenchimento mais livre.

2:46
Os sopros começam a entrar com acordes lentos crescentes junto ao solo. Após
isso, quase sem serem acompanhados pela cozinha, dão leves ataques de staccato
nos contratempos e, depois, voltam com suas largas e crescentes notas em bloco.

3:01
Leves acentos e notas crescentes com ápices são dados para dar lugar ao segundo
trecho do solo, o qual tem a intenção de empurrar o solista “para frente”.
Neste solo, diferente do anterior, têm-se a maior participação ativa da cozinha no
improviso.

- A
3:34
Neste momento, tem-se bateria e baixo silenciados. O trompete, com uso de
surdina, e a guitarra são os responsáveis, desta vez, por apresentar o A. Em
contraponto a ele, com melodia mais esticada, estão os sopros restantes.

- B
3:50
Cozinha reentra na música e os sopros vêm tocando a melodia em um bloco bem
dissonante. Em seguida, eles se abrem com trompetes continuando a melodia e o
resto executando notas longas com bastante dinâmica.
Neste ponto, nota-se a intenção de os sopros realmente estarem com escrita mais
aberta e independente.

- E (Outro)
4:02
É executada a finalização, com ataques suaves da bateria, guitarra e baixo e uma
melodia nova em blocos dos sopros.
O número de convenções entre cozinha e sopros vem aumentando mais e mais,
bem como a dinâmica. Contrastando isso, em 4:26, a intensidade cai bruscamente
com levíssimas notas de convenção seguidas, em 4:28, de agressivas notas de
convenção para finalizar de vez a música.

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