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Em 1984, José Proença Brochado construiu um modelo para a origem e dispersão

dos grupos que produziram a cerâmica Tupiguarani, defendido em tese de doutorado apresentada à
Universidade de Illinois (BROCHADO, 1984). Combinando evidências

arqueológicas, etnográficas e linguísticas, considerou-os originários do sudoeste da

Amazônia, de onde teriam se dispersado em duas direções distintas, contornando as

terras altas do planalto brasileiro em um movimento de pinça. O ramo setentrional,

associado aos Tupinambá, teria se expandido em direção a leste, através das bacias

hidrográficas, e ocupado a costa atlântica. O meridional, associado aos Guarani, teria deixado a região do
rio Madeira e, rumando para o sul, alcançado a drenagem do

Paraná-Paraguai, dispersando-se daí em diante pelas terras meridionais brasileiras e

regiões vizinhas na Argentina e no Uruguai.

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