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Sumário

Paul Stoller: um retorno aos sentidos 9


Apresentação à edição brasileira
Por Marcelo Moura Mello

Agradecimentos 23
Lista de ilustrações 27
Introdução: um retorno aos sentidos 31

Parte I
Gostos na antropologia

O gosto das coisas etnográficas 45


[em coautoria com Cheryl Olkes)

Parte II
Visões no campo

Olho, espírito e palavra na antropologia 75


"Olhando'lpara o espaço da política Songai 101
Signos na ordem social: andando em um bush taxí Songai 7L7
Filho de Rouch: visões Songai do outro 137

Parte III
Sonoridades na experiência cultural

Sonoridade na possessão Songai 761


Sonoridade na feitiçaria Songai L79

Parte IV
Os sentÍdos na antropologia

A reconstrução da etnografia 793


Desvios 2'J_7

Referências b ibliográfi cas 237


Sobre o tradutor 250
?
l.l I M,rr cclo Motrt,r Mlllo llrrr rt,torrro iros st.rrlirl«rs. Âplesentação à cdição brasileira | 13

2008). A influência de Rouch, personagem principal de uma obra estatuto da escrita na antropologia e sobre o realismo etnográfico,
de Stoller (1992), e cuja sutileza etnográfica é mais de uma vez ao Iado da crítica ao conceito de cultura [Coelho, 2076), ganham
realçada, fica evidente em diversos trechos do livro aqui traduzido, proeminência, motivando formas experimentais de escrita.
em especial no Capítulo 5, no qual se busca apreender os modos Em seu célebre texto, que abre A interpretação das culturas,
Songai de classificar os outros, inclusive os próprios antropólogos. Geertz (7973) sugere que o que antropólogos e antropólogas
Atento às contingências, Stoller situa tais classificações na história, efetivamente fazem é etnografia. Fazer etnografia, entretanto, não
no âmbito do colonialismo e do processo de islamização do Níger e se limita à aplicação de um conjunto de técnicas e procedimentos
de tradições religiosas autóctones [Cf. Stoller; 1995). - selecionar informantes, transcrever textos, colher genealogias,
A formação em linguística o tornou particularmente sensível fazer registros no diário de campo etc. Em campo e nos gabinetes,
a fenômenos relacionados à linguagem. O domínio de duas línguas - etnógrafos e etnógrafas têm como ocupação principal escreve4,
o francês e o Songai - facilitou sobremaneira sua pesquÍsa de campo. não havendo separação absoluta, como Geertz demonstrou
Seguindo os cânones da disciplina, Stoller considera o aprendizado posteriormente (2004), entre o "estar lá" e o "estar aqui". Geertz,
de línguas indispensável. O conhecimento da Iíngua nativa como se sabe, foi figura de proa nas discussões acerca do estatuto
possibilita ler profundamente situações prosaicas entre os Songai, da escrita na antropologia, inspirando a obra de autores como |ames
cujas interações verbais são copiosamente transcritas neste livro - Clifford, George Marcus e Dick Cushman, entre muitos outros.
ves por exemplo, as vívidas descrições constantes nos Capítulos l- e Sem qualquer pretensão de sintetizar o dito "pós-
4. O aprendizado das lÍnguas nativas, por sua vez, é essencialmente modernismo" em antropologia, pode-se dizer que, para autores
processual. Se o autor já se comunicava fluentemente em francês como Clifford e Marcus, como prática representacional, a produção
e em Songai antes de dar início à sua pesquisa de doutorado, é o de etnografias se dá mediante formas específicas de organização,
aprendizado de fórmulas secretas, encantamentos mágicos e de ordenação e apresentação dos dados pelo etnógrafo e pela etnógrafa.
feitiços e contrafeitiços - decorrentes de seu envolvimento visceral Dados etnográficos só fazem sentido no interior de arranjos
com pessoas de carne e osso - que o faz dominar a língua Songai, narrativos padronizados. Os artifícios literários empregados
direcionando sua atenção à dimensão performativa e pragmática [metáforas, alegorias, jogos de linguagem, formas narrativas etc.)
da linguagem. Retomando a teoria etnográfica de Malinowski e a já afetam a maneira pela qual os fenômenos culturais são registrados
canônica análise crítica de Stanley Tambiah [2018), Stoller revisita tanto no momento da observação quanto no da escrita final.
a questão do poder [mágico) das palavras, dialogando ativamente Ademais, a etnografia está imersa em um processo no qual a ação de
com Jeanne Favret-Saada. A importância da escuta evidencia-se não múltiplas subjetividades e de constrangimentos políticos está acima
só pelo cuidado dispensado às sonoridades [Capítulos 6 e 7), mas do controle de quem escreve. A etnografia não é apenas um método,
também pela postura em campo, de escuta ativa, paciente, aberta à pois se configura num campo marcado por tensões, ambiguidades e
sabedoria dos outros. indeterminações. Em resposta a essas forças, a escrita etnográfica
Publicado em 1989, O gosto das coisas etnográficas surge, encena estratégias específicas de autoridade. Assim, a compreensão
nos Estados Unidos, em um período frutífero de intercâmbio entre sobre o desenvolvimento da etnografia não pode ser divorciada de
a antropologia e a linguística. Na esteira de diversos estudos sobre a um debate político-epistemológico mais geral sobre a escrita e a
linguagem - seja da sociolinguística interacional de Erving Goffman representação da alteridade [Clifford & Marcus, 2016).
(7922-1982) e da etnografia da comunicação de Dell Hymes $927- Há diversas intersecções e confluências entre o trabalho de
2009), seja da rápida difusão da obra de autores como Paul Ricoeur Stoller e esse verdadeiro movimento paradigmático na antropologia
[1913-2005) e Michel Foucault (1926-L984) -, reflexões teóricas produzida a partir dos Estados Unidos, e aqui me limito a ressaltar
sobre as relaçôes entre linguagem e cultura ganharam vulto. Na apenas dois aspectos. Em primeiro lugari a atenção conferida
antropologia dita pós-moderna, discussões metateóricas acerca do às relações de poder e ao colonialismo. Stoller aborda a longa e
Lista de ilustrações

Imagem de capa: Adamu Jenitongo.


Imagem 1: Preparação do "kilshi" no mercado em Mehanna, Níger.

Imagem 2: Exposição de especiarias na Grande Marche, Niamey,


Níger.

Imagem 3: Contemplando o espaço em Mehanna,

Imagem 4: A mesquita congregacionalem Mehanna.


Imagem 5: Distribuição dos campos em Mehanna.

Imagem 6: Distribuição dos compounds em Mehanna.


Imagem 7: Exceções à distribuição normativa no espaço Songai.

Imagem B: Um táxilbush úaxd Songai na rota de Dosul para Markoy.

Imagem 9: "Filho de Rouch" em Mehanna, 1976 [Foto de Issifi


Djibey).

Imagem 10: Músicos em uma cerimônia de possessão em Mehanna,


7977.

Imagem 11: Uma cerimônia de possessão em Mehanna, L977.


Imagem 12: Adamu Jenitongo possuído por um espírito em Tillaberi,
Níger.

Imagem 13: Sorko Djibo Mounmouni recitando um encantamento


sobre uma galinha a ser sacrificada.

Imagem 14: Sorko Djibo Mounmouni, mestre das palavras.

Imagem 15: Sohanci Adamu Jenitongo, mestre dos "desvios".


você
Hoie você está aprendendo sobre nós, mas, para nos entender'
env elh ecer c on s co'
P re ci sará
o

Adamu ]enitongo, zima de Tillaberi' Níger

que minha
Penso, de fato, com mÍnha caneta, pois é frequente
está escrevendo'
cabeça'nadia saiba sobre o que minha mão
Wittgenstein
Ll I l'rrrrl Stolltr

da pesquisa e da representação antropológicas. O primeiro é


metodológico. O livro evidencia os consideráveis ganhos científicos
do estudo de longa duração de uma sociedade. As descobertas na
apree.nsão do espaço Songai e a compreensão da importância do som
e d-o--9g.por na categorizaçáo cultural Songai somente se deraSg-após
re-p-çtidas visitas ao Níger ao longo dos anos. Ocorreram porque eu
dominei a língua durante esses anos e estabeleci amizades duráveis,
cõnstiuídas sobre uma f,undação de confiança mútua.
O estudo de longa duráção dos Songai também me revelou os
pressupostos epistemológicos que produziram sérios equívocos de
interpretação e representação. O reconhecimento desses equívocos
me levou ao segundo tópico ilustrado neste livro: a sensorialização12
da minha abordagem para o estudo e a representação dos Songai,
Este livro constitui o contexto intelectual do meu trabalho etnográfico
(ln Sorcery's Shadow, de L9B7 , e Fusíon of the Worlds, de 1-989), nos
quais eu tento representar fielmente as complexidades - sensoriais
e outras - da sociedade e da cultura Songai. Como um todo, este Parte I
trabalho esforça-se por concretizar o objetivo simples, mas sempre
difícil, estabelecido por Malinowski há muito tempo para a nossa Gostos na antroPologia
disciplina: produzir uma literatura etnográfica que dê aos leitores o
gosto das coisas etnográficas.

engolidos; e algu.ns
Algunslivros devem ser degustados; outros'
pouio' devem ser mastigados e digeridos'
F'. Bactltr

" (N.T) "Sensualization", no original.


Parte II
Visões no campo

O empirista [...] pensa que acredita no que vê, mas ele é muito
melhor acreditando do que vendo.
Santayana
l(X) | l',rrrl litollr.r

Em seu caminho existencial no espaço interno, os feiticeiros,


ao criam sua própria feitiçaria; pintores criamieus próprios
c_abo,
III
"Olhando" para o espaço da política Songai
estilos. E, assim como escritores precisam buscar suas próprias
vozes por anos, nós, antropólogos, também precisamos encontrar
nma "voz" e criar trabalhos que levem os leitores e as leitoras a
Se antropólogos adotarem uma orientação sensorial, eles se
se instalar dentro de nós enquanto percorremos nossos caminhos
posicionarão de modo a deixar o mundo dos outros trespassar seu
solitários no campo, expondo nossos corações tão repletos de
ser. Esse reposicionamento, como argumentei nos Capítulos L e 2,
empolgação, medo e hesitação.
poderia transformar a relação basilar entre nossos escritores, textos
e leitores. Na maior parte dos textos etnográficos, os antropólogos
são os autores. 0s textos que eles produzem são produtos de sua
socialização disciplinar. Em etnografias mais sensoriais, as cenas
descritas [pessoas, entrevistas, rituais) se tornam protagonistas,
o antropólogo transformando-se no intermediário entre o autor e
a audiência. Esses textos são, pois, os produtos da socialização em
dois mundos. Socialização em dois mundos implica a diminuição do
controle autoral e o aumento da humildade autoral. Embora nosso
"olhar" nos pregue muitas peças no campo, raramente reconhecemos
nossos erros interpretativos em nossos textos. Neste capítulo, discuto
um caso no qual meu "olhar" me levou a"ver"36 algo que não existia.

***

fean Rouch, que aprendeu muito sobre os povos falantes de


Songai da República do Níger durante os últimos quarenta anos, me
relatou, certa vez, um erro de sua percepção acerca dos padrões
espaciais Songai. Apesar de seu grande conhecimento sobre os
Songai, ele havia percebido apenas recentemente que as estradas
Songai não se interseccionam. Ao invés disso, elas terminam em uma
bifurcação com duas novas estradas seguindo direções distintas. "Eu
estava tão acostumado a ver o mundo da minha perspectiva europeia",
ele disse, "que via intersecções, em vez de bifurcações." Como
viemos a concordar posteriormente, a estrada-como-bifurcaçáo é
um símbolo significativo na cosmologia Songai. Se demorou trinta
anos para um antropólogo verdadeiramente sensível descobrir o
que Whitehead chamou de "ilusão" de sua percepção, o que pode
ser dito sobre outros antropólogos cujas generalizações sobre a vida

'u (N.T.) "gaze" e "see", no original, respectivamente.


Parte III
Sonoridades na experiência cultural

Tudo ao olhar, nada aos ouvidos.


Baudelaire
l..r{) | l';rrrlSlollr.r'

algum modo, havia recobrado sua força. Sorko Djibo se virou parir
mim e disse: 'As palavras foram boas para este homem."
Com minha desorientação nas alturas, deixamos o compound
do homem. Sorko Djibo me levou à sua casa, para eu poder receber
minha primeira lição sobre a escuta Songai. Embora eu estivesse
aprendendo vários encantamentos - instruções sobre como pensar
-, não tinha, ainda, começado a aprender a escutar. Ele me ensinou o
seguinte encantamento ;

X está na escuridão. Na escuridão, ele vê uma rocha. E a rocha


enxerga a genitália do bruxo malévolo. As luzes do bruxo brilham
e apagam. Mas quando o bruxo ergue sua tocha, é inútil, pois agora
apagará e o medo partirá. Os homens não irão temê-lo. As mulheres
não irão temê-lo. Você não conhecerá seu exterior do interior. A
escuridão será suplantada. fSorko Djibo Mounmouni, Mehanna,
abril de 7977).
Parte IV
0 significado referencial
desse encantamento me ensinou .
sobre o escutar - que a força das palavras do encantamento pode antropologia
Os sentidos na
incapacitar um bruxo. O poder do encantamento não está nas
palavras como portadoras de significado referencial, mas no som
das palavras. "X" é a palavra poderosa que incapâcita o feiticeiro,
ao causar sua queda. Quando o sorko recita o texto, o som faz
vibrar a palavra, "X", e todas as outras palavras que constituem o
encantamento adentram o ar noturno. Pela escuridão, as poderosas
vibrações do som viajam para encontrar uma rocha que guia os sons
sagrados à genitália do bruxo. O som reverbera, o encantamento
penetra a genitália do bruxo e as luzes do bruxo começam a reluzir. O
bruxo ergue sua assustadora tocha vermelha para afugentar o sorko.
Mas é tarde demais, O bruxo se desorienta e não representa mais
uma ameaça à comunidade.'A escuridão é suplantada."
Palavras são poderosas e sons portam força. É por essas
razões que eu apresentei o encantamento "X" apenas em inglês.

O que pode ser mostrado não pode ser dÍto'


Wittgenstein
.ll.l I l,;rrrlslollt,r.
 ttcottst t trç;ro rl,r clnogt;tli;r | .l I l,

filho", ele me disse naquela manhã


chamam homens mais jovens de ,,màu v frequentemente
fanciões So,gai ,-'-' debateu comigo a filosofia e a feitiçaria Songai. EIe falou sobre os
filho,,). espíritos, recitou encantamentos e poesias de louvof, revelou os
'Assim estou, Baba
[pai].,,
"por cinco anos você mÀ saudou.,,
.
nomes secretos de plantas medicinais e realizou três rituais que iriam
"Isso é verdade.,, me proteger de vicissitudes, tanto de inimigos quanto de espíritos.
"E você não perguntou nada Nós conversamos por semanas e, ao longo de nossas
a meu respeito.,,
"Verdade.,, conversas, Amadu Zima continuou a atestar o quanto me estimava:
"Por cinco anos eu o observei, "Eu nunca contaria isso a ninguém'] ele me disse. "Mas eu contei
e hoje você deve me conhecer,
venha à minha casa. Eu gosto de você minha vida, meus segredos, para você, Paul, porque eu gosto de você.
e á po. ir;; ;;;;; irei lhe Você gosta de mim. Você faz perguntas. Você quer aprender meus
oferecer a história da minha vida.,,
Fiquei imaginando o que ere me diria. caminhos. Você é como o filho que eu nunca tive."
No interior de sua Amadu Zima náo representa todos os Songai; sua história
escura choupana de palha, havia um
altar. pequenas sandálias é dele. Ainda assim, como podemos ignorar tal homem em nome
de couro e pequenos iarros de barro
atados a pedaços de tecido do realismo etnográfico? Como podemos ignorar o que os Amadu
pendiam de um feixe de varas que
formava a armação da choupana.
"Eu sou um zima, e assim o Zima e as Fatouma Seynis nos ensinam sobre nós próprios, sobre
tenho sido por mais de linquenta
anos." a vida? Seriam suas vozes aquelas que nos ajudarão a reconstruir
"Eu não sabia, Baba.,, a etnografia?
"Nós, Songai, não falamos muito
das nossas forças para
ninguém' Nós devemos conhecer as pessoas
primeiro. Eu conheço
você agora, meu filho,.e eu quero quá
você me conheça. Vá e pegue
sua máquina [o gravador], pára inicia-to
e aprender minha história.,,
-homem.Fgi pegar meu gravador e o "iniciei" para esse sábio e caroroso
órfão, ele deúou a ilha onde nrr..r, Sinder;
quando jovem,
viajou para o sahel em busca de trabarho, p.ir.ipaim"nà
trabalhador rural. Ele, então, viajou para .o-o
Aribinda, o grande centro
de agricultura mágica em Burquín"
Frrro, onde se tornou aprendiz
de um mestre feiticeiro. Após sete uro,
Aribinda,
Borgu, no Togo setentrionàI, onde novamente "_ se tornouviajou para
aprendiz
de um mestre feiticeiro. Sete anos depois,
retornou ,o i,líg".
passou um ano em Sangara, uma
das muitas aldeias mágicas de"
songai' Lá, aprendeu sobie os espíritos
songai e se tornou um zima.
Após quinze anos de treinamento, ere
se estabeleceu em Mehanna,
onde se tornou um sacerdote da trupe
de possessão local. Na época
em que o conheci, o corpo de Amaàu
Zima estava encurvado pela
idade - como o tronco seco de uma
acácia gigante ãgonlrrnao
Ientamente. Ele tinha, desde então, aeixaao
de ser um zima, mas os
clientes ainda procuravam seus serviços
- para feitiçaria. EIe nunca
deixava seu compound.
Após recontar em detalhe a história
de sua vida, Amad uzima
l{clltôrrt;i:rs lrilrliolir,rltr,r', l 'l I

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Montaigne, Michel de.1987. Ensaios. Brasília: Editora da UnB.
Coleção Kalela

KalelaéonomedêumadançapopularnoCinturãodoCobrenaRodésiadoNorte,
que, através da música,
associada a um uso pJ;i;;'J;,
relações zombeteiras
para
dança, e jogo, se traduz numa força
importante de integração e cooperação
á* g'"tt"' esta coleção assim por
Nomeamos
grupos que previamente viviam
hierarquias e desigualdades e,
acreditarmos no iogo ."rná'iáirc, pu.r"d.r*rn.har
qu" e inventivas com a tradição
relações iocosas
à nas
principalmen,., po. sobre a
"t'"Jn"t engendra novas possibilidades do saber
antropológica que a boa "i'ogtàfi'
alteridade.

Sobre o tradutor
Títulos Publicados
da etnografia
A escrita da cultura. Poéüca e políüca
Marcelo Moura Mello é licenciado e bacharelem Ciências Sociais pela Iames Clifford e George Marcus (Org'J
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre em Antropologia iradução de Maria Claudia Coelho
Social pela Universidade Estadual de Campinas. Doutor em e movimentos afroculturais
Devir negro: uma etnografia de encontros
Antropologia Social pelo Museu Nacional, Universidade Federal do
Ana Claudia Cruz da Silva
Rio de faneiro. Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de
Sul e Sudeste do Brasíl
Antropologia e Etnologia da Universidade Federal da Bahia [UFBAJ, Êxodos, refigios e exílios' Colombianos no
atuando nos programas de pós-graduação em Antropologia e em Ángela Facundo
Estudos Étnicos e Africanos, além de ser pesquisador do Centro de público e relações pessoats no Brasil
Corrupção. l\m estudo sobre poder
Estudos Afro-Orientais. Foi Cientista Convidado da Universidade
Marcos Otavio Bezerra
de Lisboa, entre 2019 e 2020. Tem experiência etnográfica com
e práticas de poder na Nossa
comunidades remanescentes de quilombos no sul do Brasil e com As cores da masculinidade. Experiências interseccionais
descendentes de indianos na Guiana (antiga Guiana BritânicaJ. AmérÍca
Também realizou pesquisas em arquivos históricos no Brasil, na Mara Viveros VigoYa
Guiana, no Reino Unido e em Portugal. É autor de Reminiscências dos Tradução de Allyson de Andrade Perez

Quilombos: territórios da memória em ume comunidade negra rural Os sentidos da paternidade' Dos
"pais desconhecidos" ao exame de DNA
[São Paulo: Terceiro Nome/Fapesp, 20tZ). Sabrina Finamori

beduínas
A escrita dos mundos de mulheres' Histórias
Lila Abu-Lughod
Tradução de Maria Claudia Coelho

da gestão de popurações de favelas no Rio de


Governo de mortes. IJma etnografia
laneiro
tuliana Farias
na antropología'
O gosto das coisas etnográficas' Os sentidos
Paul Stoller
Tradução de Marcelo Moura Mello

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