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REVOLUCIONÁRIA NA
CONSTITUIÇÃO DA
ORGANIZAÇÃO
REVOLUCIONÁRIA
Escritos inéditos de Carlos Marighella traduzidos pela primeira vez para
a língua portuguesa e publicados no Brasil.
Originalmente publicados na primeira edição francesa da revista
'Tricontinental' em 1970 para furar o bloqueio da censura no auge da
repressão, os textos caíram no esquecimento dos estudiosos da luta
armada no Brasil, da esquerda acadêmica e da esquerda ''festiva'' que
insistem em negar a ação revolucionária como solução para acabar
com a situação de exploração do povo brasileiro que persiste por
séculos.
Devido a necessidade de agir revolucionariamente e de resgatar o
espírito revolucionário do povo brasileiro sem nos render aos modelos
estrangeiros e às táticas modernas de luta que só confundem os
revolucionários e revolucionárias. Trabalhamos para resgatar e praticar
a linha política e o legado da luta de Carlos Marighella, um baiano,
negro, poeta, brasileiro, o inimigo número um da ditadura. Um herói que
dedicou sua vida à libertação do povo brasileiro até seu último suspiro e
saiu da vida para entrar na história da luta pela libertação dos povos de
todo o mundo.
Estas páginas são dedicadas a esquerda, aos companheiros
revolucionários e antifascistas europeus.
Aqueles que vêm até nós querem verdadeiramente lutar. Eles sabem
que não haverá mais alternativa para a luta prática e concreta. Sabem
que o nosso caminho é o da violência, do radicalismo e do terrorismo as
únicas ( armas que podem ser opostas à violência horrível da ditadura)
esses que vêm para a nossa organização não vêm porque eles foram
aliciados por palavras, mas sim porque eles escolheram a violência.
Aqueles que se juntam a nós são revolucionários dispostos a lutar até o
fim.
2º desencadeamento da guerrilha;
Aqueles que, como nós, utilizam a violência e luta armada vão chegar
aos resultados. Eles acabam por ganhar a simpatia e a confiança das
massas, e eles estão se relacionando com o povo.
Clima favorável para o nosso crescimento e
desenvolvimento da guerrilha revolucionária
Nós não somos a única organização que luta no Brasil. Muitas outras
organizações têm registrado a luta armada em seu programa. Mas algo
de concreto surgiu quando decidimos empregar as táticas de pequenos
grupos armados. Ao contrário de vários outros países, a luta armada
não nasceu no Brasil a partir de uma frente unificada. Esta frente é uma
necessidade vital, mas a disparidade das propostas feitas tornaram
impossível sua realização antes que um grupo entre definitivamente na
ação armada. Nós fizemos o nosso dever revolucionário mesmo sendo
acusados de precipitação e de aventura. Uma vez desencadeada a luta,
o caminho revolucionário está aberto. A unificação da frente é possível.
Trata se da criação - e reforço do poder de fogo revolucionário, e sua
atividade permanente que permita o reagrupamento das forças que
combatem à mão armada.
Os problemas no movimento revolucionário brasileiro
A prática é o único critério. Esta é a prática que usamos como critério quando
nós começamos a luta armada na área urbana. Assim começou o processo
de seleção entre as organizações que possuem capacidade de ação e
aquelas que estão desprovidas.
Há grupos que ainda estão lutando pela vanguarda. Mas agora temos armas
na mão e por isso não é mais possível alcançar um papel de liderança por
meio de discussões como aquelas de antes, em torno de programas e
proposições doutrinárias separadas da realidade social brasileira.
radiolibertadora.noblogs.org
2016