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Os dois eventos que atingiram o Japão em 2011 expuseram a fragilidade dos mecanismos
humanos de defesa contra episódios catastróficos, ainda que tratando-se da avançada
tecnologia japonesa de previsão e proteção contra terremotos e tsunamis os artifícios desse
povo não foram suficientes para conter o poder destrutivo desses dois acontecimentos de
proporções inéditas no país.
Gripe Espanhola
Contaminação - global (pandemia).
Número de infectados - 1 bilhão
Total de mortes - até 100 milhões
O surgimento da gripe espanhola deu-se no contexto da primeira guerra mundial junto aos
combatentes de guerra. Diante do fim dos conflitos e retorno dos militares sobreviventes (e
contaminados) aos seus lares, o vírus da gripe encontra o cenário ideal para sua propagação.
Este seria o início de uma pandemia protagonizada por esse vírus. Vale mencionar ainda que o
assustador número de mortos em um curto intervalo de tempo torna o vírus um dos mais
danosos e letais já conhecidos.
Diante da exposição sucinta dos dois desastres naturais escolhidos para representar a listagem
completa já mencionada, logo percebe-se o quanto tais eventos dialogam com os conceitos de
risco, ameaça e vulnerabilidade. Segundo Medeiros e Barbosa (2016), risco seria definido pela
equação R = A x V onde R = risco, A = ameaça e V = vulnerabilidade. Dessa forma, o risco é
fruto da relação entre um perigo e a exposição a tal dano provável. Além disso, Cardona (2008)
afirma que o nível de desenvolvimento de uma sociedade é fator definidor importante (não é o
único) do grau de vulnerabilidade ao qual tal grupo expõem-se. Desse modo, ao fixar o olhar no
arquipélago japonês nota-se um país muito desenvolvido em questões de redução e mitigação
de riscos cuja posição ímpar nesse contexto sustenta a idéia defendida por Cardona (2008),
ainda que os esforços da nação tenham sido incapazes de poupá-los do evento natural e
catastrófico de 2011. Os demais eventos da lista apresentam a diversidade de desastres
naturais que já castigaram o mundo, terremotos, tsunamis, tornados e ameaças biológicas,
entre outros.
Referências:
Cardona, O. D., 2008. Medición de la gestión del riesgo en América Latina. Revista
Internacional de Sustenibilidad, Tecnología e Humanismo 3, 1-157.