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Universidade Aberta – UAb

Doutoramento em Sustentabilidade Social e Desenvolvimento – DSSD

Unidade Curricular: Seminários de Aprofundamento Metodológico II – SAM II


Módulo 1 – Trabalho Final

Análise dos Eventos de Desastre Causados por


Tsunami na Indonésia (2004) e Japão (2011)

Acadêmicos

Leon Maximiliano Rodrigues


Eugênio Neves

Docentes:

Jorge Trindade
Lúcio Sousa
Rosário Ramos
Paulo Costa
Pedro Serranho

29 de Maio de 2022
Introdução

Desastre é um evento de causa natural e/ou tecnológica que afeta a


normalidade do funcionamento social e, por extensão, provoca danos e prejuízos à
sociedade, afetando a economia, ecossistemas, estrutura básica e desenvolvimento
humano (Wikipédia, 2021). Note que na Wikipédia os desastres são divididos em
“naturais” e “tecnológicos”. Já o Banco Mundial e as Nações Unidas dividem os
desastres em “naturais” e “não naturais”, sendo os “desastres não naturais” aqueles
cujos impactos resultam em mortes e danos decorrente de atos humanos de omissão e
comissão (World Bank & United Nations, 2010). Embora diferentes, ambas as
classificações consideram desastres como eventos que produzem impactos com
relevância social, não sendo considerados desastres os eventos que não produzem
prejuízos aos atores, estruturas e processos sociais.
Há ainda uma terceira categoria a ser considerada, os desastres ambientais:

“Desastres ambientais incluem desastres causados pelo homem que


prejudicam a Terra e colocam outras pessoas em perigo, como guerra
ou terrorismo. Às vezes, um desastre natural pode se tornar um
desastre ambiental quando influenciado por seres humanos. Por fim,
as preocupações ambientais são questões que, se não forem corrigidas,
podem levar a um desastre ambiental.” (Finch et al., 2016, p. 730).

Contudo, para efeito deste estudo, a consideração ou não desta última


categoria não afeta o desfecho da discussão, pois trataremos de um tipo particular de
desastre natural, ou seja, aqueles causados por “tsunamis”.
Tsunamis são ondas causadas principalmente por eventos sísmicos. Se
distinguindo das ondas comuns em seu modo de geração e em suas características
físicas, sendo provocados por mudanças repentinas no fundo do oceano, como
deslizamentos de terra e vulcões submarinos, mas principalmente terremotos
submarinos, com períodos, velocidades e comprimentos de onda dez ou cem vezes
maiores que as ondas movidas pelo vento (Ward, 2020).
Um tsunami é, portanto, um fenômeno físico associado a um terremoto,
enquadrado nos perigos sísmicos cujos efeitos na terra, na estrutura feita pelo homem
e nos sistemas socioeconômicos têm o potencial de produzir uma perda (Kijko, 2020).
De acordo com Kijko (2020), a análise de perigos sísmicos envolve lidar com dois
tipos de incertezas: aleatórias e epistêmicas. A primeira diz respeito aos fatores
imprevisíveis da natureza, a segunda refere-se ao conhecimento insuficiente sobre o
modelo ou seus parâmetros. No segundo caso o melhoramento das abordagens
metodológicas podem levar a reduções nas incertezas.
Nas últimas décadas ocorreu uma mudança na ênfase para a ‘gestão de riscos
de desastres’ em oposição à ‘gestão de desastres’, voltada para a redução do risco de
desastres e a prevenção de novos riscos (UNISDR, 2015). Ao mesmo tempo vem
ocorrendo uma redução nos danos causados por desastres (Fig. 1), o que evidencia
um melhoramento na forma como fazemos a gestão dos desastres e seus efeitos.

Figura 1. Média decenal do número de mortes por desastres naturais no mundo (adaptado de Ritchie
& Roser, 2021).

Para entender melhor sobre o assunto, o presente estudo pretende fazer uma
comparação entre dois eventos de tsunami que ocorreram na Indonésia (2004) e no
Japão (2011).

Metodologia
Para a obtenção de um quadro sobre os dois eventos de tsunami — Indonésia
em 2004 e Japão em 2011 — foram acessados dados a partir de um plataforma de
acesso livre e aberto. A base de dados utilizada foi escolhida, preferenciais, com base
nos seguintes critérios:
- aquela que reúne o conjunto mais completo de dados, considerando as necessidades do
estudo;
- aquela que oferece os dados em formato mais adequado para a visualização (tabalas,
gráficos, etc.);
- aquela cujo acesso aos dados se dá de forma mais direta e intuitiva.
Dentre as diferentes bases de dados consultadas a que disponibiliza os dados
de forma mais direta e intuitiva e que ao mesmo tempo reúne o conjunto mais
completo de dados, os quais podem ainda ser obtidos em um formato o mais pronto
para uso foi “Our World in Data” (GCDL, [s.d.]).
Foram então extraídos dados que permitam a comparação dos dois eventos
bem como da condição socioeconômica dos dois países.

Resultados e Discussão

Condições de Cada País para Lidar com Eventos de Desastres


Uma das principais causas de mortes e danos dentre os diferentes tipos de
desastres são os tsunamis. Na Figura 2a,b é possível observar que em 2004 e 2011,
anos em que ocorreram os eventos de interesse para este estudo, ocorreu um aumento
considerável dos danos econômicos. A principal contribuição em cada um destes anos
corresponde justamente ao país onde ocorreu o tsunami. Já com relação ao número
de pessoas afetadas, a contribuição destes países é inexpressiva (Fig. 2c), o que
possivelmente se deve ao fato de serem países pequenos em termos territoriais e
populacionais. Comparando os dois países (Fig. 2d), os anos dos dois eventos (2004 e
2011) apresentam quantitativos relativamente baixos comparados com com outros
anos com maior número de ocorrência. Quanto ao número total de mortes,
comparando com as ocorrências totais para o mundo, fica evidente a importância dos
dois eventos (Fig. 2e). E ao compararmos os dois países, os anos 2004 e 2011 se
destacam com maior número de mortes (Fig. 2f).

Figura 2. Dados anuais de 1970 a 2020 comparando a Indonésia e o Japão com o mundo (a, c, e) e
entre si (b, d, f) para: danos econômicos anuais causados por desastres (a, b), número total de pessoas
afetadas por desastre (c, d) e número total de mortes por desastre (e, f).
Os tsunamis, considerando os dados acima, apresentam características que os
distinguem. São eventos que, por um lado, não afetam um número total muito
grande de pessoas, mas, por outro, produzem impactos agudos consideráveis,
traduzidos em um grande número de mortes e grandes custos econômicos.
Quanto à gestão de desastres, a logística e a infraestrutura desempenham um
papel crucial para determinar se um evento natural extremo se transforma em um
desastre (Jeschonnek et al., 2016). No caso dos dois países alvo deste estudo
(Indonésia e Japão), as evidências revelam status diferentes em relação à gestão de
desastres. Embora há somente dados disponíveis desde 2011, estes podem oferecer
pistas das condições dos dois países para lidar com desastres.
Enquanto o Japão vem alcançando índice máximo de adoção de estratégias de
gestão de risco de desastre, a Indonésia só passou a pontuar a partir de 2018 (Fig.
3a). Quanto à parcela dos governos locais que implementam estratégias locais de
redução de riscos de desastres, enquanto no Japão 100% dos governos locais adotam,
na Indonésia a parcela de governos locais que as adotam fica abaixo de 40% (na
maioria das vezes abaixo de 20%). Tais dados sugerem que dos dois países o Japão
está melhor preparado para lidar com a ocorrência de desastres. Esta diferença é
reforçada pela diferença na pontuação para adoção e implementação de políticas para
redução de riscos (Fig. 4a), diferença esta que se acentua na pontuação do progresso
na redução de riscos de desastres (Fig. 4b). Ou seja, além da Indonésia apresentar
relativamente menos iniciativas em termos de gestão de riscos de desastres,
aparentemente apresenta uma efetividade menor das iniciativas adotadas.

Figura 3. Pontuação da adoção e implementação de estratégias para a gestão de riscos em nível


nacional (a) (GCDL, 2022b) e parcela dos governos locais que adotam e implementam estratégias
locais de redução de risco de desastres (b) de 2011 a 2020 (GCDL, 2022a).

As diferenças entre Indonésia e Japão em relação ao preparo dos dois países


para lidar com desastres podem estar relacionadas com as diferenças de ordem
socioeconômicas. Observe que o PIB (Produto Interno Bruto) per capita da Indonésia
e consideravelmente menor que o do Japão (Fig. 5a). Além do PIB e outros fatores já
discutidos, a maior desigualdade de renda (Fig. 5b) e o percentual de pessoas
subnutridas (Fig. 5c) na Indonésia pode ser um fator agravante na medida em que
uma parcela significativa vive em situação de maior vulnerabilidade e, portanto, com
menos condições para lidar com os impactos dos desastres.

Figura 4. Adoção e implementação de políticas para a redução de riscos de desastres (a) (GCDL,
2021) e pontuação do progresso na redução de risco de desastre a partir de autoavaliação (b) (GCDL,
2021).

Figura 5. Produto Interno Bruto (PIB) per capita (a), proporção dos diferentes estratos de
renda/pobreza (b) e quantidade relativa de pessoas subnutridas (c)1 na Indonésia e Japão de 2004 a

1 Não há dados completos para o Japão para o períodos. No entanto, para efeito de comparação,
considerando que não ocorreram mudanças consideráveis, como nos demais indicadores para o
mesmo país, optou-se por usar o dado.
2011 (Ritchie, 2019).

Também é preciso considerar o grau de escolaridade da população, pois


influenciará a capacidade da população responder coletivamente e individualmente
em situações de desastres. Em relação a isso, tanto os dados do tempo de
escolaridade como da taxa de alfabetização sugerem desvantagens da Indonésia em
relação ao Japão (Fig. 6a,b). A expectativa de vida e a taxa de mortalidade infantil
também são descritores que podem dar pistas sobre a qualidade de vida e proteção
social da população. Nesse caso, estes indicadores reforçam a condição de fragilidade
da Indonésia em relação ao Japão (Fig. 7a,b).

Figura 6. Tempo de frequência na escola (a) e taxa de alfabetização (b)2 nos dois países (Indonésia e
Japão) no período de 2004 a 2011 (Ritchie, 2019).

Figura 7. Expectativa de vida (a) e taxa de mortalidade infantil (b) nos dois países (Indonésia e
Japão) no período de 2004 a 2011 (Ritchie, 2019).

Outros fatores que revelam serviços de proteção social são o acesso a água
potável e saneamento, os quais revelam diferenças importantes. Enquanto o Japão
oferece acesso ao saneamento e água potável a 100% da população, a Indonésia
possui lacunas importantes em relação a estes serviços (Fig. 8a,b). O acesso a energia
também mostra diferenças no fornecimento destes serviços entre os dois países. Na
Indonésia tanto o acesso relativo da população é menor (Fig. 9a,c) quanto o consumo

2 Não há dados para o Japão no período. Porém, o dado mais próximo corresponde ao ano de 2002,
o qual foi incluído no gráfico para efeito de comparação, considerando o mesmo critério subjetivo
descrito na nota anterior.
per capita (Fig. 9b).

Figura 8. Acesso à água tratada (a) e saneamento (b) pela população nos dois países (Indonésia e
Japão) no período de 2004 a 2011 (Ritchie, 2019).

Figura 9. Acesso à eletricidade (a), consumo de energia (b) e acesso a combustíveis limpos para
cozinhar (c) pela população nos dois países (Indonésia e Japão) no período de 2004 a 2011 (Ritchie,
2019).
Finalmente as emissões de CO2 dos dois países são diferentes tanto em relação
à produção (Fig. 10a) como em relação às tendências de mudanças. Embora o Japão
apresente uma taxa de emissão bem mais alta que a Indonésia, o que reflete um
consumo maior de energia, o fato de o Japão estar apresentando uma tendência de
mudanças negativas pode significar melhoras na eficiência energética.
Finalizando este tópico, todos os indicadores apontam para uma diferença na
condição de cada país que os caracterizam como diferentes no que diz respeito às
condições de cada um para lidar com eventos de desastres. Enquanto o Japão goza de
condições mais favoráveis do ponto de vista socioeconômico, a Indonésia apresenta
fragilidades importantes que podem influenciar negativamente nas respostas que da
população aos eventos de desastres.

Figura 10. Taxas de emissão de dióxido de carbono (CO2) (a) e mudanças nas emissões de CO2 (b) na
Indonésia e Japão de 2004 a 2011 (Ritchie, 2019)

Impactos dos Eventos de Tsunami na Indonésia e Japão


O impacto do desastre foi considerável nos dois países em estudo,
nomeadamente a Indonésia e o Japão. Relativamente ao número de mortes diretas e
indiretas por eventos de terremotos (incluindo aquelas causadas por tsunamis) em
cada ano, a Indonésia registou 165.946 mortes em 2004. , enquanto o Japão registou
19.976 mortes em 2011. No que se refere ao número de pessoas afetadas por estes
desastres, na Indonésia morreram 739.012 pessoas em 2004, enquanto no Japão
421.619 pessoas foram afetadas em 2004. Estes resultados refletem não somente a
importância destes dois eventos (ver Fig. 2 e primeiro parágrafo do tópico Condições
de Cada País para Lidar com Eventos de Desastres), revela um impacto maior na
indonésia.
Considerando que não sabemos a magnitude física dos eventos em proporção à
população atingida, ignoramos tal fato. De qualquer forma, estes resultados reforçam
a percepção de que a Indonésia apresenta uma condição menos preparada para lidar
com o desastre, verificada em suas fragilidades socioeconômicas.
Em relação ao impacto do desastre na economia dos dois países, na indonésia
o referido impacto representou 1,78% do PIB em 2004. Para o Japão em 2011 o
impacto do desastre representou 3,45% do PIB (Ritchie & Roser, 2021). No caso do
Japão, devido ao maior desenvolvimento, à maior infraestrutura construída dedicada
à economia, aquele país também tem mais a perder materialmente ao se deparar com
um evento de desastre, como no caso do impacto na usina nuclear de Fukushima, que
pode ser considerado um desastre em si.

Considerações Finais

Nota-se claramente que o desastre causado pelo tsunami na Indonésia em 2004


resultou em um impacto maior que no Japão (2011), com um grande número de
mortes, sendo o principal evento naquele ano na Indonésia. Já para 2011, quando
ocorre o tsunami no Japão, o número de mortes é relativamente baixo, apesar de ter
sido um evento de grande magnitude, com grandes danos econômicos àquele país. É
evidente a capacidade do Japão para lidar com desastres, o que pode estar
relacionado com a condição socioeconômica (população mais rica e menor
desigualdade) e cultural (a população é treinada desde cedo na escola para lidar com
eventos de desastres) daquele país, em contraste com a Indonésia.
A Indonésia encontra-se em situação de maior vulnerabilidade e risco do que o
Japão. Este último dispõe agora de um sistema de alerta de desempenho bastante
elevado que permite detetar antecipadamente este fenômeno natural e poder alertar a
população o mais prontamente possível. Tal como acontece com os terremotos, existe
um sistema de alerta generalizado no Japão em todos os telefones conectados à rede
de telecomunicações.
O tema dos desastres deve ganhar atenção uma vez que o crescimento da
população e o desenvolvimento econômico tem levado às populações a avançarem e
ocuparem cada vez mais áreas mais propensas a desastres, sendo esperado que a
incidência destes eventos aumente, assim como as perdas causadas por ele (Botzen et
al., 2019). Por outro lado, grandes avanços na avaliação de riscos e planos de
mitigação tem ocorrido nos últimos anos, especialmente estimulados pelos últimos
eventos, incluindo os dois discutidos neste estudo (Röbke & Vött, 2017).
Os impactos do evento de 2004, por exemplo, foi amplamente estudado e
permitiu importantes lições. Foram identificadas falhas em infraestruturas críticas,
como pontes, docas portuárias, hospitais e sistemas de comunicação, sendo possível
identificar onde devem ser feitas melhorias (Ghobarah et al., 2006)

Referências

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