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Câmara Municipal
EDITAL
N.º de Registo 11dez2023EI1476 Data 11/12/2023 Processo
E, para constar, lavrou-se o presente edital que vai ser publicado nos sítios da internet dos
Municípios de Alcanena, Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior, Santarém e Torres Novas
e das outras entidades representadas na Comissão de Cogestão do PNSAC MNPD OTN.
O Presidente da Câmara
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Cópias do documento são validadas com selo branco em uso na instituição.
Município de Alcanena | Praça 8 de Maio 2380-037 Alcanena | – NIPC 500 745 773
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Parque Natural das Serras de Aire e
Candeeiros e Monumento Natural das
Pegadas dos Dinossáurios Ourém/Torres
Novas
Índice
1. Enquadramento……………………………………………………………………………………………………………………… 6
2.5.1. Eixos de atuação do Plano de Cogestão do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
…………………………………………………………………………………………………………………………………………………… 13
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
8. Monitorização ……………………………………………………………………………………………………………………….. 54
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Índice de Figuras
Figura 12: “Terra de Milho” delimitada por muros em pedra solta ……………………………………… 33
Figura 13: Antiga habitação com cisterna alimentada por caleira ……………………………………….. 34
Índice de Tabelas
Tabela IV: Análise SWOT ao Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros …………………….. 37
Índice de Gráficos
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Siglas e Acrónimos
AP – Área Protegida
CCG PNSAC MNPD - Comissão de Cogestão do Parque Natural das Serras de Aire e
Candeeiros e Monumento Natural das Pegadas dos Dinossáurios
UE – União Europeia
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
1. Enquadramento
O modelo de cogestão das áreas protegidas pretende criar uma dinâmica partilhada de
valorização de cada área protegida, tendo por base a sua sustentabilidade e estabelecer
procedimentos concertados, que visem um melhor desempenho na salvaguarda dos
valores naturais e na resposta às solicitações da sociedade, e gerar uma relação de maior
proximidade aos cidadãos e às entidades relevantes para a promoção do
desenvolvimento sustentável de cada área protegida.
Com este modelo pretende-se imprimir uma dinâmica de gestão de proximidade, em que
diferentes entidades colocam ao serviço das áreas protegidas o que de melhor têm para
oferecer no quadro das suas competências e atribuições, pondo em prática uma gestão
participativa, colaborativa e articulada em cada área, criando uma nova dinâmica em
algumas das áreas fundamentais para a manutenção e desenvolvimento das áreas
classificadas, com especial enfase para os Parques Naturais.
Tendo por base este enquadramento legal, a proposta de plano de cogestão do PNSAC e
MNPD OTN, aqui apresentado, consubstancia um compromisso entre as entidades
envolvidas na sua execução obedecendo aos seguintes princípios:
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
• Internacionalização do território.
1.2. Elaboração
A proposta do plano de cogestão do PNSAC e MNPD OTN foi elaborada pela respetiva
Comissão de Cogestão desta área protegida.
1.3. Aprovação
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Note-se que o MNPD OTN está integrado no PNSAC, pelo que o plano de cogestão se
aplica às duas áreas protegidas de âmbito nacional.
2. Modelo de Cogestão
2.1. A cogestão
1 – Criar uma dinâmica partilhada de valorização da área protegida, tendo por base a sua
sustentabilidade nas dimensões política, social, económica, ecológica, territorial e
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3 – Gerar uma maior relação de proximidade aos cidadãos e às entidades relevantes para
a promoção do desenvolvimento sustentável da área protegida;
A Comissão de Cogestão do PNSAC MNPD OTN foi formalizada pelo Despacho n.º
5123/2023, de 3 de maio, da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e do
Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas e pelo Decreto-Lei n.º
116/2019, de 21 de agosto, na sua atual redação. Esta Comissão tem a seguinte
constituição:
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Com a aprovação da Lei n.º 60/XV, de 16 de novembro, haverá que incluir nesta Comissão
de Cogestao um representante da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento
Regional (CCDR) do Centro.
A 3 de maio de 2022 foi publicado em Diário da República n.º 85, 2.ª série, o Despacho
n.º 5123/2023, que determina a composição da Comissão de Cogestão do PNSAC.
A 16 de agosto de 2023 foi formalizado o contrato com o técnico para apoio à execução
do modelo de cogestão no PNSAC e MNPD OTN.
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Missão:
Promoção, valorização e divulgação do PNSAC e MNPD OTN, das pessoas e dos seus
costumes, garantindo a qualidade da comunicação, sensibilização e visitação, num
quadro de sustentabilidade e salvaguarda da biodiversidade.
Visão:
Valores:
Tendo por base a análise e diagnóstico da área protegida e a visão dos vários parceiros
integrantes da Comissão de Cogestão, descrevem-se três grandes objetivos estratégicos
assumidos:
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1. Promoção do território
2. Comunicação e sensibilização
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A criação desta área protegida, onde se integra o MNPD OTN, levou, obrigatoriamente, à
aprovação de ferramentas de gestão do território que impõem regras mais restritas que
as existentes na área circundante ao PNSAC. Uma possível falta de comunicação e de
entendimento da população local nesta matéria levou à existência de situações pontuais
de atrito/conflito com a gestão da área protegida.
Nesse sentido, entende-se ser essencial criar uma estratégia de promoção do PNSAC e
MNPD OTN, com especial enfoque na aproximação às comunidades locais. Considerando
que todos os intervenientes na área protegida têm objetivos comuns, que é o melhor e
mais harmonioso usufruto da mesma, mantendo os seus valores naturais, é importante
que as entidades gestoras, entidades económicas e habitantes locais estejam em perfeita
sintonia e articulação.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
na participação informada, consciente e voluntária, que gera e analisa dados, que partilha
o seu conhecimento e discute e apresenta resultados, sendo parte do processo. O
conhecimento gerado, permitirá definir linhas de atuação e ações específicas, dinâmicas
e devidamente adequadas à preservação e salvaguarda deste património.
3.1. Localização
O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), possui uma área de 38.392,91
ha e abrange o essencial do Maciço Calcário Estremenho, envolvendo territórios
pertencentes aos concelhos de Alcanena, Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior,
Santarém e Torres Novas, tendo, recentemente, sido alterados os seus limites, de acordo
com Resolução do Conselho de Ministros n.º 104/2023, de 1 de setembro, que aprovou
a atualização dos limites e o Programa Especial do PNSAC (figura 1).
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3.3. Classificação
O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros foi classificado com o Decreto-Lei n.º
118/79, de 4 de maio, sendo que as serras de Aire e Candeeiros são o mais importante
repositório das formações calcárias existente em Portugal e esta é a razão primeira da
sua classificação. Morfologia cársica, natureza do coberto vegetal, a rede de cursos de
água subterrâneos, uma fauna específica, nomeadamente cavernícola, e intensa
atividade no domínio da extração da pedra são outros tantos aspetos que o diploma
classificatório tenta preservar e disciplinar.
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Esta área protegida possui uma área de 38.392,91 ha. Abrange o essencial do Maciço
Calcário Estremenho, abrangendo territórios pertencentes aos concelhos de Alcanena,
Rio Maior, Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Santarém e Torres Novas.
• Decreto-Lei n.º 118/79, de 4 de maio – Cria o Parque Natural das Serras de Aire e
Candeeiros (PNSAC).
• Portaria n.º 21/88, de 12 de janeiro – Aprova o Regulamento do Parque Natural
das Serras de Aire e Candeeiros e o respetivo Plano de Ordenamento, que esteve
em vigor entre janeiro de 1988 e agosto de 2010.
• Decreto-Regulamentar n.º 12/96, de 22 de outubro – Cria o Monumento Natural
das Pegadas de Dinossáurios de Ourém/Torres Novas.
• Resolução do Conselho de Ministros n.º 142/97, de 28 de agosto – Aprova a lista
nacional de sítios (1.ª fase) prevista no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 226/97, de 27
de agosto (transpõe para o direito interno a Diretiva n.º 92/43/CEE, do Conselho,
de 21 de maio, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora
selvagens).
• Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/2000, de 5 de julho - Aprova a 2.ª fase
da lista nacional de sítios a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º
140/99, de 24 de abril. Cria o Sítio de Interesse Comunitário (SIC) “Serras d´Aire e
Candeeiros” no âmbito da Rede Natura 2000.
• Portaria n.º 1465/2004, de 17 de dezembro - Aprova o Regulamento do Desporto
de Natureza na Área do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.
• Sítio RAMSAR n.º 1616 – Classificação, em maio de 2006, como Zona Húmida de
Importância Internacional (Convenção de RAMSAR): Polje de Mira Minde e
nascentes relacionadas. Inclui o Polje de Mira Minde, a gruta da Nascente do
Almonda, Olho d’Água de Maria Paula e o Complexo das Nascentes do Alviela.
• Portaria n.º 829/2007, de 1 de agosto – Divulga a lista dos sítios de importância
comunitária (SIC) situados em território nacional pertencentes às regiões
biogeográficas atlântica, mediterrânica e macaronésica.
• Portaria n.º 160/2009, de 12 de fevereiro – Interdita o exercício da caça dentro
dos limites do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e revoga a Portaria
n.º 1155/2002, de 28 de agosto.
• Resolução de Conselho de Ministros n.º 57/2010, de 12 de agosto – Aprova o
Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.
• Resolução do Conselho de Ministros n.º 104/2023, de 1 de setembro – Aprova o
Programa Especial do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros com a
atualização dos seus limites.
3.4. Caracterização
Geologia e Geomorfologia
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Por todas estas razões, este é um local onde os mais significativos e típicos fenómenos
cársicos se encontram representados no nosso país, de que são exemplo as dolinas, as
uvalas, os poljes e campos de lapiás, no que concerne ao modelado de superfície, e a
existência de inúmeras grutas (mais de 1500) que cruzam o interior do maciço.
O polje de Mira-Minde é drenado na periferia do maciço pelas nascentes dos rios Lena,
Alviela e Almonda, só para citar as mais conhecidas. Quando a entrada de água no sistema
é superior ao caudal permitido pelas nascentes, a água eleva-se dentro da rede e inunda
esta área deprimida que é o polje, através de 2 ou 3 algares existentes na sua base,
formando este mar temporário. Uns tempos depois, com a diminuição da precipitação,
este “mar” esvazia pelos mesmos locais por onde inundou. Como é necessário que haja
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
A depressão de Alvados é uma bacia de fundo plano, ampla, com um imenso tapete de
oliveiras que timidamente ensaiam uma subida pela extensa e uniforme Costa dos
Alvados, como é denominada a vertente de 300 m de desnível que atinge o planalto de
Santo António. Esta é uma das mais belas paisagens deste maciço. Trata-se de uma zona
de sequeiro onde predomina o olival, mas que apresenta importantes núcleos de
carvalhal.
A Serra de Aire, em termos fisiográficos eleva-se das regiões limítrofes num imenso bloco
quase monolítico. É recortada apenas pelo Vale Garcia, que fende profundamente tanto
no bordo oeste como este, alongando-se no sentido nordeste. A sudoeste, a transição
para as terras mais baixas é brusca, dado que é limitada pelo Arrife, contrastando com a
transição suave para o Planalto de S. Mamede.
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- Vale Alto: Estende-se por todo o bordo oeste, estabelecendo uma transição suave com
o Planalto de São Mamede, já fora dos limites do PNSAC. A diversidade da cobertura
vegetal e o equilíbrio de certos usos, confere, em alguns trechos, uma harmonia muito
agradável sendo de salientar a mancha de castinçais;
- Aire e Gouxa Larga: Estende-se praticamente desde os 350 metros até ao topo da serra.
As zonas florestais, dominadas por eucalipto e pinhal bravo, vão rareando nas encostas a
poente, à medida que se progride em altura, sendo substituídas por matos altos onde
dominam os medronhais e alguns núcleos de azinheiras mais ou menos arbustivas. No
bordo nascente, existem alguns pinhais, mas principalmente vastas áreas de matos altos,
com notável diversidade florística. Os covões, existentes no cume, notáveis vestígios de
uma anterior utilização pastoril, cobertos de plantas herbáceas, provocam uma agradável
sensação de frescura em oposição aos matos esclerófitos;
- Chãs: Distribui-se por todo o bordo nascente até à linha do Arrife numa zona bastante
plana que permite uma agricultura relativamente desenvolvida, entre grandes manchas
de olival bem cuidado, pontuada por manchas de pinhal. O Arrife (escarpa de falha),
constitui um relevo abrupto, de vertentes escarpadas, que realçam o efeito de degrau
topográfico regional, ao separarem as serras e planaltos do Maciço Calcário Estremenho,
que se erguem 400 m acima (679 m na Serra de Aire) da plataforma da Bacia Terciária do
Tejo, que se posiciona a 100 m de altitude.
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Hidrologia
Das várias nascentes cársicas existentes na região, a mais conhecida e importante, no que
toca a caudais emitidos, é a dos Olhos de Água do Alviela. A nascente do rio Alviela situa-
se na transição entre o Maciço Calcário Estremenho, zona onde predomina a rocha
calcária, e a Bacia Terciária do Baixo Tejo, paisagem constituída principalmente por
arenitos. A sua bacia de alimentação estende-se ao longo de cerca de 180 km2, onde a
água percorre verdadeiros labirintos subterrâneos até chegar à nascente.
O rio Alviela é alimentado, durante todo o ano, por uma nascente permanente, mas, em
períodos de maior precipitação, a água é também expelida através de nascentes
temporárias, nomeadamente por uma saída temporária de extravasamento situada junto
à nascente principal (Olhos de Água) e por uma outra situada junto ao Poço Escuro.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
A nascente dos Olhos de Água do Alviela é uma das mais importantes do nosso país,
chegando a debitar 17 mil litros por segundo, ou seja, 1,5 milhões de m3 de água por dia
(pico de cheia). Desde 1880 até bem próximo da atualidade, a nascente do Alviela foi uma
das principais fontes de abastecimento de água à cidade de Lisboa (através da EPAL) e
ainda hoje “abre portas” a um dos maiores reservatórios de água doce do país.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Apesar de ter um caudal substancialmente menor que o do rio Alviela, cerca de 700 mil
m3 de água por dia (pico de cheia), representa a mais extensa rede cársica atualmente
conhecida em Portugal, com cerca de 12 km de galerias já conhecidas.
Clima
O clima da área do PNSAC caracteriza-se por constituir uma peculiar transição entre as
condições mediterrâneas e atlânticas, sendo por isso húmido, de temperaturas médias e
com grande deficiência de água no verão.
A análise do clima foi realizada com recurso aos dados das estações de Alcobaça e Rio
Maior, com as seguintes coordenadas de localização:
A estação de Alcobaça encontra-se mais próxima do litoral, sendo o seu clima marcado
por uma maior influência oceânica, com reflexos na menor amplitude térmica anual, com
verãos mais frescos e invernos menos frios do que os verificados em Rio Maior.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Existem mais dias com temperaturas negativas em Rio Maior (15,6 dias por ano) do que
em Alcobaça (13,7 dias). A ocorrência de temperaturas máximas superiores a 25°C é
também mais frequente em Rio Maior (90 dias por ano) do que em Alcobaça (61 dias por
ano). Em Alcobaça, a proximidade do litoral, a oeste, reflete-se também no regime de
ventos, dominado pela nortada que ocorre entre os meses de maio e setembro, e na
frequência elevada de nevoeiros, com maior incidência durante os meses de verão.
A precipitação média anual é ligeiramente superior em Alcobaça, com 945 mm, e 856
mm em Rio Maior.
No esboço provisório das regiões climáticas de Portugal, Alcobaça e Rio Maior localizam-
se na “Fachada Atlântica”, região de clima marítimo com vasta distribuição latitudinal,
desde o Minho até Aljezur, paralela ao litoral.
Temperatura
O facto da estação de Alcobaça se encontrar mais próxima do litoral leva a que esteja
mais exposta à influência moderadora do oceano. Assim, Alcobaça apresenta verões
menos quentes e invernos menos frios comparativamente com a estação de Rio Maior,
sendo menos frequentes valores extremos de temperatura: menos dias com
temperatura máxima superior a 25°C e menos dias com temperatura mínima inferior a
0,0°C. Conforme podemos verificar nos Gráficos 1 e 2, a temperatura média do mês mais
quente (agosto) é 1,2°C superior em Rio Maior, sendo que a temperatura média do mês
mais frio (dezembro em Alcobaça, janeiro em Rio Maior) é 0,4 °C inferior em Rio Maior.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Gráficos 1 e 2: Distribuição das temperaturas média mensal, máximas médias e mínimas médias
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Tabela III – Evolução da População Ativa nos municípios do PNSAC, por Faixa Etária
Município População Ativa 25 a Variação face População Ativa 55 e Variação face
44 anos – 2021 ao ano 2011 + anos – 2021 ao ano 2011
Alcanena 40,8% -9,4pp 24,7% +9,1pp
Alcobaça 43,1% -9,6pp 22,1% +8,1pp
Ourém 43,5% -7,8pp 22,9% +8,3pp
Porto de Mós 42,4% -11,2pp 22,3% +8,1pp
Rio Maior 45,2% -7,7pp 20,2% +5,7pp
Santarém 42,9% -9,7pp 23,0% +7,8pp
Torres Novas 42,5% -9,3pp 24,0% +9,3pp
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
3.6. Património
O património natural do PNSAC constitui uma das maiores riquezas do território. O Sítio
Serras de Aire e Candeeiros, “… reúne um conjunto de habitats e possui um elevado valor
para a conservação da flora, já que as características peculiares da morfologia cársica
conduziram ao desenvolvimento de uma vegetação esclerófita e xerofílica, rica em
elementos calcícolas raros e endémicos.
Inclui várias grutas importantes para morcegos, entre os quais se destaca a que abriga a
única colónia de criação de morcego-lanudo (Myotis emarginatus) conhecida no país.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Fundamentalmente pela ação humana a floresta foi sendo destruída dando origem ao
aparecimento de matos de grande interesse florístico predominando, em termos de
vegetação espontânea, áreas arbustivas de carrasco (Quercus coccifera) e subarbustivas
de alecrim (Rosmarinus officinalis).
Para além da importância que a função das plantas desempenham nos ecossistemas e
do seu potencial valor económico e científico, muitas plantas do Parque Natural têm
qualidades medicinais, aromáticas, condimentares, ornamentais, forrageiras (i.e. para
alimentação do gado) ou florestais.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Podem-se referir, por exemplo, o gato-bravo (Felis silvestris), a gineta (Genetta genetta),
a raposa (Vulpes vulpes), a doninha (Mustela nivalis), o texugo (Meles meles), a cobra-
de-pernas-tridáctila (Chalcides striatus), a víbora-cornuda (Vipera latastei), as cobras-
de-água, várias espécies de salamandras e tritões (Triturus spp.).
As aves são o grupo com maior número de representantes neste Parque, sendo
conhecidas mais de 100 espécies que aqui nidificam. Algumas são mesmo importantes
no contexto nacional, como o bufo-real (Bubo bubo) ou a gralha-de-bico-vermelho
(Pyrrhocorax pyrrhocorax).
O meio subterrâneo tem, neste Parque Natural, grande significado. Nas suas numerosas
grutas abrigam-se uma infinidade de seres vivos, de que se destacam cerca de dez
espécies de morcegos cavernícolas, daí que um morcego estilizado figure no logótipo do
Parque.”
O património arqueológico do PNSAC está disperso por toda a área protegida e encontra-
se devidamente documentado e inventariado na base de dados do Endovélico, havendo,
certamente, ainda muito a explorar por todo o Maciço Calcário Estremenho. Os sítios
arqueológicos encontram-se em regiões mais ou menos humanizadas e encontram-se
maioritariamente associados a abrigos naturais, grutas ou lapas, com especial relevância
para as que se encontram nas margens do maciço, com nascentes ou cursos de água
associadas.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
contendo várias jazidas arqueológicas, que vão desde o Paleolítico Inferior até à época
Romana. De mencionar o crânio humano encontrado na Gruta da Aroeira, em 2014, com
cerca de 400 mil anos, sendo o mais antigo fóssil humano encontrado em Portugal. A
gruta foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 30 de novembro de 1993.
Apenas o concelho de Porto de Mós está na esfera de atuação da DRCC, nos termos do
Decreto-Lei n.º 114/2012, de 25 de maio, sendo que os restantes 6 concelhos (Alcanena,
Alcobaça, Ourém, Rio Maior, Santarém e Torres Novas) encontram-se sob a tutela da
Direção-Geral do Património Cultural, criada com o Decreto-Lei n.º 115/2012, de 25 de
maio.
Património Etnográfico
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
No alto da serra, o clima e a rudeza da paisagem revê-se claramente nos terrenos mais
pobres, que exigiram a “despedrega” e o arroteio, melhorando claramente a sua aptidão
agrícola. A maioria das casas são de piso térreo, com anexos pequenos, compostos pela
alpendorada, onde se guardava o carro de bois ou a carroça, a eira, a cova do bagaço e a
“cortelha” do porco. Nos terrenos mais “magros”, que, por norma, se situavam nas zonas
de encosta, plantaram olivais, dispondo a pouca terra disponível em socalcos, em forma
de meia lua, rodeados de pequenos muretes, designados por “caneiros”.
Nas zonas baixas, onde os solos eram mais profundos e de maior valor agrícola, criaram
as designadas “terras de milho”, delimitadas por grandes paredes em pedra solta,
rigorosamente aparelhada, sem qualquer tipo de argamassa. Este rendilhado de parcelas
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
A água, escassa, sempre foi um dos principais problemas que limitaram a fixação das
populações nas zonas serranas. Devido à natureza calcária do Maciço, era inútil abrir
poços. As cisternas são uma constante no alto da serra para armazenar as águas das
chuvas. Muitas foram resultantes do aproveitamento de pequenos algares e depressões
das rochas, naturalmente impermeabilizadas, que eram cobertas por lajes ou abóbadas
edificadas e assim aproveitadas para acondicionar água. Junto às casas as cisternas
recolhiam a água dos telhados através do sistema de beirados e escoamento. As cisternas
constituem um elemento de importância vital nas aldeias e um exemplo marcante da
arquitetura rural do PNSAC. Ainda se podem ver cisternas tradicionais em quase todo o
território do PNSAC, variando a sua arquitetura e dimensão, conforme os recursos do
proprietário. Existem ainda algumas destas estruturas comunitárias, que testemunham a
natureza solidária destas comunidades.
As eiras serviam para a debulha e secagem de cereais e legumes, mas também como
espaço de convívio ao longo do tempo de trabalho ou como espaço de lazer ao final do
dia. Podem observar-se, ainda, eiras com a forma circular, quadrada, mas também
retangulares, delimitadas por pequenos muros, apenas com uma abertura para permitir
a entrada e saída, lajeadas em pedra aparelhada ou em pedra tosca.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Ambas as tipologias de moinhos são idênticas na sua função, assim como no mecanismo
interior, servindo essencialmente para moagem dos cereais. Um sistema de moagem
idêntico era também utilizado para esmagar a azeitona e fazer o azeite, nos lagares. A
ausência de cursos de água à superfície, levou a que, nas zonas altas da serra, a força
motriz mais comum utilizada nos lagares fosse o animal, bovino ou asinino.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Os hábitos e costumes das épocas mais recentes podem ainda ver-se através das danças,
cancioneiros, usos e costumes tradicionais, que estão documentados no trabalho de
alguns grupos folclóricos associativos: Moleanos, Alecrim da Serra, Pedreiras, Cabeça
Veada, Arrimal, Chãos e Covão do Coelho.
Ainda no que diz respeito ao património cultural imaterial, há ainda a referir que, para
além da existência de um vocabulário muito próprio na zona do Planalto de Santo
António, devidamente estudado e publicado por Francisco dos Santos Serra Frazão, em
1939, na Revista Lusitana, verifica-se a existência do Minderico, que é a variante
linguística falada em Minde desde o século XVIII. Inicialmente, esta variante funcionava
como código conhecido apenas pelos fabricantes e comerciantes, que se deslocavam por
todo o país para venderem as suas mantas, tendo a necessidade de comunicar entre si
sem que os restantes elementos se apercebessem do conteúdo das suas conversas. Na
Vila de Minde ainda hoje se fala o Minderico, sendo um importante recurso a explorar e
a manter.
Para caraterizar o PNSAC e MNPD OTN e identificar potenciais áreas de intervenção fez-
se um diagnóstico prospetivo recorrendo a uma análise SWOT (Strengths/Forças,
Weaknesses/Fraquezas, Opportunities/Oportunidades e Threats/Ameaças). Esta análise
foi uma ferramenta útil na definição da estratégia adotada, contribuindo para uma
definição mais concreta e eficaz dos objetivos a alcançar. Foi desenvolvida recorrendo ao
conhecimento existente da realidade destas áreas protegidas or parte das entidades da
Comissão de Cogestão, mas também fruto das reuniões decorridas com os atores locais.
36
PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
FORÇAS
. PNSAC, que integra o MNPD OTN, ou seja, 2 áreas protegidas de âmbito nacional
. Rede Natura 2000
. Locais de interesse geológico (Geossítios, Monumento Natural das Pegadas dos Dinossáurios, Vale
de Meios, Algar do Pena, etc.)
. Sítio RAMSAR
. Habitats e espécies prioritários para a conservação da natureza
. Elevado potencial para o desenvolvimento de projetos de investigação científica, em áreas como a
conservação da natureza, sustentabilidade de territórios rurais, património, etc.
. Facilidade de combinação do valor natural, da vivência quotidiana e da qualidade de vida de quem
entra e de quem recebe
. Riqueza e diversidade dos elementos estruturais da paisagem rural com interesse para a
biodiversidade
. Centralidade do Parque Natural no país e proximidade a outros locais de elevado potencial turístico:
Alcobaça, Batalha, Fátima, Leiria, Nazaré, Santarém e Tomar
. Redes de rotas e percursos pedestres
. Excelente capacidade hotelaria no PNSAC e áreas limítrofes, nos concelhos que integram esta área
protegida
PONTOS FRACOS
. Parque Natural muito humanizado
. Estruturas de visitação ou de interpretação do PNSAC, dispersas, sendo algumas inadequadas ou
sem funcionamento
. Insuficiente conhecimento sobre o estado, distribuição e conservação dos valores naturais
. Falta de articulação entre as diversas entidades que interagem no território (públicos e privados)
. Constrangimentos relativos à gestão do PNSAC por parte do ICNF, I.P., devido à sua forma de
organização e falta de recursos
. Elevada burocracia para a realização de atividades/eventos na área do PNSAC
. Grande densidade de explorações de inertes na área do PNSAC
. Falta de identidade visual e territorial
. Falta de sentido de pertença da população residente em relação ao PNSAC
. Falta de suportes de informação científica, turística, etc.
. Falta de estratégia de comunicação e divulgação do PNSAC e MNPD OTN
. Inexistência de rede de transportes públicos em toda a região do PNSAC
OPORTUNIDADES
. A paisagem e a natureza em geral
. Aumento generalizado da procura por Turismo de Natureza, elementos culturais e tradicionais
. Valorização dos valores naturais como meio de atração de turismo sustentável (observação de aves,
morcegos, rota das orquídeas, PAM…)
. Valorização dos produtos locais com certificação de qualidade
. Aposta na conservação dos recursos naturais, incluído os da geodiversidade
. Gestão participativa das áreas protegidas - Comissão de Cogestão do PNSAC e MNPD OTN
. Oportunidade de investimento privado ligado à natureza e áreas subsidiárias (negócios de operação
e animação turística, restauração, alojamento, …)
. Aumento da procura por saturação dos grandes centros urbanos
. Estruturação de visitação sustentável
AMEAÇAS
. Progressiva deterioração e abandono do sistema agro-silvo-pastoril tradicional
. Falta de disponibilidade de emprego
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Denota-se que a população tem pouco sentido de pertença no que ao Parque Natural diz
respeito, sentimento motivado, também, pelas alterações ao nível dos serviços do ICNF,
I.P., com a consequente falta de técnicos e da falta da figura do Diretor da área protegida,
que, no fundo, era o rosto dos serviços junto da população.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Existem diversos aspetos que se consideram deverem ser alvo de um trabalho dedicado.
É fundamental para o PNSAC e MNPD OTN fomentar o sentido de pertença e identificação
das comunidades locais, pelo que se pretende que seja fomentado o conceito de Parque
Natural e que os habitantes sintam que é um privilégio viver dentro de uma área
protegida.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
A posição estratégica do PNSAC e MNPD OTN assenta na análise SWOT (Tabela II)
desenvolvida, que reflete, de uma forma simbólica, a realidade conjuntural destas áreas
protegidas. Esta análise é incontornável para a formulação da estratégia a implementar,
consubstanciada por este plano de cogestão. Esta estratégia assenta nos eixos de
atuação, referidos no ponto 2.5., e pretende alcançar os seguintes objetivos:
40
PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
A estratégia definida para este território, assente nos eixos estratégicos identificados no
ponto 2.5 deste documento, resulta essencialmente da interpretação da matriz SWOT
(tabela III), e que consiste numa análise de cenário, que traça, de modo simples, a
realidade existente no território do PNSAC.
Sendo um diagnóstico sobre esta área, a análise de cenário permite formular a estratégia
que se pretende concretizar com o plano de cogestão, para o período de 2024-2027, cuja
implementação permitirá alavancar a mudança para atingir os objetivos definidos neste
plano de cogestão.
Identificadas as forças e as fraquezas nesta matriz, que têm diversas ordens e origens, é
fundamental que nas opções futuras para a gestão do território se potenciem as forças e
se mitiguem as fraquezas.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
MNPD OTN, por via de ações que criem e promovam estruturas de apoio à
visitação, proporcionando experiências de qualidade aos visitantes e restantes
utilizadores destas áreas protegidas.
• Instituições de ensino;
escuteiros;
• Produtores / transformadores
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Tabela V: Resumo das sessões realizadas no âmbito da cogestão do PNSAC e MNPD OTN
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
No âmbito do questionário realizado, foram obtidas 222 respostas, das quais, 71,5%
foram do género feminino, com idades compreendidas entre os 26 e os 65 anos de idade
(cerca de 91%), a maioria de um nível de formação superior (57,2%) (ver gráfico 3), de
pessoas provenientes das mais diversas regiões do país, com especial relevância para os
7 municípios que compõem o PNSAC .
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Dos inquiridos, apenas 15,8% vive no PNSAC e dos 84,2% que vive fora, 34,1% num dos
municípios abrangidos pelo Parque Natural (ver gráfico 4).
Dos inquiridos, 95,4% já visitaram o Parque Natural e destes, 51,9%, foram motivados
pelos valores culturais e naturais, e 45,2%, apenas pelos valores naturais existentes.
A maioria dos inquiridos refere que efetuou a visita sem recorrer a nenhuma empresa,
associação e/ou entidade (72,8%), que procurou algum tipo de informação sobre a área
protegida (71,2%), tendo sido fácil obter essa mesma informação (73,4%).
Questionados sobre quais as três palavras que associam ao PNSAC, de mencionar que
paisagem (72,5%), natureza (71,2%), biodiversidade (68%) e geodiversidade (47,3%),
foram as mais votadas, ficando as restantes, cultura, gastronomia, pedreiras, ruralidade
e satisfação, equiparadas, com valores que rondam os 15 a 20%. Apenas 1,8% considera
que a visita ao Parque Natural é uma deceção.
De todos os inquiridos, 97,7% consideram que visitar o PNSAC é uma boa prática para
valorizar e conservar os seus valores naturais (fauna, flora e geologia), sendo que, a
maioria, classifica a acessibilidade, o estacionamento e a segurança, entre “Satisfatória”
e “Boa”, havendo diferentes opiniões relativamente à sinalização e à interpretação dos
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
locais visitados, com uma ligeira subida nas opiniões que consideram estas duas áreas de
“Insatisfatórias”, face às anteriores.
Grande parte dos inquiridos, quando questionados sobre o que representa para si o
PNSAC, identificou as grutas (74,3%), como sendo a característica mais marcante deste
território, seguidas de outros elementos, como sendo as plantas aromáticas e medicinais
(53,2%), as pegadas de dinossáurios (50%), os morcegos (36%), as orquídeas (23%) e, por
fim, a Gralha-de-bico-vermelho (20,7%), tendo ainda sido enunciados outros elementos,
com baixa representatividade.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
No que diz respeito ao MNPD OTN, das 222 respostas, apenas 10,3% correspondem a
habitantes dos concelhos de Ourém ou Torres Novas, sendo os restantes de outras
proveniências. Dos inquiridos, apenas 59,6% visitaram o Monumento Natural, 60% em
contexto pessoal ou familiar, principalmente pela sua importância paleontológica
(60,3%), a maioria, cerca de 94,4%, recomenda a experiência, considerando que a
existência desta área protegida contribui para a valorização dos concelhos de Ourém e
de Torres Novas (98,4%).
Dos visitantes que procuraram informações sobre o Monumento Natural antes da visita
(67,1%), 72,3%, considera ter sido fácil obter essa informação, associando a experiência
a conhecimento científico (42,6%), à descoberta (39,7%), à grandeza (30,5%) e à surpresa
(14,2%). Apenas 10,6% dos inquiridos refere a experiência como tendo sido uma
desilusão, provavelmente pela falta de meios interpretativos no local.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Das sugestões acolhidas para o MNPD OTN, de referir que a maioria das pessoas
consideram importante a criação de um Parque Temático no local, conciliando os
diversos espaços necessários para garantir a permanência dos visitantes durante mais
tempo.
Para isso, para além de ser necessário apostar numa melhor comunicação e divulgação
do local, também sugerem a melhoria generalizada das estruturas de visitação
associadas, nomeadamente do parque de estacionamento, da zona de receção do
visitante, bem como a criação de mais espaços de lazer na zona envolvente ao geossítio
e a existência de uma cafetaria ou de um refeitório com confeção e serviço de refeições
no próprio local.
Com a proposta de plano de cogestão do PNSAC e MNPD OTN concluída, a mesma foi
submetida a consulta pública, por um período de 23 dias úteis, entre 19 de dezembro de
2023 e 22 de janeiro de 2024, sendo publicitada através de edital municipal e nos sítios
na internet das entidades representadas na Comissão de Cogestão, como previsto no n.º
3 do artigo 15.º do Decreto-lei n.º 116/2019, de 21 de agosto de 2019, na sua redação
atual.
Durante o período de consulta pública, para além de diversas sessões que foram
realizadas no território do PNSAC, a Comissão de Cogestão criou alguns canais de
contacto direto para uso do público em geral, preferencialmente por via eletrónica, para
o qual se disponibilizou um formulário com o objetivo de recolher contributos duma
forma enquadrada na estrutura do documento.
A divulgação relativa à consulta pública desta proposta foi feita através de diversos meios,
de modo a garantir o acesso a essa informação, tendo sido feita em diversos suportes,
inclusive, através dos sítios na Internet das entidades representadas na Comissão de
Cogestão.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Concluído o período de consulta pública, que contou com __ participações, num total de
____ contributos, foi elaborado o respetivo relatório de ponderação à proposta de plano
de cogestão (Anexo __), refletindo o conjunto dos contributos recebidos e a respetiva
análise, ponderação e respetiva justificação realizadas pela respetiva Comissão de
Cogestão, e, quando aplicável, a forma de integração de cada contributo.
Para cada ação prioritária é apresentada uma ficha onde são definidos indicadores de
realização e previstos instrumentos e linhas de financiamento possíveis, para além de
definir o seu grau de prioridade, riscos e ameaças à sua realização, entidades envolvidas
na mesma e o seu valor de investimento previsto.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
ser transposta para a sua comunicação, mas também para os produtos e serviços
nele gerados;
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Foram estimados valores de investimento para cada uma das ações previstas no plano de
cogestão do PNSAC e MNPD OTN, que se apresentam agrupados por medida e por eixo
na Tabela VI, detalhadas ao pormenor, no Anexo III a), b), c) e d).
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Eixo 1. Promoção
MEDIDA A - Infraestruturação ou Reabilitação Estrutural (com vista à valorização do
Património Natural)
5 Linhas de Ação
A 1 - Criação de Portas de Entrada
A 2 - Valorização de Recursos e Infraestruturas
A 3 - Recuperação e Valorização do Património Cultural e Rural
A 4 - Estruturas de Mobilidade e Visitação Turísticas Sustentáveis
A 5 - Qualidade e Segurança dos Espaços de Visitação
11 Ações 28 140 000,00 €
MEDIDA B - Atividades Económicas Compatíveis com a Proteção dos Valores e Recursos Naturais
4 - Linhas de Ação
B 1 - Certificação Nacional e Internacional do Território e dos Agentes Locais
B 2 - Certificação e Homologação da Rede de Percursos
B 3 - Promoção das Atividades Tradicionais
B 4 - Turismo e Desportos de Natureza
10 Ações 4 565 000,00 €
MEDIDA D - Novas Atividades e Produtos Passíveis de Atribuir Valor aos Recursos e Valores
Naturais
2 Linhas de Ação
D 1 - Valorização da Rede de Geosítios
D 2 - Gestão de Habitats e Valorização de Outros Espaços Naturais
7 Ações 17 443 000,00 €
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
8. Monitorização
Nesse sentido, foi publicada a Portaria n.º 67/2021, de 17 de março, que define um
conjunto mínimo obrigatório de indicadores de realização a integrar nos planos de
cogestão das áreas protegidas, podendo cada plano adotar novos indicadores.
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Não obstante do acima exposto, está previsto o recurso a outros meios de divulgação,
nomeadamente através dos meios de comunicação locais, como sendo os jornais locais,
rádios, tv’s locais e redes sociais, entre outros.
10. Conclusão
O Plano de Cogestão do PNSAC e MNPD OTN revela uma estrutura sólida, com uma visão
ambiciosa, sendo exequível, com a união e participação de todos os atores chave
envolvidos, sendo o maior desafio, a coordenação entre a multiplicidade de entidades
públicas e privadas, a comunidade local e outros intervenientes. O conjunto de
intervenções projetadas neste documento, visam, para além da promoção do território,
salvaguardar a riqueza natural e cultural da região, garantindo, em simultâneo, o
desenvolvimento económico e social sustentável.
11. Anexos
Anexo II - Questionário
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PROPOSTA DE PLANO DE COGESTÃO DO PNSAC e MNPD OTN - 2024-2027
Decreto-Lei n.º 116/2019 - Define o modelo de cogestão das áreas protegidas. Diário da República,
21 de agosto.
Despacho n.º 5123/2023 - Determina a composição da comissão de cogestão do Parque Natural das
Serras de Aire e Candeeiros. Diário da República, 3 de maio.
Resolução do Conselho de Ministros n.º 104/2023. Aprova a atualização dos limites e o Programa
Especial do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Diário da República, 1 de setembro.
Lei n.º 63/2023 - Revê o modelo de cogestão de áreas protegidas, para melhorar a sua eficácia e
garantir maior responsabilização, alterando o Decreto-Lei n.º 116/2019, de 21 de agosto. Diário da
República, 16 de novembro
Portaria n.º 67/2021 - Conjunto mínimo obrigatório de indicadores de realização a integrar nos
planos de cogestão das áreas protegidas. Diária da República, 17 de março.
Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/2000 - Aprova a 1.ª fase da lista nacional de sítios. Diário
da República, 5 de julho.
Decreto-Lei n.º 118/1979 – Cria o Parque natural das Serras de Aire e Candeeiros. Diário da
República, 4 de maio.
Webgrafia:
https://www.icnf.pt/conservacao/rnapareasprotegidas/parquesnaturais/pnserrasdeaireecandeeiros
https://www.icnf.pt/cogestao
https://www.researchgate.net/publication/347050779_O_sitio_acheulense_do_Plistocenico_medio_da
_Gruta_da_Aroeira
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0277379117309757
56
Anexo I - Lista de Património Cultural Classificado no PNSAC
Eixo 1. Pr o mo ção € 6 7 4 9 3 0 0 0 ,0 0
F G
A B C D E
A t ivid ad es eco nó micas co mp at í veis co m a p r o t eção N o vas at ivid ad es e p r o d ut o s p assí veis Ino vação t ecno ló g ica, eco nó mica e so cial
Est r ut ur ação e/ o u r eab ilit ação est r ut ur al ( co m Sent id o d e p er t ença d as p o p ulaçõ es e
€ 2 8 14 0 0 0 0 ,0 0 d o s valo r es e r ecur so s nat ur ais em p r esença € 4 56 5 0 0 0 ,0 0 B ens p r o d uz id o s co m r ecur so s end ó g eno s € 3 9 5 0 0 0 ,0 0 d e at r ib uir valo r ao s r ecur so s e € 17 4 4 3 0 0 0 ,0 0 Gest ão co lab o r at iva € 2 710 0 0 0 ,0 0 nas p r át icas ap licad as à manut enção d as € 10 8 4 0 0 0 0 ,0 0 € 3 4 0 0 0 0 0 ,0 0
vist a à valo r iz ação d o p at r imó nio nat ur al) d o s at o r es chave
( T ur ismo ,D esp o r t o d e N at ur ez a,…) valo r es nat ur ais exist ent es at ivid ad es e p r o d ut o s t r ad icio nais
C er t if icação N acio nal e Int er nacio nal d o V alo r iz ação d a R ed e d e Go ver nação e g est ão d e r ed es A çõ es d e envo lviment o d a
A1 C r iação d e Po r t as d e ent r ad a € 9 0 50 0 0 0 ,0 0 B1 € 3 2 0 0 0 0 ,0 0 C1 B io r eg ião € 2 0 0 0 0 0 ,0 0 D1 € 15 2 6 2 0 0 0 ,0 0 E1 € 6 0 0 0 0 0 ,0 0 F1 Po r t al t ur í st ico SA C € 9 0 0 0 0 ,0 0 G1 € 2 550 0 0 0 ,0 0
T er r it ó r io e d o s A g ent es Lo cais Geo sí t io s co lab o r at ivas co munid ad e
Promoção dos Produtos com Selo Valorização De Outros Geosítios da Rede T r ansição climát ica e N eut r alid ad e Int er ação ent r e o T ur ismo e as
A2.4. Valorização de Pontos de Interesse Turístico € 8 125 000,00 B2.2 Green Flag Trails € 70 000,00 C3.2 € 40 000,00 D1.6 1 262 000,00 € F4 € 2 0 0 0 0 0 ,0 0 G3 € 150 0 0 0 ,0 0
Aire&Candeeiros de Geosítios do PNSAC C ar b ó nica C o munid ad es Lo cais
A4.1 Criação da rede eBike " Aire & Candeeiros" € 350 000,00 B4 T ur ismo e D esp o r t o s d e N at ur ez a € 150 0 0 0 ,0 0
H I
Criação de Cont eúdos Imagem, V í deo, Conceção da est rat égia de educação ambient al
H1.1 € 400 000,00 I1.1 € 80 000,00
St oryt elling e sua implement ação
€ 40 000,00
E vent o s T emát i co s S o b r e o
H3 € 14 0 0 0 0 , 0 0 I2.3 Formação para prof essores € 30 000,00
PN SA C ( C A R SO)
€ 30 000,00
A çõ es d e i nf o r mação e
H4 € 1 50 0 0 0 0 , 0 0
sensi b i l i z ação
D esenvo l vi ment o e
H5 i mp l ement ação d e est r at ég i a d e € 1 150 0 0 0 , 0 0
M ar ket i ng e C o muni cação
S i nal ét i ca e p ai néi s
H6 € 10 0 0 0 0 , 0 0
i nt er p r et at i vo s no P N S A C
€ 150 0 0 0 , 0 0
E i xo 3 . V al o r i z ação e p r o t eção d o
€ 2 8 3 0 0 0 0 ,0 0
p at r i mó ni o nat ur al
J1. 1 F auna € 4 50 0 0 0 , 0 0
J1. 2 F lo ra € 4 0 0 0 0 0 ,0 0
J1. 4 R ecur so s hí d r i co s € 70 0 0 0 0 , 0 0
J1. 5 G eo l o g i a € 9 0 0 0 0 0 ,0 0
A p l i cação d a C o nvenção d e
R A M S A R ( P o l j e d e M i r a- M i nd e e
J2 € 8 0 0 0 0 ,0 0
nascent es asso ci ad as) e d e o ut r as
z o nas húmi d as d o P N S A C
Eixo: 1 Promoção
Medida: A.1 Criação de portas de entrada
Dotar cada um dos municípios com pontos fisícos de receção de visitantes e apoio
(descrição)
à divulgação e promoção do território, suas atividades, produtos e serviços
- Porto de Mós - Reforço de conteudos de modo a incluir a valencia de Welcome Center PNSAC
no Centro de Interpretação do PNSAC de Alvados. Instalação de Hotspot de capatação de
visitantes no posto de turismo de Porto de Mós.
Tarefas/ - Rio Maior - Criação de infraestutura com valência de Welcome Center PNSAC junto às Salinas
Subação: de Rio Maior
- Criação de conteúdos científicos e (in)formativos sobre a AP, específicos para cada Município
e temas trasnversais a todos.
ADSAICA/Autarquias / ESDRM/
FPCM/GAL, ICNF.IP, TdP, IPDJ,
Médio 2 235 000,00 €
Federações,
Associações Locais
- Visitas técnicas de diagnóstico para aferição das necessidades para a requalificação dos percursos
- Elaboração de Relatório Técnico com identificação das necessidades de intervenção e integração de
relatórios de monitorização
- Aquisição e instalação de sinalética e remarcação de percursos
- Alargamento da GR do Carso aos municípios de Santarém, Rio Maior, Alcobaça e Porto de Mós
PEPNSAC/Manutençao dos
kms de percursos Fundo Ambiental ; ITI OVT ; TP;
percursos ; impactos de sobre-
intervencionados (1000) DELBE/LEADER
utilização
Eixo: 1 Promoção
Medida: A.2 Valorização de recursos e infra-estruturas
CISAC está localizado na antiga Ecoteca situada em Porto de Mós, que era um
espaço onde se promovia a Educação Ambiental, privilegiando a informação, a
sensibilização e a divulgação das questões ambiental. Esta infra-estrutura integrava
(descrição)
a rede de Ecotecas que existiam no país.
Com a reabilitação e requalificação do CISAC, o ICNF pretende cumprir com os
objetivos de interpretação e divulgação do património natural do PNSAC”
Evidenciar os pontos de interesse turísticos que constituem uma mais valia na promoção do
(descrição)
território, através da sinalização, interpretação e aumento/melhoramento de formas de divulgação.
- Identificação dos pontos de interesse turístico a intervencionar, em tipologias como Miradouros, Monumentos,
Areas de Lazer
- Visitas técnicas de diagnóstico para aferição das necessidades para a valorização de cada um dos pontos
- Elaboração de Relatório Técnico com identificação das necessidades de intervenção
- Produção de design e de conteúdos interpretativos (textuais/fotográficos), aquisição e instalação de sinalética
(placas de identificação e painéis)
-Alcanena/Serra Santo Anonio: Lagar de Azeite, reabiltação e manutenção com vista à sua colocação em
funcionamento e visitação como forma de preservação da memória coletiva e da arte da lagaragem
-Alcanena/Serra Santo António: Casa Manuel Valentim, exploração multisciplinar do espaço como alojamento de
pequenos grupos, espaço de formação e exposições temporárias.
-Alcanena/Serra Santo Antonio: reabilitação e manutenção do Moinho Camelão e área envolvente, com vista à
sua colocação em funcionamento e visitação
- Alcanena/Minde: Miradouro no Parque de Merendas da Estrada Minde/Serra
Tarefas: - Alcobaça: Miradouros nos vales Suspensos com painel interpretativo de paisagem ; no Castelo de Alcobaça –
ponto privilegiado de observação do flanco oriental do Maciço Calcário Estremenho
- Ourem - Reabilitação da Capela de São Sebastião e àrea envolvente
- Porto de Mós: Recuperação da Pedreira dos Candeeiros
- Porto de Mós: Valorização do Parque de Campismo do Arrimal
- Porto de Mós: Laboratório Interpretativo da Água e da Biodiversidade/Polje Mira Minde
- Porto de Mós: Construção de 2 miradouros em locais a definir
-Torres Novas - Criação/reabilitação/requalificação de espaços: Percurso Turismo Industrial Renova; Miradouro
da Chancelaria (zona da Grota) e Zona de lazer dos Moínhos da Pena
- Rio Maior: Requalificação da zona envolvente aos Potes Mouros
- Rio Maior: Requalificação das Marinhas do Sal e zona envolvente
- Rio Maior: Mira Serra - Criação de Miradouros
- Torres Novas: Requalificação da zona envolvente ao Parque do baloiço (Pedrogão)
ADSAICA/Autarquias/ICNF/ERTs
Médio 1 330 000,00 €
Centro e Alentejo/Ribatejo/GAL
ADSAICA/Autarquias/ICNF/Acade
Alta mia/Empresas do setor 150 000,00 €
turístico/Movimento associativo
- Priorização das áreas de estudo: 1) segurança e gestão do risco; 2) Capacidade de carga; 3) Estado
dos materiais e equipamentos; 4) Qualidade das infraestruturas.
Tarefas: - Definição das abordagens metodológicas a utilizar
- Recolha e análise dos dados
- Elaboração de relatórios: 2) Relatórios com indicação das necessidades de melhoria
ADSAICA/Autarquias ; GAL's ;
Médio 170 000,00 €
CIM's ; ICNF
Nº de Assegurar o cumprimento
recursos/infraestruturas de todos os critérios Fundo Ambiental/TP/Autarquias/DLBC LEADER
certificadas exigidos
Eixo: 1 Promoção
Certificação Nacional e Internacional do
Medida: B.1
Território e dos Agentes Locais
- Criação de uma rede de unidades de alojamento em todos os municípios bike & walk
friendly com selo próprio ou utilizando certificações existentes no mercado
Tarefas: - Identificação de critérios/requisitos para unidades de alojamento walk-friendly
- Sessões de capacitação de agentes de para a promoção do walking e cycling nas
suas unidades
Tarefas: - Visita técnica individualizada para apoio e esclarecimentos a cada um dos municípios
Compromisso dos
promotores/
Nº de percursos a integrar
Obrigatoriedade de reportar
no sistema Responsible FA ; ITI OVT ; TP
o estado do percurso
Trails
anualmente através da
realização de auditoria
Eixo: 1 Promoção
Medida: B.2 Certificação e Homologação da Rede de Percursos
Ordenamento da prática dos vários tipos de ciclismo (BTT, Estrada, Gravel, Descida)
através da criação de centros de cycling em municípios que ainda não dispõem deste
(descrição)
tipo de infraestrutura incluindo a sua interligação em rede e otimização de percursos de
modo a minimizar eventuais impactos de utilização dos trilhos
N.º de empresários
apoiados/N.º Ações de
FA ; ITI OVT ; Empreende XXI,
sensibilização Garantir a manutenção dos
IEFP, Medidas específicas de
realizadas/N.º de parcerias critérios exigidos
apoio ao empreendedorismo
estabelecidas/N.º de ações
de capacitação realizadas
Eixo: 1 Promoção
Medida: B.3 Promoção das Atividades Tradicionais
Valorização, promoção, divulgação e comercialização de
Ação: B.3.2
produtos regionais
ADSAICA/Autarquias/IPS/EHTE,GA
Alto 2 485 000,00 €
L, AEPOA-AC, GOOA-AC/ESDRM
ESDRM-
IPSantarém/ADSAICA/Autarquias/ICN
Alto F/Outras Inst.Ensino Superior/Centros 150 000,00 €
de Investigação/Empresas do setor
turístico/Movimento associativo
- Priorização das áreas de estudo: 1) Diversidade da oferta; 2) Perceções e contributos para a gestão
do PNSAC ; 3) Diagnóstico sobre a adoção de estratégias de sustentabilidade corporativa nas
organizações; 4) outras temáticas a considerar
Tarefas:
- Definição das abordagens metodológicas a utilizar
- Recolha e análise dos dados
- Elaboração dos outputs: 1) Recomendações/Boas práticas; 2) Relatórios
ADSAICA/Autarquias/GAL/A
gentes privados e
Médio 80 000,00 €
associativos/DRAPLVT E
CENTRO
Dificuldade de estabelecer
N.º de ações; N.º de
parcerias ; concorrência de
produtores e
produtos semelhantes de Fundo Ambiental ; ITI OVT ; DLBC LEADER
comercializadores
outras regiões, legislação
envolvidos
enquadradora
Eixo: 1 Promoção
Medida: C.3 Criação de Marca Territorial
Promoção da marca para o destino e criação de selos
Ação: C.3.1
para produtos e serviços do território
-Desenvolvimento da identidade gráfica, valores e estratégia da marca
(Des cri çã o) Aire&Candeeiros
-Criação de selo representativo da origem dos produtos e serviços no território
PNSAC
Estas jazidas são muito visitadas por público nacional e estrangeiro, constituindo um
património que a população local toma como seu e no qual é importante desenvolver
ações de qualificação permitindo o seu melhor usufruto. Para além do mais, em Vale
de Meios, este património paleontológico foi exposto pela existência de 3 pedreiras
para pedra de calçada portuguesa, constituindo a história desta exploração um
exemplo de compatibilização entre a atividade económica, a investigação científica e a
usufruição didática do espaço. Hoje, estas pedreiras estão encerradas, mas a sua
história está muito marcada no local.
O Sítio Paleontológico do Cabeço da Ladeira, também conhecido por “Praia Jurássica”, localiza-se em
terrenos baldios, na freguesia de S. Bento, concelho de Porto de Mós, no Parque Natural das Serras de
Aire e Candeeiros, situando-se numa antiga pedreira de exploração de pedra para laje, que levou à
descoberta do património existente, e que obteve o Alvará n.º 02/2000 e número de ordem nacional
6248, por parte da Câmara Municipal de Porto de Mós, estando o processo da pedreira encerrado
desde 2014.
Nesta área existe um algar utilizado para nidificação por parte da Gralha-de-bico-vermelho
(Pyrrhocorax pyrrhocorax ), classificada em território nacional como espécie “Em Perigo” de acordo
com o Livro Vermelho, e com a categoria SPEC 3 – espécie com estatuto desfavorável – atribuída pela
BirdLife International, sendo que no PNSAC, esta ave apresenta algumas particularidades em relação
aos outros territórios.
O seu muito elevado valor científico e didático, bem como o número de visitantes nacionais e
estrangeiros, ao que acresce a necessidade de conservação do património geológico, justifica a
proposta de um conjunto de intervenções no local.
As grutas são o maior destino geoturístico da atualidade. Criado na década de noventa do Século XX,
o CISGAP constitui conceptualmente o mais icónico projeto nacional de uso sustentável do meio
cavernícola. É composto pela gruta - Algar do Pena, pelo edifício e estruturas de acesso à cavidade e
apoio à visitação, bem como pelos espaços exteriores envolventes numa área aproximada de dois
hectares.
O CISGAP, disponibiliza o acesso e o uso das suas instalações e da Gruta a projetos de investigação
científica e tecnológica, a projetos de investigação espeleológica, e a entidades que pretendam
desenvolver trabalhos de forma autónoma ou enquadrada pelo ICNF, I.P. Todas as visitas ao CISGAP
são interpretativas dos fenómenos biofísicos observados na Gruta e Maciço Calcário Estremenho, e
de acordo com a formação e interesse dos visitantes. Todas as visitas à Gruta realizam-se respetiva
(descrição) envolvente geológica e geográfica, com base no conhecimento científico disponível sobre a
cavidade, bem como do de acordo com os princípios do uso sustentável do meio cavernícola e em
função da capacidade de carga ambiental e social atribuída à cavidade.
Tendo em conta que a informação contida nas grutas é de extrema relevância, dirigido a um vasto
leque da população (escolar e não escolar), o principal objetivo da criação do CISGAP encontra-se
relacionado com a interpretação do meio cavernícola, bem como com a valorização dos elementos
naturais com ele relacionados.
A visita à Gruta pode decorrer até aproximadamente 47 metros de profundidade (12 participantes de
cada vez), com recurso ao uso de elevador, bem como de estruturas e equipamentos de visitação, ou
até aos 80 metros de profundidade com recurso a técnicas de progressão com corda (6
participantes de cada vez).
ICNF/ Academia/
Alto ADSAICA/Autarquias/ Fundo 2 000 000 €
Ambiental/ ASSIMAGRA
Pretende-se:
- A conservação e a valorização dos geossítios, com o estudo e implementação de medidas de
geoconservação que possibilitem a visitação, sem simultaneamente danificar o seu singular património
natural;
- Criação e implementação de projeto de visitação dos geossítios, dando-se especial realce à criação de
condições de visitação para pessoas portadoras de deficiência, sempre que possível;
- A criação de percursos interpretativos nos geossítios, caso se justifique, e entre os elementos a rede
de geossítios;
Tarefas: - A realização de estudo(s) de avaliação da capacidade de carga de visitantes a suportar pelo(s)
geossítios(s);
- A criação e implementação de sistema de monitorização da visitação, visando a salvaguarda das
condições apresentadas pelos geossítios, e o grau de satisfação dos visitantes;
ICNF/ ADSAICA/Autarquias/
A realização das intervenções,
Falta de financiamentos. Fundo Ambiental/
parcial e/ou na totalidade
ASSIMAGRA
Eixo: 1 Promoção
Medida: D.1 Valorização de recursos e estruturas
- Alcanena - Requalificação da área da Pia Corseira, Serra de Santo António, com vista à
visitação e interpretação do complexo de cisternas
- Alcanena/Porto de Mós - Criação de pequena rota do Polje de Mira/Minde, com ligação de
Minde a Mira de Aire para valorização das nascentes do Polje e recuperação de estruturas
existentes associadas
Tarefas: - Outros geossitios a considerar
Nº de ações por geositio; N.º Controlo de visitantes, capacidade Fundo Ambiental ; ITI OVT ;
de Geositios valorizados de carga de cada local TP/DLBC LEADER
Eixo: 1 Promoção
Gestão de Habitats e Valorização de Outros Espaços
Medida: D.2
Naturais e Rurais
Ação: D.2.1 Valorização de outros espaços naturais e rurais
Intervenções em espaços publicos em beneficio das populações locais e em beneficio da
(Descrição)
conservação e regeneração da natureza
ADSAICA/Autarquias/ICNF/ GAL/
Médio 2 181 000,00 €
Associação Movimento Mira-Minde
-Intervenções em espaço publico de aldeias (possivel colaboração com rede de Aldeias de Calcario) ;
-Intervenções em espaços naturais ;
Contemplar entre outros projetos:
-Alcanena/Serra Santo Antonio: ecovia entre as pias do barreiro do Bajouco (geosítio e início do PR5)
-Alcanena/Porto de Mós: CREP caminho ciclável entre Minde e Mira de Aire, incluindo recuperação de
cisterna, pontes e sinalização
- Manutenção e recuperação de património natural e cultural - AMMM
- Alcobaça: Intervenção na nascente do Alcoa
Tarefas:
-Alcobaça: Espaço de lazer do Casal do Guerra
-Alcobaça: Estudo de Identifição de Grutas Visitáveis
- Ourem: intervenção de valorização no Agroal
- Porto de Mós: intervenção de valorização de linhas de agua e lagoa alvados
- Rio Maior: Centro Interpretativo da Gruta de Alcobertas
- Santarem: intervenção de valorização nas margens do Rio alviela e linhas de agua locais
ADSAICA/Autarquias/GAL's/
Médio 600 000,00 €
Agentes privados e associativos
- Criação de ciclos de eventos com base em eventos já existentes no territorio, em temas como
Trail running, Gastronomia, Cultura, Natureza, Musica;
- Promoção conjunta dos ciclos de eventos ;
Exemplos de eventos de rede a considerar criar:
- Circuito de Trail A&C (Ourem 6 ; Torres Novas 2 ; Santarem 2; Rio Maior Trail "Terras de Sal e
Tarefas: Serra", Porto de Mós 7)
- Circuito orientação pedestre (tirando partido de mapas existentes)
- Ourém: Festival de Setembro na Vila Medieval de Ourém
- Festival Gastronomico A&G tirando partido dos já existentes: Torres Novas: Couves com Feijoes
(novembro), Cabrito (Páscoa), Festival dos sabores do territorio (TN junho) ; Santarem - Festival
Nacional Gastronomia (outubro ) - Festival petiscos e vinhos dos Tejo (restaurantes),
Nº de eventos apoiados; N.º de Adesão; Agendas Concorrentes nos Fundo Ambiental ; ITI OVT ;
parceiros envolvidos territórios limítrofes TP; DLBC LEADER
Eixo: 1 Promoção
Medida: E.2 Calendário de Animação Anual
Ação: E.2.2 Eventos Âncora
ADSAICA/Autarquias/ ICNF/
Médio 400 000,00 €
ESDRM/Operadores móveis
- Estudo e caracterização dos dados obtidos para controlo e proteção dos locais mais
sensíveis, monitorizando impactes, antecipando a erosão nos trilhos e medindo o impacto
da visitação na flora e fauna. Avaliação permanente com base nos resultados. Publicação
e realização de ações de sensibilização com base nos resultados obtidos.
nº de pontos de
Destruição de equipamentos; Fundo Ambiental ; ITI OVT ;
monitorização ; nº de
Cobertura de rede DLBC LEADER
visitantes
Eixo: 1 Promoção
Medida: F.3 GREEN LAB - SMART VILLAGES
ADSAICA/Autarquias /
Médio 10 000 000,00 €
CIMs/ GALs
Os serviços dos ecossistemas são todos os benefícios que os seres humanos obtêm, direta
ou indiretamente, dos ecossistemas e podem incluis bens materiais e/ou serviços imateriais.
O fornecimento destes serviços é suportado, de forma natural e espontânea, pela
biodiversidade e as suas interações com o ambiente, mas, por vezes, advém da ação do
Homem enquanto responsável pela preservação e manutenção de determinados recursos de
um território.
(descrição) O objetivo desta ação é Identificar, quantificar e monitorizar os serviços de ecossistemas
fornecidos para identificar os aspetos do ambiente natural que proporcionam valor
socioeconómico através dos serviços de ecossistemas e, por conseguinte, implementar
ações de compensação pelos serviços prestados. Por outro lado, é também objetivo da
ação promover a certificação de projetos sustentáveis no território com vista à captação de
investimento proveniente de entidades locais/regionais que queiram compensar as suas
emissões de carbono.
- Estudo e caracterização da paisagem, do solo e do respetivo uso e sua possível integração no mercado
voluntário de carbono
- Estratégia territorial para a neutralidade carbónica na política de conservação dos valores naturais
Tarefas:
- Estabelecimento de parcerias estratégicas no setor
- Sensibilização e divulgação da temática junto das associações, cooperativas agrícolas e
proprietários/agricultores/produtores florestais
- Formação para a capacitação dos atores-chave
ESDRM-
IPSantarém/ADSAICA/Autarquias/I
Alta 150 000,00 €
CNF/Outras Inst.Ensino
Superior/Centros de Investigação
ADSAICA/Autarquias/ICNF/DGP
Médio C/ GAL /Associações / Museus/ 1 500 000,00 €
Comunidade em geral
- Estudo e inventariação do património etnográfico, usos e costumes e a sua importância como atrativo do
território PNSAC
- Atualização dos registos arqueológicos como elemento fulcral no entendimento da cultura de povos do
passado e a sua relação com as comunidades do PNSAC
- Ações de comunicação, sensibilização e divulgação do projeto
- Produção de registos audio, video, fotográfico e documental para produção de meios de divulgação e
preservação da memória coletiva
ADSAICA/Autarquias/ESDRM/
Médio GALs/Agentes economicos privados 50 000,00 €
e associativos
ADSAICA/Autarquias/GALs /Agentes
Médio economicos privados e 700 000,00 €
associativos/Comunidade
•Diversificar e reforçar o tecido económico das AHP assim como potenciar as complementaridades
estre atividades económicas instaladas, procurando promover a articulação entre setores
tradicionais e emergentes, através de inovação e desenvolvimento tecnológico.
ESDRM-
IPSantarém/ADSAICA/Autarquias/ICN
Alta F/Outras Inst.Ensino Superior/Centros 150 000,00 €
de Investigação/Movimento
associativo
ADSAICA/Autarquias/ICNF/ERT
Médio 400 000,00 €
Centro e Alentejo/Ribatejo
ICNF/ADSAICA/Municípios/IPSantaré
m/Outras Inst.Ensino Superior/Centros
Alta 200 000,00 €
de Investigação/Movimento
associativo
ICNF/ Autarquias/
Médio ADSAICA/LNEG/ € 50 000,00
Universidades/ Empresas
Autarquias/ADSAICA/ICNF
Médio /ESDRM/Agrup Escolas/ 30 000,00 €
ONGs
nº ações de sensibilização
Fraca adesão, calendário
realizadas ; nº de edições, Fundo Ambiental ; ITI OVT ; Life ; Interreg
escolar
N.º participantes
Eixo: 2 Comunicação e Sensibilização
Medida: H.3 Eventos Temáticos Sobre o PNSAC (CARSO)
As conclusões destes trabalhos serão divulgados no site do ICNF, e nos sites das
instituições que participam se assim for considerado, e deles se dará nota à
comunicação social.
ICNF/Autarquias/
ADSAICA/Laboratórios públicos/
Médio 60 000,00 €
Fundo Ambiental/
Academia/Geoparques
O CISGAP é uma infraestrutura gerida pelo ICNF, sendo que a sua missão está
marcadamente dirigida para a valorização o património espeleológico cársico, a qual
está assente em quatro vertentes funcionais: apoio à investigação científica
(descrição)
e tecnológica; divulgação científica e educação ambiental; apoio às estratégias de
turismo e desporto de natureza adotadas pelo ICNF; e finalmente como estrutura de
apoio à formação de espeleólogos.
Autarquias/ADSAICA/
Médio 1 200 000,00 €
ICNF/ESDRM
nº ações de sensibilização
Falta de adesão; calendário Fundo Ambiental ; ITI OVT ; Life ;
realizadas ; nº de edições;
escolar InterReg
n.º de participantes
Eixo: 2 Comunicação e Sensibilização
Desenvolvimento de estratégia de Marketing
Medida: H.5
e Comunicação
Desenvolvimento de Plano de Marketing
Ação: H.5.1
concertado entre parceiros
ADSAICA/Autarquias/GAL/
Médio ARPT Centro e 400 000,00 €
Alentejo/Ribatejo
ADSAICA/Autarquias /ERTs
Médio 700 000,00 €
Centro e Alentejo/Ribatejo
Destruição de
Nº de suportes editados ; Nº
equipamentos, competição Fundo Ambiental ; ITI OVT ; TP
de pessoas impactada
com outros territórios
Eixo: 2 Comunicação e Sensibilização
Medida: H.6 Divulgação do Património Geológico do PNSAC
ICNF/ADSAICA/Municípios/IPSantaré
m/Outras Inst.Ensino
Alta 150 000,00 €
Superior/Centros de
Investigação/Movimento associativo
ADSAICA/Autarquias/ICNF/
Médio ESDRM/ONGAs/AgrupEscol 80 000,00 €
as/Associações/Voluntários
ADSAICA/Autarquias/
Alta 600 000,00 €
ICNF/ESDRM/ONGAs/
Criação de um conjunto de incentivos com vista ao envolvimento das escolas nos seus
(descrição) diversos graus de ensino, não só na divulgação do conhecimento do PNSAC e do MNPD,
mas também, na promoção da AP
N.º de produtos produzidos Falta de adesão, calendário escolar Municípios, ADL's, ITI OVT, CIMT's
Eixo: 2 Comunicação e Sensibilização
Formação e capacitação para visitação do
Medida: I.2
território
ADSAICA/Autarquias
Médio /ICNF/ESDRM/ Canal 40 000,00 €
Horeca/SPE/FPE
Medida:
J.1.1 Fauna
Realização de eventos com divulgação de resultados a todas as autarquias e que promova as boas
práticas para conservação dos polinizadores na AP e em Meio Urbano
A Estação de Anilhagem de aves funciona na Quinta do Arrife desde 1999, sendo uma das poucas
estações de Anilhagem de esforço constante situado fora de uma zona húmida, a funcionar com uma
periodicidade quinzenal, assumindo especial importância por, entre outros, permitir um melhor
conhecimento das espécies que ocorrem na região do PNSAC e seus padrões migratórios e, avaliar o
estado ambiental de uma região utilizando as aves como bioindicadores.
Desde 1994 a População de Gralha-de-bico-vermelho no PNSAC tem sido monitorizada com a visita a
todos os algares inventariados com potencial para a presença da espécie durante a época reprodutiva
(descrição)
para inventariação de casais reprodutores; a observação e contagem de bandos comunitários em
algares/dormitórios ou, quando possível, em zonas de alimentação, e o acompanhamento e avaliação do
sucesso reprodutivo.
Os morcegos constituem o grupo de mamíferos mais representados no PNSAC, com mais de uma
dezena de espécies de grande relevância em virtude do seu estatuto de conservação.
As tarefas infra pretendem reforçar trabalhos efetuados em continuidade na AP e/ou realizar tarefas de
monitorização que permitam compreender melhor a utilização do território. Envolver as populações
locais nas tarefas de monitorização informando e sensibilizando para valores naturais
Universidades/ICNF/
Elevado 300 000,00 €
ADSAICA/Autarquias
Monitorização de Mamofauna
Municípios, Associções de
compartes, Juntas de Freguesia,
Médio 150 000,00 €
UTAD
/ICNF/ADSAICA/APF/ONGAs
Tarefas:
- Edição de manuais, guias interpretativos e produção e implementação de sinalética
Autarquia, Associação de
Compartes, Junta de
N.º de unidaddes criadas Incêndios, destruição do habitat
Freguesia, Fundo Ambiental,
FCT
Eixo: 3 Valorização e Proteção do Património Natural
Ações de salvaguarda e proteção do património (no
J.1
âmbito da visitação)
Medida: J.1.2 Flora
Municípios, Associções de
compartes, Juntas de
Médio 250 000,00 €
Freguesia, UTAD/ICNF/
ADSAICA/APF/ONGAs
Fundo
N.º de dossiers e de espécimes Corte indevido, Incêndios,
Ambiental/OVT/LIFE/Interreg/PRODER/DL
identificados Catástrofes
BC
Eixo: 3 Valorização e Proteção do Património Natural
Ações de salvaguarda e proteção do património (no
J.1
âmbito da visitação)
Medida: J.1.3 Monitorização de Outras Espécies e Habitats
Monitorização das espécies de flora e de habitats em diversas parcelas identificadas com habitats
Tarefas: prioritários bem conservados e representativos do SICSAC.
Aquisição de bens e de serviços fundamentais à Monitorização
Fontes de
Indicadores de Realização Riscos e Ameaças
Financiamento
Fundo
N.º de espécies monitorizadas, n.º
Destruição de habitats, perda de Ambiental/FCT/OVT
de pessoas envolvidas, n.º de
biodiversidade /LIFE/Interreg/PRODER/
documentos produzidos
DLBC
Eixo: 3 Valorização e Proteção do Património Natural
Ações de salvaguarda e proteção do património (no
J.1
âmbito da visitação)
Medida: J.1.4 Recursos Hídricos
ADSAICA/Autarquias/Fundo
Elevado 400 000,00 €
Ambiental/Academia
Monitorização de Microplásticos
Organização de visitas às nascente para sensibilização da população em geral priorizando as
nascentes no PNSAC.
Elaboração de um Filme promotor da literacia ambiental e científica da comunidade escolar e de
gestores/utilizadores das nascentes, lançamento do filme/documentário em articulação com os
Municípios a título comemorativo de efemérides como Dia Mundial da água, Dia Mundial Nacional da
água, etc…
Autarquias/ICNF/Fundo
Número de Monitorizações
Financiamento, Clima Ambiental/FCT
efetuadas em cada tarefa
/LIFE/InterReg
Eixo: 3 Valorização e Proteção do Património Natural
Ações de salvaguarda e proteção do património
J1
(no âmbito da visitação)
Medida: J1.4 Recursos Hídricos
PNSAC ocupa uma área significativa do Maciço Calcário Estremenho, singular pela sua
paisagem cársica e pelo património geológico importante à escala nacional e internacional,
constituindo-se como um importante polo de visitação e de investigação, devido à
diversidade de formas do exo e endocarso, à riqueza estratigráfica e paleontológica, às
abundantes evidências de processos tectónicos e à sua estreita ligação com as formas de
relevo e particularidades da sua hidrografia, ao que se associam muitos outros elementos de
caráter cultural que convergem para o elevado valor que se atribui ao património geológico
(descrição)
existente no PNSAC.
Decorrente desta situação, tornou-se evidente a necessidade de se dispor de instrumentos
que permitissem a gestão e valorização dos elementos mais notáveis da sua geologia, cuja
conservação dos valores neles existentes se afigura necessário assegurar.
O PNSAC dispõe de muita informação sobre o património geológico existente no seu
território, pelo que se pretende criar uma base de dados única, que contribuirá para uma
gestão diária mais eficiente.
ICNF/Autarquias /Fundo
N.º de base de dados criada Financiamento
Ambiental
Eixo: 3 Valorização e Proteção do Património Natural
Ações de salvaguarda e proteção do património (no
J1
âmbito da visitação)
Medida: J1.3 Geologia
ICNF/Autarquias/ Fundo
N.º base de dados criada Financiamento
Ambiental/Interreg/ EU
Eixo: 3 Valorização e Proteção do Património Natural
Ações de salvaguarda e proteção do património (no
J.1 âmbito da visitação)
Medida: J.1.5 Geologia
O Estado Português assinou a Convenção sobre Zonas Húmidas em 1980 (Decreto n.º 101/80, de 9 de
outubro) e ratificou-a em 24 de novembro desse mesmo ano, tendo como obrigações, entre outros,
designar Zonas Húmidas para inclusão na Lista de Zonas Húmidas de Importância Internacional. Estes Sítios
são reconhecidos a partir de critérios de representatividade do ecossistema, dos valores faunísticos e
(descrição) florísticos. No PNSAC apenas 1 zona Húmida tem classificação internacional da Convenção de RAMSAR
(Sítio 1616, Polje de Mira-Minde e nascentes associadas). Somando o contexto atual de alteração climática
à escassez destes habitats na AP e à ocupação dos mesmos por grupos com grande potencial bioindicador ,
a monitorização de zonas húmidas permitirá conhecer melhor os valores naturais da AP contribuindo para
a definição da visitação
Prioridade / Impacto Entidades envolvidas Valor Estimado
da AP».
( ) Cálculo por entidade parceira e cálculo de média global.
2
A.1.1 A.2.1 A.2.2 A.2.3 A.2.4 A.2.5 A.2.6 A.3.1 A.4.1 A.4.2 A.5.1 B.1.1 B.1.2 B.1.3 B.2.1 B.2.2 B.2.3 B.2.4 B.3.1 B.3.2 B.4.1 C.1.1 C.2.1 C.3.1 C.3.2 D.1.1 D.1.2 D.1.3 D.1.4 D.1.5 D.1.6 D.2.1 E.1.1 E.2.1 E.2.2 F.1.1 F.2.1 F.3.1 F.4.1 F.5.1 G.1.1 G.1.2 G.1.3 G.2.1 G.3.1 H.1.1 H.1.2 H.2.1 H.2.2 H.2.3 H.3.1 H.3.2 H.3.3 H.3.4 H.4.1 H.4.2 H.4.3 H.5.1 H.5.2 H.5.3 H.6.1 H.7.1 I.1.1 I.1.2 I.1.3 I.2.1 I.2.2 I.2.3 I.2.4 J.1.1.1 J.1.1.2 J.1.2.1 J.1.2.2 J.1.3.1 J.1.4.1 J.1.4.2 J.1.4.3 J.1.5.1 J.1.5.2 J.1.5.3 J.1.2.1
√ √ √ √
*Foram adicionados os indicadores números 22 e 23, por melhor se adequarem às ações correspondentes.