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CAPÍTULO I – INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

➢ Classificação das instalações Eléctricas em baixa tensão


➢ Tipo de Canalizações Elétricas
➢ Esquemas eléctricos
➢ Quadro eléctrico e seu Esquema
➢ Tipos de Potência Eléctrica
➢ Instalação De Utilização
➢ Cálculo de Área
➢ Cálculo De Tomadas
➢ Cálculo de climatização
➢ Secção mínima dos condutores
➢ Coloração dos condutores
➢ Avaliação
➢ Exercícios

Instalações Eléctricas
Definição: É um conjunto de componentes eléctricos associados com características
específicas coordenadas entre si para uma determinada finalidade.
Quanto ao valor da tensão que lhe é alimentada a ligação eléctricas subdivide-se em:
• I.E.A.T (Instalações Eléctricas de Alta Tensão) - São instalações em que a tensão
de alimentação é superior à 45KV.

• I.E.M.T (Instalações Eléctricas de Media Tensão) – São instalações cujo nível de


tensão situa-se no intervalo de ]1KV; 45KV].

• I.E.B.T (Instalações Eléctricas de Baixa Tensão) – São instalações em que a


tensão não excede ou passa de 1kV para corrente alterna e 1,5kV para corrente
continua.

• I.E.T.R (Instalações Eléctricas de tensão Reduzida) – São instalações que são


alimentadas por uma tensão não superior de 50V para corrente alterna e 75V para
corrente continua.
Classificação das instalações Eléctricas em baixa tensão
As instalações eléctricas em baixa tensão são classificadas em:
a) Instalações de utilização individual de energia eléctrica;
b) Instalações coletivas de edifício;
c) Instalações industriais.

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Instalações de utilização individual de energia eléctrica: É aquela em que a energia
instalada é de uso individual uma só família, também conhecida como instalação
eléctricas habitacional unifamiliar.
Instalações coletivas de edifício: É aquela instalação comum de todos os inclino no
edifício, também é conhecida de instalação habitacional plurifamiliar.
Instalações industriais: São instalações eléctricas para fabricas, oficinas, armazém ou
todo local afecto ao serviço.
Tipo de Canalizações Elétricas
A canalização eléctrica, é constituído por um ou mais condutores e pelos elementos que
asseguram o seu isolamento eléctrico, as suas protecções mecânicas, químicas e
eléctricas, e a sua fixação, devidamente agrupados e com aparelhos de ligação comuns.
Como por exemplo: Cinco condutores isolados dentro de um tubo embebido numa
parede, constituindo o conjunto um circuito trifásico (três fases, neutro e condutor de
protecção);

Os tipos de canalizações elétricas temos a destacar os seguintes:


Canalização fixa - Canalização estabelecida de forma inamovível sem recurso a meios
especiais.
Canalização amovível - Canalização não fixa destinada a alimentar, em regra, aparelhos
móveis ou portáteis.
Canalização à vista - Canalização visível sem necessidade de retirar qualquer parte da
construção sobre que está estabelecida.
Canalização oculta ou embebida - Canalização que não é visível ou que não é acessível
sem remoção de qualquer elemento do meio em que se encontra. Exemplo: Canalizações
estabelecidas em espaços ocos de paredes, tectos ou outros elementos da construção.

Alma condutora

A alma condutora pode ser unifilar, multifilar, sectorial maciça ou multissectorial. No


caso de ser multifilar, os fios constituintes podem ser torcidos ou cableados.

Condutor nu - Condutor que não possui qualquer isolamento eléctrico contínuo, são os
mais utilizados em linhas aéreas para o transporte de energia em alta ou media tensão.

Condutor isolado - Alma condutora revestida de uma ou mais camadas de material


isolante que asseguram o seu isolamento eléctrico.

Cabo isolado ou, simplesmente, cabo - Condutor isolado dotado de bainha ou conjunto
de condutores isolados devidamente agrupados, provido de bainha, trança ou outra
envolvente comum.

Esquemas eléctricos
Antes de partirmos para esquemas e desenhos eléctricos devemos ainda conhecer os
componentes que fazem parte de um esquema eléctricos que passaremos a definir cada
um deles:

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Circuito eléctricos: É um conjunto de corpos ou componentes eléctricos em um circuito
fechado no qual é possível circular corrente eléctrica.
Sistema eléctrico: É o conjunto constituído por centrais elétricas, subestações de
transformação e de interligação, linhas e receptores, ligados eléctricamente entre si que
englobam geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Simbologia: É uma linguagem utilizada pelos profissionais para ser compreensível e
clara a interpretação das plantas (projectos) para se poder evitar erros na sua interpretação.
Simbologia eléctrica: É uma representação abreviada de um aparelho eléctrico ou de um
símbolo eléctrico.
Troço: São elementos ou caminhos que permitem fazer a ligação de aparelhos eléctricos.
Esquema eléctrico: É a representação no papel de uma determinada montagem eléctrica
e constitui uma importante forma de comunicação na electricidade. A sua execução obriga
o conhecimento das respectivas simbologias e a forma de ligação dos componentes do
circuito, permitindo nas analisa-las electricamente com maior facilidade de executa-lo.
Sendo assim são necessários conhecer e distinguir os tipos de representação:
- Representação unifilar
- Representação multifilar

Representação unifilar: É um esquema que permite representar dois ou mais condutores


seguindo o mesmo trajecto, são representados por uma linha sobre esta coloca-se
pequenos troços oblíquos, mostrando quantos condutores que por lá passam.

Representação multifilar: Como o próprio nome indica, neste caso cada condutor é
representado individualmente, isto é, se num dado percurso passam por exemplo 3
condutores, aparecem também 3 linhas.
Ao contrário do anterior, este tipo de representação indica-nos a forma de ligação entre
vários aparelhos e elementos de circuitos tendo também a simbologia bem definida e
geralmente diferente da representação unifilar.

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Diagrama elétrico é representado na forma unifilar, ou seja, todos os condutores
envolvidos são representados num único fio, o que pode confundir a interpretação. Para
entender o diagrama, é necessário primeiramente conhecer as ligações elétricas mais
comuns e seus equivalentes na forma unifilar.

Quadro eléctrico e seu Esquema


Quadros eléctricos – É um equipamento elétrico destinado a receber energia elétrica de
uma ou mais fontes de alimentação e distribui-las a um ou mais circuitos. Destinado a
abrigar um ou mais dispositivos de proteção e/ou manobra e a conexão de condutores
elétricos interligados a eles, a fim de distribuir a energia elétrica aos diversos circuitos.

Tipos de Potência Eléctrica


Potência elétrica como a velocidade com que um trabalho é realizado, ou seja, é a
velocidade que algo utilizar para transformar energia elétrica em outro tipo de energia.
existem três tipos de potência elétrica, que são:

a) Potência ativa [W]

A potência ativa é a potência que realiza trabalho útil em uma determinada carga, onde a
sua unidade de medida é o watt (W).

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Fórmulas de potência Ativa

U2
P=
P =U  I P = R I 2 R P = S 2 − Q2

P = U  I  Cos P = S  Cos P = S  Cos

Onde:
P = Potência activa R = Resistência eléctrica S = Potência aparente

U = Tensão eléctrica Fp = Factor de potência Cos = Fp

I = Corrente eléctrica Q = Potência Reactiva

b) Potência aparente [S]

A potência aparente é definida como a potência total que uma determinada fonte é capaz
de fornecer, ou seja, a potência ativa na verdade é a “soma vetorial” da potência ativa
com a potência reativa. A unidade de medida da potência aparente é o volt ampère (VA).

Fórmulas de potência Aparente

P P
S= S=
S =U I Cos Fp

S = P2 + Q2

Onde:
S = Potência aparente U = Tensão eléctrica I = Corrente eléctrica
Q = Potência reactiva

c) Potência reativa [Q]

Podemos dizer que potência reativa representa a parte da potência que é aplicada para as
cargas capacitivas e indutivas, esta potência não realiza trabalho efetivo. Sua unidade de
medida é volt ampere reativo (VAr). Está potência é uma pequena parte da potência total
consumida pelos motores de indução, que por exemplo é necessária para gerar campo
eletromagnético. Se o consumo de potência reativa for acima dos valores permitidos pela
concessionária de energia elétrica uma multa é cobrada ao consumidor.

Fórmulas de potência Reactiva

Q = S  Sen Q = S 2 − P2

Fator de potência

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definido como fator de potência (φ), também conhecido como ângulo fi.
O fator de potência é uma relação entre a potência aparente e a potência ativa, ou seja, é
a relação da quantidade de energia entregue pela fonte e a quantidade de energia que é
efetivamente transformada em trabalho. Quanto maior o fator de potência de uma carga
mais ela se aproxima de uma carga resistiva, consumindo uma quantidade de maior de
potência ativa.
O Fator de Potência é expresso como um valor entre -1 e 1 e pode ser indutivo (negativo)
ou capacitivo (positivo). Se o fator de potência for 1, toda a energia fornecida estará sendo
usada para trabalho produtivo e isso é chamado de “fator de potência unitário”.
Instalação De Utilização
Para instalação de utilização de uma habitação unifamiliar é necessário primeiramente
conhecer as áreas das diferentes divisórias de um apartamento, caso for uma planta deve-
se levar em conta a escala e nomear todas as divisórias, dai efectuar os cálculos dos
circuitos de iluminação, tomada e climatização, obedecendo os seguintes passos:
a) Calcular as áreas de cada divisória;
b) Calcular os números de lâmpadas, tomadas e aparelhos de ar-condicionado.

Dai com os itens achados nos pontos “a) e b)” faz-se a canalização dos circuitos na planta,
lembrando que a canalização de cada circuito deverá ser feita uma a uma na mesma planta.
Como por exemplo: Três plantas e cada uma dela deverá cosntar o circuito de iluminação,
tomada e climatização.

Para o dimensionamento dos circuitos eléctricos por divisórias (potência de cada


divisória) é necessário conhecer o artigo 435 do R.S.I.U.E.E.B.T (Regulamento de
Segurança de Instalação de Utilização de Energia Eléctrica de Baixa Tensão). Como
podemos ver na tabela abaixo é apresentada a potência especificas para os circuitos de
iluminação, tomada e climatização.

Para darmos início ao dimensionamento elétrico de uma residência ou um


estabelecimento, deveremos relembrar alguns conceitos básicos como, por exemplo,
cálculos simples e muito importantes, são eles:

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• Área
• Perímetro

Cálculo de Área

Podemos considerar a área como sendo a determinação da superfície de um elemento


trigonométrico. Para que possamos entender o dimensionamento elétrico de uma
residência devemos conhecer no mínimo o cálculo de três figuras geométricas, a saber:

• Área do quadrado
• Área do retângulo
• Área do triângulo

Área do quadrado e retângulo

Sabemos que o quadrado ou o retângulo são representados por uma figura plana com
quatro lados onde estes formam ângulos entre sí. Assim, teremos o seguinte cálculo a ser
considerado:

Perímetro do quadrado e do retângulo

Considera-se como perímetro a dimensão obtida através da somatória dos lados de um


símbolo trigonométrico. Sendo assim, podemos considerar os exemplos abaixo.

Completa o quadro calculando a área e o perímetro de cada divisória (Tarefa)

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Dimensões (m) Área Perímetro
Divisórias
C L (m2) (m)
Sala
Comum 3,3 2,8
Quarto 1 2,1 2,1
Quarto 2 2,4 2,2
WC 1,8 1,4
Varanda 1,1 1,3
Cozinha 2,4 2,1
Cálculo De Tomadas
Para o cálculo de número de tomadas podem ser utilizados alguns métodos que
passaremos a explicar:
1º Método: Pode ser baseado em função doa artigo 435, comentário 1, alínea A,
que considera para instalações de iluminação e tomada para uso gerais 25VA/m2. Isto é
para 1m2------------- 25VA.
2º Método: Pode ser determinado em função do artigo 418, do quadro XIV, este
determina as potências mínimas e coeficiente de simultaneidade, em anexo os valores das
potências por unidade de área.
Cálculo de climatização
Para se efectuar o cálculo de número de aparelhos de Ar-condicionado, deve-se levar em
conta o artigo 435, ponto 2, por este exclui algumas divisórias com áreas inferiores a 4m2.
Para se se calcular o número de aparelhos de Ar-condicionado podemos utilizar os
seguintes métodos:
1º Método: Pode ser baseado em função doa artigo 435, comentário 1, alínea B,
que considera para instalações fixas ou não, de climatização ambiente eléctrico 80VA/m2.
Isto é para 1m2------------- 80VA.
2º Método: Pode ser determinado em função das categorias do recinto, sem
esquecer aplicação do artigo 435, considerando apenas as divisórias principais ou aquelas
superioras à 4m2.
3º Método: BTu´s - Pode ser resolvido em função da área, número de pessoas e
aparelhos no recinto.

1. Dimensione a capacidade em BTU/h de um ar condicionado para refrigerar a


coordenação de Eletricidade do Instituto Politécnico Industrial “17 de Dezembro”
com as seguintes características da divisória: A=15m2, com pé direito de 3 m.

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Na coordenação possui cobertura, ficando entre andares, com duas janelas e uma porta
sem cortinas, recebendo o sol da tarde, cada janela com uma área de 1m2, no mesmo
recinto funcionam duas pessoas a área da porta é de 2m2 os aparelhos de uso continuo
com as suas respectivas potências existentes no recinto são: 3 computadores de 95W cada,
, 4 lâmpadas de 36W cada, uma impressora de 50W, um frigobar de 80W e uma maquina
de café 90W.
Dados
A=15m2 1º passo, calcular volume: V= Axh = 15m2x3m = 45m3
h=3m na tabela 1 – calor do ambiente entre andares será 720kcal/h
possui cobertura
entre andares 2º passo, calor das janelas: Ajanela x nº janelas = 1m2 x 2 = 2m2
Nºjanelas= 2 na tabela 2 – calor das janelas, sem cortinas, recebendo sol da tarde
Nºportas= 1 temos: 820 kcal/h.
sem cortinas
recebendo sol da tarde 3º passo, calor das pessoas: tabela 3, para
Ajanela =1m2 duas pessoas temos 250kcal/h
Nºpessoas = 2 4º passo, calor das portas: Aporta x nº porta = 2m2 x 1 = 2m2
Aporta =2m2 na tabela 4, para 2m2, temos 250kcal/h.
PPC =3x95W=285W
Plamp =4x36W=144W 5º passo, calor dos aparelhos eléctricos ∑ de todas as
Pimpres = 1x50W=50W potências dos aparelhões eléctricos 649W, e na tabela 5
PFrigobar = 1x80W=80W o valor máximo da potência nominal é de 500W. então:
PMaq. café = 1x 90W=90W
∑=649W
Considera-se o valor máximo e o restante adiciona-se em
função dos valores acima até cumprir com o valor da potencia dos
equipamentos. Como o valor foi de potência é 649W. então faremos:
500W = 450 Kcal / h
150W = 135 Kcal / h
650W = 585 Kcal / h
(500W + 150W ) = 585 Kcal logo o valor a considerar é 585Kcal/h

Obs. Caso o valor for aproximado na escolha, não se deve retirar o valor
abaixo mais sim acima: exemplo se for 55W teremos que considerar
100W, e se for 175W considerar 200W, assim por diante.
6º passo, ∑ todos valores em kcal = 720 + 820 + 250 + 250 + 585 =
2625kcal/h.

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1 kcal ----------- 3,92 BTU/h
2625kcal/h ------- x
x = 10290BTU/h.
Logo para encontrar o aparelho de AC adequado, dividimos o resultado
pela potência dos aparelhos existentes no mercado que vão de 9000BTU/h, 12000BTU/h,
18000BTU/h, 24000BTU/h e 32000BTU/h.
Neste caso dividindo o valor de x por 12000BTU/h = 0,85.
Sendo assim assume-se um aparelho de ar-condicionado de 12000 BTU/h.

Normas para canalização dos circuitos de tomadas e climatização


a) Circuitos de tomadas
A potência para cada circuito de tomadas em uma canalização não deverá exceder de
2400W. significa dizer só podemos ter no máximo (9) nove tomadas, atendendo que cada
tomada possui potencia de 250W. Quer isso dizer 9x250= 2250W.
Para locais de uso específico como por exemplo (cozinhas, casa de banho) são previstas
tomadas intensas cujas potências podem várias de 500W, 1500W ou ate mesmo 5000 W.
Estes devem ser colocadas em circuitos independentes por estarem nelas alocadas
máquinas com potencias ais elevadas.
b) Circuitos de climatização
Os circuitos de climatização, as suas canalizações deverão ser independentes, quer dizer
cada circuito corresponderá um aparelho de ar-condicionado.
Estes devem ser aplicados em locais sem riscos especiais, como nas salas de aulas, salas
de jantar, escritórios, quatros ou todo local afecto a serviços, excluindo casa de banho,
wc.
Tal como se pode ver nos exemplos das plantas abaixo com as suas respectivas
canalizações tomadas e climatização.
Circuitos com canalização de tomada

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Secção mínima dos condutores
Sinalização e comando: 0,5 mm2 Iluminação e estores eléctricos: 1,5 mm2
Tomadas, termoacumulador, máquinas de lavar/secar, climatização ambiente, portão
eléctrico, banheira de hidromassagem: 2,5 mm2 Fogão/forno: 4 mm2 ou 6 mm2

Coloração dos condutores


Condutor Fase: Preto, castanho, cinzento, vermelho
Condutor neutro: azul claro, ou azul
Condutor de proteção: verde e amarelo.
Avaliação
Aprendido todos os métodos de cálculos (tomadas e climatização), escolhe o método mais
simples para efectuar os cálculos de número de tomadas e de aparelhos de ar-
condicionado e faça a suas respectivas canalizações.

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Exercícios
1. Efectuar os cálculos de área de cada divisória da sua residência, utilizando a fita
métrica para medição de cumprimento e largura. (duração: uma semana).

2. Efectuar os cálculos de número de tomadas de todas as divisórias da sua residência


atendendo os resultados primeiro exercício. Escolher o método mais simples para
si. (uma semana)

3. Efectuar os cálculos de número de número de aparelhos de ar-condicionado de


todas as divisórias da sua residência atendendo os resultados primeiro exercício.
Escolher o método mais simples para si. (uma semana)

4. Fazer a planta da sua residência e efectuar o traçado dos circuitos para tomada e
climatização, lembrando que cada canalização deverá estar em plantas separadas.

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TABELAS PARA O CÁLCULO DE CLIMATIZAÇÃO MÉTODO DE BTU´S

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TABELA DE CLIMATIZAÇÃO EM FUNÇÃO DAS CATEGORIAS DO RECINTO
TOTAL BTU METROS METROS
METRO Kcal/h POR
TIPO DE POR HORA QUADRADO QUADRADO
ITEM CATEGORIA QUADRADO METRO
CARGA POR METRO POR POR
POR HORA QUADRADO
QUADRADO TONELADA PESSOA
Apartamentos Baixo 129,94 85,80 9,13 2,29 35,20
1 e Quartos de Médio 215,29 55,70 12,80 16,26 54,20
hotel Alto 322,93 37,10 16,40 30,19 81,30
Baixo 379,75 31,90 20,10 2,42 94,90
2 Bancos Médio 570,71 21,00 32,90 4,92 143,80
Alto 807,32 14,80 45,70 7,43 203,40
Baixo 484,39 24,70 23,70 1,86 122,00
3 Barbearia Médio 785,99 15,20 47,50 3,72 197,90
Alto 1205,6 9,95 80,40 5,37 303,70
Consultório Baixo 355,22 33,70 21,90 2,69 89,50
4 Medico Médio 548,98 21,80 31,00 6,97 138,20
Dentários Alto 731,97 16,30 43,80 14,87 184,40
Baixo 376,75 31,80 20,10 1,58 94,90
5 Drogaria Médio 753,5 15,90 34,70 3,62 189,80
Alto 1173,31 10,20 62,10 8,55 295,50
Baixo 236,81 50,60 12,80 2,97 590,60
Escritório em
6 Médio 462,86 25,90 25,50 9,97 116,60
geral
Alto 775,03 15,50 40,20 25,83 195,20
Baixo 215,29 55,70 9,10 1,86 54,20
Grandes lojas
7 Médio 322,93 37,10 14,60 2,79 81,30
no subsolo
Alto 419,81 28,60 21,90 8,83 105,70
Grandes lojas Baixo 269,11 44,60 16,50 1,49 67,80
8 no pavimento Médio 452,1 26,50 23,80 3,25 113,90
principal Alto 667,39 17,90 36,60 8,36 168,10
Baixo 627,45 22,80 29,20 1,58 132,90
Instituto de
9 Médio 807,32 14,90 42,00 3,90 203,30
Beleza
Alto 1227,16 9,80 55,80 6,97 309,10
Lojas de Baixo 312,16 38,40 16,50 2,51 78,60
10 roupas em Médio 473,63 25,30 25,60 6,04 119,30
geral Alto 731,97 16,40 38,40 10,31 184,30
Baixo 236,81 50,80 14,10 1,86 59,60
Lojas de vários
11 Médio 559,74 21,40 34,70 8,36 140,90
tipos
Alto 1926,8 6,20 107,90 17,84 485,30
Baixo 473,63 25,30 23,70 1,12 119,30
12 Mercearias Médio 883,67 16,60 45,70 3,34 222,30
Alto 1528,53 7,90 87,70 6,69 385,00
Baixo 322,93 37,10 16,50 3,72 81,30
Muses de arte
13 Médio 548,98 21,90 29,20 5,57 138,20
e Bibliotecas
Alto 807,32 14,90 37,90 7,43 203,30
Baixo 667,38 18,00 14,10 0,83 168,10
14 Restaurantes Médio 1237,89 9,70 38,40 1,67 311,80
Alto 2789,77 4,30 69,40 2,97 704,90
Baixo 269,11 44,60 14,10 0,74 67,70
Tavernas e
15 Médio 861,14 13,90 25,60 1,67 216,90
Boates
Alto 1776,1 6,80 51,20 6,97 447,30
Baixo 796,56 15,00 274,20 0,56 200,60
16 Teatros Médio 990,31 12,10 365,60 0,71 249,40
Alto 1237,89 9,70 548,30 1,11 311,90

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CAPITULO II - ENERGIA RENOVÁVEIS
Energia Renováveis são tipos de energia que provem de recursos naturais e que assim são
facilmente reabastecidos por meio do vento, das chuvas, do sol, marés entre outros.
Contudo, nem todos os recursos naturais são renováveis como, por exemplo, o petróleo e
o carvão. As fontes de energia renováveis são um importante recurso para o consumo
necessário sem prejudicar o meio ambiente através da poluição.

As fontes energéticas renováveis são a luz do sol (energia solar), água dos rios (energia
hídrica), força dos ventos (energia eólica), materiais orgânicos (biomassa), força das
ondas e marés (energia marémotriz) e o calor do interior da Terra (energia
geotérmica).

Tipos de energia renováveis


Passaremos então a explicar cada tipo de energia renováveis consideradas as energias não
poluentes ou limpa.

Energia Solar: Como o próprio nome indica é a energia obtida através da luz do sol e
sua captação é realizada através de painéis geralmente dispostos em telhados de casas,
edifícios e prédios ou centros comerciais. Existem dois tipos de sistemas solares que
podem gerar energia que são:

• Energia Solar Fotovoltaica: é a forma de captação feita através de células


fotovoltaicas que são montadas nos painéis solares e, através do chamado “efeito
fotovoltaico” transforma diretamente a radiação solar em energia elétrica.
• Energia Solar Heliotérmica ou Energia Solar Térmica Concentrada: é aquela
que se utiliza um grande número de espelhos coletores que refletem, de forma
concentrada, a luz do sol a um ponto específico de uma grande torre central,
aquecendo a altas temperaturas materiais específicos que, com sua expansão ou
vaporização, movimentam turbinas que geram a energia elétrica.

Energia Hidráulica: É a captação de energia mais conhecida onde se utiliza barragens


para represar as águas do rio que fazem as grandes turbinas girar e assim a energia elétrica
é gerada.
Energia Eólica: É obtida através do aproveitamento do vento, que é o
movimento das massas de ar. Para transformar a energia dos ventos em energia
elétrica são usados aerogeradores, que possuem imensas hélices que se
movimentam de acordo com a quantidade de vento no local.
Essas hélices, em geral, possuem o tamanho de uma asa de avião e são instaladas em
torres de até 150 metros de altura.
Energia de Biomassa: É a energia captada por meio da transformação de produtos de
origem animal e vegetal para a produção de calor. A geração é através da queima de
materiais orgânicos, como o bagaço da cana-de-açúcar, álcool, madeira, palha de arroz,
óleos vegetais soja, milho, entre outros.
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Embora a queima desses materiais libere gases poluentes na atmosfera, ela é considerada
uma forma limpa de geração devido ao fato de que essa quantidade de CO2 é absorvida
no cultivo desses materiais, zerando os impactos ambientais.

Energia Maremotriz: É a energia captada a partir das ondas e marés para a geração
elétrica, através de grandes torres subaquáticas instaladas próximas ao litoral e que, por
meio de hélices acopladas a elas, geram energia ao serem movimentadas pela força da
água. O aproveitamento dessa fonte ainda está em desenvolvimento, havendo poucas em
operação no mundo.

A energia a partir das ondas, empurra os flutuadores para cima e para baixo e permite
acumular água em alta pressão numa câmara
interna. Essa câmara libera jatos d'água sobre
uma turbina ligada a um gerador de eletricidade.
Dessa forma, a transformação da energia
cinética das ondas em energia elétrica.
A energia a partir das marés, é feita construções de barragens locais de grande amplitude
onde a passagem da água faz girar a turbina, transformando a energia
cinética em eletricidade.

Energia Geotérmica: É a energia captada do interior da crosta terrestre, cuja temperatura


é bastante elevada. O método utilizado pelas centrais geotérmicas para captar a energia é
injetar a água no subsolo através de dutos. Com a evaporação provocada e conduzida
pelos mesmos tubos chega-se as turbinas que, ao se movimentarem, acionam o gerador
de eletricidade.
Fontes de energia não renovávies
As fontes de energia não renováveis são aquelas que estão presentes na natureza em
quantidade limitada, ou seja, que terão um fim, seja em um futuro próximo ou em um
período de médio ou longo prazo. Os principais exemplos de fontes de energia não
renováveis são os combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral, gás natural e xisto
betuminoso) e os combustíveis nucleares.

As energias não renováveis vêm de recursos que não são substituídos ou são
substituídos apenas muito lentamente pelos processos naturais, causando gradualmente
impactos negativos.

19
Grande parte da energia mundial ainda é produzida pela queima de combustíveis fósseis.
A maioria dos carros, trens e aviões usam esse tipo de fonte, produzindo desvantagens
para a sociedade e a vida do planeta, por sua alta liberação de dióxido de carbono (CO2).

• O carvão mineral: Apesar de "mineral", esta fonte de energia é considerada um


combustível fóssil não renovável. Encontrado em regiões de baixas temperaturas,
o carvão mineral é formado por meio da decomposição da matéria orgânica sem
a presença de oxigênio. É uma das primeiras fontes de energia que começou a ser
utilizada durante a Revolução Industrial.
• O petróleo: É uma mistura de hidrocarbonetos, de origem fóssil e não renovável,
sendo um dos principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa na
atmosfera.

O material pode ser utilizado em diversos produtos de uso cotidiano, como a gasolina,
óleo diesel, tintas, fertilizantes, borrachas e plástico. Por isso, o índice de impactos da
indústria é altíssimo.

• Energia nuclear: Uma das fontes não renováveis, a nuclear é uma das que
mais prejudica a saúde humana. Sua metodologia é a mesma utilizada nas
bombas atômicas, onde a fissão (quebra) de elementos como o urânio gera
calor. Em centrais nucleares, o calor e vapor gerados movimentam a turbina
de um gerador de energia elétrica.
• Gás de xisto: Basicamente um derivado do petróleo, o gás de xisto, também
pode ser chamado de gás não convencional. Encontrado em uma rocha
sedimentar chamada "xisto betuminoso". Com ele, é possível fazer
combustível, geração de eletricidade e funcionamento de fábricas. Também
é prejudicial ao ecossistema por ser considerado poluente na contaminação
dos lençóis freáticos em seu processo de fraturamento da rocha.

Vantagens e desvantagens das fontes de energia não reniváveis

Agora que aprendemos o conceito de fonte de energia não renovável e sabemos os


principais recursos disponíveis na natureza, vamos conferir quais as vantagens e
desvantagens da utilização desse tipo de energia.
Vantagens
✓ Costumam ter um preço mais baixo, em comparação às fontes renováveis. Por
esse motivo estas fontes são muito utilizadas por países mais pobres ou em
desenvolvimento;
✓ Elevado rendimento energético;
✓ Criam muitos postos de trabalho;
✓ Fáceis de transportar;
✓ O petróleo gera combustíveis;
✓ São fontes utilizadas há bastante tempo, por isso são bem conhecidas pelos seres
humanos;
✓ Variedade de utilização.

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Desvantagens
A principal desvantagem das fontes de energia não renováveis é, justamente, facto de não
serem renováveis. As reservas, em algum momento, vão acabar e poderemos sofrer falta
de energia no futuro, caso não haja o investimento necessário nas fontes de energia
renováveis;
✓ A queima de combustíveis fósseis gera alta poluição no ar, prejudicando a saúde,
principalmente nos grandes centros urbanos;
✓ Alguns gases poluentes, resultantes da queima destes combustíveis, são um dos
principais factores da geração do efeito estufa e do aquecimento global. Portanto,
são extremamente prejudiciais ao meio ambiente;
✓ A queima destes combustíveis fósseis também é um dos principais geradores da
chuva ácida;

CAPITULO III - ENERGIA SOLAR I


➢ Conceitos e Definições
➢ Condicionantes meteorológicas
➢ Funcionamento da energia solar
➢ Tipos de energia solar
➢ Instrumentos de medição da radiação solar
➢ Vantagens e desvantagens de energia solar fotovoltaica
➢ Geração de energia a partir de painéis, placas solares ou fotovoltaico

Conceitos e Definições
Sol transfere energia para a Terra através da luz que nos envia, isto é, por radiação. A
radiação solar refere-se à radiação eletromagnética emitida pelo Sol. Devido à grande
distância existente entre Sol e Terra, apenas uma parte mínima dessa radiação atinge a
superfície terrestre, que corresponde a uma quantidade de energia de 1 x 10 18 kWh/ano.
De toda a energia emitida pelo Sol (3,9 x 1026 J/s) apenas 1,8 x 1017 J/s chega ao nosso
planeta, devido ao facto deste se encontrar algo distanciado do astro-rei (a distância entre
o Sol e a Terra é de 150 milhões de quilómetros).
Radiação solar
As radiações electromagnéticas são ondas que se podem propagar no ar, água, vidro e
também no vazio. Dependem de uma grandeza importante que é a frequência (f) (Unidade
do SI: Hertz - Hz)
Energia solar corresponde à energia proveniente da luz e do calor emitidos pelo Sol.
Essa fonte de energia pode ser aproveitada de forma fotovoltaica ou térmica, gerando
energia elétrica e térmica, respectivamente. Por ser considerada uma fonte de energia
limpa, a energia solar é uma das fontes alternativas mais promissoras para obtenção
energética.

21
A radiação solar é a energia emitida pelo sol na forma de radiação - ondas
eletromagnéticas. Ela é emitida pela fotosfera, a camada mais externa do sol, que possui
aproximadamente 300 km de extensão.
Um país com níveis de radiação solar de excelência, deve com as tecnologias existentes
no mercado, aproveitar esta radiação para inúmeras aplicações, de forma a diminuir o
consumo energético nacional e, consequentemente, a dependência dos combustíveis
fósseis.
Condicionantes meteorológicas
O resultado da decomposição da radiação solar incidente sobre um recetor, pode ser
divido em três componentes, que são:
• Radiação Direta: constituída por todos os raios incidentes que são direcionados para
o receptor, em linha reta com o sol;
• Radiação Difusa: porção de luz que é recebida indiretamente, proveniente da ação da
difração nas nuvens, nevoeiros, poeiras suspensas e outros obstáculos que podem estar
presentes na atmosfera;
• Radiação Albedo ou refletida: parte da energia recebida é refletida para o espaço. A
neve, massas de gelo e nuvens (grandes refletores devido à sua cor branca) assim como a
própria superfície terrestre são razoáveis refletores, reenviando cerca de 30% a 40% da
radiação recebida. A razão entre radiação refletida e incidente denomina-se de albedo.

Medição da radiação solar


Uma forma muito útil de medir a radiação solar é construir um “aparelho caseiro de
medição” solar a partir de uma célula fotovoltaica calibrada, em que o princípio de
funcionamento está baseado no processo solar fotovoltaico. Este medidor terá de possuir
um aparelho de medida (que será um amperímetro com uma boa precisão), e uma
resistência variável com um valor de 1Ω.

22
Uma vez montado o aparelho,
há que expor a célula solar
directamente ao Sol, sendo
importante que o dia em
questão não tenha nuvens que
impeçam a necessária
claridade. Esta experiência
deverá ser feita às 12.30 horas
(Inverno) ou 13.30 horas
(Verão), que coincidem com as horas do dia com maior valor de radiação solar, virada a
sul (a célula). O passo seguinte é calibrar o aparelho com uma escala; por exemplo,
quando o amperímetro estiver no fundo da escala, teremos a máxima radiação solar, ou
seja, 1000 W/m2 .
Funcionamento da energia solar
A energia solar, como o próprio nome indica, refere-se à energia cuja fonte é o Sol. Sua
captação pode ser feita por meio de diversas tecnologias, como painéis fotovoltaicos,
usinas heliotérmicas e aquecedores solares.
Basicamente, ao ser captada, a luz solar é convertida em energia. Nos painéis
fotovoltaicos e nas centrais heliotérmicas, a luz solar é convertida em energia elétrica e
térmica. Já no aquecimento solar, a luz solar é convertida em energia térmica.
Tipos de energia solar
A energia solar pode ser usada na produção de energia elétrica por meio de dois sistemas:
heliotérmico e fotovoltaico.
Energia solar fotovoltaica
Nada mais é do que a conversão direta da radiação solar em energia elétrica. Essa
conversão é realizada pelas chamadas células fotovoltaicas, compostas por material
semicondutor, normalmente o silício. Ao incidir sobre as células, a luz solar provoca a
movimentação dos elétrons do material condutor, transportando-os pelo material até
serem captados por um campo elétrico (formado por uma diferença de potencial existente
entre os semicondutores). Dessa forma, gera-se eletricidade.
Constituído por painéis, módulos e equipamentos elétricos, o sistema fotovoltaico não
exige um ambiente com alta radiação para funcionar. No entanto, a quantidade de energia
produzida depende da densidade das nuvens, ou seja, quanto menos nuvens houver no
céu, maior será a produção de eletricidade.
Energia solar heliotérmica
No sistema heliotérmico, a energia proveniente do Sol é transformada em calor,
aquecendo, principalmente, a água de residências, hotéis e clubes. Para que isso seja
possível, são utilizados painéis solares (espelhos, coletores, helióstatos), que refletem a
luz solar, concentrando-a em um único ponto no qual há um receptor.
O receptor é constituído por um líquido, que é aquecido pela luz solar refletida nos
painéis. Esse líquido é responsável pelo armazenamento de calor, aquecendo a água nos

23
reservatorios e, assim, produzindo vapor. Esse vapor movimenta as turbinas nas centrais,
provocando o acionamento de geradores, que produzem energia elétrica.
Instrumentos de medição da radiação solar
Heliógrafo – Este instrumento tem por objetivo medir a duração da insolação, ou seja, o
período de tempo em que a radiação solar supera um dado valor de referência. O
comprimento desta região mede o chamado número de horas de brilho de Sol.

Piranômetros – São instrumentos que medem a radiação total, ou seja, a radiação que
vem de todas as direções no hemisfério. Destacam-se os piranômetros fotovoltaicos e
termoelétricos.

Piroheliômetros – É um instrumento utilizado para medir a radiação direta. Ele se


caracteriza por possuir uma pequena abertura de forma a “ver” apenas o disco solar e a
região vizinha, denominada circunsolar.

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Actinógrafos – São utilizados para medição da radiação total ou sua componente difusa
. Consiste essencialmente em um receptor com três tiras metálicas, a central de cor preta
e as laterais brancas. As tiras brancas estão fixadas e a preta está livre em um uma
extremidade, e irão se curvar, quando iluminadas, em conseqüência dos diferentes
coeficientes de dilatação dos metais que as compõem.

Vantagens e desvantagens de energia solar fotovoltaica

A energia solar possui diversos benefícios, tais como longa vida útil, maior economia e
valorização do imóvel. Entretanto, quando falamos desse tipo de geração, é necessário
apontar vantagens e desvantagens da energia solar. Entre as poucas desvantagens, pode-
se encontrar um alto custo de aquisição e a questão da intermitência na produção de
energia.
Conheça as vantagens e desvantagens da energia solar e saiba por que essa fonte de
energia está em constante crescimento.

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Vantagens Desvantagens
Reduz a conta de energia eléctrica Investimento inicial alto
Dependência do clima e não gera energia no
Baixo custo de manutenção
período noturno
Não há ruídos e poluição Mudança estética do imóvel
Facilidade de instalação Alto custo de armazenamento de energia
Vida útil longa mais de 95% da economia
Manutenção inexistente considerada uma
fonte limpa e renovável
Energia alternativa ao petróleo
Fonte de energia gratuita
Pode ser utilizada em áreas isoladas da rede
eléctrica

CAPÍTULO III – SISTEMAS SOLARES I


O sol pode gerar energia de muitas formas diferentes e os sistemas utilizados podem
variar de acordo com a modalidade regulatória ou com o porte do sistema em que são
enquadrados.
Neste capítulo o vamos explicar 6 tipos de sistemas de geração de energia diferentes com
o uso de energia solar. São eles:
a) Sistema de aquecimento Solar;
b) Sistema de central Heliotérmica;
c) Sistema de Geração Distribuída;
d) Sistema Off Grid;
e) Sistema Híbrido;
f) Central Solar Fotovoltaica
Sistema de Aquecimento térmico solar (ou aquecimento de água): É o sistema solar
mais antigo e começou a aparecer entre as décadas de 70 e 80. Este tipo de sistema é
composto de duas partes:
➢ Os coletores solares, que podem ser placas ou tubos a vácuo;
➢ O reservatório térmico, chamado de Boiler.
O calor é absorvido através das placas ou tubos coletores. O calor captado aquece a água
que circula nos coletores. Após aquecida a água vai para o Boiler (é um reservatório
térmico cilíndrico de água que além de aquecer a água preserva sua temperatura.), onde
será armazenada a água quente e disponibilizada para o uso através de tubulações.
Sistema de central heliotérmica ou energia solar: É aquela que consiste em concentrar
um sistema de aquecimento de algum fluido (sais ou água) com o uso de raios solares, e
posterior geração de energia elétrica.
O funcionamento deste sistema consiste na captação do sol por refletores ou espelhos,
que lançam a luz em um ponto onde se encontra o receptor.

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Através dessa grande quantidade de calor o fluido é aquecido, o vapor gerado por esse
aquecimento move uma turbina que movimenta um gerador e então a energia elétrica é
gerada.
Existem vários tipos de centrais heliotérmicas:
• Fresnel;
• Placas Planas;
• Calhas Parabólicas;
• Disco Parabólico e
• Torre Solar.
Diferente de outras aplicações, a central heliotérmica pode estocar a energia solar como
calor, guardando o excedente de energia em um reservatório térmico à parte. Esse tipo de
sistema seria o cenário ideal para aplicação e desenvolvimento de regiões áridas,
principalmente nas partes mais frias do nosso país. Porém, quando comparada a outros
sistemas, esta se torna inviável.
Sistema de Geração Distribuída, tambem conhecida como sistema de energia solar
on-grid: Foi estabelecida como um sistema fotovoltaico conectado à rede, é o sistema
que permanece conectado à rede de distribuição, assim, em momentos em que não há
produção de energia, é possível utilizá-la da distribuidora.
Essas fontes geralmente se localizam próximas aos centros de consumo de energia
elétrica, evitando perdas na distribuição. são conectadas na rede elétrica da concessionária
de energia. Quando é produzido energia excedente, ela é enviada para rede, e
redirecionada para unidades consumidoras que necessitam. Este sistema pode gerar
energia de várias formas:
• No próprio local;
• Em um local para compensar em outro da mesma titularidade;
• Se unir com pessoas e montar uma cooperativa ou consórcio;
• Se reunir com seu condomínio.
O sistema de energia solar off-grid (sistema isolado ou sistema autônomo) tem como
principal característica o “autossustento”, ou seja, é um sistema não conectado à rede
elétrica, que armazena a energia solar excedente em baterias para ser utilizada quando
não houver produção. É utilizado principalmente para propósitos locais específicos,
como, por exemplo, bombeamento de água, eletrificação de cercas, de postes de luz, etc.
Ele é composto de três blocos:
• Gerador (módulos, cabos, suporte),
• Condicionador de potência (inversores e controladores) e
• Armazenamento (baterias).
Seu funcionamento é bastante similar ao sistema on grid, porém o excedente de energia
produzido não é enviado para rede elétrica, mas sim para armazenamento no próprio
sistema.

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Os sistemas solares híbridos são sistemas de energia que combinam o sistema
fotovoltaico com outra fonte de energia, permite o armazenamento de ener gia quando
não se tenha consumo e essa energia poderá ser injetada na rede no horário de ponta (onde
o valor da tarifa é maior).
Central solar fotovotaiva ou sistema solar centralizada: Diferente do sistema
instalado em residências e indústrias, esse fornece energia em alta-tensão para
comercialização, não focando em autoconsumo. Assim, a energia solar fotovoltaica
convertida seria vendida para consumidores ou distribuidoras, através do mercado livre
ou leilões de energia.
Além disso, os módulos podem ser construídos de forma fixa no solo ou funcionar
acompanhando o movimento do sol. A central solar é uma alternativa para o sistema de
produção elétrica padrão centralizada, porém existe em alguns país com centrais de até 5
MW, que compensam energia na geração distribuída, através de cooperativas ou
consórcios.
Geração de energia a partir de painéis, placas solares ou fotovoltaico
O esquema de funcionamento do sistema de geração de energia elétrica solar fotovoltaica
baseia-se na utilização de painéis solares que captam
a luz solar e por meio do efeito fotovoltaico, geram
energia elétrica, que é convertida pelo inversor solar,
de corrente contínua para alternada, e, então, a
eletricidade é distribuída e o controlador ou
regulador de carga das baterias funciona como elo de
ligação entre os módulos fotovoltaicos, o banco de
baterias e a carga de consumo. Este controla o
armazenamento de energia das baterias, evitando a
sua sobrecarga/sobredescarga. A figura abaixo
mostra como percorre a energia ate ao consumidor.
Componentes principais de um sistema fotovoltaico

Conheceremos agora de forma detalhada cada componete basico de um sistema


fotovotaico apresentados na figura acima, desde a sua constituição, tipos, aspectos
estruturais e entre outros.
Painel solar
É constituído por um conjunto de células fotovoltaicas responsável por converter a
energia luminosa em energia elétrica. Um conjunto de células fotovoltaicas encapsuladas
forma os chamados módulos fotovoltaicos.
Princípio de funcionamento da célula fotovoltaica
De um modo geral as células tradicionais de silício são constituidas de semicondutores
adotados positivo e negativo, formando as conhecidas junções P-N. essas junções,
conforme a figura abaixo são separadas por uma região de depleção que surge devido à
combinação de eletróns e lacunas.

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As cargas positivas na camada do tipo “N” e de cargas negativas na camada do tipo “P”
dá origem a um campo eléctrico e, consequentemente, a uma diferença de potencial (VPN).
Esta tensão cria uma barreira impedidndo a circulação de electróns entre os dois materias.

Uma vez em equilíbrio, só haverá deslocamento de eletrões da camada “N” para camada
“P” quando estes receberem a energia suficiente de um meio externo e no caso das células
essa energia ´w proveniente dos fótons presentes na luz solar, que excita os eletrons
fazendo estes passarem da camada de valencia para a camada de condução.
Assim, por meio de circuito externo, conectando a camada negativa à positiva, surge um
fluxo de eletrões (corrente eléctrica) que se mantem quando a luz incidir na célula. A
figura abaixo mostra esse fenómeno de uma forma mais simplificada.

Junção PN
Mediante a dopagem do silício com o fósforo, obtém-se um material com electrões livres
ou um material com portadores de carga negativa (silício tipo N). Realizando o mesmo
processo, mas acrescentando boro ao invés de fósforo, obtém-se um material com
características inversas, ou seja, um défice de electrões ou um material com cargas
positivas livres (silício tipo P).
Cada célula solar é composta por uma camada fina de material tipo N e outra com maior
espessura de material tipo P (ver figura abaixo). Nesta junção, os electrões livres migram
do lado P para o lado N.

29
➢ – Se Vd = 0V, não existe polarização;
➢ – Se Vd > 0V, existe polarização directa, em que Vd≈ 0,7 V;
➢ – Se Vd < 0V, existe polarização inversa
A junção trabalha tal como um díodo, pois a utilização de uma diferença de potencial com
o potencial positivo aplicado no material do tipo P diminui a barreira de potencial e
possibilita que a corrente atravesse a interface, enquanto que a aplicação de uma diferença
de potencial inversa aumenta a barreira de potencial e não possibilita a passagem de
corrente. A figura a seguir ilustra a curva característica de um díodo de silício.

Estrutura de uma célula de silício


Estas células medem cerca de 100 cm2 e 200cm2, tal como se pode ver na figura na qual
subdivide as camadas:

Exemplos de célula, módulo e painel fotovoltaico

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Principais tipos de células fotovoltaicas
• Célula Fotovoltaica de Silício Cristalizado
• Célula Fotovoltaica de Silício Monocristalino (m-Si)
• Célula Fotovoltaica de Silício Policristalino (p-Si)
• Célula Fotovoltaica de Película Fina (a-Si)
• Célula Fotovoltaica de héterojunção (HjT)
• Célula Fotovoltaica de Película Fina (Thin Film)
• Célula Fotovoltaica de telureto de cádmio (CdTe)
• Célula Fotovoltaica de arseneto de gálio (GaAs)
• Célula Fotovoltaica de seleneto de Cobre Índio e Gálio (CIGS)
• Célula Fotovoltaica orgânica (OPV)
Obs: Investigar cada uma das células e apresentar ao professor.

Com base os diagramas abaixo estão separados as células fotovoltaicas produzidas


atualmente em três classes: células baseadas em silício, células constituídas de compostos
químicos e células elaboradas de outros materiais e também podem ser distinguidas em
primeira, segunda e terceira geração:

Associação de painéis solares em serie


Na conexão em serie, o terminal positivo de um dispositivo fotovoltaico (seja uma célula
ou painéis) é conectado ao terminal negativo do próximo dispositivo, e assim por diante.
Considerando os dispositivos idênticos e submetidos as mesmas condições de
temperatura e irradiância, ao associarmos N dispositivos fotovoltaicos em serie, as
tensões serão somadas enquanto a corrente eléctrica não será afectada, ou seja:

U = U1 + U 2 + U 3 + ... + U N
I = I1 = I 2 = I 3 = ... = I N

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Associação de painéis solares em paralelo
Na associação em paralelo, os terminais positivos dos dispositivos são interligados entre
si, assim como os terminais negativos. Para as condições ideais de operação, o resultado
dessa associação e exatamente o oposto da anterior, isto é, a tensão se mantém a mesma
ao passo que a correntes se soma:

U = U1 = U 2 = U 3 = ... = U N
I = I1 + I 2 + I 3 + ... + I N

Controlador de carga ou regulador de carga

O controlador de carga é o equipamento responsável por fazer o gerenciamento da energia


produzida pelos painéis solares fotovoltaicos, ficando entre os painéis e as baterias e são
utilizados para controlar a voltagem de entrada nelas.

De modo geral, o controlador de carga protege as baterias. Quando elas estão totalmente
carregadas, por exemplo, os controladores não permitem que o sistema fotovoltaico
continue enviando muita energia para armazenamento, evitando danificar as baterias
através de sobrecargas e prolongando sua vida útil. Se eu não estou usando eletricidade
no momento, as baterias ficam em repouso enquanto os controladores enviam apenas uma
carga mínima de energia gerada pelas placas solares para mantê-las carregadas.

As principais funções atribuídas aos reguladores de carga das baterias são as seguintes:
✓ Assegurar o carregamento da bateria;
✓ Evitar a sobrecarga da bateria;
✓ Bloquear a corrente inversa entre a bateria e o painel;

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✓ Prevenir a ocorrência de descargas profundas (no caso de baterias chumbo –
ácido)

Baterias

Este equipamento, também denominado de acumulador de carga, é somente usado para


sistemas isolados/autónomos, pois os valores de consumo diário não coincidem com os
de produção por parte de sistema fotovoltaico. Para se evitar perdas de produção, são
então utilizadas baterias de armazenamento pois são capazes de transformar diretamente
energia elétrica em energia potencial química e
posteriormente converter, diretamente, a energia potencial
química em elétrica.

Cada bateria é composta por um conjunto de células


eletroquímicas, ligadas em série, de modo a obter a tensão
elétrica desejada. De seguida apresentamos o símbolo
eléctrico de uma bateria.

Para instalação fotovoltaica, são geralmente utilizadas, as


baterias de alta profundidade de carga, as quais apresentam
longos tempos de vida útil, em condições de carga e descarga
diária e uma elevada eficiência mesmo para baixas correntes
de carga. A sua maior limitação é o facto de terem de ser
operadas dentro de limites bem definidos, uma vez que são
suscetíveis a danos, em determinadas condições tais como sobrecarga e subcarga,
permanecendo durante longos períodos de tempo num baixo estado de carga. No entanto,
caso as suas condições de funcionamento sejam favoráveis, estas poderão durar até 15
anos em configurações de sistemas autónomos.

As baterias podem ser classificadas em duas categorias, primária e secundária.

As baterias primárias não podem ser recarregadas, ou seja, uma vez esgotados os
reagentes que produzem energia elétrica, devem ser
descartadas. As secundárias podem ser recarregadas
através da aplicação de uma corrente elétrica aos
seus terminais.

Passaremos então apresentar os vários tipos de


bateria recarregáveis actualmente existentes pois são
estas que podem ser utilizados em um sistema
fotovoltaico.

a) Baterias de Prata-Zinco (AgZn)

A composição tem por base uma solução de hidróxido de potássio que funciona como
eletrólito, gerando uma reação exotérmica com a libertação de gases. Este tipo de baterias
apresenta uma densidade de energia (75 Wh/kg) considerável e uma elevada fiabilidade,
o que faz com o que o custo seja necessariamente elevado. Não são muito atrativas do
ponto de vista comercial pelo seu preço, mas também por apresentarem uma composição

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com base em materiais bastantes perigosos. São utilizadas na sua grande maioria na
indústria militar e aeroespacial.

b) Baterias de Iões de Lítio (Li- ion)

Apresentam a disponibilidade de picos de densidade de energia, bastante elevados (> 100


Wh/Kg) e uma eficiência mais elevada do que a das baterias à base de chumbo ou níquel.
Contudo, o seu tempo de vida útil é menor, sendo por isso utlizadas em aparelhos eletrónicos
de menor dimensão, tais como telemóveis e computadores portáteis. Para além disso,
necessitam de um controle de carga preciso, devido à baixa tolerância à sobrecarga. Durante a
descarga, se a tensão da célula descer abaixo dos 2,5 V, a bateria pode ficar permanentemente
danificada. O custo destas baterias é inferior às de AgZn, mas mesmo assim elevado.

c) Baterias de Níquel-Cádmio (NiCd)

São compostas por um ânodo metálico de cádmio, um cátodo de óxido de níquel e um


eletrólito de hidróxido de potássio. Apresentam uma densidade de energia (50Wh/Kg)
maior que a de chumbo ácido, bem como uma vida útil maior. A sua longa durabilidade
está associada ao material utilizado, no fabrico das placas aço sólido relativamente imune
aos agentes químicos onde estão imersas, mantendo inalterada a integridade mecânica e
a condutividade elétrica da célula. São habitualmente utilizadas em aparelhos domésticos.

Possuem também uma menor suscetibilidade à variação de temperatura, quando


comparadas com as baterias de chumbo ácido.

A grande desvantagem destas baterias é a diminuição da capacidade de recarga ao longo


da sua vida útil, sendo necessário utilizar controladores de carga dispendiosos. Para além
de serem afetadas pelo “efeito memória”, os seus impactos a nível ambiental podem ser
consideráveis, uma vez que têm na sua composição cádmio, um metal altamente tóxico.

d) Baterias Níquel-Metal Hidreto (NiMH)

São consideradas com uma extensão da tecnologia da bateria de NiCd mas em vez de
utilizarem como ânodo o cádmio, utilizam um hidreto metálico. Não apresentam um
“efeito memória”, mas exigem elevados custos. Apresentam também como desvantagem,
uma baixa capacidade de fornecer picos de corrente e têm um risco elevado de ficar
inutilizável, devido a sobrecargas e a uma taxa de auto descarga, relativamente elevado.

e) Baterias de Chumbo Ácido (Pb-Ácido)

As baterias de chumbo ácido são fabricadas da mesma forma há várias décadas pelo que
é uma tecnologia bem dominada. Apresentam uma elevada fiabilidade, disponibilidade e
vida útil justificando o sucesso desta tecnologia em várias áreas de aplicação. Apresentam
também um elevado rendimento na ordem dos 85%. Os inconvenientes são a sua baixa
densidade de energia (35 Wh/Kg) e o volume de ocupação, assim como o seu peso
considerável.

O tipo de baterias usuais para uma instalação fotovoltaica são as de Chumbo Ácido pelo
que, serão um pouco mais aprofundadas. São compostas por placas positivas de dióxido

34
de chumbo, placas negativas de chumbo e pelo eletrólito-ácido sulfúrico. A equação
seguinte representa o processo de carga/descarga destas baterias.

Pb (s) + PbO2 (s) + 2H2SO4 (aq) ⇄ 2PbSO4 (s) + 2H2O

Durante o processo de descarga (sentido esquerda-direita da equação) há a formação de


sulfato de chumbo e água. Em sentido inverso dá-se o processo de carga onde por vezes
podem ocorrer sobrecargas, que podem dar origem à formação de hidrogênio e oxigénio
no estado gasoso, levando consequentemente à perda de água. A atual tecnologia permite
a construção de separadores que convertem estes gases em água.

Inversores

O inversor solar é o equipamento usado para converter a energia gerada pelos painéis
solares de corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA), possibilitando o uso da
energia elétrica gerada pela energia solar fotovoltaica. Estes são instalados perto do
quadro, em um local obrigado do sol, do calor e da água.

Tipos de Inversores

Os diferentes tipos inversores que podemos encontrar disponíveis no mercado são on-
grid, off-grid e híbridos.

Inversor solar on-grid - Este é o equipamento mais utilizado no mundo. Grid-


tie, em português, significa conectado à rede. O aparelho grid-tie é aquele
inversor usado para conectar um sistema fotovoltaico sem baterias na rede da
sua residência ou empresa. Estes inversores são projetados para desligar
rapidamente da rede elétrica, caso ela caia.

Inversor solar off-grid - Off-grid, em português, quer dizer “fora da rede” ou


“desconectado da rede”. Esses equipamentos foram
produzidos para sistemas fotovoltaicos que funcionam
independentemente da rede elétrica. Por exemplo: postes de
iluminação solar, sistemas de rádio transmissão, telefones de
emergência em rodovias, entre outros. Isto é: são usados em
sistemas que usam baterias e normalmente em regiões
isoladas, onde não há acesso à rede elétrica.

Inversor híbrido - Este equipamento, como o nome já diz, é uma mistura


de sistema conectado à rede com um sistema desconectado da rede.
Enquanto há energia disponível na rede, o sistema permanece conectado
na rede e ao mesmo tempo carrega um banco de baterias. Quando há uma
falta de energia na rede, o sistema se desconecta e trabalha com as as
baterias. Mantendo toda ou apenas parte das cargas do imóvel abastecidas
por baterias mais energia solar por um tempo determinado.

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Para a utilização de aparelhos que funcionam com corrente alternada (CA) é necessário
um conversor que transforme a corrente contínua com tensões entre 12 V e 48 V, em
corrente alternada com tensões de 127 V ou 240 V. Essa é a função dos Inversores
Autônomos, utilizados em sistema fotovoltaicos isolados.

Outros equipamentos

Para além de todos os equipamentos referidos, existem ainda um conjunto equipamentos


que são essenciais destacar.

a) Condutores de ligação

Obviamente são importantes evidenciar todos os condutores de ligação estabelecidos ao


longo do sistema permitem que este funcione e produza energia de forma eficiente. Todo
o sistema de cablagem deve estar de acordo com os requisitos. Não se irá identificar toda
a cablagem necessária, mas sim as mais importantes, são elas as seguintes:

✓ Cabos de módulo ou de fileira: condutores que estabelecem a ligação elétrica entre


os módulos individuais de um gerador solar e a caixa junção desse gerador.
✓ Cabo principal: estabelece a ligação entre a caixa de junção do gerador e o
inversor.
✓ Cabo de ligação de CA: liga o inversor à rede receptora, através do equipamento
de proteção.

b) Sistema de protecção

Sabendo dos danos que uma descarga de BT ou MT pode trazer para o homem, sendo que
alguns dos casos podem ser irreversíveis ou mesmo fatais, considera-se também da
máxima importância evidenciar de uma forma sumária alguns sistemas de proteção
requeridos.

• Interruptor principal: na eventualidade de ocorrência de defeitos, ou para


realização de trabalhos de manutenção/reparação é necessário isolar o
inversor do gerador fotovoltaico, utilizando o interruptor principal.
• Disjuntores: os disjuntores são aparelhos de proteção contra intensidades,
que podem voltar a ser rearmados depois de dispararem. Isolam
automaticamente o sistema fotovoltaico da rede elétrica, caso ocorra uma
sobrecarga ou curto-circuito e são frequentemente utilizados como
interruptores CA.
• Os disjuntores diferenciais: são aparelhos de proteção sensíveis à corrente
residual diferencial. Estes dispositivos “observam” a corrente que flui nos
condutores de ida e de retorno do circuito elétrico.

c) Postos de transformação

Para transportar a energia da rede pública para vários pontos distantes entre si, utilizam-
se Postos de Transformação (PT). Os postos fazem a conversão da energia elétrica de MT
(Media Tensão) para BT (Baixa Tensão), quando proveniente das redes pública,
alimentando a rede de distribuição de baixa tensão.

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Para o caso da energia proveniente dos módulos solares, a conversão dá-se inicialmente
em sentido oposto, ou seja, de BT para MT de modo a evitar as perdas ao longo do
transporte. A energia irá percorrer o circuito até entrar num novo PT, onde irá converter
a energia de MT para BT e assim abastecer os polos de acordo com a sua necessidade.

Os PTs podem ser do tipo aéreo caso estejam ligados à rede aérea de média tensão ou em
cabine caso a instalação do equipamento seja dentro de uma cabine.

A sua constituição é composta por três equipamentos:


❖ Equipamento de interrupção/seccionamento e proteção;
❖ Um ou mais transformadores responsáveis pela transformação de MT em BT ou
de BT em MT;
❖ Quadro geral de baixa tensão, de onde se desenvolvem os diversos alimentadores
da rede de baixa tensão.
Como em todas as aplicações respeitantes ao uso de tensões elevadas, a construção de
PTs obedece a elevados padrões de segurança. Para além das restrições de acesso dentro
e fora dos postos, a corrente é controlada através de quadros de disjuntores e o bom
funcionamento dos postos é observado por técnicos especializados.

Transformadores

São dispositivos usados para abaixar ou aumentar a tensão e a corrente elétricas. Os


transformadores consistem em dois enrolamentos de fios, primário e secundário,
envolvidos em um núcleo metálico.

transformadores comuns são construídos com dois enrolamentos de fios de cobre,


chamados de primário e secundário. Esses enrolamentos sempre contam com diferentes
números de voltas e encontram-se então torcidos em volta de um núcleo de ferro, sem
que haja contato entre eles.

Um transformador comum é composto de dois componentes principais:

▪ Núcleo – No geral é feito com um material altamente imantável, pois é ele quem
vai transmitir a corrente de um enrolamento para outro;
▪ Enrolamentos – São as bobinas, feitas de fio de cobre com uma camada de verniz
que serve como isolante. Assim, como geralmente temos dois enrolamentos, um

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para entrada e saída de corrente, eles são chamados de enrolamento
primário e enrolamento secundário.

Príncipio de funcionamento do transformador

O transformador consiste em duas ou mais bobinas enroladas em torno de um núcleo


ferromagnético, de forma que, quando uma bobina é energizada com uma corrente
alternada, o campo eletromagnético gerado pelo fluxo dessa corrente na bobina induz uma
tensão elétrica na outra bobina. Assim, uma bobina funciona como a entrada, e a outra
como a saída. O núcleo serve para acoplar as duas bobinas, isso é, facilitar que uma bobina
induza uma tensão elétrica na outra bobina. Portanto, os transformadores funcionam por
conta do principio da indução eletromagnética.

Dessa forma, é possível controlar o valor da tensão de saída a partir da tensão de entrada
no transformador. Isso é feito de acordo com a proporção de espiras, isto é, número de
voltas da bobina em torno do núcleo, em relação ao número de espiras da outra bobina.

A relação entre os potenciais elétricos entre os enrolamentos primário e secundário é dada


pela fórmula seguinte:
UP – Tensão no enrrolamento do primario
UP US
= US – Tensão no enrolamento secundário
NP NS
NP – Número de espiras no enrrolamento primario
NS – Número de espiras no enrrolamento secundario

Como sabemos, a tensão e a corrente elétricas são inversamente proporcionais,


portanto, a relação para as correntes elétricas dos enrolamentos primário e secundário
é invertida:
UP – Corrente eléctrica no enrrolamento do primario
IP I
= S US – Corrente eléctrica no errolamento secundário
NP NS

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Exercícios

1) Um transformador recebe uma tensão elétrica de 4400 V em seu enrolamento


primário. Determine a quantidade de espiras no enrolamento primário para que a
tensão de saída pelo enrolamento secundário, de 10 voltas, seja de 110 V.

Dados Resolução:

UP = 4400 V UP US 4400 110 4400  10


US = 110 V =  =  NP = = 400 voltas
NS = 10 voltas NP NS NP 10 110
NP = ?

2) Um transformador recebe 20 V de tensão em seu enrolamento principal, que


contém N espiras. Se o enrolamento secundário desse transformador for formado
por 3N espiras, qual será a tensão elétrica de saída? R: 60V

SISTEMA SOLAR II

Apos ter aprendido em instalações eléctricas, a dimensionar a potência prevista e instalada


de uma determina habitação (unifamiliar ou plurifamiliar) Daqui por adiante passaremos
a explicar os modelos matemáticos a utilizar para se puder determinar o número de painéis
fotovoltaico, baterias, acumuladores para um determinado sistema eléctrico utilizando os
painéis fotovoltaico.

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