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4 CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Plano principal: é o melhor plano a ser realizado, criando bons espaços interiores e
exteriores, que possibilitará uma extração estável e segura do paciente, mas que
acarreta maior tempo na execução. Deverá ser aplicado para pacientes estáveis.
Sinistro de trânsito: todo evento que resulte em dano ao veículo ou à sua carga
e/ou em lesões a pessoas e/ou animais, e que possa trazer dano material ou
prejuízos ao trânsito, à via ou ao meio ambiente, em que pelo menos uma das partes
está em movimento nas vias terrestres ou em áreas abertas ao público (ABNT,
2020).
5.2 Capacete
5.3 Botas
5.4 Luvas
Por baixo das luvas de salvamento, devem ser utilizados pelo menos 2 pares de
luvas de procedimento, para otimizar o tempo nos momentos de tratamento e
extração do paciente, Figura 8.
5.7 Bandana
Figura 12 - Bandana
6.1 Calços
Figura 13 - Calços
Existem diversos modelos para quebradores de vidros, mas os que se mostram mais
práticos são aqueles do tipo chaveiro e as canetas punção com mecanismos de
mola por serem compactos e proporcionar melhor controle e precisão nas manobras.
6.9 Machadinha
Figura 25 - Machadinhas
Ferramenta não específica para salvamento veicular, mas que possui ação eficiente
para corte de vidros laminados.
Com aplicação multitarefa, permite a quebra e o corte de vidros, corte do cinto, dos
forros, das borrachas, dos fios e outros. Além disso, pode ser utilizada para remoção
de partes internas do veículo e pode possuir chaves tipo fenda/Philips.
Sua limitação, com exceção dos cortes de materiais têxteis ou borracha, é que não
apresenta performance tão boa quanto as FEAs com função específica.
Barreira flexível para proteção das vítimas e dos bombeiros que estiverem no interior
do veículo, principalmente contra fragmentos de vidros e poeira. É recomendado que
seja utilizado um plástico resistente e transparente, para permitir que as ações
realizadas nas proximidades sejam vistas pelos BM e minimizar a eventual sensação
de claustrofobia para as vítimas.
Acessórios utilizados sobre ferragens cortantes e vidros, para maior segurança dos
bombeiros, socorristas e vítimas. Podem ser produtos de linha comercial ou
adaptações feitas com lonas resistentes, mangueiras descartadas, fita Silver Tape e
até mesmo materiais existentes no próprio cenário, como forros, tapetes, cobertores
e outros.
Ferramenta utilizada para corte de estruturas mais frágeis, como cabos de baterias,
conjunto de fios da parte elétrica do veículo, hastes metálicas de pistões
pneumáticos, limitadores de porta, entre outros.
Figura 37 - Corta-a-frio
Trabalham com cerca de 1 bar (média pressão) ou 0,5 bar (baixa pressão). Como
mantêm a superfície de contato entre o solo e os veículos praticamente inalterada
durante a elevação, são preferíveis para uso em Salvamento Veicular, pois essa
característica proporciona maior estabilidade para as manobras.
6.22 Motobomba
Conjunto formado por motor a combustão ou elétrico, combinado com uma bomba
hidráulica que fornece fluido em alta pressão para as ferramentas.
6.26 Cortador
6.27 Alargador
6.28 Extensor
6.29 Combinada
Ferramenta que combina as funções do cortador e alargador. Mesmo que possa ser
considerada uma vantagem o fato de combinar diferentes funções, a combinada
apresenta as seguintes limitações:
a) corte: devido ao formato reto das lâminas, não é tão eficiente quanto os
cortadores quando empregado em estruturas maiores ou mais resistentes;
6.31 Correntes
O uso das correntes era mais comum antigamente. Hoje, devido à boa performance
das ferramentas e a variabilidade de técnicas, as correntes figuram como opções
secundárias, pois sua montagem consome consideravelmente mais tempo e pode
ainda ser menos eficiente, devido às características de áreas deformáveis dos
veículos, Figura 53.
Figura 53 - Correntes
Para que o seu emprego seja eficiente, é fundamental que as lâminas sejam as de
modelo adequado à finalidade dos cortes e que seja manuseada com perícia pelo
operador.
Como um ponto negativo, sua operação é mais ruidosa, mas dentre as suas
vantagens, em contraposição às ferramentas hidráulicas, pode-se citar:
Um dos pontos que podem ser críticos diz respeito à autonomia das baterias, para
as quais deve ser dispensada especial atenção no fiel cumprimento das
recomendações dos fabricantes. Outro aspecto importante é que normalmente as
ferramentas possuem maior sensibilidade à água e poeira, sendo necessários
cuidados para que os componentes eletrônicos não sejam danificados.
Também pode ser muito útil na criação de acessos em ônibus ou veículos tipo carro
forte. Porém, é extremamente necessária a realização efetiva de ações de
prevenção contra incêndios e explosões, considerando a produção de centelhas.
7 ESTRUTURAS AUTOMOTIVAS
Existem dois sistemas de armação que são mais comuns nos veículos de hoje, o
tipo chassi e o tipo monobloco. Esses quadros podem ser compostos de aço (mais
comum), alumínio, ou fibra de carbono/composto.
7.1.1 Chassi
No projeto da construção do veículo sobre chassi, ele atua como a fundação para o
veículo. Esse projeto básico consiste em dois grandes feixes amarrados juntos por
vigas transversais. A maioria dos veículos mais pesados, como uma pick-up maior,
ou SUV, utilizam esse tipo de construção estrutural. O potencial para o projeto de um
veículo montado sobre chassi ser rachado ao meio com uma colisão severa é baixo,
mas é importante salientar que a distribuição da força do impacto será maior nos
ocupantes do veículo.
Figura 61 - Chassi
Fonte: Buscar
Um aspecto negativo da construção em monobloco, por não haver uma estrutura tão
robusta quanto o chassi, é o potencial de que o veículo seja rachado ao meio com
uma colisão severa, o que está sujeito a ocorrer a partir de outro veículo ou de um
objeto estacionário, tal como uma árvore ou poste.
Fonte: Mercedes-Benz
7.2.1 Aço
A indústria automobilística tem buscado projetos de veículos cada vez mais leves,
mais fortes e mais resistentes aos eventuais sinistros. Isso a aproximou muito dos
mesmos conceitos que o segmento de carros de competição utilizam, como a
incorporação de uma "gaiola de segurança" no projeto, de modo que o veículo tenha
lados reforçados, teto, painéis de assoalho, caixas de ar e estruturas de assento que
são projetados para proteger os ocupantes em caso de capotamentos e vários
outros tipos de impactos.
Em geral, os aços com maior resistência são empregados próximos aos ocupantes
criando a célula de sobrevivência. Os de menor resistência são empregados nas
zonas de deformação.
7.2.2 Plástico
7.2.3 Caixa de ar
Figura 66 - Caixa de ar
Fonte: Bushwacker.
7.2.4 Colunas
São projetadas para adicionar suporte vertical para a estrutura do teto do veículo. As
colunas são denominadas em ordem alfabética (A, B, C...), seguindo a sequência da
parte dianteira para a traseira. Os lados são diferenciados utilizando os termos “lado
do motorista” ou “lado do passageiro”.
7.2.4.1 Coluna A
É bom estar ciente de que para cada montadora o design do veículo é diferente. A
maioria terá o mesmo layout, com as colunas A-B-C, mas um fabricante pode
colocar uma haste de aço na coluna B para a segurança, e outro fabricante pode
colocar um na coluna A ou adicionar um cilindro de airbag. É muito difícil
acompanhar todos os upgrades de segurança e mudanças de um veículo para o
próximo. É preciso estar atento para o risco potencial de encontrar um ou mais
desses recursos de segurança a qualquer momento durante uma operação de
Salvamento Veicular.
Figura 67 - Coluna A
7.2.4.2 Coluna B
Figura 68 - Coluna B
7.2.4.3 Coluna C
Figura 69 - Coluna C
A probabilidade de que uma barra de reforço lateral seja rompida numa colisão é
baixa. Justamente por ser dimensionada para ser muito difícil de se romper, a
equipe de bombeiros deve evitar ao máximo, manobras que envolvam essas
estruturas, devido ao risco para as pessoas próximas e também de se danificar a
ferramenta hidráulica.
Existe a possibilidade, ainda que remota, de que uma colisão de impacto frontal
possa fazer com que a barra de reforço lateral (particularmente o tipo tubular
redondo) rompa a sua parede exterior e entre na porta traseira ou no painel traseiro,
bloqueando a porta frontal no lugar. Nesses casos é necessário verificar se é viável
o corte de tais estruturas, com base nas especificações técnicas das ferramentas
hidráulicas utilizadas na Unidade, para saber se são seguras e aplicáveis para cortar
esse tipo de aço.
Figura 70 - Barras de reforço lateral
Fonte: Benteler.
Isso causa um problema significativo quando a área precisa ser deslocada para
ganhar maior espaço no acesso. Pode ser necessário o corte desses suportes, de
modo a criar espaço suficiente para levantar ou empurrar a seção do painel para
longe dos ocupantes do veículo.
7.2.8 Porta
7.2.8.1 Dobradiça
Figura 74 - Dobradiças
Em alguns veículos, uma barra de oscilação (swing bar), pode ser localizada entre a
dobradiça superior e inferior. O limitador é projetado para ajudar a porta na abertura
e fechamento. Pode ser composto de aço endurecido ou outros metais de tipo
ligado. Na maioria das vezes, pode ser facilmente separada com uma ferramenta
hidráulica ou até mesmo cortada com um alicate corta-a-frio.
7.2.8.3 Fechadura
Uma segunda preocupação com o design das tampas dos porta-malas em veículos
modernos, especialmente em SUVs, é a dificuldade de realizar uma abertura forçada
dessa porta. A maioria dos porta-malas tem uma trava de segurança de ponto único,
normalmente centrada ao longo do rebordo traseiro da unidade, que se abre quando
força suficiente é aplicada. Pode ser utilizado o alargador na região das lanternas
traseiras para criação de ponto de acesso que facilite alcançar diretamente a
fechadura.
7.2.10 Para-brisas
A maioria das pessoas denomina “vidros”, mas devem ser propriamente chamados
“para-brisas”. Todos os materiais utilizados nos veículos devem ser classificados
como para-brisas de segurança. Os dois tipos de para-brisas com os quais os
bombeiros são mais familiarizados são o vidro de segurança laminado e o vidro de
segurança temperado. Mas há também o vidro de proteção reforçada, policarbonato
e de tipo balístico.
Figura 82 - Policarbonato
O vidro balístico para veículos pode ser composto de diferentes tipos de materiais e
pode variar em espessura, dependendo do nível de proteção necessário. O peso e a
espessura do vidro aumentarão conforme cada nível de proteção, que pode ser tão
alto quanto 3 ou mais polegadas (76 mm ou mais).
Fonte: Safety.
7.2.12 Volantes
Durante uma colisão, o ocupante do veículo pode ser ferido batendo em porções do
interior do veículo. A possibilidade de lesão é reduzida quando essas áreas do
veículo, por exemplo, o revestimento do teto, são cobertas com acolchoamento.
Além disso, os volantes são concebidos como sistemas de absorção de energia. O
aço na roda e os raios de apoio são macios o suficiente para que, se ocorrer uma
colisão frontal, o aro do volante se curve para coincidir com o contorno do corpo do
motorista.
Figura 86 - Volante
Fonte: LK.
Fonte: Mercedes-Benz
Os receios iniciais dos bombeiros sobre a coluna de direção ser articulada estavam
relacionados ao seu movimento imprevisível durante as manobras de puxar a
coluna.
8 FASES DO ATENDIMENTO
A atividade bombeiro militar está intimamente ligada a diversos fatores de risco que
podem comprometer a integridade de todos os indivíduos presentes em uma
ocorrência. Dessa forma, visando a um atendimento sistematizado, que busque
mitigar os riscos presentes na ocorrência, é necessário o treinamento adequado
para cada tipo de incidente, objetivando a formação de um ciclo de ações.
Ressalta-se que, de modo geral, incidentes que envolvam veículos com 4 (quatro)
ou mais rodas devem ser atendidos por recursos capazes de realizar tanto o
atendimento pré-hospitalar quanto o gerenciamento dos riscos e as ações
específicas do Salvamento Veicular. Um exemplo de recurso para esse tipo de
ocorrência é o de trem de socorro, que deve ser empenhado com a seguinte
composição: UR + ABT + AS ou UR + ABS.
9 PREPARAÇÃO
a) conferir o aspecto visual das FEAs, como limpeza, lubrificação, estado dos
tirantes dos calços de estabilização de veículos, catracas, bem como
elementos e componentes dos materiais;
b) equipado com luvas de salvamento ou vaqueta, capacete e óculos de
proteção, conferir o conjunto desencarcerador a combustão, verificando o
nível de fluído hidráulico da motobomba;
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9 PREPARAÇÃO 99
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 100
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9 PREPARAÇÃO 101
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 102
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9 PREPARAÇÃO 103
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 104
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9 PREPARAÇÃO 105
9.1.2 Serra Sabre (o militar que estiver recebendo deverá estar equipado com
luvas de salvamento ou vaqueta e óculos de proteção):
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 106
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9 PREPARAÇÃO 107
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 108
9.2 Treinamento
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 108
Federal,
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9 PREPARAÇÃO 109
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 110
a) guinchos;
b) pranchas;
c) caminhão munck;
d) maquinário pesado;
e) acionamento de sistema de saúde local para ocorrência com múltiplas vítimas;
f) outros recursos adicionais de apoio.
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10 ATENDIMENTO COBOM/RADIOPERADOR 111
10 ATENDIMENTO COBOM/RADIOPERADOR
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 112
Sobre o local:
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10 ATENDIMENTO COBOM/RADIOPERADOR 113
e) lesões visíveis;
f) outras informações relevantes.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 114
11 DESLOCAMENTO/POSICIONAMENTO DE VIATURA
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11 DESLOCAMENTO/POSICIONAMENTO DE VIATURA 115
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 116
A Tabela 1 ilustra as referências que podem ser adotadas para a sinalização da via,
conforme o apêndice 07 da ITO - 23:
É importante ressaltar que a tabela não é uma informação rígida e apenas serve
para nortear as ações de sinalização, devendo a guarnição no local avaliar a melhor
forma de sinalização, conforme o cenário.
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11 DESLOCAMENTO/POSICIONAMENTO DE VIATURA 117
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 118
Devido aos riscos existentes nas ocorrências de Salvamento Veicular, a cena deve
ser organizada em zonas específicas de trabalho, visando à segurança e
organização do local do atendimento. Essas zonas são divididas em zona quente,
zona morna e zona fria, conforme nível de exposição aos riscos.
Delimitada a partir da zona quente, a zona morna é balizada com barreiras físicas,
como cones e fita zebrada. Assim, o balizamento é realizado entre a zona morna e a
zona fria, englobando também áreas específicas das operações de Salvamento
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12 ORGANIZAÇÃO DAS ZONAS DE TRABALHO 119
Delimitada a partir da zona morna, demarcada por barreiras físicas, como cones e
fitas zebradas. Nessa área ficam outros recursos operacionais como guinchos,
guindastes, viaturas policiais, viaturas da Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e
outros recursos em espera. A depender da complexidade do atendimento, é na zona
fria que poderão ser posicionadas as áreas e instalações padronizadas previstas no
SCO: Posto de Comando, Área de Espera, Área de Concentração de Vítimas. É
considerada uma zona segura e de livre acesso aos envolvidos na operação.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 120
Deve ser montado preferencialmente na zona morna, no limite entre a zona morna e
a zona quente e próximo ao(s) veículo(s) acidentado(s), onde se concentrarem os
trabalhos, de modo a facilitar a mobilidade para execução das manobras de
Salvamento Veicular.
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13 PALCO DE FERRAMENTAS E ÁREA DE DESCARTE 121
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 122
Para uma correta avaliação da logística a ser empregada na ocorrência, bem como
das técnicas de Salvamento Veicular a serem utilizadas, deve-se verificar o que
ocorreu, de forma breve, pela simples observação ou através de relatos de
populares que testemunharam os fatos.
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 123
O estado da(s) vítima(s) e as informações obtidas nessa fase são importantes para
designar as respectivas equipes e, se necessário, solicitar recursos adicionais como
apoio de helicóptero, USA ou mais ambulâncias. Algumas informações relevantes a
serem consideradas são:
a) localização;
b) grau de encarceramento (retida, tipo físico I, tipo físico II);
c) qual (quais) vítima(s) e quais as melhores vias de acesso e extração;
d) considerar as possibilidades de ejeção de passageiros do veículo, retirada por
terceiros ou até mesmo evasão da vítima do local.
a) outras GU BM;
b) apoio policial;
c) aeronave ou RPA (drone);
d) CEMIG;
e) concessionária de rodovia;
f) guinchos;
g) maquinário pesado.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 124
Deve-se ter especial atenção quando o local envolver ribanceiras, pontes, lagos,
rios, ambiente com vegetação e outros fatores que possam dificultar a localização de
veículos e vítimas. Nessas situações, o círculo externo pode até mesmo ser
realizado novamente por equipes que chegarem em apoio, como a RPA (drone), ou
após o atendimento ao cenário principal da zona quente.
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 125
A avaliação da cena é uma das fases que propiciam à equipe uma grande gama de
informações para o atendimento à ocorrência. Qualquer risco identificado deverá ser
verbalizado ao Comandante da Operação que, após a avaliação, dará ciência de
todos os riscos existentes à sua equipe.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 126
14.3.1.2 Tráfego
O tráfego de veículos é uma ameaça comum que pode ser mitigada com a devida
sinalização do local.
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 127
14.3.1.4 Baterias
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 128
Pode ser identificado também pela presença de cabos de alta voltagem, que são,
por padrão, na cor laranja.
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 129
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 130
Outro grave risco é a possibilidade de choque elétrico em contato com esses cabos
energizados. A forma correta de lidar com esse risco é evitar manobras de
desencarceramento onde houver passagem dos cabos.
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 131
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 132
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 133
menos, 50 metros. Deverão ser utilizados EPIs para combate a incêndio estrutural e
Equipamento Autônomo de Proteção Respiratória - EAPR, montando-se linhas de
ataque para dissipar o GNV com uso de jato d’água neblinado. Não deve ser jogada
água diretamente no ponto de vazamento, pois pode ocorrer o congelamento.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 134
14.3.1.9 Incêndios
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 135
obstáculos que não possam ser removidos com facilidade. Além disso, o processo de
estabilização deve ser progressivo.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 136
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 137
Deve-se ter especial atenção quanto ao uso das escoras estabilizadoras, para que
não sejam posicionadas em locais onde será necessária a realização de manobras
de desencarceramento. Assim, é recomendado que só sejam aplicados com ordem
direta do Comandante da Operação, em alinhamento com o plano de ação que
estiver sendo construído para o atendimento da ocorrência.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 138
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 139
14.3.1.13 Vidros
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 140
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 141
14.3.2.1 Airbags
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 142
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 143
Fonte: HONDA
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 144
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 145
São dispositivos que atuam de forma conjunta com os airbags, reduzindo a folga que
pode existir entre o cinto de segurança e o ocupante do veículo no momento de uma
colisão. Seu funcionamento reduz a transferência da energia do impacto em uma
colisão violenta.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 146
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 147
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 148
O veículo com esse tipo de sistema implantado tem sensores especiais que
deflagram a barra de rolagem instantaneamente no caso de um iminente
capotamento ou tombamento. A detecção de queda livre do veículo, a elevação das
rodas fora do solo ou o excesso do ângulo predeterminado de inclinação do veículo
são todas condições que podem fazer com que o sistema seja acionado.
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14 AVALIAÇÃO DA CENA E GERENCIAMENTO DE RISCOS 149
Um assento equipado com WHIPS é projetado de forma que todo o encosto ajude a
proteger o pescoço do ocupante dianteiro contra o conhecido “efeito chicote” em
caso de impacto traseiro. Quando o sistema é acionado, os encostos dos bancos
dianteiros e os encostos de cabeça são rebatidos para trás para alterar a posição
sentada do motorista e do passageiro dianteiro. A energia principal é absorvida por
meio de um pivô na base do assento - mecanismo que permite que o assento se
mova em torno da articulação do quadril do ocupante enquanto se move para
trás para absorver
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 150
O principal cuidado que deve ser tomado pelos bombeiros está relacionado ao fato
de que, após acionado o WHIPS, o banco se movimenta com maior facilidade, ao
contrário da maioria dos acidentes, em que permanece firme na posição de sua
regulagem.
Fonte: KFZ.net.
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15 DEFINIÇÃO DE PLANOS 151
15 DEFINIÇÃO DE PLANOS
Esse alinhamento pode ser estabelecido com a definição clara de planos de ação,
que devem estar centrados nas condições da(s) vítima(s).
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 152
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15 DEFINIÇÃO DE PLANOS 153
plano principal: é o melhor plano a ser realizado, criando bons espaços interiores e
exteriores, que possibilitará uma extração estável e segura do paciente, mas que
acarreta maior tempo na execução. Deverá ser aplicado para pacientes estáveis.
O plano emergencial deverá sempre ser garantido antes de seguir com as ações do
plano principal, porque, se houver piora no quadro clínico do paciente, a extração
poderá ser feita rapidamente.
Portanto, é desejável, sempre que possível, que o plano emergencial seja uma parte
do caminho para o plano principal, proporcionando alinhamento das ações e ganho
em agilidade e esforços.
A reunião tripartida pode ocorrer mais de uma vez durante a ocorrência, conforme a
sequência do atendimento demandar, tendo em vista que todo planejamento é
dinâmico e flexível de acordo com a evolução do quadro do paciente, limitações
técnicas e logísticas, bem como os riscos existentes.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 154
16 DESENCARCERAMENTO
Como as ocorrências são diferentes umas das outras, não há como padronizar todas
as técnicas a serem executadas durante um atendimento.
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16 DESENCARCERAMENTO 155
adequação: realizar a técnica que for mais apropriada para o tipo de situação.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 156
Caso não haja espaço para seu posicionamento, existem técnicas específicas para
criação de acesso para entrada das ferramentas.
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16 DESENCARCERAMENTO 157
e) para a quebra de vidros, sempre emitir alerta verbal em tom audível (“Vidro!”)
e aplicar a punção ou golpe nos cantos, por serem locais com mais apoio
próximo, facilitando o rompimento da estrutura.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 158
sempre emitir alerta verbal, em tom audível, antes e após qualquer manobra
com uso de ferramentas hidráulicas ou serra-sabre;
quando utilizar o cortador de cinto tipo chaveiro, realizar o corte em ângulo
para maior eficiência;
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16 DESENCARCERAMENTO 159
Figura 155 - Risco de indicar locais para posicionamento de ferramentas com as mãos
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 160
Figura 157 - Posição ergonômica de operação da ferramenta, com utilização da própria estrutura do
carro como suporte
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16 DESENCARCERAMENTO 161
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 162
Figura 160 - Operação em dupla, permitindo maior precisão e reduzindo o desgaste físico
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16 DESENCARCERAMENTO 163
evitar deixar soltas no cenário as FEAs que não estejam sendo utilizadas,
retornando-as ao palco de ferramentas.
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 164
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16 DESENCARCERAMENTO 165
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 166
Figura 168 - Posição do punho da ferramenta próximo ao veículo, gerando risco de esmagamento.
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16 DESENCARCERAMENTO 167
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 168
deve ser tomado bastante cuidado com o cilindro do extensor, pois caso sofra
algum dano a ferramenta pode ser inutilizada;
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16 DESENCARCERAMENTO 169
o alargador não deve ser utilizado como ponto de apoio para o extensor.
Caso necessário, poderá ser combinado seu uso com algum tipo de calço;
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ITO 34 – SALVAMENTO VEICULAR 170
Figura 176 - Utilização do alargador para fixar um ponto de apoio para o extensor
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