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NORMA OPERACIONAL n. 09
21 de maio de 2013
SUMÁRIO
Capítulo I
Finalidade I – absorvedor de energia: dispositivo destinado a
reduzir o impacto transmitido ao corpo do
Art. 1º A presente norma visa padronizar os trabalhador e ao sistema de segurança durante a
procedimentos operacionais e de segurança nas contenção da queda;
atividades de salvamento em altura no Corpo de
Bombeiros Militar do Estado de Goiás – CBMGO. II – back-up: termo utilizado para a realização de
uma segunda segurança, que pode visar o ponto
Parágrafo único. Os serviços de salvamento em de ancoragem ou o equipamento; é utilizado para
altura realizados pela Corporação serão garantir a segurança de todo o sistema;
executados preferencialmente por militares com
especialização na área. III – bitola: é o diâmetro do cabo, pode ser expresso
em polegadas ou milímetros;
Capítulo II
Definições IV – cabo: é o conjunto de fibras torcidas ou
trançadas, dentro ou não de uma capa, que forma
Art. 2º Para fins desta norma ficam estabelecidos um feixe longitudinal e flexível, resistente a
os seguintes conceitos: determinada tração;
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IX – chicotes: extremidades livres de um cabo; XXI – técnica dos 6 olhos: técnica destinada à
segurança do militar, onde todo procedimento só é
X – cinto de resgate tipo paraquedista: executado após checagem pelo próprio militar, por
equipamento de proteção individual utilizado para outro militar e com o aval do militar mais antigo.
trabalhos em altura onde haja risco de queda,
constituído de sustentação na parte inferior do
peitoral, acima dos ombros e envolto nas coxas; Capítulo III
Especialistas em
XI – csaltiano: militar com especialização em Salvamento em Altura – Csaltianos
salvamento em altura;
Art. 3º São atribuições dos Csaltianos:
XII – falcaça: é a união dos cordões do chicote de
um cabo por meio de um fio, com a finalidade de I – cumprir as disposições da presente norma;
fazer com que o cabo não se desfaça;
II – manter a integridade física dos componentes
XIII – fator de segurança: fator aplicado à carga de da guarnição de salvamento;
ruptura que define a carga máxima para se utilizar
um cabo/equipamento (carga de trabalho); esse III – verificar a situação e as condições dos
coeficiente tem como objetivo, limitar a carga que equipamentos e acessórios utilizados pela
possa ser aplicada de forma a torná-la segura guarnição de salvamento em altura;
durante as atividades;
IV – manter o serviço de urgência, emergência e
XIV – fator de queda: razão entre a distância em de saúde da Corporação informado sobre
que o individuo percorreria na queda e o acidentes durante a execução das atividades de
comprimento do equipamento que irá detê-lo; altura;
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XV – não permitir ou interromper a realização de XXX – sempre que possível realizar qualquer
atividades de altura, quando constatar que os operação, utilizando o cabo de sustentação (cabo
mesmos podem constituir um risco iminente à principal) em conjunto com cabo de segurança,
integridade física de membros da guarnição; este último com equipamento trava-quedas ligado
ao militar que estiver realizando a atividade;
XVI – elaborar a logística da ocorrência;
XXXI – fiscalizar para que todos os cabos de sua
XVII – conhecer os sinais, procedimentos, deveres OBM estejam com seu comprimento indicado e
e instruções em vigor nas ocorrências de com falcaça realizada;
salvamento em altura;
XXXII – relatar ao superior imediato qualquer
XVIII – negociar com possível vítima de tentativa alteração referente aos equipamentos de
de suicídio; salvamento em altura;
XIX – primar para que todo tipo de resgate suicida, XXXIII – inutilizar imediatamente qualquer
só seja executado, após vencidas todas equipamento de salvamento em altura, caso
possibilidades de convencimento e negociação constatado risco para as guarnições, reportando a
com a vítima; situação ao superior imediato;
XX – decidir quem e de que forma será efetuado o XXXIV – utilizar os equipamentos de salvamento
resgate suicida; em altura de acordo com suas características e
especificidades apropriadas conforme indicado
XXI – montar cabo guia para içamento ou descida pelo fabricante;
de vítimas ou equipamentos;
XXXV – fazer com que os equipamentos de
XXII – repassar a estratégia de atuação na salvamento em altura fiquem acondicionados da
ocorrência sempre ao militar mais antigo da melhor forma possível dentro das viaturas do
guarnição; CBMGO, sendo que os cabos deverão
preferencialmente serem acondicionados dentre
XXIII – sempre que possível, primar para que todos de mochilas apropriadas, visando proteção e fácil
os sistemas de ancoragens sejam realizados com utilização;
back-up’s, estando cientes de que determinados
procedimentos de resgate podem fugir dos XXXVI – permanecer sempre conectado ao
padrões globais de segurança; sistema de ancoragem durante todo o período de
exposição ao risco de queda nas atividades de
XXIV – checar constantemente a montagem de salvamento em altura;
sistemas de ancoragens e equipamentos, visando
garantir a segurança da operação; XXXVII – incentivar a aquisição de materiais de
salvamento em altura em sua OBM;
XXV – primar pela observância da técnica dos seis
olhos, antes de realizar qualquer procedimento em XXXVIII – manter-se sempre atualizado das
altura; normas, técnicas e táticas de salvamento em
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altura;
VIII – contato com água suja;
XXXIX – aprimorar o conhecimento na área de
salvamento em altura em cursos, seminários, IX – não deixar exposta ao tempo por muito tempo;
palestras, workshop, etc;
X – não deixar sob tensão por muito tempo
XL – conhecer o almoxarifado da OBM com desnecessariamente;
relação aos equipamentos de salvamento em
altura, ajudando sempre mantê-lo organizado; XI – evitar enrolar e guardar molhado;
XLI – lutar para que materiais que porventura XII – impactos ao solo (lançados de alturas
estejam nos almoxarifados das OBM, sejam pagos elevadas danificam as fibras);
para as guarnições, visando o emprego no serviço
operacional; XIII – evitar utilizar cabos coçados;
II – não pisar ou arrastar os cabos; XXIII – esses cabos normalmente irão encolher
cerca de 5% e o usuário terá que ter a consciência
III – evitar o contato com areia, terra, óleo, graxa, dessa perda no seu comprimento e que essa perda
produtos químicos, etc; irá sendo recuperada aos poucos, à medida que
estes cabos forem sendo utilizados e submetidos a
IV – as cocas que por ventura se formem durante cargas.
a utilização do cabo;
Art. 5º Descidas muito rápidas podem levar a
V – utilizar sempre nós harmoniosos que não queima das fibras e estas por sua vez romper-se,
provoquem o estrangulamento do cabo; acelerando o desgaste da capa (bainha).
VI – quando submetidos a grandes trações devem § 1º Conforme vai se utilizando as cordas nestas
possuir um obstáculo (raxi); atividades, vai se causando o rompimento das
fibras sintéticas, com isso, de acordo com a
VII – evitar que a corda fique pressionada quantidade de descidas realizadas, essas fibras
(mordida); derretidas pela ação do calor provocado pelo atrito
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vão se cristalizando às outras e tornando a corda e táctil com o objetivo de verificar defeitos de
cada vez mais rígida; fabricação antes do mesmo ser liberado para o
almoxarifado como item apto para uso;
§ 2º A fusão da poliamida é de aproximadamente
230°C, essa temperatura poderá ser atingida em II – inspeção de pré-uso: aplicada pelo militar que
descidas muito rápidas; irá realizar a atividade de salvamento em altura
(visual e táctil), visando averiguar todo o material
§ 3º As cordas superaquecem, ocorre o que será utilizado na atividade específica, devendo
rompimento e cristalização das fibras, não há luvas observar se os mesmos foram inspecionados em
que resistam a este atrito, onde ocorrerá a queima ficha de inspeção e ficha de histórico específicos;
do couro das luvas e poderá ocorrer queimadura
até de 3º grau nas mãos do especialista. III – inspeção periódica: deverá ser realizada a
cada três meses procedendo todos os testes e
Seção II análises criados em procedimentos baseados em
Inspeção dos Materiais de Salvamento em Altura normas técnicas e manuais do fabricante que
estejam descritos na ficha de inspeção do produto;
Art. 6º A avaliação das condições de uma corda
depende da observação visual e tátil de sua IV – inspeção verdadeira: depois da quarta
integridade, bem como de seu histórico de uso, por inspeção (que completa 1 ano de funcionamento
isso em sua inspeção deverá ser observado: do EPI) deve-se aplicar uma inspeção verdadeira,
que nada mais é do que uma inspeção detalhada
I – sempre identificar o seu comprimento nos feita por uma comissão de especialistas nomeada
chicotes; por portaria; e
VI – se há algum ponto desgastado (coçado ou I – retirados de uso para aguardar uma inspeção
puído) no cabo; verdadeira e especial;
VII – se existem variações no seu diâmetro; II – equipamentos novos que ainda não foram
devidamente catalogados;
VIII – se o cabo entrou em contato com alguma
substância (óleo, tinta, etc); III – equipamentos que após a inspeção voltaram
ao uso e esperam para retornar ao almoxarifado
IX – se o cabo possui odor estranho; e etc.
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II – outro equipamento idêntico novo e sem uso IX – registrar na ficha de inspeção as alterações
para comparação; durante a utilização dos materiais.
III – lupa, se possível com luz; Art. 11. Com a intenção de manter os materiais
limpos deve-se lavar com água natural (máxima
IV – faca de corte quente; temperatura, se necessário, 30°C) com sabão
neutro ou detergente fraco (o pH não pode passar
V – bastão metálico para manobrar as etiquetas; de 5.5 a 8.5).
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III – toda operação deverá ser realizada quando sua restauração for prevista em normas
obrigatoriamente com capacete de jugular e luvas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas
apropriadas para a atividade vertical; internacionais;
IV – para toda e qualquer atividade em altura o XIV – na aquisição e periodicamente devem ser
especialista deverá ter obrigatoriamente efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e
equipamentos de descensão e ascensão, visando sistemas de ancoragem, destinados à proteção
atuar em possíveis intercorrências; das atividades em altura, recusando-se os que
apresentem defeitos ou deformações;
V – quando se tratar de instruções, o responsável
deverá obrigatoriamente realizar plano de XV – antes do início das atividades deve ser
instrução específico, contendo todas as medidas efetuada inspeção rotineira de todos os EPI,
de controle e segurança para as atividades a acessórios e sistemas de ancoragem;
serem realizadas;
XVI – deverá ser registrado o resultado das
VI – sempre que possível, durante a realização de inspeções em sua aquisição e nas inspeções
instruções, deverá ser solicitado uma Unidade de periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios
Resgate – UR para acompanhamento das e sistemas de ancoragens forem recusados, de
atividades a serem realizadas; acordo com ficha de inspeção específica;
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Anexo 1
Histórico do Produto
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Anexo 2
Toda inspeção, manutenção e limpeza do produto deve estar adequado com as informações
fornecidas pelo fabricante.
Se algum dos itens for marcado como rejeitado, o material tem de ser retirado de uso; se marcado
como quarentena, tem de passar por inspeção verdadeira, feita por pessoa qualificada pelo fabricante ou pelo
próprio fabricante.
Assinatura
Legenda:
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Anexo 3
Observações:
Estado das costuras de segurança (cortes, desgastes, linhas soltas, costuras não
terminadas, sinais de produtos químicos etc.)
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