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SUMÁRIO

UNIDADE 1 ................................................................................................................ 3

1.1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4


1.2 - EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA E SOBREVIVÊNCIA.............................. 9
1.3 - RISCOS DAS OPERAÇÕES SOBRE O MAR ............................................. 13
UNIDADE 1

Objetivo:

● Conhecer os assuntos introdutórios do curso;


● Conhecer os equipamentos de segurança e sobrevivência;
● Saber os riscos das operações sobre o mar.

Conteúdo abordado:

● Introdução;
● Equipamento de segurança e sobrevivência;
● Riscos das operações sobre o mar.

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1.1 - INTRODUÇÃO

Atualmente, viajar de helicóptero é considerado uma medida segura, pois helicópteros


modernos e bem mantidos são significantemente mais seguros. Na indústria Offshore,
é considerado o mais eficiente meio de transporte, comparado a alternativas
disponíveis. O sucesso do modelo de exploração de petróleo em águas profundas
vem gerando uma enorme demanda de funcionários que trabalham em alto-mar,
embarcados nas muitas plataformas existentes no país. Para suprir a necessidade de
deslocamento dessas pessoas do continente até as plataformas, foi designada uma
frota enorme de helicópteros.

Para a exploração dos diversos tipos de campos de petróleo e gás existem diferentes
tipos de plataformas, que requerem diferentes tipos de aproximação para
aterrissagem dos helicópteros. O sistema para transporte de pessoal transporte por
helicópteros se transformou na única opção disponível, principalmente devido ao
menor tempo de transporte, quando comparado com o antigo sistema transporte por
catamarãs. Embora esses helicópteros operem dentro de rigorosos padrões de
segurança e manutenção, alguns acidentes ocorreram recentemente, acarretando a
necessidade de uma avaliação específica da segurança para esse tipo de vôo,
denominado vôo offshore.

Melhorias na segurança foram resultados do seguinte:

Ao passo que melhorias significantes na segurança foram desenvolvidas, a história


mostra que os acidentes envolvendo helicópteros voando sobre a água têm
desencadeado o abandono do helicóptero por tripulantes e passageiros. Como
resultado desses incidentes, houve fatalidades e traumas, o número e a natureza
desses mesmos dependem da gravidade da colisão. As estatísticas têm mostrado que
algumas dessas fatalidades poderiam ter sido evitadas. De fato, a melhoria global em
segurança de helicóptero, é o componente principal do processo de sobrevivência em
geral, apesar de não garantir completamente a sobrevivência de passageiro e
tripulação no caso de uma queda de helicóptero. Experiências têm mostrado que não
existem dois acidentes de helicóptero iguais. Seria impossível planejar cada
contingência apesar de que “treinamento periódico” demonstra auxílio pessoal em
problemas previsíveis os quais identificados pelas pesquisas.

Consultores em segurança de vôo offshore.

Aviadores: todos aqueles habilitados a pilotar helicópteros, incluídos os pilotos, os


copilotos, e os ocupantes de cargos nas hierarquias das empresas operadoras, que
pela sua natureza exigem a manutenção da habilitação;

Aviadores Pilotos: todos aqueles habilitados para comandar um helicóptero e


aprovados para tal nas companhias, que podem ter um cargo na hierarquia de
aviadores da companhia, ou de piloto;

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Aviadores Pilotos/Hierarquia: aqueles pilotos que ocupam cargos de chefia e/ou
responsabilidade legal (e.g. Coordenador de Vôo, Piloto Chefe) nas empresas
operadoras do serviço de taxi aéreo com helicópteros;

Aviadores Pilotos/Não-Hierarquia: aqueles pilotos que apenas comandam


aeronaves (não ocupam cargos de chefia e/ou resposabilidade legal nas empresas);

Aviadores Co-Pilotos: Ocupantes dos cargos de co-piloto nas empresas. Podem


eventualmente ser (e frequentemente são) mais experientes e/ou qualificados que
colegas pilotos, mas estar no cargo de co-piloto por ainda não satisfazerem os critérios
(e.g. tempo de casa) da empresa para ser piloto, ou por falta de vaga de piloto;

Outros: pessoas de outras atividades, entrevistadas por conta da interação destas


com a atividade dos pilotos Consultor de Segurança de Vôo, RH: Gerente e Psicólogo,
Controle de Vôo: supervisor de controle de vôo e operador do controle regional, ASV
- Agente de Segurança de Vôo e operador FOQA (Flight Operations Quality
Assurance), Gerente do Grupo de Apoio, Empresas Contratadas, Convênios,
responsável pela interação operacional da cliente (Petrobrás) com as operadoras de
taxi aéreo.

1.1.1 FATORES NEGATIVOS EM SOBREVIVÊNCIA

FÍSICOS E PSÍQUICOS

● Físicos;

● Frio, sede, fome e fadiga;

● Psíquicos;

● Pânico (pior inimigo), solidão e tédio.

Estatísticas realçam que os seguintes fatores têm causado problemas pessoais


numa queda:

● Pânico;

● Desorientação;

● Falta de conhecimento relacionado a equipamento de segurança de bordo e


procedimentos de sobrevivência;

● Falta de entendimento dos procedimentos de fuga subaquática.

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É indispensável a uma sobrevivência de passageiros que eles tenham uma
compreensão completa de procedimentos de emergência e que tenham se preparado
para qualquer emergência que possa ocorrer. É importante lembrar ainda que nem
todos os problemas podem ser eliminados, mas eles podem ser contornados com
sucesso. Apenas sobreviver ao impacto, executar correta o procedimento e a
operação dos equipamentos no tempo certo não pode garantir sua sobrevivência.
Suas reações e ações irão determinar suas chances e potencialmente das outras
pessoas de sobreviverem - com sucesso ou não.

Sobrevivência é questão de:

● Conhecimento;

● Treinamento;

● Preparação;

● Atitude.

Para se ajudar numa emergência, lembre-se:

● Conhecimento e treinamento preparam você antecipadamente;

● Atitude positiva e confiança em sua própria habilidade o aliviará das naturais


apreensões que você pode sentir;

● Use o medo para trabalhar a seu favor, e não contra.

A combinação desses pontos refere-se ao triângulo de segurança, detalhado abaixo:

RISCOS EQUIPAMENTOS

PROCEDIMENTOS

O máximo de conhecimento que você adquirir durante o treinamento e quanto mais


bem preparado você estiver, aumentarão suas chances de sobreviver a um acidente
de helicóptero. Sua atitude decidirá no final das contas se você sobreviverá até ser
resgatado. Qualquer falta de treinamento nestas áreas reduzirá suas chances de
sobrevivência.

1.1.2 SEGURANÇA NO HELICÓPTERO

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O helicóptero é um modo comum de transporte pessoal e de carga para instalações
offshore.Eles são a maneiras mais rápidas e eficientes de transporte marítimo, sem
eles a vida offshore seria mais difícil e substancialmente menos eficiente. É vital e um
requerimento legal da companhia que passageiros que viajam a bordo de um
helicóptero sejam informados por meio de Briefings antes de cada vôo, e também
estar atento aos pontos e procedimentos de segurança ao mover-se dentro e em volta
do helicóptero.

Briefings podem ser dados por quaisquer ou todos os seguintes meios:

● Briefings em vídeo;

● Briefings do piloto;

● Cartões de briefings;

● Briefings do oficial de segurança.

Pontos de Segurança inclusos:

● Pontos de perigo dentro e em volta do helicóptero - aproximação e partida;

● Maneira correta de pôr o colete salva-vidas;

● Balsas salva-vidas - sua localização e uso;

● Localização e uso de outros equipamentos de sobrevivência - EPIRB, kit


médico, kit de sobrevivência, extintor de incêndio;

● Procedimentos de emergência ;

● Quaisquer restrições - avisos de drogas, álcool, fumo, bens perigosos.

1.1.3 SUMÁRIO DOS PONTOS DE SEGURANCA DO HELICÓPTERO

● Aproxime-se do helicóptero somente com o OK do oficial de segurança/luz


anticolisão apagada;

● Quando estiver saindo sempre abaixe;

● Nunca se mover perto ou atrás do rotor da cauda;

● Mova-se dentro dos arcos designados - 3 ou 9 horas;

● Não vá perto das entradas do motor/áreas de exaustão;


● Não toque o sistema de antena;

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● Carregue objetos longos horizontalmente;

● Mantenha em segurança todos os artigos soltos;

● Não fume;

● Esteja atento as bóias e outros sistemas do helicóptero;

● Saiba como operar as portas e saídas de emergência;

● Saiba como operar os cintos de segurança;

● Saiba a localização da balsa inflável e outros equipamentos de emergência e


sobrevivência;

● Sempre use seu colete salva-vidas;

● Protetores auditivos/capacetes para serem usados;

● Saiba a posição de impacto (brace);

● Ajuste corretamente as vestimentas de sobrevivência, caso seja aplicável.

Figura 1: Pontos perigosos

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Figura 2: Pontos perigosos

1.2 - EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA E SOBREVIVÊNCIA

Você irá recordar que o segundo lado do triângulo refere-se ao equipamento. O


equipamento divide-se em 2 categorias: pessoal e do helicóptero. Vamos agora
considerar em mais detalhes, um de cada vez.

1.2.1 EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA PESSOAL

EPI para proteção auditiva: Abafador de ruído

● Protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra


níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;

● Protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis


de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;

Figura 3: Protetor auricular CONCHA Figura 4: Protetor auricular PLUG

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Coletes salva vidas

Toda tripulação e passageiros que viajam offshore devem vestir um colete salva-vidas
inflável o tempo todo. Coletes salva-vidas não devem estar inflados (por razões de
egresso subaquático). Coletes salva-vidas de aviação manterão o rosto do
sobrevivente para cima e fora da água.

Figura 5: Colete Salva vidas

Coletes salva-vidas vêm numa valise e são inflados por um cilindro de CO².
Dependendo do tipo, alguns deles podem ser inflados com dois cilindros de CO², cada
um com sua própria forma de inflação. Em média, os coletes tem uma capacidade de
35 libras (lbs) e consta de uma só câmara. O CO² pode ser liberado puxando com
força a etiqueta de inflação vermelha ou o colete pode ser enchido oralmente. Se você
utilizou o dispositivo de inflação oral, uma vez inflado, não use o sistema de CO².

Outros equipamentos juntos ao colete incluem:

● Apito;

● Luz de emergência;

● Fita refletiva;

● Correia de cintura ajustável;

● Capuz spray em alguns tipos;

● Rádio transceptor de emergência;

● Sinalizador diurno e noturno;

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● Strob light (Lanterna);

● Caneta sinalizadora em alguns tipos (mini flare).

Todos os coletes salva-vidas devem ser


guardados em um lugar limpo, seco e
Saiba Mais longe da luz do sol. Pessoal treinado na
manutenção inspeciona em intervalos
regulares assegurando assim sua
permanência em condições de uso.

1.2.2 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA DO HELICÓPTERO

Você deve estar atento aos seguintes equipamentos de emergência do helicóptero,


ao passo que são itens essenciais que você usará para sua segurança e
sobrevivência:

● Saída de emergência - saiba suas saídas de emergência, portas e janelas, e


como usar os mecanismos de ejeção;

● Balsas Infláveis - saiba a localização e como inflá-las;

● Kit de sobrevivência - saiba a localização e o conteúdo, como usar o


equipamento em seu interior;

● EPIRB (indicador de posicionamento em emergência por sinal de rádio) -


saiba a localização e uso;

● Extintor de incêndio - saiba a localização, use aos poucos, porque dispersa o


oxigênio da cabine;

● Kit de primeiros socorros - saiba a localização.

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Figura 6: Extintor de Incêndio Figura 7: Balsa Salva vidas Figura 8: EPIRB

ANATOMIA DE UM HELICÓPTERO

Figura 9: Anatomia de um helicóptero

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MODELO: BELL 407

Figura 10: Anatomia de um Helicóptero

1.3 - RISCOS DAS OPERAÇÕES SOBRE O MAR

Você irá recordar que o lado esquerdo do triângulo de segurança relaciona-se a riscos.
Como passageiro você precisa ter conhecimento dos tipos de riscos que você
pode encontrar quando voar Offshore. São eles:

● Meteorológico;

● Emergências no helicóptero;

● Fatores de fatalidade casual;

● Problemas com fuga do helicóptero submerso.

1.3.1 RISCOS METEOROLÓGICOS

Com os instrumentos meteorológicos sofisticados usados atualmente, as informações


precisas de previsão que são dadas aos pilotos, têm reduzido substancialmente uma
das causas diretas de queda. Uma causa potencial poderia resultar da pobre
visibilidade, que pode causar problemas ao piloto ao aterrissar ou decolar de uma
instalação.

Há dois tipos de riscos meteorológicos que precisamos estar atentos:

● Tempo – Sol / chuva / vento

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A partir da perspectiva de um passageiro numa condição de baixa ou pobre
visibilidade, você deve preparar-se e entender que nessas fases críticas de vôo a
tripulação pode não estar em posição de prover alguma notícia de suas intenções. O
vento, algumas vezes, vem da direção oposta da aterrissagem, empurrando a
aeronave para fora da plataforma, o que é complicado para o piloto.

Portanto, ao entrar em um helicóptero você precisa se familiarizar imediatamente com


a localização das saídas, como você chegará a elas e, exatamente, o que você irá
fazer caso uma emergência surja.

● Condições marítimas – Balanço / caturro

O estado do mar que prevalece no momento da queda pode afetar a estabilidade do


helicóptero devido ao seu centro de gravidade, porque o grande peso do motor e a
transmissão estão localizados no alto da fuselagem, num largo inchaço. Você deverá
antecipar a probabilidade de inversão do helicóptero.

1.3.2 EMERGÊNCIAS DO HELICÓPTERO

O piloto é, provavelmente, a primeira pessoa a observar um problema com o


helicóptero, no entanto, sua habilidade de reconhecer e se preparar, podem ajudá-lo
bem em sua sobrevivência. Isso pode dar o tempo necessário para melhor preparação
para o impacto.

Há um número de emergências típicas que afetariam a operação normal do


helicóptero:

● Operações de vôo - falhas mecânicas (auto-rotação);

● Falha do sistema - hidráulica, mecânica ou de lubrificação;

● Falha mecânica - vibrações incomuns;

● Fogo no helicóptero - motor ou cabine, nunca jogue nada da cabine ou ejete


janela ou porta durante o vôo exceto, quando dirigido pelo capitão do
helicóptero.

1.3.3 FATORES CAUSADORES DE FATALIDADES PESSOAIS

Sobreviver ao impacto de uma queda e depois perecer devido a qualquer número de


razões evitáveis, lamentavelmente é mostrado pelas estatísticas das investigações
pós-acidente. As maiores causas dessas fatalidades são resultado do seguinte:

● Ferimentos - a importância da posição de impacto (brace);

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● Evacuação desordenada - aguarde instruções da tripulação;

● Desorientação subaquática - perda de visão, senso de balanço, gravidade e


orientação;

● Afogamento;

● Exposição.

1.3.4 PROBLEMAS NA FUGA SUBAQUÁTICA

A maioria dos problemas está destacada na seção acima, com exceção de um ponto
significante. Referindo-se às revisões pós-acidentes, grandes números de problemas
têm sido identificados com passageiros tendo difíceis experiências com prisão no cinto
de segurança e mecanismos de saída. Novamente, o conhecimento de como operar
estes mecanismos prevenirá o surgimento de problemas nessas áreas.

1.3.5 CONCLUSÃO

Examinar a área de problemas potenciais não deve desencorajá-lo. De fato, aprender


com experiências e dificuldades de outras pessoas é melhor do que outras pessoas
aprenderem com as suas.

Uma pessoa ciente dos problemas em


potencial e dos conhecimentos, para
Saiba Mais superá-los, terá margem para a
emersão bem-sucedida de um
helicóptero emborcado.

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