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Goiânia, 2022
Introdução
O presente relatório traz a experimentação de diversos sistemas pneumáticos
projetados de forma teórica através de métodos literários, simulados de forma
computacional através de métodos computacionais e experimentados via bancada. Um
sistema pneumático é todo aquele formado por válvulas, tubulações, e ferramentas que
trabalham com as características do ar, que através da pressão fornecida pelo compressor
e a diferença entre suas áreas/posições de montagem, se tornam transmissores de energia
mecânica para os elementos de trabalho como ferramentas, como atuadores e pistolas
pneumáticas.
Esses sistemas são formados por diversos elementos que juntos geram um grande
valor agregado para processos comerciais dos mais diversos tipos. Pode-se perceber a
presença de instalações pneumáticas de ar comprimido desde oficinas mecânicas,
lava-jatos até setores industriais e aplicações relacionadas a engenharia clínica/saúde.
Objetivo
O objetivo do presente relatório é aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos em
sala sobre sistemas hidráulicos, através da experimentação de esquemas montados em um
software para análise dos elementos e execução dos exercícios. Por meio dele foi possível
projetar de forma teórica sistemas pneumáticos utilizando métodos da literatura, como o
método cascada e o projeto-passo (sequencial analítico), percebendo sua eficácia prática
no momento da simulação computacional e via bancada.
A+B+(A-B-)
A sequência inicia-se por meio do acionamento do botão de start (B1) que faz com
que o piloto da válvula direcional A+ seja acionado e resulte no avanço do atuador A. Em
seguida, A aciona o rolete 1S2 que é responsável pelo avanço do atuador B. Quando B
avança ele pressiona o rolete 2S2 que é responsável pelo acionamento dos pilotos A- e B-,
fazendo com que ambos recuem de forma simultânea. Com o recuo do atuador A, 1S1 é
acionado e funciona como um novo start do ciclo para que ele seja contínuo. O botão de
emergência está posicionado de forma que toda a alimentação do sistema passe por ele,
assim quando for pressionado ele corta alimentação fazendo com que os atuadores parem
a movimentação sem despressurizar.
Questão 2) Em uma furadeira pneumática, o cilindro A é utilizado para alimentar a peça ser
usinada e o cilindro B para movimentar o cabeçote da furadeira. Ao acionar um botão de
partida, o cilindro A avança e coloca a peça numa determinada posição, o cilindro B avança,
realiza a furação. Após 2 segundos o cilindro B retorna e então o cilindro A retorna para que
depois o cilindro C avance para retirada da peça usinada e depois retorne à posição inicial
para que outra furação ocorra. Implemente o comando sequencial em ciclo contínuo com
botão de partida e emergência com parada imediata (sem despressurização dos cilindros).
Figura 3 - Esquema do processo de furação automático
A+B+B-A-C+C-
Nesta sequência temos o acionamento sendo realizado pelo botão start que está
ligado na linha de pressão I e faz com que o atuador A avance. Assim que A avançar ele
acionará o rolete 1S2 que está ligado na linha de pressão I e é responsável pelo avanço de
B. Quando B avançar ele acionará 2S2 que é responsável pelo acionamento do piloto
responsável pela mudança nas linhas de pressão de I para II da válvula auxiliar. Dessa
forma, quando ocorre a troca nas linhas de pressão, a linha II alimenta o timer que
determina o tempo em que o atuador B permanecerá avançado até recuar. Quando o rolete
2S1, que está ligado na linha II, é acionado ele ativa o recuo do atuador A na válvula
direcional A. Em sequência, com o recuo de A, temos a ativação do rolete 1S1, que também
está ligado na linha II, e faz com que o atuador C avance. Quando o atuador C avança ele
aciona 3S2, que é ligado no piloto da válvula auxiliar que realiza a troca das linhas de
pressão, logo quando ocorre essa troca, o piloto C- da válvula direcional C é acionado pela
linha de pressão I e recua. Quando o atuador C recua, ele aciona 3S1 que está ligado a
uma válvula “and” que aciona o piloto A+ da válvula direcional A, tornando assim o ciclo
contínuo. O botão de emergência do circuito está posicionado logo após à fonte de ar
comprimido do sistema, de forma que ao ser acionado ele corta a alimentação de todo o
sistema.
Por meio da figura acima e sabendo que o sinal do rolete não pode ser maior que o
acionado, obtivemos as seguintes equações responsáveis pelos acionamentos dos
componentes do projeto de furação automático:
A+ = 3S1.B1.V1-
A- = 2S1.V1+
B+ =1S2.V1-
B- = 2S2
C+ = 1S1.V1+
C- = 3S2
V1+ = 2S2
V1- = 3S2
Figura 7 - Projeto da furação automática no FluidSim segundo o método sequencial
analítico
1A+2A+2A-3A+2A+2A-3A-1A-
1A+2A+/2A-3A+/2A+/2A-3A-1A-
Figura 11 - Projeto do dispositivo de furação dupla no FluidSim método cascata
1A+ = 1S1.B1
1A- = 3S1.V1+
2A- = 2S2
3A+ = 2S1.(V2+.V1-)
3A- = 3S2.2S1
V1+ = 2S2.3S2
V1- = 1S1
V2+ = 2S2
V2- = 1S1
Nesse projeto de furação dupla tem-se alguns fatores que acrescem uma
complexidade no sistema, uma dessas complexidades é o fato do atuador 2A apresentar
dois ciclos completos enquanto o atuador 1A encontra-se avançado. Para solucionar esse
problema foi utilizado a lógica das válvulas “and” e “or”. O sistema tem o start no botão B1
responsável pelo avanço do atuador 1A. Em sequência quando o cilindro 1A pressiona o
rolete 1S2, 2A é pressurizado e avança. Quando o cilindro 2A aciona o rolete 2S2, o piloto
da válvula direcional 2A- é acionado e faz com que 2A recue. Em seguida, o rolete 2S1 é
acionado e faz com que o atuador 3A avance e acione 3S2. O rolete 3S2, por meio das
válvulas or e and acionam o piloto 2A+ novamente fazendo com que o cilindro avance e
pressione 2S2. O rolete 2S2 faz com que 2A recue novamente. Por meio da válvula and,
2S1 pressionado faz com que o atuador 3A recue, acionando 3S1. Em seguida, 3S1 aciona
o piloto 1A-, recuando assim o atuador 1A. Quando 1A recua e aciona 1S1 ele dá início ao
ciclo novamente para que ele ocorra de forma contínua.
Devido a complexidade desse sistema montado no software, não foi possível realizar
testes na bancada pneumática devido a disponibilidade das válvulas “and” serem
insuficientes.
A+A-B+C+C-B-
A+ = 2S1.V1-.B1
A- = 1S2
B+ = 1S1.V1+
B- = 3S1.V1-
C+ = 2S2.V1+
C- = 3S2
V1+ = 1S2
V1- = 3S2
Figura 20 - Projeto de furação de peças no FluidSim segundo o método sequencial analítico
Nesse esquema, pelo método sequencial analítico, temos o start do sistema no botão
B1. Quando acionado B1 faz com que o cilindro A avance e acione 1S2. Esse rolete quando
pressionado é responsável pelo acionamento do piloto V1+ da válvula auxiliar, que aciona
consequentemente o piloto A-, fazendo com que A recue. Quando A recuar, ele aciona 1S1,
responsável pelo avanço dos cilindros B1 e B2. Com o avanço de B, 2S2 é pressionado e
aciona o piloto da válvula direcional C, C+. Em seguida o atuador C avança pressionado o
sensor 3S2. Esse sensor é responsável pela troca das saídas da válvula auxiliar,
pressurizando a saída 2 novamente. Com a saída 2 da válvula auxiliar pressurizada, o piloto
C- também é acionado e faz com que C recue. C, ao recuar, aciona o rolete 3S1 que liga o
piloto B- fazendo com que B recue também. Quando B recua e aciona 2S1, com o auxílio da
válvula “and” o ciclo se inicia novamente de forma contínua. O botão de emergência do
circuito está posicionado logo após à fonte de ar comprimido do sistema, de forma que ao
ser acionado ele corta a alimentação de todo o sistema.
Figura 21 - Sistema do dispositivo de furação de peças montado na bancada (Sequencial
análitico)
A+B+C+C-B-A-
A+ = 1S1.V1+.B1
A- = 2S1.V1-
B+ = 1S2.V1+
B- = 3S1.V1-
C+ = 2S2.V1+
C- = 3S2
V1+ = 1S1
V1- = 3S2
Figura 26 - Projeto do dispositivo de dobrar cantoneiras no FluidSim segundo método
Sequencial análitico
Ao realizar o mesmo problema mais de uma vez foi possível notar uma redução de
elementos (válvulas e linhas), e consequentemente da complexidade e investimento
financeiro necessários para executar a solução. Sendo assim, é necessário entender seus
métodos e seu desafio proposto para melhor utilização dos métodos, a fim de apresentar a
solução mais eficiente possível, tendo necessidade até de executar os métodos e montar o
sistema experimentalmente para definição da solução ideal.