História 2º anos – Tarde famílias.
21H, 21I e 21J O trabalhador em razão deste processo perdeu o
Revolução industrial
A Revolução industrial foi um conjunto de
mudanças na técnica aplicada na produção que
aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A
principal particularidade dessa revolução foi a
substituição do trabalho artesanal livre pelo assalariado e
com o uso das máquinas.
Até o final do século XVIII a maioria da população
europeia vivia no campo e produzia o que consumia. O
artesão dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente
artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam
manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas
onde diversos artesãos realizavam as tarefas
manualmente, entretanto subordinados ao proprietário
da manufatura.
Causas
A Inglaterra foi pioneira na Revolução Industrial
1760 a 1860, devido a diversos fatores, entre eles:
O mercantilismo, desde o século XVII permitiu a
acumulação de ouro e prata e a criação do Banco da
Inglaterra forneceu empréstimos a burguesia industrial;
Possuir uma rica burguesia investidora;
Possuir grandes jazidas de minério de ferro e carvão;
O fato do país possuir a mais importante zona de
livre comércio da Europa;
O êxodo rural;
Os cercamentos dos campos (enclouseres) e a
localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a
exploração dos mercados ultramarinos.
Ter tido êxito nas revoluções Puritana e Gloriosa,
limitando o poder do rei e aumentando o poder do
Parlamento.
Operários
No capitalismo, os trabalhadores estavam
desprovidos de qualquer acesso aos meios de
subsistência, exceto através da venda de sua força de
trabalho para a burguesia industrial.
Como muitos
empresários
ambicionavam lucrar
mais, o operário era
explorado sendo
forçado a trabalhar até
15 horas por dia em
troca de um salário
baixo. Além disso,
mulheres e crianças
também eram
obrigadas a trabalhar
para sustentarem suas
conhecimento de todo a técnica de fabricação passando
a executar apenas uma etapa.
O mercado de trabalho era quase que exclusivamente
de crianças e mulheres, o que deixava os homens
desesperados. O alcoolismo, a violência, o aumento da
criminalidade, do suicídio e das doenças mentais
demonstram a grave crise social e emocional que
acompanhou a expansão da industrialização.
As mulheres ocupavam cerca de cinquenta por cento
dos empregos. Os pequenos operários se ocupavam do
trabalho em minas de carvão e em indústrias têxteis
Resistência operária
As más condições de trabalho deram origem a
conflitos entre operários e empresários, não só na
Inglaterra como em outras regiões da Europa onde se
desenvolver o sistema fabril.
Alguns trabalhadores revoltaram-se com as péssimas
condições de trabalho oferecidas, e começaram a sabotar
as máquinas, ficando conhecidos como “os
quebradores de máquinas”. Outros movimentos
também surgiram nessa época com o objetivo de
defender o trabalhador. Para eles, as máquinas
representavam o desemprego, a miséria, os salários
baixos e a opressão.
Tempos depois, os trabalhadores entenderam que
deviam lutar contra o sistema de injustiças criado pelo
capitalismo industrial. Surgiram, então, na Inglaterra, no
final do século XVIII, as organizações operárias que
deram origem aos primeiros sindicatos.
Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de
algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o
aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a
continuação da revolução.
Uma nova ordem econômica
A revolução industrial marcou o crescimento do
sistema capitalista, dividindo a sociedade em duas classes
sociais: a burguesia dona dos meios de produção e o
proletariado que vende a sua força de trabalho.
O que caracteriza o capitalismo é a propriedade
privada do capital nas mãos dos capitalistas. A
população precisa vender sua força de trabalho.
Para inúmeras partes do mundo, a revolução
industrial trouxe um resultado perverso: a pobreza, a
dependência, o subdesenvolvimento. A América Latina
na época representava fornecimento de matéria-prima
e mercado consumidor aos países industrializados.
O Estado passou a não intervir no processo do
desenvolvimento econômico, cabia ao Estado apenas
reprimir as greves, os tumultos e as quebras de
máquinas. Foi estabelecido o – Estado Mínimo,
exatamente porque sua função era intervir na sociedade
para garantir o direito à propriedade para a burguesia.
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Segunda Revolução Industrial
"A Segunda Revolução Industrial corresponde à
continuidade do processo de revolução na indústria. O
aprimoramento de técnicas, o surgimento de
máquinas e a introdução de novos meios de
produção, expandiu-se da Inglaterra para outros
países, como Estados Unidos, França, Rússia,
Japão e Alemanha a partir de 1800.
O ferro, o carvão e a energia a vapor,
característicos da primeira fase da Revolução Industrial,
agora dão lugar aos representantes da segunda fase: o
aço, a eletricidade e o petróleo."
Terminada a 1ª Guerra Mundial, os Estados Unidos
transformaram-se na maior potência do capitalismo
mundial: de maior devedor [3 Bilhões de dólares a
maior credor mundial 11 Bilhões de dólares]. Em
1918, mais de um terço da produção mundial estava
nos EUA; em 1929, o percentual passou de mais de
42%. O país, atraía grande fluxo de imigrantes:
somente entre 1900 e1910, entraram nos EUA cerca de
9 milhões de imigrantes. A prosperidade econômica
caminhou junto das contradições crescentes.
Após os mandatos de Woodrow Wilson (1913-
1921), os EUA foram governados até 1932 pelos
defensores do liberalismo econômico, dessa forma,
não cabia ao Estado intervir na economia americana.
Assim pouco fizeram para resolver as crescentes
contradições do desenvolvimento econômico, que não
foi acompanhado por aumento de salários e na renda
dos trabalhadores.
Um pequeno grupo de 5% da população
americana detinha um terço da renda do país, o que
impedia o aumento do consumo interno, resultou em
um estoque de mercadorias. Os governos americanos
isolacionistas, restringiram a migração a partir de 1921,
reduzindo a entrada de estrangeiros nos EUA.
A intensa atividade econômica nos EUA
aumentou a especulação financeira, a partir de 1928,
com a compra e a venda de ações de grandes empresas
na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Em 1929 houve
um aumento no valor das ações que atraiu investidores.
Em 1929, o mercado interno estava limitado, os
países europeus recuperados da 1ª Guerra Mundial
buscavam importar menos produtos americanos e já
produziam em grande escala. A superprodução
agrícola e industrial sem escoamento gerou grandes
estoques devido ao subconsumo, o que levou a
especulação financeira ao descontrole.
O valor das ações estava muito acima do valor
real, com base apenas na confiança na valorização desses
papéis, e não em lucros reais das vendas da
produção.
O presidente americano Herbert Hoover, em
mandato entre 1929 - 1933, manteve sua posição liberal
e se recusou a realizar uma intervenção estatal para
acabar ou reverter a situação de crise econômica.
Em 24 de outubro de 1929, muitas pessoas
tentaram vender suas ações e não encontraram
compradores, o que provocou uma redução drástica dos
preços. Os investidores ao tentarem vender suas ações
derrubaram ainda mais seus preços.
Do dia para noite, prósperos empresários tornaram-
se donos de papéis sem nenhum valor. A desordem
atingiu profundamente toda a sociedade americana: 85
mil empresas faliram, 4 mil bancos fecharam e as
demissões de trabalhadores na base de 12 milhões.
O PIB americano caiu 25% no total, neste período de
pobreza e fome.
New Deal e o Keynesianismo
Em 1933, o presidente americano Franklin Delano
Roosevelt (1933-1945) passou a limitar o liberalismo
econômico, intervindo na economia a partir do New
Deal (“Novo Acordo”), plano econômico que se baseava
nas ideias do economista inglês John Maynard Keynes.
Com o New Deal o liberalismo de Adam Smith
perdeu o lugar para o Keynesianismo, que defendia a
intervenção do Estado para controlar o desenvolvimento
da economia, de forma a combater as crises e garantir os
empregos e direitos sociais.
Roosevelt emitiu muita moeda, inflacionando de
propósito; fez grandes investimentos nas estatais,
como hidrelétricas; estimulou uma política de empregos;
entre outras medidas, ativando o consumo e possibilitou
a recuperação da economia. Dez anos depois, os EUA
voltaram a ter o mesmo desenvolvimento de antes da
crise.
A política keynesiana serviu de base para as políticas
de bem-estar-social desenvolvidas pelos países
capitalistas, o chamado Welfare State [“Estado de bem-
estar social”], termo das políticas aplicadas a partir de
1950.
Terceira Revolução Industrial
Uma nova ordem nas relações internacionais
ganhou força com o fim da Guerra Fria, baseada em
relações econômicas e geopolíticas, que, sem o
confronto entre o bloco capitalista e o socialista, não
mais trazia a marca da divisão leste-oeste. Esse mundo
passou a ter novas características, como a hegemonia
da ordem capitalista, e formou a Nova Ordem
Mundial.
Desde a segunda metade do século XX, antes
mesmo do fim da Guerra Fria, o capitalismo havia
ingressado em uma nova fase de desenvolvimento
chamada Terceira Revolução Industrial. Baseada em
uma dinâmica produtiva sofisticada tecnologia,
principalmente em Microeletrônica – que envolveu
Computação, Comunicações e Robótica –
Biotecnologia e Química fina.
 P. 3 DIT
Na região asiática, surgiu outro fator inovador da A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) se
Nova Ordem Internacional: a emergência da China, refere à uma divisão territorial do trabalho entre os
cuja economia em constante crescimento a transformou diversos países do globo.
em um dos mais dinâmicos eixos industriais e comerciais
do mundo. A partir de 2010, o país tornou-se a segunda
maior economia mundial: seu PIB superou o da
Alemanha e o do Japão e está atrás apenas dos EUA.

A globalização e o neoliberalismo
A qualidade e o preço dos produtos, em meio à
intensa competitividade, passaram a ser fatores decisivos
para a garantia de lucratividade.
Lentamente, em vários países do mundo, acabaram
as reservas de mercado, que haviam sido criadas por
meio das barreiras protecionistas, favoráveis a apena
alguns setores da economia.
Esse dinamismo impulsionou a expansão capitalista
– e consequente globalização, com a abertura dos
mercados e a dinamização das comunicações – e contou
com a queda do bloco soviético.
O fortalecimento do setor privado e a crise do
Estado intervencionista ocorreram em conformidade
com os preceitos do neoliberalismo. Todos os venda de
empresas estatais a empresários ou grupos privados.
Essas privatizações ampliaram o espaço econômico dos
grandes conglomerados e a subordinação dos Estados ao
mercado internacional.

Indústria 4.0
O desemprego decorrente da diminuição do uso de
mão de obra acentua-se com os recentes avanços
tecnológicos denominados Indústria 4.0 ou Quarta
Revolução Industrial. Há quem defenda, contudo, que
sejam somente desdobramentos da Terceira Revolução
Industrial, um upgrade [atualização] da automação
digital. Tais dinâmicas sugerem impactos bem mais
intensos na forma de viver em sociedade, em
comparação com as últimas décadas.
Entre essas tecnologias disruptivas estão os
veículos autônomos: automóveis, barcos, drones; a
impressão 3D, capaz de fabricar objetos, camada
por camada, como peças de carros, por exemplo; os
robôs avançados, capazes de variadas tarefas via
sensores; e a internet das coisas [integração entre
coisas, serviços, pessoas via redes “inteligentes”], além
dos avanços vindos da Biologia, da Química, etc.
Assim graças à alta tecnologia, boa parte do trabalho
nas grandes industrias passou a ser feita de forma
intensiva e com menos mão de obra, levando ao declínio
a filiação de trabalhadores às organizações sindicais. Ao
lado disso, as empresas passaram a utilizar a
terceirização, criticada por líderes sindicais como forma
de burlar a legislação trabalhista.