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HISTÓRIA – LICENCIATURA
FICHAMENTO
Pg. 36 I
Pg. 37 O próprio termo “Revolução Industrial” só surge por volta de 1820, mas esta
já existia na Inglaterra muito antes do termo.
Pg. 38 Apesar disso, a revolução industrial não teve um princípio e um fim, afinal,
sua essência, de mudança revolucionária, se tornou a norma desde então. Mas
o ponto de partida da revolução pode ser situado entre os 20 anos de 1780 a
1800, sendo contemporânea a Revolução Francesa, mesmo que um pouco
anterior a ela. Essa não foi acidental, parecendo haver uma disputa pelo
pioneirismo da revolução industrial no século XVIII. Entretanto, seja qual for
a razão para o avanço britânico, certamente não se deve à superioridade
tecnológica e científica.
Pg. 39 Não foram precisos muitos refinamentos intelectuais, afinal, suas invenções
técnicas foram muito modestas, o que não elimina o fato de que muitos dos
primeiros industriais estavam interessados na ciência em busca de seus
benefícios práticos.
Pg. 41 A maior parte dessa expansão do século XVIII não levou imediatamente a
uma revolução industrial, ou seja, a criação de um sistema fabril. Além disso,
as primeiras revoluções industriais ocorreram em uma situação hisórica
especial.
Pg. 42 II
A indústria algodoeira britânica foi um subproduto do comércio ultramarino.
Inicialmente, as proibições de importação de chitas indianas deu à indústria
algodoeira nativa uma chance. Suas maiores chances, entretanto, estavam no
ultramar. Nesse sentido, a escravidão e o algodão marcharam juntos.
Pg. 43 Ao menos parte dos escravos africanos eram comprados com produtos de
algodão indianos, além disso, as plantações das índias Ocidentais, onde os
escravos eram arrebanhados, forneciam o grosso do algodão para a indústria
britânica.
Pg. 44 Nessa indústria britânica, destacam-se duas regiões importantes nessa compra
de seus produtos: a América Latina e as índias Orientais. Somente os
chineses se recusaram a comprar do ocidente, até a chegada do ópio.
Pg. 46 A tecelagem veio a ser mecanizada apenas uma geração depois da fiação,
fazendo com que os teares fossem morrendo vagarosamente por toda parte.
III
É nesse sentido que o autor afirma estar correta a perspectiva tradicional que
afirma que a história da revolução industrial britânica se deu em termos de
algodão.
Pg. 47 Apesar disso, esse progresso não foi tranquilo, enfrentando por volta de 1830
e 1840 problemas de crescimento, resultando na primeira crise geral do
capitalismo. As consequências mais sérias foram sociais: “a transição da nova
economia criou a miséria e o descontentamento, os ingredientes da revolução
social.”. Essa se deu na forma de levantes espontâneos, promovidos e
apoiados não apenas pelas populações pobres, mas também por outras
classes, como os fazendeiros, simpatizando com tais ideias, pois se viam
como vítimas da minoria de inovadores egoístas.
Pg. 50 Isso podia ser solucionado pela diminuição do salário, mas isso teria um
limite fisiológico, já que os trabalhadores não poderiam morrer de fome. Por
isso, o custo de vida precisava cair, para que os salários pudessem diminuir.
Isso foi feito em um combate a legislação protecionista. O sucesso disso foi
variável.
IV
Pg. 52 O que certamente não era o suficiente para fazer da Grã-Bretanha um enorme
produtor de ferro.
Nesse sentido, a mineração do carvão quase não exigiu nem sofreu revolução
tecnológica, sendo uma indústria grande o bastante para estimular a invenção
básica que iria transformar as indústrias de bens de capital, a ferrovia.
Pg. 56 V
Pg. 57 Todas essas transformações somente se deram por uma transformação social,
e não tecnológica, através da “liquidação (com o ‘Movimento das Cercas’) do
cultivo comunal da Idade Média com seu campo aberto e seu pasto comum,
da cultura de subsistência e de velhas atitudes não comerciais em relação À
terra.”. Tal transformação teve sucesso, em âmbito econômico, mas destroçou
os camponeses. Mas esse processo já era previsto, afinal, onde mais se
conseguiria mão de obra se não desses indivíduos expulsos do campo.
Pg. 58 “Não obstante, essas forças eram mais fortes na Grã-Bretanha que em outras
partes. Se não o fossem, o desenvolvimento industrial britânico poderia ter
sido tão dificultado como o foi o da França pela estabilidade e relativo
conforto de seu campesinato e de sua pequena burguesia, que destituíram a
indústria da necessária injeção de mão-de-obra.”.