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HISTÓRIA – LICENCIATURA
FICHAMENTO
Pg. 20 Pelos bons serviços prestados e em razão do amor que lhe tenho:
estratégias de luta dos escravos pela conquista da alforria em Rio
Grande (1820-1860)
Introdução
A formação do pecúlio
Essa pratica foi silenciada por lei até 1871, mas era costumeira no sistema
escravista brasileiro. Ela por analisada por Freire na região de Juiz de Fora
(MG) no século XIX; por Pires, no alto sertão da Bahia no século XIX; por
Campos, em Vitória no século XIX.
Pg. 22 Sendo também comum nas fontes analisadas nesse trabalho, apontando para
uma atividade profissional desses sujeitos no mundo do trabalho, eliminado
ideia de uma condição sujeita e inerte, muitas vezes atribuída pela
historiografia.
As negociações de valor
A alforria condicionada
O parcelamento da alforria
Pg. 27 No caso do escravo Felipe, por exemplo, vemos que a liberdade, mesmo
depois de concedida, podia tardar, no caso dele, 11 anos.
Pg. 30 Muitas vezes, a libertação por meio de terceiros tinha valores menos nobres,
como a condição de o escravo ter de servi-lo por um tempo determinado, caso
de Francisco, que alforriado por Antônio Ferreira Batista Maldonado, teve de
servi-lo por seis anos, para só então se tornar plenamente livre.
A manumissão, mesmo antes de ser aprovada por lei, sobreviveu por meio do
costume, e a sua cristalização em lei foi fruto das lutas dos escravos.
Pg. 34 Manuela Carneiro da Cunha mostra como o costume estava acima da lei. Esta
ultima não era devidamente respeitada, principalmente longe das cidades,
Entretanto, a prática se mantinha pelo costume, afinal, além de temerem a
fuga ou o suicídio dos escravos, rejeitar essa lei costumeira poderia resultar
em desaprovação social.
Para além de tudo isso, João Reis e Eduardo Silva ressaltam que a liberdade
se configurava das mais variadas formas, “seja pela criatividade, inteligência
ou azar”.
Considerações finais
Pg. 37 O desejo constante dos escravos de conquistar a liberdade, para si e para sua
família, desconstroem a ideia destes indivíduos como sujeitos passivos. Seja
pela manumissão, praticada antes mesmo de seu estabelecimento por lei, ou
pelas revoltas “o espaço de resistência encontrado pelo sujeito escravizado se
constituía em estratégias que se assemelham à acomodação, mas longe estão a
significar a conformação.”.