O Poesia com Elos é um projeto fotográfico que propõe a naturalização da nudez não sexual. É um ensaio que explora os corpos de uma maneira poética e orgânica, apresentando um trabalho plasticamente encantador mas que traz uma discussão política bem importante de pano de fundo. Sobre como a sociedade atual transformou pessoas (sobretudo mulheres) em mercadoria e aprisiona almas e mentes dentro de padrões de beleza quase que irreais.
O Poesia com Elos é um projeto fotográfico que propõe a naturalização da nudez não sexual. É um ensaio que explora os corpos de uma maneira poética e orgânica, apresentando um trabalho plasticamente encantador mas que traz uma discussão política bem importante de pano de fundo. Sobre como a sociedade atual transformou pessoas (sobretudo mulheres) em mercadoria e aprisiona almas e mentes dentro de padrões de beleza quase que irreais.
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O Poesia com Elos é um projeto fotográfico que propõe a naturalização da nudez não sexual. É um ensaio que explora os corpos de uma maneira poética e orgânica, apresentando um trabalho plasticamente encantador mas que traz uma discussão política bem importante de pano de fundo. Sobre como a sociedade atual transformou pessoas (sobretudo mulheres) em mercadoria e aprisiona almas e mentes dentro de padrões de beleza quase que irreais.
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O ensaio da revista do mês de outubro foi realizado
antes do primeiro turno das eleições, abordamos a temática desse momento político aterrorizante com grande crença na alternância de poder para algo mais ameno para o nosso coração. Infelizmente ainda não pudemos sair desse desassossego da alma nem dessa angustia latente, mas ainda há esperança. A democracia respira com ajuda de aparelhos, mas ainda respira. Não é certo com a nação a desis- tência, o desanimo nem a desesperança, embora eu compreenda que em dado momentos seja quase que inevitável. Precisamos sim tentar pertencer, penetrar e tocar algumas almas semi-mortas afim de que esse ódio infinito seja estancado. Quero propor nessa revista reflexões imagéticas profundas para além do nosso momento político atual que é tão desconcertante. É prudente que compreendamos o valor do real, do todo e da sociedade. A lama em que Brasil está submersa é composta por negações, negligen- cias, egoísmos, mentiras, manipulações, vendas e algemas. Não basta que a sua bolha compreenda de política de forma básica para garantir a segurança da nossa democracia. É necessário que cada quina, cabe beco, cada pedaço de terra e cada cruz receba informações verdadeiras sobre as pautas humanitá- rias, sobre os direitos humanos e sobre o risco de certas movimentações políticas. Mas com litro do leite a quase dez reais, convencer uma mãe que foi ludibriada por mentiras e suportes frágeis que a mudança política é urgente, fica complicado. São em tempos de extrema miséria que o povo surge mais manipulável. Eles são bombardeados por premo- nições terríveis. Essa estratégia é a mais suja existente: Se aproveita da profunda vulnerabi- lidade do pobre para controlá-lo através de uma ideologia religiosa deturpada com ameaças menti- rosas sobre o futuro, caso seu opositor vença. O miserável é vitima, mas também é cúmplice, pois através dessa escolha outras tantas vidas são postas em risco. O resgate do dialogo inter-bolhas é fundamental: explicar, desenhar, iluminar e acolher é preciso, afinal estamos todos no mesmo país. Seguindo as mesmas normas e regras, sendo expostos a todas essas violências e abandono. Nessa revista, nesse ensaio, abordamos o tema do governo em duas montagens. Uma construção foi inspirada na ideia de uma sociedade Bolsonarinsta onde uma mulher trans é agredida e em oposição a essa ideia, na outra montagem, ela é acolhida. O questionamento que fica, é em que país você gostaria de viver? No do ódio as minorias, onde a pluralidade é julgada e aniquilada? Onde o ser não poder existir em sua verdade ? Ou no do acolhimen- to? Onde todas as diferenças apenas somam umas as outras e coexistem em um grande montinho de afeto? A escolha é nossa.
Que seja tempo de resgatar
o amor entre todos nós. O nascimento de Dandara
Era paz, até o caos Então se soube que
nunca foi paz Com muito medo ela surgiu Aos poucos, em formato de seria Até se descobrir, rainha
Ela ainda não é dona de seu corpo
Ela não é dona de ninguém Chora e grita, com vontade de viver
*****
Quem sou eu? Quem sou eu?
Eu surjo, emerjo, nasço, apareço Eu sou ela, eu sou ele Eu sou dela, não sou dele Eu sou Dandara
POR: Dandara Daleste
Profunda gratidão à todos Elos da minha poesia. Junho de 2020