PRO 008 – SEGURANÇA – ANIMAIS

PEÇONHENTOS EM AMADOR AGUIAR I

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PRO – PROCEDIMENTO DE TRABALHO

UHE Amador Aguiar I - MG

CONTROLE DE REVISÕES

Revisão Data Descrição Consolidado Verificado Verificado Aprovado

00 05/11/2020 Emissão inicial 1056 0188 1017 1057

DADOS DA VERSÃO ATUAL

Consolidado por: Ednei Rodrigues Silva - Técnico de Segurança - CCBE Data: 05/11/2020

Verificado por: José Eduardo Gomes - CREA: 134736/D Data: 05/11/2020

Verificado por: Guilherme Melazo - Coordenador de Meio Ambiente - CCBE Data: 05/11/2020

Aprovado por: Rene Vilhena Bastos - Gerente do Consórcio - CCBE Data: 05/11/2020

Considerando a Política de Segurança da Informação da Empresa, esse documento é para uso exclusivo interno do CCBE. A divulgação para o
público externo, sob qualquer hipótese, somente poderá ser efetuada mediante autorização expressa da companhia.
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1. OBJETIVO
Estabelecer os requisitos de saúde e segurança visando controlar e minimizar os riscos de acidentes nas
atividades de condução de veículos automotores; padronizar o processo de qualificação e autorização dos
condutores de veículos; estabelecer um procedimento para a utilização de veículos automotores com
capacidade de até 5 passageiros, sejam eles próprios ou terceirizadas.

2. APLICAÇÃO
Este procedimento aplica-se as usinas Amador Aguiar I e Amador Aguiar II, para equipes próprias e
contratadas, respeitando-se as características especificas.

3. REFERÊNCIAS (base técnica)

• Portaria 3.214, de 8 de junho de 1978 – Normas Regulamentadoras – NR’s;
• Política de Segurança do CCBE e Aliança.
O procedimento deverá ser atualizado sempre que se identifique outras normas ou especificações
aplicáveis.

4. DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS
 APR - Análise Preliminar de Risco
Termo utilizado neste procedimento que equivale ao processo de análise de risco realizado nas fases de
planejamento e preparação da atividade;
 AR - Análise de Riscos
Identificação de perigos/fatores de risco, avaliação de riscos e determinação de controles, realizado
imediatamente antes da execução e no local da atividade (Conversa ao pé-da-máquina);
 Atividade
Termo utilizado neste procedimento que equivale ao conjunto de tarefas inter-relacionadas;
 TST - Técnico de Segurança do Trabalho.
 Veículos Automotores: São aqueles considerados como automóveis de passeio, utilitários e ônibus.
4.1. Animais Peçonhentos
Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes
ocos, ferrões ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente. Portanto peçonhentos são os animais
que injetam veneno com facilidade e de maneira ativa. Exemplos: serpentes, aranhas, escorpiões,
lacraias, vespas, abelhas, marimbondos, taturanas e arraias.
4.2. Animais Venenosos
Já os animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador
(dentes, ferrões), provocando envenenamento passivo por contato, por compressão, (sapo) ou por
ingestão (peixe baiacu).
4.3. Tipos de Acidentes com Serpentes
• Acidente Botrópico - Corresponde ao acidente ofídico de maior importância epidemiológica no país, pois
é responsável por cerca de 90% dos envenenamentos.
• Acidente Crotálico – É responsável por cerca de 7,7% dos acidentes ofídicos registrados no Brasil,
podendo representar até 30% dos acidentes em algumas regiões. Apresenta o maior coeficiente de
letalidade devido à freqüência com que evolui para insuficiência renal aguda.
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• Acidente Elapídico – Corresponde a 0,4% dos acidentes por serpentes registrados no Brasil. Pode evoluir
para insuficiência respiratória aguda, causa de óbito neste tipo de envenenamento.
• Acidentes por Colubrídeos – A maioria dos acidentes por Colubrídeos é destituída de importância por
causarem apenas ferimentos superficiais da pele, não havendo inoculação da peçonha.

4. RESPONSABILIDADES

ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
Divulgar este procedimento. Gerente
Verificar a aplicação dos procedimentos descritos neste
Supervisores de Serviço
documento durante a realização dos serviços
Cumprir as determinações constantes no procedimento Trabalhadores envolvidos
Propor alterações neste procedimento Todos

Revisar este procedimento Gerente e TST

Responsabilidades do Gerente da Unidade

Responsável por disponibilizar recursos necessários para que seja possível que o procedimento seja
cumprido pelos empregados sob sua responsabilidade.

Responsabilidades do Técnico de Segurança

Atualizar a planilha de registro de aparecimento de animais peçonhentos nas Unidades, em anexo.
Manter planilha de sensibilidade atualizada, conforme a contratação de novos empregados.
Manter a planilha de hospitais da região que possuem o soro antiofídico, sempre atualizada.

5. REQUISITOS

5.1. Requisito de infra – estrutura

Cada Usina deve providenciar:
• Catálogo dos principais animais peçonhentos e venenosos existentes nas áreas.
• Convênio com o serviço de saúde da localidade, através do serviço médico, para monitorar e garantir a
existência do soro antiofídico.
• Equipamentos específicos e padronizados para manuseio, captura e remoção de animais peçonhentos e
venenosos ou contrato com empresa especializada.
• Mapeamento e classificação das áreas críticas para gerenciamento dos riscos.
• Sinalização das áreas de incidência de animais peçonhentos.
5.2. Requisitos de pessoal
Cada Usina deve providenciar:
• Levantamento e identificação das pessoas que possuem hipersensibilidade à picada de insetos, anexo III.
• Treinamento nas instruções pertinentes para todas as pessoas envolvidas no manuseio, captura e
remoção de animais peçonhentos e venenosos, ou manter contrato com empresa especializada, bem
como fazer o atendimento a pessoas acidentadas.
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5.3. Prevenção
Para realização de trabalhos em áreas de risco, e onde há incidências de presença de animais
peçonhentos e venenosos, os colaboradores devem obrigatoriamente utilizar os EPI’s (Equipamentos de
Proteção Individual) aplicáveis de acordo com a situação como: luvas, botas, óculos, perneiras, macacão,
máscaras, chapéu/capacete com véu protetor entre outros.
Nas instalações em áreas de risco todos devem estar atentos para a presença de animais peçonhentos e
venenosos, realizar a verificação de utensílios e vestimentas antes de utilizá-los (visual, sacudir, bater).
Inspecionar a área de trabalho antes de iniciar qualquer atividade a fim de identificar possível presença
de animais peçonhentos, focos de abelhas, marimbondos entre outros.
A limpeza da área de trabalho é fundamental não só para facilitar a identificação da presença de qualquer
animal peçonhento / venenosos como também para dificultar a fixação de ninho ou esconderijo para os
mesmos.
5.4. Constatação de animais peçonhento
A presença de serpentes, aranhas, lacraias, escorpiões assim como ninhos de vespas, abelhas,
marimbondos em instalações da Unidade deverá ter a área isolada, se possível, e ser comunicada
imediatamente à empresa especializada para providências de captura e remoção.
5.5. Quando coletar serpentes
Uma serpente, como qualquer outro animal, faz parte do ambiente e contribui para o equilíbrio
ecológico. Assim, o animal deverá ser capturado por empresa especializada e enviado as instituições
credenciadas.
5.6. Quando coletar Aranhas, Escorpiões, Lacrais e Insetos
Quando constatado esses animais em áreas operacionais, deve-se avaliar a necessidade de entrar em
contato com a empresa especializada para a remoção.

MEDIDAS A SEREM TOMADAS EM CASO DE ACIDENTES

Não amarrar o membro acometido (O torniquete ou garrote dificulta a circulação do sangue, podendo
produzir necrose ou gangrena e não impede que o veneno seja absorvido).
Não cortar o local da picada (Alguns venenos podem inclusive provocar hemorragias e o corte aumentará
a perda de sangue).
Não chupar o local da picada (Não se consegue retirar o veneno do organismo após a inoculação).
Lavar o local da picada com água e sabão (Não colocar substâncias no local da picada, como folhas,
querosene, pó de café etc., pois elas não impedem que o veneno seja absorvido, pelo contrário, podem
provocar infecções).
Não dê qualquer líquido ao acidentado.
Manter o acidentado em repouso (se a picada tiver ocorrido no pé ou perna, procurar manter a parte
atingida na posição horizontal devendo o acidentado ser transportado em veículos, maca, animais ou até
mesmo por outras pessoas).
Levar o acidentado o mais rapidamente possível a um serviço de saúde.
O soro antiofídico é o único remédio disponível e só encontrado em hospital.
Não se deve pressionar ou massagear o local da inoculação
As Áreas de Segurança e de Medicina do Trabalho devem ser acionadas para ações complementares.
O socorrista deve orientar e acalmar a vítima e absorver o máximo de informações sobre o acidente
ocorrido e pelo tipo de animal pelo qual foi ofendido.
Se possível encaminhar o animal peçonhento ou venenoso para identificação no serviço de saúde.
Proceder a análise e comunicação do acidente conforme PRO 007.
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6. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
6.1. Serpentes peçonhentas
Fosseta loreal presente- A fosseta loreal, órgão sensorial termorreceptor, é um orifício situado entre o
olho e a narina, daí a denominação popular de “serpente de quatro ventas” (fig.1). Indica com segurança
que a serpente é peçonhenta e é encontrada nos gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis.
Todas as serpentes destes gêneros são providas de dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis
situados na porção anterior maxilar (fig. 2).

Fosseta loreal ausente- As serpentes do gênero Micrurus não apresentam fosseta loreal (fig.4) e possuem
dentes inoculadores pouco desenvolvidos e fixos na região anterior da boca (fig.5).

Fig.4
Fig.5
• Tipos mais comuns e sintomas
6.1.1.1. Cascavel gênero Crotalus
• Identificado pela presença de chocalho.

• Sintomas o Ausência de dor no local da picada; o Sem evidencia de lesão no local da picada.
o Dificuldade em manter os olhos abertos e sonolência; o Visão turva e dupla;
o Pálpebras caídas e fácies de bêbado.
6.1.1.2. Jararaca; Jaracuçu e Urutu gênero Bothrops
• Identificado através de fosseta loreal. Se possuir fosseta trata-se de cobra venenosa
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• Sintomas o Dor e inchaço no local da picada. o Sangramento local, gengiva ou pele são freqüentes.
o Mais tardiamente, queda de pressão arterial e insuficiência renal.
6.1.1.3. Coral gênero Micrurus
• Identificação difícil, na coral verdadeira os anéis contornam todo corpo da serpente.Em caso de dúvida na
identificação da coral verdadeira ou falsa, tomar as ações considerando que seja a verdadeira.

• Sintomas o Sintomas semelhantes ao acidente causado por cascavel, acrescidos

de sensação de fraqueza muscular e sufocação.
o Grande preocupação em virtude da gravidade dos sintomas, mas felizmente pouco comum.

6.1.1.4. Surucucu gênero Lachesis.

• Maior serpente peçonhenta das Américas. Habita Amazônia e Mata Atlântica. Apresenta-se com escamas
eriçadas.

• Sintomas
o Quadro clínico semelhante ao botrópico, acrescido de diarréia e queda da pressão arterial.
6.2. Identificação de Aranhas
Existem várias espécies e no Brasil 03 gêneros se destacam:
o Loxosceles (Aranha marrom) o Phoneutria (Aranha Armadeira) o Latrodectus (Viúva Negra)

Sintomas e tratamentos
1. Tratamento Sintomático: Maioria dos casos – Alívio da dor: Anestésico local, Anestésico, sistêmico e
compressas quentes no local.
2. Tratamento específico: Casos graves e Crianças – Hospitalização e apresentando dor local, vômitos,
sudorese, agitação, priaprismo e hipertensão arterial.
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3. Aplicação de Soro Antiaracnídeo.

6.3. Identificações de Escorpião

Escorpião preto Tityus bahiensis e amarelo Tityus serrulatus

Sintomas e tratamentos
1. Tratamento sintomático : Maioria dos casos – Alívio de dor: Anestésico local e sistêmico
2. Tratamento específico: Caso graves e crianças – Hospitalização e apresentado dor local, vômitos, náuseas,
sudorese, agitação, priaprismo e hipertensão ou hipotensão arterial, arrítmicas cardíacas, etc.
3. Aplicação de Soro Antiescorpiônico

6.4. Abelhas, marimbondos e outros

 Sintomas e tratamentos
1. Tratamento sintomático: Maioria dos casos – Alívio de dor: Anestésico local e sistêmico
2. Tratamento específico: Caso graves e crianças – Hospitalização e apresentado dor local, vômitos, náuseas,
sudorese, agitação, e hipertensão, arrítmicas cardíacas, etc.
3. Aplicação de soro específico.

6.5. Considerações sobre Soroterapia

Quanto mais rápido for o atendimento ao acidentado melhor será o resultado.
Local, equipamentos e pessoal apropriados são requeridos para aplicação.
Trata-se de um procedimento médico.
Não é permitido manter soros nas unidades, o empregado que for ofendido pelo animal peçonhento,
deve ser encaminhado ao hospital mais próximo da unidade.

7. DIREITO DE RECUSA
“Direito de Recusa: previsto no art. 13 da Convenção 155 da OIT, promulgada pelo Decreto 1.254 de 29
de setembro de 1994, que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho por
considerar que ela envolve grave e iminente risco, conforme conceito estabelecido na NR-3, para sua
segurança e saúde ou de outras pessoas”. É assegurado a qualquer empregado próprio, contratado e de
empresas contratadas a exercer o direito de recusa quando as medidas de Segurança da atividade não
estiverem devidamente atendidas/satisfatórias.
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8. ANEXOS
Anexo I – Tabela hospitais com Soro Antiofídico na região
Anexo II – Planilha de sensibilidade
Anexo III – Registro de aparecimento de animais peçonhentos na Unidade
Anexo IV – Tabela hospitais com Soro Antiofídico na região

Anexo I - RELAÇÃO DE HOSPITAIS QUE MANTEM

ESTOQUE DE SORO ANTIOFÍDICO
UHE:_______________________Data:__
___/______/______
D HOS ENDE TELEF CID CONT TI OBSERV
A PITA REÇO ONE ADE ATO P AÇÕES
T L O
A D
E
S
O
R
O

Anexo II – Planilha de sensibilidade

Listagem de empregados com
sensibilidade a picada de animais peçonhentos.
UHE _________________ Data____/____/______
SENSIBILIDADE
Contato/e-
Nome Setor Alta Média Baix Sem
mail
a registro
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Anexo III – Registro de aparecimento de animais peçonhentos na Unidade

REGISTRO DO APARECIMENTO DE ANIMAIS PEÇONHENTOS NA UNIDADE
UHE:_______________________Data:_____/______/______
 ANIMA NO NOM
D
L ME E LOCAL HO TAM DES
A
ENCON POP CIEN ENCON RÁR ANH TIN
T PRO 008 – SEGURANÇA – ANIMAIS
TRADO ULA TIFIC TRADO IO O O
A PEÇONHENTOS EM AMADOR AGUIAR I
R O
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