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REDAÇÃO OFICIAL

O correio eletrônico (E-mail) pode ter valor documental:

6.4.2 VALOR DOCUMENTAL

Nos termos da Medida Provisória n. 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, para que o e-mail
tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceito como documento original, é neces-
sário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, segundo os parâmetros
de integridade, autenticidade e validade jurídica da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasi-
leira – ICPBrasil.

Obs.: já caiu diversas vezes em provas perguntas sobre quando um E-mail é aceito como
documento original e, para isso, é necessária uma certificação atestando a identi-
dade do remetente. Caso não haja a certificação, o E-mail é considerado um do-
cumento oficial, como o ofício e outras correspondências, mas não exatamente um
documento original.

O destinatário poderá reconhecer como válido o e-mail sem certificação digital ou com
certificação digital fora do ICP-Brasil; contudo, caso haja questionamento, será obrigatória a
repetição do ato por meio de documento físico assinado ou por meio eletrônico reconhecido
pela ICP-Brasil.

Obs.: o destinatário poderá reconhecer como válido o E-mail sem certificação digital, mas
não é obrigado.

Salvo lei específica, não é dado ao ente público impor a aceitação de documento eletrô-
nico que não atenda os parâmetros da ICP-Brasil.

DIRETO DO CONCURSO
(CEBRASPE/2021/PRF) Considerando as disposições do Manual de Redação da Pre-
sidência da República (MRPR) acerca da redação oficial, julgue os itens a seguir.
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21. De acordo com a legislação vigente, o e-mail institucional tem valor documental e, por
isso, deve ser aceito como documento original.

COMENTÁRIO
Para que o E-mail seja considerado um documento original, é necessário existir certifica-
ção digital, não basta ser apenas um e-mail visto como documento.

Obs.: esta é uma matéria para provas objetivas ou questões de certo e errado, dependen-
do do perfil da prova. Raramente vem para escrever um ofício, quando isso ocorre,
há um aviso no edital: “a prova discursiva consistirá em elaborar documento de cor-
respondência oficial”, porém esse não foi o caso das provas anteriores do INSS, os
casos em que ocorre de escrever ofício são raros.
5m

Ainda sobre o correio eletrônico (E-mail):

6.4.3 FORMA E ESTRUTURA

Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
interessa definir padronização da mensagem comunicada. No entanto, devem-se observar
algumas orientações quanto à sua estrutura.

Obs.: padronização é a formatação, como espaçamento e tipo da fonte, o que não é pa-
dronizado na estrutura do E-mail. “Quanto à sua estrutura” diz respeito às partes do
E-mail, ele deve ter a parte chamada “assunto”, que é preenchido no próprio campo
do formulário.

6.4.3.1 Campo “Assunto”

O assunto deve ser o mais claro e específico possível, relacionado ao conteúdo global da
mensagem. Assim, quem irá receber a mensagem identificará rapidamente do que se trata;
quem a envia poderá, posteriormente, localizar a mensagem na caixa do correio eletrônico.

Obs.: informar o assunto é importante para a organização e controle da caixa de E-mail,


facilitando o manuseio dos E-mails.
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Deve-se assegurar que o assunto reflita claramente o conteúdo completo da mensagem


para que não pareça, ao receptor, que se trata de mensagem não solicitada/lixo eletrônico.
Em vez de “Reunião”, um assunto mais preciso seria “Agendamento de reunião sobre a
Reforma da Previdência”.

DIRETO DO CONCURSO
(CEBRASPE/2021/POLÍCIA FEDERAL) Considerando o Manual de Redação da Presi-
dência da República, julgue os itens que se seguem.
22. A exposição de motivos é modalidade de comunicação dirigida pelos ministros ao Presi-
dente da República e, em determinadas circunstâncias, poderá ser encaminhada cópia
do documento ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário.

COMENTÁRIO
Obs.: exposição de motivos é outra correspondência oficial mantida na nova edição do
Manual de Redação da Presidência.

• Ministros = remetentes da exposição de motivos; Presidente da República = destinatá-


rio da exposição de motivos.
• Sobre a exposição de motivos, está disposto no Manual de Redação da Presidência
o seguinte:

6.2 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

6.2.1 Definição e finalidade

Exposição de motivos (EM) é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao


Vice-Presidente para: a) propor alguma medida; b) submeter projeto de ato normativo à sua
consideração; ou c) informá-lo de determinado assunto.

Obs.: repare que a questão não coloca que a exposição de motivos é dirigida somente ao
Presidente da República.
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A exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado.


Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um ministério, a exposição de motivos
será assinada por todos os ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de inter-
ministerial.

Obs.: o nome “exposição de motivos” não é um nome que deva ser levado ao pé da letra,
ou seja, o conteúdo da exposição de motivos não é apenas motivações, podendo
haver outros assuntos.
Obs.: a palavra “interministerial” dá a entender que a exposição de motivos é entre minis-
tros, porém ela é assim chamada pois podem haver dois ou mais ministros que a
assinem ou não, e ela vai para o Presidente ou Vice-Presidente, podendo ser enca-
minhada a cópia para o Congresso Nacional ou para o Supremo.

Independentemente de ser uma EM com apenas um autor ou uma EM interministerial,


a sequência numérica das exposições de motivos é única. A numeração começa e termina
dentro de um mesmo ano civil.
A exposição de motivos é a principal modalidade de comunicação dirigida ao Presidente
da República pelos ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao
Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário.
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Considerando o texto e a redação oficial, nos termos do Manual de Redação da Presi-


dência da República, julgue o item a seguir.
23. O primeiro parágrafo do texto poderia ser corretamente utilizado como introdução
de ofício cujo conteúdo fosse a apresentação de bibliografia sobre o encarceramen-
to feminino.

COMENTÁRIO
Apresentar a bibliografia é citar livros, obras, artigos de referência etc.
15m

24. (CEBRASPE/2021/POLÍCIA FEDERAL) A exposição de motivos é modalidade de co-


municação dirigida pelos ministros ao Presidente da República e, em determinadas
circunstâncias, poderá ser encaminhada cópia do documento ao Congresso Nacional
ou ao Poder Judiciário.
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COMENTÁRIO
Sobre o assunto, veja novamente, na página 3, o que dispõe o Manual de Redação da
Presidência da República.

Sobre a forma e estrutura exposição de motivos, o que está no Manual de Redação da


Presidência da República é o seguinte:

6.2.2 Forma e estrutura da exposição de motivos

As exposições de motivos devem, obrigatoriamente:


a. apontar, na introdução: o problema que demanda a adoção da medida ou do ato nor-
mativo proposto; ou informar ao Presidente da República algum assunto;
b. indicar, no desenvolvimento: a razão de aquela medida ou de aquele ato norma-
tivo ser o ideal para se solucionar o problema e as eventuais alternativas existentes
para equacioná-lo; ou fornecer mais detalhes sobre o assunto informado, quando for
esse o caso; e
c. na conclusão: novamente, propor a medida a ser tomada ou o ato normativo a ser
editado para solucionar o problema; ou apresentar as considerações finais no caso
de EMs apenas informativas.

As Exposições de Motivos que encaminham proposições normativas devem seguir o


prescrito no Decreto n. 9.191, de 1º de novembro de 2017. Em síntese, elas devem ser
instruídas com parecer jurídico e parecer de mérito que permitam a adequada avaliação
da proposta.
No Manual de Redação da Presidência da República está posto que a exposição de moti-
vos pode ter dois formatos: o de conteúdo informativo – esclarecimento de assuntos –, o que
dispensa anexos, mas que podem ser usados, e o formato que apresenta projetos de lei, que
necessariamente deverá conter anexos.
Exemplo de exposição de motivos que está no próprio Manual de Redação da Presidên-
cia da República:
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• Há a margem total superior de 5 cm e uma margem de 2 cm antes do Brasão das


Armas Nacionais.
• Não há indicação de destinatário e nem de assunto, vai direto para o vocativo.
• Numeração de parágrafos normal.
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• O fecho no final, “Respeitosamente”, é padrão, pois quem envia é Ministro de Estado


e quem vai receber é o Presidente da República ou Vice-Presidente da República, ou
seja, o nível hierárquico deve ser respeitado.
• Margem superior e inferior de 2 cm.
• A primeira página não deve ser numerada, porém a segunda página deve ser nume-
rada com o número 2.
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DIRETO DO CONCURSO

25. (CEBRASPE/TELEBRAS) O documento conhecido como exposição de motivos tem


uma forma básica de estrutura, independentemente de sua finalidade.

COMENTÁRIO
O formato de conteúdo informativo dispensa colocar anexos, não proíbe, já a exposição de
motivos que apresenta projetos de lei ou sugestões ao Presidente da República deve ter
anexos com parecer jurídico e de mérito.

26. (CEBRASPE/MEC) A exposição de motivos, documento oficial que formalmente se-


gue o padrão ofício, poderá apresentar, dependendo de sua finalidade, duas estrutu-
ras básicas: uma para a comunicação que tenha caráter exclusivamente informativo,
e outra para a comunicação que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato
normativo.

COMENTÁRIO
As normas da correspondência oficial são padronizadas.

27. (CEBRASPE/STJ) A exposição de motivos é uma comunicação oficial dirigida ao presi-


dente da República ou ao vice-presidente por um ministro de Estado e pode ser intermi-
nisterial, ou seja, assinada por mais de um ministro.

28. (CEBRASPE/TCE-PA) A exposição de motivos é o expediente dirigido ao presidente ou


ao vice-presidente da República, geralmente emitido por um ministro de Estado.

COMENTÁRIO
Existem cargos no Poder Executivo Federal que não se chamam exatamente ministros de
Estado, porém possuem o mesmo status, como, por exemplo, Procurador-Geral da Repú-
blica, chefe da Casa Civil ou ministro-chefe da Casa Civil e Advogado-Geral da União. En-
tão, eles também podem enviar uma exposição de motivos para o Presidente da República.
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29. (CEBRASPE/TCE-PA) A mensagem é um expediente de natureza informativa usado


por todas as repartições públicas para comunicar-se com os cidadãos.
25m

Obs.: a mensagem é outra correspondência oficial.

6.3 MENSAGEM

6.3.1 Definição e finalidade

A Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públi-


cos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legis-
lativo para informar sobre fato da administração pública; para expor o plano de governo por
ocasião da abertura de sessão legislativa; para submeter ao Congresso Nacional matérias
que dependem de deliberação de suas Casas; para apresentar veto; enfim, fazer comunica-
ções do que seja de interesse dos Poderes Públicos e da Nação.
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos ministérios à Presidência da Repú-
blica, a cujas assessorias caberá a redação final.
O ministro de Estado também envia exposição de motivos, mas a mensagem é a princi-
pal forma de correspondência do ministro de Estado para o Presidente da República, porém
não é a única, o ministro de Estado também pode enviar minuta de mensagem. O ministro
não pode enviar diretamente ao Congresso Nacional um projeto de lei, então ele envia uma
minuta, sugerindo ao Presidente que se comunique com o Congresso, a minuta da mensa-
gem seria um resumo que o Presidente pode aproveitar ou pode fazer ajustes e enviar ao
Congresso.

6.3.2 Forma e estrutura da mensagem

As mensagens contêm:
a. brasão: timbre em relevo branco
b. identificação do expediente: MENSAGEM N⁰, alinhada à margem esquerda, no
início do texto;
c. vocativo: alinhado à margem esquerda, de acordo com o pronome de tratamento e o
cargo do destinatário, com o recuo de parágrafo dado ao texto;
d. texto: iniciado a 2 cm do vocativo; e
e. local e data: posicionados a 2 cm do final do texto, alinhados à margem direita.
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Obs.: esse item, na mensagem, é diferente dos outros. O local e a data vêm depois do
texto, a assinatura vem só depois.

A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz
identificação de seu signatário.
Atos assinados pelo Presidente da República não possuem o nome e o cargo da pessoa,
mas a assinatura sim. Geralmente, em provas, é colocado que correspondências enviadas
pelo Presidente da República dispensam assinatura do emissor, porém veja que a assinatura
não é dispensável, uma vez que tratam-se de ator assinados pelo Presidente da República.
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Modelo de mensagem:

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• Margem superior de 2 cm e espaço total de 5 cm até a identificação da correspondência.


• Abaixo da margem de 2 cm está o Brasão das Armas Nacionais.
• Na numeração não há a data junto, a data vem ao final do texto, diferentemente das
outras correspondências.
• Abaixo há o espaço da assinatura do Presidente da República, sem indicar nome e cargo.
• O vocativo “Senhores Membros do Senado Federal” é escrito no plural pois é dirigido
a todos os ocupantes do Senado Federal.

DIRETO DO CONCURSO

30. (CEBRASPE/STJ) A mensagem é considerada um dos principais instrumentos de co-


municação oficial devido a sua celeridade, ao seu baixo custo e à flexibilidade da sua
estrutura de formatação.

COMENTÁRIO
O E-mail é caracterizado pela celeridade, já as mensagens são impressas, algumas men-
sagens chegam a passar de 500 páginas, e cada congressista deve receber o seu exem-
plar. Hoje pode ser usado o formato digital, mas isso envolve o trabalho de muitos redato-
res e revisores.

31. (CEBRASPE/DEPEN) A exposição de motivos e a mensagem diferem no que se refere


à indicação do local e da data. Enquanto a exposição de motivos segue o padrão ofício
em relação a esse aspecto, a mensagem não o segue, ao trazer a indicação do local e
da data a 2 cm do final do seu texto.

32. (CEBRASPE/MPU) A comunicação mediada por uma exposição de motivos tem como
interlocutores um ministro (ou ministros de Estado), no papel de emissor(es) do expe-
diente, e o presidente da República (ou o vice-presidente), no papel de destinatário da
comunicação oficial.
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COMENTÁRIO
Além do padrão, eventualmente, uma cópia pode ser encaminhada ao Supremo (o que não
está exatamente na norma padrão).

GABARITO
21. E
22. C
23. E
24. C
25. E
26. C
27. C
28. C
29. E
30. E
31. C
32. C

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Márcio Wesley Ferreira Dias.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição em vídeo pela leitura exclusiva deste
material.
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