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Manual Vazoes Sao Paulo DAEE 1994
Manual Vazoes Sao Paulo DAEE 1994
1. Introdução .................................................................................................................................. 1
ANEXO
Anexo 1 - Carta de Isoietas Médias
RELAÇÃO DE TABELAS
TABELA
PÁGINA
2.1 - Probabilidade de ocorrência de um evento hidrológico
em função do período de retorno ........................................................... 3
2.2 - Períodos de Retorno (T) mínimos ............................................................ 4
3.1 - Valores de Kp para coeficiente de assimetria (g) .................................... 10
3.2 - Vazões ou Descargas Máximas anuais observadas no Rio Jaguari ......... 11
3.3 - Determinação dos Xi .............................................................................. 12
3.4 - Método Gradex ...................................................................................... 15
3.5 - Eventos hidrológicos típicos observados no Ribeirão dos Meninos......... 19
3.6 - Coeficiente de Escoamento Superficial (runoff) ...................................... 25
3.7 - Grau de impermeabilização do solo em função de seu uso..................... 30
3.8 - Coeficientes Volumétricos de Escoamento ............................................. 31
4.1 - Parâmetros Regionais.............................................................................. 59
RELAÇÃO DE FIGURAS
FIGURA
PÁGINA
3.1 - Determinação de Vazões Máximas ....................................................... 6
3.2 - Curva de Freqüência ............................................................................. 16
3.3 - Hidrogramas Percentuais Típicos .......................................................... 20
3.4 - Relação chuva-área .............................................................................. 22
3.5 - Relação chuva-área p/ 3 horas de duração ........................................... 23
3.6 - Hidrograma admitido no método I-PAI-WU .......................................... 29
3.7 - Coeficiente de Distribuição Espacial da Chuva (K) ................................. 35
3.8 - Hidrograma Sintético e seus Parâmetros .............................................. 36
3.9 - Bacia Hidrográfica e Parâmetros ......................................................... 38
3.10 - Divisão de uma bacia em sub-bacias .................................................. 51
4.1 - Determinação de vazões médias e mínimas ......................................... 54
4.2 - Cálculo da precipitação anual média ................................................... 56
4.3 - Vazão específica média plurianual ........................................................ 58
4.4 - Volume de regularização ...................................................................... 64
4.5 - Regiões hidrológicas semelhantes ........................................................ 67
4.6 - Regiões semelhantes quanto ao parâmetro C7,m ................................. 70
4.7 - Isoietas da Bacia Hidrográfica do Rio Buquira ...................................... 71
ii
PRINCIPAIS SÍMBOLOS
T = período de retorno
Q = vazão de cheia
Qp = vazão máxima de projeto
Dt = intervalo do tempo de cálculo
A = área de drenagem da bacia
r = coeficiente médio de runoff
C = coeficiente de escoamento superficial
J,i = intensidade de chuva
tc = tempo de concentração
L = comprimento do talvegue
S = declividade equivalente do curso de água
v = velocidade média do escoamento
n = coeficiente de rugosidade de Manning
RH = raio hidráulico
K = coeficiente de distribuição espacial da chuva
ts = tempo de escoamento superficial
tp = tempo de pico
CI = coeficiente de forma
VI = volume do hidrograma no trecho ascendente
VT = volume total do hidrograma
C2 = coeficiente volumétrico de escoamento
Ie = precipitação efetiva
tr = “lag” ou tempo de retardamento da bacia
Lq = distância da seção de controle até a
projeção do centro de gravidade da bacia no talvegue
Ct = coeficiente numérico de Snyder
td = tempo de duração de chuva
tb = tempo de base do hidrograma
h = altura de chuva
h = altura de chuva uniforme
hexc = altura de chuva excedente
S = declividade equivalente do curso d’água
J = declividade média do curso d’água
Vesd = volume de escoamento superficial direto
Qb = vazão de escoamento de base
P = precipitação média anual
Q = vazão média de longo período
iii
iv
1 - INTRODUÇÃO
qualquer requer, usualmente, um estudo técnico-econômico que indique qual o risco
do capital aplicado nessas obras. Este risco está associado aos danos provocados por
evento hidrológico de mesma probabilidade que o de projeto e deve, portanto, ser
minimizado.
O risco de uma vazão produzida por uma chuva de 200 anos ocorrendo du-
rante a vida estimada da estrada (25 anos), é somente de 11,8% (TABELA 2.1). Este
risco é justificado, em vista do fato de que o custo adicional de um bueiro, projetado
para suportar um pico correspondente a uma chuva de período de retorno de 200
anos, seria maior do que o custo estimado do dano que poderia resultar em função da
dimensão adotada. E, mesmo construindo esse bueiro, a probabilidade teórica de que
ele não acarrete danos consideráveis é a complementar, que é de 88,2%, lembrando
que a vida estimada da obra é 25 anos.
n
1
R = 1− 1−
T
onde:
R����������������������������������������������������������������������
�����������������������������������������������������������������������
= Risco de Projeto ou probabilidade de falha no horizonte de planeja-
mento
T = Período de Retorno em anos;
n = Horizonte de planejamento em anos.
OBRAS DE MICRO DRE- TIPOS DE USO E OCUPA- T ( ANOS )
NAGEM ÇÃO DO SOLO
Residencial 2
Galerias e Ruas Comercial, Edif. Públicos 5
Comercial, Alta Valorização 5 a 10
OBRAS DE MACRO DRE- TIPO DE REVESTIMENTO T ( ANOS )
NAGEM
Terra
Gabião
50
Canal a céu aberto Pedra Argamassada
Rachão
Concreto 100
Pontes, Bueiros e Estruturas
Concreto 100
Afins
Canal em galeria Concreto 100
Diques marginais (em áreas
Concreto 100
urbanas)
Nota: Para os canais, pontes e bueiros convém obedecer uma borda livre mínima de
0,40 m.
anos, recomenda-se a aplicação da análise estatística, ajustando-se distribuições de
probabilidade à série de dados. Recomenda-se neste estudo a aplicação do MÉTODO
LOG-PEARSON TIPO III.
FIGURA 3.1 - DETERMINAÇÃO DE VAZÕES MÁXIMAS
3.1.1 - LOG-PEARSON III
Estas distribuições estatísticas permitem, então, que com uma série de ex-
tensão restrita, como é o caso dessas séries de 25 anos, obtenham-se vazões com
períodos de retorno superiores a estes 25 anos.
de probabilidade melhor se ajusta aos dados disponíveis.
logaritmos: X1,X2,X3...Xi...XN.
N
∑ ( X i − Mx )2
i=1
Sx =
N−1 (3.2)
N2
g= (Mx 3 − 3Mx 2Mx + 2Mx 3 )
(N − 1)(N − 2) (3.3)
N N
∑ x i3 ∑ x i2
i=1 i=1
Mx 3 = Mx 2 =
N (3.4) e N (3.5)
Intervalo de recorrência em anos
Coeficiente
2 5 10 25 50 100 200 1000
de
Porcentagem de probabilidade de ocorrência
assimetria
50 20 10 4 2 1 0,5 0,1
3,0 -0,396 0,420 1,180 2,278 3,152 4,051 4,970 7,250
2,5 -0,360 0,518 1,250 2,262 3,048 3,845 4,652 6,600
2,2 -0,330 0,574 1,284 2,240 2,970 3,705 4,444 6,200
2,0 -0,307 0,609 1,302 2,219 2,912 3,605 4,298 5,910
1,8 -0,282 0,643 1,318 2,193 2,848 3,499 4,147 5,660
1,6 -0,254 0,675 1,329 2,163 2,780 3,388 3,990 5,390
1,4 -0,225 0,705 1,337 2,128 2,706 3,271 3,828 5,110
1,2 -0,195 0,732 1,340 2,087 2,626 3,149 3,661 4,820
1,0 -0,164 0,758 1,340 2,043 2,542 3,022 3,489 4,540
0,9 -0,148 0,769 1,339 2,018 2,498 2,957 3,401 4,395
0,8 -0,132 0,780 1,336 1,998 2,453 2,891 3,312 4,250
0,7 -0,116 0,790 1,333 1,967 2,407 2,824 3,223 4,105
0,6 -0,099 0,800 1,328 1,939 2,359 2,755 3,132 3,960
0,5 -0,083 0,808 1,323 1,910 2,311 2,686 3,041 3,815
0,4 -0,066 0,816 1,317 1,880 2,261 2,615 2,949 3,670
0,3 -0,050 0,824 1,309 1,849 2,211 2,544 2,856 3,525
0,2 -0,033 0,830 1,301 1,818 2,159 2,472 2,763 3,380
0,1 -0,017 0,836 1,292 1,785 2,107 2,400 2,670 3,235
0 0,000 0,842 1,282 1,751 2,054 2,326 2,576 3,090
-0,1 0,017 0,836 1,270 1,716 2,000 2,252 2,482 2,950
-0,2 0,033 0,850 1,258 1,680 1,945 2,178 2,388 2,810
-0,3 0,050 0,853 1,245 1,643 1,890 2,104 2,294 2,675
-0,4 0,066 0,855 1,231 1,606 1,834 2,029 2,201 2,540
-0,5 0,083 0,856 1,216 1,567 1,777 1,955 2,108 2,400
-0,6 0,099 0,857 1,200 1,528 1,720 1,880 2,016 2,275
-0,7 0,116 0,857 1,183 1,488 1,663 1,806 1,926 2,150
-0,8 0,132 0,856 1,116 1,448 1,606 1,733 1,837 2,035
-0,9 0,148 0,854 1,147 1,407 1,549 1,660 1,749 1,910
-1,0 0,164 0,852 1,128 1,366 1,492 1,588 1,664 1,800
-1,2 0,195 0,844 1,086 1,282 1,379 1,449 1,501 1,625
-1,4 0,225 0,832 1,041 1,198 1,270 1,318 1,351 1,465
-1,6 0,254 0,817 0,994 1,116 1,166 1,197 1,216 1,280
-1,8 0,282 0,799 0,945 1,035 1,069 1,087 1,097 1,130
-2,0 0,307 0,777 0,895 0,959 0,980 0,990 0,995 1,000
-2,2 0,330 0,752 0,844 0,888 0,900 0,905 0,907 0,910
-2,5 0,360 0711 0,771 0,793 0,798 0,799 0,800 0,802
-3,0 0,396 0,636 0,660 0,666 0,666 0,667 0,667 0,668
10
3.1.1.2 - EXEMPLO DE APLICAÇÃO
N Q (m³/s) N Q (m³/s)
1 490 18 167
2 425 19 165
3 314 20 163
4 302 21 153
5 289 22 139
6 250 23 135
7 244 24 123
8 240 25 121
9 237 26 116
10 225 27 113
11 212 28 109
12 212 29 102
13 206 30 96
14 205 31 95
15 182 32 93
16 171 33 76
17 169 34 52
11
N Xi=log Q X² X³ N Xi=log Q X² X³
1 2,69 7,24 19,47 18 2,22 4,93 10,94
2 2,63 6,92 18,19 19 2,22 4,93 10,94
3 2,50 6,25 15,63 20 2,21 4,88 10,79
4 2,48 6,15 15,25 21 2,18 4,75 10,36
5 2,46 6,05 14,89 22 2,14 4,58 9,80
6 2,40 5,76 13,82 23 2,13 4,54 9,66
7 2,39 5,71 13,65 24 2,09 4,37 9,13
8 2,38 5,66 13,48 25 2,08 4,33 9,00
9 2,37 5,62 13,31 26 2,06 4,24 8,74
10 2,35 5,52 12,98 27 2,05 4,20 8,62
11 2,33 5,43 12,65 28 2,04 4,16 8,49
12 2,33 5,43 12,65 29 2,01 4,04 8,12
13 2,31 5,34 12,33 30 1,98 3,92 7,76
14 2,31 5,34 12,33 31 1,98 3,92 7,76
15 2,26 5,11 11,54 32 1,97 3,88 7,65
16 2,23 4,97 11,09 33 1,88 3,53 6,64
17 2,23 4,97 11,09 34 1,72 2,96 5,09
Mx2 = 4,99
Mx3 = 11,29
Mx = 2,22
Sx = 0,212
12
4. Calcular o coeficiente de assimetria:
g = 0,70
Kp = 2,824
3.1.2 - GRADEX
Proposto por GUILLOT (04), este método pode ser incluído no conjunto dos
procedimentos de cálculo que correlacionam os resultados da análise de freqüência
de dados de precipitações intensas e de vazões máximas. As extrapolações dos valores
de vazão com períodos de retorno maiores que 10 anos são efetuadas baseando-se
exclusivamente na análise dos gradientes de chuvas intensas. Recomenda-se sua apli-
cação nos casos em que as séries de dados se situem entre 10 e 25 anos.
a) a retenção média de água numa bacia hidrográfica atinge seu limite para
vazões com o período de retorno igual a 10 anos. Para períodos de retorno maiores,
a todo suplemento de precipitação corresponderá um igual acréscimo de escoamento
superficial;
13
b) a freqüência das precipitações diárias ou horárias máximas anuais tem
um acréscimo exponencial do tipo e-X/A, que se traduz num gráfico de GUMBEL por
uma reta de tangente A. Denomina-se o parâmetro A de GRADEX, o qual caracteriza
a probabilidade ou o risco de ocorrência de chuvas intensas numa dada bacia.
Dessas duas hipóteses decorre que a função de repartição das vazões ex-
tremas pode ser extrapolada, após a vazão decenal, paralelamente à função de distri-
buição das precipitações extremas, ou seja, através de uma reta de tangente igual ao
GRADEX. A extrapolação deve ser efetuada sobre um gráfico de GUMBEL, conforme
a hipótese b, e o intervalo de tempo para os cálculos deve ser próximo ao tempo de
base dos hidrogramas característicos.
As vazões de pico foram analisadas como série parcial de 4 valores por ano,
tendo por objetivo obter somente uma estimativa da vazão de pico com 10 anos de
período de retorno, mas satisfazendo as condições de aplicação do método GRADEX.
14
vazões máximas. Note-se que o ponto de partida nesse caso corresponde à estimativa
da vazão com 10 anos de período de retorno e que a declividade da reta é idên-
tica àquela do ajuste das observações pluviométricas, conforme estabelece o método
GRADEX.
15
FIGURA 3.2 - CURVA DE FREQÜÊNCIA
16
3.1.3 - CTH
P(%) P
Q= ⋅ A ⋅ PP ⋅ r ⋅ A
100.Dt PP (3.7)
Onde:
P = Porcentagem do pico do hidrograma percentual de projeto; [P] = (%)
Dt = intervalo de tempo de cálculo; [t] = s;
A = área de drenagem da bacia; [A] = m²;
Pp = precipitação de projeto no ponto;
r = coeficiente médio de runoff;
Pa/Pp = coeficiente de dispersão na área A (relação chuva na área - chuva no
ponto).
A aplicação do método empírico requer que se faça uma síntese das princi-
pais características de eventos hidrológicos típicos observados nas bacias em estudo.
Uma sinopse de cada um dos eventos hidrológicos deve compreender:
- Alturas pluviométricas registradas em cada posto durante a tormenta;
- Isoietas da chuva acumulada em cada posto;
- Curva de distribuição cronológica da chuva média acumulada sobre a bacia
e em porcentagem;
- Hietograma da chuva bruta geradora da cheia;
- Hidrograma de volume unitário de deflúvio direto com as ordenadas em
porcentagem;
17
- Tempos característicos do hidrograma de cheia;
- Relação chuva na área-chuva no ponto;
- Coeficiente de runoff;
- Tempo de duração da chuva bruta.
O Método CTH foi aplicado à bacia do ribeirão dos Meninos, em São Paulo -
SP. Na TABELA 3.5 apresenta-se uma síntese das principais características dos eventos
hidrológicos típicos observados na bacia do ribeirão dos Meninos. Foram selecionados
10 eventos hidrológicos mais representativos das enchentes na bacia.
18
de volume unitário de deflúvio direto típicos da bacia. Estes hidrogramas foram agru-
pados em famílias, em função das semelhanças entre si.
Precipitação Tempo de
Duração
Máx. Porcent. Deflúvio Volume Re- Coef.
Carga Vazão Ascen-
EVENTO
19
FIGURA 3.3 - HIDROGRAMAS PERCENTUAIS TÍPICOS - RIBEIRÃO DOS MENINOS
20
de menor duração.
Com base nos estudos realizados pode-se, por exemplo, adotar para definição
de enchentes de projeto o seguinte critério:
- duração da chuva efetiva: td = 2 horas
- período de retorno da chuva máxima no ponto: T = 50 anos
- altura precipitada com T = 50 anos e td = 2 horas:
Pp= 85,9 mm
- coeficiente de dispersão: Pa / Pp = 0,60
- porcentagem de pico do hidrograma de volume unitário:
Ppico = 18%
- intervalo de tempo de cálculo = 1800 s (corresponde ao intervalo de leitura
das observações).
21
FIGURA 3.4 - ALTURAS PLUVIOMÉTRICAS MÉDIAS DE VÁRIOS EVENTOS EM FUNÇÃO DAS ÁREAS ABRANGIDAS PELAS
MESMAS, E PARA VÁRIAS DURAÇÕES
22
FIGURA 3.5 - RELAÇÃO CHUVA NA ÁREA/CHUVA NO PONTO, PARA TORMENTAS DE 3 HORAS DE DURAÇÃO
23
Em contrapartida, são as pequenas bacias as que mais comumente se apre-
sentam no dia a dia do engenheiro envolvido no dimensionamento de obras hidráuli-
cas.
3.2.1 - RACIONAL
Para bacias que não apresentam complexidade e que tenham até 2 km² de
área de drenagem, é usual que a vazão de projeto seja determinada pelo MÉTODO
RACIONAL. Esse método foi introduzido em 1889 e é largamente utilizado nos Es-
tados Unidos e em outros países. Embora tenha sido freqüentemente sujeito a críti-
cas acadêmicas por sua simplicidade, nenhum outro método foi desenvolvido dentro
de um nível de aceitação geral. O Método Racional, adequadamente aplicado, pode
conduzir a resultados satisfatórios em projetos de drenagem urbana, que tenham es-
truturas hidráulicas como galerias, bueiros, etc, e ainda para estruturas hidráulicas
projetadas em pequenas áreas rurais.
Q = 166,67 . C . i . A . D (3.8)
Onde:
Q = vazão máxima; [Q] = l/s,
C = coeficiente de escoamento superficial, função das características da ba-
cia em estudo.
24
Para: A < 50 ha, D=1
L
A > 50 ha D = 1− 0,009 ⋅
2
onde L = comprimento do talvegue, em km.
0 ,385
L3
t c = 57 ⋅
Dh (3.9)
25
Onde:
tc = tempo de concentração; [tc] = min,
L = comprimento do talvegue do curso de água ; [L] = km,
Dh = diferença de nível; [ Dh ] = m.
L
tc =
V (3.10)
Onde:
tc = tempo de concentração ; [tc] = s,
L = comprimento do talvegue do curso de água principal; [L] = m,
V = velocidade média de escoamento no curso de água; [V] = m/s
1 2 1
V = RH 3 J 2
n (3.11)
Onde:
V = velocidade média; [V] = m/s,
n = coeficiente de rugosidade, segundo Manning;
Rh = raio hidráulico; [Rh] = m,
J = declividade média do curso de água; [J ] = m/m.
3.2.2 - I-PAI-WU
26
A fórmula racional, apesar de não se constituir na metodologia de cálculo
mais recomendável em projetos da moderna engenharia, permite, entretanto, um
aperfeiçoamento através de uma análise e ajuste dos diversos fatores intervenientes.
Os fatores adicionais a serem considerados na fórmula Racional referem-se ao arma-
zenamento na bacia, à distribuição da chuva e à forma da bacia. Sua aplicação torna-
se adequada na medida em que se exerce um julgamento criterioso das inúmeras
variáveis em jogo no desenvolvimento de uma cheia.
Onde:
Q = vazão de cheia [Q] = m3/s,
C = coeficiente de escoamento superficial,
i = intensidade da chuva crítica; [i] = mm/h,
A = área da bacia de contribuição ; [A] = km²,
K = coeficiente de distribuição espacial da chuva.
No Método Racional admite-se que a chuva crítica, numa dada bacia hidrográfica,
27
tenha uma duração igual ao tempo de concentração. Entretanto, em bacias de forma
alongada, no sentido do talvegue, o tempo de concentração poderá ser superior ao
tempo de pico. Isto corresponde a dizer que a chuva que cai na parte mais remota da
bacia chegará tarde demais à seção estudada para contribuir para a vazão máxima.
Assim, o efeito da forma da bacia pode ser considerado através do coeficiente de
forma (C1).
C1 = tp / tc (3.13)
Onde:
tc = tempo de concentração,
tp = tempo de pico.
4
C1 =
( 2 + F) (3.14)
Onde (F) é o fator de forma da bacia, que relaciona a forma da bacia com um
círculo de mesma área, ou seja, ele mede a taxa de alongamento da bacia. Assim se
uma bacia fosse exatamente circular F = 1.
Levando-se em conta apenas o formato das bacias, C1 deverá ser menor que
1 para bacias alongadas. No Método Racional admite-se C1 = 1.
Adotando-se
����������������������������������������������������������������������
a nomenclatura utilizada nos estudos de I-PAI-WU (08), de-
monstra-se que o coeficiente de escoamento da fórmula racional pode ser calculado
por:
C2
C=f
C1 (3.15)
Onde:
2V1
f=
V (3.16)
28
O parâmetro ( f ) é a relação entre o volume de escoamento da parte ascen-
dente do hidrograma ( V1 ), admitindo este com forma triangular, e o volume total do
escoamento superficial ( VT ), FIGURA 3.6.
Onde:
Ie - representa a quantidade de chuva efetiva que passa pela seção estudada,
ou seja, são descontadas as perdas durante a ocorrência da chuva de projeto.
Essas perdas na chuva de projeto são devidas à infiltração no solo, à inter-
ceptação pela cobertura vegetal e ao efeito do armazenamento de água superficial em
29
pontos específicos na bacia.
30
GRAU DE IMPERMEABILIDADE COEFICIENTE VOLUMÉTRICO DE
DA SUPERFÍCIE ESCOAMENTO
Baixo 0,30
Médio 0,50
Alto 0,80
( SC2I.A I )
C2 =
A (3.18)
31
base, esta última admitida como sendo da ordem de 10% daquela. Assim, obtém-se a
vazão máxima de projeto.
(3.19)
Onde:
[L] = km
[J] = m/m
[S] = m/m, para transformar em m/km, deve-se multiplicar por 1000.
OBS: Uma prática comum é adotar os Li como sendo a distância entre curvas
de nível consecutivas, medidas em planta.
32
Onde:
L = comprimento do talvegue do rio, [L] = km
A = área da bacia de contribuição, [A] = km²
0 ,385
L2
t c = 57
S
Onde:
tc = tempo de concentração, [tc] = min,
L = comprimento do talvegue do rio, [L] = km,
S = declividade equivalente, [S] = m/km.
33
2 C2
C= ⋅
1 + F C1
Onde:
V = volume total do hidrograma, [V] = m³,
i = intensidade da chuva, [i] = mm/h,
tc = tempo de concentração, [tc] = horas,
A = área da bacia de contribuição, [A] = km²,
C2 = coeficiente volumétrico de escoamento,
K = coeficiente de distribuição espacial da chuva.
Q = 0,278 . C . i . A0,9 . K
Onde:
Q = vazão de cheia, [Q] = m³/s,
i = intensidade da chuva, [i] = mm/h,
A = área da bacia de contribuição, [A] = km².
Qb = 0,10 . Q
Qp = Qb + Q
34
FIGURA 3.7 - COEFICIENTE DE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA CHUVA (K)
35
3.2.3 - PROF. KOKEI UEHARA
36
Onde:
Q = vazão de cheia,
td = duração da chuva,
tr = tempo de retardamento,
tc = tempo de concentração,
tb = tempo de base do hidrograma, varia entre 3,0 tc a 3,5 tc.
Ct
tr = (L.La)0,3
1,33 (3.22)
onde:
37
FIGURA 3.9 - BACIA HIDROGRÁFICA E PARÂMETROS
Onde:
tr
td =
4,0 (3.23)
onde:
38
A altura da precipitação (h) é o resultado da aplicação das equações de chu-
vas, utilizando-se, como parâmetros o tempo de duração da chuva (td) e o período de
retorno (T).
h = i.td (3.24)
h = K.h (3.25)
Como neste método as áreas das bacias hidrográficas são maiores, o tipo de
uso do solo pode variar. Então, o coeficiente de escoamento superficial (C) utilizado
neste método é o resultado da média ponderada, calculado através da seguinte ex-
pressão:
Onde C1, C2 ... Cn correspondem aos diferentes usos de solo nas respectivas
áreas A1, A2 ... An, lembrando que A = SAi.
39
O coeficiente de escoamento superficial deve, então ser introduzido nos cál-
culos. Isto se faz ao tomar o produto entre a altura da chuva uniforme sobre toda a
bacia ( h ) e o coeficiente de escoamento superficial, determinando a altura excedente
de chuva (hexd). Esta é a parcela de chuva que de fato, vai se transformar em escoa-
mento superficial:
Onde:
40
d) Determinar o centro de gravidade (CG) da bacia.
e) Determinar a distância do centro de gravidade projetada no talvegue até
a seção em estudo: [ La ] = km
0 ,385
L2
tc = 57
S
Onde:
Ct
tr = (L.La)0,3
1,33
Onde:
[tr] = h
[L] = km
[La] = km.
41
tr
td =
4,0
Onde:
[td] = h
[tr] = h
h = K.h
Onde:
h = mm
[h=mm]
n) Determinar a chuva excedente (hexd)
hexd = C.h
Onde:
[hexd] = mm
h = mm
42
o) Determinar o volume de escoamento superficial direto (Vesd)
Vesd = 1000.hexd . A
Onde:
[hexd] = mm
[A] = km²
[Vesd] = m³
2.Vesd
Q=
tb.3600
Onde:
[Q] = m³/s
[Vesd] = m³
[tb] = h
Qb = 0,10 . Q
Qp = Qb + Q
43
Área da bacia 270 km²
Perímetro da bacia 82,0 km
Índice de compacidade 1,41
Declividade equivalente 0,0018 m/m
Densidade de drenagem 9,95 km/km²
Comprimento do talvegue 35,0 km
Ocupação do solo: pastagens, cafezais e pequena área
0,30
urbanizada
Distância do centro de gravidade da bacia até a zona
13,0 km
urbanizada de Catanduva
3.2.4.1 - I-PAI-WU
L 35,0
F= 1
= 1
= 1,88
A 2 270 2
2⋅ 2⋅
π π
L = comprimento do talvegue do rio, em km
A = área da bacia, em km2
- Tempo de concentração
0 ,385 0 ,385
L2 35,0 2
tc = 57 = 57
S 1,8
tc = 702 minutos = 11,7 horas
S = declividade equivalente do perfil longitudinal do rio, em m/km
44
- Cálculo do coeficiente volumétrico de escoamento (C2)
- Cálculo do coeficiente C1
tp 4
C1 = =
tc 2 + F
tp = tempo de ascensão
tc = tempo de concentração
F = fator de forma
4
C1 = = 1,03
2 + 1,88
- Cálculo de C
C2 2 0,30 2
C= ⋅ = ⋅ = 0,20
C1 1+ F 1,03 1+ 1,88
45
- Cálculo da vazão de cheia ( T = 50 anos )
Q = 0,278 . C . i . A0,9 . K
Com a fórmula estabelecida para o Planalto Paulista, pelo Engº Adolfo San-
tos Junior
tc = 43,6 . A0,514
46
0 ,385 0 ,385
L2 L2
tc = 57 = 57
S 1,8
2,2
tr = ⋅ (L.La)0,3
1,33
2,2
tr = ⋅ (35 × 13)0,3 = 10,37 h
1,33
10,37
td = = 2,59 h
4,0
47
- Cálculo da chuva intensa, em função da equação da chuva de Bauru, dura-
ção da chuva td = 2,59 horas = 155 minutos, e período de retorno de T = 50 anos.
h = 100,4 mm
K = f(A, td)
onde: A é a área da bacia e
td a duração da chuva
A = 270 km2
td = 2,59 h
K = 0,84
48
- segundo a fórmula empírica do Engº Adolfo Santos Junior para o Altiplano
Paulista
K = 0,848 . A-0,0564
A = área da bacia ...... km2
K = 0,848 . 270-0,0564 = 0,62
Essa expressão não leva em consideração a duração da chuva. Por isso ado-
tar-se-á K = 0,84 do Prof. Ven Te Chow.
49
Este valor está próximo do resultado do cálculo obtido pelo método de I-PAI-
WU, Qp = 96,8 m3/s.
50
FIGURA 3.10 - DIVISÃO DE UMA BACIA EM SUB-BACIAS
onde (KA) é uma constante de armazenamento, que é assumida constante para todas
as vazões, e (XP) é um fator da ponderação. (KA) tem unidade de tempo e é próximo do
tempo de trânsito da onda de cheia. (XP) na prática varia entre 0 e 0,5, sendo utilizado
normalmente igual a 0,2 para canais naturais, segundo Croley (13).
Os valores de (KA) e (XP) devem ser determinados a partir de hidrogramas
observados. Na ausência de dados, valem estimativas indiretas do tempo de trânsito e
da adoção de parâmetros médios regionais.
51
Assumindo-se a seguinte forma aproximativa da equação da continuidade
para um intervalo Dt :
Onde:
CM1 = (KA XP + Dt/2) / (KA - KA XP - Dt/2)
Note-se que Cm1 + Cm2 + Cm3 = 1, o que se constitui numa forma prática
de verificar se os valores das constantes estão de acordo.
52
4 - CÁLCULO DE VAZÕES MÉDIAS E MÍNIMAS
Para locais onde a extensão da série histórica de dados fluviométricos for in-
ferior a 10 anos, recomenda-se a utilização do “Estudo de Regionalização de variáveis
hidrológicas”, desenvolvido pelo DAEE (14).
53
FIGURA 4.1 - DETERMINAÇÃO DE VAZÕES MÉDIAS E MÍNIMAS
Esse estudo baseou-se nos totais anuais precipitados em 444 postos pluvio-
métricos, o que permitiu a elaboração da carta de isoietas médias anuais, as séries de
descargas mensais observadas em 219 estações fluviométricas e as séries históricas
de vazões diárias de 88 postos fluviométricos.
54
- vazão média de longo período;
- vazão mínima de duração variável de um a seis meses associada à probabi-
lidade de ocorrência;
- curva de permanência de vazões;
- volume de armazenamento intra-anual necessário para atender dada de-
manda, sujeito a um risco conhecido;
- vazão mínima de sete dias associada à probabilidade de ocorrência;
dessa vazão ( Qesp ) com o total anual médio precipitado na bacia hidrográfica ( P ).
Qesp = a + b.P
(4.1)
Para que o cálculo da regressão entre chuva média anual (mm/ano) e vazão
específica média plurianual (l/s.km²) pudesse ser realizado, foi elaborado um mapa de
isoietas para o Estado de São Paulo, na escala 1:1.000.000 (ver ANEXO 1) baseado
nas informações observadas em 444 estações pluviométricas. A partir desse mapa cal-
culou-se a precipitação média plurianual em cada uma das 219 bacias hidrográficas
selecionadas que possuem série histórica de vazão. Em bacias hidrográficas com gran-
des áreas de drenagem, maior que 5000 km², foram utilizados dados de precipitação
e vazão parciais, ou seja, correspondentes à área de drenagem compreendida entre o
posto e o resto(s) imediatamente a montante. A precipitação média anual (P) em cada
uma dessas bacias foi calculada pela média ponderada da precipitação, interpolada
entre duas isoietas consecutivas (Pi*), e a área de drenagem ( Ai ) entre essas mesmas
isoietas. Assim:
P=
( )
S A i .Pi*
SA i (4.2)
55
conforme esquema apresentado na FIGURA 4.2.
P=
( )
S A i .Pi*
SA i
Pi* = chuva média na área Ai, obtida por interpolação entre Pi e Pi+1
56
A FIGURA 4.3 mostra a equação das retas de regressão nas quatro regiões homogê-
neas identificadas no estudo, e os respectivos coeficientes de correlação. Na TABELA
4.1, de parâmetros regionais encontram-se listados os valores de (a) e (b) da reta de
regressão, onde com o auxílio da FIGURA 4.5 é possível localizar espacialmente cada
uma dessas regiões homogêneas.
Q = Qesp .A (4.3)
onde:
Q = vazão média de longo período [ Q ] = l/s
Qesp = vazão específica média plurianual [ Qesp ] = l/s.km²
57
Região 1: Qesp = 0,0292.P − 2 2 ,14
Região 3: Qesp = 0,0278.P − 2 6 , 2 3
R=0,8722 R=0,9402
A -22,14 0,0292 0,708 0,674 0,655 0,641 0,607 0,581 0,3532 0,0398 2,608 2,045 1,618 1,325 1,165 1,093 0,950 0,810 0,693 0,590 0,535 0,498 0,443 0,393 0,348 0,260
B -29,47 0,0315 0,708 0,674 0,655 0,641 0,607 0,581 0,4174 0,0426 2,150 1,734 1,505 1,366 1,250 1,153 0,994 0,846 0,745 0,640 0,588 0,545 0,498 0,430 0,371 0,165
C -29,47 0,0315 0,748 0,723 0,708 0,698 0,673 0,656 0,4174 0,0426 2,150 1,734 1,505 1,366 1,250 1,153 0,994 0,846 0,745 0,640 0,588 0,545 0,498 0,430 0,371 0,165
D -22,14 0,0292 0,708 0,674 0,655 0,641 0,607 0,581 0,5734 0,0329 1,947 1,597 1,394 1,271 1,193 1,111 0,996 0,897 0,820 0,727 0,687 0,646 0,607 0,560 0,510 0,423
E -22,14 0,0292 0,708 0,674 0,655 0,641 0,607 0,581 0,4775 0,0330 2,142 1,676 1,496 1,372 1,278 1,160 0,960 0,834 0,744 0,664 0,626 0,580 0,546 0,504 0,440 0,358
F -22,14 0,0292 0,708 0,674 0,655 0,641 0,607 0,581 0,6434 0,0252 1,797 1,533 1,400 1,297 1,232 1,165 1,003 0,905 0,822 0,743 0,715 0,672 0,643 0,598 0,558 0,465
G -26,23 0,0278 0,632 0,588 0,561 0,543 0,496 0,461 0,4089 0,0332 2,396 1,983 1,664 1,442 1,255 1,121 0,923 0,789 0,679 0,592 0,547 0,506 0,469 0,420 0,363 0,223
H -29,47 0,0315 0,748 0,723 0,708 0,698 0,673 0,656 0,4951 0,0279 2,089 1,788 1,579 1,389 1,239 1,118 0,957 0,845 0,750 0,664 0,627 0,590 0,538 0,490 0,434 0,324
I -29,47 0,0315 0,708 0,674 0,655 0,641 0,607 0,581 0,6276 0,0283 1,913 1,538 1,365 1,270 1,173 1,103 0,980 0,895 0,808 0,740 0,705 0,673 0,635 0,585 0,540 0,413
J -29,47 0,0315 0,708 0,674 0,655 0,641 0,607 0,581 0,4741 0,0342 2,272 1,792 1,526 1,366 1,231 1,125 0,948 0,807 0,715 0,628 0,596 0,566 0,523 0,462 0,414 0,288
K -26,23 0,0278 0,689 0,658 0,639 0,626 0,595 0,572 0,4951 0,0279 2,089 1,788 1,579 1,389 1,239 1,118 0,957 0,845 0,750 0,664 0,627 0,590 0,538 0,490 0,434 0,324
L -26,23 0,0278 0,759 0,733 0,717 0,706 0,677 0,654 0,6537 0,0267 1,770 1,517 1,390 1,310 1,225 1,158 1,012 0,915 0,827 0,748 0,717 0,667 0,628 0,583 0,527 0,420
M -4,62 0,0098 0,759 0,733 0,717 0,706 0,677 0,654 0,6141 0,0257 1,970 1,666 1,468 1,294 1,181 1,096 0,961 0,874 0,790 0,714 0,679 0,646 0,604 0,570 0,516 0,429
N -26,23 0,0278 0,689 0,658 0,639 0,626 0,595 0,752 0,4119 0,0295 2,396 1,983 1,664 1,442 1,225 1,121 0,923 0,789 0,679 0,592 0,547 0,506 0,469 0,420 0,363 0,223
O -26,23 0,0278 0,689 0,658 0,639 0,626 0,595 0,752 0,3599 0,0312 2,408 2,010 1,750 1,538 1,346 1,179 0,935 0,775 0,645 0,574 0,505 0,462 0,418 0,374 0,316 0,170
P -26,23 0,0278 0,619 0,577 0,552 0,535 0,492 0,459 0,3599 0,0312 2,408 2,010 1,750 1,538 1,346 1,179 0,935 0,775 0,645 0,574 0,505 0,462 0,418 0,374 0,316 0,170
Q -4,62 0,0098 0,633 0,572 0,533 0,504 0,426 0,358 0,6537 0,0267 1,770 1,517 1,390 1,310 1,225 1,158 1,012 0,915 0,827 0,748 0,717 0,667 0,628 0,583 0,527 0,420
R -4,62 0,0098 0,661 0,629 0,610 0,598 0,568 0,546 0,6141 0,0257 1,940 1,640 1,453 1,320 1,203 1,113 0,967 0,873 0,803 0,713 0,670 0,627 0,577 0,527 0,463 0,340
S -4,62 0,0098 0,661 0,629 0,610 0,598 0,568 0,546 0,5218 0,0284 2,325 1,823 1,588 1,352 1,188 1,097 0,925 0,810 0,708 0,633 0,598 0,563 0,525 0,488 0,420 0,293
T -4,62 0,0098 0,661 0,629 0,610 0,598 0,568 0,546 0,4119 0,0295 2,471 2,156 1,751 1,468 1,324 1,109 0,880 0,781 0,674 0,581 0,517 0,481 0,429 0,380 0,316 0,241
U -4,62 0,0098 0,594 0,518 0,469 0,433 0,330 0,240 0,4119 0,0295 2,471 2,156 1,751 1,468 1,324 1,109 0,880 0,781 0,674 0,581 0,517 0,481 0,429 0,380 0,316 0,241
59
4.1.2 - VAZÕES MÍNIMAS DE (d) MESES CONSECUTIVOS
Qd
Xd = (4.4)
Qd
- LOG-NORMAL 3 PARÂMETROS
- PEARSON TIPO III
- LOG-PEARSON TIPO III
- EXTREMOS TIPO III
- LOG-EXTREMOS TIPO III
Dessas cinco distribuições, três (log-Pearson tipo III, extremos tipo III e log-
extremos tipo III), apresentaram na grande maioria dos casos, valores muito próximos
para períodos de retorno entre 5 e 100 anos. A distribuição EXTREMOS TIPO III foi
selecionada principalmente por já ter sido empregada em estudos realizados anterior-
mente, e pela boa aderência verificada.
60
A semelhança entre as distribuições acumuladas para as diversas durações
permitiu agrupar as doze amostras numa única. Portanto, a variável (Xd) não depende
mais da duração (d), e a EQUAÇÃO (4.4) pode ser reescrita:
Qd
X= (4.5)
Qd
1
Fx (x ) = (4.7)
T
substituindo-se a EQUAÇÃO (4.7) na EQUAÇÃO (4.6) pode-se calcular o
valor de ( XT ) da variável aleatória (X) em função do período de retorno (T):
1
1 α
X T = γ + (β − γ ).− l n 1− (4.8)
T
61
Q d,T = X T .Qd (4.9)
ou seja, para se calcular a vazão mínima de duração (d) de período de retorno (T)-
(Qd,T) é preciso determinar a média das vazões mínimas de duração (d) meses ( Qd
). Em estudos realizados, verificou-se que a média das vazões de estiagem ( Qd ) varia
linearmente com a duração (d). O mesmo comportamento foi comprovado neste estu-
do para valores (d) menores ou iguais a seis meses. Assim sendo, é possível representar
essa vazão média ( Qd ) por uma equação do tipo:
Qd a b
= + ⋅d (4.11)
Q Q Q
a b
Substituindo-se ( ) e ( ) por (A) e (B) respectivamente, tem-se:
Q Q
Qd = (A + B.d).Q (4.12)
62
de (d) meses de duração e probabilidade de ocorrência (1/T) a partir da vazão média
de longo período, já que os parâmetros ( XT ), (A) e (B) são conhecidos para todo o
Estado. Deve-se lembrar ainda que como a vazão média de longo período ( Q ) pode
ser obtida a partir da vazão específica média plurianual ( Qesp ) - EQUAÇÃO (4.1), o
resultado fica bastante simplificado.
Quando
�����������������������������������������������������������������������
a demanda a ser atendida supera a vazão mínima que pode ocorrer
num curso de água, muitas vezes com armazenamento relativamente pequeno, pode-
se aumentar significativamente o nível de atendimento da demanda, sem incorrer nos
gastos requeridos por aproveitamentos com regularização plurianual.
63
QF = Vazão firme a ser regularizada (m³/s)
XT = Fator relativo à probabilidade de sucesso
A e B = Coeficientes da reta de regressão da média das vazões mínimas
Q = Vazão média de longo período (m³/s)
K = Número de segundos de um mês
d = Duração em meses
64
Algebricamente, obtém-se o volume de regularização pela maximização da
função:
[ ]
VR = QF − X T .(A + B . d ). Q . K . d (4.14)
onde (QF) é a vazão firme a ser regularizada com dada probabilidade de sucesso implí-
cito no fator (XT), (A) e (B) são os coeficientes da reta de regressão entre a média das
vazões mínimas ( Qd ) e a duração (d), ( Q ) é a média de longo período e (K) o número
de segundos do mês.
VC =
[Q − (X
F T .A.Q )]2.K (4.15)
4.X T .B.Q
dC =
(
QF − X T .A.Q ) (4.16)
2.X T .B.Q
65
excedida.
A
�����������������������������������������������������������������������������
regionalização das curvas de permanência foi realizada a partir da análise
das freqüências acumuladas, calculadas para as séries de vazões mensais observadas,
em cada um dos 219 postos fluviométricos estudados. Para que os resultados pudes-
sem ser comparados, as séries originais foram padronizadas dividindo-se as vazões
mensais pela média de longo período da série ( Q ). Assim a variável padronizada é
definida por:
Q
q= (4.17)
Q
i
P = Fq(q≥ qi ) = (4.18)
N
onde (i) representa o número seqüencial do valor (qi) da variável (q) na série ordenada,
(N) o número total de elementos na série e ( Fq(q≥qi ) ) a freqüência com que o valor (qi)
é excedido ao longo do traço histórico.
QP = qP .Q (4.19)
66
FIGURA 4.5 - REGIÕES HIDROLÓGICAS SEMELHANTES
Uma solicitação freqüente sobre vazões mínimas refere-se àquela com sete
dias de duração, cuja vantagem é sofrer menos influência de erros operacionais e
67
intervenções humanas no curso de água do que a vazão mínima diária, além de ser
suficientemente mais detalhada que a vazão mínima mensal. Assim, esta vazão é uti-
lizada com freqüência como indicador da disponibilidade hídrica natural num curso de
água.
QN
XN = ⋅ n =7,30,60,....180 dias (4.20)
QN
Dessa forma, para se calcular a vazão mínima anual de sete dias consecutivos
e período de retorno (T) anos é necessário obter a média dessas vazões mínimas de
sete dias ( Q7 ). Com esse objetivo foram analisadas as séries diárias de 88 postos flu-
viométricos, a partir das quais calculou-se o valor de Q7 . Passou-se então a estudar
a relação ( C7,m ) entre a média das mínimas anuais de sete dias consecutivos ( Q7 ) e
a média das mínimas anuais de um mês ( Qm ) definida por:
68
Q7
C7,m = (4.22)
Qm
Analisando-se os valores de C7,m para os 88 postos foi possível definir três
regiões que aparecem delimitadas na FIGURA 4.6.
Substituindo-se ( Q7 = C7,m .Qm ) na EQUAÇÃO (4.21), tem-se:
onde o valor de C7,m é obtido a partir da FIGURA 4.6, os valores de (XT), (A) e (B) da
TABELA 4.1, e ( Q ) é calculado em função da precipitação anual média a partir dos
valores (a) e (b) , também listados na TABELA 4.1.
69
FIGURA 4.6 - REGIÕES HIDROLÓGICAS SEMELHANTES QUANTO AO PARÂMETRO (C7,m)
70
encontra-se delimitada a bacia hidrográfica em questão, com área de 401,5 km2 e
precipitação anual média de 1685 mm/ano calculada de acordo com a EQUAÇÃO
(4.2). A bacia situa-se na região H da FIGURA 4.5 e Z da FIGURA 4.6.
71
- Vazão mínima anual de um mês de duração e 10 anos de período de retorno
(Q1,10), com valores de (X10), (A) e (B) listados na tabela para a região H, calcula-se pela
EQUAÇÃO (4.13):
VC =
[5,0 − (0,748 × 0,4951× 9,4 8)]2 × 2.628.000 = 7,4 × 10 6 m3
4 × 0,748 × 0,0279 × 9,4 8
72
Q7,10 = C . X10 . (A + B) . Q
Q7,10 = 0,85 . 0,748 . (0,495 + 0,0279) . 9,48
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
73
sencial para o dimensionamento de obras hidráulicas.
74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Hidrológica no Estado de São Paulo”, Revista Águas e Energia Elétrica,
Ano 5, nº14, 1988.
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EDITORAÇÃO
REVISÃO GERAL
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