Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISCED – Huíla
LUBANGO
2022
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA HUÍLA
ISCED – Huíla
LUBANGO
2022
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA HUÍLA
ISCED – Huíla
O autor
Agradecimentos
Na língua regional Umbundo diz-se “U ka pandula lo nganga walissoka” ou seja
quem não agradece é semelhante ao feiticeiro (malfeitor). Como, longe de mim
assemelhar-se, exprimo meus agradecimentos a Deus pai-todo-poderoso que
com oração e dedicação ajudou-me a ser o primeiro da família a atingir este grau,
vencendo os vendavais de uma família que não acreditava no valor dos estudos;
meus agradecimentos também aos meus pais João Quintas e Elisa Sara que me
deram a vida, cuidaram, me puseram na escola, renunciaram muito de si para nos
ver a estudar. Meus eternos agradecimentos também vão ao mano Celestino
Hacombo Chimuco que foi minha inspiração para continuar a estudar, mesmo
quando os pais me diziam que não adianta estudar, os que estudaram estão em
casa, ele me dizia “puto estuda, veja onde estou”. A minha gratidão estende-se
também a minha tia Rosália Ussova; tia carinhora, encorajadora; a mana Lili, aos
meus irmãos Firmino Quintas, Evaristo Quintas, Zacarias Quintas, Angelina
Quintas, Tiago Quintas, João De Deus Quintas, Florença Quintas e a minha
querida avó que completou os seus 90 anos – Maria Joaquina, o meu muito
obrigado.
Por amar a profissão docente, mas sem ter formação média nesta área,
constituíram um grande desafio na procura, leitura desenfreada de manuais e
constantes pesquisas sobre metodologia. Ao estudar os diferentes métodos do
ensino da matemática, deparou-se com Etnomatemática, um conceito novo que
despertou interesse. Daí, a dedicação em saber mais sobre etnomatemática.
Trabalhando como colaborador durante alguns anos na escola 12 no Lubango, e
5 anos como alfabetizador, a interacção com outros professores permitiu
constatar que muitos professores apresentam dificuldades sobre metodologias.
Fruto dessa constatação e por notar o impacto positivo que um ensino baseado
na Etnomatemática traria para o processo de ensino – aprendizagem, produziu-se
o presente trabalho que tem por objectivo elaborar uma proposta metodológica
para o ensino da Matemática a Luz da Etnomatemática no ensino primário; tendo
como problema de investigação: Como melhorar o processo de ensino –
aprendizagem da Matemática no ensino primário? Adoptou-se a investigação do
tipo Descritiva, onde procurou-se elucidar as linhas mestras do ensino primário,
com suporte aos dados obtidos a partir do inquérito aplicado aos professores da
escola 12 no Lubango e mais alguns professores da Escola 11 e S.O.S. Os
resultados mostram que existem dificuldades no processo de ensino e
aprendizagem da Matemática no ensino primário, fruto disto, apresentou-se a
proposta com a espectativa de que venha minimizar as dificuldades de ensino da
Matemática no Ensino primário. Este trabalho orienta-se pela seguinte estrutura:
Capítulo I, que abordou os aspectos teóricos que se tiveram em consideração na
pesquisa, Capítulo II, que se ocupou do tratamento dos dados, elaboração da
proposta metodológica seguido das conclusões gerais e sugestões
For loving the teacher profession, but without having a medium training in this
area, they have constituted a great challenge in demand, unbridled reading of
manuals and constant research on methodology. In studying the different methods
of teaching mathematics, he came with ethnomatematics, a new concept that
awakened interest. Hence, the dedication to know more about Ethnomatematics.
Working as a collaborator for a few years in school 12 in Lubango, and 5 years as
literacy, interaction with other teachers allowed to find that many teachers present
difficulties about methodologies. Further in this finding and to note the great impact
that an equation based on the Ethnomatematics would improve the teaching -
learning mathematical process, the present work has prepared the purpose of
developing a methodological proposal for the teaching of mathematics the light of
the ethnomatematic in primary education; Whose purpose is to draw up a
methodological proposal for the teaching of mathematics the light of the
ethnomatematics in primary education; Having as a research issue: How to
improve the teaching - learning process of mathematics, in primary education?
The research of the descriptive type was adopted, where he has sought to
elucidate the master rows of primary education, with support to the data obtained
from the surveys applied to the teachers of the school in the highlight and some
more teachers of school 11 and S.O.S. The results show that there are difficulties
in the teaching and learning process of mathematics in primary education, the fruit
of this, it was developed the proposal with the actual time to minimize the
difficulties of teaching mathematics in primary education. This work is guided by
the following structure: Chapter I, which addressed about the theoretical aspects
that took into account in the research, Chapter II, which has been taken into the
processing of the data, elaboration of the methodological proposal and the
conclusion, reflecting some suggestions and the key ideas of work.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 12
0.0 Introdução ................................................................................................................................ 13
0.1. Justificação da investigação ................................................................................................ 14
0.2. Antecedentes do tema .......................................................................................................... 15
0.3. Problema de investigação .................................................................................................... 16
0.3.1. Perguntas de investigação................................................................................................ 17
0.4. Objectivo de investigação..................................................................................................... 17
0.5. Objecto de estudo.................................................................................................................. 17
0.6. Campo de acção .................................................................................................................... 17
0.7. Desenho de investigação ..................................................................................................... 17
0.8. Tarefa ...................................................................................................................................... 18
0.9. População e amostra ............................................................................................................ 18
0.9.1. População ............................................................................................................................ 18
0.9.2. Amostra ................................................................................................................................ 18
0.10. Métodos de investigação.................................................................................................... 18
0.10.1. Métodos Teóricos ............................................................................................................. 18
0.10.2. Métodos Empíricos .......................................................................................................... 19
0.10.3 Estrutura do trabalho ........................................................................................................ 19
CAPITULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 20
CAPITULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 21
1.0 Introdução ........................................................................................................................... 21
1.1 Abordagem histórica da Etnomatemática ...................................................................... 21
1.4 Aprendizagem Significativa .............................................................................................. 30
1.4.1 Segundo Aubel .............................................................................................................. 30
1.4.2 Segundo Vygotsky......................................................................................................... 32
1.5.1 Análise das sugestões metodológicas emanadas pelo currículo do ensino
Primário 36
1.5.2 Análise das sugestões metodológicas emanadas pelos Programas do ensino
Primário 39
1.6 Conclusão do Capítulo I ................................................................................................... 41
CAPITULO II. ANÁLISE, TRATAMENTO DE DADOS E A ELABORAÇÃO DA
ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ............................................................................................... 42
CAPITULO II. Análise e Tratamento de Dados ........................................................................ 43
2.0 Introdução. .......................................................................................................................... 43
2.1 Instrumento de recolha ..................................................................................................... 43
2.2 Descrição e análise dos dados ....................................................................................... 43
2.2.1 Resultados do inquérito aplicado aos professores .................................................. 43
2.3 Discussão Geral dos resultados ..................................................................................... 51
2.4 Elaboração da Estratégia Metodológica para o ensino da Matemática a Luz da
Etnomatemática ............................................................................................................................. 52
2.4.1 Outras Sugestões Etnomatemáticas .......................................................................... 57
2.5 Conclusões do Capitulo II ................................................................................................ 59
Conclusões Gerais ........................................................................................................................ 60
Sugestões ....................................................................................................................................... 61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................................... 62
1. Acher, M. e. (1991). "Ethnomathemtics” - Brooke&Cole. ................................................ 63
ANEXOS ......................................................................................................................................... 66
Inquérito aos professores ............................................................................................................. 67
Índice de Figuras
Afinal, por quê muitos não entendem Matemática? Será que a sua aprendizagem
é destinada a alguns escolhidos? Onde é que reside o problema, nos que
ensinam, nos métodos que se baseiam para ensinar, ou naqueles que aprendem?
13
O Ensino da Matemática a Luz da etnomatemática no ensino
primário na Escola nº12- Lubango
14
0.2. Antecedentes do tema
Importa antes referenciar que esta temática ainda é encarada por muitos como
um assunto supérfluo e infundado, sem aplicabilidade, mas que ultimamente
muitos estudiosos já estão reconhecendo a sua importância no ensino. Como
exemplo, a nível do ISCED – Huíla, não encontramos nenhum estudante que
falou sobre o tema, facto que despertou ainda mais nosso interesse pelo tema.
15
onde aplicar a Matemática, ele constrói seu próprio conhecimento de forma activa
e crítica, relacionando cada saber construído com as suas necessidades.
Partindo das alegações acima expostas, bem como nosso entendimento acerca
da importância da Etnomatemática e a possível influência que pode provocar no
melhoramento do processo de ensino - aprendizagem da Matemática, formulou-
se o seguinte problema de investigação.
16
0.3.1. Perguntas de investigação
Este trabalho tem por finalidade: Elaborar uma Estratégia metodológica para o
Ensino da Matemática a Luz da etnomatemática no ensino primário na Escola
nº12- Lubango
17
0.8. Tarefa
• Revisão bibliográfica;
0.9.1. População
0.9.2. Amostra
18
▪ Sistemático estrutural: Para elaboração da Estratégia didáctica.
- Conclusões gerais
- Sugestões
- Referências bibliográficas
- Anexos
19
CAPITULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
CAPITULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.0 Introdução
21
esse processo histórico surgiram muitas formas de efectuar cálculos dentro das
necessidades de cada pessoa e da sua vivência social. Porém, com o avanço nos
conhecimentos tecnológicos e científicos, a Matemática foi ganhando uma
estrutura própria, passando a possuir um carácter mais científico, que não era
visto anteriormente. Com essas mudanças, os conhecimentos matemáticos
empíricos foram se tornando conhecimentos científicos, construídos e repassados
para a sociedade.
Assim, nasceram termos figurados para dar significado a esta Matemática, para
diferenciá-la daquela estudada no contexto escolar:
22
nenhum tipo de linguagem escrita desenvolvida, porém possuíam um
conhecimento matemático desenvolvido.
23
TICA – Modos, estilos, artes, técnicas.
24
mediterrâneas e nos algoritmos, como padrão que orienta a compreensão do
modo de pensar matemático nas culturas estudadas).
25
d) A Etnomatemática deve proporcionar aos alunos uma acção pedagógica que
conecte essas práticas matemáticas com as práticas proporcionadas pela
aquisição dos conhecimentos da matemática académica.
Neste pensamento, se pode inferir que durante o seu ciclo de formação, a maioria
dos conteúdos matemáticos que lhe foram ensinados eram alheios ao seu meio
26
social, a sua realidade, vida diária ou seja não tiveram significado para ele;
simplesmente esforçou-se para aprovar e dela se livrar.
27
cometeram asneiras no estágio. Ou seja, considero que esses colegas deveriam
fazer engenharias, matemática pura, não Ensino da Matemática; pois que para a
engenharia, basta por vezes saber e aplicar, mas no ensino da Matemática para
além de saber, é necessário saber ensinar. Alguns, com esforços conseguem
superar-se, porém outros dizem mesmo que não conseguem explicar, apenas
sabem resolver para si mesmos. Daí, urge também a necessidade de se rever os
critérios de selecção dos professores desta disciplina.
28
novo professor deve ser um provocador, mediador, explorador de ideias, um
inovador, criador de um ambiente de debates, fazendo com que os alunos sintam-
se desafiados a pensar, a imaginar, a criar. Que a sala de aula seja um espaço de
intercâmbio entre professores e alunos.
29
significativa quando se ensina algo que tem significado no dia-a-dia dos alunos;
mostrar-lhes outro modo de resolver os problemas que tem enfrentado.
Segundo Ausbel, Novak, e Hanesian (1968), Citado por Silva (2020), o processo
formal de ensino baseado na teoria da aprendizagem significativa envolve muitas
variáveis que o compõe, dentre elas estão: conhecimentos prévios importantes do
aluno, ambiente adequado, professor capacitado, material didáctico apropriado e
potencialmente significativo, contexto socioeconómico no qual o aluno está
inserido, dentre outros.
A tese que aqui se advoga se consubstancia com a analogia que se está a
defender, pois os conhecimentos que os alunos trazem do seu contexto familiar,
a sua realidade sociocultural, económica, deve ser o ponto de partida para a nova
aprendizagem.
Para Ausbel (1976) citado por(Cláudio, 2011, p. 21) existem dois tipos de
aprendizagem:
• Mecânica – quando o sujeito não é capaz de estabelecer relações entre os
conhecimentos que já possui e os novos conhecimentos;
• Significativa – quando há relação entre os conhecimentos anteriores e os
novos. Estes conhecimentos são, assim integrados na estrutura cognitiva do
indivíduo, dando origem à assimilação e acomodação de significados.
30
significativo para ele, é armazenado de maneira isolada, podendo inclusive
esquecê-lo em seguida.
Muitas e repetidas vezes ao controlar provas, quando os alunos dizem – professor
“borrei a folha de provas” preciso de outra; face a isto, tem-se dito – devolva a
folha “borrada” para que te seja dada outra em condições. Neste quesito, a
maioria diz – professor, permita-me repassar para a nova folha oque está nesta
em desuso. Então, tem-se dito – se o que está nesta folha saiu da sua mente, é
normal que saia de novo! – Não, professor respondem os alunos; já esqueci.
Como disse certa vez Sócrates “Quem identifica bem os objectos, não os esquece
nem os confunde”. Diante o comportamento desses estudantes, conduz a
inferência de que eles têm decorado, não entendido. Um ou outro aluno não
reclama; recebe a nova folha, devolve a outra e continua a trabalhar sem
sobressaltos. Embora se deva exceptuar alguns casos de provas de ciências
exactas, em que entre repassar na nova folha o resolvido na folha em desuso e
resolver novamente um exercício extenso, mais fácil é repassar.
6. Discutir: nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de raciocínio pela
argumentação.
31
7. Levar para a vida: o sétimo e último passo da reconstrução do conhecimento é
a transformação. O fim último da aprendizagem significativa é a intervenção na
realidade. Sem esse propósito, qualquer aprendizagem é inócua. (Santos, 2008,
pp. 73-74)
Corroborando com esta analogia e em síntese, todo professor deve ter tempo
para planificar, perscrutar/sondar o meio que os alunos estão inseridos, criar
meios e mecanismos para que os alunos participem na construção do
conhecimento, como confirma Anastasio (2006) na sua reflexão sobre o Ensino-
aprendizagem - mormente sobre a aprendizagem significativa, sugere que a
actuação do professor seja transformada de dar aulas para o fazer aulas conjunta.
Ou melhor, que alunos deixem de assistir aulas e, junto com o professor, passem
a fazer aulas.
Nas experiencias como professor há 10 anos, embora começando como
alfabetizador em um centro, sem quaisquer domínio sobre didáctica (por estar a
frequentar o ensino geral), ensinava-se segundo oque via-se dos seus
professores. Todavia, os alunos aprendiam mas mecanicamente; eram mais aulas
de ditar e explicar; redigir no quadro e explicar. Mas com o ingresso no Instituto
Superior de Ciências da Educação do Lubango (ISCED-HUÍLA), começou-se a ter
contacto com as cadeiras de Pedagogia, Didáctica e Psicologia voltada para a
Educação, consubstanciados aos cursos de Psicologia Evolutiva, Pedagogia e
Didáctica Catequética no curso de Catequista, os métodos de ensinar começaram
a mudar; notando-se no entanto que as aulas eram mais atraentes, mais
motivadas, pois os alunos sentiam-se partícipes. Notava-se que os alunos já não
bocejavam, nem faziam o dito entra/sai. Como professor, notou-se o quão
importante essas ferramentas são imprescindíveis aos professores; desde então
tem-se procurado estudar muito sobre a área de metodologia.
Vygotsky psicólogo Russo que viveu entre (1896 -1934), deixou um contributo
indelével quanto a aprendizagem. Ele analisou-a com base no Construtivismo e
interaccionismo. Para ele o conhecimento se constrói das mais pequenas
estruturas às mais complexas. Defende ainda que a interacção gera aprendizado.
32
Na visão Vygotskyana abordada por Neves (2006) , o homem é visto como aquele
que transforma e é transformado no intercâmbio de uma determinada cultura. O
que sucede não é um confronto entre factores inatos e adquiridos; é no entanto
uma interacção que se dá desde o nascimento; isto é, entre o ser humano, o meio
social e cultural em que está inserido.
33
coabitarem haverá as três possibilidades acima aludidas por D´Ambrósio; ou seja,
um influenciará o outro ou as duas realidades se influenciarão, gerando uma nova
cultura.
Há até hoje, ideias a defenderem que para haver aprendizado “basta ensinar
bem”. Becker (1993), é um dos que apoia essa analogia. Segundo ele, para uma
aula firmada nessa concepção, o professor fala e o aluno escuta; o professor dita
e o aluno copia; o professor decide o que deve fazer e o aluno executa; o
professor ensina e o aluno aprende. Ou seja, segundo esta concepção de ensino,
o aluno não contribui em nada, ele é considerado como uma tábua rasa, um papel
branco.
Os adeptos dessa concepção acreditam que o conhecimento pode ser transmitido
para o aluno; acreditam na alegoria da transferência do conhecimento, enquanto
forma, estrutura e enquanto conteúdo. Advoga-se ainda que somente o professor,
pode gerar algum novo conhecimento no aluno. O aluno só aprende, se o
professor ensina. Cabe ao aluno apenas subjugar-se ao que o professor diz: ficar
em silêncio, prestar atenção, ficar quieto e repetir tantas vezes quantas forem
necessárias, escrevendo, lendo…, até aderir em sua mente o que o professor
deu.
Este tipo de concepção revela um autêntico ensino mecanizado. O aluno aprende
sim; mas esse tipo de aprendizagem não cria raízes no aluno porque não
encontra ligação com aquilo que o aluno já sabe. O aluno esquece facilmente
porque muitos destes conhecimentos são alheios a vida diária dele. Porque não
adianta ensinar oque o aluno possivelmente não usará ou não tem significado
para ele. Ele pode aprender, mas como não se aplica na sua realidade, esquece
rapidamente.
34
• A aprendizagem é uma experiência social, a qual é mediada pela interacção
entre a linguagem e a acção.
• Para ocorrer à aprendizagem, a interacção social deve acontecer dentro da zona
de desenvolvimento proximal (ZDP), que seria a distância existente entre aquilo
que o sujeito já sabe, seu conhecimento real, e aquilo que o sujeito possui
potencialidade para aprender, seu conhecimento potencial.
• Desta forma, a aprendizagem ocorre no intervalo da ZDP, onde o conhecimento
real é aquele que o sujeito é capaz de aplicar sozinho, e o potencial é aquele que
ele necessita do auxílio de outros para aplicar.
35
sugestões metodológicas que o currículo, os programas e os manuais de ensino
propõem aos professores para que se apropriem destes na ministração das suas
funções em sala de aula, bem como a análise dos resultados obtidos através dos
instrumentos empregados, para colher dos professores opiniões atinentes ao
processo de ensino-aprendizagem da Matemática.
36
possam exercer o papel de sujeitos activos na pesquisa e utilização da
informação, no desenvolvimento de hipóteses e sua aplicação, na tomada de
decisões e no comprometimento pessoal com as posições criticamente
assumidas;
37
Com certeza, pode-se inferir que todos sabem resolver 25 +15-10, mas cada um
de sua maneira de acordo ao que tem visto nos seus familiares. Há crianças nos
mercados paralelos que fazem operações mentais extraordinárias, conseguem
somar e subtrair sem saberem operação armada. Para o rapaz do campo é ide;
ele pode inferir que 15=10+5, então no 15, tirando 10, fica 5. Esse 5 aumentando
25, dá 30. Ou poderia primeiro somar 25+10, só depois subtrair, com ajuda de
pauzinhos, ou milho ou contando animais, de acordo o seu meio e como tem visto
seus familiares. Porém, o aluno do minimercado, com certeza recorreria a uma
máquina calculadora ou numa folha com um lápis, fazendo 25 pauzinhos
adicionando 15. Resultando 40,subtrairia 10 pauzinhos, sobejando 30. Sabe-se
que em zonas urbanas e suburbanas as crianças aprendem a usar a calculadora
em terra idade. E entre estes um encontrará o resultado mais rápido que os
outros. Daí a questão. Como seria, ensina-los pelo procedimento algorítmico da
operação armada, separadamente ou como seria ensina-los numa mesma turma?
Ainda o professor Júlio Traquino, em vida dizia-nos com alguma frequência que, o
professor é um artista; pois nem sempre ensinará o que planificou; planifica um
determinado conteúdo temático, mas se a realidade da turma não for favorável
para o ensino daquele novo saber, o professor deverá deixar de lado o que
preparou, perscrutará primeiro o terreno, preparando as ervas daninhas para
servirem como estrume para a nova plantação. Ou seja, o professor deve adequar
a matéria as dificuldades, valências, ou particularidades que a turma apresentar.
Por nascer, crescer academicamente e ser professor voluntário por mais de sete
anos na escola nº 12 constatou-se que, pela sua localização geográfica, nela
estudam alunos vindos de vários bairros com realidades diferentes e outros com
características similares aos dos alunos que se exemplificou ”Calumbiro –
mercantil”, S.O.S “agricultura e pastorícia”, Comandante Cow-boy ou Casa Verde
como é comummente conhecido e Senhora do monte, com muitos minimercados.
Portanto, esta realidade da heterogeneidade dos alunos nas turmas é um facto. E
como se tem constatado, muitos professores senão a maioria, não tem tempo de
pesquisar novas metodologias, ficam presos em cadernos que já ministram há
38
longos anos. Se para inovar não têm tempo, como esperar que estes ponham o
aluno e os seus conhecimentos empíricos no epicentro da aula?
Pela divisão, das situações a explorar, deve ter como objectivo preparar a
introdução da operação da divisão. As situações podem ser resolvidas com
recurso a subtracções sucessivas, adição ou a multiplicação ou ainda a simples
repetição de objectos.
É responsabilidade do professor escolher actividades matemáticas que aliciem a
inteligência e o interesse dos alunos, providenciar oportunidades para
aprofundar a compreensão do porquê a Matemática está a ser estudada e das
suas aplicações, organizar discurso na sala de aula de modo a despertar a
atenção dos alunos, orientar o trabalho individual em pequenos grupos e com
toda a turma(INIDE/MED, Programa da 6ª Classe/Ensino Primário, 2019, p. 51)
Já no programa mínimo referente ao tempo da pandemia INID/MED (2020)
sugere-se que:
Tendo em conta o tempo limitado para a realização das actividades lectivas, ao
longo do processo de ensino-aprendizagem o professor deve procurar utilizar as
estratégias que considera mais adequadas para a promoção e desenvolvimento
das competências essenciais de cada disciplina, independentemente da sua
especificidade
Neste processo, sugere-se a aplicação de metodologias participativas para a
aprendizagem significativa, mediante a preparação de aulas com actividades
teórico-práticas e práticas. Para a rentabilização do tempo necessário, os temas
do programa não devem ser abordados somente em sala de aulas, na relação
39
professor-aluno. Diante disso, o professor deverá igualmente recorrer ao trabalho
independente ou individual (tarefa de casa) para o tratamento dos conteúdos que
não requeiram inevitavelmente a relação entre professor – aluno.
Todavia, é necessário que o professor veja os conteúdos que podem ser geridos
pelos alunos com ajuda de um adulto. Porém, para a sistematização das
aprendizagens o professor deverá necessariamente acompanhar o processo de
trabalho independente mediante orientação de exercícios de aplicação a serem
corrigidos em momentos oportunos. Isto faz com que o aluno seja o protagonista
no processo de ensino-aprendizagem.
As estratégias devem ser diversificadas e criativas de forma a facilitar o alcance
dos objectivos, sempre respeitando a sua relação com as competências
essenciais.
40
1.6 Conclusão do Capítulo I
41
CAPITULO II. ANÁLISE, TRATAMENTO DE DADOS E A
ELABORAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA
CAPITULO II. Análise e Tratamento de Dados
2.0 Introdução.
40%
33%
13%
7% 7%
4 /33 anos 10/17 anos 12/23 anos 2/12 anos 2/11 anos
Gráfico 1 – Análise dos Dados sobre o tempo de serviço dos professores inqueridos
43
4 professores equivalente a 13% apresentam-se com 33 anos de serviço, 10
correspondente a 33% com 17 anos, 12 equivalente a 40% com 23 anos, 2
correspondente a 7% com 12 anos, 2 equivalente a 7% com 11 anos de serviço
respectivamente. Esses dados ilustram que a maioria dos professores têm muita
experiencia no ensino primário, e é suposto que dominam várias metodologias
para ensinar matemática no ensino primário.
Quatro (4) professores, equivalente a 13% são da escola 11, 3/10% da SOS e
23/77% da escola 12. Foi necessário essa diversificação para comparar o estado
do ensino – aprendizagem nestas três escolas que situam-se e apresentam
realidades diferentes.
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
44
Gráfico 2 – Análise dos Dados referentes as Habilitações literárias dos professores
70%
60%
50%
40%
Dados referentes a primeira
questão
30%
20%
10%
0%
Má Razoável Boa Muito boa
45
80%
70%
60%
50%
20%
10%
0%
Ineficazes Razoáveis Eficientes
46
DADOS REFERENTES A TERCEIRA QUESTÃO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Professores que professores que não
encontram encontram
dificuldades em dificuldades em
ensinar alguns ensinar alguns
conteúdos conteúdos
matemáticos matemáticos
47
Análise dos Dados referentes a quarta questão
professores que afirmam que os alunos encontram dificuldades em assimilar alguns conteúdos
matemáticos
professores que afirmam que os alunos não encontram dificuldades em assimilar alguns
conteúdos matemáticos
0%
0%
20%
80%
48
Dados relativos a quinta questão
Professores que nunca ouviram falar de Etnomatemática
Professores que já ouviram falar de Etnomatemática
0% 0%
20%
80%
13%
87% 13%
49
Quanto a sexta questão, 26/87% afirmam que além da Matemática formal,
existem outras formas de expressar matemática; como jogos, brincadeiras, nos
mercados, nas casas, outro afirma que a nossa vida é feita de matemática ou seja
vivemos fazendo cálculos. 4 professores que constituem 13% Consideram que
além da Matemática escolar não existem outras formas de expressar Matemática,
ou seja toda Matemática aprende-se na escola.
17%
87%
50
No que tange a oitava questão e última, 26 professores que correspondem a 87%
julga importante a elaboração de uma nova estratégia assente na interligação dos
conhecimentos empíricos com os formais; alguns comentaram: quem sabe uma
nova estratégia venha aumentar o nível de compreensão de alguns conteúdos!
Outro julga ser importante para melhor se entender a essência dos conteúdos a
serem abordados, um outro diz que é para vermos e analisarmos o ensino de
uma outra forma. 4 professores equivalentes a 13% considera não ser necessária
essa interligação, sem comentar.
Das opiniões apresentadas pelos professores das três escolas, pode se inferir
que o processo de ensino – aprendizagem no ensino primário não oferece
qualidade; fruto de a maioria dos professores não se especializar no ensino
primário, a pobreza dos conteúdos dos manuais e das sugestões metodológicas
que os programas oferecem. Dos 30 professores inqueridos, 17% leccionam mais
de 15 anos no ensino primário e considera Má a qualidade do ensino-
aprendizagem da Matemática; 60% julga razoável e 73% apresenta dificuldades
em ensinar certos conteúdos, oque esperar dos alunos, se os mestres não
dominam oque ensinam? Daí 80% dos professores serem unânimes em afirmar
que os alunos apresentam dificuldades em aprender alguns conteúdos
matemáticos. A falta de pesquisa contínua, debates, e a abertura em aprender
novas metodologias por parte dos professores deve ser um desafio, pois a
sociedade está em constante evolução; os professores não podem e nem devem
prender-se a antiguidade, como muitos dizem “sou professor há muito tempo ”
essa linguagem não oferece abertura a novos conhecimentos. Por isso, não é de
estranhar que 80% dos professores inqueridos nunca ouviu falar de
etnomatemática. Os 20% que julgam ter ouvido, apenas dois comentaram; um
comentou dizendo que acha que é a história da matemática, a origem da
matemática. A maioria dos professores levou os inquéritos para casa; uma das
professoras que comentou, pesquizou sobre o assunto.
51
novos conhecimentos. Mas depois de preencherem, as questões que a maioria
dos professores no total de 17 apresentou foram: O que é a Etnomatemática
afinal? Como usá-la na sala de aula? Depois de esclarece-los, fizeram
apontamentos e agradeceram por ser uma nova metodologia que lhes ajudaria no
processo de ensino-aprendizagem da Matemática neste nível de ensino. Os 83%
dos professores que julgam importante a interligação dos conhecimentos
empíricos com os formais e os 87% que consideram importante a elaboração de
uma nova estratégia, espelha muito bem a relevância desta proposta
metodológica para melhorar o processo de ensino-aprendizagem da Matemática
no ensino primário na escola nº12
52
esse conhecimento em questões problematizadas, levando em conta as suas
dimensões científica, conceitual, cultural, histórica, social, política, ética, etc.
Então, o conteúdo formal, abstracto é apresentado e contrastado com a
vivência quotidiana desse mesmo conhecimento, a fim de que os alunos
elaborem uma síntese e assumam uma nova postura mental, reunificando o
quotidiano com o científico numa nova totalidade concreta. A terceira fase – a
prática – se expressa nas intenções dos alunos sobre a possível aplicação do
conteúdo aprendido e quais acções se propõem a realizar para que isso
aconteça. (Gasparin, 2001, p. 8) Citado por Bida (2008)
1º Passo - prática
- O mamão é um fruto do
mamoeiro, verde ou amarelo
– quando está pronto e
apresenta algumas divisões,
1- Meninos, qual é o formato do é mole e sensível, dentro tem
mamão, da cana? sementes.
- Conhecer, através de um
diálogo com os alunos, qual a 2- Oque eles apresentam em - A cana é uma hortaliça,
vivência quotidiana do comum? comprida, dividida em
conteúdo, antes que este que gomos, geralmente doce
lhes seja ensinado em aula.
- Oque a cana tem em
comum com o mamão é que
ambos são dóceis e
apresentam divisões.
2º Passo – Teoria
53
3- Se encontrardes os seus 3 - Acreditamos que tinha 12
colegas a saborear uma cana, gomos senhor/a professor/a,
- Inicia-se por uma breve um deles está com 4 gomos, porque se somarmos os
discussão sobre o conteúdo, outro 3, outro ainda com 5. gomos de cada um teremos
buscando identificar as razões Quantos gomos essa cana tinha 12.
pelas quais ele merece ou antes de ser repartida?
precisa ser aprendido. Em Assim também sucede com a
seguida, transforma-se esse 4- Como seria para uma cana cana, para 5 pessoas, cada
conhecimento em questões de 10 gomos para 5, 3 pessoa receberia 2 gomos se
problematizadas, levando em pessoas? for equitativamente. Para três
conta as suas dimensões pessoas,
científica, conceitual, cultural,
histórica, social, política, ética,
etc. Então, o conteúdo formal,
abstracto é apresentado e Para dividirmos em 5
contrastado com a vivência pessoas, cada uma receberia
quotidiana desse mesmo uma parte do mamão.
conhecimento, a fim de que os
5- Como dividiríeis um mamão Se for para 2 pessoas, 1
alunos elaborem uma síntese e
de cinco partes em 5 pessoas receberia duas partes e outro
assumam uma nova postura
ou em 2? receberia 3 partes do
mental, reunificando o
quotidiano com o científico mamão. Ou Cada receberia 2
numa nova totalidade concreta. partes, ficando uma. Ou cada
receberia 2 partes e
dividiriam a que sobejou ao
meio.
Como representaríeis
matematicamente essas
expressões: recebeu uma das 3 Cada um emite a sua
partes, 3 das 10 assim por opinião.
diante?
54
9- Exemplo: Em cima da mesa
de casa havia um bolo repartido
em 7 fatias. Chegou a Maria,
tomou três sétimos do bolo,
horas depois chegou o Narciso, - Os alunos tentam resolver
tomando dois sétimos. empiricamente.
Represente Matematicamente
essa linguagem e diga: Quanto -
foi tomado pelos dois e quanto
ficou para a Gabriela?
1º Passo - prática
-Acompanha e verifica a
tarefa
Formula questões:
Meninos, qual é o
-Rever os formato do mamão, da
conhecimentos
cana?
prévios,
empíricos que os
Oque eles apresentam Tentam Conversação Usuais
alunos trazem
para a sala de em comum? responder Socrática
5’ A.N. P aula com
respeito ao tema Como tendes vos
a abordar repartido?
“fracções”
55
3’ Motivação - Como
dividiríeis um
mamão de cinco Questiona Tentam Conversação Usuais
partes em 5 responder Socrática
pessoas ou em empiricamente
2?
Fixação e - Resolve o que Escreve os exercícios e a Tomam nota dos Trabalho Usuais
Controlo eles já resolvem, tarefa no quadro e orienta exercícios e independente
30’ só que de outra os alunos tentam resolver; do aluno
forma.
Faz um breve resumo Presta atenção e
Apresentação de sobre a aula auxilia o
uma série de professor;
exercícios e Escreve a tarefa no
problemas que quadro e orienta os alunos Tomam nota da
recaiam na tarefa
realidade do
aluno (Em
anexo).
Breve Resumo da
aula
-Orientação da
tarefa (Em
anexo)
56
2.4.1 Outras Sugestões Etnomatemáticas
Jogo entre duas equipe – Pode usar- se este tipo de exemplo para o tratamento
de números pares, ímpares bem como na divisão de números inteiros.
Algoritmo: Escolhe-se dois entre todos para serem os capitães, esses por seu
turno escolhem os seus, mediante uma regra; escolho eu - escolhas tu, até ao
último... Todos fazem uma fila paralela a posição dos capitães. Cada capitão de
costas viradas a fila, lança a bola aos elementos; a quem a bola tocar fica
pertencendo a sua equipe. Nenhum capitão deve seleccionar simultaneamente
dois jogadores; o primeiro a lançar a bola não deve ser o último a lançar. Se o
ultimo lançar e ainda restar um, esse fica de fora (resto) ou seja a divisão não é
exacta. Assim, acontece com a divisão de uma turma em 4, 5,6,7 equipes para
jogos denominados, time fora, por vezes a divisão é exacta, por vezes não.
Ensaio das alunas – neste tipo de brincadeira, a divisão tem que ser exacta, pois
cada uma deve ter a sua parceira com quem desafiar e normalmente, a divisão é
por duas equipe.
57
− Os rapazes quando jogam futebol usam os pés ou passos como unidade de
medida. Se numa baliza tiverem 2,3,5,7 ou 20 pés/passos, noutra baliza
deverá ter os mesmos, tendo em conta que a pessoa que mede deve ser uma
única para que sejam uniformes (aproximação, equivalência).
− Os árbitros tanto federados como empíricos, usam passos como medida para
a marcação de livres. Nas escolas, nos bairros as crianças/alunos, para a
marcação de penáltis (em campos não marcados), usam o seguinte cálculos:
Se a baliza tiver 10 pés/passos, a distância do executador a baliza será o
dobro dos pés/passos da medida da baliza.
− Os alunos, quando jogam botões ou futebol de chisnas usam a abertura
máxima entre o dedo polegar ao indicador como medida padrão, e o diâmetro
dos dedos como metade.
58
2.5 Conclusões do Capitulo II
1. Os professores apresentam dificuldades em ensinar alguns conteúdos; como
consequência os alunos também apresentam dificuldades em aprender alguns
conteúdos;
2. Os professores não têm conhecimento sobre etnomatemática, por isso não
ensinam atendendo os saberes empíricos;
3. As sugestões metodológicas apresentadas, cingem-se principalmente no
Asseguramento do Nível de Partida (A.N.P), onde se procura perscrutar o
sabido (conhecimentos prévios) e consubstancia-lo ao novo.
59
Conclusões Gerais
60
Sugestões
• Que ao iniciar sua aula, o professor não encare o aluno como quem nada
sabe, como aquele que vem para a escola sem algum conhecimento
matemático;
• O professor é aquele que pesquisa, que busca constantemente novas
ferramentas metodológicas que o ajudam a melhorar o processo de ensino
– aprendizagem;
• Que os alunos sejam partícipes na construção do conhecimento;
• Que se transformem o “dar aulas” para o “fazer aulas com os alunos”.
• Que surjam mais estudos e contributos sobre as potencialidades da
Etnomatemática no processo de ensino e aprendizagem.
61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Referências Bibliográficas
(2005).
Acher, M. e. (1991). "Ethnomathemtics” - Brooke&Cole.
Alcina Lourenço, J. C. (2014). Física, Metodologias da Matemática e da.
ANASTASIOU. (2006). Processos de ensinagem na universidade: pressupostos para as estratégias
de trabalho em sala de aula.
Ausbel, D. (1973). Aprendizagem Significativa.
Ausbel, D. (1976). Aprendizagem Significativa.
Ausubel, N. &. (1968). Educational psychology: A cognitive view. Nova Yorque.
BANDEIRA, F. d. (2004). Práticas etnomatemáticas dos horticultores da comunidade de
Gramorezinho.
Becker. (1993). Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos.
Bida, G. M. (2008). A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA.
Cláudio, A. N. (2011). Curriculo de Educação Pré-Escolar. Luanda - Angola: INIDE.
Cristiane Pizzolatto, E. P. (2020). A educação matemática crítica na formação do cidadão para sua
emancipação social. Canoas.
D´Ambrósio, U. (1998). Etnomatemática- arte de explicar e conhecer (4. ed ed.). São Paulo.
D´Ambrosio, U. (1982). Matemática Espontânea.
D’Ambrosio*, U. (2007). Etnomatemática e História da Matemática1.
D’AMBROSIO, U. (1990). Etnomatemática. São Paulo.
Dias, D. (2014). Práticas matemáticas dos Nyaneka-nkhumbi. Porto, Portugal.
Eglesh. (2002).
fantinato, M. c. (2009). Etnomatemática, novos desafios teóricos e pedagógicos. brasil-pará:
Niterói, RJ - 2009.
Freire, P. (1997). Pedagogia da esperança: um encontro com a pedagogia do oprimido.
Freitas. (2000). As apropriações do pensamento de Vygotsky no Brasil.
Gasparin. (2001). Motivar para uma aprendizagem significativa. Porto Alegre: Jornal Mundo
Jovem.
GRANDO. (1995). Jogos matemáticos como recurso pedagógico.
Hendricks, H. (1991). Ensinando para transformar vidas. Betânea, Brasil.
INID/MED. (2020). PROGRAMA MÍNIMO DA 1ª Classe.
INIDE/MED. (2019). Programa da 6ª Classe/Ensino Primário.
63
INIDE/MED. (2013). Programa do Ensino Primário da 2ª Classe.
KNIJNIK. (2001). Educação matemática, exclusão social e política do conhecimento.
Leite. (2008).
Lima, W. S. (2013). ETNOMATEMÁTICA: PERSPECTIVA OU METODOLOGIA DE ENSINO?
Lucas Miguel, L. X. (2014). Progressões. Unicamp.
Mellin-Olsen. (1986). Matemática Popular.
Miarka. (2011). Etnomatemática: do ôntico ao ontológico.
Moraes, A. R., & UFPR2, E. R. CONSIDERAÇÕES SOBRE ETNOMATEMÁTICA E SUAS IMPLICAÇÕES
EM. Governo do Estado do Paraná.
Moreira. (1982). Teoria da Aprendizagem significativa, Teoria de David Ausbel. São Paulo.
Nascimento, H. G. (2001). Metodologia e Didáctica do Ensino da Matemática. Faculdade de
Tecnologia e Ciências - Ensino a Distância.
Nascimento, H. G. METODOLOGIA E DIDÁTICA DO ENSINO DE MATEMÁTICA.
NCTM. Princípios e Normas para a Matemática Escolar.
Neves, M. A. (2008). Matemática 11ª Classe.Reforma educativa. Angola: Plural.
Neves, R. d. (2006). Vygotsky e as teorias da aprendizagem.
Orey, M. R. (2005). Tendências atuais da etnomatemática como um programa: rumo à ação
pedagógica.
Peña, R. A. (2009). Metodologia de Investigação Científica. Lubango.
Posner. (1982). Matemática Informal.
Rodrigues, L. J., & S. R. (2013). OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE. Pará,Brasil:
Seretaria da Educaçao.
Santos. (2008). Aprendizagem Significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor.
schliemann, C. (1982). Na vida dez na escola zero.
SILVA, E. L., & MENEZES, E. M. (2005). Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação (4ª
ed ed.). Florianópolis.
Silva, J. d. (2020). A Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel: uma análise das
condições necessárias.
Sousa, V. B. (2014). Redes Sociais e Educação . Um diálogo possível. João Pessoa.
Trigueiro, e. a. (2018). A IMPORTÂNCIA DA ETNOMATEMÁTICA PARA EDUCAÇÃO INFANTIL. Brasil.
Vygotsky. (1978). Pensamento e Linguagem.
Zelavski, C. (1973). Sociomatemática.
64
65
ANEXOS
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
ISCED-HUÍLA
Sim
Não
Comente_____________________________________________________
Sim
Não
Comente__________________________________________________________
Sim
Não
Se possível, exemplifique pelo menos uma situação____________
_________________________________________________________________
8- Julga importante a elaboração de uma nova proposta Metodológica assente na
interligação de conhecimentos empíricos e formais?
Sim
Não
Comente__________________________________________________________
_________________________________________________________________