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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

ISCED-UÍGE
DEPARTAMENTO DE ENSINO DE INFÂNCIA
SECÇÃO DE ENSINO PRIMÁRIO

A MÚSICA COMO FACTOR MOTIVACIONAL DE AULAS DE


MATEMÁTICA NA 2ª CLASSE NA ESCOLA DO ENSINO PRIMÁRIO Nº 68,
MUNICÍPIO DO UÍGE

TERESA GABRIELA JORGE ANTÓNIO

Trabalho de investigação científica


apresentado para a obtenção do grau de
licenciatura em Ciências de Educação na
opção de Ensino Primário

UÍGE 2023/2024

TERESA GABRIELA JORGE ANTÓNIO


A MÚSICA COMO FACTOR MOTIVACIONAL DE AULAS DE
MATEMÁTICA NA 2ª CLASSE NA ESCOLA DO ENSINO PRIMÁRIO Nº 68,
MUNICÍPIO DO UÍGE

Orientador:Simão Membembo Zungui Augusto, MSc.

Trabalho de investigação científica


apresentado para a obtenção do grau de
licenciatura em Ciências de Educação na
opção de Ensino Primário

UÍGE 2023/2024
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu pai Moisés Gabriel, o mentor e impulsionador para o meu
desenvolvimento pessoal e académico. Palavras são insuficientes para poder expressar o
quanto ele fez por mim, mesmo não estando mais entre nós, eu ainda consigo sentir os
seus feitos em minha vida.

O seu amor e apoio incondicional, os sacrifícios que teve que fazer em prol a minha
formação, os conselhos incansáveis e incentivos constantes para prosseguir com a
formação e andar sempre nos caminhos do Senhor. Dedico também a toda minha
família pela grande compaixão, amor e a união existente entre nós.
AGRADECIMENTOS

Falar de agradecimentos é falar de pessoas, pelo plural temos sempre a indicação que
mais do que de uma se trata, e um trabalho desta natureza implica agradecimentos a
muita gente correndo o risco de não as abraçar todas e de cometer alguma injustiça. Por
este motivo agradeço…

A Deus, por ter me concedido o fólego de vida e por manter-me sempre firme e cingir-
me as forças para poder enfrentar e prosseguir diante das imensas dificuldades que a
vida me apresentou durante o percurso da minha formação.

Ao meu tutor Msc. Simão Membembo Zungui Augusto e co-tutor Laza Garcia Eduardo
pelas orientações e paciência durante todo o processo de desenvolvimento deste
trabalho. Foi com bastante dedicação que eles conduziram este trabalho em todas as
suas etapas.

Aos meus pais, Moisés Gabriel e Doroteia Jorge Fuidimau, por terem permitido a minha
existência, pois sem eles não estaria presente neste momento e nem vivenciaria esses
momentos tão sublumes e explêndidos. Agradecer pelos esforços exercidos em prol a
concretização dos meus sonhos.

A minha tia Júlia Afonso, por ter me acolhido e me orientando sempre até este
momento.

Aos meus irmãos, Júlia Gabriel, Jorge Gabriel, Juliana Gabriel, Érica António, Lukoki
António, por estarem sempre presentes nos bons e maus momentod da minha vida, que
Deus fortaleça a nossa união e amor.

Aos meus irmãos em Cristo, Juliana Baptista, Madalena Baptista, Francisco Victor da
Silva, Garciano Joaquim, Montyeiro Faustino, Staly Teófolo, Marcelina Alberto, pelo
amor e apoio demonstrado ao longo do meu percurso e ajudadram de uma forma
incondicional na elaboração deste trabalho.
RESUMO

Durante a educação infantil que a criança constrói a base dos seus conhecimentos
matemáticos, apesar da mesma ser importante para o desenvolvimento do raciocínio
logico, da criatividade e habilidades cognitivas que justamente são estimuladas na
Educação Infantil, muitos professores ainda não reconhecem essa importância e acabam
desenvolvendo os conhecimentos matemáticos de forma inadequada, assim fazendo
com que a mesma se torne uma vilã no decorrer da vida escolar da criança. Este
trabalho visa compreender o contributo da música no ensino de matemática na educação
infantil e a importância desse ensino para o desenvolvimento da criança. Deste modo
optámos por uma metodologia de natureza qualitativa, mais concretamente por um
estudo de caso, pois pretendíamos dar resposta a questões de natureza descritiva e
interpretativa. Para a recolha de dados efetuámos observações, entrevista e inquérito. O
presente trabalho encontra-se estruturado em quatro partes, compostas por três
capítulos. A primeira parte, contemplando o I capítulo e que resulta sobretudo da
revisão bibliográfica, pretende estabelecer o enquadramento teórico que visa sustentar a
investigação efectuada. Na segunda parte, constitui o II capítulo, dedica exclusivamente
à metodologia adoptada, apresentam-se os métodos e modelos de investigação
utilizados, assim como os instrumentos de recolha de dados. A terceira parte deste
trabalho, contempla o III capítulo, realçando a apresentação e a discussão dos resultados
obtidos durante o processo da investigação. Na quarta parte, extrair-se-ão as conclusões
necessárias, que respondem ao questionamento inicial e, reflecte ainda as limitações do
estudo e as possíveis implicações educativas. Contendo ao mesmo tempo sugestões para
que se continue trabalhando para desenvolvimento de competências cognitivas dos
alunos na 1ª classe.A norma de citação escolhida para este trabalho é APA.

Palavras chaves: Música, matemática, motivação


ABSTRACT

During early childhood education, the child developed the basis of their mathematical
knowledge, despite it being important for the development of logical reasoning,
creativity and cognitive skills that are precisely stimulated in Early Childhood
Education, many teachers still do not recognize this importance and end up developing
mathematical training knowledge is inconvenient, thus making it a villain throughout
the child's school life. This work aims to understand the contribution of music to the
teaching of mathematics in early childhood education and the importance of this
teaching for the child's development. Therefore, we opted for a methodology of a
qualitative nature, more specifically a case study, as we intend to answer questions of a
descriptive and interpretative nature. To collect data, we carried out observations,
interviews and surveys. This work is structured in four parts, consisting of three
chapters. In the first part, covering chapter I and the result mainly of the bibliographical
review, I intend to establish the theoretical framework that aims to support the research
carried out. In the second part, chapter II is dedicated exclusively to the methodology
adopted, presenting the research methods and models used, as well as the data collection
instruments. The third part of this work includes chapter III, highlighting the
presentation and discussion of the results obtained during the research process. In the
fourth part, possible implications are extracted, which respond to the initial question and
also reflect the limitations of the study and the possible educational implications. At the
same time, it contains suggestions to continue working to develop students' cognitive
skills in the first class.The quotation rule chosen for this work is APA.
Keywords: Music, mathematics, motivation
SUMÁRIO

DEDICATÓRIA..............................................................................................................3

AGRADECIMENTOS....................................................................................................4

RESUMO..........................................................................................................................5

ABSTRACT.....................................................................................................................6

INTRODUÇÃO.............................................................................................................17

Estrutura do trabalho....................................................................................................20
CAPÍTULO I: ENQUADRAMENTO TEÓRICO.....................................................21

O ensino da Matemática na 2ª classe...........................................................................18

A música.........................................................................................................................20

Matemática e música no ensino primário...................................................................21

1.3 A motivação..............................................................................................................22

2.1.1 – A importância da motivação no processo de ensino e aprendizagem...........23

1.2.1 A importância da música como factor motivacional de aulas de Matemática26

Conclusão parcial do capítulo......................................................................................27

CAPÍTULO II: METODOLOGIA..............................................................................34

2.1 Fundamentação das actividades musicais para a motivação das aulas de


Matemática...................................................................................................................35
2.2 Actividades musicas para a motivação dos alunos nas aulas de matamática........36
2.3 Modelos de pesquisa..............................................................................................42
Conclusão parcial do capítulo......................................................................................45
CAPÍTULO III: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS..........................43

3.1 Análise do questionário dirigido ao professor (Anexo A).....................................44


3.2 Análise da entrevista dirigida ao professor (Anexo B)..........................................46
3.3 Análise das aulas observadas através da "ficha inicial" (Anexo C).......................48
3.4 Análise das aulas observadas através da "ficha final" (Anexo C).........................50
3.3.1 Diagrama inicial dos resultados recolhidos durante as aulas observadas.......52
3.4.1 Diagrama final dos resultados recolhidos durante as aulas observadas.........53
3.5 Comparação entre os diagramas inicial e final dos resultados recolhidos durante as
aulas observadas..........................................................................................................54
Conclusão parcial do capítulo......................................................................................55
CONCLUSÕES GERAIS.............................................................................................61

SUGESTÕES.................................................................................................................62

BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................63

ANEXOS........................................................................................................................65
INTRODUÇÃO

Na sociedade actual, a educação desempenha um papel determinante para os cidadãos,


sendo o sucesso académico fundamental. Mialaret (1975, p.24)refere que “iniciar o
nosso menino nos mistérios da matemática é prepará-lo intelectualmente para participar
na vida da cidade, é dar-lhe possibilidade de desempenhar correctamante o seu papel de
cidadão.

Este estudo mostra para os alunos que a matemática tem uma grande importância nas
suas vidas e as principais causas de sucesso na matemática são as que se relacionam
directamente com os próprios, nomeadamente o comportamento e a atenção nas aulas,
os estudos e hábitos.

Sabendo que a motivação escolar é algo complexo, processual e contextual e que


sempre pode ser feito para que os alunos recuperem ou mantenham o interesse em
aprender, utilizando a motivação nas aulas de matemática possibilitará que os mesmos
tenham sempre o desejo e a vontade de estar nas aulas de matemática.

Mas para além da motivação dos alunos, também o professor deverá encontrar-se
motivado, pois “a tarefa de ensinar depende do professor. Todavia, ele não conseguirá
fazê-lo se não estiver motivado para isso” (Pozo 2002, p.145). Assim, é necessário que
o professor reflita no seu modo de ensinar, de modo a interferir no sucesso do processo
de aprendizagem dos seus alunos, uma vez que professores desmotivados terão muitas
dificuldades em o conseguir.

O papel do professor é fundamental para melhorar a aprendizagem dos alunos, devendo


investir na motivação e compreender como cada aluno é motivado, o que é capaz de
despertar o seu interesse, sendo essencial, portanto, conhecê-lo particularmente. Lima
(2004) refere que ``para ensinar não basta apenas ter conhecimentos de uma série de
metodologias de ensino, optando por esta ou por aquela.

Desta forma, é o nosso objetivo, enquanto professores de matemática, procurar saber


quais os fatores que motivam os alunos e os conduzem ao sucesso ou insucesso na
referida disciplina bem como no exame final de ciclo. Ao proporcionarmos condições
de sucesso a todos os alunos, de modo a obter boas classificações nos exames, a escola
melhorará a sua posição nos rankings e consequentemente a sua imagem perante a
opinião pública.

O estudo que realizámos pretende dar resposta às seguintes questões de investigação:

Como motivar os alunos para o estudo da matemática?

Porque nem todos os alunos obtêm sucesso na matemática?

Como pode a escola motivar os alunos para o sucesso?

Com este estudo pretendemos identificar os factores que motivam os alunos, assim
como algumas causas do insucesso na referida disciplina, tentando contribuir para
aumentar o conhecimento relativo a esta problemática.

A motivação é considerada um factor determinante no contexto escolar e igualmente


determinante para o sucesso da aprendizagem. De acordo com Lima (2004), a
motivação é considerada ``a mola propulsora da aprendizagem``, pois sem a motivação
não há aprendizagem.

Frequentemente associamos a falta de motivação para aprender ao aluno desatento,


conservador, apático e alheio ao que se passa na sala, não realiza as actividades
propostas ou realiza-as sem empenho, o que conduz ao baixo desempenho ou
reprovação, indisciplina e conflitos na aula e, por vezes, ao extremo da desmotivação
com a escola: o abandono.

1. Problema científico

Para este trabalho investigativo, elaborou-se o seguinte problema científico:

Como contribuir o nível de conhecimento com actividades musicais para a motivação


dos alunos na disciplina de Matemática na 2ª classe?

2. Justificativa

A matemática desde sempre tem se encarado como uma disciplina muito difícil em
vários níveis de formação académica e isso não foge nos primeiros níveis de
escolaridade, especificamente no ensino primário.

Fazendo uma observação de algumas aulas na escola do ensino primário nº 68


especificamente na 2ª classe, conseguimos constatar certas dificuldades relacionadas
com o aprendizado desta mesma disciplina. Um dos factores mais pertinentes relaciona-
se com a falta de motivação dos alunos no aprendizado da mesma.

Com isto, vimos necessário fazer um estudo e investigação da mesma situação,


consequentemente elaborando um conjunto de actividades para que se possa resolver
esta mesma dificuldade.

3. Objectivos

Os objectivos apresentam a ideia central de um trabalho acadêmico. Assim, deve


descrever de forma sucinta a finalidade pela qual se está realizar o estudo e qual meta
buscar atingir, neste sentido. Para este trabalho foram elaborados os seguintes
objectivos:

Elaborar uma série de actividades que possibilitarão a motivação dos alunos no


aprendizado da Matemática na 2ª classe da escola primária nº 68.

4. Objecto de estudo

O processo de ensino e aprendizagem da Matemática na 2 a classe através de actividades


musicais para a motivação dos alunos.

5. Campo de acção

Quanto ao campo de acção, estará centrada nos factores motivacionais, da 2 a classe da


escola primária nº 68, município do Uíge.

6. Perguntas científicas

Para uma solidificação dos objectivos elaborados e a possibilidade de encontrar


respostas para o problema em estudo, considerou-se perguntas que contribuirão no
desenvolvimento desta pesquisa, são elas:

1. Quais fundamentos teóricos e metodológicos que sustentam a música como factor


motivacional de aulas de matemática na 2ª classe?
2. Qual é o estado actual da motivação dos alunos nas aulas de matemática na 2ª
classe da escola primária do nº 68, Município de Uíge?
3. Quais actividades musicais se podem estabelecer para que os alunos se sintam
sempre motivados em aprender a Matemática na 2ª classe da escola primária do nº
68, Município de Uíge?
4. Quais resultados se alcançarão com a aplicação de uma proposta de actividades
musicais para a constante motivação dos alunos no aprendizado da Matemática?

Essas perguntas poderão ser respondidas em seguida por intermédio das tarefas
científicas.

7. Tarefas científicas
1. Sistematização dos fundamentos teóricos e metodológicos referentes a música
como factor motivacional de aulas de matemática na 2ª classe.
2. Diagnóstico do estado actual da motivação dos alunos nas aulas de matemática na
2ª classe da escola primária do nº 68, Município de Uíge.
3. Elaboração de actividades musicais que possibilitarão que os alunos se sintam
sempre motivados em aprender a disciplina de Matemática na 2ª classe da escola
primária nº 68, Município de Uíge.
4. Avaliação dos resultados adquiridos no processo de investigação com a base a
aplicação da proposta de actividades musicais.

Estrutura do trabalho

O presente trabalho encontra-se estruturado em quatro partes, compostas por três


capítulos.

A primeira parte, contemplando o I capítulo e que resulta sobretudo da revisão


bibliográfica, pretende estabelecer o enquadramento teórico que visa sustentar a
investigação efectuada.

Na segunda parte, constitui o II capítulo, dedica exclusivamente à metodologia


adoptada, apresentam-se os métodos e modelos de investigação utilizados, assim como
os instrumentos de recolha de dados.

A terceira parte deste trabalho, contempla o III capítulo, realçando a apresentação e a


discussão dos resultados obtidos durante o processo da investigação.

Na quarta parte, extrair-se-ão as conclusões necessárias, que respondem ao


questionamento inicial e, reflecte ainda as limitações do estudo e as possíveis
implicações educativas. Contendo ao mesmo tempo sugestões para que se continue
trabalhando para desenvolvimento de competências cognitivas dos alunos na 1ª classe.
CAPÍTULO I: ENQUADRAMENTO

TEÓRICO
O ensino da Matemática na 2ª classe

A matemática está presente diariamente em nosso cotidiano e com a criança não poderia
ser diferente, por exemplo, enquanto a criança brinca ela usa a matemática para medir
distância, para diferenciar o pesado do leve, ela desenvolve conceitos espaciais como
cima e embaixo, fora e dentro, frente e atrás, etc.

Ela deve ser ensinada às crianças como um meio de interpretação das coisas que nos
rodeiam diariamente, assim formando pessoas conscientes para a cidadania e a
criatividade e não somente como memorização. Existem diversas formas de trabalhar a
matemática na Educação Infantil, pois ela está presente na arte, na música, em histórias
na forma de como organizamos o pensamento, nas brincadeiras e nos jogos.

O professor não deve esquecer que a criança é um ser em formação e deve sempre
cuidar para que essa formação seja sempre natural e com mais possibilidades possíveis
para a criança. Segundo Virgulino (2014):

Na Educação Infantil, o trabalho com noções matemáticas deve atender, por um


lado, às necessidades da própria criança de construir conhecimentos que incidam nos
mais variados domínios do pensamento e, por outro, precisa corresponder a uma
necessidade social de melhor instrumentalizá-la para viver, participar e compreender
um mundo que exige diferentes conhecimentos e habilidades (VIRGULINO, 2014,
p. 78).

O professor deve sempre trabalhar como mediador do conhecimento, buscando sempre


questionar, desafiar e promover situações incentivando os alunos a criarem sua própria
autonomia, devendo sempre lembrar que cada criança é diferente da outra e que cada
uma tem seu tempo de aprendizagem assim a criança passa a descobrir de forma
prazerosa um novo mundo, o mundo dos números e do raciocínio lógico.

Trabalhar a matemática na educação infantil é importante pois, assim a criança está


trabalhando com algo que ela realmente irá usar fora da escola, algo com que ela vai
conviver o resto da vida.

Durante a educação infantil é onde a criança desenvolve suas capacidades e habilidades


cognitivas e trabalhar com a matemática nessa fase é importante pois, é quando a
criança aprimora o raciocínio lógico e a criatividade. A criança depois que passa a
pensar, matematicamente, amplia sua capacidade perceptiva e motora que são essenciais

18
para o seu desenvolvimento pleno e integral. Ruiz (2002, p.218), por sua vez, discute a
necessidade mundana da Matemática à luz do cognitivismo piagetiano:

O epistemólogo Jean Piaget identifica a matemática como uma espécie de interface


entre o espírito humano e o mundo, sendo um instrumento-chave no intercâmbio
entre sujeito e universo. Aprender matemática é adquirir ferramentas cognitivas para
actuar sobre a realidade. Para ele, existe o carácter de continuidade entre as
estruturas lógico-matemáticas espontâneas do pensamento infantil e os edifícios
formais construídos pelos matemáticos (2002, p.218).

Com base nessa perspectiva observamos que a matemática tem importância


fundamental no desenvolvimento do ser humano de modo geral. Na Educação Infantil,
podemos entender como uma possibilidade de instrumentar a criança não só para a vida,
mas também para o aprimoramento do raciocínio lógico, da inventividade e da
capacidade de criação.

Os conteúdos matemáticos devem ser trabalhos na educação infantil de modo onde a


criança construa seus conceitos matemáticos de forma livre, por meio de brincadeiras,
actividades lúdicas, onde a criança participe activamente, assim despertando a sua
curiosidade, a partir do seu modo de interpretar o mundo passando a valorizar as suas
potencialidades. Moura (2007) diz que:

Aprender matemática não é só aprender uma linguagem, é adquirir também modos de


ação que possibilitem lidar com outros conhecimentos necessários à sua satisfação, às
necessidades de natureza integrativas, com o objectivo de construção de solução de
problemas tanto do indivíduo quanto do colectivo (MOURA, 2007, p. 62).

O objectivo de trabalhar a matemática com as crianças na educação infantil é de que


seja ampliada as suas habilidades, aumentar sua capacidade de resolver problemas,
desenvolvendo sua argumentação por meio de questionamentos sobre resultados,
construindo assim a própria autonomia da criança. Nesse sentido, Lorenzato (2008, p.1)
afirma que:

A exploração matemática pode ser um bom caminho para favorecer o


desenvolvimento intelectual, social e emocional da criança. Do ponto de vista do
conteúdo matemático, a exploração matemática nada mais é do que a primeira
aproximação das crianças, intencional e direcionada, ao mundo das formas e das
quantidades.

19
Considerando o fato de que as crianças utilizam a matemática diariamente contando a
quantidade de brinquedos que possuem, mostrando a sua idade com os dedos, dividindo
seu lanche com o colega, a matemática na educação infantil busca desenvolver um
caráter integrador, proporcionando actividades que desenvolvem a autonomia da
criança, explorando seus conhecimentos prévios e mantendo seu espírito divertido
através de jogos e brincadeiras.

Um dos vários objectivos da matemática é de ensinar as pessoas a resolverem


problemas, com as crianças essas situações-problemas são representadas pelos jogos.
Trabalhar a matemática de forma lúdica na educação infantil faz com que as crianças
sintam maior prazer em aprender, pois as brincadeiras e os jogos fazem com que eles se
envolvam com a matemática de forma mais prazerosa para eles.

As crianças na educação infantil se dispersam muito facilmente pois, ainda estão


desenvolvendo sua capacidade de atenção, as brincadeiras nesse caso auxiliam no
ensino da matemática com os pequenos, pois as crianças se sentem atraídas pelas
actividades que são voltadas para o seu mundo.

Sem dúvidas o jogo é um ótimo instrumento para se trabalhar a matemática com as


crianças, porém o professor deve ter noção dos conteúdos e das habilidades que estão
presentes nas brincadeiras e os jogos devem ser desenvolvidos com algum objectivo
para ser apenas usado para o lazer da criança. Sendo assim os professores devem estar
preparados para utilizar esse instrumento de ensino, fazendo com que as aulas se tornem
produtivas.

A música

A música tem um grande poder de interação e desde muito cedo adquire grande
relevância na vida de uma criança despertando sensações diversas, tornando-se uma das
formas de linguagem muito apreciada por facilitar a aprendizagem e instigar a memória
das pessoas.

Desde o nascimento que o ser humano mostra suas necessidade de comunicação,


interagir com a sociedade e meio envolvente. Essa necessidade se inicia no ventre da
sua mãe, onde é criada uma relação de afecto, estabelecendo formas de comunicação
entre a mãe e a criança, através de simples gestos.

20
Segundo Morris (1975, p. 235):

Tudo que é caracteristicamente humano depende da linguagem. O ser humano é, em

primeira instância, o animal falante. O discurso representa o mais essencial – mas

não o único – papel no desenvolvimento e na preservação da identidade humana e de

suas aberrações, assim como faz no desenvolvimento e na manutenção da sociedade

e de suas aberrações.

A cultura vem acompanhando as gerações e sua importância é incontestável. A


necessidade de comunicação ente os povos tornou a música uma marca vital de
identificação de cada comunidade e sua cultura. Segundo Oliveira (1999, p. 42), “é a
necessidade de comunicação que impulsiona, inicialmente, o desenvolvimento da
linguagem”. A música é a forma de expressão artística, tanto no campo popular quanto
no erudito. As comunidades podem ser identificadas pela música que escutam.
A música proporciona uma forma de expressão e contribui para buscar a identidade de
um povo, mas, isso não quer dizer que se devem privar o mergulho em outras culturas,
pois a igualdade implica no direito de não haver discriminação, sendo assim a escola
tem obrigação de oferecer essa cartela de opções a seus alunos.

Matemática e música no ensino primário

Com a popularização dos meios de comunicação, notamos mudanças nos


comportamentos da sociedade. Essas mudanças também refletem no dia a dia escolar. O
interesse por aulas cuja metodologia baseia-se em exposição oral, na qual se tem como
únicos recursos a lousa e o giz, torna-se agora praticamente impossível. Com isso, faz-
se necessário novos recursos metodológicos, bem como sua aplicação em sala de aula.
Por isso, como alternativa para o ensino e a aprendizagem da Matemática, sugerimos
um método diferenciado e pouco usado por professores, que é usar o potencial da
música, que tem um destaque próprio enquanto processo diferenciado no ensino e
aprendizagem da Matemática.

Contudo, podemos ser questionados sobre o que tem a ver a Matemática e a Música?
Como estão ligadas? Sobre isso, podemos afirmar que Pitágoras, que é considerado um
dos pais da matemática e também da música, após várias experiências e tentativas,
descobriu algumas razões para a composição de um campo harmônico. Isso quer dizer

21
que toda música é composta por matemática, desde escalas, campo harmônico, até
mesmo a afinação de alguns instrumentos.

A música também é preciosa para o relaxamento, concentração, para se entender os


compassos, usada muitas vezes para se obter uma paz, a música abre leques de formas
diferenciadas de usá-la. Além disso é utilizada para facilitar a memorização dos alunos.
De fato, após uma fórmula ser cantada para e com os alunos, estes a gravam de uma
forma muito mais fácil e prazerosa, algo útil no momento da pressão.

Faria (2001) define a música como um importante fator na aprendizagem, pois a


criança, desde bem pequena, já ouve música, a qual, muitas vezes, é cantada pela mãe
ao dormir, conhecida como cantiga de ninar. Assim, a música é muito importante na
aprendizagem, pois o aluno convive com ela desde muito pequeno, faz parte do seu
cotidiano e, empregando-a na matemática, faz com que surja uma possibilidade a mais
dos estudantes se envolverem com a mesma e que esta deixe de ser encarada como
imposição, para ser algo mais natural, em que o

1.3 A motivação

Segundo Bzuneck (2004), a motivação é o motivo, ou seja aquilo que move uma pessoa
ou que a põe em ação ou a faz mudar de curso).

A motivação de uma pessoa depende dos seus motivos, isto é dos seus anseios, desejos
e necessidades. Cada ser humano possui motivações particulares provocadas por
inúmeras necessidades.

Segundo Maslow (1954), as necessidades, influenciam a ação humana quase sempre de


forma instintiva. Assim propôs a hierarquia das necessidades, vulgo pirâmide das
necessidades de Maslow. Na base da pirâmide encontram-se as necessidades primárias
relacionadas com a sobrevivência e equilíbrio humano, enquanto que no topo se
encontram as necessidades secundárias, que apenas estão relacionadas com a realização
da pessoa enquanto pessoa. Maslow distingue os graus de satisfação em dois grupos: a
satisfação interna e a satisfação externa, no primeiro caso são as que advêm das
necessidades fisiológicas e de segurança, são as que estão relacionadas com os factores
internos do indivíduo. A externa é as que são oriundas de factores externos como as
necessidades sociais, de estima e autorrealização.

22
De acordo com Palma e Lopes (2012), as necessidades de nível superior apenas são
activadas quando as necessidades de nível inferior estão satisfeitas. Para motivar uma
pessoa, deve-se identificar qual é a categoria mais baixa, na qual ela tem necessidades e
suprir essa necessidade antes de pensar em outras mais altas.

Existem 2 tipos de motivações:

Motivação intrínseca, também designada de pessoal ou inconsciente, que representa o


desejo interior de atingir algum objectivo ou de satisfazer uma determinada necessidade,
ou seja, é a força psíquica que possuímos. A motivação intrínseca é compreendida como
sendo uma propensão inata e natural dos seres humanos para envolver o interesse
individual e exercitar suas capacidades, buscando e alcançando objectivos ótimos. Um
aluno motivado intrinsecamente dedica-se muito à tarefa proposta, não medindo tempo
nem esforços para a realizar, não desiste perante condições desfavoráveis, não se deixa
influenciar por pressões externas e não desanima perante o fracasso. A motivação
intrínseca é fundamental para o processo ensino/aprendizagem, pois o aluno precisa de
estar motivado para aprender.

Motivação extrínseca, caracteriza-se por factores externos e é conhecida também como


motivação ambiental ou consciente. A motivação extrínseca é, em grande parte, da
responsabilidade do professor, pois a este compete-lhe criar um clima que desperte o
interesse dos alunos.

Mas, além da motivação do aluno, também o professor deverá encontrar-se motivado,


pois “a tarefa de ensinar depende do professor. Todavia, ele não conseguirá fazê-lo se
não estiver motivado para isso” (Pozo 2002, p.145). Assim, é necessário que o professor
reflita no seu modo de ensinar, de modo a interferir no sucesso do processo de
aprendizagem dos seus alunos, uma vez que professores desmotivados terão muitas
dificuldades em o conseguir.

2.1.1 – A importância da motivação no processo de ensino e aprendizagem

A motivação é considerada um factor determinante no contexto escolar e igualmente


determinante para o sucesso da aprendizagem. De acordo com Lima (2004), a
motivação é considerada “A mola propulsora da aprendizagem”, pois sem motivação
não há aprendizagem.

23
Frequentemente associamos a falta de motivação para aprender ao aluno desatento,
conversador, apático e alheio ao que se passa na sala, não realiza as actividades
propostas ou realiza-as sem empenho, o que conduz ao baixo desempenho ou
reprovação, indisciplina e conflitos na aula e, por vezes, ao extremo da desmotivação
com a escola: o abandono.

Mas não podemos generalizar, pois as actitudes de um aluno podem dar-nos a ideia de
que está motivado, empenhado e atento para adquirir o conhecimento, quando na
verdade pode estar apenas a realizar mecanicamente uma tarefa sem se envolver de
facto com o objecto de estudo.

De acordo com Bzuneck (2004), o comportamento correto na sala de aula e a até um


desempenho escolar satisfatório podem encobrir sérios problemas motivacionais,
enquanto que um mau rendimento, pode não ser causado apenas por falta de esforço, ou
seja, por desmotivação.

O papel do professor é fundamental para melhorar a aprendizagem dos alunos, devendo


investir na motivação e compreender como cada aluno é motivado, o que é capaz de
despertar o seu interesse, sendo essencial, portanto, conhecê-lo particularmente. Lima
(2004), refere que, para ensinar não basta apenas ter conhecimento de uma série de
metodologias de ensino, optando por esta ou por aquela. É preciso compreender o
próprio aluno: as características da sua personalidade, a etapa do desenvolvimento
motor, emocional, cognitivo e social na qual se encontra, bem como a maneira como
aprende.

A motivação de um indivíduo também varia no espaço e no tempo. Alguém pode estar


motivado agora, em relação a um determinado assunto ou tarefa, e estar desmotivado
pouco tempo depois, mesmo mantendo a mesma actividade.

Segundo Tapia (2003) “…um mesmo aluno não manifesta o mesmo interesse, nem se
esforça sempre do mesmo modo, nem sequer em relação ao mesmo tipo de tarefa”
(p.104).

Existem várias estratégias de ensino para promoverem a motivação dos alunos, sendo a
autoestima, a afectividade, as crenças de autoeficácia, o uso de estímulos e recompensas
e a mudança da prática docente, factores que estão relacionados ou interferem na
motivação.

24
25
1.2.1 A importância da música como factor motivacional de aulas de Matemática

Diversos são os autores que referem, nos seus trabalhos, a importância da música na
aquisição e desenvolvimento de diferentes competências.

“A música é um elemento importante na construção de outros olhares e sentidos, em


relação ao saber e às competências, sempre individuais e transitórias, porque se situa
entre polos aparentemente opostos e contraditórios, entre razão e intuição, racionalidade
e emoção, simplicidade e complexidade, entre passado, presente e futuro”.

O mesmo documento refere que as competências a desenvolver no ensino da música


assentam em quatro grandes organizadores de aprendizagem: perceção sonora e
musical; culturas musicais nos conteúdos; criação e experimentação; interpretação e
comunicação.

26
Conclusão parcial do capítulo

A disciplina de mátemática é bastante importante no curriculo do aluno, sendo que com


a mesma podemos dispertar no aluno as capacidades de contar e calcular, influenciando
assim no desenvolvimento das habilidades de compreensao e de retenção de conteúdos,
por isso é importante que se trabalhe esta disciplina nos primeiros níveis de formação da
criança.

Visto que a matemática desempenham um papel importante para a formação dos alunos,
importa-nos referir que, é essencial que os alunos estejam motivados para que
compreendam e tenham a capacidade de realizar tarefas ou actividades matemáticas.

A implementação destas actividades musicais, favorecem a interacção activa dos alunos


nas diversas aulas, também contribuem para um bom desempenho na compreensão e
realização de tarefas dadas pelo professor. Com isso, o professor deve ser paciente,
investigador e criativo para poder sempre surpreender os seus alunos com novas
actividades que proporcionam motivação constante dos alunos nas aulas de matemática
e também no desenvolvimento dos mesmos.

Também foi necessário especificar nesse capítulo que para se aumentar a motivação dos
alunos para participarção nas aulas de matemática é necessário que se implementem
brincadeiras e actividades com materiais acessíveis que se adequem com o tema em
estudo.

27
CAPÍTULO II: METODOLOGIA
2.1 Fundamentação das actividades musicais para a motivação das aulas de

Matemática.

Atualmente, o grande desafio de um educador está em possibilitar estratégias de


aprendizagem que auxiliem na construção do conhecimento dos estudantes.

Na matemática, esse desafio é intensificado, pois se trata de uma ciência exata e


complexa, fazendo com que crianças e com que adolescentes tenham dificuldades para
apreendê-la e para executá-la. Mudar essa realidade demanda a implantação de novas
formas de ensino na educação básica, que possibilitem a esse aluno aprender e a
internalizar os conhecimentos que lhes são apresentados em sala de aula.

A música apresenta-se como um instrumento pedagógico que proporciona um


aprendizado de maneira diferente das aulas convencionais, por meio da interação e do
entretenimento, o que pode tornar a aula mais atrativa e divertida.

Entretanto, definir a música perpassa alguns entraves, pois implica em uma diversidade
de elementos, como, por exemplo, o divertimento, a brincadeira, o jogo e os
experimentos científicos. Contraponto a esse pensamento, a actividade musical é
definida, por Friedmann (1996), como uma abrangência dos conceitos de jogo,
brincadeira e diversão.

Para Silva e colaboradores (2013), a música desenvolve, nas crianças e nos jovens, o
prazer, alegria e a motivação em aprender e a curiosidade que as move em compreender
certos aspectos, de certa forma, é a mesma que move os cientistas em suas pesquisas,
assim, conciliar a alegria da brincadeira com aprendizagem do aluno é algo que se torna
desejável. Entretanto, o conceito de ludicidade vai muito além de jogos e de
brincadeiras; na esfera musical, a ludicidade permanece na reprodução, imitação,
brincadeira, espontaneidade e interação da criança com os sons e com os instrumentos,
mas não abarca a ação de produzir música, visto que essa seria uma faceta do
profissional formado em música.

Nesse contexto, compreender as actividades musicais no ensino de matemática contribui


para que aluno descubra o que existe além dos limites tradicionais da sala de aula,
aguçando sua curiosidade na construção e reconstrução da matemática, possibilitando

35
troca de experiências e novas descobertas, o que desperta o interesse pela disciplina, na
resolução de tarefas que atrai a atenção do aluno.

Diante da abrangência de conceitos, a música é compreendida nesta pesquisa como toda


e qualquer ação que ao ser executada produza prazer no praticante, possibilitando a
experimentação de novas situações.

2.2 Actividades musicas para a motivação dos alunos nas aulas de matamática.

Actividade 1: Ensino dos números.

Objectivo: proporcionar aos alunos a capacidade de memorização, compreensão e


leitura dos números por intermédio de canções.

Descrição da actividade

Em uma aula de ensino dos números, para que os alunos se sitam mais motivados
durante a aula, o professor anuncia uma actividade.

 O professor orienta os alunos para o conhecimento da actividade.


 O professor organiza os alunos consuante a posição de cada aluno.
 O professor escreve a canção no quadro.
 Em formato de coro os alunos aprendem e cantam a música selecionada.

Canção no 1

Esses são os números que vamos aprender

Temos que estudar uma e outra vez

Esses são os números que vamos aprender

Temos que estudar uma e outra vez

1 é como a varinha

2 é como um patinho

3 é o E para trás

4 a cadeira é

5 a boca do sapo

36
6 o rabo do gato

7 que esquisito é

8 os óculos do André

Quase esqueço do 9 e do 10

Uhh mama mia é dificil é!

Canção no 2

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

Uma (1) boa, um (1)nariz

Dois (2) olhinhos, duas (2) orelhas

Três (3) sininhos na matriz

Quatro (4) patas nas ovelhas

Cinco (5) dedos

Seis (6) anéis

Sete (7) notas musicais

Oito (8) pratos

Nove (9) pastéis

Dez (10) brinquedos, que demais!

Canção no 2

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1

Uma (1) Vaquinha mugindo “Muuuu”

Dois (2) cachorrinhos latindo “Au Au Au”

Três (3) patinhos piando “Piu Piu Piu”

37
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1

Quatro (4) gatinhos miando “Miau Miau”

Cinco (5) galinhas cantando “Cocorocó”

Seis (6) passarinhos cantando “Piu Piu Piu”

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1

Sete (7) sapinhod coaxando “Uebe Uebe Uebe”

Oito (8) Araras cantando “Arara Arara Arara”

Nove (9) oncinhas rugindo “Ruau Ruau”

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1

Dez (19) bichinhos felizes!


Actividade 2: música para trabalhar operaçoes matemáticas

Objectivo:conhecer os sinais usados na matemática para o cálculos de operações.

Descrição da actividade

Sendo que na sala de aulas tem muitas carteiras que fariam bastante interferência
durante a actividade;

 O professor pede aos alunos que saiam da sala;


 Após a entrega os alunos saírem da sala, o professor organiza-os em um circulo;
 Enquanto os alunos estiverem a cantar e a girar o círculo compostos por um
acento, o professor pede que parem. O aluno que centar no acente responde uma
pergunta (por exemplo 3 + 4 = 7);
 Se o aluno responder correctamente, ele recebe uma recompensa.

Canção

1, 2, 3, vou brincando e aprendendo

38
A roda matemática você fica sabendo

4, 5, 6 vamos todos calcular

7, 8, 9 o que o professor falar

“Pausa e o professor pergunta 2 + 7 ou 3 + 5”

1, 2, 3, vou brincando e aprendendo

A roda matemática você fica sabendo

4, 5, 6 vamos todos calcular

7, 8, 9 o que o professor falar

“Pausa e o professor pergunta 2 + 5 ou 4 + 4”

Actividade3: música da adição e subtração (+).

Objectivo: capacitar os alunos para as operações com o sinal de adição.

Descrição da actividade

 Por intermédio de uma canção selecciona-se o conjunto de operações


 Ao longo da canção será mensionada algumas operações que vao poder ser
respondidas ao mesmo tempo.

Canção no 1

Eu fui trabalhar na roça

Resolvi criar galinhas

Eu só tinha uma (1) galinha e um (1) Galo carijó

Eu so tinha uma (1) galinha

Eu comprei outra galinha

Eu fiquei com duas (2) galinhas e um (1) galo carijó

Eu já tinha duas (2) galinhas

E comprei outra galinha

E fiquei com três (3) galinhas e um (1) galo carijó

39
Eu tinha três (3) galinhas

Eu comprei outra galinha

Eu fiquei com quatro (4) galinhas e um (1) galo carijó

Canção no 2

Hoje eu vou contar

E aprender a somar

Como é bom saber, usar os número, vai lá!

1+1é2

2+1é3

3+1é4

4+2é6

Hoje eu vou sorrir

E aprender a subtrair

Como é bom saber, usar os números, vai lá!

2–1é1

3–1é2

4–1é3

7–1é6

Eu amo aprender

Assim eu vou crescer

Somar é importante

Vem aqui, você também

Eu amo aprender

Assim eu vou crescer

40
Já sei subtrair, agora eu posso dividir

Actividae 4: música da divisão (÷)

Objectivo:capacitar os alunos para as operações com o sinal de adição.

Discrição de actividade

 Por intermédio de uma canção selecciona-se o conjunto de operações


 Ao longo da canção será mensionada algumas operações que vao poder ser
respondidas ao mesmo tempo.

Canção

Eu tinha um pedaço de pão

Eu dei um pedaço para o João

E o João ficou feliz com o jeito que fiz

Com essa divisão

Eu tinha só uma balinha

Eu quebrei bem na metadinha

E dei um pedaço para Ana, que ficou feliz a semana todinha

Eu tinha só um chocolate

Eu dei um pedadço para Tati

E o papai ficou contente, e comprou para a gente uma caixa cheinha

41
2.3 Modelos de pesquisa

O trabalho baseou-se em dois tios de modelos de pesquisas, nomeadamente: pesquisa


aplicada e a pesquisa descritiva.

a) Pesquisa aplicada

É definitivamente um dos tipos mais populares de modelos de pesquisa. E por ser


responsável pela aplicação do conhecimento adquirido, por isso, utilizou-se para
colectar dados, seleccionar e processar factos, a fim de se obter e confirmar resultados, e
se gerar impacto automaticamente fortalecendo a transformação do conhecimento
cultural e científico, o que é conveniente para o desenvolvimento da sociedade.

b) Pesquisa descritiva

Ela é uma das classificações da pesquisa científica, na qual utilizou-se com o objectivo
de descrever as características da população, o fenómeno ou experiência para o estudo
realizado. E também realizou-se levando em conta os aspectos da formulação das
perguntas que nortearam a pesquisa.

8. Métodos e técnicas de nível teórico

A metodologia é o estudo dos métodos. Isto é, o estudo dos caminhos para se chegar a
um determinado fim. Com o objectivo de analisar as características dos vários métodos,
podendo assim ser utilizados nesta pesquisa metodologia do estudo teórico.

Estes métodos permitiram revelar as relações essenciais do objecto de investigação para


a compreensão dos factos e para a formulação das hipóteses. E para que possibilite
alcançar um determinado objectivo é necessário que se utilizam alguns métodos, e para
esta pesquisa, eis os seguintes métodos:

a) Método indutivo – dedutivo

Com base a este método, conseguimosseguir a lógica deste mesmo pensamento,


identificaremos as competências cognitivas dos alunos, partindo de casos particulares
ou simplesregistados e enumerados.

b) Analítico – sintético

42
Tendo em conta que este método possibilitou decompor e analisar mentalmente as
qualidades e propriedades, partes e componentes de uma pesquisa, utilizou-se neste
trabalho, com o propósito de um perfeito processamento dos conhecimentos e
informações que constam na bibliografia relativamente ao tema e aos dados adquiridos
de uma forma empírica.

9. Métodos de nível empírico

Tendo em conta os objectivos elaborados nesta investigação, bem como as


características da escola, e em particular a classe, foram considerados os seguintes
instrumentos de recolha de dados:

a) Observação

Por intermédio da observação, consistiu em perceber, ver e não interpretar, com isso,
obtendo amplamente determinados aspectos da realidade.

b) Questionário

Apresentou-se uma série de questões para os professores, isto é, por escrito paraque se
tenha certo conhecimentos, podendo assim garantir o anonimato de cada participante.

c) Entrevista

Por intermédio deste instrumento de colecta de dados, possibilitou que se fizesse uma
idealização de perguntas para se analisar e comprovar a música como factor
motivacional de aulas de matemática na 2ª classe.

d) Grupos focais

Sabendo que este instrumento de colecta de dados é muita das vezes constituídos por até
12 pessoas, que compartilham as mesmas características demográficas tais como: nível
de escolaridade, condição social, ou se são todos funcionários do mesmo sector do
serviço público, viu-se a necessidade de agrupar os professores da 2ª classe, com o
propósito de obter informações qualitativas em profundidade acerca da actual situação
que os alunos apresentavam no que concerne a motivação dos mesmos nas aulas de
matemática .

e) Método matemático estatístico

43
Esse método utiliza a estatística para investigar um determinado fenômeno. O método
contribuiu para a coleta, a organização, a descrição, a análise e a interpretação dos
dados.

10. População e amostra

População

Para desenvolver este trabalho, participaram da pesquisa alunos da 2ª classe da escola


primária no 68 da Província do Uíge, sendo no total de 3 salas de aulas e cada sala
composta por 50 alunos, e com isso constituindo um total de 150 alunos.

Amostra

Como amostra, participaram somente 130 alunos e também 3 professores da 2ª classe


da escola do ensino primário nº 68, Município do Uíge.

44
Conclusão parcial do capítulo
Para que os alunos esteja completamente motivados duarante as aulas de mateática, é
necessario que se implemetem várias metodologias que farão com que eles fiquem
interessados e motivados durante as aulas. Para que se melhore este aspecto
implementou-se um conjunto de actividades (canções) que fizeram com que os alunos
podessem se sentir mais avontade e bastante motivados em aprender e assistir as aulas
de matemática.
Nesta pesquisa, utilizou-se modelos de pesquisa aplicada a fim de se obter e confirmar
resultados, e se gerar impacto automaticamente fortalecendo a transformação do
conhecimento cultural e científico, o que é conveniente para o desenvolvimento da
sociedade e a pesquisa descritiva com o objectivo de descrever as características da
população, o fenómeno ou experiência para o estudo realizado.

Foi necessária também a utilização dos métodos e técnicas de nível teórico como:
método indutivo, analítico – sintético, método dialéctico e método sistémico –
estrutural, para a obtenção de mais informações.

Os métodos de nível empírico como: diagnóstico, observação d, entrevista e


questionário também contribuíram significativamente para a obtenção de mais
informações sobre a situação actual dos alunos.

45
CAPÍTULO III: ANÁLISE E

INTERPRETAÇÃO DOS DADOS


3.1 Análise do questionário dirigido ao professor (Anexo A)

O questionário elaborado, permitiu que se obtivesse mais informações para confirmar a


situação actual do nível de motivação dos alunos durante as aulas de matemática. Todas
as perguntas dirigidas ao professor foram do tipo fechadas.

Q1- Sobre avaliação da compreensão dos alunos nas aulas de matemática,


classifica-se:
Professor A: regular
Professor B: mau
Professor C: regular
Q2- Referente a motivação dos alunos nas aulas de mátemática, classifica-se:
Professor A: regular
Professor B: regular
Professor C: regular
Q3- Concernente a influência da música na compreensão de aulas de
matemática,considera-se:
Professor A: regular
Professor B: mau
Professor C: mau
Q4- Sobre a avaliação da realização das actividades musicais para a motivação dos
alunos nas aulas de matemática, considera-se:
Professor A: regular
Professor B: regular
Professor C: mau
Q5- Sobre a motivação dos alunos ao realizar as tarefas de matemática, classifica-
se:
Professor A: mau
Professor B: mau
Professor C: regular
Q6- Como os alunos conseguem exprimir as suas ideias nas aulas de matemática,
considera-se:
Professor A: regular
Professor B: regular

44
Professor C: regular
Q7- No que diz respeito a avaliação da participação dos alunos nas aulas de
matemática, considera-se:
Professor A: regular
Professor B: regular
Professor C: regular

45
3.2 Análise da entrevista dirigida ao professor (Anexo B)

Para confirmar a situação actual que os alunos apresentavam durante as aulas de


matemática se fez uma entrevista aos professores com as seguintes perguntas:
P1- Porque têm (ou não), os vossos alunos, motivação nas aulas de matemática?
De uma forma geral os professores afirmam que, tem sido regular, mas não a 100%
porque alguns alunos não interagem, muitos deles acabam se sentindo tímidos em
passar a frente do quadro ou mesmo até em realizar algumas actividades.
P2-Porque acha que os seus alunos não têm motivação?
Os alunos acabam estando sem motivação porque muitos deles se sentem tímidos e
outros por falta de tomar o pqueno almoço se setem incapacitados de participar em
actividades. Muitas das vezes utilizamos mayteriais em nossa disposição para tornar as
aulas de matemática mais fáceis de aprender.
P3- Sempre foi assim nos anos anteriores, esta falta de motivação e de interesse?
Não, porque é relativo. Em algumas vezes temos os alunos mais motivados quando os
encarregados de educação tambem participam neste processo de motivação dos alunos.
P4- Acham que isso condiciona o sucesso?
Sim, porque o aluno desmotivado se sente sempre imcapacitado de participar e realizar
actividades durante as aulas. E sempre encontraremos dificuldades, visto que nem todos
os alunos vêm motivados em suas casas e também nem todos têm a mesma capacidade
de aprender e socializar-se.
P5- Como caracteriza um aluno motivado?
Caracterizam um bom aluno motivado aquele que está sempre bem atento quando a
professora explica a matéria e tira sempre as suas dificuldades.
P6- Como contribuem para a motivação dos vossos alunos?
Contribuimos com muita chamada de atenção, conselhos, contandos histórias e também
contando algumas anedotas.
P7- E a nível de actividades desenvolvidas na sala de aula?
Em algumas vezes quando otamos a fraca participaão dos nossos alunos, realizamso
algumas actividades para que eles se sintam mais a vontade duranta as aulas.
P8- Para que eles tenham motivação, tentam diversificar com actividades?
Sim, muitas das vezes orientamos algumas actividades que lhe faz se sentiram mais
motivados durante as aulas.

46
A professora tem que entender os seus alunos, tem que ter o domínio, tem que estar bem
disposta mandar o aluno para o quadro e em algumas vezes orientamos algumas tarefas.
P9-Que estratégias ou actividades podemos introduzir para melhorar os resultados
dos alunos?
De uma forma generalizada, quando as escolas poderiam estar a dar merendas escolares
para que nas vezes que os alunos sentirem fome, poderem comer alguma coisa. Dando
tarefas e também cantando algumas canções.
P11- De todas as necessidades discutidas qual é a mais importante para vocês?
Todas são importantes, visto que, é necessário que se compreenda todos os aspectos que
envolvem este processo para que consigamos dar uma resposta adequada a esta
situação. Podendo assim proporcionar aos alunos uma boa participação aos alunos e o
sucesso nas aulas de matemática.

47
3.3 Análise das aulas observadas através da "ficha inicial" (Anexo C)
Com objectivo de verificar o grau de motivação actuais que os alunos
apresentamdurante as aulas de matemática, foram analisados os seguintes dados:
Indicador 1 – Compreensão dos alunos nas aulas de matemática.
Bom 20 → 15.3%
Regular 30 → 23%
Mau 80 → 61.5%
Total 130 → 100%
Dos 130 alunos que correspondem a 100%, 20 alunos equivalentes a 15.3% têm
compreendido normalmente as aulas, 30 alunos equivalentes a 27.3% com
conhecimento regular e 80 alunos com dificuldades que correspondem 61.5%.
Indicador 2 – Motivação dos alunos nas aulas de mátemática

Bom 15 → 11.5%
Regular 25 → 19.2%
Mau 90 → 69.2%
Total 130 → 100%
Quanto a motivação dos alunos mas aulas de matemática, 15 alunos equivalentes a
11.5%costumam a estar sempre motivados, 25 alunos equivalentes a 19.2% representa
regularmente e 90 alunos com dificuldades que correspondem 69.2%.
Indicador 3 – Influência da música na compreensão de aulas de matemática

Bom 10 → 7.6%
Regular 30→ 23%
Mau 90→ 69.2%
Total 130 → 100%
Quanto a este indicador, dos 130 alunos observados, 10 alunos equivalentes a 7.4% com
boa influência, 30 alunos equivalentes a 30% de uma forma regular e 90 alunos que
correspondem 69.2% com dificuldades.
Indicador 4 – Realização das actividades musicais para a motivação dos alunos nas
aulas de matemática

Bom 15→ 11.5%


Regular 20 → 15.3%
Mau 95 → 73%

48
Total 130 → 100%
Dos 130 alunos observados, 15 deles equivalentes a 11.5% bons, 20 alunos equivalentes
a 15,3% regular e 95 alunos equivalentes a 73% com dificuldades.
Indicador 5 – Motivação dos alunos ao realizar as tarefas de matemática

Bom 20 → 15.3%
Regular 23→15.6%
Mau 87 → 66.9%
Total 130 → 100%
Neste indicador, 20 alunos equivalentes a 15.3% têm motivação durante as aulas de
matemática, 23 alunos que correspondem 15.6% com motivação regular e 87 alunos
equivalentes a 66.9% com pouca motivação.
Indicador 6 – Exprissão das suas ideias nas aulas de matemática

Bom 19 → 14.6%
Regular 22 → 16.9%
Mau 89 → 68.4%
Total 130 → 100%
Dos 130 alunos observados, 19 alunos que correspondem 14.6% têm expressado as suas
idéias nas aulas de matemática, 22 alunos equivalentes a 16.9% regular e 89 alunos que
correspondem 68.4%.

Indicador 7 – Participação dos alunos nas aulas de matemática

Bom 10 → 7.6%

Regular 27 → 20.7%
Mau 93 → 71.5%

Total 130 → 100%

Quanto a este indicador, 10 alunos equivalentes a 7.6% participam nas aulas, 27 alunos
que equivalem a 20.7% regular e 93 alunos que correspondem a 71.5% não participam.

49
3.4 Análise das aulas observadas através da "ficha final" (Anexo C)
Com objectivo de verificar o grau de motivação final que os alunos apresentam durante
as aulas de matemática, foram analisados os seguintes dados:
Indicador 1 – Compreensão dos alunos nas aulas de matemática.
Bom 110 → 84.6%
Regular 15 → 15.5%
Mau 5 → 3.8%
Total 130 → 100%
Dos 130 alunos que correspondem a 100%, 110 alunos equivalentes a 84.6% tiveram
éxitos quanto a compreensão nas aulas de matemática, 15 alunos equivalentes a 15.5%
com conhecimento regular e somente 5 alunos com dificuldades que correspondem
3.8%.
Indicador 2 – Motivação dos alunos nas aulas de mátemática

Bom 115 → 88.4%


Regular 9 → 6.9%
Mau 6 → 4.6%
Total 130 → 100%
Quanto a motivação dos alunos nas aulas de matemática, tivemos melhoria de 115
alunos equivalentes a 88.4 representam bem, 9 alunos equivalentes a 6.9% representam
regularmente e 6 alunos com dificuldades que correspondem4.6%.
Indicador 3 – Influência da música na compreensão de aulas de matemática

Bom 103→ 79.2%


Regular 19 → 13.6%
Mau 8 → 6.1%
Total 130 → 100%
Quanto a este indicador, dos 130 alunos observados, a utilização da música influenciou
praticamente 103 alunos equivalentes a 79.2%, 19 alunos equivalentes a 13.6%
influenciados de uma forma regular e 8 alunos que correspondem 6.1% com
dificuldades.
Indicador 4 – Realização das actividades musicais para a motivação dos alunos nas
aulas de matemática

Bom 112 → 86.1%

50
Regular 13 → 10%
Mau5→ 3.8%
Total 130 → 100%
Dos 130 alunos observados, tivemos éxito de 112 deles equivalentes a 86.1% bons, 13
alunos equivalentes a 10% regular e 5 alunos equivalentes a 3.8% com dificuldades.
Indicador 5 – Motivação dos alunos ao realizar as tarefas de matemática

Bom 110 → 64.6%


Regular 13→10%
Mau 7 → 5.3%
Total 130 → 100%
Neste indicador, 110 alunos equivalentes a 84.6% atualmente têm motivação na
realização de tarefas de matemática, 13 alunos que correspondem 10% com motivação
regular e 7 alunos equivalentes a 5.3% com pouca motivação.
Indicador 6 – Exprissão das suas ideias nas aulas de matemática

Bom 108 → 83%


Regular 15 → 11.5%
Mau 7 → 5.3%
Total 130 → 100%
Dos 130 alunos observados, 108 alunos que correspondem 83% exprimem as suas
ideias, 15 alunos equivalentes a 11.5% regular e 7 alunos que correspondem 5.3% com
pouco interesse.

Indicador 7 – Participação dos alunos nas aulas de matemática

Bom 120 → 92.3%

Regular 7 → 5.3%
Mau 3 → 2.3%

Total 130 → 100%

Quanto a este indicador, 120 alunos equivalentes a 92.3% participaram nas aulas de
matemática, 7 alunos que equivalem a 5.3% regular e 3 alunos que correspondem a
2.3% não participam.

51
3.3.1 Diagrama inicial dos resultados recolhidos durante as aulas observadas

Diagrama de sector dos indicadores observados com a ficha inicial

Bom Regular
11.9% 19.5%

Mau
68.5%

Em suma, das aulas observadas existiu uma média de 16 alunos bons equivalentes a
11.9%, 25 alunos que equivalem 19.5% com um aproveitamento regular e 89 que
correspondem a 68.5% apresentando baixo aproveitamento (mau), perfazendo um total
de 130 alunos observados equivalentes a 100%.

52
3.4.1 Diagrama final dos resultados recolhidos durante as aulas observadas

Diagrama de sector dos indicadores observados na ficha final

Regular
10%
Bom
85.5%
Mau
4.5%

Consoante a observação final feita, obteve-se grandes êxitos encontrando uma média de
111 alunos que equivalem a 80.9% bons, 13 alunos que correspondem a 15.5% com um
rendimento regular e 4 alunos equivalentes a 4.5% que não tiveram êxitos (maus).

53
3.5 Comparação entre os diagramas inicial e final dos resultados recolhidos

durante as aulas observadas


85.5%
9 68.5%

4 19.5% 10%

3
11.9%
2 4.5%
1

0
Observação da aula Observação da aula
inicial final

Bom 1 Regular 2 Mau 3

Fazendo uma comparação dos dois gráficos, isto é, gráfico dos resultados da observação
inicial e o gráfico dos resultados da observação final notou-se um grande
desenvolvimento e melhorias dos alunos no que toca as habilidades de motricidade fina,
visto que, no 1o gráfico teve-se uma média de 16 alunos bons equivalentes a 11.9% e no
2º melhorou para 111 alunos que equivalem a 85.5% com motivação durante as aulas de
matemática; para os alunos regulares encontrou-se no 1º gráfico 25 alunos que
equivalem 19.5% e no 2º foi para 13 alunos que correspondem a 10%; para a coluna dos
alunos maus, no 1º gráfico obteve-se 89 alunos que correspondem a 68.5%
apresentando baixa motivação já no 2º conseguiu-se eliminar significativamente as
dificuldades que os alunos apresentavam e teve-se como resultados 6 alunos
equivalentes a 4.5% que não tiveram êxitos.

54
Conclusão parcial do capítulo

Após darmos conta das percepções dos professores recolhidas através do questionário
escrito e entrevista, colocam-se em destaque o estado actual que os alunos apresentam
sobre amotivaçao dos alunos durante as aulas de matemática. De acordo com os registos
recolhidos e a análise das opiniões poder-se-á concluir, então, que os professores
demonstraram pouca utilização desta nas suas práticas, devido à preocupação em
cumprir os programas curriculares.
Pelos dados recolhidos, pode-se verificar que, na realidade, os professores do Ensino
Primário têm consciência que se recorressem mais vezes a este tipo de actividades
poderiam motivar e estimular os seus alunos durante as aulas de matimática
consequentemente aumentando a capacidade de memorização e também a própria
integração dos mesmos. Com a aplicação do plano de actividades, notou-se um
desenvolvimentonão só na motivação em assistir as aulas mas também na participação e
resolução das actividades, tal como estão claramente expostos nos gráficos acima
apresentados (gráfico inicial e final dos resultados recolhidos durante as aulas
observadas).
O número de alunos o rendimento aceitável foi a maioria, um conjunto de 111 alunos
pré-fazendo 85.5%, para os alunos com a classificação regular obteve-se no final 13
alunos que correspondem a 10% e consegue-se suprir as dificuldades que os alunos
apresentavam ficando simplesmente um conjunto de 6 alunos equivalentes a 4.5 que não
tiveram êxitos.

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CONCLUSÕES GERAIS

1- No que concerne aos objectivos inicialmente expostos, julgamos serem


atingidos, na medida em que se verificou que a motivação nas práticas
diáriasdos docentes, funcionou como um elemento integrador para as outras
áreas curriculares permitindo que as crianças desenvolvam capacidades sócio –
afectivas, cognitivas, expressivas e criativas.. Ao longo de todo esse processo
aprendemos e crescemos bastante com todos as pessoas envolvidas no mesmo,
principalmente com as crianças. De acordo com todas as actividades
desenvolvidas, obteve-se por parte das crianças e dos professores grande
feedback.
2- Para a comprovação do tema e problema, observamos algumas aulas na
disciplina de Matemáica na escola do ensino primário n o 68 da província do
Uíge e município do Uíge, onde encontrou-se a existência de uma média de 16
alunos bons equivalentes a 11.9%, 25 alunos que equivalem 19.5% com um
aproveitamento regular e 89 que correspondem a 68.5% apresentando baixo
aproveitamento (mau), perfazendo um total de 130 alunos observados
equivalentes a 100%. E seguidamente elaborou-se questionário e entrevista
dirigida aos professores e com base as respostas dos professores inquerido,
conseguimos enriquecer o nosso conhecimento sobre o estado dos alunos.
3- Para o melhoramento da situação descoberta, elaboramos uma série de
actividades musicais, baseadas no tema em estudoque foram trabaladas com os
alunos com propósito de sentirem motivados duarantes as aulas e
consequentemente possibilitar a integração dos mesmos.
4- Com a implementação das actividades musicais , conseguimos contribuir para o
melhoramento do problema ora identificado, obteve-se grandes êxitos
encontrando uma média de 111 alunos que equivalem a 80.9% bons, 13 alunos
que correspondem a 15.5% com um rendimento regular e 4 alunos equivalentes
a 4.5% que não tiveram êxitos (maus). Houve um aperfeiçoamento notável, pois,
que depois das actividades os alunos mostraram um rendimento não só na
disciplina matemática mas também em outras disciplinas, possibilitando assim,
mais compreensão, atenção e percepção dos conteúdos leccionados.
SUGESTÕES

Tendo em conta os desafios do Ministério da Educação que visam apostar para uma
educação e ensino de qualidade, para a existência de alunos com motivação de aprender
cada vez mais, deixamos abaixo algumas sugestões que caso se aplique, será útil para o
sucesso dos alunos nas aulas de matemática.
1- Para garantir uma prática constante e excelente dos professores na transmissão
de aulas de Educação Manual e Plástica, sugerimos aos professores que utilizem
sempre a músicas e outras actividades para que os alunos estejam sempre
motivados nas aulas de matemática.
2- Sabendo que a disciplina de matemática é bastante vasta, sugerimos aos
profissionais docentes a constante formação global, com vista a formar
indivíduos activos, decisivos e criativos, e, ao mesmo tempo aumentar os seus
conhecimentos nesta área.
3- Para despertar e motivar os alunos a terem mais interesse namatemática,
sugerimos a direcção da escola e aos professores para a realização de concursos
em cada trimestre, onde serão premiados os alunos que tiverem êxito na
realização das mesmas actividades.
BIBLIOGRAFIA

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(Licenciatura em Matemática) – Instituto Federal de São Paulo, Birigui, 2015.

SANTOS-LUIZ, C. et al., Matemática e música: Sistematização de analogias entre


conteúdos matemáticos e musicais. Rev. Port. de Educação, Braga, v. 28, n. 2, p. 271-
293, jun 2015. Disponível em http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpe/v28n2/v28n2a14.pdf.
Acesso em 28 out 2020.

SILVA, N. L. C. O efeito de sentido da ludicidade na prática do professor de


infância: uma leitura simbólica em fenomenologia. Dissertação (Mestrado em
Educação) – Centro de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, Campo Grande, 2013.

Luís, C. (2013). A aprendizagem musical como elemento de aperfeiçoamento de


competências matemáticas (Tese de doutoramento não publicada). Universidade de
Aveiro. https://ria.ua.pt/handle/10773/11448?locale=en.

WILLEMS, Edgar (1970). As bases psicológicas da educação musical; Edições Pro-


Musica Bienne; Suiça.

SOUSA, Maria do Rosário. (2000) Metodologias do ensino da música para crianças;


Gailivro; Gaia;

SILVA, M. Isabel Ramos. (1997) Orientações Curriculares para a Educação


PréEscolar; Ministério da Educação; Lisboa;

AMADO, Maria L. (1999) O prazer de ouvir música; Caminho da educação;Lisboa.

BEYER, Esther S. W.; KEBACH, Patrícia F. C. (Org.) Pedagogia da música:


experiências de apreciação musical. Porto Alegre: Mediação, 2009. 160. (Coleção
Educação e Arte, 11).

MOREIRA, A. C.; Santos, H.; Coelho, I. S. A Música Na Sala De Aula - A Música.1-


210, 1998.

Brito, T. A. (2003). Música na educação infantil – propostas para a formação integral


da criança. Editora Peirópolis.
FERREIRA, Martins. Como usar a música em sala de aula. 5 ed. São Paulo:
Contexto, 2006.

FONSECA, D. G. Educação Física: Para Dentro e Além do Movimento. 2 ed. Porto


Alegre: Mediação, 1999.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas,
2010.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5.


ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MINAYO, M.C. de S. O desafio do conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. 12ª


edição. São Paulo: Hucitec-Abrasco, 2010.
ANEXOS
Anexo A – Questionário dirigido aos professores da Escola Primária No 68

Este inquérito tem como objectivo, recolher informação para a realização de uma
investigação científica para a obtenção do grau de Licenciatura, no domínio das
Ciências da Educação no curso de Ensino Primário, a efectuar no Instituto Superior de
Ciências de Educação (ISCED-UÍGE) com o tema: A música como factor
motivacional de aulas de matemática na 2ª classe na escola do ensino primário nº
68, Município do Uíge.Os resultados obtidos serão utilizados apenas para fins
académicos, sendo realçado que as respostas dos inquiridos representam apenas a sua
opinião individual. A população "alvo" deste inquérito por questionário são os
professores que frequentam a instituição escolar no qual decorre o estudo de
investigação e as questões estão directamente relacionadas com o que acontece na
escola em questão.

Os dados fornecidos são absolutamente confidenciais e anónimos, não devendo por isso
colocar a sua identificação em nenhuma das folhas nem assinar o questionário. Por isso
lhe solicitamos que responda de forma espontânea e sincera a todas as questões. Na
maioria das questões terá apenas de assinalar com uma cruz a sua opção de resposta.
Agradece-se, desde já, o seu contributo!

Objectivo: Compreender os factores que influenciam na motivação dos alunos nas aulas
de matemática.

Questionário

1 Dados pessoais

Género:

M F

Exerce algum cargo nos órgãos estruturais hierárquicos da escola?

Sim Não

Se respondeu afirmativamente na questão anterior, diga que cargo exerce.


Coordenador de classe
Coordenador de turno
2 Questões gerais
Como avalia a compreensão dos alunos nas aulas de matemática?
Bom Regular Mau
Como tem sido a motivação dos alunos nas aulas de mátemática?
Bom Regular Mau

Como tem sido a influência da música na compreensão de aulas de matemática?


Bom Regular Mau
Como avalia a realização das actividades musicais para a motivação dos alunos nas
aulas de matemática?
Bom Regular Mau
Como tem sido a motivação dos alunos ao realizar as tarefas de matemática?
Bom Regular Mau
Como os alunos conseguem exprimir as suas ideias nas aulas de matemática?
Bom Regular Mau
Como avalia a participação dos alunos nas aulas de matemática?
Bom Regular Mau
Anexo B – Entrevista dirigida ao professor da Escola Primária N o 68, Província do
Uíge
Introdução
Agradeço desde já a vossa participação nesta reunião. Cada um de vocês foi selecionado
para participar porque o vosso ponto de vista é muito importante para este trabalho,
sobre “A música como factor motivacional das aulas de matemática: Estudo de caso na
2ª classe da Escola Primária no 68”.
Esta entrevista não é um teste e não existem respostas certas ou erradas.
Apenas pretendo obter a vossa opinião sobre cada um dos assuntos que vamos discutir,
o que implica que por vezes possam discordar das opiniões ou motivos apresentados
pelos outros. Gostaria de pedir a vossa permissão para gravar esta conversa. Será difícil
lembrar-me de tudo o que foi dito e desta forma posso transcrever a reunião.
Lembro que o vosso anonimato é sempre preservado e que a gravação não será dada a
outras pessoas, com qualquer outro fim que não este estudo.
Objetivo: Discutir alguns assuntos relacionados com a motivação para o sucesso na
disciplina de matemática.
Entrevistas às professoras
Professor A:
Idade:
Formação académica:
Situação profissional:
Tempo de serviço:
Número de alunos:

Professor B:
Idade:
Formação académica:
Situação profissional:
Tempo de serviço:
Número de alunos:

Professor C:
Idade:
Formação académica:
Situação profissional:
Tempo de serviço:
Número de alunos:

Questões/Debate
1- Porque têm (ou não), os vossos alunos, motivação nas aulas de matemática?
2- Porque acha que os seus alunos não têm motivação?
3- Sempre foi assim nos anos anteriores, esta falta de motivação e de interesse?
4- Acham que isso condiciona o sucesso?
5- Como caracteriza um aluno motivado?
6- Como contribuem para a motivação dos vossos alunos?
7- E a nível de actividades desenvolvidas na sala de aula?
8- Para que eles tenham motivação, tentam diversificar com actividades?
9- Quais as causas da desmotivação?
10- Que estratégias ou atividades podemos introduzir para melhorar os resultados
dos alunos?
11- De todas as necessidades discutidas qual é a mais importante para vocês?
Anexo C – Ficha de observação inicial da aula do professor
Escola: Primária No 68, Província do Uíge
Disciplina: Matemática
Classe: 2ª
Objectivo: verificar o grau de dificuldades actuais que os alunos apresentam durante as
aulas de matemática.
1 Dados pessoais

Género:

M F

Exerce algum cargo nos órgãos estruturais hierárquicos da escola?

Sim Não

Número de alunos observados_____


No Indicador Avaliação Frequência Percentagem
Bom Regular Mau

1 Compreensão dos alunos nas aulas de


matemática.
2 Motivação dos alunos nas aulas de
mátemática
3 Influência da música na compreensão
de aulas de matemática
4 Realização das actividades musicais
para a motivação dos alunos nas aulas
de matemática
5 Motivação dos alunos ao realizar as
tarefas de matemática
6 Exprissão das suas ideias nas aulas de
matemática
7 Participação dos alunos nas aulas de
matemática
Anexo D – Ficha de observação final da aula do professor
Escola: Primária No 68, Província do Uíge
Disciplina: Educação Manual e Plástica
Classe: 6ª
Objectivo: verificar o grau de dificuldades que os alunos apresentam nas aulas de
matemática depois da realização das actividades musicais para motivação.
1- Dados pessoais
Género:

M F

Exerce algum cargo nos órgãos estruturais hierárquicos da escola?

Sim Não

Número de alunos observados_____


No Indicador Avaliação Frequência Percentagem
Bom Regular Mau

1 Compreensão dos alunos nas aulas de


matemática.
2 Motivação dos alunos nas aulas de
mátemática
3 Influência da música na compreensão
de aulas de matemática
4 Realização das actividades musicais
para a motivação dos alunos nas aulas
de matemática
5 Motivação dos alunos ao realizar as
tarefas de matemática
6 Exprissão das suas ideias nas aulas de
matemática
7 Participação dos alunos nas aulas de
matemática
Declaração de Honra
Teresa Gabriela Jorge António, estudante do ISCED-UÍGE, curso de Ensino Primário,
do Departamento de Ensino de Infância.

Declaro por minha honra, que este trabalho é fruto de minhas investigações, sob
orientação do meu tutor. E, o mesmo nunca foi apresentado em nenhuma outra
instituição do saber.

O declarante

________________________

Teresa Gabriela Jorge António

Declaro que este trabalho está em condições de ser apresentado à banca pública perante
um júri a ser indicado.

Uíge, aos____de____________de 2022.

O Tutor

________________________________

Simão Membembo Zungui Augusto, MSc.

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