Você está na página 1de 1

Análise do gráfico sobre número de estupros contra mulheres.

Levando-se em conta que a desagregação de dados se refere a separação das informações em


unidades menores eu acredito que tão importante quanto quem é representado no gráfico é
quem deixou de ser representado. Considerando que algumas pessoas irão se deter apenas às
informações visuais (gráficos, tabelas) e não irão abrir o relatório, esse gráfico me chamou a
atenção por ter mostrado os dados da violência sobre as mulheres como a partir de um ser
universal: são mulheres cis... Isso é problemático já que constantemente lemos sobre estupros
corretivos contra mulheres lésbicas, que as pessoas negras LGBTQI+ (o Brasil é um dos países
que mais matam pessoas trans) são as que mais sofrem violências de instituições públicas como
polícia e centros de saúde.

Para enfatizar essa informação o “Dossiê Qual a cor do invisível?” traz que “Existe uma barreira
que separa homens de mulheres, pessoas cis de pessoas trans, heterossexuais, de lésbicas, gays,
bissexuais e de todas as pessoas que escapem à cis-heteronormatividade. Esse obstáculo se
torna ainda mais forte quando essas pessoas são negras”.

Assim analisando o gráfico a seguir percebe-se que há uma necessidade de desagregar as


informações sobre essas mulheres: qual usa identidade de gênero, qual sua orientação sexual e
a partir dessa resposta qual sua cor/etnia?

Você também pode gostar