Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VERSÃO3: NOVEMBRO.2007
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
SUMÁRIO
1 Introdução .......................................................................................... 03
2 Poluição atmosférica ......................................................................... 05
3 Aspectos da poluição atmosférica e efeitos na saúde ...................... 14
Efeitos adversos dos poluentes na saúde ......................................... 21
Material Particulado ........................................................................... 21
Ozônio ............................................................................................... 30
4 Metodologia para estimar o impacto da poluição sobre a saúde ...... 36
4.1. Cenário na RMSP (Região Metropolitana de São Paulo) ................. 36
4.2 Definição dos indicadores de exposição ambiental e
do efeito na saúde ............................................................................. 39
4.3 Avaliação econômica do impacto ....................................................... 40
4.4 Análise crítica do resultado e incertezas ........................................... 41
5 Resultados do monitoramento e estimativa em saúde ...................... 43
5.1 Monitoramento da concentração de MP2,5 ....................................... 43
5.2 Estimativa do impacto em saúde ....................................................... 44
6 Estimativa do custo associado à mortalidade projetada ................... 50
7 Conclusões e recomendações .......................................................... 51
8 Sugestões .......................................................................................... 52
9. Equipe do Projeto .............................................................................. 53
10. Referências ........................................................................................ 54
Versão 3: novembro.2007 2
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
1. Introdução
No caso específico de São Paulo, a CETESB, com base em sua rede de estações
de monitoramento, vem publicando anualmente um diagnóstico da qualidade do
ar no estado de São Paulo, incluindo capítulo específico para a Região
Metropolitana de São Paulo, área onde ocorrem as maiores concentrações dos
diversos poluentes atmosféricos, principalmente decorrentes da grande
participação das fontes automotivas.
Dada a importância do tema, este estudo foi concebido, de forma a poder avaliar
a participação das fontes móveis, notadamente os veículos diesel, na poluição do
ar nas grandes regiões metropolitanas brasileiras.
Versão 3: novembro.2007 4
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
2. Poluição Atmosférica
Emissões (Tg/ano)
Aerossol marinho
Total 5900
0-2 µm 82,1
2-20 µm 2460
Poeira do solo
<1 µm 250
1-10 µm 1000
0,2-2 µm 250
2-20 µm 4875
Carbono Orgânico
Total 69
Queima de biomassa 54,3
Combustíveis Fósseis 28,8
Oxidação de terpenos 18,5
Carbono elementar (Black carbon)
Total 12
Queima de biomassa 5,6
Combustíveis Fósseis 6,6
Sulfato (como H2SO4)
Total 150
Natural 32
Antropogênico 111
Nitrato 11,3
Amônio 33,6
fonte: Raes et al., 2000
Versão 3: novembro.2007 6
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Para São Paulo há muitos estudos com Modelos Receptores para a identificação
das fontes do material particulado. Todos esses estudos tinham como objetivo
básico o conhecimento das características do aerossol atmosférico em São Paulo,
dado a sua importância do ponto de vista de saúde pública e nos processos
meteorológicos de formação da precipitação e interação com a radiação. Existem
diferentes resultados para a responsabilidade de cada fonte para a concentração
de material particulado. Essas incertezas resultam da falta de um elemento
químico traçador das fontes veiculares. Atualmente utiliza-se o BC, mas este é um
traçador dos processos de queima, incluindo queima de biomassa e queima de
diesel. Essa constatação da carência de um perfil de emissões veiculares foi a
motivação para a estruturação de experimentos em túneis (Martins et al., 2006).
Esses experimentos possibilitam uma amostragem da média de emissões
veiculares em um ambiente cuja influência das reações fotoquímicas pode ser
considerada praticamente nula.
Versão 3: novembro.2007 7
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
compostos medidos ambientalmente. Cada grupo de pesquisa ficou responsável
pela determinação de diferentes compostos e a coordenação das atividades ficou
sob a responsabilidade do LAPAt (Laboratório de Análise dos Processos
Atmosféricos do DCA-IAG).
Versão 3: novembro.2007 8
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
onde Ep é o fator de emissão do poluente P (kg do poluente emitido por kg de
combustível queimado), ∆[p] é a concentração do poluente subtraído do seu valor
de fundo (isto é, da medida de concentração fora do túnel) em µg, ∆[CO2] e ∆[CO]
são as concentrações de CO2 e CO subtraídas do valor fora do túnel (µg de
carbono por m3), e ωc=0,85 para a gasolina e 0,87 para o diesel, é a fração em
massa de carbono do combustível.
As emissões por queima de diesel pelos veículos pesados não pode ser
computada diretamente dos dados do túnel Maria Maluf já que o tráfego nesse
túnel é composto também pelos veículos leves. Dessa forma foi descontada a
contribuição dos veículos leves para a emissão total no túnel Maria Maluf. Estudos
em túneis mostraram que os veículos leves e os pesados emitem as mesmas
taxas de CO considerando a mesma distância percorrida. A emissão de CO2 no
túnel Maria Maluf foi calculada a partir de dados de contagem de tráfego e
parâmetros de consumo de combustível, a partir da seguinte equação:
∆[CO 2 ] D f D U Dρ D w D (2)
=
∆[CO 2 ] (f D U D ρ D w D ) + ((1 − f D ) ⋅ U G ρ G w G ) ,
Com essa estimativa pode-se obter quais elementos participam de forma mais
Versão 3: novembro.2007 9
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
significativa para a caracterização da emissão veicular além dos traçadores já
conhecidos como o Black Carbon.
Tabela 3: Média e desvio padrão dos fatores de emissão dos elementos traço
medidos (em µg km-1) e black carbon-BC (em mg km-1 ) no túnel
Jânio Quadros, referente ao experimento realizado em 2001
Versão 3: novembro.2007 10
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Os valores obtidos neste trabalho são em geral maiores que os que constam do
Versão 3: novembro.2007 12
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
inventário de emissões da CETESB, com exceção dos HC, em razão de não
terem sido medidos todos os compostos. As diferenças são resultados dos
métodos alternativos de cálculos, e do fato que terem sido considerados valores
de emissão do tráfego em dois túneis, o que representaria uma média.
Assim, temos as seguintes razões para BC e MP2,5 para a frota de veículos leves
e pesados, expressa na Tabela 9:
BC BC MP2,5 MP2,5
leve diesel leve diesel
BC 7,8% 92,2% - -
MP2,5 4,8% 56,8% 27,7% 72,3%
Versão 3: novembro.2007 13
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Versão 3: novembro.2007 14
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
pretende avaliar. Os efeitos à saúde da população devido à exposição a
poluentes ambientais são diversos, exibindo diferentes intensidades e
manifestando-se com diferentes tempos de latência: efeitos comportamentais e
cognitivos, inflamação pulmonar e sistêmica, alterações do calibre das vias
aéreas, do tônus vascular e do controle do ritmo cardíaco, alterações
reprodutivas, morbidade e mortalidade por doenças cárdio-respiratórias e
aumento da incidência de neoplasias, entre outros. Dada a multiplicidade de
desfechos possíveis, é necessária a definição, de forma objetiva, de efeito
adverso à saúde. A partir desta definição, é possível selecionar quais são os
eventos úteis para se determinar o impacto que alguma modificação ambiental
terá sobre a população exposta.
Versão 3: novembro.2007 16
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
comunidade (adaptado de American Thoracic Society, 2000).
Como a maior parte dos estudos que avaliam os efeitos agudos da poluição utiliza
desfechos graves como internações respiratórias e mortalidade, é provável que os
coeficientes relacionando prejuízo à saúde humana com poluição atmosférica
estejam subestimando os efeitos reais, dado que eventos que comprometem a
qualidade de vida, tais como comprometimento do controle de doenças crônicas,
não são computados pela inexistência de notificação compulsória dos mesmos.
100
80
60
40
20
INDOOR
0
0 20 40 60 80 100 120
CETESB
Versão 3: novembro.2007 18
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
estação Cerqueira César, distante 300 metros do Hospital.
14
12
incremento de mortalidade (%)
10
0
0 10 20 30 40
% da popul aç ão c om e ducaç ão de ní ve l s uper i or
Versão 3: novembro.2007 19
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
medicação, e condições que favorecem uma maior exposição aos poluentes.
Material Particulado
Versão 3: novembro.2007 20
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
O material particulado é o poluente atmosférico mais consistentemente associado
a efeitos adversos à saúde humana. A toxicidade do material particulado depende
de sua composição e diâmetro aerodinâmico. Composição e diâmetro das
partículas poluentes estão relacionados, como demonstrado na Figura 4.
Versão 3: novembro.2007 21
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
5000
4500
4000
microgramas/grama
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
Cd Cu Cr Pb Ni Mn Zn
1600
1400
nanogramas/grama
1200
1000
800
600
400
200
0
o
o
no
no
no
en
no
en
ce
ce
re
re
nt
nt
tra
Pi
ra
tra
ra
Pi
a]
uo
uo
An
An
B[
Fl
Fl
a]
b]
k]
B[
B[
B[
Como pode ser depreendido das informações acima, a composição das partículas
ambientais interfere de forma significativa com a sua toxicidade. Este é um ponto
que merece reflexão, visto que a legislação ambiental estabelece padrões de
Versão 3: novembro.2007 22
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
qualidade do ar somente em termos de sua concentração em massa. No entanto,
há que se considerar que partículas de emissões de veículos diesel apresentam
potencial tóxico significativamente maior do que a mesma massa de aerossol
marinho, por exemplo.
0.9
0.8
0.7
0.6 VAS
0.5 brônquios
0.4 alvéolos
0.3
0.2
0.1
0
0,001 0,01 0,1 1,0 10,0
diâmetro
a) Mortalidade
- não parece existir uma dose de segurança em que possa ocorrer um incremento
do MP sem que o mesmo se reflita em aumento de mortalidade. Em outras
palavras, mesmo pequenas variações de MP são traduzidas por aumentos
correspondentes de mortalidade;
Versão 3: novembro.2007 25
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Embora os estudos de séries temporais acima citados, evidenciem efeitos agudos
das variações de poluição sobre a mortalidade, as evidências a serem
consideradas para a avaliação das variações de poluição sobre a mortalidade
serão aquelas obtidas por estudos de longa duração. Os eventos patológicos que
levam a uma redução da expectativa de vida são, mais provavelmente,
relacionados à exposição crônica aos poluentes atmosféricos e não o resultado
de exposições eventuais. Uma analogia pode ser feita com o tabagismo, onde a
exposição prolongada aos poluentes derivados da queima do tabaco é a base
para a patogenia dos eventos que aumentam a mortalidade entre fumantes.
Versão 3: novembro.2007 26
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
acumulados. Mais ainda, é fato conhecido que as parte das partículas de
antracose inaladas são transferidas para outros compartimentos (linfático,
sanguíneo e outros tecidos). Qualquer patologista habituado à atividade de
autópsia reconhece pontos de deposição antracótica na pleura, no diafragma, e
em linfonodos torácicos e abdominais. Também é amplamente conhecido o
achado de nódulos silicóticos em outros órgãos que não os pulmões, bem como a
translocação de fibras de amianto para a cavidade peritoneal. Componentes
solúveis aderidos ao MP proveniente da fumaça do tabaco alcançam a circulação
e estão associados ao desenvolvimento de neoplasias em diversos órgãos além
dos pulmões. Desta forma, é plausível postular que o MP sirva de veículo
transportador para que elementos tóxicos a ele aderidos penetrem nos espaços
aéreos distais e sejam liberados, a partir dos pulmões, para diferentes
compartimentos do organismo humano, favorecendo o desenvolvimento de
doenças crônicas na espécie humana.
b) Admissões Hospitalares
Versão 3: novembro.2007 27
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
concentração abaixo da qual não são observados efeitos sobre a saúde da
população.
Versão 3: novembro.2007 28
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Ozônio
Ozônio e outros oxidantes fotoquímicos são poluentes que não são emitidos
diretamente pelas fontes, mas representam uma classe de espécies químicas que
são formadas a partir de uma série de reações na atmosfera. Estas reações
ocorrem mercê da energia transferida a substâncias ditas precursoras, quando as
mesmas absorvem fótons a partir da radiação solar. Os precursores mais
caracteristicamente associados à formação de espécies oxidantes na atmosfera
são o NO2 e compostos orgânicos voláteis, ambos precursores presentes nas
emissões geradas pela queima de combustíveis fósseis e de cana (biomassa).
(2) O + O2 → O3
Versão 3: novembro.2007 29
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
molecular;
(3) NO + O3 → NO2 + O2
(produção de peróxidos)
(produção de aldeídos)
Na verdade, a reação 8 pode ser encarada como uma forma do NO2 ser
estabilizado e transportado a longas distâncias (principalmente na forma de
peroxi-acetil nitrato), uma vez que o equilíbrio da reação pode ser revertido em
áreas distantes da fonte primária de NO2. Desta forma, as concentrações de
ozônio tendem a serem substancialmente maiores nas regiões mais distantes dos
pontos de emissão primária, a depender do transporte por ventos e altura da
camada de inversão, fazendo com que as áreas de atenção por ozônio possam
Versão 3: novembro.2007 30
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
ocorrer em áreas desprovidas de monitoramento ambiental.
Versão 3: novembro.2007 31
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Versão 3: novembro.2007 32
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
(Mortimer e cols al, 2000 e 2002).
Versão 3: novembro.2007 33
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Em relação aos efeitos crônicos, a exposição a ozônio tem sido relacionada com
redução da função pulmonar em crianças. No entanto, a associação com
decréscimo de expectativa de vida e aumento de risco para o desenvolvimento de
neoplasias não foi ainda esclarecida.
Versão 3: novembro.2007 34
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
19
18
população (milhões)
17
16
15
1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004
Versão 3: novembro.2007 35
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
1.7
1.6
1.5
variação relativa
1.4
1.3
1.2
1.1
1.0 população
.9 frota
96 97 98 99 00 01 02 03 04 05
Versão 3: novembro.2007 36
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
90
80
70
pm10 (ug/m3)
60
50
40
PM10
30 tendência PM10
81 83 85 87 89 91 93 95 97 99 01 03 05
b) o poluente a ser utilizado como referência para este estudo será o material
particulado fino. Esta escolha se deve a:
Versão 3: novembro.2007 38
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
contaminante atmosférico que mais se relaciona com redução da
expectativa de vida por doenças cárdio-respiratórias e câncer do pulmão;
Entre as abordagens que podem ser empregadas para esse tipo de avaliação
uma das mais utilizadas é a estimativa em termos do total de anos de vida ganhos
devido à redução das concentrações de material particulado. Essa metodologia,
chamada DALY (Disability Adjusted Life Years) foi desenvolvida conjuntamente
pela Organização Mundial de Saúde e Banco Mundial na Universidade de
Harvard (Murray e Lopez, 1996) e tem sido adotada em análises de custo-
efetividade de intervenções: Ela utiliza um modelo que calcula o número de anos
de vida perdidos devido a algum fator (neste caso, a poluição atmosférica) em
função da expectativa de vida da população.
Versão 3: novembro.2007 39
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
4.4 Análise crítica dos resultados e incertezas
A definição por adultos como população de estudo deveu-se, mais uma vez, ao
fato de se ter a possibilidade de permitir a possibilidade de avaliar a exposição
crônica. No momento que se define avaliar os dados de mortalidade
conseqüentes à exposição crônica, a idéia de utilizar indicadores de mortalidade
infantil ou perdas fetais perde força. Pode-se dizer, no entanto, que a utilização de
dados de mortalidade de adultos de forma exclusiva subestima os efeitos da
poluição do ar sobre a população;
Versão 3: novembro.2007 40
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
provavelmente são devidas a diferenças climáticas que interferem na taxa de
adsorção dos HPAs nas partículas ambientais. Estas características são
importantes quando se aborda , por exemplo, os efeitos do MP2.5 sobre a
mortalidade por câncer do pulmão, que é um evento altamente dependente da
concentração de HPAs. Desta forma, a utilização de MP2.5 como único indicador
de exposição subestima os efeitos da poluição do ar sobre a população.
Versão 3: novembro.2007 41
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Cidade Local
Recife UFPE / Centro de Ciências Biológicas – Depto.Anatomia
Belo Horizonte UFMG / Escola de Medicina – Departamento de Patologia
Rio de Janeiro UFRJ / Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
São Paulo FMUSP / Depto.Patologia
Curitiba UFPR / Estação do INMET
Porto Alegre FFFCMPA / Departamento de Ciências Fisiológicas
Versão 3: novembro.2007 43
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
70
50
40
30
20
10
0
Recife BH RJ SP Curitiba PoA
As projeções das médias anuais de particulado fino para as 6 cidades podem ser
estimadas assumindo-se que as mesmas sejam 20% menores do que as
apontadas na Tabela 15. Esta correção se faz necessária pelo fato de que as
medidas deste estudo foram realizadas em meses com piores condições de
dispersão atmosférica. Essa redução aplicada sobre os dados colhidos em São
Paulo são compatíveis com os dados de monitoramento de MP2,5 obtidos pela
CETESB em 2006. Desse modo a adoção dessa mesma redução para as
medidas obtidas nas demais regiões metropolitanas é plausível e justificável.
Versão 3: novembro.2007 44
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
30
10
0
Recife BH RJ SP Curitiba PoA
No estudo dos túneis realizado em São Paulo no ano de 2004, foram relacionados
os valores de material particulado fino com os de BC (black carbon), confirmando
que a maior parte do BC, tipicamente emitido pela queima de diesel, é
encontrado na fração fina do material particulado, permitindo concluir que esse
indicador é predominantemente formado pelas emissões diesel.
60
40
30
20
10
Recife BH RJ SP Curitiba PoA
Figura 16: Contribuição porcentual das emissões dos veículos diesel para as
concentrações ambientais de material particulado fino.
16
média anual de particulado fino diesel (ug/m3)
14
12
10
0
Recife BH RJ SP Curitiba PoA
Figura 17: Estimativa da contribuição das emissões dos veículos diesel para a
média anual do particulado fino nas 6 capitais avaliadas.
Versão 3: novembro.2007 46
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Uma vez conhecida a contribuição das fontes veiculares diesel para a poluição
por particulado fino nas 6 cidades, torna-se possível estimar os efeito das
concentrações deste poluente sobre a mortalidade uma das cidades.
Para este fim, foram levantados, nas bases de dados do Ministério da Saúde, os
dados de mortalidade por causas naturais em adultos na faixa etária de interesse
para as 6 regiões metropolitanas avaliadas. Os dados obtidos referem-se ao ano
base de 2005, que é a referência mais recente disponível.
Versão 3: novembro.2007 47
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Tabela 17: Número de mortes por causas naturais em adultos acima de 30 anos
ocorridas no ano de 2005, e o excesso de mortes atribuída pelas
emissões dos veículos diesel, nas 6 regiões metropolitanas avaliadas.
Versão 3: novembro.2007 48
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Versão 3: novembro.2007 49
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
7 Conclusões e recomendações
Versão 3: novembro.2007 50
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
8 Sugestões
Versão 3: novembro.2007 51
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
9 Equipe do Projeto
Versão 3: novembro.2007 52
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
10 Referências
Abbey DE, Nishino N, McDonnell WF, Burchette RJ, Knutsen SF, Beeson WL, Yang JX
(1999). Long-term inhalable particles and other air pollutants related to mortality in
nonsmokers. Am J Resp Crit Care Med 159:373-382.
Agência Nacional do Petróleo - ANP – Vendas de Combustíveis, segundo Grandes
Regiões e Unidades da Federação - 1994-2003.
Alberti Odriozola JC, Diaz Jimenez J, Montero Rubio JC, Miron Perez IJ, Pajares Ortiz
MS, Ribera Rodrigues P (1998). Air pollution and mortality in Madrid, Spain: a time-
series analysis. Int Arch Occup Environ Health 8:543-549.
American Thoracic Society (2000). What constitutes and adverse health effect of air
pollution? Am J Respir Crit Care Med ; 161:665-673)
Anderson HR, Atkinson RW, Peacock JL, Marston L, Konstantinou K. (2004). Meta-
analysis of time-series studies and panel studies of Particulate Matter (MP) and
Ozone (O3). Report of a WHO task group. At
http://www.euro.who.int/document/e82792.pdf.
Anderson HR, Limb ES, Bland JM, Ponce de Leon AA, Strachan DP, Bower JS (1995).
Health effects of an air pollution episode in London, December 1991. Thorax
50:1188-1193.
Anderson HR, Ponce de Leon AA, Bland JM, Bower JS, Strachan DP (1996). Air pollution
and daily mortality in London, 1987-92. Br Med J 312:665-669.
Anderson HR, Spix C, Medina S, Schouten JP, Castellsague J, Rossi G, Zmirou D,
Touloumi G, Wojtyniak B, Ponka A, et al (1997). Air pollution and daily admissions
for chronic obstructive pulmonary disease in 6 European cities: results from the
APHEA project. Eur Respir J 10:1064-1071.
Anderson HR, et al, 2004.
Arbex MA, Bohm GM, Saldiva PH, Conceicao GM, Pope AC 3rd, Braga AL (2000).
Assessment of the effects of sugar cane plantation burning on daily counts of
inhalation therapy.J Air Waste Manag Assoc. 2000 Oct;50(10):1745-9.
Atkinson RW, Anderson HR, Strachan DP, Bland JM, Bremner SA, Ponce de Leon A
(1999). Short-term associations between outdoor air pollution and visits to accident
and emergency departments in London for respiratory complaints. Eur Respir J
13:257-265.
Ballester F, Corella D, Perez-Hoyos S, Hervas A (1996). Air pollution and mortality in
Valencia, Spain: a study using the APHEA methodology. J Epidemiol Comm Health
50:527-533.
Bates DV (1996). Particulate air pollution. Thorax 51(suppl 2):S3-S8.
Bates DV, Baker-Anderson M, Sizto R (1990). Asthma attack periodicity: a study of
hospital emergency visits in Vancouver. Environ Res 51:51-70.
Bates DV, Sizto R (1989). The Ontario air pollution study: identification of the causative
agent. Environ Health Perspect 79:69-72.
Bell ML, Dominici F, Samet JM. (2005). A meta-analysis of time-series studies of ozone
and mortality with comparison to the national morbidity, mortality, and air pollution
study.Epidemiology 16(4):436-45.
Versão 3: novembro.2007 53
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Bell, ML, McDermott, Zeger SL, Samet JM, Dominici F. (2004) Ozone and short-term
mortality in 95 urban communities, 1987-2000. JAMA 292(19):2372.
Borja-Aburto VH, Castillejos M, Gold DR, Bierzwinski S, Loomis D (1998). Mortality and
ambient fine particles in southwest Mexico City, 1993-1995. Environ Health
Perspect 106(12):849-855.
Bowland, BJ, Beghin, JC (1998). Robust Estimates of a Statistical Life for Developing
Economies: an Application to Pollution and Mortality in Santiago, Columbus, Iowa
State University, Department of Economics. Staff General Research Papers N0. 11.
Braga AL, Saldiva PH, Pereira LA, Menezes JJ, Conceicao GM, Lin CA, Zanobetti A,
Schwartz J, Dockery DW (2001). Health effects of air pollution exposure on children
and adolescents in Sao Paulo, Brazil.Pediatr Pulmonol. 31(2):106-13.
Brook RD, Franklin B, Cascio W, Hong Y, Howard G, Lipsett M, Luepker R, Mittleman M,
Samet J, Smith Jr SC, Tager I (2004). Air pollution and cardiovascular disease – A
statement for healthcare professionals from the expert panel on population and
prevention science of the American Heart Association. Circulation ; 109:2655-2671.
Brunekreef B, Dockery DW, Krzyzanowski M (1995). Epidemiologic studies on short-term
effects of low levels of major ambient air pollution components. Environ Health
Perspect 103(suppl 2):3-13.
Burnett RT, Brook JR, Yung WT, Dales RE, Krewski. D. (1997). Association between
ozone and hospitalization for respiratory diseases in 16 Canadian cities. Environ
Res Jan;72(1):24-31.
Burnett RT, Cakmak S, Brook JR (1998). The effect of the urban ambient air pollution mix
on daily mortality rates in 11 Canadian cities. Can J Public Health 89:152-156.
Burnett RT, Dales RE, Raizenne ME, Krewski D, Summers PW, Roberts GR, Raad-
Young M, Dann T, Brook J. (1994). Effects of low ambient levels of ozone and
sulfates on the frequency of respiratory admissions to Ontario hospitals. Environ
Res May;65(2):172-94.
Burnett RT, Smith-Doiron M, Stieb D, Cakmak S, Brook JR (1999). Effects of particulate
and gaseous air pollution on cardiorespiratory hospitalizations. Arch Environ Health
54:130-139.
Castellsague J, Sunyer J, Saez M, Anto JM. (1995). Short-term association between air
pollution and emergency room visits for asthma in Barcelona. Thorax
Oct;50(10):1051-6.
CETESB (2005) - Relatório de Qualidade do Ar no Estado de São Paulo. Disponível em
www.cetesb.sp.gov.br/Ar/relatorios.asp
CETESB. Relatório da Qualidade do Ar no Estado de São Paulo 2004 [in portuguese].
CETESB-Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, 2005, São Paulo,
Brazil.
Chen PC, Lai YM, Chan CC, Hwang JS, Yang CY, Wang JD (1999). Short-term effect of
ozone on the pulmonary function of children in primary school. Environ Health
Perspect Nov;107(11):921-5.
Choudhury AH, Gordian ME, Morris SS (1997). Associations between respiratory illness
and MP10 air pollution. Arch Environ Health 52:113-117.
Churg, A (2000) Air pollution and retained particles in the lung. Environ Health Perspect
109:1039-1043.
Versão 3: novembro.2007 54
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Cody RP, Weisel CP, Birnbaum G, Lioy PJ (1992). The effect of ozone associated with
summertime photochemical smog on the frequency of asthma visits to hospital
emergency departments. Environ Res Aug;58(2):184-94.
Conceição GM, Miraglia SG, Kishi HS, Saldiva PH, Singer JM (2001). Air pollution and
child mortality: a time-series study in Sao Paulo, Brazil.Environ Health Perspect.109
Suppl 3:347-50.
Delfino RJ, Becklake MR, Hanley JA, Singh B (1994). Estimation of unmeasured
particulate air pollution data for an epidemiological study of daily respiratory
morbidity. Environ Res 67:20-38.
Delfino RJ, Murphy-Moulton AM, Burnett RT, Brook JR, Becklake MR (1997). Effects of
air pollution on emergency room visits for respiratory illnesses in Montreal, Quebec.
Am J Respir Crit Care Med 55:568-576.
DETRAN/PRODESP (Depto. de Análises) Arquivo: Frota Circulante-2004, São Paulo,
2005.
Dockery DW, Pope CA III (1994). Acute respiratory effects of particulate air pollution.
Annu Rev Public Health 15:107-132.
Dockery DW, Pope CA III, Xu X, Spengler JD, Ware JH, Fay ME, Ferris BG, Speizer FA
(1993). An association between air pollution and mortality in six U.S. cities. N Engl J
Med 329:1753-1759.
Dockery DW, Schwartz J, Spengler JD (1992). Air pollution and daily mortality:
associations with particulates and acid aerosols. Environ Res 59:362-373.
Dockery et al, 1996 (6 cidades)
Evans JS, Tosteson T, Kinney PL (1984). Cross-sectional mortality studies and air
pollution risk assessment. Environ Int 10:55-83
Fairley D (1990). The relationship of daily mortality to suspended particulates in Santa
Clara County, 1980-1986. Environ Health Perspect 89:159-168.
Gent et col., 2003
Gilliland, 2001
Gordian ME, Ozkaynak H, Xue J, Morris SS, Spengler JD (1996). Particulate air pollution
and respiratory disease in Anchorage, Alaska. Environ Health Perspect 104:290-
297.
Gryparis A, Forsberg B, Katsouyanni K, Analitis A, Touloumi G, Schwartz J, Samoli E,
Medina S, Anderson HR, Niciu EM, Whichmann HE, Kriz B, Kosnik M, Skorkovsky
J, Vonk JM, Dortbudak Z (2004). Acute effects of ozone on mortality from “the air
pollution and health: a European approach” project. Am J Respir Crit Care Med;170
(10):1080-7.
Hoek G, Schwartz JD, Groot B, Eilers P (1997). Effects of ambient particulate matter and
ozone on daily mortality in Rotterdam, The Netherlands. Arch Environ Health
52:455-463.
Ito K, De Leon SF, Lippmann M. Associations between ozone and daily mortality:
analysis and meta-analysis.Epidemiology. 16(4):446-57, 2005
John et al, 1999
Katsouyanni K, Touloumi G, Spix C, Schwartz J, Balducci F, Medina S, Rossi G,
Wojtyniak B, Sunyer J, Bacharova L, et al (1997). Short term effects of ambient
Versão 3: novembro.2007 55
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
sulphur dioxide and particulate matter on mortality in 12 European cities: results
from time series data from the APHEA project. Br Med J 314:1658-1663.
Kinney PL, Ito K, Thurston GD (1995). A sensitivity analysis of mortality/PM10
associations in Los Angeles. Inhal Toxicol 7:59-69
Kirchstetter, T.W.; Harley, R.A.; Kreisberg, N.M.; Stolzenburg, M.R.; Hering, S.V. On-road
measurement of fine particle and nitrogen oxide emissions from light- and heavy-
duty motor vehicles. Atmos. Environ. 1999, 33, 2955-2968.
Kristensson, A.; Johansson, C.; Westerholm, R.; Swietlicki, E.; Gidhagen, L.; Wideqvist,
U.; Vesely, V. Real-world traffic emission factors of gases and particles measured in
a road tunnel in Stockholm, Sweden. Atmos. Environ. 2004, 38, 657-673.
Kunzli N, Kaiser R, Medina S, Studnicka M, Chanel O, Filliger P, Herry M, Horak Jr F,
Puybonnieus-Texier V, Quénel P, Schneider J, Seethaler R, Vergnaud J-C, Sommer
H (2000). Public-helath impact of outdoor and traffic-related air pollution: a
European assessment. The Lancet; 356:795-801
Lave LB, Seskin EP (1970). Air pollution and human health. Science 169:723-733.
Le Tertre A, Medina S, Samoli E, et al (2002). Short-term effects of particulate air
pollution on cardiovascular diseases in eight European cities. J Epidemiol
Community Health; 56:773-9
Lee JT, Kim H, Cho YS, Hong YC, Ha EH, Park H (1999). Air pollution and hospital
admissions for ischemic heart diseases among individuals 64+ years of age residing
in Seoul, Korea. Arch Environ Health Oct;58(10):617-23.
Levy JI, Chemerynski SM, Sarnat JA (2005). Ozone exposure and mortality: an empiric
bayes metaregression analysis. Epidemiology. 16(4):458-68.
Lin et al., 1999, 2003, 2004.
Lipfert FW (1984). Air pollution and mortality: specification searches using SMSA-based
data. J Environ Econ Manage 11:208-243.
Lipsett M, Hurley S, Ostro B (1997). Air pollution and emergency room visits for asthma in
Santa Clara County, California. Environ Health Perspect 105:216-222.
Logan, 1953
Loomis D, Castillejos M, Gold DR, McDonnell W, Borja-Aburto VH (1999). Air pollution
and infant mortality in Mexico City. Epidemiology Mar;10(2):118-23.
Lutz, 1983
Marr, L.C.; Kirchstetter, T.W.; Harley, R.A.; Miguel, A.H.; Hering, S.V.; Hammond, S.K.
Characterization of Polycyclic Aromatic Hydrocarbons in motor vehicle fuels and
exhaust emissions. Environ. Sci. Technol. 1999, 33, 3091-3099.
Martins LC, Latorre Mdo R, Saldiva PH, Braga AL (2002). Air pollution and emergency
room visits due to chronic lower respiratory diseases in the elderly: an ecological
time-series study in Sao Paulo, Brazil.J Occup Environ Med. 2002 Jul;44(7):622-7.
Martins MC, Fatigati FL, Vespoli TC, Martins LC, Pereira LA, Martins MA, Saldiva PH,
Braga AL (2004). Influence of socioeconomic conditions on air pollution adverse
health effects in elderly people: an analysis of six regions in Sao Paulo, Brazil.J
Epidemiol Community Health. 58(1):41-6.
Versão 3: novembro.2007 56
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Martins, Leila D, Andrade, M. F. Ozone Formation Potentials of Volatile Organic
Compounds and Ozone Sensitivity to Their Emission in The Megacity of São Paulo,
Brazil. Environment International. , 2007.
Martins, Leila Dropinchinsk, Andrade, M. F., Freitas, E. D., Pretto A., Gatti, Luciana,
Albuquerque E. L., Tomaz E., Guardani M. L., Martins, M. H. R. B., Junior O. M.
A.Emission Factors for Gas-powered Vehicles traveling through Road Tunnels in
São Paulo City, Brazil. Environmental Science and Technology Library. , v.40,
p.6722 - 6729, 2006.
Mendelsohn R, Orcutt G (1979). An empirical analysis of air pollution dose-response
curves. J Environ Econ Manage 6:85-106.
Michelozzi P, Forastiere F, Fusco D, Perucci CA, Ostro B, Ancona C, Pallotti G (1998).
Air pollution and daily mortality in Rome, Italy. Occup Environ Med 55:605-610.
Miraglia, 2005
Moolgavkar SH, Luebeck EG (1996). A critical review of the evidence on particulate air
pollution and mortality. Epidemiology 7:420-428.
Moolgavkar SH, Luebeck EG, Anderson EL (1997). Air pollution and hospital admissions
for respiratory causes in Minneapolis-St. Paul and Birmingham. Epidemiology
8:364-370.
Mooris, 2001
Morgan G, Corbett S, Wlodarczyk J (1998). Air pollution and hospital admissions in
Sydney, Australia, 1990 to 1994. Am J Public Health 88:1761-1766.
Morgan G, Corbett S, Wlodarczyk J, Lewis P (1998). Air pollution and daily mortality in
Sydney, Australia, 1989 through 1993. Am J Public Health 88:759-764.
Mortimer et cols., 2000, 2002.
Murgel, E.M.; Szwarc, A.; Santos. M.D.S.R.; Branco, G.M.; Carvalho, H. Inventário de
Emissão Veicular Metodologia de Cálculo [in portuguese]. Revista de Engenharia
Sanitária 1987, 25 - 14o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental.
São Paulo, Brazil.
Murray Ch.J.L. and Lopez A.D., eds. (1996), the Global Burden of Disease: Volume 1.
World Health Organization, Harvard School of Public Health and the World Bank,
Geneva.
OMS – Organização Mundial da Saúde (2006). Air Quality Guidelines – Global Update
2005. Particulate matter, ozone, nitrogen dioxide and sulfur dioxide. Copenhagen,
Denmark. Chapter 7:153-171.
Ostro BD, Eskeland GS, Sanchez JM, Feyzioglu T (1999). Air pollution and health
effects: a study of medical visits among children in Santiago, Chile. Environ Health
Perspect 107:69-73.
Ostro BD, Sanchez JM, Aranda C, Eskeland GS (1996). Air pollution and mortality:
results from a study of Santiago, Chile. J Expos Anal Environ Epidemiol 6:97-114.
Ozkaynak H, Thurston GD (1987). Associations between 1980 U.S. mortality rates and
alternate measures of airborne particle concentrations. Risk Anal 7:449-461.
Pantazopoulou A, Katsouyanni K, Kourea-Kremastinou J, Trichopoulos D (1995). Short-
term effects of air pollution on hospital emergency outpatient visits and admissions
in the Greater Athens, Greece area. Environ Res 69:31-36.
Versão 3: novembro.2007 57
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Park, 2002
Pinkerton et cols,. 2000.
Poloniecki JD, Atkinson RW, Ponce de Leon A, Anderson HR (1997). Daily time series
for cardiovascular hospital admissions and previous day's air pollution in London,
UK. Occup Environ Med 54:535-540.
Ponce de Leon A, Anderson HR, Bland JM, Strachan DP, Bower J (1996). Effects of air
pollution on daily hospital admissions for respiratory disease in London between
1987-88 and 1991-92. J Epidemiol Comm Health 50(suppl 1):S63-S70.
Ponka A (1991). Asthma and low level air pollution in Helsinki. Arch Environ Health
46:262-270.
Ponka A, Savela M, Virtanen M (1998). Mortality and air pollution in Helsinki. Arch
Environ Health 53:281-286.
Pope AC (2000b). Epidemiology of Fine Particulate Air Pollution and Human Health:
Biologic Mechanisms and Who's at Risk? Environ Health Perspect 108(suppl
4):713-723.
Pope CA 3rd, Burnett RT, Thun MJ, et al (2002). Lung cancer, cardiopulmonary mortality,
and long-term exposure to fine particulate air pollution. JAMA; 287: 1132–41.
Pope CA III (1989). Respiratory disease associated with community air pollution and a
steel mill, Utah Valley. Am J Public Health 79:623-628.
Pope CA III (1991). Respiratory hospital admissions associated with PM10 pollution in
Utah, Salt Lake, and Cache Valleys. Arch Environ Health 46:90-97.
Pope CA III (2000a). Epidemiological basis for particulate air pollution health standards
[Review]. Aerosol Sci Technol 32:4-14.
Pope CA III, Schwartz J, Ransom MR (1992). Daily mortality and PM 10 pollution in Utah
Valley. Arch Environ Health 47:211-217.
Pope CA III, Thun MJ, Namboodiri MM, Dockery DW, Evans JS, Speizer FE, Heath JCW
(1995). Particulate air pollution as a predictor of mortality in a prospective study of
U.S. adults. Am J Respir Crit Care Med 151:669-674.
Pretto, A. O Estudo do Comportamento dos gases-traço O3, NOx, CO, SO2 e de COVs
na atmosfera da cidade de São Paulo [in portuguese]. Tese de doutoramento do
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN, 2005, São Paulo, Brazil.
Raes et all., 2000.
Rahlenbeck SI, Kahl H (1996). Air pollution and mortality in East Berlin during the winters
of 1981-1989. Int J Epidemiol 25:1220-1226
Romieu, 1992
Saldiva PH and Miraglia SGEK (2004). Health Effects of cookstove emissions. Energy for
Sustainable Development Vol. VIII No. 3.
Saldiva PH, Lichtenfels AJ, Paiva PS, Barone IA, Martins MA, Massad E,Pereira JC,
Xavier VP, Singer JM, Bohm GM.(1994). Association between air pollution and
mortality due to respiratory diseases in children in Sao Paulo, Brazil: a preliminary
report.Environ Res. 65(2):218-25.
Saldiva PH, Pope CA 3rd, Schwartz J, Dockery DW, Lichtenfels AJ, Salge JM, Barone I,
Bohm GM (1995). Air pollution and mortality in elderly people: a time-series study in
Sao Paulo, Brazil.Arch Environ Health. 50(2):159-63.
Versão 3: novembro.2007 58
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Samet JM, Speizer FE, BishopY, Spengler JD, Ferris BG Jr (1981). The relationship
between air pollution and emergency room visits in an industrial community. J Air
Pollut Control Assoc 31:236-240.
Sanchez-Ccoyllo, Odon Roman, Martins, Leila Dropinchinsk, Ynoue, Rita Yuri, Andrade,
M. F. The impact on tropospheric ozone formation on the implementation of a
program for mobile emissions control: a case study in São Paulo, Brazil.
Environmental Fluid Mechanics. , v.7, p.95 - 119, 2007.
Sanchez-Ccoyllo, Odon Roman, Ynoue, Rita, Martins, Leila, Andrade, M. F. Impacts of
ozone precursor limitation and meteorological variables on ozone concentration in
Sao Paulo Brasil. Atmospheric Environment. , v.40, p.S552 - S562, 2006.
Schwartz J (1991). Particulate air pollution and daily mortality in Detroit. Environ Res
56:204-213.
Schwartz J (1994). Air pollution and hospital admissions for the thelderly in Birmingham,
Alabama. Am J Epidemiol 139:589-598.
Schwartz J (1994). What are people dying of on high air pollution days? Environ Res
64:26-35.
Schwartz J (1995). Short term fluctuations in air pollution and hospital admissions of the
elderly for respiratory diseases. Thorax 50:531-538.
Schwartz J (1999). Air pollution and hospital admissions for heart disease in eight U.S.
counties. Epidemiology 10:17-22.
Schwartz J, Dockery DW, Neas LM (1996). Is daily mortality associated specifically with
fine particles? J Air Waste Manage Assoc 46:927-939.
Schwartz, 2005
Seinfeld and Pandis, 1998
Souza MB, Saldiva PH, Pope CA 3rd, Capelozzi VL (1998). Respiratory changes due to
long-term exposure to urban levels of air pollution: a histopathologic study in
humans.Chest.113(5):1312-8.
Spix C, Anderson HR, Schwartz J, Vigotti MA, LeTertre A, Vonk JM, Touloumi G,
Balducci F, Piekarski T, Bacharova L, et al (1998). Short-term effects of air pollution
on hospital admissions of respiratory diseases in Europe: a quantitative summary of
APHEA study results. Air pollution and health: a European approach. Arch Environ
Health 53:54-64.
Spix C, Heinrich J, Dockery D, Schwartz J, Volksch G, Schwinkowski K, Collen C,
Wichmann HE (1993). Air pollution and daily mortality in Erfurt, East Germany,
1980-1989. Environ Health Perspect 101:518-526.
Staehelin et al, 1998
Sunyer J, Anto J, Murillo C, Saez M (1991). Effects of urban air pollution on emergency
room admissions for chronic obstructive pulmonary disease. Am J Epidemiol
134:277-286.
Sunyer J, Castellsague J, Saez M, Tobias A, Anto JM (1996). Air pollution and mortality
in Barcelona. J Epidemiol Comm Health 50(suppl 1):S76-S80.
Toulouni et al., 1997
Xu et al., 1994
Wahlin et al, 2006
Versão 3: novembro.2007 59
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Wichmann HE, Mueller W, Allhof P, Beckmann M, Bocter N, Csicsaky MJ, Jung M, Molik
B, Schoeneberg G (1989). Health effects during a smog episode in West Germany
in 1985. Environ Health Perspect 79:89-99
World Health Organization Air quality guidelines for Europe. 2001, Copenhagen: WHO
Office for Europe.
Zanobetti A, Schwartz J, Dockery DW (2000). Airborne particles are a risk factor for
hospital admissions for heart and lung disease. Environ Health Perspect; 108:
1071–77.
Versão 3: novembro.2007 60
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
ANEXO 1
Medições realizadas em túneis
As medidas e métodos analíticos estão descritas na Tabela A1. Os gases CO, SO2, NOx
foram determinados com os monitores automáticos do Laboratório Móvel da CETESB
que foi instalado no interior dos túneis. Os COV foram amostrados e analisados com três
métodos diferentes para os hidrocarbonetos e compostos carbonílicos. O primeiro
método consistiu no uso de canisters de aço inox com fluxo de 50 ml/min realizado pelo
grupo do IPEN (Pretto, 2005). No segundo método, os hidrocarbonetos foram
amostrados em um tubo adsorvente Tenax no fluxo de 35 ml/min, realizado pelo grupo
do prof. Edson Thomaz da Unicamp (Albuquerque et al. 2006). Para a medida dos
compostos carbonílicos foram utilizados cartuchos com 2,4-dinitrofenilhidrazina (Sep-Pak
DNPH-Silica, Waters) com um fluxo de 2 lmin-1. Medidas externas aos túneis foram
realizadas concomitantemente.
Versão 3: novembro.2007 61
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Versão 3: novembro.2007 62
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
O laboratório móvel da CETESB foi instalado no interior dos túneis (Figura A1) o que
possibilitou a medida com os monitores contínuos para os gases e particulado e ainda
uma maior segurança para os pesquisadores. No teto do veículo foram instalados outros
analisadores e coletores.
Tabela A5 - Medidas fora do túnel Jânio Quadros (desvio padrão entre parênteses),
experimento de 2004.
Tabela A6 - Medidas no interior do túnel Maria Maluf (desvio padrão entre parênteses),
experimento de 2004.
Tabela A7 - Medidas no exterior do túnel Maria Maluf (desvio padrão entre parênteses),
experimento de 2004.
Versão 3: novembro.2007 64
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Exaustão do ar
Insufladores de ar
Figura A1- Amostragens com o laboratório Móvel da CETESB no túnel Jânio Quadros
(Fotos de Leila Martins, 2004).
Versão 3: novembro.2007 65
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
massa (µg/m3) para cada estágio do Impactador em Cascata. Os impactadores foram
amostrados nos mesmos períodos que os MiniVol, em médias de 2 horas cada
amostragem.
Horário amostragem PF
Amostra Dia (PM2,5) PI PG BCf
Início Término
TJQ 1 23 8:05h 10:00h 104 216 112 0,7
TJQ 2 23 10:20h 12:00h 82 259 177 0,72
TJQ 3 23 12:12h 14:02h 77 176 99 0,59
TJQ 4 23 14:09h 16:02h 76 227 151 0,53
TJQ 5 23 16:20h 18:10h 70 149 79 0,49
TJQ 6 24 8:04h 10:03h 121 240 119 0,93
TJQ 7 24 10:09h 11:40h 82 223 141 0,77
TJQ 8 24 12:02h 13:48h 74 204 130 0,59
TJQ 9 24 14:00h 16:10h 78 176 98 0,6
TJQ 10 24 16:32h 18:07h 71 188 117 0,58
TJQ 11 25 8:00h 10:00h 66 122 56 0,82
TJQ 12 25 10:07h 12:00h 89 197 108 0,81
TJQ 13 25 12:07h 14:01h 67 167 100 0,58
TJQ 14 25 14:05h 16:00h 57 203 146 0,73
TJQ 15 25 16:05h 18:00h 48 146 98 0,58
TJQ 16 26 10:00h 12:00h 81 247 166 0,94
TJQ 17 26 12:05h 13:57h 87 227 140 0,87
Versão 3: novembro.2007 66
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
70,0
2004
2001
60,0
50,0
Concentração em ug/m3
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
I 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 9A AF
E stágio do Impactador
Versão 3: novembro.2007 67
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Tabela A10 - Razão entre as concentrações internas e externas dos poluentes medidos
no TJQ.
140
J.Quadros
M.Maluf 120
100
dM/(dlndp)
80
60
40
20
0
0,057 0,097 0,32 0,56 1 1,8 3,1 6,2 9,9 18
D50 (m icrom etros)
Versão 3: novembro.2007 68
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Assim como no experimento realizado em 2001, as medidas no interior do túnel Maria
Maluf mostram uma significativa participação do BC na concentração de PF. Essa
participação é encontrada na fração mais fina do particulado. A presença de BC nos
estágios inferiores da distribuição de tamanho indica a sua emissão direta e também que
podemos considerar que praticamente toda a sua massa está no PM2,5, e com uma
significativa contribuição para a massa no túnel com a presença de veículos à diesel.
Considerando um inventário de emissões a partir desses resultados obtém-se os
veículos à diesel com uma significativa contribuição de Carbono elementar para a
atmosfera (Figura 3).
Na tabela A13 são apresentadas as razões entre as medidas internas e externas dos
poluentes medidos no experimento do túnel MM em 2004. As maiores razões são
encontradas para o BC contido no PF. Pode-se considerar que é um efeito da emissão
primária desse poluente, associado com os processos de queima de combustível. Esse
composto pode ser utilizado como um traçador da contribuição veicular, em especial dos
veículos pesados.
Versão 3: novembro.2007 69
Regiões Metropolitanas LPAE/FMUSP
Tabela A13 - Razão entre as concentrações internas e externas dos poluentes medidos
no TMM.
Versão 3: novembro.2007 70