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COMUNIDADES TRADICIONAIS
Quebradeiras de coco babaçu e Geraizeiros
O acesso igualitário a terras para os povos tradicionais
São Paulo – SP
2023
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNIA ESTADUAL SEBRAE
COMUNIDADES TRADICIONAIS
Quebradeiras de coco babaçu e Geraizeiros
O acesso igualitário a terras para os povos tradicionais
São Paulo – SP
2023
AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de agradecer também aos nossos colegas de turma, Ana Carolina Zanin
Costa, Anna Beatriz Almeida e Mirelly Alencar Saravia por aguentar nossos surtos
diários em relação a esse trabalho.
RESUMO
Em 9 de agosto de 2007, foi aprovado por unanimidade pela comissão pela do Meio
Ambiente da Câmara dos Deputados Federais, a Lei do Babaçu-Livre, que impedia a
derrubada de árvores de coco babaçu sem justificativa. O que essa lei representou
para as Quebradeiras de Coco Babaçu, foi a maior vitória da comunidade em mais de
2 séculos de existência. Acontece que as palmeiras de babaçu ficam em sua maioria
dentro de terras privadas, onde os donos decidem seus destinos arbitrariamente.
A luta por acesso a terras por comunidades tradicionais brasileiras começou muito
antes do que o registrado, desde seus primórdios, a divisão das terras no Brasil é
desigual e vem impedindo o setor agropecuário de crescer de maneira sustentável e
realmente lucrativa. Dessa luta também são vítimas os Geraizeiros, uma comunidade
tradicional localizada no Cerrado de Minas Gerais. conhecidos pela criação do gado
na solta e o extrativismo que praticam sempre respeitando o ciclo e o limites da terra.
Entretanto, os Geraizeiros, assim como outras comunidades tradicionais, passam por
ameaças em relação à sua cultura e o seu território.
Quem vê esse trabalho duro e todo esse sacrifício desse povo tradicional, acredita
que as quebradeiras de coco babaçu não tem nada a oferecer para a sociedade além
de seus produtos, mas elas têm inspirado publicações e pesquisas em diversas áreas
e conhecimento e abordagens, como: lutas por reconhecimento de território, por
direitos à educação, saúde, livre acesso aos babaçuais entre outros. Todavia, é
comum os adolescentes que residem nesses povoados desistirem dos estudos
devido à falta de incentivos governamentais, em sua maioria ao concluir o Ensino
Fundamental (outros nem concluem esse nível de ensino) migram para os centros
urbanos de outros municípios ou/e outras regiões do país. Que por sua vez, são
submetidas as explorações de subserviços, bem como a vulnerabilidade a diversas
formas de violências e direitos básicos silenciados.
GERAIZEIROS
1. “os mais velhos contam que, até por volta de 1975, quase todas as famílias da região criavam
gado, no tempo em que elas podiam utilizar as chapadas como área de solta coletiva”.
Porro, Roberto, 2019, A economia invisível do babaçu e sua importância para meios
de vida em comunidades agroextrativistas, Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/bgoeldi/a/pTzRmXNGf5FVsH8WZjwyc5S/?lang=pt> Acesso
em22 de set. de 2023
ICMBio, 2002, B
Carta Capital, 2022, Medo, angústia e adoecimento: A batalha dos povos geraizeiros
contra a agricultura e a mineração, Disponível em:
<https://youtu.be/wWuoi2BRqhM?si=mpnXuQv6WU7y1gRSÇ> Acesso em 09 de out.
de 2023