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A redemocratização brasileira:

1985 aos dias atuais


HISTÓRIA: DAS
CAVERNAS AO Capítulo 44 – Brasil: da redemocratização aos dias atuais
TERCEIRO MILÊNIO
HISTÓRIA: DAS
CAVERNAS AO Capítulo 44 – Brasil: da redemocratização aos dias atuais
TERCEIRO MILÊNIO
A estrutura partidária A primeira eleição organizada com o novo
quadro partidário ocorre em 1982. Foram
(1979) disputados cargos de governador, prefeito
(exceto nas capitais e cidades localizadas em
áreas de segurança nacional), vereadores,
Fim do bipartidarismo com a senadores e deputados. Para o governo dos
extinção da ARENA e MDB; estados o PMDB foi vitorioso nos estados
economicamente mais importantes.

AS DIRETAS JÁ!
Retorno ao pluripartidarismo;
Efetivadas as eleições para o
governo dos estados organizam-se
PDS (Partido Democrático Social). Reunia grande os partidos de oposição, sindicatos
parte dos políticos da antiga ARENA. e demais setores da sociedade civil
PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). para reivindicar o retorno das
Reunia parte da oposição parlamentar a ditadura. eleições diretas para a presidência
PDT (Partido Democrático Trabalhista) Reunia antigos da república. O movimento ganhou
militantes do PTB, sindicalistas. o nome de DIRETAS JÁ e exigia do
PT (Partido dos Trabalhadores) Reunia sindicalistas e Congresso a aprovação do projeto
setores da Igreja Católica.
de lei do deputado Dante de Oliveira
PP (Partido Popular) Formado por antigos
políticos da ARENA e MDB. Fundiu-se ao que determinava a convocação de
PMDB. eleições presidenciais após o
término do governo Figueiredo.
Seguiram-se grandes mobilizações
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CAVERNAS AO
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de rua,
Capítulo 44 – Brasil: da redemocratização aos dias atuaismas o projeto foi rejeitado.
Tancredo Neves

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AS DIRETAS JÁ...
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Mais uma eleição indireta!

• A derrota do projeto de eleições diretas, de autoria do deputado federal Dante


de Oliveira, frustrou grande parte da sociedade civil brasileira. Embora tenha
obtido a maioria dos votos, a emenda constitucional precisava ter a aprovação
de 2/3 dos deputados – e 112 parlamentares do PDS (antiga Arena) se
ausentaram do plenário. Por falta de 22 votos a emenda não foi aprovada.
• Sendo assim, o Colégio Eleitoral decidiu a eleição para o presidente do Brasil, em
1985.
• A disputa ocorreu entre dois civis. De um lado o candidato Paulo Maluf
apoiado pelo Partido Democrático Social. De outro lado, uma coligação
chamada Aliança Democrática (FL e PMDB) lançava a candidatura de
Tancredo Neves.

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• Abril de 1984: a emenda Dante de Oliveira, que previa a
realização de eleição direta para a escolha do próximo
presidente, é derrotada na Câmara dos Deputados.

• Janeiro de 1985: Tancredo Neves, pela coligação conhecida


como Aliança democrática (Coalizão formada em 1984, no final do regime
militar, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), oposicionista, e pela
Frente Liberal, dissidência do Partido Democrático Social (PDS), governista, para apoiar, na
eleição presidencial a ser realizada pelo Colégio Eleitoral em janeiro de 1985, a chapa
composta por Tancredo Neves, líder oposicionista moderado, candidato a presidente, e José
Sarney, ex-presidente do PDS, candidato a vice. A aliança entre o PMDB e o já então Partido
da Frente Liberal (PFL) apoiou de início o governo do presidente José Sarney (1985-1990), mas
se desfez gradativamente até chegar ao fim durante os trabalhos da Assembléia Nacional
Constituinte (1987-1988).), vence Paulo Maluf, candidato apoiado pelo
governo militar, na eleição indireta para a presidência da
república, realizada no Colégio Eleitoral.

• Março de 1985: Tancredo adoece e seu vice, José Sarney,


é empossado interinamente na presidência da república.

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CAVERNAS AO
• 21Capítulo
de abril de 1985: Tancredo morre e Sarney assume
44 – Brasil: da redemocratização aos dias atuais
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o cargo como titular.
Tancredo Neves
• Tancredo derrotou Maluf por 480 a 180 votos. Sua
vitória despertou grande entusiasmo popular.
• Tancredo tinha como proposta realizar um governo
de transição democrática.
• Procurando demonstrar sensibilidade social
afirmava: “enquanto houver nesse país um só
homem sem trabalho, sem pão, sem teto e sem
letras, toda prosperidade será falsa”.
• Atingido por uma grave enfermidade 12 horas
antes da posse, Tancredo acabou por falecer em 21
de abril de 85 sem se efetivar presidente. Assumiu
o vice-presidente eleito, José Sarney.

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“O Paciente”

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Sarney e o início da
redemocratização (1985-1990)

• Sarney promove várias mudanças que dão início ao processo de


redemocratização do país.

• Facilita o registro de partidos políticos, o que permite a legalização


do PCB e do PC do B.
• O Congresso aprova eleições diretas para as prefeituras
das capitais e de outras cidades consideradas de
segurança nacional.
• O presidente convoca a Assembleia Constituinte,
encarregada de elaborar uma nova Constituição para o país.

• Para conter a inflação, que chegava a 200% ao ano, o governo cria o


Plano Cruzado, em janeiro de 1986:

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Presidente Sarney

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• O cruzeiro, moeda brasileira na época, perde três zeros e vira cruzado.

• Estabelece o congelamento de preços e salários.

• Determina o reajuste salarial sempre que a inflação


atingisse 20%. O famoso Gatilho salarial.

• Plano Cruzado II (1986)


• O Plano Cruzado II liberou os preços dos produtos e serviços, determinou que
o reajuste dos aluguéis fosse negociado entre proprietários e inquilinos e
também alterou o cálculo da inflação, que passou a ter como base, os gastos
com famílias com renda de até cinco salários mínimos. Os impostos das
bebidas e cigarros foram reajustados. As exportações caíram enquanto as
importações aumentavam, esgotando as reservas cambiais.

• Plano Bresser (1987)


• congelamento de preços e salários, mas o plano tinha uma flexibilidade maior
que os anteriores, já que previa a duração de noventa dias para o tabelamento
dos preços. Tarifas do setor público também foram congeladas. A equipe
econômica trabalhou para evitar uma valorização da moeda, o que prejudicaria
as exportações.
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Os fiscais do Sarney: ‘Cada brasileiro e brasileira deverá ser um fiscal dos preços, um fiscal do
presidente para a execução fiel desse programa em todos os cantos desse país.’

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• O Plano Verão (1989)
• Entre as medidas adotadas estavam um novo congelamento, a criação do cruzado
novo e o comprometimento de conter os gastos públicos. O plano determinou a
demissão de um terço dos servidores federais contratados sem concurso nos cinco
anos anteriores. Outro ponto do pacote foi a decisão de propor uma reforma
administrativa, com a extinção dos ministérios da Habitação e Bem-Estar, da Reforma
e do Desenvolvimento Agrário, da Irrigação, da Ciência e Tecnologia e da
Administração, além de órgãos federais e autarquias

20 de fevereiro de 1987

Chegou-se a esta situação, no entanto, não como desembocadura de uma estratégia


cuidadosamente construída e sim pela absoluta falta de moeda forte no caixa do Banco
Central para fazer frente aos compromissos internacionais do país. É uma decisão
arriscada – a História
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está
Capítulo 44 repleta
– Brasil: de casos de países
da redemocratização que foram à moratória e só saíram
aos dias atuais
dela após uma enorme recessão.
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•Ministros João Sayad (Planejamento) e Dílson Funaro (Fazenda)

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Inicialmente parecia uma boa ideia...

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SUNAB

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Inflação? 😏

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A Constituição de 1988

A Constituição de 1988
(Constituição Cidadã)

Melhorias na
Criação de
Voto O racismo e a Inclusão das Igualdade de
legislação medidas de
facultativo aos tortura principais direitos e
trabalhista proteção ao
analfabetos, tornam-se conquistas obrigações
(jornada de 44 meio
jovens entre crimes trabalhistas horas entre homens
ambiente, aos
16 e 18 anos inafiançáveis e desde a CLT semanais, e mulheres
grupos
e maiores de imprescritíveis adicional de 1/3
sobre férias,
indígenas e às
70 anos
licença- comunidades
gestante de remanescente
120 dias, s de
licença- quilombos
paternidade,
amplo direito
de greve desde
que
regulamentada,
liberdade
sindical);
.
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A Constituição de 1988

CLAUDIO VERSIANI/EDITORA ABRIL


Membros da Assembleia Nacional Constituinte promulgam a Constituição,
em 5 de outubro de 1988.

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As campanhas de
1989...
•Após fracassar numa tentativa de sair
candidato pelo PFL no lugar de
Aureliano Chaves, o apresentador de
TV e dono do SBT chegou a fazer
campanha pelo nanico Partido
Municipalista Brasileiro por alguns
dias e liderar as pesquisas de intenção
de voto.
•Na manobra para viabilizar
a candidatura do homem do baú, o
candidato Armando Corrêa renunciou
em favor de Silvio Santos a poucos
dias das eleições, mas os eleitores que
quisessem eleger o homem do sorriso
teriam que votar no nome do Corrêa
na cédula. O Tribunal Superior
Eleitoral julgou os vários pedidos de
impugnação impetrados por partidos
adversários e decidiu barrar a
candidatura.
•Por sete votos a zero, os ministros do
TSE entenderam que Silvio Santos era
inelegível por ser concessionário de
uma rede de televisão e consideraram
inexistente o Partido Municipalista.
Leia detalhes da curta candidatura nas
páginas do Estadão da época:

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O governo Collor (1990-1992)
• Depois de 29 anos, eleições diretas para presidente são realizadas em
1989, e Fernando Collor de Mello é eleito,
no segundo turno, presidente da república.

• Assim que assume o governo, em 1990, o novo presidente lança o


Plano Brasil Novo, conhecido como Plano Collor.

• A moeda circulante foi substituída pelo cruzeiro.

• Depósitos em contas correntes e aplicações financeiras superiores a


50 mil cruzeiros (pouco mais de mil dólares
na época) foram bloqueados por 18 meses.
• Foram estabelecidos o congelamento de preços e salários
e a redução de impostos para importados, entre outras medidas
para promover a abertura do mercado brasileiro
ao capital internacional.
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O confisco
das
poupanças

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O governo Collor e a liberalização
econômica

• Cria o Programa Nacional de Desestatização (PND) e inicia a


privatização de empresas estatais, extingue órgãos
e empresas públicas, provocando a demissão de milhares
de funcionários.

• Abre o mercado brasileiro às importações e à entrada de capital


estrangeiro, promove a modernização da indústria nacional e favorece
a fusão ou a quebra de várias empresas brasileiras menores, que não
estavam preparadas para competir no mercado mundial.

• As medidas econômicas de Collor tiveram efeito recessivo, causando


demissões e o aumento do desemprego.

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Os “caras-pintadas” e a queda de
Collor

• Denúncias de negociações desonestas envolvendo ministros e


amigos de Collor dão origem à chamada “República das Alagoas”,
em que se destacava o tesoureiro da campanha eleitoral de
Collor, Paulo César (PC) Farias.

• Pedro Collor, irmão do presidente, denuncia na imprensa


o esquema de fraude eleitoral, suborno, sonegação de impostos,
proteção a empresários e falsificação de concorrência pública,
dirigido por PC Farias.

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• Maio de 1992: a Câmara Federal instala
Os “caras- uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) para investigar as acusações sobre

pintadas” e o chamado “esquema PC”.

• Em protesto contra o governo,


a queda de estudantes saem vestidos de preto e
com os rostos pintados, originando o

Collor movimento dos “caras-pintadas”.

• Setembro de 1992: a Câmara vota a


abertura do processo de impeachment e
Collor é afastado da presidência até a
conclusão dos trabalhos.

• Dezembro de 1992: antes de o Senado


votar o impeachment, Collor renuncia à
presidência. Mesmo assim, é julgado e
tem seus direitos políticos cassados por
oito anos.

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Os “caras-pintadas” e a queda de Collor

CARLOS RODRIGUES/AGÊNCIA ESTADO


Estudantes que ficaram conhecidos como os "caras-pintadas" realizam
manifestação pedindo o impeachment do presidente da república,
Fernando Collor de Mello. Porto Alegre, 23 de agosto de 1992.
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Itamar Franco
(1992-1994)
• Abril de 1993: convoca o
plebiscito, previsto na
Constituição
de 1988, para que a população
decidisse sobre a forma de
governo (monarquia ou
república) e o sistema de
governo (presidencialismo ou
parlamentarismo) → vencem a
república
e o presidencialismo.

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Itamar Franco (1992-1994)

• Julho de 1994: Itamar anuncia o Plano Real, plano de estabilização econômica


criado pela equipe do ministro
da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso (FHC).

• O Brasil ganhou uma nova moeda, o real, em paridade


com o dólar.
• Forte redução na emissão de moeda.
• Elevação das taxas de juros e restrição das vendas a prazo.
• Privatização de empresas estatais e abertura da economia às importações.

• Resultado imediato do Plano Real: queda da inflação, que passou de 47% em


junho de 1994 para 3% no final do ano.

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•“O presidente me convidou para visitar o Palácio da Alvorada, disse que eu era inteligente, de uma simpatia
contagiante e tinha uma boca linda”, lembra Lilian. Também se abraçavam pelos ombros e pela cintura. Ela enlaçava o
pescoço dele, sambando. Ele pousava as mãos sobre a perna dela. “Mas tudo isso com muito respeito”, esclarece a
moça. A temperatura ficou tão alta que uma repórter perguntou ao presidente se estavam namorando. “Estamos?”,
indagou Itamar à atriz. “É melhor deixar em aberto”, respondeu.

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O REAL

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O primeiro governo FHC (1995-1998)
▪ O sucesso do Plano Real garantiu a vitória de Fernando
Henrique nas eleições presidenciais de 1994, derrotando, no
primeiro turno, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
O primeiro governo FHC
(1995-1998)

Reformas Controle da 1o de janeiro 1997: Baixíssimos


econômicas: inflação e de 1995: aprovação da índices de
privatização de manutenção de criação do emenda crescimento
empresas uma das Mercosul, constitucional econômico e
estatais, reforma maiores taxas reunindo Brasil, que garante a elevada taxa de
constitucional de juros do Argentina, possibilidade desemprego
que permitiram a mundo para Uruguai e de reeleição do
quebra de atrair o capital Paraguai presidente da
monopólio estatal estrangeiro república,
na exploração do governadores
petróleo e das e prefeitos
telecomunicações

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Desigualdade social

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O segundo governo FHC (1999-
2002)

• Obtém melhoria em alguns indicadores sociais com a redução do analfabetismo


e da mortalidade infantil.

• Programas como o de combate à aids e a lei de incentivo aos medicamentos


genéricos resultaram, respectivamente, na queda drástica das mortes causadas
pelo vírus HIV e no barateamento de muitos remédios.

• Inúmeras organizações não governamentais (ONGs) de defesa dos direitos


humanos são constituídas no país.

• Aprova a Lei 8.685 (Lei do Audiovisual), que permite às empresas destinar parte
dos impostos devidos à União à produção de obras cinematográficas.

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O segundo governo FHC (1999-
2002)

• Enfrenta crise no setor de energia elétrica em 2001, com


o “apagão”, e posterior política de racionamento de energia, que
prejudicou a indústria nacional.

• Dificuldades no cenário econômico internacional levaram


o governo a assinar um acordo com o FMI, que impôs um programa
austero de cortes dos gastos públicos → as taxas de juros
aumentaram, reduzindo a atividade econômica
no país.

• Enfrentando um quadro de desemprego e baixos salários, Fernando


Henrique terminou o seu mandato com um índice de aprovação de
apenas 23%, não conseguindo eleger seu candidato à sucessão.

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O primeiro governo Lula (2003-2006)
O primeiro governo Lula
(2003-2006)

Política interna Política externa

Indicação de Entrada do Brasil no


Henrique Meirelles G-20, ampliação das
para a presidência relações diplomáticas
Cria e reformula
do Banco Central: com a África e o
programas sociais
manutenção da Oriente Médio e início
política econômica da campanha para a
de seu antecessor inclusão do Brasil no
Conselho de
Segurança da ONU
Fome Zero: Bolsa Família: criado como membro
vigente até 2003, em 2003, o programa permanente
atendia 1,5 estabelece a
milhão de famílias concessão de um
carentes com benefício mensal a
R$ 50 ao mês famílias carentes

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O primeiro governo Lula (2003-2006)

JOEL SILVA/FOLH APRESS


Cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao lado de Lula,
o vice José Alencar, em Brasília, 1o de janeiro de 2003.
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O segundo governo Lula (2007-
2010)

• A crise política causada pelas denúncias de corrupção envolvendo o alto escalão


do governo e membros da base aliada não impediu a reeleição de Lula, que
derrotou, no segundo turno, o candidato Geraldo Alckmin, do PSDB.

• Manutenção da política econômica e criação do


Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
em 2007 → investimentos em infraestrutura (portos,
aeroportos, estradas, energia) por meio de parceria com
a iniciativa privada.

• Lançamento do Programa Pré-Sal, visando explorar petróleo em águas marinhas


profundas → descobertas
de grandes reservas.

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O segundo governo Lula (2007-
2010)

• Surgem novas denúncias de corrupção envolvendo aliados


do governo no Congresso.

• Mesmo com alguns reflexos no Brasil da crise financeira


internacional, que veio à tona em 2008, Lula terminou seu
mandato com um altíssimo índice de aprovação, que lhe permitiu
eleger Dilma Rousseff, do PT, à sucessão presidencial.

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O governo Dilma (início em
2011)

• Dilma Rousseff foi a primeira mulher a ser eleita para a presidência do Brasil.

• Em 2011, eleva a taxa de juros para conter o aumento


da inflação e manter a economia estabilizada diante dos resquícios da crise
econômica gerada nos Estados Unidos.
• Denúncias de corrupção envolvendo ministros do governo levaram à troca de
sete ministros, dificultando uma ação coesa do governo.
• Em 2012, foi criada a Comissão Nacional da Verdade, com a tarefa de
investigar violações de direitos humanos ocorridas na história recente do país.
• O aprofundamento da crise econômica e financeira na zona do euro e a queda
dos investimentos externos no Brasil levaram o governo a reduzir as taxas de
juros e a adotar medidas para estimular o consumo e a produção industrial.

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Dilma Roussef
(2011-2016)
• Herdeira política de Lula.
• Se elegeu prometendo: manter a estabilidade
econômica, ampliar os investimentos em programas
como PAC, Minha Casa Minha Vida, Prouni.
• Segundo pesquisa do Ibope em 4 de abril de 2012, a
aprovação do governo Dilma era de 77%. As áreas do
governo com melhor aprovação eram a de combate à
fome e à pobreza; meio ambiente e combate ao
desemprego. Já as áreas com pior avaliação eram
impostos; saúde e segurança pública.
• Crise dos ministérios.
• Manifestações públicas.
• Copa do Brasil.
• Crise econômica
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O governo Dilma (início em 2011)

ALAN MARQUES/FOLHAPRESS
Dilma Rousseff e Michel Temer sobem a rampa do Palácio do Planalto e são recebidos pelo
presidente Lula e a primeira-dama Marisa Letícia, em Brasília, 1 o de janeiro de 2011.

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