Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Editores
Félix H. D. González
Rodrigo Schallenberger Gonçalves
Raquel Fraga e S. Raimondo
Beatriz Riet Correa Rivero
André Dalto
0
S612a Simpósio Nacional da Vaca Leiteira (5. : 2018 : Porto Alegre).
Anais do V Simpósio Nacional da Vaca Leiteira / Editores: Félix H. D.
González, Rodrigo Schallenberger Gonçalves, Raquel Fraga e S. Raimondo,
Beatriz Riet Correa Rivero, André Dalto. – Porto Alegre : Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, 2018.
vi , 146 p. : il.
ISBN 978-85-66094-51-0
CDD 636.2
i
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Veterinária
Editores
ii
Beatriz Riet-Correa Rivero, MV, Dra.
Núcleo RuminAção-Ensino, Pesquisa e Extensão em Ruminantes.
Professora Adjunta, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Av. Bento Gonçalves 9090. Porto Alegre, RS, Brasil.
91.540-000, beatrizriet@hotmail.com
iii
Palestrantes
iv
Comissão Organizadora
Felix H. D. González
Rodrigo Schallenberger Gonçalves
Raquel Fraga e S. Raimondo
Beatriz Riet-Correa Rivero
André Gustavo Cabrera Dalto
ATMV-2019/2
Capa e contracapa
v
Sumário
Prefácio ............................................................................................. 1
vi
Prefácio
1
presente evento. Também agradecemos às empresas que se
vincularam e patrocinaram e apoiaram este evento: MSD Saúde
Animal, Biovet, Bayer, J.A. Saúde Animal, Supra, Ceva Saúde
Animal, Kera, Eco, Ouro Fino, Vetnil e Rumitec Serviços
Veterinários, assim como à Pró-reitoria de Extensão da UFRGS.
Os editores
Porto Alegre, outubro de 2018.
2
Prevenção das acidoses ruminais em rebanhos leiteiros:
novos conceitos
1
Universidade de São Paulo (USP)
3
pelo seu pK, ou seja, o pH ao qual a metade do H+ está associado
ou não ao ácido. Quanto menor o pK mais forte será o ácido.
4
provocando a acidose láctica ruminal (ALR), gerando um pH
ruminal inferior a 5,2 com qualquer duração e com produção
total de ácidos superior a 200 mmol/L.
5
salivação, o caroço de algodão 70x, a polpa cítrica 30x, o grão
inteiro de milho 5,4x, quirera 2,4x, fubá 1,8x e milho floculado
1x.
6
pesadas forem as vacas, menores serão as quantidades de
concentrados ingeridas para causar acidose (Ortolani, 1995).
7
6,0 na ALR. A absorção do ácido láctico pode gerar um estado
variado de acidose metabólica acompanhado de acidúria
temporária. A laminite asséptica ocorre em muitas vacas dentro
de dois a três dias na ALR, ou semanas e meses depois de
episódios de ARAGCC, causando claudicação e presença de
linhas de estresse nos cascos (Sousa, 2017). Algumas vacas
podem contrair quadros pneumônicos e polioencefalomalacia
depois da acidose ruminal (Owens et al., 1998; Ortolani et al.,
2010; Danscher et al., 2015).
8
ruminal e da ruminação, causa diarreia e desidratação entre
outros sintomas supracitados. Na ALR ocorre uma diminuição no
pH fecal e da urina. No exame do fluido ruminal se encontram
alterações de cor (mais amarelado), odor (mais ácido) e
diminuição do pH entre outras mudanças.
9
população de microrganismos lactilíticos e promover o
crescimento das papilas ruminais. Vacas que vão receber na dieta
pós-parto até 50% a 60% MS de concentrados devem ter
incluídos gradualmente na ração 3 a 4 kg desses alimentos no
último mês de gestação (Krauze & Oetzel, 2008).
10
consumo de fibras curtas em detrimento das longas, deixando
estas no comedouro. Para evitar isso, algumas medidas são
propostas. Estudo recente indica que, em dietas muito
energéticas, a melhor distribuição de fibra é algo como 8% de
longa, 40% de média e 52 % de curta. Para garantir um bom
consumo de fibra longa podem-se adicionar na dieta “colantes”
como a glicerina (10% MS) ou melaço de cana ou soja líquido
que aderem todas as fibras aumentando seu consumo como um
todo. É fundamental também, para evitar a seleção de alimentos
pela vaca, o oferecimento de uma dieta completa totalmente
misturada (TMR), distribuída por um vagão forrageiro. Manter
sempre ajustado o triturador de forragem para não fornecer
volumosos picados em demasia. Não deixar o feno ser misturado
por muito tempo no vagão, pois isso aumenta sua fragmentação.
Oferecer, sempre que possível, forragem fresca, pois o consumo
de fibra longa aumenta (Krauze & Oetzel, 2008; Beauchemin &
Penner, 2014). No caso de todas estas medidas não funcionarem,
principalmente em dietas muito ricas em concentrados com alto
risco de acidose, devem se adicionar tampões na dieta. Os
melhores resultados na prevenção são obtidos com bicarbonato
de sódio (1,25% MS).
11
ruminação. Deve-se evitar a superpopulação de vacas para não
congestionar o comedouro, sendo o ideal um espaço de 80 a 100
cm/vaca em lactação, principalmente quando se misturam
primíparas e multíparas. É essencial manter o bem-estar dos
animais, em especial no tocante ao estresse térmico.
12
Bibliografia
13
Owens, F.N. Secrist, D.S.; Hill,W.J.; Gill, D.R. Acidosis in
cattle: a review. J. Ani. Sci., v.76, p.275-286,1998.
Sousa, R.J. Avaliação de anti-inflamatórios não esteroidais no
tratamento da laminite asséptica aguda decorrente de
acidose ruminal por oligofrutose em bovinos. Tese
doutoramento, Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, Universidade de São Paulo, 114 p., 2017.
14
Estratégias de prevenção da mastite no periparto
2
Qualileite, Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite, Faculdade
de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo,
Departamento de Nutrição e Produção Animal, Pirassununga-SP
13635-900, (www.qualileite.org)
15
diminuindo a produção dos leucócitos polimorfonucleares
(PMN) caracterizados como principais tipos celulares na
primeira linha de defesa (Burvenich et al., 2003). Além das
alterações fisiológicas e hormonais que afetam diretamente a
glândula mamária (GM), existem outros desafios nutricionais e
de manejo a que as vacas são submetidas que exigem medidas
eficazes de manejo. Assim, o comprometimento da vaca em
relação ao consumo, produção de leite, fertilidade e bem-estar
resulta na necessidade de medidas de manejo para controle e
prevenção de doenças nesta fase do ciclo produtivo (Trevisi &
Minuti, 2018).
16
1. Alterações no sistema imune
17
histocompatibilidade (MHC), ao passo que a resposta imune
específica acontece após o reconhecimento dos antígenos por
meio dos complexos MHC mediados por macrófagos e outras
células de defesa. A interação dos dois sistemas na GM aumenta
a proteção contra as infecções intramamárias, embora a
instalação da doença e multiplicação de microrganismos é
dependente da cepa infectante e do ambiente no qual o
hospedeiro vive (Sordillo & Streicher, 2002).
18
aparecem em maior quantidade. A adesão dos patógenos,
principalmente das bactérias ao epitélio induz a produção de
citocinas pro-inflamatórias e expressão de moléculas de adesão;
aumentando a ligação das células de defesa ao endotélio (Stein et
al., 2003). Caso haja cronificação da doença, há o aparecimento
de linfócitos T e B e monócitos de acordo com a infiltração de
neutrófilos, entretanto, estes últimos ainda se configuram como
os mais importantes na mastite crônica (Rainard & Riollet,
2003).
19
resposta imune por cada organismo acometido (Oviedo-Boyso et
al., 2007).
20
2. Novas infecções no período seco
21
Com as alterações fisiológicas da GM e o estado de
imunossupressão pelo qual a vaca passa no final da lactação,
influenciado pela genética, nutrição e manejo, há o aumento do
risco de NIIMs no início do período seco, bem como aumento da
proporção dos casos de mastite clínica (MC) no início da
próxima lactação (Bradley, 2002). O final do período seco
também é marcado por várias alterações hormonais devido à
proximidade do parto e início da colostrogênese, o que aumenta
o risco às infecções (Figura 1).
22
A abertura do canal do teto para a posterior liberação do
leite também aumenta o risco de NIIMs. Estudo recente mostrou
associação entre a hiperqueratose da extremidade do teto causada
pela ordenha e carga microbiana presente (Paduch et al., 2012).
Foram identificados S. aureus, Streptococcus uberis, Escherichia
coli, e outros coliformes, sendo a carga de E. coli associada
positivamente com o escore de hiperqueratose do teto.
23
No entanto, embora a taxa de cura dos animais infectados
seja maior no período seco em comparação com os tratamentos
realizados durante a lactação, os animais que apresentam
infecção crônica tem baixa probabilidade de cura, independente
do agente causador ou da antibiótico-terapia aplicada (De
Vliegher et al., 2018). Portanto, há maior probabilidade de que
uma vaca não curada durante o período seco esteja cronicamente
infectada no final da lactação anterior.
24
lactação anterior, menor número de lactações e menor produção
de leite antes da secagem, tiveram maior chance de cura durante
o período seco.
25
tetos no momento da secagem (Bradley & Green, 2004). Sem a
aplicação da TVS, mais de 50% das NIIM adquiridas no período
seco podem ainda estar presentes após o parto (Oliver &
Mitchell, 1983). A composição de antimicrobianos utilizada na
TVS é bastante variável, e o intramamário pode ser composto por
uma única base antimicrobiana como também pela ação sinérgica
de mais de um composto. O selante de tetos por sua vez é
composto por um sal inorgânico (subnitrato de bismuto) inerte,
que é capaz de permanecer no canal do teto durante o período
seco e mimetizar a ação do tampão de queratina. Após o parto, o
selante pode ser eliminado naturalmente pela mamada do bezerro
ou pela ordenha manual.
26
de histórico de mastite clínica durante a lactação TVS (Vilar et
al., 2018).
27
não utilizavam nenhum tipo de TVS e 13% realizavam a TVS
convencional. O mesmo estudo observou que a escolha para o
uso ou não da TVS bem como se seria seletiva foi baseada em
testes microbiológicos, no histórico de MC, na contagem de CCS
e na experiência do próprio fazendeiro. Segundo Vasquez et al.
(2018), vacas de baixo risco na secagem (aquelas em que o uso
de antibióticos não seria necessário) são aquelas classificadas
com CCS ≤ 200.000 células/mL no último teste, média de SCC ≤
200.000 células/mL nos últimos 3 testes, ausência de MC na
secagem e até 1 caso de MC na lactação anterior à secagem.
28
4. Mastite no pós-parto
4.1. Primíparas
29
econômicas e afetar negativamente a saúde do úbere e qualidade
de leite nas próximas lactações (Myllys & Rautala, 1995).
30
observaram que a dificuldade de parto e a contagem média e alta
de leucócitos ao final da gestação estão associados ao maior risco
de MC, ao passo que dois indicadores pré-parto (alta
concentração de IgG e alta porcentagem de eosinófilos) foram
associados com o menor risco de MC. Assim, a seleção genética
bem como o controle do estresse no período periparturiente
podem ser ferramentas auxiliares no controle da MC (Barnouin
& Chassagne, 2000).
31
A mastite causada por S. aureus em novilhas pode
permanecer durante todo o pré-parto e no período de lactação. Os
danos teciduais causados na GM podem comprometer a
produção futura de leite, impedindo o máximo desempenho no
pico de produção. Um estudo norte-americano com 233 novilhas
objetivou avaliar a eficácia de cinco antibióticos diferentes para
tratamento pré-parto e observou que 56,5% dos quartos
mamários estavam infectados com algum tipo de microrganismo
e 15,4% apresentavam somente infecção por Staph. aureus
(Owens et al., 2001). Esses autores encontraram taxa de cura
semelhante para os cinco produtos, maiores do que a taxa
espontânea encontrada para os quartos mamários do grupo
controle, sem nenhuma aplicação de antibiótico. Além disso,
muitas infecções ocorreram durante o terceiro semestre de
gestação (180-270 dias), sendo mais propício a tratamentos
contra NIIM.
32
doença sistêmica com a prostaglandina E2 (PGE2), bem como
maior concentração de fator de necrose tumoral α (TNF- α) no
sangue e maior concentração de sódio e potássio no leite. Foram
observadas alterações na temperatura da pele do úbere em cerca
de 2-3°C após o aparecimento de sinais locais de mastite por E.
coli induzida.
33
4.2. Pluríparas
34
recorrentes, por sua vez, pode refletir IIM causadas por S. aureus
(baixa resposta a tratamentos), dificuldade de eliminação de uma
IMI instalada, má escolha do tratamento ou erros de diagnóstico.
Assim, com base na CCS antes e após a MC, pode-se classificar
as vacas em quatro grupos distintos: a) NIIM curada, quando
antes e após o caso de MC a CCS foi < 200.000 células/mL; b)
NIIM não curada, quando antes do caso de MC a CCS era baixa
e após o caso passou a ser alta (≥ 200.000 células/mL); c) IIM
existente curada, quando a CCS diminui para < 200.000
células/mL após o caso de MC e d) IIM existente não curada,
quando antes e após o caso de MC a CCS permanece alta (De
Vliegher et al., 2018).
35
mastite e consequentemente maior excelência na resolução do
problema. Na China, um estudo foi realizado em grandes
rebanhos leiteiros para determinar a incidência cumulativa de
MC, a distribuição dos patógenos causadores de mastite e as
associações entre essa distribuição e materiais de cama e estações
do ano (Gao et al., 2017). A incidência média de MC foi de 3,3
casos por 100 vacas/mês, sendo E. coli, Klebsiella spp. e SCN os
patógenos mais frequentemente isolados. Além disso, os
Streptococcus spp. foram mais isolados durante o inverno, sendo
S. dysgalactiae mais isolado em cama de areia; ao passo que E.
coli e Klebsiella spp. eram mais presentes durante o período de
verão, e que este último era mais comum em cama orgânica.
36
O entendimento da associação das características de
produção de leite e a suscetibilidade da GM podem ajudar a
esclarecer os fatores de risco da mastite durante a lactação.
Estudo recente objetivou relacionar os registros diários de saúde
das vacas nos casos de mastite com a produção de leite e a
persistência de lactação. Para tanto, foram coletados dados do
Dairy Records Management Systems (Raleigh, EUA) de
rebanhos norte-americanos durante 1996 a 2013, referentes a
48.058 vacas distribuídas em 207 rebanhos (Dhakal et al., 2016).
Como resultado, esses autores observaram coeficiente negativo
entre a ocorrência de MC e a produção de leite, sugerindo que a
mastite resulta em diminuição da produção de leite no início da
lactação. Além disso, os mesmos autores observaram aumento de
risco de mastite na segunda lactação após um único evento de
mastite na primeira lactação.
37
dois grandes grupos de vacas aptas para secagem, tratadas ou não
com antibiótico, sobre a produção de leite, CCS e frequência de
mastite na lactação subsequente. Foram analisados dados de
88.534 lactações, sendo observado que 27.723 vacas secas com
antibiótico e 60.811 secas sem antibiótico, sendo que tanto as
produções de leite anteriores como a subsequente foram maiores
para o grupo tratado (média + 91 kg leite/lactação subsequente).
Além disso, os mesmos autores observaram que o uso de
antibióticos diminuiu a média de CCS em 1500 células/mL na
lactação subsequente.
5. Considerações finais
38
A terapia da vaca seca aliada ao uso de selante interno de
tetos é de fundamental importância no controle da mastite e deve
ser considerada prática obrigatória entre os rebanhos leiteiros.
Ainda, o cuidado com as técnicas de manejo, alimentação e bem-
estar devem ser adotados tanto em vacas maduras quanto nas
primíparas, desde a secagem até o início da lactação e assim, os
prejuízos causados pela mastite podem ser reduzidos ao longo da
vida produtiva do animal.
Bibliografia
Aitken, S.L., Corl, C.M. & Sordillo, L.M., 2011.
Immunopathology of Mastitis: Insights into Disease
Recognition and Resolution Journal of Mammary Gland
Biology and Neoplasia, 16, 291–304
Anderson, K.L., Correa, M.T., Allen, A. & Rodriguez, R.R.,
2010. Fresh cow mastitis monitoring on day 3 postpartum
and its relationship to subsequent milk production Journal of
Dairy Science, 93, 5673–5683 (Elsevier)
Andreotti, C.S., Baravalle, C., Sacco, S.C., Lovato, M., Pereyra,
E.A.L., Renna, M.S., Ortega, H.H., Calvinho, L.F. &
Dallard, B.E., 2017. Characterization of immune response in
Staphylococcus aureus chronically infected bovine
mammary glands during active involution Comparative
Immunology, Microbiology and Infectious Diseases, 54,
51–60 (Pergamon)
Barnouin, J. & Chassagne, M., 2000. Predictive variables for the
occurrence of early clinical mastitis in primiparous Holstein
cows under field conditions in France,
Bradley, A., 2002. Bovine mastitis: an evolving disease.
39
Veterinary journal (London, England : 1997), 164, 116–28
Bradley, A.J., De Vliegher, S., Green, M.J., Larrosa, P., Payne,
B., van de Leemput, E.S., Samson, O., Valckenier, D., Van
Werven, T., Waldeck, H.W.F., White, V. & Goby, L., 2015.
An investigation of the dynamics of intramammary
infections acquired during the dry period on European dairy
farms Journal of Dairy Science, 98, 6029–6047 (Elsevier)
Bradley, A.J. & Green, M.J., 2004. The importance of the
nonlactating period in the epidemiology of intramammary
infection and strategies for prevention Veterinary Clinics of
North America: Food Animal Practice, 20, 547–568
(Elsevier)
Britten, A., 2004. Implementing and evaluating fresh cow
mastitis programs In:, 43rd (ed), NMC Annual Meeting
Proceedings, (NMC)
Burvenich, C., Van Merris, V., Mehrzad, J., Diez-Fraile, A. &
Duchateau, L., 2003. Severity of E. coli mastitis is mainly
determined by cow factors Veterinary Research, 34, 521–
564
Cameron, M., McKenna, S.L., MacDonald, K.A., Dohoo, I.R.,
Roy, J.P. & Keefe, G.P., 2014. Evaluation of selective dry
cow treatment following on-farm culture: risk of postcalving
intramammary infection and clinical mastitis in the
subsequent lactation. Journal of dairy science, 97, 270–84
(Elsevier)
Canning, P., Hassfurther, R., TerHune, T., Rogers, K., Abbott, S.
& Kolb, D., 2017. Efficacy and clinical safety of
pegbovigrastim for preventing naturally occurring clinical
mastitis in periparturient primiparous and multiparous cows
on US commercial dairies Journal of Dairy Science, 100,
6504–6515 (Elsevier)
Carneiro, D.M.V.F., Domingues, P.F. & Vaz, A.K., 2009.
Imunidade inata da glândula mamária bovina: resposta à
40
infecção Ciência Rural, 39, 1934–1943
Cha, E., Hertl, J., Schukken, Y., Tauer, L., Welcome, F. &
Gröhn, Y., 2016. Evidence of no protection for a recurrent
case of pathogen specific clinical mastitis from a previous
case Journal of Dairy Research, 83, 72–80 (Cambridge
University Press)
Chaneton, L., Tirante, L., Maito, J., Chaves, J. & Bussmann,
L.E., 2008. Relationship Between Milk Lactoferrin and
Etiological Agent in the Mastitic Bovine Mammary Gland
Journal of Dairy Science, 91, 1865–1873
Dahl, M.O., De Vries, A., Maunsell, F.P., Galvao, K.N., Risco,
C.A. & Hernandez, J.A., 2018. Epidemiologic and
economic analyses of pregnancy loss attributable to mastitis
in primiparous Holstein cows Journal of Dairy Science, 0
(Elsevier)
De Vliegher, S., Fox, L.K., Piepers, S., McDougall, S. &
Barkema, H.W., 2012. Invited review: Mastitis in dairy
heifers: Nature of the disease, potential impact, prevention,
and control Journal of Dairy Science, 95, 1025–1040
(Elsevier)
De Vliegher, S., Ohnstad, I. & Piepers, S., 2018. Management
and prevention of mastitis: A multifactorial approach with a
focus on milking, bedding and data-management Journal of
Integrative Agriculture, 17, 1214–1233 (Elsevier)
Dhakal, K., Tiezzi, F., Clay, J.S. & Maltecca, C., 2016. Causal
relationships between clinical mastitis events, milk yields
and lactation persistency in US Holsteins Livestock Science,
189, 8–16
Dingwell, R.T., Kelton, D.F. & Leslie, K.E., 2003. Management
of the dry cow in control of peripartum disease and mastitis
Veterinary Clinics of North America: Food Animal Practice,
19, 235–265 (Elsevier)
Fox, L.K. & Cumming, M.S., 1996. Relationship between
41
thickness, chapping and Staphylococcus aureus colonization
of bovine teat tissue. The Journal of Dairy Research, 63,
369–75
Gao, J., Barkema, H.W., Zhang, L., Liu, G., Deng, Z., Cai, L.,
Shan, R., Zhang, S., Zou, J., Kastelic, J.P. & Han, B., 2017.
Incidence of clinical mastitis and distribution of pathogens
on large Chinese dairy farms. Journal of dairy science, 100,
4797–4806 (American Dairy Science Association)
Heikkilä, A.-M., Liski, E., Pyörälä, S. & Taponen, S., 2018.
Pathogen-specific production losses in bovine mastitis.
Journal of dairy science, 0 (Elsevier)
Henderson, A.C., Hudson, C.D., Bradley, A.J., Sherwin, V.E. &
Green, M.J., 2016. Prediction of intramammary infection
status across the dry period from lifetime cow records
Journal of Dairy Science, 99, 5586–5595 (Elsevier)
Hertl, J.A., Schukken, Y.H., Tauer, L.W., Welcome, F.L. &
Gröhn, Y.T., 2018. Does clinical mastitis in the first 100
days of lactation 1 predict increased mastitis occurrence and
shorter herd life in dairy cows? Journal of Dairy Science,
101, 2309–2323 (Elsevier)
Hogeveen, H., Huijps, K. & Lam, T., 2011. Economic aspects of
mastitis: New developments New Zealand Veterinary
Journal, 59, 16–23 ( Taylor & Francis )
Naqvi, S.A., De Buck, J., Dufour, S. & Barkema, H.W., 2018.
Udder health in Canadian dairy heifers during early
lactation Journal of Dairy Science, 101, 3233–3247
(Elsevier)
Oliver, S.P., Gillespie, B.E., Ivey, S.J., Lewis, M.J., Johnson,
D.L., Lamar, K.C., Moorehead, H., Dowlen, H.H., Chester,
S.T. & Hallberg, J.W., 2004. Influence of Prepartum
Pirlimycin Hydrochloride or Penicillin-Novobiocin Therapy
on Mastitis in Heifers During Early Lactation Journal of
Dairy Science, 87, 1727–1731 (Elsevier)
42
Oliver, S.P. & Mitchell, B.A., 1983. Susceptibility of bovine
mammary gland to infections during the dry period. Journal
of dairy science, 66, 1162–6 (Elsevier)
Oviedo-Boyso, J., Valdez-Alarcón, J.J., Cajero-Juárez, M.,
Ochoa-Zarzosa, A., López-Meza, J.E., Bravo-Patiño, A. &
Baizabal-Aguirre, V.M., 2007. Innate immune response of
bovine mammary gland to pathogenic bacteria responsible
for mastitis Journal of Infection, 54, 399–409 (W.B.
Saunders)
Owens, W.E., Nickerson, S.C., Boddie, R.L., Tomita, G.M. &
Ray, C.H., 2001. Prevalence of Mastitis in Dairy Heifers
and Effectiveness of Antibiotic Therapy Journal of Dairy
Science, 84, 814–817 (Elsevier)
Paduch, J.-H., Mohr, E. & Krömker, V., 2012. The association
between teat end hyperkeratosis and teat canal microbial
load in lactating dairy cattle Veterinary Microbiology, 158,
353–359 (Elsevier)
Pantoja, J.C.F., Hulland, C. & Ruegg, P.L., 2009. Somatic cell
count status across the dry period as a risk factor for the
development of clinical mastitis in the subsequent lactation
Journal of Dairy Science, 92, 139–148 (Elsevier)
Parker, K.I., Compton, C.W.R., Anniss, F.M., Heuer, C. &
McDougall, S., 2008. Quarter-Level Analysis of Subclinical
and Clinical Mastitis in Primiparous Heifers Following the
Use of a Teat Sealant or an Injectable Antibiotic, or Both,
Precalving Journal of Dairy Science, 91, 169–181 (Elsevier)
Pecorini, C., Sassera, D., Rebucci, R., Saccone, F., Bandi, C. &
Baldi, A., 2010. Evaluation of the protective effect of
bovine lactoferrin against lipopolysaccharides in a bovine
mammary epithelial cell line Veterinary Research
Communications, 34, 267–276
Pezeshki, A., Stordeur, P., Wallemacq, H., Schynts, F., Stevens,
M., Boutet, P., Peelman, L.J., De Spiegeleer, B., Duchateau,
43
L., Bureau, F. & Burvenich, C., 2011. Variation of
inflammatory dynamics and mediators in primiparous cows
after intramammary challenge with Escherichia coli
Veterinary Research, 42, 15 (BioMed Central)
Rainard, P. & Riollet, C., 2003. Mobilization of neutrophils and
defense of the bovine mammary gland Reproduction,
nutrition, development, 43, 439–57
Rowbotham, R.F. & Ruegg, P.L., 2015. Association of bedding
types with management practices and indicators of milk
quality on larger Wisconsin dairy farms Journal of Dairy
Science, 98, 7865–7885 (Elsevier)
Rowbotham, R.F. & Ruegg, P.L., 2016. Associations of selected
bedding types with incidence rates of subclinical and
clinical mastitis in primiparous Holstein dairy cows. Journal
of dairy science, 99, 4707–4717
Ruegg, P.L., 2012. New Perspectives in Udder Health
Management Veterinary Clinics of North America: Food
Animal Practice, 28, 149–163 (Elsevier)
Scherpenzeel, C.G.M., den Uijl, I.E.M., van Schaik, G.,
Riekerink, R.G.M.O., Hogeveen, H. & Lam, T.J.G.M.,
2016. Effect of different scenarios for selective dry-cow
therapy on udder health, antimicrobial usage, and
economics. Journal of dairy science, 99, 3753–3764
(Elsevier)
Sordillo, L.M., 2005. Factors affecting mammary gland
immunity and mastitis susceptibility Livestock Production
Science, 98, 89–99 (Elsevier)
Sordillo, L.M., 2018. Symposium review: Oxylipids and the
regulation of bovine mammary inflammatory responses 1
Journal of Dairy Science, 101, 5629–5641
Sordillo, L.M. & Streicher, K.L., 2002. Mammary Gland
Immunity and Mastitis Susceptibility,
Steeneveld, W., Hogeveen, H., Barkema, H.W., van den Broek,
44
J. & Huirne, R.B.M., 2008. The Influence of Cow Factors
on the Incidence of Clinical Mastitis in Dairy Cows Journal
of Dairy Science, 91, 1391–1402 (Elsevier)
Stein, B.N., Gamble, J.R., Pitson, S.M., Vadas, M.A. & Khew-
Goodall, Y., 2003. Activation of endothelial extracellular
signal-regulated kinase is essential for neutrophil
transmigration: potential involvement of a soluble
neutrophil factor in endothelial activation. Journal of
immunology (Baltimore, Md. : 1950), 171, 6097–104
(American Association of Immunologists)
Timonen, A.A.E., Katholm, J., Petersen, A., Orro, T., Mõtus, K.
& Kalmus, P., 2018. Elimination of selected mastitis
pathogens during the dry period Journal of Dairy Science,
101, 1–7 (Elsevier)
Trevisi, E. & Minuti, A., 2018. Assessment of the innate immune
response in the periparturient cow Research in Veterinary
Science, 116, 47–54 (W.B. Saunders)
Vasquez, A.K., Nydam, D. V, Foditsch, C., Wieland, M., Lynch,
R., Eicker, S. & Virkler, P.D., 2018. Use of a culture-
independent on-farm algorithm to guide the use of selective
dry-cow antibiotic therapy. Journal of dairy science, 101,
5345–5361 (Elsevier)
Vilar, M.J., Hovinen, M., Simojoki, H. & Rajala-Schultz, P.J.,
2018. Short communication: Drying-off practices and use of
dry cow therapy in Finnish dairy herds. Journal of dairy
science, 101, 7487–7493 (Elsevier)
Wittek, T., Tichy, A., Grassauer, B. & Egger-Danner, C., 2018.
Retrospective analysis of Austrian health recording data of
antibiotic or nonantibiotic dry-off treatment on milk yield,
somatic cell count, and frequency of mastitis in subsequent
lactation. Journal of dairy science, 101, 1456–1463
(Elsevier)
Zadoks, R.N., Gillespie, B.E., Barkema, H.W., Sampimon, O.C.,
45
Oliver, S.P. & Schukken, Y.H., 2003. Clinical,
epidemiological and molecular characteristics of
Streptococcus uberis infections in dairy herds Epidemiology
and Infection, 130, S0950268802008221 (Cambridge
University Press)
46
Hipocalcemia puerperal bovina3
Transtornos metabólicos
3
Tradução de Félix Gonzalez (Faculdade de Veterinária, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul).
4
Departamento Patología y Clínica de Rumiantes, Facultad de Veterinaria,
Universidad de La República, Uruguay.
5
Centro Diagnóstico Veterinario de Florida, Uruguay.
6
Universidade de Santiago de Compostela, Lugo, España.
47
rendimento, porém são animais mais suscetíveis de sofrer
enfermidades provocadas por uma alteração do metabolismo devido
à sobrecarga da atividade metabólica que exigem os maiores níveis
produtivos. Nessas vacas, o metabolismo energético, proteico e
mineral frequentemente está alterado (Corbellini, 2000; Overton et
al., 2017). Esse aumento da produção induz una maior frequência e
intensidade de apresentação das enfermidades metabólicas o da
produção, provocadas por um desequilíbrio entre os nutrientes que
ingressam no organismo, seu metabolismo e os egressos através das
fezes, urina, leite, feto, etc. Lamentavelmente, a maioria destas
enfermidades são de difícil percepção limitando a produção de forma
persistente e diminuindo a rentabilidade (Payne, 1981; Overton et al.,
2017).
48
nutrientes para sustentar um estado fisiológico, como por
exemplo, a lactação. Para a manutenção da gestação e o preparo
da lactação são necessárias adaptações metabólicas nos tecidos
de uma forma coordenada (Bauman & Currie, 1980; Van Saun,
1997). Os tecidos primários de adaptação são homeorréticos e,
neste grupo, estão os tecidos adiposo, musculoesquelético e
hepático. As mudanças metabólicas associadas com a transição
desde a gestação até a lactação ocorrem em todos os animais,
incluídos aqueles bem alimentados. Entretanto, estas mudanças
metabólicas podem ser exageradas quando o fornecimento
dietético de energia, proteínas ou minerais são insuficientes, o
que leva à manifestação de transtornos metabólicos (Van Saun,
1997).
49
1997). Por exemplo, se uma vaca sofrer hipocalcemia puerperal
(HP) tem 4 vezes mais probabilidade de ter retenção de placenta
e 2 a 3 vezes más de ter deslocamento de abomaso. A retenção
de placenta aumenta 16,4 vezes a probabilidade de sofrer cetose,
e as vacas com deslocamento de abomaso são 1,8 vezes mais
propensas de sofrer HP, retenção de placenta ou cetose (Curtis et
al., 1983). É, portanto, evidente que se uma vaca está sadia
durante o período de transição, cabe esperar um período de
lactação produtivo e com grandes expectativas de uma boa
eficiência reprodutiva (Van Saun, 1997).
50
Hipocalcemia puerperal
51
neurotransmissão, contração muscular e regulação hormonal
podem ser afetadas (Blood & Radostits, 1992; Corbellini, 2000;
Radostits, 2001). A forma clínica do transtorno (paresia
puerperal hipocalcêmica) apresenta-se principalmente em granjas
leiteiras intensivas. A incidência média pode estimar-se entre 5 a
10%. É observada mais frequentemente em vacas de alta
produção e de mais idade (Radostits, 2001; Stöber, 2005).
O cálcio no organismo
52
Fisiopatologia da hipocalcemia
53
Os mecanismos de homeostase que regulam a calcemia
interveem rapidamente restituindo o Ca por três vias (Holmes,
2003): (a) absorção intestinal de cálcio, (b) liberação de cálcio
dos ossos para o sangue e (c) reabsorção cálcio em nível renal. O
atraso no início dos mecanismos de homeostase é a causa mais
importante da HP (Alonso, 1997). Existem três fatores que
afetam a homeostase do Ca e as variações de um ou mais deles
parecem ter importância decisiva no desencadeamento do
transtorno: (1) Perda excessiva de Ca para o colostro (Alonso,
1997): um alto potencial genético e boa alimentação energética e
proteica no pré-parto, principalmente quando há ganho da
condição corporal de 20 a 30 dias antes do parto, predispõem ao
transtorno porque a secreção inicial de colostro é abundante
(Corbellini 2000; Roche, 2003). (2) Diminuição na absorção de
Ca no intestino: na absorção intestinal de Ca participam dois
mecanismos de transporte -ativo e passivo- através das células
epiteliais do intestino delgado. O transporte ativo, que é o mais
importante, realiza-se com mediação do hormônio da
paratireoide (PTH) e da vitamina D3, enquanto transporte passivo
ocorre por diferença de gradientes de concentração (Alonso,
1997). (3) A mobilização de Ca a partir dos depósitos de Ca
ósseo pode não ser suficientemente rápida para manter a
calcemia (Alonso, 1997): durante períodos de baixa ingesta de
Ca, o osso é a maior fonte deste mineral (Horst et al.,1997). O Ca
existe no osso em dois estados, uma pequena quantidade está
54
facilmente disponível em solução ao redor das células
trabeculares ósseas e os canalículos ósseos (Horst et al.,1997). O
Ca solúvel que se encontra nos fluidos do osso é separado dos
fluidos extracelulares pelas células ósseas sinciciais sob
estimulação do PTH. Estas células rapidamente transferem os
fluidos cálcicos do osso à corrente sanguínea (Goff et al., 2004;
Horst et al.,1997). A quantidade de Ca proveniente dos fluidos
ósseos em vacas leiteiras adultas alimentadas com dietas de alto
conteúdo de forragens pode ser estimado entre 6 a 10 g de Ca por
dia (Goff & Horst, 1997).
55
extracelular e regular o metabolismo ósseo (Holmes, 2004; Horst
et al., 1997). Outros hormônios como os estrógenos, andrógenos,
hormônio do crescimento e cortisol também afetam o
metabolismo do cálcio (Holmes, 2004).
PTH
56
Calcitonina
Vitamina D₃
57
se não for sintetizada em quantidades suficientes, deve ser
ingerida (Holmes, 2004). Atua sinergicamente com PTH
aumentando o Ca sanguíneo por estimular a liberação óssea e
aumentar a reabsorção renal de Ca (Horst et al.,1997). A
vitamina D₃ (DHCC) é importante por estimular o transporte do
cálcio ingerido na dieta através do epitélio intestinal (Horst et
al.,1997). O Ca pode ser absorvido através do intestino por
mecanismos dependente e independente do DHCC. No caso do
mecanismo independente, a absorção de Ca é primariamente por
difusão passiva (Oetzel, 2002) enquanto no mecanismo
dependente de DHCC a absorção ocorre por transporte ativo
através das células do epitélio intestinal, o que ocorre quando a
dieta é baixa ou quando a demanda é alta em Ca (Horst et
al.,1997; Hove & Hilde, 1984; Oetzel, 2002). Este processo
requer DHCC, o qual estimula a síntese de uma proteína que
transporta o Ca através das células do epitélio intestinal (Horst et
al.,1997).
58
as vacas nessa etapa da vida reprodutiva excedem os
requerimentos de Ca, de modo que as demandas de Ca para a
manutenção dos tecidos corporais e o desenvolvimento do feto
podem ser cobertas totalmente sem a absorção dependente da
vitamina D (Oetzel, 2002). Durante os primeiros dias de
lactação, a homeostase do Ca é restaurada pelo PTH, que reduz
as perdas urinárias de Ca, estimula a liberação de Ca dos ossos e
aumenta a síntese de DHCC, melhorando o transporte intestinal
ativo de Ca (Oetzel, 2002).
59
2001). Em geral, os vertebrados mantêm a calcemia com
eficiência, com exceção das vacas parturientes adultas leiteiras,
as quais desenvolvem hipocalcemia (Horst et al., 1994). Os
processos de absorção intestinal (Hove & Hilde, 1984) e de
liberação óssea de Ca estão sob a influência da regulação
endócrina do Ca, o PTH e o DHCC. Algumas desordens
endócrinas resultantes de deficiência ou excesso de PTH ou
vitamina D foram hipotetizados como defeitos primários em
vacas com HP, porém essas hipóteses foram rejeitadas quando
pesquisadores acharam níveis elevados de PTH e DHCC no
sangue de animais que sofriam paresia puerperal hipocalcêmica
(Corbellini, 1998; Horst et al., 1994). As lesões celulares
envolvidas ainda permanecem sem serem identificadas (Horst et
al., 1994), mas a etiologia da paresia puerperal hipocalcêmica
ainda é motivo de estudo, pois não se conhece a forma detalhada
de todos os mecanismos metabólicos envolvidos. Uma falta de
resposta do tecido ósseo à ação mobilizadora de Ca e P por parte
do PTH e o DHCC, devido a um estado de alcalose metabólica,
parece ser a causa mais provável (Contreras, 2002b; Corbellini,
1998; Corbellini, 2000; Goff et al., 2008).
Alcalose metabólica
60
A alcalose metabólica predispõe as vacas à HP clínica e
subclínica. Nesse caso, a conformação dos receptores do PTH
sofrem alteração fazendo menos sensíveis os tecidos ósseo e
renal ao PTH. A alcalose metabólica decorre, em grande medida,
de uma dieta com predomínio catiônico (K+, Na+, Ca2+ e Mg2+)
sobre os ânions (cloretos, fosfatos e sulfatos) no sangue (Goff,
2008).
Hipomagnesemia
61
compensação na absorção de Mg. Um aumento da concentração
de K na dieta entre 2,6 a 4,3% reduz a absorção de Mg em
aproximadamente 82% (Roche, 2003). Também o excesso de
amônio ruminal, produzido por excesso de proteína degradável
ou deficiência de energia na dieta, provocam interferência na
absorção de Mg (Contreras, 2002a). Foi observado que 70% das
vacas em sistemas de pastoreio eram hipomagnesêmicas no dia
do parto (Roche, 2003). Albornoz (2006) observou uma
tendência a incremento de Mg no dia do parto, embora os valores
possam ser considerados hipomagnesêmicos. As vacas nesse
estudo mostraram hipomagnesemia com valores que se elevaram
no dia do parto (1,78 ± 0,26 mg/dL; n= 35) aproximando-se aos
limites inferiores de referência (1,8 mg/dL). Venjakob et al.
(2017) encontraram uma correlação negativa entre Ca e Mg
indicando a importância de estudos mais aprofundados sobre a
regulação fisiológica desses minerais ao redor do parto.
Desenvolvimento da hipocalcemia
62
de mobilização de Ca, se apresenta o transtorno metabólico
conhecido como paresia puerperal hipocalcêmica ou febre do
leite). As causas de uma mobilização insuficiente de cálcio são:
(1) Síntese ou secreção insuficiente de PTH, hormônio
responsável pela extração de Ca e P do osso para aumentar suas
concentrações no sangue. (2) Síntese insuficiente do precursor da
vitamina D, a qual promove a absorção de Ca no intestino. (3)
Insuficiente resposta dos tecidos (rim, osso, intestino) aos
estímulos de PTH e/ou DHCC. (4) Diminuição do apetite por
doenças concomitantes. (5) Hipomagnesemia, que altera a
secreção de PTH e o metabolismo da vitamina D. (6) Estresse,
que favorece a secreção da calcitonina, hormônio
hipocalcemiante.
Raça
63
baixo número de receptores pode resultar de uma perda de tecido
sensível ao DHCC (Horst et al.., 1997; Houe et al., 2001).
Idade
Dieta
64
Condição corporal
Nível de produção
65
Pela ação coordenada de órgãos como fígado, rim,
intestino delgado e osso e através da ação homeostática dos
hormônios calciotrópicos, aumenta a capacidade intestinal de
absorção intestinal de Ca, sua mobilização (ressorção) óssea e
sua reabsorção renal de Ca. Uma falha nesses mecanismos
geralmente causada por erros de manejo no pré-parto, pode levar
não somente a uma alta incidência de HP clínica, mas também
HP subclínica, responsável por transtornos como partos
demorados e retenção de placenta (Corbellini, 1997). A paresia
puerperal ou febre do leite é a manifestação clínica da HP, sendo
um dos distúrbios metabólicos mais comuns do periparto na vaca
leiteira multípara (Risco, 2001b). Embora não esteja totalmente
esclarecida a relação entre hipocalcemia e paralisia muscular
flácida, os íons de Ca têm importância na condução do estímulo
nervoso e nas células musculares, bem como na transmissão do
estímulo da placa motora terminal e na contração muscular
(Stöber, 2005). Os sinais clínicos ocorrem por mudanças no tono
neuromuscular, paralisia flácida e, eventualmente, coma. A
maioria dos casos não tratados morrem entre 1 a 2 dias (Houe et
al., 2001; Risco, 2001b). Foi observado que a paresia ou paralisia
esteve associada com níveis de Ca plasmático inferiores a 4,0 ou
5,0 mg/dL (Oetzel, 1996; Risco, 2001a). Nem todas as vacas que
sofrem HP desenvolvem os sinais clínicos.
66
A HP causa um aumento significativo na incidência de
outras enfermidades, tais como mastite, retenção de placenta,
deslocamento de abomaso, distocias e cetose, as quais
evidentemente agravam o BEN e atentam contra a vida produtiva
da vaca (Corbellini, 2000). Além do mais, reduzem a capacidade
das células do sistema imunitário em resposta a estímulos
contribuindo ao aumento de doenças infecciosas como mastite e
metrite (Reinhardt, 2011). A diminuição de Ca no sangue reduz a
contratilidade muscular, começando pela musculatura lisa
(Corbellini, 2000), diminuindo consequentemente a motilidade
do rúmen e do abomaso, aumentando a incidência de
deslocamento de abomaso e reduzindo o consumo. A redução da
contratilidade muscular também impede o eficiente fechamento
do mamilo, o que leva a aumentar a frequência de mastite
(Reinhardt, 2011).
67
A produção de leite também se vê afetada. Assim, se
encontrou que vacas com HP tiveram uma redução na produção
de leite entre 1,1 a 2,9 kg/dia (Houe et al., 2001), considerando
apenas o efeito direto, pois se fossem considerados os efeitos
indiretos, a perda de leite seria maior, por exemplo, efeitos por
infecção do trato reprodutivo e alongamento do período parto-
concepção. O peso corporal também é afetado notando perdas de
peso consideráveis (Houe et al., 2001)
Prevenção da hipocalcemia
68
o parto (Afshar et al., 2018). (e) Administração de vitamina D ou
metabolitos análogos 2 a 5 dias antes do parto, tratamento que
aumenta efetivamente a absorção de Ca no intestino. Este
tratamento não tem efeito se a vaca pare antes. Como nem
sempre é possível predizer o momento exato do parto, se deve
desaconselhar a repetição do tratamento pois implica o perigo de
calcinose por hipervitaminose D₃ (Bostedt & Bless, 1993; Goff,
1989; Goff, 2008; Stöber, 2005).
Ingesta de magnésio
69
Lean, 2009; Contreras 2002a; Bednarek et al., 2000; Wang et al.,
1994). Existe concorrência entre o Mg e o Ca para sua absorção
no intestino e sua reabsorção nos túbulos renais (Contreras,
2002a; Wang et al., 1994). Mais importante é que deficiência de
Mg pode diminuir a mobilização de Ca ósseo (Corbellini, 1998;
Roche, 2003). Foi observado que quando se alimentam vacas
com 71 g de Mg/dia durante o período seco existe maior
mobilização de Ca ósseo que quando se alimentam com 17 g de
Mg/dia (Wang et al., 1994). À medida que se aprofunda no
conhecimento da etiopatogenia da HP, se desenvolvem métodos
preventivos, geralmente encaminhados a aumentar de forma mais
rápida a disponibilidade de Ca sanguíneo, seja pelo incremento
na taxa de absorção intestinal ou seja pela mobilização óssea
(Alonso, 1997).
Medidas profiláticas
70
- Dietas com baixo conteúdo de Ca: As recomendações
dietárias prévias ao parto têm por objetivo preparar a vaca para
que a homeostase do Ca funcione de forma ótima no início da
lactação. Com baixo fornecimento de Ca no pré-parto favorece-
se a absorção ativa intestinal e rápida liberação óssea (Contreras,
2002b; Goff & Horst, 1997; Goff et al., 2004). Para isto, é
necessário que a vaca consuma menos de 20 g de Ca/dia, o que
com a alimentação habitual é difícil (Stöber, 2005). A ingesta de
Ca durante o pré-parto pode ser restrita substituindo em parte ou
totalmente a forragem de leguminosas na dieta por forragem seca
de gramíneas, silagem de milho e/ou concentrados, porém é
difícil atingir menos de 50 g/dia, o que não resulta efetivo para
prevenir a HP (Oetzel, 1993).
71
absolutas de cada mineral separadamente (Rajaratne et al., 1994;
Alonso, 1997). Contreras et al. (1996) e Roche et al. (2013)
estudaram perfis metabólicos em sistemas de pastoreio,
encontrando que a relação Ca/P é menor em vacas gestantes do
que em vacas em lactação. Albornoz (2014) observa que a
relação Ca/P é variável conforme a estação do ano encontrando
que, no outono, a relação é menor em vacas gestantes (1,66 ±
0,31) do que em lactantes (1,92 ± 0,44) enquanto na primavera, a
relação é maior em vacas gestantes (1,89 ± 0,45) do que em
lactantes (1,75 ± 0,42). Alguns autores opinam que a
hipofosfatemia é a maior causa de recidivas e pobres respostas na
rotina de terapia para a HP clínica (Kojouri & Karimzadeh,
2002). Recomenda-se para rebanhos leiteiros 0,42% de P na
matéria seca (MS) ingerida e uma relação Ca/P de 1,4 (Call et al.,
1987; Gerloff et al., 1996). Também é recomendado o
fornecimento de 0,25% de Mg na MS ingerida (Albornoz, 2006).
72
BCAD (García 1997; Goff et al., 2004). Uma dieta predominante
em ânions é considerada acidogênica, enquanto uma dieta
predominante em cátiones é alcalogênica. Em uma dieta rica em
Cl e S, a redução do BCAD pode causar as seguintes mudanças
fisiológicas: aumento na concentração de H+ no sangue,
diminuição na concentração de bicarbonato sanguíneo, descenso
do pH sanguíneo, redução do bicarbonato urinário, redução do
pH urinário e redução da ingesta de matéria seca (Charbonneau
et al., 2006; Oetzel, 2000). Esses efeitos são importantes na vaca
seca, pois permitem a manipulação fisiológica da vaca através de
modificações dietéticas. O descenso do pH sanguíneo mobiliza
Ca ósseo para neutralizar a acidez (sai como carbonato de Ca),
ao tempo que incrementa a absorção intestinal de Ca, reduzindo a
incidência do transtorno (García 1997; Oetzel 2002). Trabalhos
sugerem que o uso do BCAD resulta em: (a) diminuição dos
casos clínicos de HP (Chan et al., 2005; Charbonneau et al.,
2006; Oetzel, 1993; Oetzel, 2002); (b) incremento na produção
de leite (Oetzel, 1993; Risco, 2001a); e (c) melhora no
desempenho reprodutivo (Oetzel, 1993a; Risco, 2001a). Outros
trabalhos sugerem que um BCAD menos positivo reduziria os
níveis de K, o que aumentaria a absorção de Mg, melhorando a
capacidade das vacas para manter a homeostase do Ca (Roche,
2003). A acidificação artificial da ração só é possível de forma
limitada porque sua palatabilidade diminui se o BCAD reduz
mais de 300 mEq/kg MS de alimento. Deve evitar-se uma
73
diminuição da ingesta nesta fase crítica porque aumenta o risco
de aumentar o BEN (Stöber, 2005).
74
excessivas de ClCa2 podem induzir acidose metabólica e causar
inapetência em um momento em que a ingesta de alimento já está
comprometida (Goff & Horst, 1993; Goff & Horst, 1994). Uma
alternativa aos sais de Ca, é o propionato de Ca, que é fornecido
em um preparado de pasta espesso e pode aumentar o Ca
sanguíneo. Os efeitos de aumento da calcemia não são tão
rápidos como com o ClCa2 mas a atividade do propionato de Ca é
mais prolongada (Goff & Horst, 1994), não tem efeito
acidificante do pH sanguíneo (Goff & Horst, 1994) e serve como
precursor gliconeogénico diminuindo o BEN (Alonso, 1997;
Corbellini, 2000; Goff, 2004). A desvantagem é que tem apenas
21% de Ca, pelo que requer o fornecimento de grande volume de
preparado oral.
75
tratamento, mortes (15 a 30% dos animais são refratários a uma
ou duas aplicações parenterais de borogluconato de Ca) e
complicações secundárias, como atonia ruminal, perda de apetite,
mastite clínica, retenção de placenta, metrite, degeneração e
necrose de células musculares (principalmente membros
posteriores), e pneumonia por aspiração (Corbellini, 1998),
podendo reduzir a vida produtiva da vaca em 3,4 anos (Alonso,
1997; Horst et al., 1997).
76
Bibliografia
Afshar S., Rasooli A., Nouri M., Shahryari A., Khosravi M.,
Constable P. (2018). Effect of postparturient oral calcium
administration on serum total calcium concentration in
Holstein cows fed diets of different dietary cation-anion
difference in late gestation. Research in Veterinary Science,
117: 118-124.
Albornoz L. (2006). Hipocalcemia puerperal: variaciones de
minerales en el periparto y evaluación de tratamientos. Tesis
de Maestría en Salud Animal. Facultad de Veterinaria,
Universidad de La República, Uruguay.
Albornoz L. (2014). Estudio comparativo del balance energético
negativo peripartal en vacas lecheras en diferentes sistemas
de producción en Uruguay y España. Tesis de Doctorado.
Facultad de Veterinaria, Universidade de Santiago de
Compostela, Lugo, España.
Alonso A.J. (1997). Profilaxis de la paresia puerperal
hipocalcémica bovina. Med Vet 14: 610-614.
Bauman D. E., Currie W. B. (1980). Partitioning of nutrients
during pregnancy and lactation: a review of mechanisms
involving homeostasis and homeorhesis. J Dairy Sci 63:
1514-1529.
Bednarek D., Kondracki M., Gzeda M. (2000). Magnesium and
calcium in prophylaxis of parturient paresis in dairy cows.
Abstracts. Medycyna Weterynaryjna 56: 367-371.
Blood D.C, Radostits O.M. (1992). Medicina Veterinaria.
Volumen II Séptima edición. McGaw-Hill. 1059 p.
77
Bostedt H., Bless S. (1993). Investigations of the effect of
various prophylactic measures on the incidence of bovine
milk fever. Abstracts. Tierarztliche Umschau 48: 424-431.
Call J.W., Butcher J.E., Shupe J.L, Lamb R.C., Boman R.L.,
Olson A.E. (1987). Clinical effects of low dietary
phosphorus concentrations in feed given to lactating dairy
cows. Am J Vet Res 1: 133-136.
Chan P.S., West J.W., Bernard J.K., Fernandez J.M. (2005).
Effects of dietary cation-anion difference on intake, milk
yield, and blood components of the early lactation cow. J
Dairy Sci 88: 4384-4392.
Charbonneau E., Pellerin D., Oetzel G. (2006). Impact of
lowering dietary cation-anion difference in nonlactating
dairy cows: a meta-analysis. J Dairy Sci 89: 537-548.
Contreras, P. (1998). Síndrome de movilización grasa en vacas
lecheras al inicio de la lactancia y sus efectos en salud y
producción de los rebaños. Arch Med Vet 30:17-27.
Contreras P. (2002a). Hipomagnesemia: efectos y
procedimientos de prevención en los rebaños. VII Congreso
de la Sociedad Española de Medicina Interna Veterinaria.
León: Universidad de León: 20-29.
Contreras P. (2002b). Paresia puerperal hipocalcémica. VII
Congreso de la Sociedad Española de Medicina Interna
Veterinaria. León. Universidad de León: 30-34.
Corbellini C. (1997). Nutrición y fertilidad en vacas lecheras
influencia del plano energético proteico y formas de
monitoreo. Primeras Jornadas de Reproducción Bovina.
Villa María, Argentina, p. 21-27.
Corbellini C. (1998). Anais do Seminario internacional sobre
deficiencias minerais em rumiantes. UFRGS, Porto Alegre,
RS, Brasil.
78
Corbellini C. (2000). Influencia de la nutrición en las
enfermedades de la producción de las vacas lecheras en
transición. XXI Congreso Mundial de Buiatría, Punta del
Este, Uruguay, 689: 16.
Curtis, C.R., Erb, H.N., Sniffen, C.J., Smith, R.D., Powers, P.A.,
Smith, M.C., White, M.E., Hillman, R.B., Pearson, E.J.
(1983). Association of parturient hypocalcemia with eight
periparturient disorders in Holstein cows. JAVMA 183:
559-561.
De Garis P.J., Lean I.J. (2009) Milk fever in dairy cows: A
review of pathophysiology and control principles. The
Veterinary Journal 176: 58–69.
Dhiman T.R., Sasidharan V. (1998). Effectiveness of calcium
chloride in increasing blood calcium concentrations of
periparturient dairy cows. J Anim Sci 77: 1597-1605.
Dishington I.W. (1975). Prevention of milk fever (hypocalcemic
paresis puerperalis) by dietary salt supplements. Acta Vet
Scand 16: 503-512.
Dyk, P.B., Emery, R.S., Liesman, J.L., Bucholtz, H.F.,
VandeHaar, M.J. (1995). Prepartum non esterified fatty
acids in plasma are higher in cows developing periparturient
health problems. J Dairy Sci 78 (Suppl. 1): 264, Abstract
P337.
Ferguson J.D., Galligan D.T., Thomsen N. (1994). Principal
descriptors of body condition score in Holstein cows. J
Dairy Sci 77: 2695.
Fernández G. (2009). El periodo de transición en la vaca lechera.
Sistema de Revisiones en Investigación Veterinaria de San
Marcos. Seminario Avanzado de Investigación-Cajamarca,
Universidad Nacional de Cajamarca, Perú, p. 1-5.
García A. (1997). El empleo del balance iónico para prevenir la
hipocalcemia. Prácticas Veterinarias, Uruguay. Año 3: 78.
79
Gerloff, B., Swenson J. (1996). Acute recumbency and marginal
phosphorus deficiency in dairy cattle. JAVMA 5: 716-719.
Goff J.P., Kehrli M.E., Horst R.L. (1989) Periparturient
hypocalcemia in cows: prevention using intramuscular
parathyroid hormone. J Dairy Sci 72: 1182-1187.
Goff J.P., Horst R.L. (1993). Oral administration of calcium salts
for treatment of hypocalcemia in cattle. J Dairy Sci 76: 101-
108.
Goff J.P., Horst R.L. (1994). Calcium salts for trating
hypocalcemia: carrier effects, acid base balance, and oral
versus rectal administration. J Dairy Sci 77: 1451-1456.
Goff J.P., Jardon P.W., Wedom J., Horst R.L. (1995). Field trials
of an oral calcium propionate paste as an aid in preventing
hypocalcemia and ketosis. J Dairy Sci 78 Suppl 1,105: 186.
Goff J.P., Horst R.L. (1997). Effects of the addition of potassium
or sodium, but not calcium, to prepartum rations on milk
fever in dairy cows. J Dairy Sci 80: 176-186.
Goff J.P., Ruiz R., Horst L. (2004). Relative acidifying activity
of anionic salts commonly used to prevent milk fever. J
Dairy Sci. 87: 1245-1255
Goff J.P. (2008). The monitoring, prevention, and treatment of
milk fever and subclinical hypocalcemia in dairy cows. The
Veterinary Journal 176: 50–57
Hernandez J., Risco C., Elliot J. (1999). Effect of oral
administration of a calcium chloride gel on blood mineral
concentrations, parturient disorders, reproductive
performance, and milk production of dairy cows with
retained fetal membranes. JAVMA 215: 72-76.
Holmes C.T. (2003). Trastornos del metabolismo del calcio en
vacas lecheras y su prevención. Residenciado de la
Pontificia Universidad Católica de Chile. Facultad de
80
Agronomía e Ingeniería Forestal. Departamento de
Zootecnia.
Horst R.L., Goff J.P., Reinhardt T.A. (1994). Symposium:
Calcium metabolism and utilization. J Dairy Sci 77: 1936-
1951.
Horst R.L., Goff J.P., Reinhardt T.A. (1997). Strategies for
preventing milk fever in dairy cattle. J Dairy Sci 80:1269-
1280.
Horst R.L., Kimura K., Goff J.P. (1998). Effect of mastectomy
on plasma calcium and vitamin A and E metabolism in the
periparturient dairy cows. National Animal Disease Center,
10th International Conference on Production Diseases in
Farm Animals A8: 34.
Houe H., Ostergaard S., Thilsing Hansen T., Jorgensen R.J.,
Larsen T., Sorensen J.T., Agger J.F., Blom J.Y. (2001).
Milk fever and subclinical hypocalcaemia. An evaluation of
parameters on incidence risk, diagnosis, risk factors and
biological effects as input for a decision support system for
disease control. Acta Vet Scand 42: 1-29.
Hove K., Hilde B.L. (1984). Plasma calcium in the lactating cow:
dependence on continuous intestinal absorption. Can J Anim
Sci 64 (Suppl.): 227-228.
Jonsson G., Pehrson B. (1970). Trials with prophylactic
treatment of parturient paresis. Vet Rec 87: 575-583.
Kojouri G.A., Karimzadeh J. (2002). A study of serum calcium,
phosphorus and magnesium concentrations in cattle affected
with milk fever in Shahrekord district. Abstracts. Journal
Faculty Veterinary Medicine, University of Tehran 57: 69-
71.
Lean I.J., De Garis P.J., McNeil D.M., Block E. (2006).
Hypocalcemia in dairy cows: meta-analysis and dietary
81
cation anion difference theory revisited. J Dairy Sci 89: 669-
684.
Lotthamer K.H. (1992). Influencia de algunos factores
nutricionales sobre metabolitos, enzimas y minerales en el
suero sanguíneo y leche en vacas lecheras. XX
JornadasUruguayas de Buiatria, VII Congreso
Latinoamericano.
Manston B. (1967). The influence of dietary calcium and
phosphorus concentration on their absorption in the cow. J
Agric Sci 68: 263-268.
Mulligan F.J., Doherty M.L. (2008). Production diseases of the
transition cow. The Veterinary Journal 176: 3-9.
Oetzel G. (1993). Use of anionic salts for prevention of milk
fever in dairy cattle. The Compendium 15: 1138-1146.
Oetzel G. (1996). Effect of calcium chloride gel treatment in
dairy cows on incidence of peripartum diseases. JAVMA
209: 958-961.
Oetzel G. (2000). Management of dry cows for the prevention of
milk fever and other mineral disorders. Veterinary Clinics
Food Animal 16: 369-386.
Oetzel G. (2002). The dietary cation-anion difference concept in
dairy cattle nutrition: possibilities and pitfalls. XXII World
Buiatrics Congress Hannover Alemania: 198-208.
Overton T.R., McArt J.A., Nydam D. (2017). A 100-year review:
metabolic health indicators and management of dairy cattle
Journal of Dairy Science 100: 10398-10417.
Payne J.M. (1981). Enfermedades metabólicas de los animales
zootécnicos. Ed. Acribia Zaragoza, España.
Queen G. (1993). Effects of oral administration of a calcium-
containing gel on serum calcium concentration in
postparturient dairy cows. JAVMA 202: 607-609.
82
Radostits O.M., Gay C.C., Blood D.C., Hinchcliff K.W. (2001)
Medicina Veterinaria. Tratado de las enfermedades del
ganado bovino, ovino, porcino, caprino y equino. 9ª edición.
v. II, 1687-1698.
Rajaratne A.A., Scott D., Buchan W. (1994). Effects of a change
in phosphorus requirement on phosphorus kinetics in the
sheep. Res Vet Sci 56: 262-264.
Reinhardt T.A., Lippolis J.D., McCluskey B.J., Goff J.P., Horst
R.L. (2011). Prevalence of subclinical hypocalcemia in
dairy herds. The Veterinary Journal 188: 122–124.
Risco C., Reynolds J., Hird D. (1984). Uterine prolapse and
hypocalcemia in dairy cows. JAVMA 185: 1510-1513.
Risco C. (2001a). Management of the postpartum dairy cow to
maximize pregnancy rate. 34th Annual Conference of the
American Association of Bovine Practicioners, Vancouver.
Risco C. (2001b). Nutritional management of dry cows and
calving related disorders. 34th Annual Conference of the
American Association of Bovine Practitioners, Vancouver.
Roberts T., Chapinal N., LeBlanc S.J., Kelton D.F., Dubuc J.,
Duffield T.F. (2012). Metabolic parameters in transition
cows as indicators for early-lactation culling risk. J. Dairy
Sci. 95: 3057-3063.
Roche J.R. (2003). Hypocalcaemia and DCAD for the pasture-
based transition cow. A review. Acta Vet Scand Suppl. 97:
65-74.
Roche J.R., MacDonald K.A., Schütz K.E., Matthews L. R.,
Verkerk G. A., Meier S., Loor J.J., Rogers A.R., McGowan
J., Morgan S.R., Taukiri S., Webster J.R. (2013). Calving
body condition score affects indicators of health in grazing
dairy cows. J Dairy Sci 96: 5811-25.
83
Rosol T.J., Chew, D.J., Nagode, L.A., Schenck, P. (2000).
Disorders of calcium. hipercalcemia and hipocalcemia. In:
Dibartola, S.P. Fluid therapy in small animal practice, Ed.
Saunders, Philadelphia, pp. 108-162.
Santschi D.E., Lefebvre, D.M., Cue, R.I., Girard, C.L. (2011).
Incidence of metabolic disorders and reproductive
performance following a short (35-d) or conventional (60-d)
dry period management in commercial Holstein herds. J
Dairy Sci 94: 3322-3330.
Stöber M. (2005). Medicina interna y cirugía del bovino. Paresia
puerperal hipocalcemica. Editorial Intermédica 4ª Ed. pp
1125-1132.
Thiede M.A. (1994). Parathyroid hormone related protein: a
regulated calcium mobilizing product of the mammary
gland. J Dairy Sci 77: 1952-1963.
Thilsing H.T., Jorgensen R., Ostergaard, J. (2002). Milk fever
control principles: a review. Acta Vet Scand 43: 1-19.
Underwood E.J. (1983). Los minerales en la nutrición del
ganado. Editorial Acribia, Zaragoza, España.
Van Saun, R.J. (1997). Prepartum nutrition: the key to diagnosis
and management of periparturient disease.
http://vbs.psu.edu/extension-
1/copy_of_resources/pdf/transitioncowhealthandnutrition/pr
epartum%20nutr.pdf/view. Acessado em: 31/05/2014.
Van Saun R.J. (2010). Indicators of dairy cow transition risks
metabolic profiles revisited. XXVI Congreso Mundial de
Buiatría. Santiago, Chile. pp 65-77.
Venjakob P.L., Borchardt S. (2017). Hypocalcemia-cow-level
prevalence and preventive strategies in German dairy herds.
Journal of Dairy Science 100: 9258-9266.
84
Wang C., Risco C., Donovan G., Merrit A., Beede D., Velez J.
(1994). Recent advances in prevention of parturient paresis
in dairy cows. The Compendium 10: 1373-1377.
85
Monitoramento remoto de saúde da vaca em transição
Marcelo Cecim7
7
Universidade Federal de Santa Maria, Cowmed.
86
As expressões de desconforto nos bovinos são muito sutis.
Quando se trabalha com comportamento, é fundamental lembrar
que os bovinos foram inicialmente domesticados para tração,
algo em torno de 8 a 10 mil anos atrás (Albright & Arave, 1997).
Os requisitos básicos para um bom animal de tração são
resistência, mansidão, e sobretudo uma baixa reatividade à
estímulos nocivos. A reação natural destes bovinos ao
desconforto, é a depressão. Os animais que criamos hoje, são em
muito, oriundos deste pool genético pré-selecionado para baixa
expressão de desconforto. Em resumo, sempre fomos muito
tardios em reconhecer animais em desafio ou em estágios iniciais
de alguma doença. À medida que os processos metabólico-
produtivos aceleram e diminuímos nossa intimidade com as
vacas, a detecção de doenças é mais tardia, frequentemente
resultando no diagnóstico de 2 ou mais doenças concomitantes.
87
Questões relativas ao bem-estar de animais de produção, sua
saúde, o uso de antibióticos e o impacto ambiental causado pelo
sistema produtivo, tem pesado bastante no processo decisório nas
propriedades leiteiras (Bewley, 2010). O menor convívio com
cada animal, o aumento no número de tarefas, a falta de
observação e dados individuais tem levado os produtores a tomar
decisões baseados no “achismo” (Chagunda et al., 2006), ou o
uso de protocolos de massa que acabando tendo uma relação
custo:benefício questionável. O uso de sistemas de
monitoramento pode tornar esta tarefa mais racional, visto que a
tomada de decisão deve estar alicerçada, cada vez mais, em
dados do grupo ou do animal que será afetado por qualquer
manejo.
88
monitoramento da unidade produtiva é de uma especificidade
que ainda não é possível na agricultura de precisão, pois seria o
equivalente ao acompanhamento individual de cada planta.
89
outras palavras, é necessário conhecer as vacas para interpretar
seus dados.
90
brincos). Os últimos têm a vantagem de fazer medições nos 3
eixos. Uma diminuição na atividade, ou mais precisamente um
aumento do tempo em ócio pode revelar a tentativa do animal em
combater um desafio. Este pode ser metabólico, infeccioso,
térmico ou social. Vacas em estresse térmico passam menos
tempo deitadas. Cook et al. (2007) encontraram uma diferença
de 3 horas de tempo deitado em um rebanho, comparando a
estação mais quente com a mais fria do ano.
91
hipertermia, já é tarde para uma atitude preventiva ou
metafilática, restando apenas o diagnóstico da doença e o devido
tratamento terapêutico. O monitoramento automático e
continuado da temperatura corporal pode, no entanto, associado a
outros fatores aumentar o poder preditivo de algoritmos de
detecção de cio, doença, parto e estresse térmico.
92
analítico. Por outro lado, as variações no tempo e no padrão
diário de ruminação em um mesmo animal são variáveis muito
sensíveis associadas a doenças metabólicas (hipocalcemia,
cetose, deslocamento de abomaso) e infecciosas (retenção de
placenta, metrite, mastite), estresse térmico, proximidade do
parto, etc. Após a queda no tempo de ruminação no pré-parto, a
velocidade seu retorno aos níveis do período seco e superação
destes tem estreita relação com consumo, bem-estar, produção e,
em consequência, sucesso na transição.
93
Calamari et al. (2014) descreveram pela primeira vez
padrões de recuperação no tempo de ruminação durante a
primeira semana pós-parto (o tempo diário de ruminação cai 50%
no dia do parto) que estariam associados a uma transição
saudável, ou ao aparecimento de alguma doença até o dia 40. O
reconhecimento dos padrões de ruminação no pré-parto, como
forma de predizer aparecimento de alterações de saúde no pós-
parto corrobora os resultados descritos por Huzzey et al. (2007),
que encontraram menores taxas de consumo voluntário no pré-
parto em vacas que viriam a desenvolver metrite na segunda
semana pós-parto. Quando se mede concomitantemente consumo
e ruminação, fica visível que na avaliação intra-dia, um pico de
consumo é seguido por um pico de ruminação após 4 horas.
Quando se avalia o total de horas diárias dedicada à ruminação e
ao consumo, nota-se que uma queda no consumo, é precedida
por uma queda no tempo de ruminação nas 12 ou 24 horas
anteriores, sugerindo não ser o consumo que determina a
ruminação no dia a dia, mas a ruminação e o consequente
esvaziamento ruminal que, por sua vez, “permite” o consumo.
94
aparecer como um leve aumento de temperatura à tarde, posição
das orelhas um pouco mais baixa, passada mais curta, e arrastar a
pinça ao caminhar. Todos os sinais que só são perceptíveis
àquelas pessoas de observação aguçada e que conhecem a fundo
o comportamento de suas vacas. Vale lembrar, que as vacas são
assim porque assim nós as selecionamos como foi discutido no
início deste capítulo. É necessário entender que, de uma forma
geral, todos os animais presa tem como ferramenta de
sobrevivência o intuito de esconder suas fraquezas. Um animal
na natureza que esteja ferido ou fraco, é facilmente identificado
pelo predador. No outro extremo, nos sistemas criatórios, quando
um animal é identificado como alterado, ele está assim há muito
tempo, ou já está doente. A alteração na orçamentação de tempo
da vaca, mais precisamente a queda no tempo de ruminação e de
atividade e o consequente aumento no tempo dedicado ao ócio,
parecem ser os parâmetros mensuráveis automaticamente mais
precoces a sofrer alteração frente à tentativa de compensação de
um desafio de saúde. Dentro do conhecimento atual, pode-se
dizer que estes são os sinais comportamentais que mais
frequentemente precedem uma doença.
95
Cowmed – Um serviço de monitoramento remoto
96
depende do desenvolvimento de uma rotina diária de
acompanhamento do comportamento das vacas como forma de
antever problemas futuros e instituir uma ação rápida. Um estudo
europeu, mostrou que os produtores levavam em torno de um ano
para familiarizar-se com os sistemas e passar a fazer o melhor
uso das informações por estes fornecida. O produtor de leite no
Brasil explora de uma forma bastante lenta a tecnologia de
informação disponível para o agronegócio. Um bom exemplo, é a
quantidade de produtores que já compraram um software de
gestão leiteira, mas o usam em parte ou esporadicamente. Parece
que a rotina de inclusão de dados, e o hábito de sentar-se ao
computador serão bastante comuns na próxima geração leiteira,
mas não tanto na atual.
97
sensibilidade dos algoritmos conforme o sistema,
acompanhamento de animais tratados ou resposta individual ou
de grupo em uma mudança de dieta. O produtor é alertado de
animais individuais em cio e melhor hora para realizar a
inseminação, animais doentes ou alteração em lotes, estes alertas
aparece no app ou na plataforma na nuvem. O que realmente
torna o Cowmed diferente, é que nos demais sistemas ao redor
do mundo, o processo termina com a entrega ao usuário da
informação que esta ou aquela vaca está em cio, ou que este ou
aquele animal está com o comportamento alterado ou doente.
Neste sistema, além da informação, o usuário é cobrado pelo app
se o animal em cio se foi inseminado ou não, que touro foi usado.
Com dois “push” no app, mesmo estando ao lado da vaca, a
informação sobre a inseminação já está no banco de dados.
Seguindo um alerta de saúde, existe a solicitação por
confirmação, diagnóstico e tratamento. O sistema acompanha a
evolução do caso. Parece que são facilidades assim, na inserção e
gestão de dados, que têm tornado os clientes mais interessados
em usar mais o sistema de forma mais ampla. Para a empresa,
apesar de aumentar o volume de trabalho, aumentar o tempo para
o retorno financeiro e lidar com frustrações e desistências que
não existem em um processo de venda, estamos criando uma
imensa biblioteca de comportamentos que precedem diferentes
doenças, seus tratamentos e o desfecho dos casos. Em resumo, ao
passo que o produtor usa as facilidades do aplicativo para
98
preencher planilhas, também está alimentando “big data”, que,
quem sabe um dia poderá descrever o sentimento de uma vaca
em relação ao sistema e quem sabe predizer seu sucesso ou
fracasso.
99
Figura 1. Dashboard do app e plataforma Cowmed com os
índices básicos de monitoramento.
100
(acima). Nota-se que nos dias de cio existe um aumento na
atividade e queda na ruminação, no entanto, existem também
outras variações não relacionadas ao cio, o que dá à simples
comparação de médias um poder preditivo muito baixo.
101
variabilidade flutua no decorrer de um ciclo estral, evitando
falsos alertas.
102
variabilidade que resulta em um desempenho subótimo. Em
resumo, acreditamos que dentro do atual nível de conhecimento,
a constância na orçamentação do seu próprio tempo é o maior
sinal de adaptação, saúde e bem estar da vaca leiteira moderna.
103
A Figura 5, mostra uma vaca do mesmo rebanho, com
parto próximo (20/04/2018) ao da vaca da Figura 4, e
inseminação também em torno dos 70 dias (28/06/2018), mas
com falha na concepção. Nota-se uma maior variabilidade
comportamental, incluindo um período com grande queda na
atividade e ruminação, mas que aparentemente o animal
conseguiu vencer o desafio. Este alerta de saúde não resultou em
doença clínica, mas a instabilidade pode ser causa do baixo
desempenho reprodutivo.
104
grau de variabilidade acumulada, maior o risco. Quando a nota
atribuída, ou índice ultrapassa 3 vezes o índice de variabilidade
anterior do próprio animal, o sistema dispara o alerta de
observação, quando ultrapassa 5 vezes é chamado grave, ou
crítico (Figura 6).
105
residentes, onde todos animais alertados são examinados,
chegamos a atingir um índice 72% de alertas se transformando
em diagnósticos nos 4 ou 5 dias subsequentes. Entendemos este,
como um índice alarmante, significando que pouco mais de um
quarto das vacas alertadas tem condição própria de vencer um
desafio. Ao mesmo tempo, esta realidade justifica a criação e
implementação de protocolos metafilático seletivos, o que por
sua vez também é uma inovação na gestão de saúde animal. Este
processo será discutido adiante.
106
Figura 7. Perfil de atividade ócio e ruminação em uma transição de
sucesso. Dia do parto indicado pela seta.
107
fora do free-stall e fora do alcance da antena. Falhas no
equipamento, falta de acesso a internet também produzem quadro
semelhante.
108
Figura 9. Perfil de atividade, ócio e ruminação em uma vaca com
mastite ambiental. Seta da direita momento do alerta, seta da
esquerda momento do diagnóstico clínico.
109
Figura 10. Perfil de atividade, ócio e ruminação de um animal com
mastite subclínica.
110
chamamos “Protocolos Metafiláticos Seletivos”. A ideia é tratar
só animais em real desafio, quando estes realmente precisam. Daí
surge a questão é o que usar, quando e em que animais?
Analisando o banco de dados da Cowmed para os casos de
doença com confirmação clínica, ficam evidentes pelo menos
duas vertentes comportamentais. Primeiro, casos onde o ócio
aumenta principalmente por uma queda ou variação em
ruminação, com menor queda em atividade acabam resultando
em uma doença metabólica por outro lado, casos de doença que
são precedidos por um aumento de ócio oriundo sobretudo de
uma queda em atividade, resultam em uma doença inflamatória.
Cruzando estes perfis, com DEL, histórico da vaca e prevalência
de diferentes doenças na propriedade, pretendemos chegar a 4 ou
5 protocolos, sem o uso de antibióticos que permitam-nos a
“ajudar os animais a não desenvolver uma doença”, ou pelo
menos torna-la mais branda. Resultados preliminares relativos ao
sucesso deste tipo de estratégia, mesmo que sucesso parcial,
indicam que haverá enorme impacto na queda de morbidade,
otimização da mão de obra, diminuição no uso de antibióticos e
melhora na eficiência do sistema. Mais importante que os fatores
acima descritos, resultados iniciais mostram uma redução de
40% na taxa de descarte involuntário, melhorando não apenas a
qualidade mas também a expectativa de vida produtiva das
vacas.
111
Projetos futuros e em andamento
112
e perfis elétricos cerebrais relacionados com manejos
equipamentos e pessoas. O hardware é simples e não invasivo,
vai preso a um buçal e os eletrodos colados na pele. A visão é
criar um equipamento com o qual a vaca possa “dizer” o que
sente em relação a manejos e pessoas. Talvez em um futuro
próximo as vacas ainda não façam as contratações de pessoal,
mas poderão fazer as demissões.
Considerações finais
113
Bibliografia
114
Huzzey J.M., Veira D.M., Weary D.M., von Keyserlingk M.A.
(2007). Prepartum behavior anddry matter intake identify
dairy cows at risk for metritis. J. Dairy Sci. 90:3220-3233.
Laca E.. (2009). Precision livestock production: tools and
concepts. R. Bras. Zootec., 38, 123-132.
LeBlanc S. (2010). Monitoring metabolic health of dairy cattle
in the transition period. J Reprod Dev, 56:Suppl: S29-35.
Mulligan F.J., Doherty M.L. (2008). Production diseases of the
transition cow. Vet J. 176(1): 3-9.
Spilke J., Fahr R. (2003). Decision support under the conditions
of automatic milking systems using mixed linear models as
part of a precision dairy farming concept. Proc. EFITA 2003
Conference, Debrecen, Hungary. p. 780-785.
115
Insulin, inflammation, and lactation
8
Cornell University, College of Veterinary Medicine, Department of
Population Medicine and Diagnostic Sciences
116
muscle and adipose tissue. Mass spectrometry analyses of the
semitendinosus muscle depicted an increase in the protein content of
lactate dehydrogenase concurrent with a reduction in the expression
of TCA cycle enzymes, indicating that pyruvate is being shunted
toward synthesis of lactate rather than oxidation (Kuhla et al., 2011).
A similar increase in the utilization of glucose for lactate production
was observed in the adipose tissue of lactating compared with non-
lactating sheep (Vernon and Taylor, 1988). Muscle breakdown may
also increase the hepatic supply of glucogenic amino acids, such as
alanine. Lipolysis is upregulated during early postpartum because of
increased responsiveness to catecholamines in the adipose tissue, low
concentrations of insulin in blood, and decreased peripheral
sensitivity and responsiveness to insulin (McNamara and Hillers,
1986; Vernon and Taylor, 1988; Saremi et al., 2014). Glycerol
released from triglycerides during mobilization of adipose tissue is
used by the liver to support gluconeogenesis. The aforementioned
results support the greater contributions of lactate, alanine, and
glycerol to hepatic gluconeogenesis postpartum (Reynolds et al.,
2003).
117
and to 3.5 kg/day between -9, 11, and 33 days relative to parturition
due to greater uptake of substrates and expression of
gluconeogenesis rate-limiting enzymes (Greenfield et al., 2000;
Reynolds et al., 2003; Selim et al., 2014). Moreover, the liver
extracts about 20% of the circulating NEFA and is the major organ
involved with lipid metabolism during the transition period. Within
the hepatocytes, NEFA can be esterified into triacylglycerol,
completely oxidized to generate ATP, or partially oxidized into
ketones and BHBA that can be used as an energy source by other
tissues and as a substrate for milk fat synthesis. Accordingly, hepatic
weight and oxygen consumption increase by 23 and 215% during the
first month of lactation, respectively (Reynolds et al., 2003; Von
Soosten et al., 2011).
118
Accumulation of NEFA within the hepatocytes does not
impair gluconeogenesis directly; however, it decreases the
conversion of ammonia into urea, which reduces the synthesis of
glucose from propionate (Strang et al., 1998; Overton et al., 1999).
Hepatic oxidation increases during early lactation, partially due to
fatty acid β-oxidation. Fuel oxidation increases ATP content of
hepatocytes, which reduces the firing rate of vagal branches that
innervate the liver and emits signals satiety to feeding centers in the
brain (Allen et al., 2009; Allen and Bradford, 2012). Lastly,
complete oxidation of NEFA is inhibited by the accumulation of
ATP leading to partial oxidation into ketones and BHBA. Cows with
subclinical ketosis and/or elevated NEFA concentrations in serum
have greater risks of developing displaced abomasum (Duffield et
al., 2009), uterine diseases (Dohoo and Martin, 1984; Duffield et al.,
2009; Ospina et al., 2010a), delayed resumption of ovulation
postpartum (Ribeiro et al., 2013), and reduced pregnancy per
insemination and pregnancy rates (Ospina et al., 2010b; Ribeiro et
al., 2013). Of particular importance for the current proposal, daily
milk yield in cows with subclinical ketosis is 1.0 to 3.2 kg smaller
compared with that of healthy herdmates depending upon lactation
number and the threshold used to define disease (Dohoo and Martin,
1984; Duffield et al., 2009; Ospina et al., 2010b). Hence,
accelerating liver acclimation to lactation and increasing its capacity
to handle the metabolic challenges imposed by lactation is expected
119
to reduce hepatic lipidosis and benefit feed intake, energy balance,
gluconeogenesis, and milk yield.
120
that circulating insulin is suppressed after parturition to assure
glucose availability to the insulin-independent mammary gland for
production of copious amounts of milk.
121
in milk yield was driven by primiparous cows. An explanation for
this observation may be the differences in the control of nutrient
partitioning that exist between primiparous and multiparous cows, in
which first-parity animals promote nutrient utilization into growth
(Wathes et al., 2011). Thus, primiparous cows that still have high
circulating insulin on d 10 might redirect the use of glucose toward
growth.
122
detected that multiparous cows classified as L-INS on d 10 had a
lower risk of PVD compared with H-INS cows.
123
needed to elucidate the exact mechanism of insulin uptake by the
mammary gland.
Bibliography
124
Estratégias nutricionais no periparto para a prevenção
da cetose
9
Universidade Federal de Pelotas
125
maioria dos casos, o organismo da vaca não é capaz de suprir
essa alta demanda, uma vez que este momento também é
marcado por um decréscimo de até 30% da ingestão de matéria
seca (IMS), limitando a ingestão de energia (Hayirli et al., 2002),
o que conduz a um desequilíbrio energético denominado balanço
energético negativo (BEN) (Drackley, 1999).
126
completa para fornecer energia ao próprio fígado; (2) oxidação
incompleta para produção de corpos cetônicos, que serão
liberados no sangue para prover energia a outros tecidos; ou (3)
reconversão a triglicerídeos (TAG) para armazenamento no
tecido adiposo. Desta forma, vacas que apresentam um intenso
BEN, com uma alta taxa de lipomobilização experimentam uma
excessiva produção de AGNE e corpos cetônicos, como
acetoacetato, acetona e beta-hidroxibutirato (BHB) (Gonzalez e
Silva, 2006), predispondo o animal a quadros de esteatose
hepática e cetose (Loor et al., 2013).
127
relação volumoso x concentrado, aumento nos níveis de
carboidratos não fibrosos na dieta, fornecimento de fontes de
carboidratos com maior digestão ruminal e adição de precursores
gliconeogênicos.
128
e o maior fluxo de propionato pelo sistema porta, estimula a
síntese de insulina pelo pâncreas, diminuindo a necessidade de
mobilização do tecido adiposo. Assim, promovemos uma
estabilização nos parâmetros metabólicos pelo acréscimo de
energia na dieta, apresentando níveis hepáticos de triglicerídeos
reduzidos assim como os níveis estáveis de AGNE e BHB.
Precursores gliconeogênicos
129
convertido a glicose via piruvato e oxaloacetato (Neto et al.,
2011). Segundo Facco et al. (2014) a utilização do
propilenoglicol em vacas de alta produção foi capaz de reduzir as
concentrações plasmáticas de BHB, ácidos graxos livres, ureia e
aumentar as concentrações plasmáticas de glicose e insulina.
Entretanto, quando incorporado na dieta, o propilenoglicol, pode
reduzir o consumo de MS pelos animais, portanto, sugere-se que,
para que o seu uso seja efetivo, seja fornecido por via oral, em
quantidade de 300 a 500 g em uma dose única diária.
130
(Ganjkhanlou et al., 2009) sem aumentar a ingestão de
carboidratos ou comprometer a ingestão de fibras, favorecendo
um maior aporte de energia para a síntese do leite e de seus
componentes (Desnoyers, 2009). Além disso, a gordura
protegida pode contribuir para a redução da queda abrupta da
IMS estabilizando os níveis de cetonas sanguíneas (Schein,
2012).
131
avaliar o ECC dos animais se dá pelo fato que, em vacas com
excesso de condição corporal, em uma condição de BEN, a
energia necessária para suprir a demanda é obtida através da
mobilização de reservas de tecido corporal, principalmente
tecido adiposo (Santos e Santos, 1998). Com isso, em situações
com escore superior a 3,5 poderá ocorrer maior mobilização de
gordura, aumentando os níveis de AGNE e corpos cetônicos,
culminando em perda de peso e redução na condição corporal
(Batista et al., 2015).
132
devido à menor ingestão de MS. Assim, quanto mais intenso for
o BEN, maior será a mobilização de reservas lipídicas,
proporcionando maior chance da ocorrência de cetose. Os
animais com maiores quantidades de gordura corpórea são
predispostos a apresentar resistência à insulina, ocorrendo um
aumento na mobilização de gordura e na quantidade de ácidos
graxos livres no sangue. (Facco et al., 2014).
Aminoácidos essenciais
133
Considerar a exigência nutricional por aminoácidos é uma
estratégia que possibilita reduzir os níveis de proteína bruta (PB)
na dieta, aumentando a efetividade na relação entre nitrogênio
secretado e nitrogênio consumido, com consequente diminuição
na perda ruminal de amônia, levando a redução de custos na
dieta e menores impactos ambientais gerados pelo rebanho
(Schwab, 2010).
134
estratégia para prevenir a cetose. O aminoácido essencial
metionina tem um papel importante, pois reduz a metanogênese
ruminal, desviando átomos de C e H+ do metano. Esse desvio faz
com que haja maior produção de propionato, aumentando a
eficiência energética da dieta em até 4% e reduzindo a
cetogênese (Gonzalez et al., 2014). Outros dois aminoácidos
importantes são a niacina e a colina, sintetizados pelos
microrganismos ruminais. A niacina é necessária para síntese de
compostos NAD+ e NADP+, coenzimas essenciais no
metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. Sua utilização
ocasiona a redução da lipidose e redução do fluxo de AGNE no
sangue (Yuan et al., 2012). A colina tem uma importante ação na
formação de fosfolipídeos que estruturam lipoproteínas,
essenciais para o transporte dos TAG (Zom et al., 2011). Sua
suplementação na forma protegida tem se mostrado eficaz na
redução da cetogênese, através da diminuição da esterificação de
ácidos graxos e do aumento na secreção de lipoproteínas
(Piepenbrink e Overton, 2003), além da redução de esteatose
hepática (Cooke et al., 2007).
135
são substâncias fundamentais em muitos processos metabólicos
que afetam o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos.
Durante o processo de fermentação ruminal, os microrganismos
conseguem sintetizar niacina e o aminoácido triptofano pode ser
utilizado como precursor na síntese de niacina em células
animais. No entanto, quando a niacina é utilizada como aditivo
alimentar em dietas de vacas de leite a sua função é a de reduzir
a mobilização de gordura corporal durante o início da lactação e
melhorar o balanço energético. Em animais de laboratório e
humanos, a niacina reduz o fluxo de ácidos graxos livres para o
sangue e reduz a síntese de colesterol via lipoproteínas (Santos,
2006; Neto et al., 2011). Como a niacina tem um efeito
antilipolítico e induz aumento da glicose e insulina no sangue,
esta deve ser fornecida a partir das duas semanas que antecedem
o parto até a décima segunda semana, na quantidade de 6 a 12
g/dia (Facco et al., 2014).
Ionóforos
136
alimentares utilizados para incrementar a eficiência digestível em
nível de rúmen, através de mudanças na fermentação,
metabolismo, velocidade de passagem e população bacteriana
(Facco et al., 2014). Eles alteram a flora bacteriana do rúmen,
levando a uma estabilização de bactérias Gram-positivas,
favorecendo o aumento de bactérias Gram-negativas. O efeito
destas mudanças na microbiota é o aumento da produção de
propionato em detrimento da produção de acetato e butirato,
proporcionando mais precursores gliconeogênicos.
137
butírico, reduzindo a formação de corpos cetônicos (Melendez et
al., 2006).
Butafosfan e cianocobalamina
138
Com o intuito de promover melhores condições
terapêuticas e otimizar a produtividade animal, novas alternativas
farmacêuticas e nutracêuticas têm sido intensamente estudadas
em diversas espécies. Nesse contexto, a combinação de
butafosfan e cianocobalamina também tem sido estudada e
utilizada como alternativa farmacêutica para promover a saúde e
o bem-estar dos animais domésticos. O butafosfan é uma fonte
orgânica de fósforo, que atua na ressíntese de ATP a partir do
ADP e participa de várias outras funções celulares. A
cianocobalamina pode atuar como cofator de enzimas como
metilmalonil-CoA mutase, atuando no ciclo do ácido cítrico e
indiretamente em reações de metilação e síntese de precursores
de DNA. Em ruminantes, a estratégia tem sido indicada com o
objetivo de reduzir a intensidade do BEN e a redução de
distúrbios metabólicos, como cetose, hipocalcemia e
deslocamento do abomaso. Em outras espécies, os resultados
estão relacionados à aplicabilidade em terapias complementares e
promoção do bem-estar animal. Em resumo, a combinação entre
butafosfan e cianocobalamina é recomendado como uma
alternativa importante para melhorar as condições de saúde em
uma ampla variedade de situações clínicas e subclínicas em
diferentes espécies de animais domésticos (Fürll et al., 2010;
Rollin et al., 2010; Nuber et al., 2015), visto que sua atuação no
ciclo de Krebs promove maior disponibilidade de energia e reduz
a expressão de genes relacionados à cetogênese e oxidação de
139
ácidos graxos (Kreipe et al., 2011). Além disso, estudos
realizados por nosso grupo de pesquisadores demonstraram a
redução na intensidade do BEN, através da diminuição das
concentrações plasmáticas de AGNE e BHB, aumentando a
produção de leite (Pereira et al., 2013).
Considerações finais
Bibliografia
140
Acosta, D.A.V. et al. Effects of rumen-protected methionine and
choline supplementation on the preimplantation embryo in
Holstein cows. Theriogenology, v. 85, n. 9, p. 1669-1679,
2016.
Allbrahim, R.M. et al. The effect of body condition at calving
and supplementation with Saccharomyces cerevisiae on
energy status and some reproductive parameters in early
lactation dairy cows. Animal Reproduction Science, v.
121, 63-71, 2010.
Batista, F.C.C. et al. Cetose bovina – Revisão da Literatura.
Nucleus Animalium, v. 8, n. 1, 2015.
Bauman, D.E. et al. Partitioning of nutrients during pregnancy
and lactation: a review of mechanism involving
homeostasis and homeorhesis. Journal of Dairy Science,
v. 63, p. 1514-1529, 1980.
Bell, A.W. et al. Protein nutrition in late pregnancy, maternal
protein reserves and lactation performance in dairy
cows. Proceedings of the Nutrition Society, v. 59, n. 01,
p.119-126, 2000.
Bell, A.W. Regulation of organic nutrient metabolism during
transition from late pregnancy to early lactation. Journal
of Animal Science, v. 73, p. 2804-2819, 1995.
Bertoni, G. et al. Some new aspects of nutrition, health
conditions and fertility of intensively reared dairy cows.
Italian Journal of Animal Science, v. 8, p. 491-518,
2009.
Chapinal, N. et al. The association of serum metabolites in the
transition period with milk production and early-lactation
reproductive performance. Journal of Dairy Science, v.
95, p. 130-1309, 2012.
Conti, R.M.C. et al. Efeitos da administração de monensina por
meio de cápsulas de liberação controlada no desempenho
141
de vacas Holandesas no início da lactação. Revista
Brasileira de Zootecnia, v. 37, n. 5, p. 890-895, 2008.
Cooke, R. F. et al. Supplemental choline for prevention and
alleviation of fatty liver in dairy cattle. Journal of Dairy
Science, v. 90, p. 2413-2418, 2007.
Desnoyers, M. et al. Meta-analysis of the influence of
Saccharomyces cerevisiae supplementation on ruminal
parameters and milk production of ruminants. Journal of
Dairy Science, v. 92, 1620-1632, 2009.
Drackley, J.K. Biology of dairy cows during the transition
period: the final frontier? Journal of Dairy Science, v. 82,
p. 2259-2273, 1999.
Drackley, J.K. et al. Splanchnic metabolism of long-chain fatty
acids in ruminants. In: Ruminant Physiology: Digestion,
Metabolism and Impact of Nutrition on Gene Expression,
Immunology and Stress. Academic Publishers,
Wageningen, The Netherlands, p. 199-224, 2006.
Facco, F.S. et al. Métodos preventivos de desequilíbrios
metabólicos em bovinos - hipocalcemia e cetose: revisão
de literatura. Nucleus Animalium, v. 6, n. 1, 2014.
Fürll, M. et al. Effect of multiple intravenous injections of
butaphosphan and cyanocobalamin on the metabolism of
periparturient dairy cows. Journal of Dairy Science, v.
93, p. 4155-4164, 2010.
Ganjkhanlou, M. et al. Effects of protected fat supplements on
production of early lactation Holstein cows. Animal Feed
Science and Technology, v. 154, 276-283. 2009.
Gonzalez, F.H.D.; Silva, S.C. 2006. Introdução à bioquímica
clínica veterinária. Porto Alegre: Editora Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
142
Gordon, J.L. et al. Ketosis treatment in lactating dairy cattle. The
Veterinary Clinics of North America: Food Animal
Practice, v. 29, p. 433-445, 2013.
Hayirli, A. et al. Animal and dietary factors affecting feed intake
during the pre-fresh transition period in Holsteins. Journal
of Dairy Science, v. 85, p. 3430-3443, 2002.
Kreipe, L. et al. First report about the mode of action of
combined butaphosphan and cyanocobalamin on hepatic
metabolism in non ketotic early lactating cows. Journal of
Dairy Science, v. 94, 4904–4914, 2011.
Lean, I.J. et al. Energy and Protein Nutrition Management of
Transition Dairy Cows. Veterinary Clinics of North
America: Food Animal Practice, v. 29, n. 2, p. 337-366,
2013.
Loor, J.J. et al. Systems physiology in dairy cattle: nutritional
genomics and beyond. Annual Reviews of Animal
Biosciences, v. 1, p. 365-392, 2013.
McArt, J.A.A. et al. A field trial on the effect of propylene glycol
on milk yield and resolution of ketosis in fresh cows
diagnosed with subclinical ketosis. Journal of Dairy
Science, v. 94, p. 6011-6020, 2011.
McArt, J.A.A. et al. A field trial on the effect of propylene glycol
on displaced abomasum, removal from herd, and
reproduction in fresh cows diagnosed with subclinical
ketosis. Journal of Dairy Science, v. 95, p. 2505-2512,
2012b.
McArt, J.A.A. et al. Elevated non-esterified fatty acids and
βhydroxybutyrate and their association with transition
dairy cow performance. The Veterinary Journal, v. 198,
p. 560-570, 2013.
Melendez, P. et al. Incidence of subclinical ketosis in cows
supplemented with a monensin controlled-release capsule
143
in Holstein cattle, Florida, USA. Preventive Veterinary
Medicine, v. 73, 33–42, 2006.
National Research Council. Nutrients Requirements of Dairy
Cattle: Seventh Revised Edition. Washington: The
National Academies Press, p. 408, 2001.
Neto, A.C. et al. Problemas metabólicos provenientes do manejo
nutricional incorreto em vacas leiteiras de alta produção
recém paridas. Revista electrónica de Veterinária, v. 12,
n. 11, 2011.
Nielsen, N.I. et al. Propylene glycol for dairy cows. A review of
the metabolism of propylene glycol and its Effects on
physiological parameters, feed intake, milk production and
risk of ketosis. Animal Feed Science and Technology, v.
115, p. 191-213, 2004.
Nuber, U. et al. Effects of butafosfan with or without
cyanocobalamin on the metabolism of early lactating cows
with subclinical ketosis. Journal of Animal Physiology
and Animal Nutrition, v. 99, 1-10, 2015.
Oetzel, G.R. Challenges to fulfill the requirements of dairy cows
in transition. In Proc. Usefulness of Ionophores in
Lactating Dairy Cattle. Ontario Veterinary College,
Guelph, Ontario, p. 1, 1997.
Osorio, J. S. et al. Supplemental Smartamine M or MetaSmart
during the transition period benefits postpartal cow
performance and blood neutrophil function. Journal of
Dairy Science, v. 96, n. 10, p. 6248-6263, 2013.
Pereira, R.A. et al. Effect of butaphosphan and cyanocobalamin
on postpartum metabolism and milk production in dairy
cows. Animal, v. 7, 1143-1147, 2013.
Piepenbrink, M.S. et al. Liver metabolism and production of
cows fed increasing amounts of rumen-protected choline
during the periparturient period. Journal of Dairy
Science, v. 86, p. 1722-1733, 2003.
144
Rangel, A.H.N. et al. Utilização de ionóforos na produção de
ruminante. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v. 8,
n. 1, 2008.
Rollin, R. et al. The effect of injectable butaphosphan and
cyanocobalamin on postpartum serum beta-
hydroxybutyrate, calcium, and phosphorus concentrations
in dairy cattle. Journal of Dairy Science, v. 93, 978-987,
2010.
Santos, J. E. P. Distúrbios metabólicos. In: Berchieli, T. T. et al.
Nutrição de ruminantes. Funep. Jaboticabal, 2006.
Santos, J.E.P. et al. Novas Estratégias no Manejo e Alimentação
de Vacas Pré-Parto. In: Proc. X Simpósio de Produção
Animal. Escola Superior de Agricultura "Luiz de
Queiroz", USP, Piracicaba, SP, Brasil, p. 165-214, 1998.
Schein, I.H. 2012. Cetose dos Ruminantes. Disciplina de
transtornos metabólicos dos animais domésticos.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS,
Porto Alegre, RS. 35p.
Schwab, C.G. Balancing diets for amino acids: nutritional,
environmental and financial implication. In: Tri-State
Dairy Nutrition Conference, Fort Wayne. Abstracts. The
Ohio State University, Columbus, p. 01-13, 2010.
Shin, E.K. et al. Relationships among ketosis, serum metabolites,
body condition, and reproductive outcomes in dairy cows.
Theriogenology, v. 84, 252–260, 2015.
Sousa, V.L.P. Monensina Sódica. Dissertação de Mestrado.
Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências da
Saúde, Porto, 2016.
Van Der Vinne, R. Restrição energética e Propilenoglicol na
prevenção da cetose e na produtividade de vacas
holandesas de alta produção. Dissertação de Mestrado.
Curso de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias,
Universidade do Paraná, Curitiba, 2002.
145
Wathes, D.C. et al. Multiple correlation analyses of metabolic
and endocrine profiles with fertility in primiparous and
multiparous cows. Journal of Dairy Science, v, 90, p.
1310-1325, 2007.
Wildman, E.E. et al. A dairy cow body condition scoring system
and its relationship to selected production characteristics.
Jornal of Dairy Science, v. 65, p. 495, 1982.
Yuan, K. et al. Effect of rumen-protected niacin on lipid
metabolism, oxidative stress, and performance of
transition dairy cows. Journal of Dairy Science, v. 95, p.
2673-2679. 2012.
Zang, Y. et al. Comparative effects of multiple sources of rumen-
protected methionine on milk production and serum amino
acid levels in mid-lactation dairy cows. The Professional
Animal Scientist, v. 33, n. 6, p. 692-699, 2017.
Zom, R.L. et al. Effect of rumen-protected choline on
performance, blood metabolites, and hepatic
triacylglycerols of periparturient dairy cattle. Journal of
Dairy Science, v. 94, p. 4016-4027, 2011.
146