Você está na página 1de 41

1

TRÊS INICIADOS

O CAIBALION
estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia

Tradução de
ROSABIS CAMAYSAR

INTRODUÇÃO

Temos grande prazer em apresent ar aos est udant es e invest igadores da Dout rina Secret a est a pequena
obra baseada nos Preceit os hermét icos do mundo ant igo. Exist em poucos escrit os sobre est e assunt o apesar
das inúmeras ref erências f eit as pelos ocult ist as aos Preceit os que expomos, de modo que por isso esperamos
que os invest igadores dos Arcanos da Verdade saberão dar bom acolhiment o ao livro que agora aparece.
O f im dest a obra não é a enunciação de uma f ilosof ia ou dout rina especial, mas sim f ornecer aos
est udant es uma exposição da Verdade que servirá para reconciliar os f ragment os do conheciment o ocult o que
adquiriram, mas que são aparent ement e opost os uns aos out ros e que só servem para desanimar é desgost ar o
principiant e nest e est udo. O nosso int ent o não é const ruir um novo Templo de Conheciment o, mas sim
colocar nas mãos do est udant e uma Chave-Mest ra com que possa abrir t odas as port as int ernas que conduzem
ao Templo do Mist ério cuj os port ais j á ent rou.
Nenhum f ragment o dos conheciment os ocult os possuídos pelo mundo f oi t ão zelosament e guardado como
os f ragment os dos Preceit os hermét icos que chegaram - at é nós at ravés dos séculos passados desde o t empo
do seu grande est abelecedor, Hermes Trismegist o, o mensageiro dos deuses, que viveu no ant igo Egit o quando
a at ual raça humana est ava em sua inf ância. Cont emporâneo de Abraão e se f or verdadeira a lenda, inst rut or
dest e venerável sábio, Hermes f oi e é o Grande Sol Cent ral do Ocult ismo, cuj os raios t êm iluminado t odos os
ensinament os que f oram publicados desde o seu t empo. Todos os preceit os f undament ais e básicos
int roduzidos nos ensinos esot éricos de cada raça f oram f ormulados por Hermes. Mesmo os mais ant igos
preceit os da índia t iveram indubít avelment e a sua f ont e nos Preceit os hermét icos originais.
Da t erra do Ganges muit os mest res avançados se diri giram para o país do Egit o para se prost rarem aos
pés do Mest re. Dele obt iveram a Chave-Mest ra que explicava e reconciliava os seus dif erent es pont os de vist a,
e assim a Dout rina Secret a f icou f irmement e est abelecida. De out ros países t ambém vieram muit os sábios,
que consideravam Hermes como o Mest re dos Mest res; e a sua inf luência f oi t ão grande que, apesar dos
numerosos desvios de caminho de cent enas de inst rut ores desses dif erent es países, ainda se pode f acilment e
encont rar uma cert a semelhança e correspondência nas muit as e divergent es t eorias admit idas e combat idas
pelos ocult ist as de dif erent es países at uais. Os est udant es de Religiões comparadas compreenderão
f acilment e a inf luência dos Preceit os hermét icos em qualquer religião merecedora dest e nome, quer sej a
uma religião apenas conhecida at ualment e, quer sej a uma religião mort a, ou uma religião cheia de vida no
nosso próprio t empo. Exist e sempre uma correspondência ent re elas, apesar das aparências cont radit órias, e
os Preceit os hermét icos são como que o seu grande Conciliador.
A obra de Hermes parece t er sido f eit a com o f im de plant ar a grande Verdade-Sement e que se
desenvolveu e germinou em t ant as f ormas est ranhas, mais depressa do que se t eria est abelecido uma escola
de f ilosof ia que dominasse o pensament o do mundo. Todavia as verdades originais ensinadas por ele f oram
conservadas int at as na sua pureza original, por um pequeno número de homens, que, recusando grande part e
de est udant es e discípulos pouco desenvolvidos, seguiram o cost ume hermét ico e reservaram as suas verdades
para os poucos que est avam preparados para compreendê-las e dirigi-Ias. Dos lábios aos Ouvidos a verdade
t em sido t ransmit ida ent re esses poucos. Sempre exist iram, em cada geração e em vários países da t erra,
alguns Iniciados que conservaram viva a sagrada chama dos Preceit os hermét icos, e sempre empregaram as
suas lâmpadas para reacender as lâmpadas menores do mundo prof ano, quando a luz da verdade começava a
escurecer e a apagar-se por causa da sua negligência, e os seus pavios f icavam embaraçados com subst âncias
est ranhas. Exist iu sempre um punhado de homens Para cuidar do alt ar da Verdade, em que mant iveram
sempre acesa a Lâmpada Perpét ua da Sabedoria. Est es homens dedicaram a sua vida a esse t rabalho de amor
que o poet a muit o bem descreveu nest as linhas:
2

"Oh! não deixeis apagar a chama! Mant ida De século em século Nest a escura caverna, Nest e t emplo
sagrado! Sust ent ada por puros minist ros do amor! Não deixeis apagar est a divina chama! "
Est es homens nunca procuraram a aprovação popular, nem grande número de prosélit os. São indif erent es
a est as coisas, porque sabem quão poucos de cada geração est ão preparados para a verdade, ou podem
reconhecê-la se ela Ihes f or apresent ada. Reservam a carne para os homens f eit os, enquant o out ros dão o
leit e às crianças. Reservam suas pérolas de sabedoria para os poucos que conhecem o seu valor e sabem
t razê-las nas suas coroas, em vez de as lançar ao porco vulgar, que ent errá-las-ia na lama e as Mist uraria com
o seu desagradável aliment o ment al. Mas esses poucos não esqueceram nem desprezaram os preceit os
originais de Hermes, que t rat am da t ransmissão das palavras da verdade aos que est ão preparados para
recebê-la, a respeit o dos quais diz o Caibalion: "Em qualquer lugar que se achem os vest ígios do Mest re, os
ouvidos daqueles que est iverem preparados para receber o seu Ensinament o se abrirão, complet ament e. " E
ainda: "Quando os ouvidos do discípulo est ão preparados para ouvir, ent ão vêm os lábios para enchê-los com
sabedoria. " Mas a sua at it ude habit ual sempre est eve est rit ament e de acordo com out ro af orismo hermét ico
t ambém do Caibalion: "Os lábios da Sabedoria est ão f echados, excet o aos ouvidos do Ent endiment o. "
Os que não podem compreender são os que crit icaram est a at it ude dos Hermet ist as e clamaram que eles
não manif est avam o verdadeiro espírit o dos seus ensinament os nas ast uciosas reservas e ret icências que
f aziam. Porém um rápido olhar ret rospect ivo nas páginas da hist ória most rará a sabedoria dos Mest res, que
conheciam que era uma loucura pret ender ensinar ao mundo o que ele não desej ava saber, nem est ava
preparado para isso. Os Hermet ist as nunca quiseram ser márt ires; ant es pelo cont rário, f icaram
silenciosament e ret irados com um sorriso de piedade nos seus f echados lábios enquant o os bárbaros se
enf ureciam cont ra eles nos seus cost umeiros divert iment os de levar à mort e e à t ort ura os honest os mas
desencaminhados ent usiast as, que j ulgavam ser possível obrigar uma raça de bárbaros a admit ir a verdade,
que só pode ser compreendida pelo eleit o j á bast ant e avançado no Caminho.
E o espírit o de perseguição ainda não desapareceu da t erra.
Há cert os preceit os hermét icos que, se f ossem divulgados, at rairiam cont ra os divulgadores uma grit aria
de desprezo e de ódio por part e da mult idão, que t ornaria a grit ar: "Crucif icai-os! Crucif icai-os!
Nest a obra nós nos esf orçamos por vos of erecer uma idéia dos preceit os f undament ais do Caibalion,
procurando dar os Princípios acionant es e vos deixando o t rabalho de os est udar, em vez de t rat armos
det alhadament e dos seus ensinament os. Se f ordes verdadeiros est udant es podereis compreender e aplicar
est es Princípios; se o não f ordes deveis vos desenvolver, porque de out ra maneira os Preceit os hermét icos
serão para vós soment e palavras, palavras, palavras! ! ! . . .

Os TRÊS INICIADOS
A FILOSOFIA HERMÉTICA
"Os lábios da sabedoria est ão f echados, excet o aos ouvidos do Ent endiment o. " - O
CAIBALION -
Do velho Egit o saíram os preceit os f undament ais esot éricos e ocult os que t ão f ort ement e t êm
inf luenciado as f ilosof ias de t odas as raças, nações e povos, por vários milhares de anos. O Egit o, a t erra das
Pirâmides e da Esf inge, f oi a pát ria da Sabedoria secret a e dos Ensinament os míst icos. Todas as nações
receberam dele a Dout rina secret a. A índia, a Pérsia, a, Caldéia, a Média, a China, o Japão, a Assíria, a ant iga
Grécia e Roma e out ros países ant igos aproveit aram laut ament e dos f at os do conheciment o, que os
hierof ant es e Mest res da Terra de Isis t ão f rancament e minist ravam aos que est avam preparados para
part icipar da grande abundância de preceit os míst icos e ocult os, que as ment es superiores dest e ant igo país
t inham cont inuament e condensado.
No ant igo Egit o viveram os grandes Adept os e Mest res que nunca mais f oram avant aj ados, e raras vezes
f oram igualados, nos séculos que se passaram desde o t empo do grande Hermes. No Egit o est ava est abelecida
a maior das Loj as dos Míst icos. Pelas port as dos seus Templos ent raram os Neóf it os que mais t arde, como
Híerof ant es, Adept os e Mest res, se espalharam por t odas as part es da t erra, levando consigo o precioso
conheciment o que possuíam, ansiosos e desej osos de ensiná-lo àqueles que est ivessem preparados para
3

recebê-lo. Todos os est udant es do Ocult o conhecem a dívida que t êm para com os veneráveis Mest res dest e
ant igo país.
Mas ent re est es Grandes Mest res do ant igo Egit o, exist iu um que eles proclamavam como o Mest re dos
Mest res. Est e homem, se é que f oi verdadeirament e um homem, viveu no Egit o na mais remot a ant iguidade.
Ele f oi conhecido sob o nome de Hermes Trismegist o. Foi o pai da Ciência Ocult a, o f undador da Ast rologia, o
descobridor da Alquimia. Os det alhes da sua vida se perderam devido ao imenso espaço de t empo, que é de
milhares de anos, e apesar de muit os países ant igos disput arem ent re si a honra de t er sido a sua pát ria. A
dat a da sua exist ência no Egit o, na sua últ ima encarnação nest e planet a, não é conhecida agora mas f oi
f ixada nos primeiros t empos das mais remot as dinast ias do Egit o, muit o ant es do t empo de Moisés. As
melhores aut oridades consideram-no como cont emporâneo de Abraão, e algumas t radições j udaicas dizem
clarament e que Abraão adquiriu uma part e do seu conheciment o míst ico do próprio Hermes.
Depois de t er passado muit os anos da sua part ida dest e plano de exist ência (a t radição af irma que viveu
t rezent os anos) os egípcios deif icaram Hermes e f izeram dele um dos seus deuses sob o nome de Thot h. Anos
depois os povos da Ant iga Grécia t ambém o deif icaram com o nome de "Hermes, o Deus da Sabedoria". Os
egípcios reverenciaram por muit os séculos a sua memória, denominando-o o mensageiro dos Deuses, e
aj unt ando-lhe como dist int ivo o seu ant igo t ít ulo "Tri smegist o", que signif ica o t rês vezes grande, o grande
ent re os grandes.
Em t odos os países ant igos, o nome de Hermes Trismegist o f oi reverenciado, sendo esse nome
considerado como sinônimo de "Font e de Sabedoria".
Ainda em nossos dias empregamos o t ermo hermét ico no sent ido de secret o, f echado de t al maneira que
nada escapa, et c. , pela razão que os discípulos de Hermes sempre observaram o princípio do segredo nos seus
preceit os. Eles ignoravam aquele não lançar as pérolas aos porcos, mas conservavam o preceit o de dar leit e
às crianças, e carne aos homens f eit os, máximas que são f amiliares a t odos os leit ores das Escrit uras Crist ãs,
mas que j á eram usadas pelos egípcios, muit os séculos ant es da era crist ã. Os Preceit os hermét icos est ão
espalhados em t ocos os países e em t odas as religiões, mas não pert encem a nenhuma seit a religiosa
part icular. Ist o acont ece por causa das advert ências f eit as pelos ant igos inst rut ores com o f im de evit ar que a
Dout rina Secret a f osse crist alizada em um credo. A sabedoria dest a precaução é clara para t odos os
est udant es de hist ória. O ant igo ocult ismo da índia e da Pérsia degenerou-se e perdeu-se complet ament e,
porque os seus inst rut ores t ornaram-se padres, e mist uraram a t eologia com a f ilosof ia, vindo a ser, por
conseqüência, o ocult ismo da índia e da Pérsia, gradualment e perdido no meio das massas de religiões,
superst ições, cult os, credos e deuses. O mesmo acont eceu com a ant iga Grécia e Roma e t ambém com os
Preceit os hermét icos dos Gnóst icos e Crist ãos primit ivos, que se perderam no t empo de Const ant ino, e que
suf ocaram a f ilosof ia com o mant o da t eologia, f azendo assim a Igrej a perder aquilo que era a sua verdadeira
essência e espírit o, e andar às cegas durant e vários séculos, ant es de t omar o seu verdadeiro caminho; porque
t odos os bons observadores dest e vigésimo século dizem que a Igrej a est á lut ando para volt ar aos seus ant igos
ensinament os míst icos.
Apesar de t udo isso sempre exist iram algumas almas f iéis que mant iveram viva a Chama, aliment ando-a
cuidadosament e e não deixando a sua luz se ext inguir. E graças a est es f irmes corações e int répidas ment es,
t emos ainda conosco a verdade. Mas a maior part e dest a não se acha nos livros. Tem sido t ransmit ida de
Mest re a Discípulo, de Iniciado a Hierof ant e, dos lábios aos ouvidos. Ainda que est ej a escrit a em t oda part e,
f oi proposit alment e velada com t ermos de alquimia e ast rologia, de modo que só os que possuem a chave
podem-na ler bem. Ist o era necessário para evit ar as perseguições dos t eólogos da Idade Média que
combat iam a Dout rina Secret a a f erro, f ogo, pelourinho, f orca e cruz.
Ainda at ualment e só encont ramos alguns valiosos livros de Filosof ia hermét ica, apesar das numerosas
ref erências f eit as a ela nos vários livros escrit os sobre diversas f ases do Ocult ismo. Cont udo, a Filosof ia
hermét ica é a única Chave-Mest ra que pode abrir t odas as port as dos Ensinament os Ocult os!
Nos primeiros t empos exist iu uma compilação de cert as Dout rinas básicas do Hermet ismo, t ransmit ida de
mest re a discípulo, a qual era conhecida sob o nome de "Caibalion", cuj a signif icação exat a se perdeu durant e
vários séculos. Est e ensinament o é, cont udo, conhecido por vários homens a quem f oi t ransmit ido dos lábios
aos ouvidos, desde muit os séculos.
Est es preceit os nunca f oram escrit os ou impressos at é chegarem ao nosso conheciment o. Eram
simplesment e uma coleção de máximas, preceit os e axiomas, não int eligíveis aos prof anos, mas que eram
pront ament e ent endidos pelos est udant es; e além disso, eram depois explicados e ampliados pelos Iniciados
hermet ist as aos seus Neóf it os. Est es preceit os const it uíam realment e os princípios básicos da Art e da
4

Alquimia Hermét ica que, cont rariament e ao que geralment e se crê, baseia-se no domínio das Forças Ment ais,
em vez de no domínio dos Element os mat eriais; na Transmut ação das Vibrações ment ais em out ras, em vez de
na mudança de uma espécie de met al em out ra. As lendas da Pedra Filosof al, que t ransf ormava qualquer
met al em ouro, eram alegorias da Filosof ia hermét ica perf eit ament e ent endidas por t odos os est udant es do
verdadeiro Hermet ismo.
Nest e livro, cuj a primeira lição é est a, convidamos os est udant es a examinar os Preceit os hermét icos t al
como são expost os no Caibalion e explicados por nós, humildes est udant es desses Preceit os' que, apesar de
t ermos o t ít ulo de Iniciados, somos simples est udant es aos pés de Hermes, o Mest re. Nós lhes of erecemos
muit os axiomas, máximas e preceit os do Caibalion, acompanhados de explicações e coment ários, que cremos
servir para t ornar os seus preceit os mais compreensíveis ao est udant e moderno, principalment e porque o
t ext o original é velado de propósit o com t ermos obscuros.
As máximas, os axiomas e preceit os originais do Caíbalíon são impressos em t ipo dif erent e do t ipo geral
da nossa obra. Esperamos que os est udant es a quem of erecemos est a obra, como possam t irar muit o proveit o
do est udo das suas páginas como t iraram out ros que passaram ant es pelo Caminho do Adept ado, nos séculos
decorridos desde o t empo de Hermes Trismegist o, o Mest re dos Mest res, o Três Vezes Grande.
Diz o Caibalion:
"Em qualquer lugar que est ej am os vest ígios do Mest re, os ouvidos daquele que est iver preparado para
receber o seu Ensinament o se abrirão complet ament e".
"Quando os ouvidos do discípulo est ão preparados para ouvir, ent ão vêm os lábios para os encher com
Sabedoria. "
De modo que, de acordo com o indicado, só dará at enção a est e livro aquele que t iver uma preparação
especial para receber os Preceit os que ele t ransmit e. E, reciprocament e, quando o est udant e est iver
preparado para receber a verdade, t ambém est e livro lhe aparecerá. Est a é a Lei. O Princípio hermét ico de
Causa e Ef eit o, no seu aspect o de Lei de At ração, levará os ouvidos para j unt o dos lábios e o livro para j unt o
do discípulo. Assim são os át omos!

CAPÍTULO ll
OS SETE PRINCÍPIOS HERMÉTICOS
"Os Princípios da Verdade são Set e; aquele que os conhece perf eit ament e, possui
a Chave Mágica com a qual t odas as Port as do Templo podem ser abert as
complet ament e. " - O CAIBALION-

Os Set e Princípios em que se baseia t oda a Filosof ia hermét ica são os seguint es:
I. O Princípio de Ment alismo.
II. O Princípio de Correspondência.
III. O Princípio de Vibração.
IV. O Princípio de Polaridade.
V. O Princípio de Rit mo.
VI. O Princípio de Causa e Eleit o.
VII . O Princípio de Gênero.
Est es Set e Princípios podem ser explicados e expl anados, como vamos f azer nest a lição. Uma pequena
explanação de cada um deles pode ser f eit a agora, e é o que vamos f azer.

1. O Principio de Mentalismo
"O TODO é MENTE; o Universo é
Mental. " - O CAIBALION -
Est e Princípio cont ém a verdade que Tudo é Ment e. Explica que O TODO (que, é a Realidade subst ancial
que se ocult a em t odas as manif est ações e aparências que conhecemos sob o nome de Universo Mat erial,
Fenômenos da Vida, Mat éria, Energia, numa palavra, sob t udo o que t em aparência aos nossos sent idos
mat eriais) é ESPÍRITO, é INCOGNOSCíVEL e INDÈFINFVEL em si mesmo, mas pode ser considerado como uma
MENTE VIVENTE INFINITA e UNIVERSAL. Ensina t ambém que t odo o mundo f enomenal ou universo é
simplesment e uma Criação Ment al do TODO, suj eit a às Leis das Coisas criadas, e que o universo, como um
t odo, em suas part es ou unidades, t em sua exist ência na ment e do TODO, em cuj a Ment e vivemos, movemos e
t emos a nossa exist ência. Est e Princípio, est abelecendo a Nat ureza Ment al do Universo, explica t odos os
5

f enômenos ment ais e psíquicos que ocupam grande part e da at enção pública, e que, sem t al explicação,
seriam inint eligíveis e desaf iariam o exame cient íf ico.
A compreensão dest e Princípio hermét ico do Ment alismo habilit a o indivíduo a abarcar pront ament e as
leis do Universo Ment al e a aplicar o mesmo Princípio para a sua f elicidade e adiant ament o. O est udant e
hermet ist a ainda não sabe aplicar int eligent ement e a grande Lei Ment al, apesar de empregá-la de maneira
casual.
Com a Chave-Mest ra em seu poder, o est udant e poderá abrir as diversas port as do t emplo psíquico e
ment al do conheciment o e ent rar por elas livre e int eligent ement e. Est e Princípio explica a verdadeira
nat ureza da Força, da Energia e da Mat éria, como e por que t odas elas são subordinadas ao Domínio da
Ment e. Um velho Mest re hermét ico escreveu, há muit o t empo: "Aquele que compreende a verdade da
Nat ureza Ment al do Universo est á bem avançado no Caminho do Domínio. " E est as palavras são t ão
verdadeiras hoj e, como no t empo em que f oram escrit as. Sem est a Chave-Mest ra, o Domínio é impossível, e o
est udant e bat erá em vão nas diversas port as do Templo.

II. O Principio de Correspondência


"O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima. "
- O CAIBALION -
Est e Princípio cont ém a verdade que exist e uma correspondência ent re as leis e os f enômenos dos
diversos planos da Exist ência e da Vida. O velho axioma hermét ico diz est as palavras: "O que est á em cima é
como o que est á embaixo, e o que est á embaixo é como o que est á em cima. ' A compreensão dest e Princípio
dá ao homem os meios de explicar muit os paradoxos obscuros e segredos da Nat ureza. Exist em planos f ora
dos nossos conheciment os, mas quando lhes aplicamos o Princípio de Correspondência chegamos a
compreender muit a coisa que de out ro modo nos seria impossível compreender. Est e Princípio é de aplicação
e manif est ação universal nos diversos planos do universo mat erial, ment al e espirit ual: é uma Lei Universal.
Os ant igos Hermet ist as consideravam est e Princípio como um dos mais import ant es inst rument os
ment ais, por meio dos quais o homem pode ver além dos obst áculos que encobrem à vist a o Desconhecido. O
seu uso const ant e rasgava aos poucos o véu de Isis e um vislumbre da f ace da deusa podia ser percebido.
Just ament e do mesmo modo que o conheciment o dos Princípios da Geomet ria habilit a o homem, enquant o
est iver no seu observat ório, a medir sóis longínquos, assim t ambém o conheciment o do Princípio de
Correspondência habilit a o Homem a raciocinar int eligent ement e, do Conhecido ao Desconhecido. Est udando a
mônada, ele chega a compreender o arcanj o.
III. O Princípio de Vibração
"Nada está parado; tudo se move;tudo vibra. " - O CAIBALION -
Est e Princípio encerra a verdade que t udo est á em moviirent o: t udo vibra; nada est á parado; f at o que a
Ciência moderna observa, e que cada nova descobert a cient íf ica t ende a conf irmar. E cont udo est e Princípio
hermét ico f oi enunciado há milhares de anos pelos Mest res do ant igo Egit o.
Est e Princípio explica que as dif erenças ent re as di versas manif est ações de Mat éria, Energia, Ment e e
Espírit o, result am das ordens variáveis de Vibração. Desde O TODO, que é Puro Espírit o, at é a f orma mais
grosseira da Mat éria, t udo est á em vibração; quant o mais elevada f or a vibração, t ant o mais elevada será a
posição na escala. A vibração do Espírit o é de uma int ensidade e rapidez t ão inf init as que prat icament e ele
est á parado, como uma roda que se move muit o rapidament e parece est ar parada.
Na ext remidade inf erior da escala est ão as grosseiras f ormas da mat éria, cuj as vibrações são t ão
vagarosas que parecem est ar paradas. Ent re est es pólos exist em milhões e milhões de graus dif erent es de
vibração. Desde o corpúsculo e o elét ron, desde o át omo e a molécula, at é os mundos e universos, t udo est á
em moviment o vibrat ório. Ist o é verdade nos planos da energia e da f orça (que t ambém variam em graus de
vibração); nos planos ment ais (cuj os est ados dependem das vibrações), e t ambém nos planos espirit uais.
O conheciment o dest e Princípio, ' com as f órmulas apropriadas, permit e ao est udant e hermet ist a
conhecer as suas vibrações ment ais, assim como t ambém a dos out ros. Só os Mest res podem aplicar est e
Princípio para a conquist a dos Fenômenos Nat urais, por diversos meios. "Aquele que compreende o Princípio
de vibração alcançou o cet ro do poder", diz um escrit or ant igo.

IV. O Principio de Polaridade


6

"Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto;o igual e o desigual são a mesma coisa; os
opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são
meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados. " - O CAIBALION -
Est e Princípio encerra a verdade: t udo é Duplo; t udo t em dois pólos; t udo t em o seu opost o, que f ormava
um velho axioma hermét ico. Ele explica os velhos paradoxos, que deixaram muit os homens perplexos, e que
f oram est abelecidos assim: A Tese e a Ant ít ese são idênt icas em nat ureza, mas dif erent es em grau; os opost os
são a mesma coisa, dif erindo soment e em grau; os pares de opost os podem ser reconciliados; os ext remos se
t ocam; t udo exist e e não exist e ao mesmo t empo; t odas as verdades são meias-verdades; t oda verdade é
meio-f alsa; há dois lados em t udo, et c. , et c.
Ele explica que em t udo há dois pólos ou aspect os opost os, e que os opost os são simplesment e os dois
ext remos da mesma coisa, consist indo a dif erença em variação de graus. Por exemplo: o Calor e o Frio, ainda
que sej am; opost os, são a mesma coisa, e a dif erença que há ent re eles consist e simplesment e na variação de
graus dessa mesma coisa.
Olhai para o vosso t ermômet ro e vede se podereis descobrir onde t ermina o calar e começa o f rio! Não
há coisa de calor absolut o ou de f rio absolut o; os dois t ermos calor e f rio indicam soment e a variação de grau
da mesma coisa, e que essa mesma coisa que se manif est a como calor e f rio nada mais é que uma f orma,
variedade e ordem de Vibração.
Assim o calor e o f rio são unicament e os dois pólos daquilo que chamamos Calor; e os f enômenos que daí
decorrem são manif est ações do Princípio de Polaridade. O mesmo Princípio se manif est a no caso da Luz e da
Obscuridade, que são a mesma coisa, consist indo a dif erença simplesment e nas variações de graus ent re os
dois pólos do f enômeno Onde cessa a obscuridade e começa a luz? Qual é a dif erença ent re o grande e o
pequeno? Ent re o f ort e e o f raco? Ent re o branco e o pret o? Ent re o perspicaz e o néscio? Ent re o alt o e o
baixo? Ent re o posit ivo e o negat ivo.
O Princípio de Polaridade explica est es paradoxos e nenhum out ro Princípio pode excedê-lo. O mesmo
Princípio opera no Plano ment al. Permít iu-nos t omar um exemplo ext remo: o do Amor e o ódio, dois est ados
ment ais em aparência t ot alment e dif erent es. E, apesar disso, exist em graus de ódio e graus de Amor, e um
pont o médio em que usamos dos t ermos Igual ou Desigual, que se encobrem mut uament e de modo t ão gradual
que às vezes t emos dif iculdades em conhecer o que nos é igual, desigual ou nem um nem out ro. E t odos são
simplesment e graus da mesma coisa, como compreendereis se medit ardes um moment o. E mais do que ist o
(coisa que os Hermet ist as consideram de máxima import ância), é possível mudar as vibrações de ódio em
vibrações de Amor, na própria ment e de cada um de nós e nas ment es dos out ros.
Muit os de vós, que ledes est as linhas, t iveram experiências pessoais da t ransf ormação do Amor em ódio
ou do inverso, quer isso se desse com eles mesmos, quer com out ros. Podeis pois t ornar possível a sua
realização, exercit ando o uso da vossa Vont ade por meio das f órmulas hermét icas. Deus e o Diabo, são, pois,
os pólos da mesma coisa, e o Hermet ist a ent ende a art e de t ransmut ar o Diabo em Deus, por meio da
aplicação do Princípio de Polaridade. Em resumo, a Art e de Polaridade f ica sendo uma f ase da Alquimia
Ment al, conhecida e prat icada pelos ant igos e modernos Mest res hermet ist as. O conheciment o do Princípio
habilit ará o discípulo a mudar a sua própria Polaridade, assim como a dos out ros, se ele consagrar o t empo e
o est udo necessário para obt er o domínio da art e.
V. O Principio de Ritmo
"T udo t em fluxo e refluxo; t udo , em suas marés; t udo sobe e desce; t udo se manifest a por
oscilações compensadas; a medida do moviment o à direit a é a medida do moviment o à esquerda; o
rit mo é a compensação. " - O CAIBALION -
Est e Princípio cont ém a verdade que em t udo se manif est a um moviment o para diant e e para t rás, um
f luxo e ref luxo, um moviment o de at ração e repulsão, um moviment o semelhant e ao do pêndulo, uma maré
enchent e e uma maré vazant e, uma maré -alt a e uma maré baixa, ent re os dois pólos, que exist em, conf orme
o Princípio de Polaridade de que t rat amos há pouco. Exist e sempre uma ação e uma reação, uma marcha e
uma ret irada, uma subida e uma descida. Ist o acont ece nas coisas do Universo, nos sóis, nos mundos, nos
homens, nos animais, na ment e, na energia e na mat éria.
Est a lei é manif est a na criação e dest ruição dos mundos, na elevação e na queda das nações, na vida de
t odas as coisas, e f inalment e nos est ados ment ais do I-Iomem (e é com est es últ imos que os Hermet ist as
reconhecem a compreensão do Princípio mais import ant e). Os Hermet ist as compreenderam est e Princípio,
reconhecendo a sua aplicação universal, e descobriram t ambém cert os meios de dominar os seus ef eit os no
próprio ent e com o emprego de f órmulas e mét odos apropriados. Eles aplicam a Lei ment al de Neut ralização.
7

Eles não podem anular o Princípio ou impedir as suas operações, mas aprenderam como se escapa dos seus
ef eit os na própria pessoa, at é um cert o grau que depende do Domínio dest e Princípio. Aprenderam como
empregá-lo, em vez de serem empregados por ele.
Nest e e nout ros mét odos consist e a Art e dos Hermet ist as. O Mest re dos Hermet ist as polarizasse at é o
pont o em que desej ar, e ent ão neut raliza a Oscilação Rít mica pendular que t enderia a arrast á-lo ao out ro
pólo.
Todos os indivíduos que at ingiram qualquer grau de Domínio próprio execut am ist o at é um cert o grau,
mais ou menos inconscient ement e, mas o Mest re o f az conscient ement e e com o uso da sua Vont ade,
at ingindo um grau de Equilíbrio e Firmeza ment al quase impossível de ser acredit ado pelas massas populares
que vão para diant e e para t rás como um pêndulo. Est e Princípio e o da Polaridade f oram est udados
secret ament e pelos Hermet ist as, e os mét odos de impedi-los, neut ralizá-los e empregá-los f ormam uma part e
import ant e da Alquimia Ment al do Hermet ismo.

VI. O Principio de Causa e Efeito


"Toda a Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua Causa; tudo
acontece de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a
uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada
escapa à Lei. " - O CAIBALION -
Est e princípio cont ém a verdade que há uma Causa para t odo o Ef eit o e um Ef eit o para t oda a Causa.
Explica que: Tudo acont ece de acordo com a Lei, nada acont ece sem razão, não há coisa que sej a casual;
que, no ent ant o, exist em vários planos de Causa e Ef eit o, os planos superiores dominando os planos
inf eriores, nada podendo escapar complet ament e da Lei.
Os Hermet ist as conhecem a art e e os mét odos de elevar-se do plano ordinário de Causa e Ef eit o, a um
cert o grau, e por meio da elevação ment al a um pl ano superior t omam-se Causadores em vez de Ef eit os.
As massas do povo são levadas para a f rent e; os desej os e as vont ades dos out ros são mais f ort es que as
vont ades delas; a heredit ariedade, a sugest ão e out ras causas ext eriores movem-nas como se f ossem peões no
t abuleiro de xadrez da Vida. Mas os Mest res, elevando-se ao plano superior, dominam o seu gênio. cara 't er,
suas qualidades, poderes, t ão bem como os que o cercam e t ornam-se Mot ores em vez de peões. Eles aj udam
a j ogar a criação, quer f ísica, quer ment al ou espirit ual, é possível sem part ida da vida, em vez de serem
j ogados e movidos por out ras vont ades e inf luências. Empregam o Princípio em lugar de serem seus
inst rument os. Os Mest res obedecem à Causalidade do pl ano superior, mas aj udam a governar o nosso plano.
Nest e preceit o est á condensado um t esouro do Conheciment o hermét ico: aprenda-o quem quiser.
VII. O Principio de Gênero
"O Genero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se
manifesta em todos os planos. " - O CAIBALION -
Est e princípio encerra a verdade que o gênero é manif est ado em t udo; que
o princípio masculino e o princípio f eminino sempre est ão em ação. Ist o é cert o não só no Plano f ísico,
mas t ambém nos Planos ment al e espirit ual. No Plano f ísico est e Princípio se manif est a como sexo, nos planos
superiores t oma f ormas superiores, mas é sempre o mesmo Princípio.
Nenhuma criação, quer f ísica, quer ment al ou espirit ual, é possível sern est e Princípio, A compreensão
das suas leis poderá esclarecer muit os assunt os que deixaram perplexas as ment es dos homens.
O Princípio de Gênero opera sempre na direção da geração, regeneração e criação'. Todas as coisas e
t odas as pessoas cont êm em si os dois Element os dest e grande Princípio.
Todas as coisas machos t êm t ambém o Element o f eminino; t odas as coisas f êmeas t êm o Element o
masculino. Se compreenderdes a f ilosof ia da Criação, Geração e Regeneração ment ais, podereis est udar e
compreender est e Princípio hermét ico. Ele cont ém a solução de muit os mist érios da Vida. Nós vos advert imos
que est e Princípio não t em relação alguma com as t eorias e prát icas luxuriosas, perniciosas e degradant es,
que t êm t ít ulos empolgant es e f ant ást icos, e que nada mais são do que a prost it uição do grande princípio
nat ural de Gênero. Tais t eorias, baseadas nas ant igas f ormas inf amant es do Falicismo, t endem a arruinar a
ment e, o corpo e a alma; e a Filosof ia hermét ica sempre publicou not as severas cont ra est es preceit os que
t endem à luxúria, depravação e perversão dos princípios do Nat ureza.
Se desej ais t ais ensinament os podeis procurá-los nout ra part e: o Hermet ismo nada cont ém nest as linhas
que sirva para vás. Para aquele que é puro, t odas as coisas são puras; para os vis, t odas as coisas são vis e
baixas.
8

CAPÍTULO III
A TRANSMUTAÇÃO MENTAL
"A Mente (tão bem como os metais e os elementos) pode ser transmutada de estado em estado, de
grau em grau, de condição em condição, de pólo em pólo, de vibração em vibração. A verdadeira
transmutação hermética é uma Arte Mental. " - O CAIBALION -
Como dissemos, os Hermet ist as eram os ant igos alquimist as, ast rólogos e psicologist as, t endo sido
Hermes o f undador dest as escolas de pensament o. Da ast rologia nasceu a moderna ast ronomia; da alquimia
nasceu a moderna química; da psicologia míst ica nasceu a moderna psicologia das escolas. Mas não se pode
supor que os ant igos ignoravam aquilo que as escolas modernas pret endem ser sua propriedade exclusiva e
especial. As memórias gravadas nas pedras do Ant igo Egit o most ram clarament e que os ant igos t inham um
grande conheciment o de ast ronomia, a verdadeira const rução das Pirâmides represent ando a relação ent re o
seu desenho e o est udo da ciência ast ronômica. Não ignoravam a Química, porque os f ragment os dos ant igos
escrit os most ram que eles conheciam as propriedades químicas das coisas; com ef eit o, as ant igas t eorias
relat ivas à f ísica vão sendo vagarosament e verif icadas pelas últ imas descobert as da ciência moderna,
principalment e as que se ref erem à const it uição da mat éria.
Não se deve crer que eles ignoravam as chamadas descobert as modernas em psicologia; pelo cont rário,
os egípcios eram especialment e versados na ciência da Psicologia, , part icularment e nos ramos que as
modernas escolas ignoram; que, não obst ant e, t êm sido encobert os sob o nome de ciência psíquica, que a
conf usão dos psicólogos da at ualidade, f azendo-lhes com repugnância admit ir que af inal pode haver alguma
coisa nela.
A verdade é que, sob a química mat erial, a ast ronomia e a psicologia (que é a psicologia na sua f ase de
ação do pensament o), os ant igos possuíam um conheciment o da ast ronomia t ranscendent e, chamada
ast rologia; da química t ranscendent e, chamada alquimia; da psicologia t ranscendent e chamada psicolo gía
míst ica. Possuíam o Conheciment o Int erno como o Conheciment o Ext erno, sendo o últ imo o único possuído
pelos cient ist as modernos. Ent re os muit os ramos secret os de conheciment o possuídos pelos Hermet ist as
est ava o conhecido sob o nome de Transmut ação Ment al, que f orma a exposição mat erial dest a lição.
Transmut ação é um t ermo usualment e empregado para designar a ant iga art e da t ransmut ação dos
met ais; part icularment e dos met ais impuros em ouro. A palavra t ransmut ar signif ica mudar de uma nat ureza,
f orma ou subst ância, em out ra; t ransf ormar (Webst er). E da mesma f orma, Transmut ação Ment al signif ica a
art e de t ransf ormar e de mudar os est ados, as f ormas e as condições ment ais em out ras. Assim podeis ver que
a Transmut ação Ment al é a Art e da Química Ment al ou se quiserdes, uma f orma da Psicologia Míst ica prát ica.
Porém est as signif icações est ão muit o longe de serem o que ext eriorment e parecem.
A Transmut ação, Alquimia, ou Química, no Plano Ment al é cert ament e muit o import ant e nos seus ef eit os,
e se a art e cessou agora, assim mesmo não pode deixar de ser um dos mais import ant es ramos de est udos
conhecidos pelos homens. Mas ist o é simplesment e o princípio. Vej amos a razão!
O primeiro dos Set e Princípios Hermét icos é o princípio de Ment alísmo, o seu axioma é "O TODO é Ment e;
o Universo é Ment al", que signif ica que a Realidade Obj et iva do Universo é Ment e; e o mesmo Universo é
Ment al, ist o é, exist ent e na Ment e do TODO. Est udaremos est e princípio nas seguint es lições, mas deixai-nos
examinar o ef eit o do princípio se f or considerado como verdade.
Se o Universo é Ment al na sua nat ureza, a Transmut ação Ment al pode ser considerada como a art e de
MUDAR AS CONDIÇÕES DO UNIVERSO, nas divisões de Mat éria, Força e Ment e. Assim compreendereis que a
Transmut ação Ment al é realment e a Magia de que os ant igos escrit ores muit o t rat aram nas suas obras
míst icas, e de que dão muit o poucas inst ruções prát icas. Se Tudo é Ment al, ent ão a art e que ensina a
t ransmut ar as condições ment ais pode t ornar o Mest re diret or das condições mat eriais t ão bem como das
condições chamadas ordinariament e ment ais.
De f at o, nenhum alquimist a, que não est ej a adiant ado na Alquimia ment al, pode obt er o grau necessário
de poder para dominar as grosseiras condições f ísicas e os element os da Nat ureza, a produção ou cessação
das t empest ades e dos t erremot os assim como de out ros grandes f enômenos f ísicos. Que t ais homens t enham
exist ido e exist am ainda hoj e, é mat éria da maior cert eza para t odos os ocult ist as adiant ados de t odas as
escolas. Que exist em Mest res e que eles t êm est es poderes, os melhores inst rut ores asseguram-no aos seus
discípulos, t endo experiências que os . j ust if icam nest as opiniões e declarações. Est es Mest res não exibem em
público os seus poderes, mas procuram o af ast ament o do t umult o dos homens, com o f im de abrir melhor o
seu caminho na Senda do Conheciment o. Mencionamos aqui a sua exist ência simplesment e com o f im de
chamar a vossa at enção para o f at o de que o seu Poder é int eirament e Ment al, e de que eles operam
9

conf orme as linhas da mais elevada Transmut ação ment al, e em conf ormidade com o Princípio hermét ico de
Ment alismo. "O Universo é Ment al" O CAIBALION.
Porém os discípulos e os Hermet ist as de grau inf erior aos Mest res - os Iniciados e Inst rut ores - podem
f acilment e operar pelo Plano Ment al ao prat icar a Transmut ação Ment al. Com ef eit o, t udo o que chamamos
f enômenos psíquicos, inf luência ment al, ciência ment al, f enômenos de novo pensament o, et c. , se realiza
conf orme a mesma linha geral, porque nist o est á mais um princípio ocult o, do que a mat éria cuj o nome é
dado, ao f enômeno.
O discípulo que é prat icant e da Transmut ação Ment al opera no Plano Ment al, t ransmut ando as condições
ment ais, os est ados, et c. em out ros, de acordo com diversas f órmulas mais ou menos ef icazes. Os diversos
t rat ament os, as af irmações e negações, et c. , das escolas da ciência ment al são ant es f órmulas
f reqüent ement e muit o imperf eit as e não cient íf icas, da Art e hermét ica. A maioria dos prat icant es modernos
são muit o ignorant es em comparação com os ant igos mest res, pois eles carecem do conheciment o
f undament al sobre que é baseada a operação.
Não soment e os próprios est ados ment ais podem ser mudados ou t ransmut ados pelos mét odos
hermét icos; mas t ambém os est ados ment ais dos out ros podem ser, e mesmo são const ant ement e
t ransmut ados na mesma direção, quase sempre inconscient ement e, mas às vezes conscient ement e, por uma
pessoa que conheça as leis e os princípios, nos casos em que a pessoa inf luenciada não est ej a inf ormada dos
princípios da prot eção própria. E, ainda mais, como sabem diversos discípulos e prat icant es da moderna
ciência ment al, t oda condição mat erial que depende das ment es dos out ros pode ser mudada ou t ransmut ada
de acordo com o desej o, a vont ade e os t rat ament os reais da pessoa que desej a mudar as condições da vida.
Na at ualidade o Público est á inf ormado geralment e dest as coisas, que não j ulgamos necessário mencioná-las
por ext enso; porque o nosso propósit o a est e respeit o é simplesment e most rar a Art e e o Princípio hermét ico
de Polaridade.
Nest e livro procuramos est abelecer os princípios básicos da Transmut ação Ment al, para que t odos os que
lêem possam compreender os Princípios secundários, e possuir ent ão a Chave--Mest ra que abrirá as diversas
port as do Princípio hermét ico de Polaridade.
Vamos f azer agora uma consideração sobre o primeiro dos Set e Princípios hermét icos: o princípio de
Ment alismo, que af irma a verdade que "O TODO é Ment e; o Universo é Ment al", conf orme as palavras do
Caibalion. Pedimos uma at enção ínt ima e um est udo cuidadoso dest e grande Princípio, da part e dos nossos
discípulos, porque ele é realment e o Princípio Básico de t oda a Filosof ia hermét ica e da Art e hermét ica de
Transmut ação Ment al.

CAPÍTULO IV
O TODO
"Sob as aparências do Universo, do Tempo e do Espaço e da Mobilidade,
está sempre encoberta a Realidade Substancial: a Verdade fundamental. "
- O CAIBALION -
A Subst ância é aquilo que se ocult a debaixo de t odas as manif est ações ext eriores, a essência, a realidade
essencial, a coisa em si mesma, et c. Subst ancial é aquilo que exist e at ualment e, que é element o essencial,
que é real, et c. A Realidade é o est ado real, verdadeiro, permanent e, duradouro, at ual de um ent e.
Debaixo e dent ro de t odas as aparências ou manif est ações ext eriores, sempre houve uma Realidade
subst ancial. Est a é a Lei.
O homem, considerando o Universo, de que é simplesment e uma part ícula, observa que t udo se
t ransf orma em mat éria, em f orças e em est ados ment ais. Ele conhece que nada É real, mas que, pelo
cont rário, t udo é MÓVEL e CONDICIONAL. Nada est á parado; t udo nasce, cresce e morre; no moment o em que
uma coisa chega a seu auge, logo começa a declinar; a lei do rit mo est á em const ant e ação; não há realidade,
qualidade duradoura, f ixidez ou subst ancialidade em qualquer coisa que , sej a; nada é permanent e, t udo se
t ransf orma. O homem que observa as leis do Universo vê que t odas as coisas evoluem de out ras coisas, e
resolvem-se em out ras; vê uma const ant e ação e reação, um f luxo e ref luxo, uma criação e dest ruição, o
nasciment o, cresciment o e a mort e. Nada é permanent e, t udo se t ransf orma. Se esse homem f or um pensador
at ivo, ele realizará t odas essas coisas mudáveis, que serão, cont udo, aparências ou manif est ações ext eriores
da mesma Força Ocult a, da mesma realidade subst ancial.
Todos os pensadores de t odos os países e t odas as épocas compreenderam a necessidade de ser admit ida
a exist ência dest a Realidade subst ancial. Todas as f ilosof ias dignas dest e nome acham-se baseadas nest a
10

opinião. Os homens deram a est a Realidade subst ancial muit as denominações: muit os designaram-na sob o
t ermo Divindade (sob diversos t ít ulos); out ros chamaram-na a Et erna e Inf init a Energia; out ros ainda deram-
lhe simplesment e o nome de Mat éria: mas t odos reconheceram a sua exist ência. Ist o é evident e por si
mesmo, não é necessário argument os.
Nest as lições seguiremos o exemplo de muit os grandes pensadores ant igos e modernos - os Mest res
Hermet ist as - e designaremos est a Força Ocult a, est a Realidade subst ancial sob o nome de O TODO, t ermo
que consideramos como o mais compreensível dos diversos t ermos empregados pelo Homem para designar
AQUELE que excede t oclos os nomes e t oclos os t ermos.
Aceit amos e ensinamos as idéias dos grandes pensadores hermét icos de t odos os t empos, assim como as
dest as almas iluminadas, que galgaram elevados Planos de exist ência, e que af irmam a nat ureza ínt ima do
TODO ser INCOGNOSCÍVEL. Ist o é assim que ninguém pode compreender pelo próprio TODO por a nat ureza e a
exist ência ínt ima dele.
Os Hermet ist as pensam e ensinam que o TODO, em Si mesmo, é e será sempre INCOGNOSCÍVEL. Eles
consideram t odas as t eorias, conj et uras e especulações dos t eólogos e met af ísicos a respeit o da nat ureza
ínt ima do TODO, como esf orços inf ant is das ment es f inít as para compreender o segredo do Inf init o. Tais
esf orços sempre desviaram e desviarão da verdadeira nat ureza do seu f im. Uma pessoa que Prossegue em t ais
invest igações vai, de circuit o em circuit o no labirint o do pensament o, prej udicar o seu são raciocínio, a sua
ação e a sua condut a, at é f icar t ot alment e inut ilizada para o t rabalho da vida. É como o esquilo, que
f uriosament e corre dent ro da redondeza da sua gaiola, caminhando sempre sem nunca chegar em part e
alguma, e parando só quando se assust a: é enf im um prisioneiro.
Porém são ainda mais presunçosos os que at ribuem ao TODO a personalidade, as qualidades e
propriedades - caract eríst icos e at ribut os deles mesmos, e querem que o TODO t enha emoções, sensações e
out ros caract eríst icos humanos que est ão abaixo das pequenas qualidades do gênero humano, t ais como a
invej a, o desej o de lisonj as e louvores, desej o de of erendas e adorações, e t odos os out ros at ribut os que
sobrevivem desde a inf ância da raça. Tais idéias não são dignas de pessoas maduras e vão sendo rapidament e
abandonadas.
(Vem a propósit o dizer aqui que f azemos dist inção ent re a Religião e a Teologia, ent re a Filosof ia e a
Met af ísica. )
A Religião para nós é a realização inst it ucional da exist ência do TODO, e sua relação para com ele; ao
passo que a Teologia -represent a o esf orço do homem em at ribuir-lhe personalidade, qualidades e
caract eríst icos, as t eorias a respeit o dos seus negócios, planos, desej os e vont ades, e as apropriações de t udo
isso para o of ício de mediadores ent re O TODO e O povo.
A Filosof ia é, para nós, a invest igação de acordo com o conheciment o das coisas conhecíeis e
concebíveis; ao passo que a Met af ísica é o int ent o de levar a invest igação às regiões incognoscíveis e
inconcebíveis e além dos seus limit es, com a mesma t endência que a Teologia. Por conseguint e, a Religião e a
Filosof ia são para nós coisas que t êm o seu princípio na Realidade, ao passo que a Teologia e a Met af ísica
parecem delgados caniços, enraizados na areia movediça da ignorância, e nada mais const it uem que o mais
incert o apoio para a ment e ou a alma do Homem. Não insist iremos com os est udant es que aceit am est as
def inições; só mencionamo-las para most rar a posição em que nos colocamos nest e assunt o. Sej a como f or
f alaremos muit o pouco sobre a Teologia e a Met af ísica.
Mas, conquant o a nat ureza essencial do TODO sej a Incognoscível, exist em cert as verdades conexas com a
sua exist ência que a ment e humana f oi obrigada a aceit ar. E o exame dest as verdades f orma um assunt o
próprio para invest igações, morment e quando elas concordam com o t est emunho do Iluminado nos planos
superiores. Nós vos convidamos a f azer est as invest igações.
"AQUELE que é a Verdade Fundament al, a Realidade Subst ancial, est á f ora de uma verdadeira
denominação, mas o sábio chama-o O TODO. " - O CAIBALION -
"Na sua Essência, O TODO é INCOGNOSCIVEL. " - O CAIBALION -
"Mas os t est emunhos da Razão devem ser hospit aleirament e recebidas e t rat ados com respeit o. " - O
CAIBALION -
A razão humana, cuj os t est emunhos devemos aceit ar ao raciocinar sobre alguma coisa, nos diz o seguint e
a respeit o do TODO, mas sem pret ender levant ar o véu do Incognoscível:
I. O TODO é Tudo o que É REAL. Nada pode exist ir f ora do TODO, porque do
cont rário o TODO não seria mais o TODO.
11

II. O TODO É INFINITO, porque não há quem def ina, rest rinj a e limit e O TODO. É Inf init o no Tempo,
OU ETERNO; exist iu sempre, sem cessar; porque nada há que o pudesse criar, e se ele não t ivesse
exist ido, não podia exist ir agora; exist irá perpet uament e, porque não há quem o dest rua, e ele não pode
deixar de exist ir, porque aquilo que é alguma coisa não pode f icar sendo nada. É inf init o no -espaço; est á
em t oda part e porque não há lugar f ora do TODO; é cont ínuo no Espaço Sem cessação, separação ou
int errupção, porque nada há que separe, divida ou int errompa a sua cont inuidade, e nada há para encher
lacunas. É Inf init o ou Absolut o em Poder; porque não há nada para limit á-lo, rest ringi-lo ou acondicioná-
lo; não est á suj eit o a nenhum out ro Poder, porque não há out ro Poder.
III. O TODO É IMUTÁVEL, ou não est á suj eit o a ser mudado na sua nat ureza real, nada há que possa
operar mudanças nele, nada há em que possa ser mudado nem nada que t enha sido mudado. Não pode ser
aument ado nem diminuído, nem f icar maior ou menor, sej a qual f or o mot ivo. Ele sempre f oi e sempre
será t al como é agora: O TODO; nada houve, nada há e nada haverá em que ele possa ser mudado.
TODO sendo Inf init o, Absolut o, Et erno e Imut ável, segue-se que t udo o que
é f init o, passageiro, condicional e Mut ável não é o Todo. E como não há nada Real f ora do TODO, t odas
as coisas f ínit as não são Reais. Não deveis f icar admirados e espant ados das nossas palavras; não queremos
levar-vos à Ciência Crist ã f undada sobre a part e inf erior da Filosof ia hermét ica. Há uma Reconciliação para o
aparent e est ado cont radit ório at ual do assunt o. Tende paciência, que nós t rat aremos dest e assunt o em seu
t empo.
Vemos ao redor de nós que aquilo que se chama Mat éria const it ui O Princípio de t odas as f ormas. É O
TODO Simplesment e Mat éria? Absolut ament e não! A Mat éria não pode manif est ar a Vida ou a Ment e, e como a
Vida e a Ment e são manif est adas no Universo, Porque nada é superior à sua própria origem, nada se manif est a
como ef eit o que não est ej a na causa, nada evolui como conseqüent e, que não t enha involuído como
ant ecedent e. Quando a ciência moderna nos diz que não há realment e out ra coisa senão Mat éria, devemos
saber que aquilo que ela chama Mat éria é simplesment e uma energia eu f orça int errompida, ist o é, uma
energia ou f orça com poucos graus de vibração. Disse um recent e escrit or, "a Mat éria obscureceu-se no
Mist ério". Mesmo a ciência mat erialist a j á abandonou a t eoria da Mat éria e agora se apóia sobre a base da
Energia.
Ent ão o TODO é simplesment e Energia ou Força? Não é Energia ou Força como os mat erialist as empregam
est es t ermos, porque a energia e f orça deles são coisas cegas e mecânicas, privadas de Vida ou de Ment e. A
Vida ou a Ment e não pode evoluir da Energia ou Força cega, pela razão dada acima, que: Nada é superior à
sua própria origem, nada evolui que não t enha involuído, nada se manif est a como ef eit o que não t enha a sua
causa. E assim O TODO não pode ser simplesment e Energia ou Força, porque, se assim f osse, não t eriam
exist ência a Vida e a Ment e, e nós sabemos muit o bem que elas exist em, porque somos nós os que t emos
Vida, e que empregamos a Ment e para considerar est a quest ão, assim como os que pret endem que a Energia
ou Força é Tudo.
Que é, pois, que sabemos exist ir no Universo, que é superior à Mat éria ou Energia? A VIDA E A MENTE! A
Vida e a Ment e em t odos os seus diversos graus de desenvolviment o! "Ent ão, pergunt ais, quereis dizer que O
TODO É VIDA E MENTE? Sim e Não! é a nossa respost a. Se ent endeis a Vida e a Ment e como nós pobres mort ais
conhecêmo-las, diremos, Não! O TODO não é ist o! "Mas, que nat ureza de Vida e de Ment e quereis signif icar?",
direis vós.
A respost a é: "A MENTE VIVENTE, muit o acima do que os mort ais conhecem por essas palavras, como a
Vida e a Ment e são superiores às f orças mecânicas ou à mat éria; A INFINITA MENTE é Muit o superior em
comparação à Vida e à Ment e f init a. " Queremos exprimir o que as almas iluminadas signif icam ao
pronunciarem reverent ement e a palavra ESPÍRITO!
O TODO é a Inf init a Ment e Vivent e; o Iluminado chama-a ESPÍRITO!

CAPÍTULO V
O UNIVERSO MENTAL
"O Universo é Mental: ele está dentro da mente d'O TODO. - o CAIBALION -
O TODO é ESPÍRITO! Mas que é Espírit o? Est a pergunt a não pode ser respondida, porque a sua def inição
seria prat icament e a do TODO, que não pode ser explicado nem def inido. Espírit o é um simples nome que os
homens dão às suas mais elevadas concepções da Inf init a Ment e Vivent e; est a palavra signif ica a Essência
Real; signif ica a Ment e Vivent e, t ão superior à Vida e à Ment e t ais como as Conhecemos, quant o est as últ imas
são superiores à Energia mecânica e à Mat éria. O Espírit o é superior ao nosso ent endiment o, e só empregamos
12

est e t ermo para podermos f alar do TODO. No j uízo dos pensadores e int eligent es est amos j ust if icados f alando
do Espírit o como Inf init a Ment e Vivent e, e reconhecendo que não Podemos compreende-Ia, quer raciocinando
sobre ela, quer est udando a mat éria na sua t ot alidade.
Façamos agora uma consideração sobre a nat ureza do Universo, quer no seu t odo, quer nas suas part es.
Que é o UniverSO? Dissemos que nada há f ora do TODO. Ent ão o Universo é O TODO? Não; não o é; porque o
Universo parece ser f ormado de MUITOS, e est á const ant ement e mudando, ou, por out ras palavras, ele não
pode ser comparado com as idéias que est abelecemos a respeit o do TODO. Ent ão, se o Universo não é o
TODO, ele é o Nada; t al é a conclusão inevit ável da ment e à primeira idéia. Mas est a não sat isf az a quest ão,
porque sent imos a exist ência do Universo. Ora, se o Universo não é O TODO, nem o Nada, que será ent ão?
Examinemos a quest ão.
Se verdadeirament e o Universo exist e, ou parece exist ir, ele procederá diret ament e do TODO, poderá ser
uma criação do TODO. Mas como poderá alguma coisa sair do nada, de que O TODO a t eria criado?
Vários f ilósof os responderam a est a pergunt a, dizendo que TODO criou o Universo de si MESMO, ist o é, da
exist ência e subst ância do TODO. Mas ist o não pode ser, porque o TODO não pode ser dividido ou diminuído,
como j á vimos, e se ist o f osse verdade, cada part ícula do Universo não poderia deixar de conhecer o seu ent e
- O TODO; o TODO não perderia o conheciment o próprio, nem SE TORNARIA at ualment e um át omo, uma f orça
cega ou uma coisa de vida humilde. Com ef eit o, alguns homens, j ulgando que o TODO é exat ament e TUDO, e
reconhecendo t ambém que eles, os homens, exist em, avent uraram-se a concluir que eles eram idênt icos ao
TODO, e at roaram os ares com os seus clamores de "EU SOU DEUS! " para divert iment o da mult idão e sorriso
dos sábios. O clamor do corpúsculo que dissesse: "Eu sou Homem! ", seria mais modest o em comparação.
Mas, que é, pois, o Universo, se não f or o TODO separando a si mesmo em f ragment os? Que out ra coisa
poderá ser? De que coisa poderá ser f eit o? Est a é a grande quest ão. Examinemo-la bem. Reconhecemos que o
Princípio de Correspondência (vide a primeira lição) vem em nosso auxílio aqui. O velho axioma hermét ico "o
que est á em cima é como o que est á embaixo", pode ser empregado com êxit o nest e pont o. Permit i-nos f azer
uma rápida hipót ese sobre os planos elevados, 'examínando-os em nós mesmos. O Princípio de
Correspondência aplica-se a est e como a out ros problemas.
Vej amos, pois! No seu próprio plano de exist ência, como cria o Homem? Primeirament e, ele pode criar,
f azendo alguma coisa de mat eriais ext eriores. Mas assim não pode ser, porque não há mat eriais ext eriores ao
TODO, com os quais ele possa criar. Em segundo lugar, o Homem procria ou reproduz a sua espécie pelo
processo da geração que é a própria mult iplicação por meio da t ransf ormação de uma part e da sua subst ância
na da sua prole. Mas, assim t ambém não pode ser, porque o Todo não pode t ransf erir ou subt rair uma part e
de si mesmo, assim como reproduzir ou mult iplicar a si mesmo: no primeiro caso haveria uma revogação da
lei, e no segundo, uma mult iplicação ou adição do TODO, idéias t ot alment e absurdas. Não há nenhum out ro
meio pelo qual O HOMEM cria? Sim, há; ele CRIA MENTALMENTE! E dest e modo, não emprega mat eriais
ext eriores, não reproduz a si mesmo, e, apesar disso, o seu Espírit o penet ra a Criação Ment al.
Conf orme o Princípio de Correspondência, t emos razão de considerar que O TODO CRIA MENTALMENTE o
Universo, de um modo semelhant e ao processo pelo qual o Homem cria as Imagens ment ais. Est e é o
t est emunho da Razão, que concorda perf eit ament e com o t est emunho do Iluminado, como ele o manif est a
pelos seus ensinos e escrit os. Assim são os ensinament os do Sábio. Tal era a dout rina de Hermes.
O TODO não pode criar de out ro modo senão ment alment e, sem empregar qualquer mat erial (nada há
para ser empregado), , e nem reproduzir a si mesmo (o que é t ambém impossível). Não se pode escapar dest a
conclusão da Razão, que, como dissemos, concorda com os mais elevados preceit os do Iluminado. j ust ament e
como vós podeis criar um Universo de vós mesmos na vossa ment alidade, aSSiM O TODO cria Universo na sua
própria Ment e. Mas o vosso Universo é criação ment al de uma Ment e f init a, enquant o que o do TODO é criação
de uma Ment e Inf init a. Ambos são análogos em nat ureza, mas inf init ament e dif erent es em grau. Vamos
examinar cuidadosament e como f azemos nos processos de criação e manif est ação. Mas ant es de t udo é
preciso f ixardes as vossas ment es nest a f rase: O UNIVERSO, E TUDO O QUE ELE CONTÉM, É UMA CRIAÇÃO
MENTAL DO TODO. COM ef eit o, O TODO É MENTE!
" O TODO cria na sua Ment e inf init a inumeráveis Universos, que exist em por eons de Tempo; e cont udo,
para O TODO, a criação, o desenvolviment o, o declínio e a mort e de um milhão de Universos é como que o
t empo do pest anej ar dum olho. " - O CAIBALION-.
"A Ment e Inf init a d'O TODO é a mat riz dos Universos. " -O CAIBALION-.
O Princípio de Gênero (vide lição primeira e seguint es) é manif est ado em t odos os planos de vida, quer
mat eriais, ment ais ou espirit uais. Mas, como j á dissemos, Gênero não signif ica Sexo; o sexo é simplesment e
13

uma manif est ação mat erial do, gênero. Gênero signif ica relat ivo à geração ou criação. Em qualquer lugar, em
qualquer plano, em que uma coisa é criada ou gerada, o Princípio de Gênero se manif est a. E ist o é verdade
mesmo na criação dos Universos.
Mas, não se deve concluir dist o que ensinamos haver um Deus ou Criador macho e f êmea. Est a idéia é um
desvio dos ant igos preceit os sobre est e assunt o.
O verdadeiro ensinament o é que o TODO em si mesmo est á f ora do Gênero, assim como de qualquer
out ra Lei, mesmo as do Tempo e do Espaço. Ele é a Lei de que t odas as Leis procedem e não est á suj eit o a
elas. Cont udo, quando O TODO se manif est a no plano de geração ou criação, os seus at os concordam com a
Lei e o Princípio, porque se realizam num plano inf erior de exist ência. E, por conseguint e, ele manif est a no
Plano Ment al o Princípio de Gênero, nos seus aspect os Masculino e Feminino.
Est a idéia poderá causar admiração a alguns de vós, que aprendem-na pela primeira vez, mas t odos vós
aceit ast e-a passivament e nas vossas concepções diárias. Falais na Pat ernidade de Deus e na Mat ernidade da
Nat ureza; de Deus, o Pai divino e da Nat ureza, a Mãe universal; logo, reconheceis inst int ivament e o Princípio
de Gênero no Universo. Não é verdade?
Mas a dout rina hermét ica não exprime uma dualidade real: O TODO é um; os dois aspect os são
simplesment e aspect os de manif est ação. O ensinament o é que o Princípio Masculino manif est ado pelo TODO
só impede a dest ruição da concepção at ual do Universo. Ele proj et a o seu Desej o no Princípio Feminino (que
se chama Nat ureza), ao mesmo t empo que est e últ imo começa a obra at ual da evolução do Universo, desde os
simples cent ros de at ividade at é o homem, e subindo cada vez mais de acordo com as bem-est abelecidas Leis
da Nat ureza. Se dais pref erência aos velhos modos de expressão, podeis considerar o Princípio Masculino
COMO DEUS, o Pai, e o Princípio Feminino COMO a NATUREZA, a Mãe Universal, em cuj a mat riz t oclas as
coisas f oram geradas. Ist o não é simplesment e uma f icção poét ica de linguagem; é uma idéia do processo
at ual de criação do Universo. Mas é preciso não esquecer que O TODO é um, e que o Universo é gerado,
criado e exist e na sua Ment e Inf init a.
Ist o vos permit irá f azer uma idéia de vós mesmos, se quiserdes aplicar a Lei de Correspondência à vossa
própria ment e e a vós mesmos. Sabeis que a part e de Vós que chamais Eu. em cert o sent ido, sust ent a e prova
a criação de Imagens ment ais na vossa própria ment e. A part e da vossa ment e em que é realizada a geração
ment al pode ser chamada o eu inf erior, dist int o do Eu. que sust ent a e examina os pensament os, as idéias e as
imagens do eu inf erior. Reparai bem que "o que est á em cima é como o que est á embaixo", e que os
f enômenos de um plano podem ser empregados na solução dos enigmas de planos superiores ou inf eriores.
Será para admirar que Vós, os f ilhos, sint ais est a inst int iva reverência pelo TODO, sent iment o que
chamamos religião; est a reverência e est e respeit o para com a MENTE-PAI? Será para admirar que, ao
considerar as obras e as maravilhas da Nat ureza, f iqueis dominado por um grande sent iment o que t em sua
origem f ora do vosso ínt imo ser? É a MENTE-MÃE que vos est reit a, como a mãe est reit a seu f ilho ao seio.
Não deveis comet er o erro de crer que o pequeno mundo que vedes ao redor de vós, a Terra, que é
simplesment e um grão de areia em comparação com o Universo, sej a o próprio Universo. Exist em milhões de
mundos semelhant es e maiores. Há milhões e milhões de Universos iguais em exist ência dent ro da Ment e
Inf init a do TODO. E mesmo no nosso pequeno sist ema solar há regiões e planos de vida mais elevados que os
nossos, -e ent es, em comparação aos quais nós, míseros mort ais, somos como as viçosas f ormas vivent es que
habit am no f undo do oceano, comparadas ao Homem. Há ent es com poderes e at ribut os superiores aos que o
Homem sonhou ser possuído pelos deuses. Não obst ant e, est es ent es f oram como vós e ainda inf eriores, e,
com o t empo, vós podeis ser como eles ou superiores a eles; porque, como diz o Iluminado, t al é o Dest ino do
Homem.
A Mort e não é real, ainda mesmo no sent ido relat ivo; ela é simplesment e o Nasciment o a uma nova vida,
e cont inuareis sempre de planos elevados de vida a out ros mais elevados por eons e eons de t empo. O
Universo é vossa habit ação e est udareis os seus mais di st ant es a@, essos ant es do f im do Tempo, Residis na
Ment e Inf init a do TODO, e as vossas pot encialidades e oport unidades são inf init as mas soment e no t empo e no
espaço. E no f im do Grande Ciclo de EONS, O TODO recolherá em si t odas as suas criações; porém, vós
cont inuareis alegrernent e a vossa j ornada, porque ent ão querereis preparar-vos para conhecer a Verdade
Tot al da exist ência em Unidade com O TODO.
E, quando est iverdes na met ade do caminho, est areis calmos e serenos; sois seguros e prot egidos pelo
Poder Inf init o da MENTE-MÃE.
"Dent ro da Ment e Pai-Mãe, o f ilho mort al est á na sua morada. " - O CAIBALION -
"Não há nenhum órf ão de Pai ou de Mãe no Universo. "O CAIBALION -
14

CÁPÍTULO VI
O PARADOXO DIVINO
"Os f alsos sábios, reconhecendo a irrealidade comparat iva do Universo, imaginaram que podiam
t ransgredir as suas Leis: est es t ais são vãos e presunçosos loucos; eles se quebram na rocha e são f eit os em
pedaços pelos element os, por causa da sua loucura. O verdadeiro sábio, conhecendo a nat ureza do Universo,
emprega a Lei cont ra as leis, o superior cont ra o inf erior; e pela Art e da Alquimia t ransmit a aquilo que é
desagradável naquilo que é agradável, e dest e modo t riunf a, O Domínio não consist e em sonhos anormais, em
visões, em vida e imagInações f ant ást icas, mas sim no emprego das f orças superiores cont ra . as inf eriores,
escapando assim das penas dos pia-nos inf eriores pela vibração nos superiores. A Transmut ação não é uma
denegação presunçosa, é a arma of ensiva do Mest re. " - O CAIBALION - .
Est e é o Paradoxo do Universo, que result a do Princípio de Polaridade que se manif est a quando o TODO
começa a Criar. É necessário prest ar at enção, porque ist o est abelece a dif erença ent re a f alsa e a verdadeira
sabedoria.
Enquant o que para o TODO INFINITO, o Universo, as suas Leis, as suas Forças, a sua Vida e os seus
Fenômenos, são como pensament os present es no est ado de Medit ação ou Sonho; para t udo o que é Finit o, o
Universo deve ser considerado como Real, e a vida, a ação e o pensament o devem ser baseados nele, de
modo a concordar com um preceit o da Verdade superior; cada qual concordando com o seu próprio Plano e
suas Leis. Se o TODO imaginasse-que o Universo era verdadeira Realidade, desgraçado do Universo porque ele
não poderia subir do inf erior ao superior que a deif icação; ent ão o Universo f icaria f ixo e o progresso seria
impossível.
E se o Homem, devido à f alsa sabedoria, considerar as ações, vidas e pensament os do Universo, como um
mero sonho (semelhant e aos seus próprios sonhos f init os), ent ão ele o f az t ão convenient e para si, e, como
um dormidor que est á passeando, t ropeça sempre num círculo vicioso, sem f azer progresso algum, sendo, por
f im, despert ado por uma queda t errível, provenIent e das Leis Nat urais que ele ignora. Conservai sempre a
vossa ment e nas Est relas, mas deixai os vossos olhos verem os vossos passos para não cairdes na lama, por
causa da vossa cont emplação de cima. Lembrai-vos do Paradoxo Divino, que ao mesmo t empo que o Universo
NÃO EXISTE, ELE EXISTE. Lembraí-vos sempre dos dois Pólos da Verdade: o Absolut o e o Relat ivo. Tomai
cuidado com as Meias-Verdades.
Aquilo que os Hermet ist as conhecem como a Lei do Paradoxo é um aspect o do Princípio de Polaridade.
Os escrit os hermét icos est ão cheios de ref erências ao apareciment o de Paradoxos na consideração dos
problemas da Vida e da Exist ência. Os Inst rut ores previnem const ant ement e os seus discípulos cont ra o erro
de omit ir o out ro lado de cada quest ão. E as suas admoest ações se ref erem part icularment e aos problemas do
Absolut o e do Relat ivo, que deixam perplexos t odos os est udant es de f ilosof ia, e que causam muit as idéias e
ações cont rárias ao que é geralment e conhecido como senso comum. Nós prevenimos a t odos os est udant is
que f iquem cert os de compreender o Paradoxo Divino do Absolut o e do Relat ivo, para não f icarem at olados na
lama da Meía-Verdade. É para est e f im que f oi escrit a est a lição part icular. Aprendei-a bem!
O primeiro pensament o que o homem pensador t em, depois que ele compreende bem a verdade que o
Universo é uma Criação Ment al do TODO, é que o Universo, e t udo o que ele cont ém, é mera ilusão,
irrealidade; idéia cont ra a qual os seus inst int os se revolt am. Cont udo est a, como t odas as out ras grandes
verdades, pode ser considerada sob os pont os de vist a Absolut o e Relat ivo. Sob o pont o de vist a Absolut o o
Universo comparado com O TODO em si é de nat ureza duma ilusão, dum sonho, duma f ant asmagoria. Sempre
reconhecemo-lo em nossas vist as ordinárias, porque f alamos do mundo como um espet ácul o t r ansi t ór i o que
vai e vem, nasce e morre, por causa do element o de impermanência e mudança, limit ação e
insubst ancialidade; idéia est a que est á em relação com a de um Universo criado, ao passo que cont rast a com
a idéia do TODO.
Filósof os, met af ísicos, cient ist as e t eólogos, t odos são concordes sobre est e pont o, que é f undado em
t odas as f ormas de idéias f ilosóf icas e religiosas, assim como nas t eorias das respect ivas escolas met af ísicas e
t eológicas.
Assim, as dout rinas hermét icas não ensinam a insubst ancialidade do Universo com palavras mais
alt íssonas do que as que vos são f amiliares, mas, apesar disso, o seu modo de encarar o assunt o parecerá uma
coisa mais assust adora. Uma coisa que t em um princípio e um f im pode ser considerada, em cert o sent ido,
como irreal e não verdadeira; e, conf orme t odas as escolas de. - pensament o, o Universo est á sob est a lei.
15

No pont o Absolut o de vist a, nada há real a não ser o TODO, que não pode ser realment e explicado. Ou o
Universo é criado da Mat éria, ou é uma criação ment al na Ment e do TODO: ele é insubst ancial, não-
duradouro, uma coisa de t empo, espaço e mobilidade. É necessário compreenderdes cabalment e ist o, ant es
de, passardes a examinar as concepções hermét icas sobre a nat ureza ment al do Universo. Examinai cada uma
das out ras concepções e vereis que elas não são verdadeiras.
Mas o pont o de vist a Absolut o most ra um só lado do Panorama; o out ro lado é o Relat ivo. A Verdade
Absolut a f oi def inida como sendo as Coi sas como a ment e de Deus as conhece, ao passo que a verdade
Relat iva são as Coisas como a mai s el evada r azão do Homem as compr eende. Assim, ao passo que para o Todo
o Universo é irreal e ilusório, um simples sonho ou result ado de medit ação; para as ment es f init as que f azem
part e dest e mesmo Universo e o observam at ravés das suas f aculdades, ele é verdadeirament e real e assim
deve ser considerado. Ao reconhecer o pont o de vist a absolut o, não devemos comet er o erro de negar ou
ignorar os f at os e f enômenos do Universo do modo como est es se apresent am às nossas f aculdades:
lembremos que não somos o TODO.
Para dar um exemplo f amiliar, t odos reconhecemos que a Mat éria exi st e para os nossos sent idos, e
est aríamos errados a ment e f init a se o não reconhecêssemos. Mas, sempre a nossa ment e f init a compreende a
af irmação cient íf ica que, f alando cient if icament e, não há nada mais que a Mat éria; aquilo que chamamos
Mat éria é considerado como sendo simplesment e uma agregação de át omos, os quais são um grupo de
unidades de f orças chamadas elét rons ou íons, que est ão em const ant e vibração e moviment o circular.
Bat emos numa pedra e sent imos o baque; parece ser uma coisa real, mas é simplesment e o que dissemos
acima. Mas lembramo-nos que o nosso pé, que sent e o baque, t ambém é Mat éria, e port ant o é const it uído de
elét rons, porque est a mat éria t ambém é nosso cérebro. E, para melhor dizer, se não f osse por causa da nossa
Ment e, absolut ament e não poderíamos reconhecer o pé ou a pedra.
Assim, o ideal do art ist a ou escult or, que ele t ant o esf orça para reproduzir na t ela ou no mármore,
parece verdadeirament e real para ele. Assim se produzem os caract eres na ment e do aut or ou dramat urgo, o
qual procura expressá-los de modo que os out ros os possam reconhecer. E se ist o é verdade no caso da nossa
ment e f ínit a, qual não será o grau de Realidade nas imagens Ment ais criadas na Ment e do Inf init o? õ amigos,
para os mort ais est e Universo de Ment alidade é verdadeirament e real; é o único que sempre podemos
conhecer, ainda que subamos de planos a Planos cada vez mais elevados. Para conhecê-lo de out ro modo,
pela experiência at ual, t eríamos de ser o TODO mesmo. É verdade que quant o mais alt o nos elevamos na
escada - alcançamos as proximidades da ment e do Pai - as coisas mais visíveis t omam a nat ureza ilusória das
coisas f init as, Mas ant es que o TODO nos ret ire em si a visão at ual não desaparece.
Assim, não devemos viver acima das f ormas da ilusão. Desde que reconhecemos a nat ureza real do
Universo, procuremos compreender as suas leis ment ais e nos esf orcemos em empregá-las para obt ermos
melhor result ado no nosso progresso at ravés da vida, ao caminharmos de um plano a out ro plano de
exist ência. As Leis do Universo não são as pequenas Lei s Fér r eas, por causa da sua nat ureza ment al. Tudo,
excet o o TODO, é limit ado por elas. Aquilo que est á NA MENTE . INFINITA DO TODO é REAL em grau relat ivo a
est a mesma Realidade que é revest ida na nat ureza do TODO.
Não f iquemos, pois, incert os e at emorizados: somos t odos FIRMEMENTE CONTIDOS NA MENTE INFINITA DO
TODO e nada nos pode prej udicar e nos int imidar. Não há f orça f ora do TODO para agir sobre nós. Podemos,
pois, f icar calmos e t ranqüilos. Há um mundo de conf ort o e t ranqüilidade nest a realização depois de at ingida.
Ent ão "cal mos e t r anqüil os r epousar emos, embal ados no Ber ço do Abi smo"; f icando sem perigo no seio dc.
Oceano da Ment e Inf init a, que é o TODO. NO TODO, move, r emos, vi ver emos e t er emos nossa exi st ência.
A Mat éria não é para nós a Mat éria inf erior, enquant o vivemos no plano da Mat éria, apesar de sabermos
que é simplesment e uma agregação de el ét r ons ou part ículas de Força, que vibram rapidament e e giram umas
ao redor das out ras na f ormação de át omos; os át omos vibram e giram f ormando moléculas que, por sua vez,
f ormam as grandes massas de Mat éria. A Mat éria não é para nós a Mat éria inf erior, quando prosseguimos nas
invest igações mais elevadas, e aprendemos dos Preceit os hermét icos que a For ça, da qual os elét rons são
unidades, é simplesment e uma manif est ação da ment e do TODO, e assim no Universo t udo é simplesment e
Met al em sua nat ureza. Enquant o no Plano da Mat éria, podemos reconhecer os seus f enômenos, poderemos
examíná-la (como o f azem t odos os Mest res de graus mais ou menos elevados), mas f azemo-lo aplicando as
f orças superiores. Comet eremos uma loucura pret endendo negar a exist ência da Mat éria no aspect o relat ivo.
Podemos negar o seu domínio sobre nós, devemos f azer, mas não devemos ignorar que ela exist e em seus
aspect os relat ivos, ao menos enquant o no seu plano.
16

As Leis da Nat ureza não são menos const ant es ou ef et ivas, como sabemo-lo, apesar de serem
simplesment e criações ment ais. Elas est ão em muit os ef eit os dos diversos planos.
Dominamos as leis inf eriores aplicando-lhes as que lhes são superiores; e soment e por est e modo. Mas
não podemos escapar da Lei e f icar int eirament e f ora dela. Nada senão O TODO pode escapar da Lei; e ist o é
porque o TODO é a própria LEI, de que t odas as Leis procedem. Os mais adiant ados Mest res podem
adquirir os poderes usualment e at ribuídos aos deuses do homem; e há inúmeras ordens de ent es, na
grande hierarquia da vida, cuj as exist ências e poderes excedem mesmo os dos mais elevados Mest res ent re os
homens a um grau imaginário para os mort ais. cont udo, o mais elevado dos Mest res e o Ent e mais elevado
devem curvar-se à Lei e ser como Nada diant e do Todo. De o modo que se mesmo est es Ent es, cuj os poderes
excedem o at ribuídos pelos homens aos seus deuses, est ão subordinados à Lei, imaginai qual não será a
presunção do homem mort al da nossa raça e do nosso grau, quando ousa considerar as Leis da Nat ureza como
i r r eai s, visionárias e ilusórias, porque chegou a compreender a verdade que as Leis são de nat ureza ment al e
simples Criações Ment ais do TODO. Est as Leis, que O TODO dest inou para governar as leis, não podem ser
desaf iadas nem argüidas. Enquant o durar o Universo, elas durarão, porque o Universo só exist e pela virt ude
dest as Leis, que f ormam o seu vigament o e que ao mesmo t empo o mant ém.
O Princípio hermét ico de Ment alismo, explicando a verdadeira nat ureza do Universo por meio do
princípio que t udo é Ment al, não muda as concepções cient íf icas do Universo, da Vida ou da Evolução. Com
ef eit o, a ciência simplesment e corrobora os Ensinament os hermét icos. Est es últ imos ensinam que a nat ureza
do Universo é Ment al , ao passo que a ciência moderna disse que ele é Mat er i al ; ou (ult imament e) que ele é
Energia, em últ ima análise. Os Preceit os hermét icos não caem no erro de combat er os princípios básicos de
Herbert Spencer que af irmam a exist ência de unia "Energia Inf init a e Et erna da qual t odas as coisas
procedem". Com ef eit o, os Hermet ist as reconhecem na f ilosof ia de Spencer a mais elevada exposição das
operações das Leis nat urais que f oram promulgadas at é agora, e eles crêem que Spencer f oi uma
reencarnação de um ant igo f ilósof o que viveu no Egit o, milhares de anos ant es e que por últ imo se t inha
encarnado como Heráclit o, f ilosof o grego que viveu em 500 ant es de Crist o. E eles consideram est a idéia da
"Energia Inf init a e Et erna" como part indo diret ament e da linha dos Preceit os hermét icos, sempre com o
acréscimo da sua própria dout rina que est a Ener gi a (de Spencer) é a Energia da Ment e do TODO. Com a
Chave-Mest ra da Filosof ia hermét ica, o est udant e poderá abrir várias port as das mais elevadas concepções
f ilosóf icas do grande f ilósof o inglês, cuj a obra manif est a os result ados da preparação das suas encarnações
precedent es. A sua dout rina a respeit o da Evolução e do Rit mo est á na mais perf eit a concordância com os
Preceit os hermét icos sobre o Princípio do Rit mo.
Assim, o est udant e do Hermet ismo não deve desprezar quaisquer dest es pont os de vist a cient íf icos a
respeit o o Universo. Todos devem ser int errogados para se concluir e compreender o princípio ocult o que "O
TODO é Ment e; o Uni ver so é Ment al e cr i ado na Ment e d'O TODO". Eles crêem que os out ros seis dos Set e
Princípios se adapt ar ão a est a dout rina cient íf ica e servirão para esclarecê-la. Não há que admirar, ao
encont rarmos a inf luência do pensament o hermet ist a nos primit ivos f ilósof os da Grécia, em cuj as idéias
f undament ais se baseiam em grande part e as t eorias da ciência moderna. A aceit ação do Primeiro Princípio
hermét ico (o de Ment alismo) é o único grande pont o de dif erença ent re a ciência moderna e os est udant es
hermet ist as, mas a Ciência se dirige gradualment e para o lado dos hermet ist as nas suas apalpadelas no meio
da escuridão para encont rar um caminho de saída do Labirint o em que vaga nas suas pesquisas pela
Realidade.
O f im dest a lição é gravar na ment e dos nossos est udant es a verdade que, para t odos os int ent os e
propósit os, o Universo e suas leis, seus f enômenos, são j ust ament e REAIS, que mesmo o Homem est á incluído
nelas, de modo que poderiam est ar sob a hipót ese de Mat erialismo ou Energismo. Sob qualquer hipót ese o
Universo no seu aspect o ext erior é mut ável e t ransít ório; e por isso sem subst ancialidade e realidade. Mas
(not ai o out ro pólo da verdade), sob qualquer das mesmas hipót eses, somos compelidos a, AGIR E VIVER COMO
se as coisas t ransit órias f ossem reais e subst anciais. Há sempre est a dif erença ent re as diversas hipót eses, ;
que sob os velhos pont os de vist a o Poder Ment al era ignorado como Força Nat ural, ao passo que sob o
Ment alismo ele se t orna uma grande Força Nat ural. Est a dif erença revoluciona a Vida daqueles que
compreendem est e Princípio, as leis que dele result am e as suas prát icas.
De modo que t odos os est udant es devem compreender as vant agens do ment alismo e aprender a
conhecer, usar e aplicar as leis que dele result am. Mas não devem cair na t ent ação que, como diz o
Cai bal i on, domina os f alsos sábios e os deixa hipnot izados pela aparent e irrealidade das coisas, t endo como
conseqüência eles andarem para t rás como desvairados, vivendo num mundo de sonhos, ignorando o t rabalho
17

e a vida do homem, sendo o seu f im "quebr ar em-se cont r a as r ochas e se despedaçar em pel os el ement os, por
causa da sua l oucur a". Em primeiro lugar vem o exemplo do sábio, que a mesma aut oridade est abelece do
modo seguint e: "el e empr ega a Lei cont r a as Lei s, o super i or cont r a o i nf er ior e pel a Ar t e da Al qui mi a
t r ansmut a o que é desagr adável no que é agr adável e dest e modo t r i unf a. " Seguindo a aut oridade,
combat amos t ambém a f alsa sabedoria (que é uma loucura), que ignora a verdade: "O Domínio não consi st e
em vi sões e sonhos anor mai s, em vi da e i magi nações f ant ást i cas, mas si m no empr ego das f or ças super ior es
cont r a as i nf er i or es, escapando assi m das penas dos pl anos i nf er i or es pel a vi br ação nos super i or es. " Lembrai-
vos, sempre, est udant es, que "a Tr ansmut ação não é uma pr esunçosa denegação, mas sim a ar ma of ensi va do
Mest r e". As cit ações acima são do Cai bal i on e são dignas de serem conservadas na memória do est udant e.
Nós não vivemos num mundo de sonhos, mas sim num Universo que, enquant o relat ivo, é real t ant o
quant o as nossas vidas e ações são int eressadas. A nossa ocupação no Universo não é negar a sua exist ência,
mas sim viver, empregando as Leis para nos elevarmos do inf erior ao superior, f azendo o melhor que podemos
sob as circunst âncias que aparecem cada dia, e vivendo, t ant o quant o é possível, para as nossas idéias
elevadas e os nossos ideais. O verdadeiro f im da Vida não é conhecido pelo homem nest e plano; as maiores
aut oridades e a nossa própria int uição dizem-nos que não comet eríamos erro vivendo do modo melhor que
pudermos, e segundo a t endência Universal no mesmo pont o, apesar das aparent es evidências em cont rário.
Todos est amos no Caminho, e a est rada conduz sempre para cima, deixando muit os lugares at rás.
Lede a mensagem do Cai bal i on, e segui o exemplo do sábio, f ugindo do erro do f al so sábi o que perece
por causa da sua loucura.

CAPÍTULO VII
O TODO EM TUDO
"Enquant o T udo est á n'O T ODO, é t ambém verdade que O T ODO est á em T udo. Aquele que
compreende realment e est a verdade alcançou o grande conheciment o. " - O CAIBALION -
Quant as vezes a maioria das pessoas ouviram repet ir a declaração que a sua Divindade (chamada por
muit os nomes) era "Todo em Tudo, , , e quão Pouco suspeit aram elas da verdade ocult a, encobert a por est as
palavras t ão descuidadament e pronunciadas? A expressão comument e usada é uma sobrevivência da ant iga
máxima hermét ica acima cit ada. Como diz o Cai bal i on: "Aquel e que compr eende r eal ment e est a ver dade
al cançou o gr ande conheci ment o. " E, sendo assim, permit i-nos examinar est a verdade, cuj o conheciment o
t ant o signif ica. Nest a exposição da verdade - est a máxima hermét ica - est á encobert a uma das maiores
verdades f ilosóf icas, cient íf icas e religiosas.
Nós vos explicamos o Preceit o hermét ico a respeit o da Nat ureza ment al do Universo: a verdade que "o
Uni ver so é Ment al ; el e est á dent r o da Ment e d'O TODO". Diz o Caibalion na passagem cit ada acima: "Tudo est á
n'O TODO. " Mas not e-se t ambém a declaração correlat iva, que: "É t ambém ver dade que O TODO est á em
TUDO. " Est a declaração aparent ement e cont radit ória é reconciliável pela Lei do Paradoxo. É, aliás, uma
exat a declaração hermét ica das relações que exist em ent re o TODO e o seu Universo ment al. Vimos que "Tudo
est á n'O TODO", vej amos agora o out ro aspect o do assunt o.
Os Ensinos hermét icos são, com ef eit o, que o Todo est á iminent e (permanece, est á inerent e, habit a) no
seu Universo, e em cada part ícula, unidade ou combinação, dent ro do Universo. Est a expressão é geralment e
ilust rada pelos Inst rut ores com uma ref erência ao Princípio de Correspondência. O Inst rut or ensina o discípulo
a f ormar uma Imagem ment al de uma coisa, uma pessoa ou uma idéia, porque t odas as coisas t êm uma f orma
ment al; dando como exemplo o at or dramát ico que f orma uma idéia dos seus caract eres, ou um pint or ou
escult or que f orma uma imagem de um ideal que ele procura exprimir pela sua art e. Nest e caso, o est udo
ant e deve compreender que, enquant o a imagem t em a sua exist ência e ser soment e em sua própria ment e,
ao mesmo t empo ele, o est udant e, aut or, dramat urgo, pint or ou escult or, est á em cert o sent ido imanent e, e
permanece, habit a, na imagem ment al. Em out ras palavras, t oda a virt ude, vida, espírit o e realidade da
imagem ment al é derivada da ment e ímanent e do pensador. Considerai ist o por um moment o e logo
compreendereis a idéia.
Para t omarmos um exemplo moderno, diremos que Ot elo, lago, Hamlet , Lear, Ricardo III, exist iram
soment e na ment e de Shakespeare, no t empo da sua concepção ou criação. E ainda, Shakespeare t ambém
exist iu em cada um dest es caract eres, dando-lhes a sua vit alidade, espírit o e ação. Qual é o et espír i t o)> dos
caract eres que conhecemos como Micawber, Oliver Twist , Uriah Heep; será Dickens, ou cada um dest es
caract eres t erá um espírit o pessoal, independent e do seu criador? Têm a Vênus de Medici, a Madona Sixt ina, o
Apolo de Belvedere, espírit o e realidade de si próprios, ou represent am eles o poder espirit ual e ment al dos
18

seus criadores? A Lei de Paradoxo demonst ra que as duas proposições são verdadeiras, consideradas no seu
próprio pont o de vist a. Micawber é Micawber e é t ambém Dickens. E, demais, enquant o que Micawber pode
ser dit o Dickens, o mesmo Dickens não é idênt ico a Mi cawber. O homem, como Micawber, pode exclamar: "O
Espírit o do meu Criador est á inerent e em mim e, apesar disso, eu não sou ELE! " Quão dif erent e é est a da
horrível mela-@, erdade t ão est rondosament e anunciada por alguns dos f alsos sábios, que enchem a at mosf era
dos seus grit os: "Eu sou Deus! " Imaginai o pobre diabo de Micawber ou de Uriah Heep, grit ando: "Eu sou
DI'Ckens"; ou algum dos humildes bobos das peças de Shekespeare, anunciando com grandiloqüência: "Eu sou
Sbakespear e! " O TODO est á at é na minhoca, cont udo, a minhoca est á longe de ser o TODO. E at é, é de
admirar que, conquant o a minhoca só exist a como uma ooisa humilde, criada e t endo a sua exist ência na
Ment e do TODO, ele, O TODO, est ej a imanent e na minhoca e nas part ículas que a f ormam. Haverá t alvez um
mist ério maior que o de Tudo n'O TODO, e O TODO em Tudo?
O est udant e perceberá no correr da obra que os exemplos dados acima são necessariament e imperf eit os
e inadequados, porque represent am a criação de imagens ment ais na ment e f ínit a, ao passo que o Universo é
criação da Ment e Inf init a e a dif erença ent re os dois pólos as separa.
E assim é simplesment e uma quest ão de grau, porque em ambas o mesmo Princípio est á em operação: o
Princípio de Correspondência manif est a-se nelas. "O que est á em ci ma é como o que est á embai xo; e o que
est á embai xo é como o que est á em ci ma. , "
E, no grau em que o Homem realize a exist ência do Espírit o que est á imanent e no seu ser, ele subirá na
escada espirit ual da vida. Eis o que signif ica desenvolviment o espirit ual: o reconheciment o, a realização e
manif est ação do Espírit o dent ro de nós. Procurai não esquecer-vos dest a últ ima def inição: a do
desenvolviment o. Ela cont ém a Verdade da verdadeira Religião.
Exist em muit os planos de Exist ência, muit os subplanos de Vida, muit os graus de exist ência no Universo. E
t udo depende do avançament o dos ent es na escada, cuj a pont a mais inf erior é a mais grosseira mat éria, e a
mais superior sendo separada soment e pela mais pequena divisão do ESPÍRITO Do TODO. Nest a Escada da
Vida, t udo se move em cima e embaixo. Todos est ão no cam inho, Cuj o f im é o TODO. Todo o progresso é
uma volt a à Morada própria. Tudo est á em cima e embaixo, apesar de t odas as aparências cont radit órias. Tal
é a mensagem do Iluminado.
Os Preceit os hermét icos ref erent es ao processo da Criação Ment al do Universo são que, no começo do
Ciclo de Criação, O TODO, em seu aspect o de Exi st ênci a proj et a a sua Vont ade sobre o seu aspect o de Est ado,
e o processo de criação começa.
Dizem que o processo consist e no abaixament o da Vibração at é que é alcançado um grau bem inf erior de
energia vibrat ória, no qual pont o é manif est ada a f orma mais grosseira possível da Mat éria. Est e processo é
chamado o est ado de Involução, em que o TODO est á i nvol uído, ou envol vido dent ro da sua criação. Est e
processo é considerado pelos hermet ist as como t endo correspondência com o processo ment al de um art ist a,
escrit or ou invent or, que t ambém, f ica envolvido na sua criação ment al como quase esquecendo a sua própria
exist ência e que, por algum t empo, quase vi ve na sua cr i ação. Se em vez de envol vi do usarmos a palavra
êxt ase, t alvez possamos dar uma pequena idéia do que queremos dizer.
Est e est ado Involut ivo da Criação é muit as vezes chamado a Ef usão da Energia Divina, como o est ado
Evolut ivo é chamado Inf usão. O pólo ext remo do processo de Criação é considerado como sendo o mais
af ast ado movido pelo TODO, enquant o que o princípio do est ado Evolut ivo é considerado como o princípio da
volt a do pêndulo do Rit mo; sendo expressa em t odos os Ensinos hermét icos uma idéia de vol t a à ' casa.
Os Preceit os são que durant e a El usão, as vibrações t or, nam-se cada vez mais inf eriores at é que
f inalment e a rest ringência cessa, e as vibrações de volt a começam. Mas há uma dif erença: ao passo que na
El usão as f orças criadoras manif est am-se compact ament e e como um t odo, no começo do est ado Evolut ivo ou
de Inf usão, é manif est ada a Lei de Individualização, que é a t endência a separar em Unidas de Força, at é que
f inalment e aquilo que se separou do TODO como energia não individualizada volt e à sua f ont e como Unidade
de Vida alt ament e desenvolvida, t endo subido de mais a mais na escada por meio da Evolução Física, Ment al e
Espirit ual.
Os ant igos hert net ist as usam a palavra Medit ação, ao degcrever o processo da criação ment al do
Universo na Ment e do TODO, a palavra cont empl ação sendo t ambém f reqüent ement e empregada. Mas a idéia
ent endida parece ser a do emprego da At enção Divina. At enção é uma palavra derivada de um verbo lat ino,
que signif ica est ender -se, desdobr ar -se, e t ambém o at o de. At enção é realment e um desdobr ament o ment al,
uma ext ensão da energia ment al, de modo que a idéia int erior é f acilment e compreendida quando
examinamos o signif icado real da At enção, .
19

Os Ensinos hermét icos a respeit o do processo de Evolução são os que o Toi)o, t endo medit ado no
princípio da Criação, t endo est abelecido ent ão os f undament os mat eriais do Universo, t endo pensado na sua
exist ência, gradualment e despert a da sua Medit aação e assim começa a manif est ar o processo de Evolução,
nos planos mat erial, ment al e espirit ual, sucessivament e e em ordem. Ent ão o moviment o de ascensão
começa, e t udo começa a mover-se para a mansão espirit ual. A Mat éria t orna-se menos grosseira; as Unidades
nascem à exist ência; as combinações começam a f ormar-se; a Vida aparece e manif est a-se em f ormas cada
vez mais elevadas; e a Ment e t orna-se cada vez mais evident e, as vibrações sendo const ant ement e mais
elevadas. Em resumo, o promso t ot al da Evolução, em t odas as suas f ases, começa e procede de acordo com
as Leis est abelecidas do processo de Inf usão. Todas ocupam eons e eons do t empo do Homem, cada eon
cont endo muit os milhões de anos; porém, como nos diz o Iluminado, a criação int eira, incluindo a Involução e
a Evolução de um Universo, é para o TODO simplesment e como um piscar de ol hos. No f im dos inúmeros ciclos
de eons de t empo, O TODO ret ira a sua At enção, sua Cont emplação e Medit ação do Universo, porque a
Grande Obra est á acabada e Tudo est á ret irado no TODO de que provém. Mas, 6 Mist ério dos Mist érios! , o
Espírit o de cada alma não é aniquilado, mas sim expandido inf init ament e, a Criat ura e o Criador são
conf undidos. Tal é a relação do Iluminado!
A precedent e ilust ração da medi t ação e do subseqüent e desper t ament o da medi t ação do TODO é mais
um esf orço dos Inst rut ores para descrever o processo Inf init o por um exemplo f init o. E, ainda: O que est á em
ci ma é como o que est á embai xo, e o que est á embai xo é como o que est á em ci ma. A dif erença é soment e
em grau. E assim COMO O TODO despert a-se da medit ação sobre o Universo, assim o Homem (no t empo) cessa
de manif est ar no Plano Mat erial, e ret ira-se cada vez mais no Espírit o present e, que é realment e O Ego
Di vi no.
Há um assunt o maior de que desej amos f alar-vos nest a lição, e que nos levaria imediat ament e a uma
invasão do campo da especulação -met af ísica; cont udo, o nosso f im é simplesment e most rar a f ut ilidade de
t ais especulações. Aludimos à quest ão que inevit avelment e vem à ment e de t oclos os pensadores que se
avent uraram a invest igar a Verdade. A pergunt a é: POR QuE criou o TODO os Universos? A pergunt a pode ser
f eit a de dif erent es f ormas, mas a que vai acima é o essencial da invest igação.
Os homens esf orçaram-se para responder a est a pergunt a, mas ainda não há respost a digna de nome.
Muit os imaginaram que o TODO t em muit o a ganhar com ist o, mas ist o é absurdo; porque, que poderia ganhar
O TODO que j á não possua? Out ros deram a respost a na idéia que o TODO qui s que t udo amasse, e out ros que
ele criou por prazer e divert iment o, ou porque est ava só, ou para manif est ar o seu poder: t odas respost as e
idéias pueris, qualidades do período inf ant il do pensament o.
Out ros acredit aram descobrir o mist ério af irmando que o TODO achou-se i mpel ido a criar, pela razão da
sua própria nat ur eza i nt er na, o seu i nst i nt o cr i ador , Est a idéia é mais adiant ada que as out ras, mas o seu
pont o f raco est á na idéia de que o TODO é i mpel ido por alguma coisa, quer int erna, quer ext erna. Se a sua
nat ur eza i nt er na, ou i nst i nt o cr i ador , impele-o a f azer as coisas, ent ão a nat ur eza i nt er na ou o i nst i nt o
cr i ador seria o Absolut o, em vez do TODO, e nest e caso est a part e da proposição est á errada. E, ainda, o
TODO cria e manif est a, e parece t er muit as qualidades de sat isf ações em f azê-lo. E é dif ícil de escapar da
conclusão que, em grau inf init o, ele poderia t er o que corresponde no homem a uma nat ur eza i nat a, ou um
i nst i nt o cr i ador , correspondent e a um inf init o I)esej o e Vont ade. Não poderia agir sem Querer agir; e não
poderia Querer agir sem Desej ar agir; e não Desej aria agir sem Sat isf ação nisso. E t odas est as coisas
pert enceriam a uma Nat ur eza Inf init a, e podem ser consideradas como est ando de acordo com a Lei de
Correspondência. Mas, ainda, pref erimos considerar O TODO como agindo int eirament e LIVRE de t oda
inf luência, t ant o int erna como ext erna. Ist o é o problema que se apóia na raiz da dif iculdade, e a dif iculdade
que se apóia na raiz do problema.
Falando est rit ament e, não se poderá dizer que haj a uma Razão para o TODO agir, porque uma razão
implica uma causa, e o TODO est á acima da Causa e do Ef eit o, excet o quando ele quer t omar-se causa, t empo
em que o Princípio é post o em moviment o. Assim, dizeis, o assunt o é Incompreensível, j ust ament e como o
TODO é incognoscível. Just ament e como dizemos simplesment e que o TODO "É", assim t ambém somos
obrigados a dizer que O TODO AGE PORQUE AGE. Enf im, O TODO é t oda Razão em si mesma, t oda Lei em si
mesma, t oda Ação em si mesma; e pode-se dizer que, em verdade, o TODO é a sua própria Razão, a sua
própria Lei, a sua própria Ação; ou que o TODO, a sua Razão, a sua Ação, a sua Lei, são um, com t odos est es
nomes sendo de uma só coisa. Na opinião dos que vos dão est as lições, a respost a se encerra no PRÓPRIO
INTIMO DO TODO, j unt o com o seu Segredo de Exist ência.
20

A Lei de Correspondência, na nossa opinião, compreende soment e est e aspect o do TODO, que pode ser
chamado o aspect o de ESTADO.
O lado opost o dest e aspect o é o aspect o de EXISTÊNCIA, no qual t oda ' s as Leis perdem-se na LEI, t odos
os Princípios imergem no PRINCÍPIO; e o TODO, o PRINCÍPIO, a EXISTÊNCIA, SãO IDÊNTICOS ENTRE SI (uns aos
out ros). Por isso, as especulações met af ísicas sobre est e pont o são f út eis. Ent ramos aqui no assunt o,
simplesment e para most rar que conhecemos a pergunt a e t ambém o absurdo das respost as ordinárias das
met af ísicas e t eologias.
Em conclusão, poderá ser de int eresse aos est udant es dizer-lhes que apesar de muit os dos ant igos e
modernos Preceit os hermét icos t enderem a aplicar o Princípio de Correspondência à quest ão, com o que
result a a conclusão da Nat ur eza Int i ma, mesmo assim as lendas cont am que Hermes, o Grande, sendo
int errogado sobre est a quest ão pelos seus adiant ados discípulos, respondeu-lhes FECHANDO OS SEUS LÁBIOS
COM FIRMEZA e não dizendo uma palavra, indicando que NÃO HAVIA RESPOSTA. Mas, ent ão, ele podia t er
ent endido de aplicar o axioma da sua f ilosof ia, que diz: "Os l ábios da Sabedor ia est ão f echados, excet o aos
ouvidos do Ent endi ment o", signif icando que ainda os seus discípulos adiant ados não possuíam o Ent endiment o
que os habilit ava ao Preceit o. Sej a como f or, se Hermes possuía o Segredo, ele deixou de o comunicar, e
embora o mundo t ome muit o int eresse, OS LÁBIOS DE I-IERMES ESTÃO FECHADOS a est e respeit o. E quando o
Grande Hermes hesit ou em f alar, qual mort al poderá at rever-se a ensinar?
Porém, deveis lembrar que ainda que sej a aquela a respost a dest e problema, se porvent ura há uma
respost a, permanece a verdade que: "Enquant o Tudo est á n'O TODO, é t ambém ver dade que O TODO est á em
Tudo. " O Preceit o é enf át ico. E podemos acrescent ar-lhe as palavras conclusivas de cit ação: "Aquel e que
compr eende r eal ment e est a ver dade al cançou o gr ande conheci ment o. "

CAPÍTULO VIII
OS PLANOS DE CORRESPONDÊNCIA
"O que est á em cima é como o que est á embaixo, e o que est á embaixo é
como o que est á em cima. "
O Segundo Grande Princípio hermét ico explica a verdade que há uma harmonia, uma correlação e
correspondência ent re os dif erent es planos de Manif est ação, Vida e Exist ência. Est a af irmação é uma verdade
porque t udo o que est á incluído no Universo emana da mesma f ont e, e as mesmas leis, princípios e
caract eríst icos se aplicam a cada unidade, ou combinação de unidades de at ividade, assim como cada uma
manif est a seus f enômenos no seu próprio plano.
Para um f im de conveniência do pensament o e do est udo, a Filosof ia hermét ica considera que o Universo
pode ser dividido em t rês grandes classes de f enômenos, conhecidas como os Três Grandes Planos
denominados:
I. O Grande Plano Físico.
II. O Grande Plano Ment al.
III. O Grande Plano Espirit ual.
Est as divisões são mais ou menos art if iciais e arbit rárias, porque a verdade é que t odas as t rês divisões
não são senão graus ascendent es da grande escada da Vida, o pont o mais baixo da qual é a Mat éria não
dif erenciada, e o pont o mais elevado o Espírit o. E, aliás, os diversos Planos penet ram uns nos out ros, assim
est a não sólida e exat a divisão pode ser colocada ent re os mais elevados f enômenos do Plano Físico e o mais
inf erior do Plano Ment al; ou ent re os mais elevados do ment al e os mais baixos do Físico.
Enf im, os Três Grandes Planos podem ser considerados como t rês grandes grupos de graus de
Manif est ação vit al. Apesar do f im dest e pequeno livro não nos permit ir ent rarmos em ext ensa discussão ou
explicação do obj et o dest es dif erent es planos, cont udo, pensamos ser bom dar aqui uma descrição geral dos
mesmos.
A princípio devemos considerar bem a pergunt a t ant as vezes f eit a pelo neóf it o, que desej a ser inf ormado
a respeit o do signif icado da palavra "Pl ano", t ermo que t em sido muit o usado e pouco explicado em muit as
obras de ocult ismo. A pergunt a é geralment e expressa assim: "É um Pl ano um l ugar t endo di mensões, ou é
si mpl esment e uma condi ção ou est ado?" Respondemos: "Não; não é um lugar, nem uma dimensão ordinária do
espaço; é ainda mais que um est ado ou uma condição e, apesar disso, o est ado ou a condição é um grau de
dimensão, em escala suj eit a à medida. " Um t ant o paradoxal, não é verdade? Porém examinemos a mat éria.
Uma "di mensão", vós o sabeis, é "uma Medi ção em l i nha r et a, em r el ação à medi da", et c. As dimensões
ordinárias do espaço são compriment o, largura e alt ura, ou t alvez compriment o, largura, alt ura, espessura ou
21

circunf erência. Há uma out ra dimensão das coi sas cr iadas, ou medi da em l i nha r et a, conhecida pelos
ocult ist as, como t ambém por cient ist as, apesar dest es últ imos não a chamarem com o t ermo "di mensão"; e
est a nova dimensão, que f ut urament e será a mais invest igada como Quar t a Di mensão, é a marca usada na
det erminação dos graus ou Pl anos.
Est a Quart a Dimensão pode ser chamada a Di mensão da Vibr ação. Est e é um f at o bem conhecido para a
moderna ciência, como para os hermet ist as, que est abeleceram a verdade no seu Ter cei r o Pr i ncípi o
her mét i co, que "t udo se move, t udo vi br a, nada est á par ado". Desde as manif est ações mais elevadas at é às
mais baixas, t odas as coisas vibram. Não soment e elas vibram em dif erent es coef icient es de moviment o, mas
t ambém em díversas direções e de dif erent es maneiras. Os graus de coef i ci ent e das vibrações const it uem os
graus de medição na Escala de Vibrações, ou em out ras palavras, os graus da Quart a Dimensão. E est es
graus, f ormam o que os ocult íst as chamam "Pl anos". O mais elevado grau de vibração const it ui o plano mais
elevado e a mais elevada manif est ação da Vida que ocupa est e plano. Assim, apesar de um plano não ser um
l ugar , nem ainda um est ado ou uma condi ção, ele possui as qualidades de ambos. Desej aríamos dizer mais
sobre o assunt o da escala das Vibrações nas nossas próximas lições, em que consideraremos o Princípio
hermét ico de Vibração.
Deveis lembrar-vos agora que os Três Grandes Planos não são as divisões at uais dos f enômenos do
Universo, mas simplesment e t ermos arbit rários empregados pelos hermet ist as para f acilit ar o pensament o e o
est udo dos vários graus e f ormas da at ividade e da vida universal. O át omo de mat éria, a unidade de f orça, a
ment e do homem e a exist ência do arcanj o são graus de uma escala, e f undament alment e a mesma coisa, a
dif erença sendo simplesment e uma quest ão de grau e coef icient e de vibração; t odas são criações do TODO, e
só t êm sua exist ência na Inf init a Ment e do TODO.
Os hermet ist as subdividem cada um dest es Três Grandes Planos em Set e Planos menores, e cada um
dest es são t ambém subdivididos em set e sub planos, t odas as divisões sendo mais ou menos arbit rárias,
penet rando umas nas out ras, e adot adas soment e para conveniência do est udo cient íf ico e para a idéia.
O Grande Plano Físico, com seus Set e Planos menores, é a divisão dos f enômenos do Universo que inclui
t odos os que são relat ivos às coisas, f orças e manif est ações f ísicas ou ment ais. Inclui t odas as f ormas do que
chamamos Mat éria e t odas as f ormas do que chamamos Energia ou Força. Deveis saber, porém, que a Filosof ia
hermét ica não reconhece a Mat éria como uma "coisa em si ", ou como t endo uma exist ência separada
const ant e na ment e do ToDo. Os Ensinament os são que a Mat éria é ant es uma f orma da Energia; ela é a
Energia num coef icient e inf erior de vibrações de cert a espécie. E de acordo com ist o os hermet ist as
classif icam a Mat éria como a ext remidade inf erior da Energia, e dão-lhe t rês dos Set e Planos Menores do
Grande Plano Físico.
Est es Set e Menores Planos Físicos são os seguint es:
I . O Plano da Mat éria (A)
II. O Plano da Mat éria (B)
III. O Plano da Mat éria (C)
IV. O Plano da Subst ância Et érea
V. O Plano da Energia (A)
'VI. O Plano da Energia (B)
VII. O Plano da Energia (C)
O Plano da Mat éria (A) compreende as f ormas da Mat éria em suas f ormas de sólidos, líquidos e gasosos
como geralment e reconhecem os livros dos f ísicos. O Plano da Mat éria (B) compreende cert as f ormas mais
elevadas e mais sut is da Mat éria, cuj a exist ência a ciência moderna est á reconhecendo agora, os f enômenos
da Mat éria Radiant e, nas suas f ases de radium, et c. , que cont ém a subdivisão inf erior dest e Plano Menor. O
Plano da Mat éria (C) compreende as f ormas da mat éria mais sut il e t ênue, cuj a exist ência não é suspeit ada
pelos cient ist as ordinários.
O Plano da Subst ância Et érea compreende o que a ciência chama "O Ét er", uma subst ância de ext rema
t enuidade e elast icidade, que penet ra t odo o Espaço do Universo, e age como mediador para a t ransmissão de
ondas de energia, como a luz, o calor, a elet ricidade, et c. Est a subst ância Et érea f orma um elo de relação
ent re a Mat éria (assim chamada) e a Energia e part icipa da nat ureza de ambas. os Preceit os hermét icos,
cont udo, ensinam que est e plano t em set e subdivisões (como t êm t odos os Planos Menores. ), e que com
ef eit o exist em set e ét er es, em vez de um só.
Imediat ament e acima do Plano da Subst ância Et érea est á o Plano da Energia (A), que compreende as
f ormas ordinárias da Energia conhecida pela ciência, sendo, respect ivament e, est es set e sub planos, o Calor,
22

a Luz, o Magnet ismo, a Elet ricidade e a At ração incluindo a Gravit ação, a Coesão, a Af inidade Química, et c. e
várias out ras f ormas de energia indicada pelas experiências cient íf icas mas ainda não classif icadas. O Plano
da Energia (B) compreende set e sub planos de f ormas elevadas da energia ainda não descobert a pela ciência,
mas que t êm sido apelidadas "As For ças Mai s Sut i s da Nat ur eza" e que são consideradas em ação nas
manif est ações de cert as f ormas de f enômenos Ment ais e pelas quais t ais f enômenos são possíveis. O Plano da
Energia (C) compreende set e sub planos de energia t ão elevadament e organizados, que eles cont êm muit os
caract eríst icos da vi da, mas que não é reconhecido pela ment e dos homens no Plano ordinário de
desenvolviment o, sendo út il só ao uso dos ent es do Plano Espirit ual; t al energia nem é sonhada pelo homem
ordinário, e pode ser considerada quase como a f or ça di vi na. Os ent es que a empregam são como deuses
com parados com os mais elevados t ipos humanos conhecidos por nós,
O Grande Plano Ment al compreende as f ormas de pensament os vi vent es conhecidas por nós na vida
ordinária, bem como cert as out ras f ormas só bem conhecidas dos ocult ist as. A classif icação dos Set e Menores
Planos Ment ais é mais ou menos sat isf at ória e arbit rária (se não f or acompanhada por esmeradas explicações
que est ão f ora do f im dest a obra part icular; cont udo vamos mencioná-los. Eles são os seguint es:
l . O Plano da Ment e Mineral
li. O Plano da Ment e Element al (A)
iii. O Plano da Ment e Veget al
IV. O Plano da Ment e Element al (B)
V. O Plano da Ment e Animal
Vi. O Plano da Ment e Element al (C)
Vil. O Plano da Ment e Hominal.
O Plano da Ment e Mineral compreende os est ados ou as condições das unidades, ent idades, ou grupos e
combinações das mesmas, que animam as f ormas conhecidas por nós como mi ner ai s, químicas, et c. Est as
ent idades não podem ser conf undidas com as moléculas, os át omos e os corpúsculos, que são simplesment e os
corpos ou as f ormas mat eriais dest as ent idades, assim como o corpo de um homem é a sua f orma mat erial e
não el e mesmo. Est as ent idades podem ser chamadas espír i t os em cert o sent ido, e seres vivent es de um grau
inf erior de desenvolviment o, vida e ment e, exat ament e um Pouco maior que as unidades da ener gi a vivent e
que compreendem as mais elevadas subdivisões do mais elevado Plano Físico. A ment e média não quer
geralment e at ribuir a possessão da ment e, espírit o ou vida ao reino Mineral, mas t odos os ocult ist as
reconhecem a exist ência dela e a ciência moderna move-se rapidament e para o pont o de vist a do
Hermet ismo, a respeit o dest e assunt o. As moléculas, os át omos C OS corpúsculos t êm seus amor es e ódi os,
suas semel hanças e dessemel hanças, at r ações e r epul sões, af i ni dades e desaf i ni dades, et c. , e muit as das mais
int répidas ment es de ciência moderna expressaram a opinião que o desej o e a vont ade, as eit oções e
sent iment os, dos át omos simplesment e dif erem em grau dos que os homens t êm.
Não t emos espaço para argument ar sobre est e assunt o. Todos os ocult ist as conhecem ist o, e out ros se
ref eriram às diversas obras cient íf icas mais recent es para corroboração ext erior. Est as são as set e subdivisões
usuais dest e plano.
O Plano da Ment e Element al (A) compreende o est ado ou a condição, e grau de desenvolviment o ment al
e vit al de uma classe de ent idade desconhecidas ao homem médio, mas reconhecidas pelos ocult ist as. Elas
são invisíveis aos sent idos ordinários do homem, mas não obst ant e exist em e t êm a sua part e do Drama do
Universo. O seu grau de int eligência est á ent re o das ent idades minerais e químicas, de um lado, e das
ent idades do reino veget al do out ro. Também nest e plano há set e subdivisões.
O Plano da Ment e Veget al, em suas set e subdivisões, compreende os est ados ou as condições das
ent idades cont idas nos reinos do Mundo Veget al, os f enômenos vit ais e ment ais que as pessoas de int eligência
média j ust ament e bem compreendem, t endo sido publ ícadas na últ ima década muit as obras novas e
int eressant es sobre a "Ment e e a Vi da nas Pl ant as". As Plant as t êm vida, ment e e espír i t o, t ão bem como os
animais, o homem e o super-homem.
O Plano da Ment e Element al (B), nas suas set e subdivisões, compreende os est ados e as condições de
uma f orma mais elevada das ent idades el ement ai s ou invisíveis, t endo a sua part e na obra geral do Universo,
cuj a ment e e vida f orma uma part e da e. -, cada ent re o Plano da Ment e Veget al e o Plano da Ment e Animal, as
ent idades part icipando da nat ureza de ambos.
O Plano da Ment e Animal, nas suas set e subdivisões, compreende os est ados e as condições de ent idades,
ent es ou espírit os que animam as f ormas animais da vida, f amiliares a nós t odos. Não é necessário ent rar em
23

det alhes a respeit o dest e reino ou plano de vida, porque o mundo animal nos é t ão f amiliar como o nosso
próprio.
O Plano da Ment e Element al (C), nas suas set e subdivisões, compreende as ent idades ou ent es invisíveis,
como são t odas as f ormas element ais, que part icipam da nat ureza da vida animal e da humana em cert o grau
e cert as combinações. As f ormas mais elevadas são meio-humanas em int eligência.
O Plano da Ment e Humana, nas suas set e subdivisões, compreende as manif est ações da vida e da
ment alidade que são comuns ao Homem, nos seus vários graus e divisões. Nest a relação sabemos que o
homem médio at ual ocupa a quart a subdivisão do Plano da Ment e Humana, e soment e o mais int eligent e
cruzou as f ront eiras da Quint a Subdivisão. A raça gast ou milhões de anos para alcançar est a posição, e serão
necessários muit os mais anos para que ela passe a sext a e a sét ima subdivisões e vá além delas. Mas, lembraí-
vos que exist iram raças ant es de nós que passaram por esses degraus e nos planos mais elevados. A nossa
própria raça é a quint a (com rest os da quart a) que pôs os pés no Caminho. Cont udo, há alguns espírit os
avançados da nossa própria raça que ult rapassaram as massas, e que passaram a sext a e a sét ima subdivisões,
e muit o poucos ent es est ão acima deles. O homem da Sext a Subdivisão será o "Super -Homem"; e o da Sét ima
"O Homem de Ci ma".
Na nossa consideração dos Set e Planos Ment ais Menores, nós nos ref erimos aos Três Planos Element áis em
sent ido geral. Não queremos ent rar em det alhes sobre est e assunt o, porque est a obra limit a-se a t rat ar da
f ilosof ia e dos preceit os em geral. Mas podemos dizer-vos mais, com o f im de dar-vos uma pequena idéia mais
clara das relações dest es planos aos mais f ami res deles: os Planos Element ais t êm a mesma relação com os
planos do Ment alidade e da Vida Mineral, Veget al, Animal e Hominal, como as claves pret as do piano t êm para
com as claves brancas. As claves brancas são suf icient es para produzir a música, mas há cert as escalas '
melodias e harmonias em que as claves pret as t êm a sua part e, e em que a sua presença é necessária. São
necessários t ambém como el os de ui t i ão da condição do espírit o; são ent idades-est ados, ent re os out ros
diversos planos, cert as f ormas de desenvolviment o podendo ser at ingidas nele; est e últ imo result ado dando
ao leit or que pode t er ent r e as l i nhas uma nova luz sobre o processo de Evolução, e uma nova chave da port a
secret a dos l ábios da vida ent re um reino e o out ro. Os grandes reinos dos Element ais são muit o reconhecidos
por t odos os ocult ist as, e os escrit os esot éricos est ão cheios de menção deles. Os leit ores de "Zanoni" de
Bulwer Lyt t on e out ras obras semelhant es poderão reconhecer as ent idades que habit am est es planos de vida.
Passando do Grande Plano Ment al ao Grande Plano Espirit ual, que poderemos dizer? Como poderemos
explicar est es est ados mais elevados do Ent e, da Vida e da Ment e, às ment es ainda inábeis para compreender
e ent ender as mais elevadas subdivisões do Plano da Ment e Hominal?
A t aref a é impossível. Poderemos f alar só nos t ermos mais gerais. Como pode a Luz ser descrit a a um
homem nascido cego? Como explicar o açúcar a um homem que nunca comeu coisa doce, ou a harmonia a um
que nasceu surdo?
Tudo o que podemos dizer é que os Set e planos Menores do Grande Plano Espirit ual (cada Plano Menor
t endo suas set e subdivisões) compreende os Ent es que possuem a Vida, a ment e e a Forma acima da do
Homem at ual como a dest e últ imo é acima do verme t errest re, do mineral ou ainda de cert as f ormas da
Energia ou Mat éria. A Vida dest es Ent es é t ão t ranscendent al para nós, que ainda não podemos pensar nos
det alhes dos mesmos; as suas Ment es são t ão t ranscendent es que para eles nos parecemos pensar um
pouquinho, e os nossos processos ment ais lhes parecem simplesment e como um processo mat erial; a Mat éria
de que as suas f ormas são compost as são dos Planos mais elevados da Mat éria, cont udo, muit os disseram que
eles est ão pr esos na Pur a Ener gi a. Que se poderá dizer de t ais Ent es?
Nos Set e Planos Menores do Grande Plano Espirit ual exist em Ent es que poderemos chamar Anj os,
Arcanj os, Semideuses. No Plano Menor mais baixo vivem est as grandes almas que chamamos Mest res e
Adept os. Acima deles f ica a Grande Hierarquia das Host es Angélicas, inconcebíveis ao homem; e acima dest as
f icam os que podem ser chamados sem irreverência Os Deuses, t ão elevados na escada da exist ência est ão
eles, pois que a sua exist ência, int eligência e poder são semelhant es aos at ríbuídos pelas raças de homens às
suas concepções da Divindade. Est es Ent es est ão ainda além dos mais elevados vôos da imaginação humana, e
o epít et o Di vi no é o único que lhes é aplicável. Muit os dest es Ent es como t ambém as Host es Angélicas t omam
muit o int eresse nos negócios do Universo e t êm uma part e import ant e neles. Est as Invisíveis Divindades e
Anj os Prot et ores est endem a sua inf luência livre e ~osament e no processo da Evolução e do Progresso
Cósmico. A sua ocasional int ervenção e assist ência nos negócios humanos criou as muit as lendas, crenças,
religiões e t radições da raça passada e present e. Eles muit as vezes impuseram ao mundo os seus
conheciment os e poderes conf orme a Lei do TODO.
24

Mas, ainda mesmo os mais elevados dest es Ent es adiant ados , exist em simplesment e como criações da
Ment e do TODO, e são suj eit os aos Processos Cósmicos e às Leis Universais. Eles são ainda Mort ais. Podemos
chamá-los deuses comparados concsco, mas ainda são os Irmãos mais Velhos da Raça, as almas mais
avançadas que ult rapassam os seus irmãos, e que renunciaram ao êxt ase da Absorção pelo TODO, com o f im
de aj udar a, raça na sua j ornada para subir o Caminho. Mas eles pert encem ao Universo e est ão suj eit os às
suas condições (são mort ais) e o seu plano est á abaixo do plano do Espírit o Absolut o.
Soment e os mais avançados hermet ist as são apt os para compreender os mais ocult os Preceit os a respeit o
dos est ados de exist ência e dos poderes manif est ados nos Planos Espirit uais. Os f enômenos são t ão superiores
aos dos Planos Ment ais que uma conf usão de idéias result aria cert ament e se at ent ássemos em descrevê-los.
Soment e aqueles cuj as ment es f oram muit o adest radas nas linhas da Filosof ia hermét ica por muit os anos
cert ament e que est es t ransport am consigo de out ras encarnações o conheciment o adquirido previament e -
podem compreender j ust ament e o que é signif icado pelo Ensinament o sobre est e Plano Espirit ual. E muit os
dest es Preceit os Secret os são considerados pelos hermet ist as como sendo sagrados, import ant es e perigosos
para a disseminação ao público em geral. Os est udant es int eligent es podem reconhecer que signif icamos com
ist o a idéia que a signif icação da palavra Espír i t o, como é empregada pelos hermet ist as, é semelhant e à de
Poder Vi vent e, For ça Ani t r i ada, Essênci a Ocul t a, Essênci a da Vi da, et c. , que não deve ser conf undido com o
t ermo usual e comument e empregado em relação com os t ermos, ist o é, r el i gi oso, ecl esi ást i co espi r i t ual ,
et ér eo, sant o, et c. Aos ocult ist as a palavra Espír i t o se emprega ro sent ido d"O Pr i ncípi o Ani mado",
ent endendo com ist o a idéia de Poder, Energia Vivent e, Força Míst ica, et c. E os ocult ist as sabem que o que é
conhecido por eles como Poder Espi r i t ual pode ser empregado para o mau como para o bom f im (em
concordância com o Princípio de Polaridade), f at o que f oi reconhecido pela maioria das religiões nas suas
concepções de- Sat ã, Belzebu, o Diabo, Lúcif er, Anj os caídos, et c. E assim os conheciment os a respeit o dest es
Planos f oram conservados no Sant o dos Sant os, na Câmara Secret a do Templo de t odas as Frat ernidades
Esot éricas e Ordens Ocult as.
Mas podemos dizer aqui que aquele que at ingiu os poderes espirit uais superiores e empregou-os mal t em
um t errível dest ino para si na hist ória, e a vibração do pêndulo do Rit mo inevit avelment e lança-lo-á no
ext remo mais baixo da exist ência Mat erial, de cuj o pont o ele t em de f azer a sua caminhada de prisão
espirit ual, pelas muit as volt as do Caminho, mas sempre com a t ort ura de t er sempre oonsigo urna ligeira
memória das alt uras de que caiu por causa das suas más ações. A lenda da Queda dos Anj os t em uma base nos
f at os at uais como sabem t odos Os ocult ist as avançados. Os esf orços para poderes egoíst as no Plano Espirit ual
inevit avelment e t raz como result ado no espírit o egoíst a a perda da sua balança espirit ual e a queda do
mesmo modo que f oi elevado previament e. Mas, ainda para t al alma, é dada a oport unidade da volt a, e ela
t oma o caminho de volt a, pagando a t errível penalidade de acordo com a Ui invariável.
Em conclusão vamos agora lembrar-vos que relat ivament e (de acordo com ele) ao Princípio de
Correspondência, que cont ém a verdade: O que est á em ci ma é como o que est á embai xo, e o que est á
embai xo é como o que est á em ci ma, t odos os Set e Princípios Hermét icos est ão em muit as operações em
t odos os diversos planos Físicos, Ment al e Espirit ual. O Princípio da Subst ância Ment al aplica-se a t odos os
planos, porque t udo nasceu na Ment e do TODO. O Princípio de Correspondência se manif est a em t udo, porque
há uma correspondência, harmonia e correlação ent re os diversos planos. O Princípio de Vibração se
manif est a em t odos os planos-, com ef eit o, a verdadeira dif erença que f az os pl anos result a da Vibração,
como explicamos. O Princípio de Polaridade manif est a-se em t odos os planos, porque os ext remos dos Pólos
são aparent ement e opost os e cont ra, dit órios. O Princípio de Rit mo manif est asse em t odos os Planos, o
moviment o dos f enômenos t endo o seu f luxo e ref luxo, a sua alt a e baixa. O Princípio de Causa e Ef eit o se
manif est a em t odos os Planos, cada Ef eit o t endo a sua Causa e cada Causa t endo o seu Ef eit o. O Princípio de
Gênero manif est a-se em t odos os Planos, sendo a Energia Criadora sempre manif est ada e operando ela pela
linha dos Aspect os Masculinos e Femininos.
O que est á em ci ma é como o que est á embai xo, e o que est á embai xo é como o que est á em ci ma.
Est e axioma hermét ico de cent enas de anos compreende um dos grandes Princípios dos Fenômenos
Universais. Como procedemos com as nossas considerações dos Princípios permanent es, vamos t er ainda mais
clarament e a verdade da nat ureza universal dest e grande Princípio de Correspondência.

CAPÍTULO IX
A VIBRAÇÃO
"Nada est á parado, t udo se move, t udo vibra. " CAIBALION
25

O Terceiro Grande Princípio hermét ico - o Princípio de Vibração - compreende a verdade que o
Moviment o é maníf est ado em t udo no Universo, que nada est á parado, que t udo se move, vibra e circula. Est e
princípio hermét ico f oi reconhecído por muit os dos maiores f ilósof os gregos que o int roduziam em seus
sist emas. Mas, depois, por muit os séculos, f oram perdidos pelos pensadores que est avam f ora das f ileiras
hermét icas. Mas no 9. " século a ciência f ísica descobriu novament e a verdade e as descobert as cient íf icas do
século XX acrescent aram as provas de exat idão e verdade da secular dout rina hermét ica.
Os Ensinament os hermét icos são que não soment e t udo est á em moviment o e vibração const ant e; mas
t ambém que as di f er enças ent re as diversas manif est ações do poder universal são devidas int eirament e à
variação da escala e do modo das vibrações. Não só ist o, mas t ambém que O TODO em si Mesmo manif est a
uma const ant e vibração de um grau t ão inf init o de int ensidade e moviment o rápido que prat icament e pode
ser considerado como est ando parado. Os inst rut ores dirigem a at enção do est udant e para o f at o de que,
ainda no plano f ísico, um obj et o que se move rapidament e (como uma roda girant e) parece est ar parado. Os
Ensinament os são que com ef eit o o Espírit o est á num lado do Pólo de Vibração, e o out ro Pólo é cert a f orma
ext remament e grosseira da Mat éria. Ent re est es dois pólos est ão milhões de milhões de escalas e modos de
vibração.
A Ciência Moderna provou que o que chamamos Mat éria e Energia é simplesment e modo de movi ment o
vi br at ór i o, e muit os dos mais adiant ados cient ist as est ão-se movenào rapidament e para os ocult ist as que
sust ent am que os f enômenos da Ment e são modos semelhant es de vibração e moviment o. Permit i-nos
examinar o que disse a ciência sobre -a quest ão das vibrações na mat éria e na energia.
Em últ imo lugar, a ciência ensina que t oda a mat éria manif est a, em alguns graus, as vibrações
procedent es da t emperat ura ou calor. Sej a um obj et o quent e ou f rio - ambos sendo simplesment e graus da
mesma coisa - ele manif est a cert as vibrações quent es, e nest e sent ido est á em moviment o e vibração. Logo
t odas as part ículas da Mat éria est ão em moviment o circular, desde os corpúsculos at é os sóis. Os planet as
giram ao redor dos sóis, e muit os deles giram sobre seus eixos. Os sóis movem-se ao redor dos grandes pont os
cent rais, e crê que est es se movem ao redor de maiores, e assim por diant e, at é o inf init o. As moléculas de
que as espécies part iculares da Mat éria são compost as se acham num est ado de const ant e vibração e
moviment o umas ao redor das out ras. As moléculas são compost as de Át omos, que, semelhant ement e, se
acham em est ado de const ant e moviment o e vibração.
Os át omos são compost os de Corpúsculos, muit as vezes chamados el ét r ons, íons, et c. que t ambém est ão
em est ado de moviment o rápido, girando um ao redor do out ro, e que manif est am um est ado e um modo
verdadeirament e rápido de vibração. E vemos assim que t odas as f ormas da Mat éria manif est am a Vibração,
de acordo com o Princípio hermét ico de Vibração.
E assim é com as diversas f ormas da Energia. A Ciência ensina que a Luz, o Calor, o Magnet ismo e a
Elet ricidade são simplesment e f ormas de moviment o vibrat órío provavelment e emanadas do Ét er. A Ciência
at é agora não procurou explicar a nat ureza dos f enômenos conhecidos como Coesão, que é o principio da
At ração Molecular, nem a Af inidade Química, que é o princípio da At ração At ômica, nem a Gravit ação (o
maior mist ério dest es t rês), que é o princípio da at ração pela qual uma part ícula ou massa de Mat éria é
at raída por out ra part ícula. Est as t rês f ormas da Energia não são ainda compreendidas pela ciência, cont udo,
os escrit ores inclinarn-se para a opinião que est as t rês são manif est ações da mesma f orma da energia
vibrat ória, f at o que os hermet ist as descobriram e disseram nos t empos passados.
O Ét er Universal, que é post ulado pela ciência sem que a sua nat ureza sej a compreendida clarament e, é
considerado pelos hermet ist as corno sendo uma manif est ação elevada daquilo que é erroneament e chamado
mat éria, ist o é, a Mat éria a um grau elevado de vibração, é chamada por eles "A Subst ânci a Et ér ea". Os
hermet ist as ensinam que est a Subst ância Et érea é de ext rema t enuidade e elast icidade, e penet ra o espaço
universal, servindo como meio de t ransmissão das ondas da energia vibrat ória, corno o calor, a luz, a
elet ricidade, o magnet ismo, et c. Os Ensinament os são que a Subst ância Et érea é um elo de união ent re as
f ormas da energia vibrat ória conhecida como . Mat ér i a, de um lado, e a Energia ou Força, de out ro lado; e
t ambém que ela manif est a um grau de vibração, em escala e modo int eirament e part icular.
Os cient ist as of ereceram o exemplo de uma roda, pião ou para most rar os ef eit os das cilindro movendo-
se rapidament e escalas aument at ivas da vibração. O exemplo supõe uma roda, pião ou cilindro, girando numa
pequena escala de ligeireza. Suponhamos que o obj et o se move lent ament e. Ele pode ser vist o f acilment e,
mas nenhum som do seu moviment o penet ra no ouvido. A ligeireza é aument ada gradualment e. Em poucos
moment os o seu moviment o t oma-se t ão rápido que um surdo ruído ou uma not a baixa pode ser ouvida. Ent ão
como a escala é aument ada a not a sobe mais na escala 'musical. O moviment o sendo ainda mais aument ado, a
26

últ ima not a superior é melhor ouvida. Aí', uma depois da out ra, t odas as not as da escala musical aparecem,
subindo cada vez mais conf orme é aument ado o moviment o. Finalment e, quando o moviment o passou uma
cert a escala, a not a f inal percept ível aos ouvidos humanos é alcançada, um som agudo soa morrendo ao
longe, e segue-se o silêncio. Nenhum som do obj et o girant e é ouvido, o grau de moviment o sendo t ão elevado
que o ouvido humano não pode regist rar as vibrações.
Ent ão começa a percepção dos graus ascendent es do calor e depois de algum t empo o olho percebe um
vislumbre do obj et o que se t orna uma escuridão de cor avermelhada. Como o grau aument a, o vermelho f ica
mais claro. Como a ligeireza ainda é aument ada, o vermelho passa ao alaranj ado. O alaranj ado passa ao
amarelo. Depois seguem-se, sucessivament e as represent ações do verde, azul, anil, e f inalment e violet a,
conf orme f or aument ando a grau de ligeireza. Ent ão a cor violet a desaparece, e t odas as cores desaparecem,
a vist a humana não sendo capaz de regist rá-las. Mas exist em raios invisíveis que emanam do obj et o girant e,
os raios usados na f ot ograf ia, e out ros raios sut is da luz. Ent ão começam a manif est ar-se os raios peculiares
conhecidos como os Rai os X, et c. , conf orme se t ransf orma a const it uição do obj et o. A Elet ricidade e o
Magnet ismo são emit idos quando f or at ingido o grau apropriado de vibração.
Quando o obj et o at inge um cert o grau de vibração as suas moléculas se desint egram e giram por si
mesmas nos element os originais ou át omos.
Os át omos por sua vez, seguindo o Princípio de Vibração, são separados nos pequenos corpúsculos de que
são f ormados. E f inalment e, mesmo os corpúsculos desaparecem e pode-se dizer que o obj et o é compost o da
Subst ância Et érea. A Ciência não cont inua para diant e o exemplo, mas os hermet íst as ensinam que, se as
vibrações f ossem aument ando cont inuament e, o obj et o subiria pelos est ados sucessivos de manif est ação e
poderia manif est ar os diversos graus ment ais na direção do Espírit o; ent ão ele poderia reent rar f inalment e no
TODO, que é o Espírit o Absolut o. O obj et o, cont udo, t eria deixado de ser um obj et o desde que t ivesse subido
ao degrau da Subst ância Et érea, mas apesar disso a ilust ração é corret a porque most ra o ef eit o do grau e
modo de vibração aument ada const ant ement e. Deve ser lembrado na ilust ração acima que nos graus em que
o obj et o expele vibrações de luz, calor, et c. , ele não est á at ualment e r esol vi do nest as f ormas da energia
(que são muit o elevadas na escala), mas simplesment e alcança um grau de vibração em que est as f ormas de
energia são livradas, em cert o grau, das inf luências rest rit ivas das suas moléculas, seus át omos e corpúsculos,
como pode ser o caso. Est as f ormas de energia, apesar (e muit o mais ele . vadas na escala do que a mat éria,
est ão aprisionadas e limit adas nas combinações mat eriais, pela. razão que as energias manif est am e
empregam as f ormas mat eriais, mas est ão rest ringidas e limit adas nas suas criações dest as f ormas, de modo
que est as são, para um modo de ent ender, as mais verdadeiras de t odas as criações, f icando a f orça criadora
envolvida na sua criação.
Mas os Ensinament os hermét icos vão muit o além dos da ciência moderna. Eles ensinam que, t oda a
manif est ação do pensament o, emoção, raciocínio, vont ade, desej o, qualquer condíção ou est ado, são
acompanhados por vibrações, uma porção, das quais é expelida e t ende a af et ar a ment e de out ras pessoas
por i ndução.
Est e é o princípio que produz os f enômenos de t el epat ia, inf luência ment al e out ras f ormas da ação e do
Poder do ment e com que se est á acost umando rapidament e, por causa da complet a disseminação dos
conheciment os Ocult os pelas diversas escolas, cult os e inst rut ores na época at ual.
Todos os pensament os, t odas as emoções ou est ados ment ais t êm o seu grau e modo de vibração. E por
um esf orço da vont ade da pessoa, ou de out ras pessoas, est es est ados ment ais podem ser reproduzidos, do
mesmo modo que o t om musical pode ser reproduzido por meio da vibração de um inst rument o em cert o grau
e assim como a cor pode ser reproduzida da mesma f orma. Pelo conheciment o do Princípio de Vibração,
aplicado aos Fenômenos Ment ais, pode-se polarizar a sua ment e no grau que quiser, adquirindo assim um
perf eit o domínio sobre os seus est ados ment ais, as disposições, et c. Do mesmo modo pode af et ar as ment es
dos out ros, produzindo nelas os est ados desej ados. Por f im, ele pode produzir no Plano Ment al o que a ciência
produz no Plano Físico, principalment e, Vibr ações à Vont ade. Est e poder pode ser adquirido soment e pela
inst rução própria, pelos exercícios, prát icas, et c. , da ciência da Transmut ação Ment al, um dos ramos da Art e
hermét ica.
Uma pequena ref lexão sobre o que dissemos most rará ao est udant e que o Princípio de Vibração
compreende os admiráveis f enômenos do poder manif est ado pelos Mest res e Adept os, que aparent ement e são
capazes de dest ruir as Leis da Nat ureza mas que em realidade simplesment e usam uma lei cont ra out ra, um
princípio cont ra out ro; e que obt êm os seus result ados mudando as vibrações dos obj et os mat eriais ou f ormas
de energia, e ent ão realizam o que é comument e chamado mi l agr e.
27

Diz um dos velhos escrit ores hermét icos: "Aquel e que compr eende o Pr i ncípi o de Vi br ação al cançou o
cet r o do Poder . "

CAPÍTULO X
A POLARIDADE
"T udo é duplo; t udo t em dois pólos; t udo t em seu par de opost os; o semelhant e e o dessemelhant e
são uma só coisa; os opost os são idênt icos em nat ureza, mas diferent es em grau; os ext remos se t ocam;
t odas as verdades são meias-verdades; t odos os paradoxos podem ser reconciliados. " - O CAIBALION -
O Quart o Grande Princípio hermét ico - o Princípio de Polaridade - cont ém a verdade que t odas as coisas
manif est adas t êm doi s l ados, doi s aspect os, doi s pól os opost os, com muit os graus de dif erença ent re os dois
ext remos. Os velhos paradoxos, que ainda deixaram perplexa a ment e dos homens, são explicados pelo
conheciment o dest e Princípio.
O homem t ambém reconheceu muit as coisas- semelhant es a est e Princípio e t ent ou exprimi-lo por est as
máximas e af orismos: Tudo exi st e e não exi st e ao mesmo t empo, t odas as ver dades são meias-ver dades, t odas
as ver dades são mei o-f al sas, há dois l ados em t udo, t odo ver so t em o seu r ever so, et c.
Os Ensinos hermét icos são, com ef eit o, que a dif erença ent re as coisas que se parecem diamet ralment e
opost as é simplesment e quest ão de graus. Eles ensinam que os par es de opost os podem ser r econci l i ados, e
que a r econci l iação univer sal dos opost os é ef et uada pelo conheciment o dest e Princípio de Polaridade. Os
inst rut ores dizem que os exemplos dest e Princípio podem ser dados a qualquer pessoa, e por meio de uma
examinação da nat ureza real das coisas. Eles conhecem porque af irmam que o Espírit o e a Mat éria são
simplesment e dois pólos da mesma coisa, sendo os planos int ermediários simplesment e graus de vibração@
Eles af irmam que o ToDo e o Muit o são a mesma coisa, a dif erença sendo simplesment e quest ão de grau de
manif est ação ment al. Assim a LEi e as Leis são os dois pólos de uma só coisa. Do mesmo modo o PRINcípio e
os Princípios, a Ment e Inf init a e a ment e f init a.
Ent ão passando ao Plano Físico, eles explicam o Princípio dizendo que o Calor e o Frio são idênt icos em
nat ureza, as dif erenças sendo simplesment e quest ão de graus. O t ermômet ro marca diversos graus de
t emperat ura, chamando-se o pólo mais baixo f rio, e o mais elevado cal or . Ent re est es dois pólos est ão muit os
graus de cal or ou f rio, chamai-os qualquer dos dois que não comet ereis erro algum. O mais elevado dos dois
graus é sempre o mai s quent e, enquant o que o mais baixo é sempre o t r ai s f r i o. Não há demarcação absolut a;
t udo é quest ão de grau. Não há lugar no t ermômet ro em que cessa o calor e começa o f rio. Ist o é quest ão de
vibrações mais elevadas ou menos elevadas. Mesmo os t ermos al t o e bai xo (i nf er i or es e super ior es), que
'somos obrigados a usar, são unicament e pólos da mesma coisa; os t ermos são relat ivos. Assim como o Or i ent e
e o Oci dent e; viaj ai ao redor do mundo e na direção do Orient e, e chegareis a um pont o que é chamado
Ocident e, ao vosso pont o de part ida, e volt areis dest e pont o orient al. Viaj ai para o Nort e e parecer-vos-á
viaj ar no Sul, ou vice-versa.
A Luz e a Obscuridade são pólos da mesma coisa, com muit os graus ent re elas. A escala musical é a
mesma coisa: vibrando o pont o "C" movei-o para cima at é que encont rais out ro pont o "C", e assim por diant e,
a dif erença ent re as duas ext remidades da corda sendo a mesma, com muit os graus ent re os dois ext remos. A
escala das cores é a mesma: pois que as mais elevadas e as mais baixas vibrações são simplesment e
dif erenças ent re o violet a superior e o vermelho inf erior. O Grande e o Pequeno são relat ivos. Assim t ambém
o Ruído e o Silêncio, o Duro e o Flexível. Tais são o Agudo e o Liso. O Posit ivo e o Negat ivo são dois pólos da
mesma coisa, com muit os graus ent re eles.
O Bem e o Mal não são absolut os; chamamos uma ext remidade da escala Bem e a out ra Mal. Uma coisa é
menos boa, que a coisa mais elevada na escala, mas est a coisa -menos boa, por sua vez, é mai s boa (mel hor )
que a coisa imediat ament e inf erior a ela; e assim por diant e, o mai s ou o menos sendo regulado pela posição
na escala.
E assim é no Plano Ment al. O Amor e o ódi o são geralment e considerados como sendo coisas
diamet ralment e opost as ent re si, int eirament e dif erent es, irreconciliáveis. Mas aplicamos o Princípio de
Polaridade, e supomos que não há coisa de Amor Absolut o ou de ódio Absolut o, como dist int os um do out ro.
Ambos são simplesment e t ermos aplicados aos dois pólos da mesma coisa. Começando num pont o da escala
encont ramos mai s amor ou menos ódi o, conf orme subirmos a escala; e mai s ódi o e menos amor , conf orme
descermos: sendo verdade que não há mat éria de cuj o pont o, superior ou inf erior, possamos admirar. Há
graus de Amor e de Ódio, e há um pont o médio em que o semel hant e e o dessemel hant e t ornam-se t ão
28

insignif icant es que é dif ícil f azer dist inção ent re eles. A Coragem e o Medo seguem a mesma regra. Os pares
de opost os exist em em t oda part e. Onde encont rardes uma coisa encont rareis o seu opost o: os dois pólos.
E é est e f at o que habilit a o hermet ist a a, t ransmut ar um est ado ment al, em out ro, conf orme as linhas da
Polarização. As coisas pert encent es a dif erent es classes não podem ser t ransmut odas em uma out ra, mas as
coisas da mesma classe podem ser t ransmut adas, ist o é, podem t er a sua polaridade mudada. Assim o Amor
pode ser Oest e ou Lest e, Vermelho ou Violet a, mas pode t ornar-se e imediat ament e se t orna em ódio, e do
mesmo modo, o ódio pode ser t ransf ormado em Amor, pela mudança da polaridade. A Coragem pode ser
mudada em Medo e vice-versa. As coisas duras podem f icar moles. As coisas agudas podem f icar lisas. As
coisas f rias podem f icar quent es. E assim por diant e, a t ransmut ação sendo sempre ent re coisas da mesma
nat ureza, porém de graus dif erent es. Tomemos o caso de um homem medroso. Elevando as suas vibrações
ment ais na linha do Medo e da Coragem, pode chegar a possuir maior grau (e Coragem e Int repidez. E de igual
modo um homem preguiçoso pode mudar-se em um indivíduo at ivo, enérgico, simplesment e pela polarização
na direção da qualidade desej ada.
O est udant e que est á f amiliarizado com os processos pelos quais as diversas escolas de Ciência ment al,
et c. , produzem modif icações nos est ados ment ais dos que empregam os seus ensinos, poderá não
compreender o princípio que opera est as mudanças. Cont udo, quando o Princípio de Polaridade é
compreendido, ele vê que as mudanças ment ais são ocasionadas por uma mudança de polaridade, uma
descida na mesma escala: o assunt o é f acilment e compreendido. A mudança não é da nat ureza de uma
t ransrnut ação de uma coisa em out ra coisa int eirament e dif erent e, mas é simplesment e uma mudança de
grau nas mesmas coisas, uma dif erença muit o import ant e. Por exemplo, t omando uma analogia do Plano
Físico, é impossível mudar o Calor em Agudeza, Ruído, Alt ura, et c. , mas o Calor pode ser t ransmut ado em
Frio, simplesment e pela diminuição dás 'vibrações. Da mesma f orma o ódio e o Amor são mut uament e
t ransmut áveis; assim t ambém o Medo e a Coragem. Mas o Medo não pode ser mudado em Amor, nem a
Coragem em Mo. Os est ados ment ais pert encem a inúmeras classes, cada classe deles t em dois pólos opost os,
ent re os quais a t ransmut ação é possível.
O est udant e reconhecerá f acilment e que nos est ados ment ais, bem como nos f enômenos do Plano Físico,
os dois pólos podem ser classif icados como Posit ivo e Negat ivo, respect ivament e. Assim o Amor é Posit ivo
para o ódio, a Coragem para o Medo, a At ividade para a Indolência, et c. E t ambém pode-se dizer ainda que
aos que não est ão f amiliarizados com o Princípio de Vibração, o pólo Posit ivo parece ser de um grau mais
elevado que o pólo Negat ivo, e dominá-lo imediat ament e. A t endência da Nat ureza é na direção da at ividade
dominant e do pólo Posit ivo.
Para acrescent ar mais alguma coisa à mudança dos pólos dos próprios est ados ment ais de cada um pela
operação da art e de, Polarização, os f enômenos da Inf luência ment al, nas suas diversas f ases, nos most ram
que est e princípio pode est ender-se at é ao f enômeno da inf luência de uma ment e sobre out ra, de que muit o
se t em escrit o nos últ imos anos. Quando se compreende que a Indução ment al é possível, ist o é, que est es
est ados ment ais são produzidos pela indução de out ros, ent ão se pode ver imediat ament e como um cert o
grau de vibração, ou a polarização de um cert o est ado ment al, pode ser comunicado a out ra pessoa, e assim
se muda a sua polaridade nest a classe de est ados ment ais. É conf orme est e princípio que os result ados de
muit os t rat ament os ment ais são obt idos. Por exemplo, uma pessoa é azul, melancólica e cheia de medo. Um
cient ist a ment al adest rando pela sua própria vont ade a sua ment e à desej ada vibração, obt ém a desej ada
polarização no seu próprio caso, ent ão produz um est ado ment al semelhant e no out ro por indução, o
result ado sendo que as vibrações são elevadas e a pessoa polarizada no lado Posit ivo da escala em vez do lado
Negat ivo, t ransmut adas em e o seu Medo e out ras emoções negat ivas são , Coragem e nos est ados ment ais
posit ivos similares. Um pequeno est udo most rar-vos-á que est as mudanças ment ais são quase t odas de
conf ormidade com a linha de Polarização, a mudança sendo de grau e não de espécie.
O conheciment o da exist ência dest e grande Princípio hermét ico habilit ará o est udant e a compreender
melhor os seus próprios est ados ment ais e o das out ras pessoas. Ele verá que est es est ados são t odos quest ão
de graus, e vendo assim, ele poderá elevar ou a-baixar a vibração à vont ade, mudar os seus pólos ment ais,
em vez de ser o seu servo e escravo. E por est e conheciment o poderá auxiliar int eligent ement e os seus
semelhant es, e pelo mét odo apropriado mudar a -polaridade quando desej ar.
Aconselhamos t odos os est udant es a f amliarizarem-se com est e Princípio de Polaridade, porque uma
exat a compreensão dó mesmo esclarecerá muit os assunt os dif íceis.
29

CAPÍTULO XI
O RITMO
"T udo tem f luxo e refluxo; tudo t em suas marés; t udo sobe e desce; t udo se manifesta por
oscilações compensadas; a medida do movimento à direit a é a medida do movimento à esquerda; a
rit mo é a compensação. " O CAIBALION
O Quint o Grande Princípio Hermét ico - o Princípio de Rit mo - encerra a verdade que em t udo se
manif est a um moviment o proporcional, um moviment o de um lugar para out ro, um f luxo e ref luxo, um
moviment o para diant e e para t rás, um moviment o semelhant e ao do pêndulo, uma maré baixa e uma maré
alt a ent re os dois Pólos que se manif est am nos planos f ísico, ment al e espirit ual. O Princípio de Rit mo est á
em relação com o Principio de Polaridade descrit o rio capít ulo precedent e. O Rit mo se manif est a ent re os
dois Pólos est abelecidos pelo Princípio de Polaridade. Ist o não signif ica, porém, que o pêndulo do Rit mo vibra
nos pólos ext remos, porque ist o rarament e acont ece; com ef eit o, na maioria dos casos, é muit o dif ícil
est abelecer o ext remo polar Opost o. Mas a vibração vai primeiro par a o l ado de um Pólo e depois para o do
out ro.
Há sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma ret irada, uma alt a e uma baixa, manif est adas em
t odos os t ons e, f enômenos do Universo. Os sóis, os mundos, os homens, os animais, as plant as, os minerais,
as f orças, a energia, a ment e a mat éria e mesmo o Espírit o manif est am est e Princípio. O Princípio se
manif est a na criação e dest ruição dos, mundos, na elevação e queda das nações, na vida hist órica de t odas as
coisas, e f inalment e nos est ados ment ais do Homem.
Começando com as manif est ações do Espírit o ou do TODO, pode-se dizer que exist em a El usão e a
Inf usão; a "Expi r ação e a Inspi r ação de Br ahm", como diz a expressão dos Brâmanes. Os Universos são criados;
eles chegam ao pont o mais baixo de mat erialidade, e logo começam a sua vibração para cima. Os sóis nascem
à exist ência, e sendo at ingida a sua maior f orça, o processo de ret rocesso começa, e depois de eons de t empo
eles se t ornam inert es massas de mat éria, esperando um out ro impulso que novament e ponha as suas energias
int eriores na at ividade e começa um novo ciclo de vida solar. E assim é com t odos os mundos; nasceram,
viveram e morreram: é só renascer. E, assit n é com t odas as coisas de f igura e f orma; elas vibram da ação
para a reação, do nasciment o para a mort e, da at ividade para a inat ividade volt am para t rás.
Assim é com t odas as coisas vivent es; nasceram, cresceram, morreram, e depois t omaram a nascer.
Assim é com t odos os grandes moviment os, as f ilosof ias, os credos, os cost umes, os governos, as nações e
t odas as out ras coisas: nascer, crescer, amadurecer, decair, morrer e depois renascer. A vibração do pêndulo
est á sempre em evidência.
A noit e segue o dia, e o dia segue a noit e. O pêndulo vibra do Out ono ao Inverno, e depois volt a para
t rás. Os corpúsculos, os át omos, as moléculas e t odas as massas de mat éria vibram ao redor do círculo da sua
nat ureza. Não há coisa alguma de absolut a inércia ou cessação de moviment o, e t odo moviment o -part icipa
do Rit mo. O princípio é de aplicação universal. Pode ser aplicado a qualquer quest ão ou f enômeno de
qualquer dos diversos planos de vida. Pode ser aplicado a t odas as f ases da at ividade humana.
Sempre exist e a vibração rít mica de um pólo a out ro. O Pêndulo Universal sempre est á em moviment o.
As marés da Vida sobem e descem de acordo com a Lei.
O Princípio de Rit mo acha-se bem ent endido pela ciência moderna, e é considerado como uma lei
universal aplicada às coisas mat eriais. Mas os hermet ist as levam o princípio muit o além, e sabem que as suas
manif est ações e inf luências se est endem às at ividades ment ais do Homem, e que ist o se explica pela cont ínua
sucessão de condições, est ados, emoções e out ras incômodas e embaraçosas mudanças que observamos em
nós mesmos. Mas os hermet íst as, est udando as operações dest e Princípio, aprenderam a escapar da sua
at ividade pela Transmut ação.
Os Mest res hermet ist as há muit o t empo descobriram que, conquant o o Princípio de Rit mo sej a invariável,
e sempre est ej a em evidência nos f enômenos ment ais, ainda exist em dois planos de sua manif est ação t ant o
quant o os f enômenos ment ais est ão incluídos. Descobriram que exist em dois planos gerais de Consciência, o
Inf erior e o Superior, o conheciment o dest e f at o habilit a-os a subir ao plano superior e assim escapar da
vibração do pêndulo rít mico que se manif est a no plano inf erior. Em out ras palavras, a vibração do pêndulo se
realiza no Plano Inconscient e, e a Consciência não é af et ada. A ist o eles chamam a Lei de Neut ralização. As
suas operações consist em na elevação do Ego acima das vibrações do Plano Inconscient e da at ividade ment al,
de modo que a vibração negat iva do pêndulo não é mani f est ada na consciência, e por est a razão eles não são
af et ados, É semelhant e à elevação acima de uma coisa, deixando-a passar debaixo de vós. Os Mest res
hermet ist as, ou os est udant es adiant ados, polarizando-se no pólo desej ado, e por um processo semelhant e à
30

r ecusa de part icipar da vibração que desce, ou, se pref eris, à negação da sua inf luência sobre eles, sust êm-se
f irmes na sua posição polarizada, e deixam o pêndulo ment al vibrar para t rás no plano inconscient e. Todas as
pessoas que at ingiram t odos os graus do domínio próprio realizam ist o mais ou menos inconscient ement e, e
recusando deixar as suas condições e os seus est ados ment ais negat ivos dominá-las, aplicam a Lei de
Neut ralização.
O Mest re, cont udo, leva-os a um grau muit o elevado de progresso, e pelo uso da sua Vont ade at inge um
grau de Equilíbrio e Firmeza ment al quase impossível de ser crido pelos que deixam mover-se à direit a e à
esquerda pelo pêndulo ment al das condições e emoções.
A import ância dist o pode ser apreciada por qualquer pensador que compreende que a maioria das
pessoas são criat uras de condições, emoções e sensações, e que só manif est am um domínio próprio muit o
insignif icant e. Se quiserdes det er-vos e examinar um moment o, vereis como muit os moviment os de Rit mo vos
af et aram em vossa vida, como um período de Ent usiasmo f oi invariavelment e seguido por uma sensação e
condição de Depressão. Do mesmo modo, as vossas condições e períodos de Coragem f oram seguidos por
iguais condições de Medo. E assim sempre acont eceu com a maioria das pessoas: t empos de sensação sempre
apareceram e desapareceram com elas, mas elas não suspeit aram a causa ou razão do f enômeno ment al. A
compreensão das operações dest e Princípio dará à pessoa a chave para o Domínio dest es moviment os rít micos
de emoções, e habilit á-la-á a conhecer melhor a si mesma e a evit ar de ser levada por est es f luxos e ref luxos.
A Vont ade é superior à manif est ação conscient e dest e Princípio, t odavia o próprio Princípio não pode ser
dest ruído. Podemos escapar dos seus ef eit os, porém, apesar disso, o Princípio est á em operação. O pêndulo
sempre se move, porém, nós podemos escapar de sermos levados por ele.
Há out ras espécies de operações dest e Princípio de Rit mo , ck- que queremos f alar agora. Acha-se na sua
ação aquilo que é conhecido como a Lei de Compensação. Uma das def inições ou signif icações da palavra
Compensação é cont r abal ançar , que é o sent ido em que os hermet ist as empregam o t ermo. É a est a Lei de
Compensação a que se ref ere o Cai bal i on, quando diz:
"A medida do movi ment o à di r ei t a é a medida do movi ment o à esquer da; o r i t mo é a compensação. "
A Lei de Compensação é que o moviment o numa direção det ermi na o moviment o na direção opost a, ou
para o pólo opost o; um balança ou cont rabalança o out ro. No Plano Físico vemos -muit os exemplos dest a Lei.
O pêndulo do relógio move-se em cert a dist ância à direit a, e depois numa igual dist ância à esquerda. As
est ações balançam-se umas às out ras da mesma f orma. As marés seguem a mesma Lei. E a mesma Lei é
manif est ada em t odos os f enômenos de Rit mo. O pêndulo com brevidade move-se numa direção, e com a
mesma brevidade na out ra; um moviment o ext enso à direit a represent a invariavelment e um moviment o
ext enso à esquerda. Um obj et o at irado para cima a uma cert a alt ura t em uma igual dist ância para at ravessar
na volt a. A f orça com que um proj ét il é arremessado uma milha para cima é reproduzida quando o proj ét il
volt a à t erra. Est a Lei é const ant e no Plano Físico, como vos most rará uma ref erência às aut orídades-
modelos.
Porém, os hermet ist as levam ist o muit o mais longe. Eles ensinam que os est ados ment ais de um homem
est ão suj eit os à mesma Lei. O homem que goza sut ilment e est á suj eit o a sof riment os sut is; ao passo que
aquele que sent e poucas penas só é capaz de sent ir pouco gozo. O porco sof re porém muit o pouco
ment alment e, e t ambém goza muit o pouco: é compensado. E do out ro lado, t emos out ros animais que gozam
sut ilment e, mas cuj o organismo nervoso e t emperament o lhes f az sof rer esquisit os graus de penas. E assim é
com o Homem. Exist em t emperament os que permit em um grau muit o inf erior de gozo, e igualment e um grau
inf erior de sof riment o-) enquant o que há out ros que permit em um gozo mais int enso, mas t ambém um
sof riment o mais int enso. A verdade é que a capacidade para o sof riment o ou gozo é cont rabalançada em cada
indivíduo. A Lei de Compensação est á aí em const ant e operação.
Cont udo, os Hermet ist as ainda vão mais além nest e assunt o. Eles ensinam que ant es que alguém possa
gozar um cert o grau de prazer, deverá t er movido, proporcionalment e para o out ro pólo da sensação. Dizem,
cont udo, que o Negat ivo é procedent e do Posit ivo, nest a quest ão, quer dizer que experiment ando um cert o
grau de prazer não se segue que se deverá pagar por i st o com um grau correspondent e de sof riment o; pelo
cont rário, o prazer é o moviment o rít mico, concordando com a Lei de Compensação, para um grau de
sof riment o precedent ement e experiment ado na vida present e, ou numa encamação precedent e. Ist o t raz
nova luz sobre o Problema do sof riment o.
Os Hermet ist as consideram a cadeia das vidas como cont ínua, e como f ormando part e de uma vida do
indivíduo, demodo que, por, conseguint e, o moviment o rít mico por est a f orma é compreendido enquant o que
não t eria signif icação sem que f osse admit ida a verdade da reencarnação.
31

Porém, os hermet ist as pregam que o Mest re ou o est udant e adiant ado est á habilit ado' em grau elevado, a
escapar o movimen, t o para o Sof riment o, pelo processo de Neut ralização ant es mencionado. Elevando-se ao
plano superior do Ego, muit as das experiências que acont ecem aos que vivem no plano inf erior são evit adas e
escapadas.
A lei da Compensação t oma uma part e import ant e nas vidas dos homens e das mulheres. É sabido que
geralment e uma pessoa paga o pr eço de t t do o que possui ou carece. Se t em alguma coisa, carece de out ra: a
balança é equilibrada. Ninguém pode guar dar o seu di nhei r o e t er a mi gal ha de pão ao mesmo t empo. Todas
as coisas t êm os seus lados prazent eiro e desprazent eiro. As coisas que se ganham são sempre pagas pelas
coisas que se perdem. O rico possui muit o do que f alt a ao pobre, ao mesmo t empo que o pobre t ambém
possui coisas que est ão f ora do alcance dos ricos. O milionário poderá t er inclinação para muit os f est ins, e a
opulência com que sust ent ar t odas as delícias e luxúrias da mesa, mas carece do apet it e para gozar dela; ele
invej a o apet it e e a digest ão do t rabalhador, que carece da opulência e das inclinações do milionário, e que
t em mais prazer com o seu simples aliment o do que o milionário poderia t er, se o seu apet it e não f osse mau,
nem a sua digest ão arruinada, porque as necessidades, os hábit os e as inclinações dif erem. E assim é at ravés
da vida. A Lei de Compensação est á sempre em ação, esf orçando-se para balançar e cont rabalançar, e
sempre vindo a t empo, sendo necessário diversas vidas para o movi ment o de volt a do Pêndulo do Rit mo.

CAPÍTULO XII
A CAUSALIDADE
"T oda Causa t em seu Efeit o; t odo Efeit o t em sua Causa; t odas as coisas acont ecem de acordo com a
Lei; o Acaso é simplesment e um nome dado a uma Lei não reconhecida; exist em muit os planos de
causalidade, mas nada escapa à Lei. " - O CAIBALION -
O Sext o Grande Princípio hermét ico - o Princípio de Causa e Ef eit o - cont ém a verdade que a Lei domina
o Universo, nada acont ece por Acaso, que est e é simplesment e um t ermo para indicar a causa exist ent e,
porém não reconhecida ou percebida; 'que os f enômenos são cont ínuos, sem int errupção ou exceção.
O Princípio de Causa e Ef eit o est á ocult o em t odas as idéias cient íf icas ant igas e modernas, e f oi
anunciado pelos Inst rut ores Hermét icos nos primit ivos dias. Quando se levant aram muit as e variadas disput as
ent re as diversas escolas de pensament o, est as disput as f oram principalment e sobre os det alhes das
operações do Princípio, e ainda às mais das vezes sobre a signif icação de cert as palavras. O Princípio obscuro
de Causa e Ef eit o f oi aceit o como exat o prat icament e por t odos os pensadores de nomeada do mundo int eiro.
Pensar de out ro modo seria subt rair os f enômenos do universo do domínio da Lei e da Ordem, e proscrevê-lo
ao domínio de uma causa imaginária que os homens chamaram o Acaso.
Uma -pequena consideração most rará a t odos que em realidade não exist e coisa alguma de puro. Acaso.
Webst er def ine a palavra Acaso do modo seguint e: "Um supost o agent e ou r , , íodo de at i vidade di f er ent e da
f or ça, l ei ou pr opósi t o; a oper ação de at i vi dade de t al agent e; o supost o el ei t o dest e agent e; um
acont eci ment o f or t ui t o, uma causal i dade, et c. " Porém, um pequeno exame ' most rar-vos-á que não exist e um
agent e como Acaso, no sent ido de uma coisa f ora da lei, uma coisa f ora de Causa e Ef eit o. Como poderia ser
uma coisa que agisse no universo f enomenal, independent e das leis, da ordem e da cont inuidade dest e
últ imo? Tal coisa seria int eirament e independent e do moviment o ordenado do universo, e port ant o superior a
est e. Não podemos imaginar nada f ora do TODO que est ej a f ora da Lei, e ist o soment e porque o ToDo é a
própria LEI. Não há lugar no universo para uma coisa f ora e independent e da Lei. A exist ência de t al Coisa
t omaria sem ef eit o t odas as Leis Nat urais, e mergulharia o universo em uma desordem e ilegalidade caót ica.
Um exame cuidadoso most rará que aquilo que chamamos Acaso é simplesment e um modo de exprimir as
causas obscuras; as causas que não podemos compreender. A palavra Acaso derivada de uma palavra que
signif ica cai r (como a caída dos dados) 1 dando a idéia de que a caída dos dados (e de muit os j ogos de azar) é
simplesment e um acont eci ment o que não t em relação com qualquer causa. E é est e o sent ido em que
geralment e é empregado o t ermo. Mas quando o assunt o é examinado secret ament e, vè-se que não há
nenhum acaso na caída dos, dados. i Todos os dias 'cal uma mort e, que desagrada a um cert o número de
pessoas; ela obedece a uma lei do inf alível como a que governa a revolução dos planet as ao redor do sol.
At rás da vinda da mort e est ão as causas, ou cadeias de causas, movendo-se além do lugar que a ment e pode
alcançar. A posição da mort e no box, a redução da energia muscular expendida nos golpes, a condição da
mesa, et c. , et c. , t odas são causas, cuj o ef eit o pode ser vist o. Mas at rás dest as causas observadas exist em
cadeias de causas de procedência não observada, t odas as quais t êm uma inf luência sobre o número da mort e
predominant e.
32

Se uma mort e dura uma grande quant idade de t empo, ist o procederá de que os números manif est ados
serão quase iguais) ist o é, haverá um número igual de uma mancha, duas manchas, et c. , que são
predominant es. Lançai uma moeda ao ar, e ela cairá sobre quaisquer cabeças ou r abos, mas f azei um bom
número de arremessos e as cabeças e rabos cairão logo. Est a é a operação da lei proporcional. Mas apesar da
proporção e dos simples arremessos est arem debaixo da Lei de Causa e Ef eit o, se f ôssemos capazes de
examinar nas precedent es causas, seria clarament e observado que era simplesment e impossível para a mort e
vir de out ro modo, nas mesmas circunst âncias e no mesmo t empo. Dadas as mesmas causas, os mesmos
result ados advírão.
Sempre há uma causa e um por quê para t odos os acont eciment os.
Nada acont ece sem uma causa, ou uma cadeia de causas. Muit a conf usão houve
nas ment es de pessoas que consideraram est e Princípio, porque não eram
capazes de explicar como uma coisa poderia causar out ra coisa, ist o é, ser a
cr i ador a da segunda coisa. Com ef eit o, como mat éria, nenhuma coi sa pode
causar ou cr iar out r a coi sa. A Causa e o Ef eit o são dist ribuídos simplesment e como event ual i dades. Uma
event ual i dade é aquil o que acont ece ou advém, como um r esul t ado ou uma conseqüêncía de di ver sos event os
pr ocedent es. Nenhum event o cr i a out ro event o, mas é simplesment e um elo precedent e na grande cadeia
ordenada de event os procedent es da energia criat iva do TODO. Há. uma cont inuidade ent re t odos os
acont eciment os precedent es, conseqüent es e subseqüent es. Há uma relação ent re t udo o que veio ant es, e
t udo o que vem agora. Uma pedra é deslocada de um lugar mont anhoso e quebra o t et o de uma cabana lá
embaixo no vale. A princípio consideramos ist o como um acont eciment o casual, mas quando examinamos o
assunt o encont ramos uma grande cadeia de causas. Em primeiro lugar est á a chuva que amoleceu a t erra que
suport ava a pedra e que a deixou cair; em segundo lugar at rás dest a est á a inf luência do sol, de out ras
chuvas, et c. , que gradualment e desint egraram o pedaço de rocha de um pedaço maior, est ão as causas que
mot ivaram a f ormação da mont anha e o seu levant ament o pelas convulsões da nat ureza, e assim at é o
inf init o.
Ent ão poderíamos procurar as causas at rás da causa da chuva, et c. Poderíamos considerar a exist ência do
t et o. Enf im, logo nos envolveríamos em uma rede de acont eciment os, causas e ef eit os, de cuj as malhas
int rincadas não nos poderíamos desembaraçar.
Do mesmo modo que um homem t em dois pais, quat ro avós, oit o bisavós, dezesseis t risavós, e assim por
diant e at é que em quarent a gerações calcula-se o número dos avós remont arem a muit os milhares. Assim é
com o número de causas que se ocul t am sob o mais t rivial acont eciment o ou f enômeno, t al como a passagem
de uma delgada f uligem pelos vossos olhos. Não é coisa agradável descrever o pedaço de f uligem desde o
período primit ivo da hist ória do mundo desde quando ele f ormava uma part e de um t ronco maciço de árvore,
que f oi primeirament e t ransf ormado em carvão e depois at é que passou agora pelos vossos olhos no seu
caminho para out ras avent uras. E uma grande cadeia de acont eciment os, causas e ef eit os, t rouxe-o à sua
condição present e, e a últ ima é simplesment e uma cadeia dos acont eciment os que poderão produzir out ros
event os cent enas de anos depois dest e moment o. Uma série de acont eciment os procedent es do delgado
pedaço de f uligem f oi a escrit a dest as linhas que f ez o t ipógraf o-mest re ref ormar cert a palavra, o revisor
f azer a mesma coisa, e que produzirá cert os pensament os na vossa ment e, e de out ros, que por sua vez
af et arão out ras e assim por diant e conf orme a habilidade do homem para raciocinar: e t udo ist o da passagem
de um delgado pedaço de f uligem, o que most ra a relat ividade e associação das coisas, e o f at o ant erior que
"não há coi sa gr ande, não, bá coi sa pequena, na ment e que causa t udo".
Det ende-vos a pensar um moment o. Se cert o moço não t ivesse encont rado uma cert a moça, no obscuro
período da Idade da Pedra, vós, que agora est ais lendo est as linhas, não exist iríeis agora. E, t alvez, se o
mesmo casal não se encont rasse, nós que escrevemos est as linhas, não exist iríamos t ambém agora. E o
verdadeiro at o de escrever, da nossa part e, e o at o de ler, da vossa, poderá não só af et ar as respect ivas vidas
nossas e vossas, mas t ambém poderá t er uma inf luência diret a ou indiret a sobre muit as out ras pessoas que
agora vivem e que viverão nas idades f ut uras. Toda idéia que pensamos, t odo at o que f azemos, t em o seu
result ado diret o ou indiret o que se adapt a à grande cadeia de Causa e Ef eit o.
Não queremos ent rar em consideração sobre o Livre-Ar bít rio ou o det erminismo, nest a obra, por várias
razões. Ent re as diversas razões, a principal é que nenhum lado da cont rovérsia é int eirament e verdadeiro;
com ef eit o, ambos os lados são parcialment e verdadeiros, de acordo com os Preceit os hermét icos. O Princípio
de Polaridade most ra que ambos são Meias-Verdades: pólos opost os da Verdade. Os Preceit os são que o
homem pode ser Livre e ao mesmo t empo limit ado pela Necessidade, dependendo ist o da signif icação dos
33

t ermos e elevação da Verdade cuj a signif icação é examinada. Os escrit ores ant igos expressam est e assunt o,
assim: "A criação que est á mais dist ant e do Cent ro é a mais limit ada; quant o mais próximo chega do Cent ro,
t ant o mais Livre é. "
A maioria das pessoas são mais ou menos escravas da heredit ariedade, dos que as rodeiam, et c. , e
manif est am muit o pouca Liberdade. São guiadas pelas opiniões, os cost umes e as idéias dc, mundo ext erior, e
t ambém pelas suas emoções, sensações e condições, et c. Não manif est am domínio algum, digno de nome.
Indignament e repudiam est a asserção, dizendo: , pois eu cert ament e sou livre para agir e f azer como me
apraz; f aço j ust ament e o que quero f azer", mas deviam explicar melhor o quer o e o como me, apr az. Que os
f az quer er f azer uma coisa de pref erência a out ra; que lhes f az apr azer f azer ist o e não aquilo? Não exist e por
que para a seu pr azer e desej o? O Mest re pode mudar est es pr azer es e vont ades em Out ros no lado Opost o do
Pólo ment al. Ele é capaz de Quer er por quer er , sem querer por causa das condições, emoções meio, sem
t endência ou desej o. , sensações ou sugest ões do A maioria das pessoas são arrast adas como a pedra que cai,
obedient e ao meio, às inf luências ext eriores e às condições e desej os int ernos, não f alando dos desej os e das
vont ades de out ros mais f ort es que elas, da heredit ariedade, da sugest ão, que as levam sem resist ência da
sua part e, sem exercício da Vont ade. Movidas, como os peões no j ogo de xadrez da vida, elas t omam part e
nest e e são abandonadas depois que o, j ogo t erminou. Mas os Mest res, conhecendo a regra do j ogo, elevam-se
acima do plano da vida mat erial, e colocando-se em relação com as mais elevadas f orças da sua nat ureza
dominam as suas próprias condições, os caract eres, as qualidades e a polaridade, assim como o meio em que
vivem, e dest e modo t ornam-se Mot ores em vez de Peões: Causas em vez de Ef eit os. Os Mest res não escapam
da Causalidade dos planos mais elevados, mas concordam com as leis superiores, e assim dominam as
circunst âncias no plano inf erior. Eles f ormam part e conscient e da Lei, sem serem simples inst rument os.
Enquant o servem nos
Planos Superiores, governam no Plano Mat erial.
Porém, t ant o nos superiores como nos inf eriores, a Lei est á sempre em ação. Não há c oisa do Acaso. As
deusas cegas f oram abolidas pela Razão. Agora podemos ver com olhos esclarecidos pelo conheciment o que
t udo é governado pela Lei Universal - o inf init o número de leis é simplesment e uma manif est ação da única
Grande Lei - a LEI que é O TODO. É verdade, cont udo, que nem mesmo um pardal f ica descuidado à Ment e do
TODO, assim como os cabelos da nossa cabeça são cont ados, como disseram as escrit uras. Nada há f ora da
Lei; nada do que acont ece é cont rário a ela. Cont udo, não comet ais o erro de supor que, por causa disso, o
Homem é simplesment e um cego aut ômat o. Os Preceit os Hermét icos ensinam que o Homem pode usar a Lei
cont ra as leis, e que a vont ade superior prevalece cont ra a inf erior, at é que por f im procure ref úgio na
própria LEI, e olhe com desprezo as leis inf eriores. Sois capaz de compreender a mais ínt ima signif icação
dist o?

CAPÍTULO XIII
O GÊNERO
"O Gênero est á em t udo; t udo tem os seus Princípios Masculino e Feminino; o Gênero se manifest a
em t odos os planos. " - O CAIBALION
O Sét imo Grande Princípio hermét ico - o Princípio de Gênero - cont ém a verdade que há Gênero
manif est ado em t udo, que os Princípios Masculino e Feminino est ão sempre present es e em ação em t odas as
f ases dos f enômenos e t odos os planos da vida. Nest e pont o achamos bom chamar a vossa at enção para o f at o
que o Gênero, no seu sent ido Hermét ico, e o Sexo no uso ordinariament e aceit ado do t ermo, não são a
mesma coisa.
A palavra Gêner o é derivada da raiz lat ina que signif ica ger ar , pr ocr iar , pr oduzi r . Uma consideração
moment ânea most rar-vos-á que a palavra t em um signif icado mais ext enso e mais geral que o t ermo Sexo, o
últ imo ref erindo-se às dist inções f ísicas ent re as coisas vivent es machos e f êmeas. O sexo é simplesment e
uma manif est ação do Gênero em cert o plano ( o Grande Plano Físico: o plano da vida orgânica. Desej amos
f ixar est a dist inção nas vossas ment es, porque cert os escrit ores, que adquiriram uma simples noção da
Filosof ia hermét ica, pret enderam ident if icar est e sét imo Princípio hermét ico com as disparat adas, f ant ást icas
e muit as vezes repreensíveis t eorias e ensinos a respeit o do Sexo.
O of ício do Gênero é soment e de criar, produzir, gerar, , et c. , e as suas manif est ações são visíveis em
t odos os planos de f enômenos. É um t ant o dif ícil dar provas dist o nas linhas cient íf icas, pela razão que a
ciência ainda não reconheceu est e Princípio como de aplicação universal. Mas ainda assim várias provas t êm
provindo de f ont es cient íf icas. Em primeiro lugar, encont ramos uma dist int a manif est ação do Princípio de
34

Gênero ent re os corpúsculos, íons ou elét rons, que const it uem a base da Mat éria como a ciência conhece por
últ imo, e que f ormando combinações f ormam o Át omo, que at é há pouco t empo era considerado como f inal e
indivisível.
A últ ima palavra da ciência é que o át omo é compost o de uma mult idão de corpúsculos, elét rons ou íons
(sendo aplicados vários nomes por aut oridades dif erent es), que giram uns ao redor dos out ros e vibram num
elevado grau de int ensidade. Mas as explicações que seguem most ram que a f ormação do át omo é realment e
devida ao agrupament o de corpúsculos negat ivos ao redor de um posit ivo; parecendo que os corpúsculos
posit ivos exercem cert a inf luência sobre os corpúsculos negat ivos, f azendo est es f ormarem cert as
combinações e assim cr i a ou ger a um át omo. Ist o est á em relação com os mais ant igos Preceit os hermét icos
que sempre ident if icaram o principio masculino de Gênero com o pólo Posi t i vo, ao Feminino com o pól o
Negat i vo da Elet ricidade.
Agora uma palavra a respeit o dest a ident if icação. A ment e do público f ormou uma idéia int eirament e
errônea a respeit o das qualidades do chamado pólo Negat i vo da Mat éria magnet izada ou elet rizada. Os
t ermos Posit ivo e Negat ivo são em verdade erroneament e aplicados a est e f enômeno pela ciência. A palavra
Posit ivo signif ica t udo o que é real e f ort e, comparado com a Negat iva irrealidade e f raqueza. Nada é ult erior
aos f at os reais dos f enômenos elét ricos. O chamado pólo Negat ivo da bat eria é realment e o pólo no qual e
pelo qual se manif est a a geração ou produção de novas f ormas de energia. Nada há Negat i vo ao redor dele. As
maiores aut oridades cient íf icas agora usam a palavra Cat ódi co " em lugar de Negat i vo. Do pólo Cat ódico
procedem a imensidade de elét rons ou corpúsculos; do mesmo pólo saem est es maravilhosos r ai os que
revolucionaram as concepções cient íf icas nos últ imos dez anos. O pólo cat ódico é a mãe de t odos os
f enômenos est ranhos, que t ornaram inút eis os velhos livros, e que f izeram muit as t eorias admit idas serem
proscrit as do programa da especulação cient íf ica. O pólo cat ódico ou negat ivo é o Princípio mat erno dos
f enômenos elét ricos, e das f ormas mais sut is da mat éria, j á é conhecido pela ciência. Assim vedes que t emos
razão quando recusamos usar o t ermo Negat i vo nas nossas considerações sobre o assunt o, e insist indo na
subst it uição da palavra Feminino pel o ant igo t ermo. Os f at os da condição nos levam a ist o, sem mesmo
t omarmos em consideração os Preceit os hermét icos. E assim usaremos a palavra Femi ni no em lugar de
Negat i vo f al ando dest e pólo de at ividade.
Os últ imos ensinos cient íf icos são que os corpúsculos criadores ou elét rons são Femininos (a ciência diz
que el es são compost os de el et r i cidade negat i va, e nós dizemos que são compost os de energia Feminina). Um
corpúsculo f eminino abandona um corpúsculo Masculino e t oma uma, nova direção. Ele at ivament e procura
uma união com um corpúsculo Masculino, sendo incit ado a isso pelo impulso nat ural de criar novas f ormas de.
Mat éria ou Energia. Um escrit or cost uma at é empregar a f rase "el e a um dado t empo pr ocur a, de sua pr ópr i a
vol i ção, uma uni ão", et c.
Est e dest acament o e est a união f ormam a base da maior part e das at ividades do mundo químico. Quando
o corpúsculo Feminino une-se com um corpúsculo Masculino, começa um cert o processo. As part ículas
Femininas vibram rapidament e sob as inf luências da Energia masculina, e giram ao redor da últ ima. O
result ado é o nasciment o de um novo át omo. Est e novo át omo é realment e compost o da união dos elét rons ou
corpúsculos Masculinos e Femininos, mas quando a união é f ormada, o át omo t orna-se uma coisa separada,
t endo cert as propriedades, mas não manif est ando muit o a propriedade da elet ricidade independent e. O
processo de dest acament o ou separação dos elét rons Femininos é chamado i onização. Est es elét rons ou
corpúsculos são os mais at ivos t rabalhadores no campo da Nat ureza. Provenient es das suas uniões ou
combinações, se manif est am os diversos f enômenos da luz, do calor, da elet ricidade, do magnet ismo, da
at ração, repulsão, af inidade química e o inverso, e out ros f enômenos semelhant es. E t udo ist o procede do.
ação do Princípio de Gênero no plano da Energia.
A part e do princípio Masculino parece ser a de dirigir uma cert a energia inerent e pua o princípio
Feminino e assim pôr em at ividade o processo criat ivo. Mas o princípio Feminino é sempre o único que f az a
at iva obra criadora, e ist o é assim em t odos os planos. E ainda, cada princípio é incapaz da energia operat iva
sem o out ro. Em muit as f ormas da vida, os dois princípios est ão combinados em um só organismo. Por est a
razão, t udo no mundo orgânico manif est a ambos os gêneros: há sempre o Masculino na f orma Feminina, e o
Feminino na f orma Masculina.
Os Ensinos hermét icos cont êm muit a coisa a respeit o da ação dos dois princípios de Gênero na produção
e manif est ação das diversas f ormas de energia, et c. , mas não j ulgamos convenient e ent rar em det alhes a
respeit o dos mesmos nest e pont o, porque não podemos sust ent á-los com provas cient íf icas, pela razão que a
ciência ainda não progrediu o necessário para isso. Mas o exemplo que vos demos dos f enômenos dos elét rons
35

ou corpúsculos vos most ram que a ciência est á no caminho ret o, e poderia t ambém dar-vos uma idéia geral
dos princípios ocult os.
Diversos dos principais invest igadores cient íf icos declararam a sua opinião que na f ormação dos crist ais
f oi descobert a alguma coisa que corresponde à at i vi dade sexual , que é uma out ra bagat ela most rando a
direção em que sopram os vent os cient íf icos. E cada ano t raz out ros f at os para corroborar a exat idão do
Princípio hermét ico de Gênero. Seria est abelecido que o Gênero est á em ação e manif est ação const ant e no
campo da mat éria inorgânica e no campo da Energia ou Força. A elet ricidade é agora geralment e considerada
como al guma coisa em que t odas as out ras f ormas de energias parecem dissolver. A Teor i a El ét r i ca do
Univer so é a últ ima dout rina cient íf ica, e ela est á crescendo rapidament e em popularidade e aceit ação geral.
E assim segue-se que se pudermos descobrir nos f enômenos da elet ricidade - levados ao seu princípio e f ont e
de manif est ações - uma clara e inf alível evidência da presença do Gênero e suas at ividades, est amos
j ust if icados vos f azendo crer que a ciência enf im deu provas da exist ência em t odos os f enômenos universais
dest e grande Princípio hermét ico: o Princípio de Gênero.
Não é necessário gast ar o nosso t empo com o muit o conhecido f enômeno da at r ação e r epul são dos
át omos, af inidade química, os amar es e ódios das part ículas at ômicas, as at rações ou coesões ent re as
moléculas da mat éria. Est es f at os são muit o bem conhecidos para necessit ar ext ensos coment ários' nossos.
Mas considerasses alguma vez que t odas est as coisas são, manif est ações do Princípio de Gênero? Não vedes
que est es f enômenos andam ao Par com os dos corpúsculos ou elét rons? E ainda mais que ist o, não vedes a
racionalidade dos Ensinos hermét icos que af irmam que a verdadeira Lei da Gravit ação - est a est ranha at ração
pela qual t odas as part ículas e corpos de mat éria no universo t endem para out ras simplesment e out ra
manif est ação do Princípio de Gênero, que opera na direção de at ração da energia Masculina para a Feminina,
e vice-versa? Não poderemos dar-vos provas cient íf icas dist o agora; mas vamos examinar os f enômenos à luz
dos Ensinos hermét icos sobre o assunt o, e veremos se não t ereis uma mais út il hipót ese que as of erecidas pela
ciência f ísica. Submet ei t odos os f enômenos f ísicos ao t ext o, e vereis sempre em evidência o Princípio de
Gênero.
Permit i-nos agora passarmos à consideração da ação do Princípio no Plano Ment al. Muit as idéias
int eressant es t êm nele a sua examinação.

CAPÍTULO XIV
O GÊNERO MENTAL
Os est udant es de psicologia que seguiram o modo moderno de pensar a respeit o dos f enômenos ment ais
f icaram surpreendidos pela persist ência da dupla idéia ment al que se t em manif est ado t ão f ort ement e
durant e os dez anos passados do últ imo meio século, e que deu origem a um grande número de t eorias
plausíveis a respeit o da nat ureza e const it uição dest as duas ment es. Recent ement e Thompson J. Hudson
at ingiu grande popularidade em 1893, avançando a sua bem conhecida t eoria das "ment es obj et iva e
subj et i va", que ele af irmou exist ir, em cada indivíduo. Out ros escrit ores at raíram t ambém a at enção pelas
t eorias sobre as "ment es conscient e e subconscient e", ment es vol unt ár ia e i nvol unt ár ia", "ment es at i va e
passi va", et c. , et c. As t eorias dos diversos escrit ores dif erem ent re si, mas permanece o princípio ocult o da
dual i dade da ment e.
O est udant e de Filosof ia hermét ica t em provocação de riso quando lê e ouve qualquer coisa dest as n ovas
t eor i as a respeit o da dualidade da ment e, cada escola aderindo t enazment e à sua própria t eoria f avorit a e
clamando t er descober t o a ver dade. O est udant e volt a para t rás as páginas da hist ória ocult a e, nos primeiros
element os dos preceit os ocult os, encont ra ref erências à ant iga dout rina hermét ica do Princípio de Gênero no
Plano Ment al: a manif est ação do Gênero Ment al. E examinando mais ele conclui que a ant iga f ilosof ia t inha
conheciment o dos f enômenos da ment e dual e deu cont a dist o pela t eoria do Gênero Ment al, Est a idéia de
Gênero Ment al pode ser explicada em poucas palavras aos est udant es que est ão f amiliarizados com as
modernas t eorias há pouco aludidos. O Princípio Masculino da Ment e corresponde à chamada Ment e Obj et iva,
Ment e Conscient e, Ment e Volunt ária, Ment e At iva, et c. E o Princípio Feminino da Ment e corresponde à
chamada Ment e Subj et iva, Ment e Subconscient e, Ment e Involunt ária, Ment e Passiva, et c. Cert ament e que os
Preceit os hermét icos não concordam com as diversas t eorias modernas sobre a nat ureza das duas f ases da
ment e, nem admit em muit os f at os considerados como sendo respect ivament e dos dois aspect os, porque
muit as t eorias e af irmações são alambicadas e incapazes de resist ir ao t oque da experiência e da
demonst ração. Apont amos as f ases de concordância simplesment e para o f im de aj udar o est udant e a
assimilar os seus conheciment os j á adquiridos com os Preceit os da Filosof ia hermét ica.
36

Os est udant es de Hudson encont rarão no princípio do seu segundo capít ulo da Lei dos Pensament os
Psíquicos", a proposição que: "A míst ica algaravia dos f ilósof os hermét icos desenvolve a mesma idéia", ist o é,
a dualidade da ment e.
Se o Dr. Hudson empregasse o t empo em decif rar um pouco da "míst ica algaravia da Filosof ia Hermét ica",
ele t eria obt ido grande esclareciment o sobre a f unção da "ment e dual"; porém, naquele t empo, as suas obras
mais int eressant es ainda não t inham sido escrit as. Vamos agora considerar os Preceit os hermét icos sobre o
Gênero Ment al.
Os Inst rut ores Hermét icos dão as suas inst ruções a respeit o dest e assunt o f azendo os seus est udant es
examinarem a relação da sua consciência a respeit o do seu Ego. Os est udant es aprendem a pôr a sua at enção
no Ego que habit a em cada um de nós. Cada est udant e aprende a ver que sua consciência lhe dá uma primeira
relação da exist ência do seu Ego: à relação é "O Eu sou". A princípio ist o parece ser a últ ima palavra da
consciência, mas um exame um, pouco mais prof undo descobre que est e "Eu sou" pode ser separado ou
dividido em duas part es dist int as, dois aspect os, os quais, apesar de agirem em uníssono e em conj unt o,
podem ser separados na consciência.
Apesar de a princípio parecer exist ir um só Ego, um exame mais cuidadoso e mais prof undo most ra que
exist e um Ego e um Eu. Est es gêmeos ment ais dif erem em caract eríst icos e nat ureza, e um exame das suas
nat urezas e dos f enômenos que procedem da mesma dará muit a luz sobre muit os problemas da inf luência
ment al.
Permit i-nos começar com uma consideração sobre o Eu, que é usualment e t omado pelo Ego pelo
est udant e, at é que ele invest igue nos acessos da consciência. Um homem pensa do seu Ego (no seu aspect o de
Eu) como sendo compost o de cert os est ados, modos, hábit os, caract eríst icos, et c. , t udo o que f az sobressair a
sua personalidade, ou a Sei dade conhecida a si e aos out ros.
Conhece que est as emoções e sensações mudam, nascem e morrem, est ão suj eit as aos Princípios de
Rit mo e de Polaridade, que as levam de um ext remo ao out ro. Pensam t ambém que o Eu é f ormado de cert os
conheciment os reunidos nas suas ment es e f ormando ent ão uma part e deles mesmos. Tal é o Eu de um
homem.
Porém, f alamos muit o apressadament e. O Eu de muit os homens pode ser considerado como consist indo
da sua consciência corpórea e dos seus apet it es f ísicos, et c. A sua consciência sendo presa à sua nat ureza
corpórea, eles prat icament e vi vem nel a. Muit os homens ainda consideram o seu vest uário como part e do seu
Eu e at ualment e parecem considerá-lo como uma part e de si mesmos. Um escrit or disse humorist icament e
que os "homens se compõem de t r ês par t es: o espír i t o, o cor po e a r oupa".
Est as pessoas ou r oupas consci ent es perderiam a sua personalidade se f ossem despidas da sua roupa, por
selvagens, na ocasião de um nauf rágio. Porém, mesmo muit os dos que est ão presas à idéia do vest uário
pessoal af irmam f ort ement e que a consciência do seu corpo é o seu Eu. Eles não podem t er a idéia de uma
Seidade independent e do corpo. A sua ment e pareceIhes ser prat icament e uma coisa per t encent e ao seu
corpo: o que é sempre o cont rário.
Mas, conf orme o homem sobe na escala de consciência, ele se t orna capaz de dist inguir o seu Eu da sua
idéia do corpo e de pensar que est e é uma coi sa per t encent e à sua part e ment al. Mas, só ent ão poderá
ident if icar int eirament e o Eu com os est ados ment ais, as emoções, et c. , que ele sent e exist ir dent ro de si.
É capaz de considerar est es est ados int ernos como idênt icos a ele mesmo, em vez deles serem
simplesment e coisas produzidas por uma part e da sua ment alidade e exist indo dent ro dele: sendo suas,
est ando nele, mas não sendo el e mesmo. Compreende que pode mudar est es est ados ment ais de emoções por
um esf orço da vont ade e que pode do mesmo modo produzir uma emoção ou um est ado de uma nat ureza
exat ament e opost a, e, cont udo, exist e o mesmo Eu. E assim at é que sej a capaz de pôr de part e est es vários
est ados ment ais, as emoções, os hábit os, as qualidades, os caract eríst icos e out ras f aculdades ment ais: é
capaz de pô-las no não-eu, coleção de curiosidade e embaraços, como uma posse de valor. Ist o requer muit a
concent ração ment al e poderes de análise ment al da part e do est udant e. Porém, mesmo assim a t aref a é
possível para os est udant es avançados, e mesmo os não muit o adiant ados podem ver, na imaginação, como
pode ser realizado o processo.
Depois que o processo de pôr. de part e f oi execut ado o est udant e pôr-se-á em posse conscient e de uma
Sei dade que pode ser considerado nos seus dois aspect os de Eu e Ego. O Eu será considerado como sendo uma
coisa ment al em que os pensament os, as idéias, as emoções, as sensações, e out ras condições são produzidas.
Pode ser considerado como a mat r iz como o disseram os ant igos, capaz de f azer a geração Manif est a-se à
consciência como um Ego Feminino com lat ent es de criação e geração das progênies ment ais de t odas as
37

espécies e reinos. Sent e-se que as suas f orças de energia criat iva são enormes. Cont udo, parece ser
conscient e que ele recebe muit as f ormar, de energias' do seu Ego companheiro, ou de out ro Ego, quando é
capaz de dar exist ência às criações ment ais. Est a consciência t raz consigo a realização de uma enorme
capacidade para a operação . ment al e a habilidade criat iva.
Porém, o est udant e descobre logo que ist o não é t udo o que percebe dent ro da sua consciência int erior.
Percebe que exist e uma Coisa ment al que é capaz de querer que o Ego Feminino acione na direção de cert a
linha criat iva, e que t ambém é capaz de sust ent ar e pr ovar a criação ment al. Est a part e deles mesmos, dizem
ser chamada Ego. É capaz de f icar na sua consciência à vont ade. Não t em uma consciência de habilit ações
para gerar e criar at ivament e, no sent ido do processo que acompanha as operações ment ais, mas sim no sen
t iment o e consciência de uma f acilidade para proj et ar uma energia do Ego Mascul ino ao Ego Femi ni no - um
processo de desej o que a criação ment al comece e cont inue. Compreende t ambém que o Ego Mascul i no é
capaz de sust ent ar e abrigar as opera~ da criação ment al do Ego Femi ni no. Na ment e de cada pessoa exist e
est es dois aspect os.
O Eu represent a o Princípio Masculino de Gênero e o Eu represent a o Feminino. O Ego represent a o
aspect o de Exist ência; o Eu o aspect o de Est ado. Deveis saber que o Principio de Correspondência opera nest e
plano do mesmo modo que o f az no grande plano em que é f eit a a criação dos Universos. Ambos são
semelhant es, porém muit o dif erent es em grau. "O que est á em ci ma é como o que est á em bai xo, e o que est á
em bai xo é como a que est á em ci ma".
Est es aspect os da ment e - os Princípios Masculino e Feminino - o Ego e o Eu - considerados em relação
com' os conheciment os dos f enômenos ment ais ou f ísicos, dão a chave, mest ra dest as pouco conhecidas
regiões da operação e manif est ação ment al. O Princípio de Gênero Ment al manif est a a verdade que se ocult a
debaixo do campo t ot al dos f enômenos de inf luência ment al, et c.
A t endência do Princípio Feminino é sempre em receber impressões, ao passo que a t endência do
Princípio Masculino é sempre em dá-Ias ou exprimi-Ias. O Princípio Feminino t em um campo de operação mais
variado que o Princípio Masculino. O Princípio Feminino dirige a obra da geração de novos pensament os,
conceit os, idéias, incluindo a obra da imaginação. O Princípio Masculino cont ent a-se com a obra da Vont ade,
nas suas várias f ases. E assim, sem o auxílio at ivo da vont ade do Princípio Masculino, o Princípio Feminino
pode cont ent ar-se com a geração de imagens ment ais que são o result ado de impressões recebidas de f ora,
em vez de produzir criações ment ais originais.
As pessoas que prest am urna cont ínua at enção a um assunt o empregam at ivament e ambos os Princípios
Ment ais: o Feminino na obra da at iva geração ment al, e a Vont ade Masculina na est imulação e f ort if icação da
porção criat iva da ment e. A maioria das pessoas empregam realment e o Princípio Masculino mas pouco, e
cont ent am-se com viver de acordo com os pensament os e as idéias insinuadas no Eu pel o Ego das out ras
ment es. Porém, o nosso propósit o não é demorarmo-nos na consideração dest a f ase do assunt o, que pode ser
est udada num bom livro de psicologia, com a chave que nós vos demos sobre o Gênero Ment al.
O est udant e dos Fenômenos Psíquicos est á cient e dos admiráveis f enômenos classif icados sob o t ít ulo de
Telepat ia, Transmissão de Pensament o, Inf luência Ment al, Sugest ão, Hipnot ismo, et c. Muit os procuraram para
uma explicação dest as várias f ases de f enômenos as t eorias dos diversos inst rut ores da ment e dupl a. Em cert a
medida est ão cert os, porque há clarament e uma manif est ação de duas f ases dist int as da at ividade ment al.
Porém, se esses est udant es considerarem est as ment es dupl as à luz dos Preceit os hermét icos a respeit o das
Vibrações e do Gênero Ment al, compreenderão que t êm na mão a chave com que t ant o esf orço procuravam.
Nos f enômenos de Telepat ia vê-se como a Energia Vibrat ória do Princípio Masculino é proj et ada para o
Princípio Feminino de out ra pessoa e est e t oma o pensament o-sement e e o desenvolve at é a madureza. Pela
mesma f orma operam a Sugest ão e o Hipnot ismo. O Princípio Masculino da pessoa dando as sugest ões dirige
uma exalação da Energia Vibrat ória ou Força-Vont ade para o Princípio Feminino da out ra pessoa, e est a
últ ima aceít ando-a, recebe-a em si mesma e age e pensa de conf ormidade com ela. Uma idéia assim
recolhida na ment e de uma pessoa, cresce e se desenvolve, e com o t empo é considerada como a melhor
produção ment al do indivíduo, porquant o, em realidade, é como o ovo do cuco colocado no ninho do pardal,
quando est e dest rói a produção diret a, e se põe no ninho. O mét odo normal é para os Princípios Masculino e
Feminino na ment e de uma pessoa coordenar e agir harmoniosament e em conj unção com a de out ra.
Mas, inf elizment e, o Princípio Masculino nas pessoas médias é muit o lent o em agir - o est endiment o da
Força-Vont ade é muit o vagaroso - e a conseqüência é que t ais pessoas são quase int eirament e dirigidas pelas
ment es e os desej os das out ras pessoas, às quais ela permit e que f açam as suas idéias e os seus desej os. Quão
poucas ações ou pensament os originais são realizados pelas pessoas médias? Não são a maioria das pessoas
38

simples sombras e ecos de out ras que t êm vont ades ou ment es mais f ort es que elas? Ist o acont ece porque a
pessoa média vive mais na consciência do seu Eu do que na do Ego.
Est á polarizada no seu Princípio Feminino da Ment e, e o Princípio Masculino, em que se acha a Vont ade,
é obrigado a f icar inat ivo e sem emprego.
O homem e a mulher f ort es do mundo manif est am invariavelment e o Princípio Masculino da Vont ade, e a
sua f orça mat erialment e depende dest e f at o. Em vez de viver das impressões dadas às suas ment es pelos
out ros, dominam a sua própria ment e pela sua Vont ade, obt endo a espécie desej ada de imagens ment ais, e
ainda mais dominam do mesmo modo as ment es dos out ros. Vede as pessoas f ort es, como implant am os seus
pensament os-sement es nas ment es das massas do povo, f azendo assim est e pensar de acordo com os desej os
e as vont ades dest es indivíduos f ort es. Ist o é porque as massas do povo são como que cr i at ur as-car nei r os, não
dando origem a uma idéia própria e não empregando as suas próprias f orças de at ividade ment al.
A manif est ação do Gênero Ment al pode ser observada ao redor de nós t odos os dias da vida. As pessoas
magnét icas são as que podem empregar o Princípio Masculino com o f im de imprimir as suas idéias nos out ros.
O at or que f az o povo chorar ou rir como quer, o f az empregando est e princípio. E assim é sucessivament e o
orador, o polít ico, o pregador, o escrit or ou qualquer pessoa que t enha a at enção do público. A inf luência
part icular exercida por algumas pessoas sobre out ras é devida à manif est ação do Gênero Ment al, na direção
da linha vibrat ória acima indicada. Nest e princípio acha-se ocult o o segredo do magnet ismo pessoal, da
inf luência pessoal, da f ascinação, et c. , assim como os f enômenos geralment e agrupados sob o nome de
Hipnot ismo.
O est udant e que f amiliarizou-se com os f enômenos geralment e chamados psíqui cos, poderá descobrir a
import ant e part e t omada nos dit os f enômenos por est a f orça que a ciência denominou Sugest ão, t ermo pelo
qual se quer signif icar o processo ou mét odo pelo qual uma idéia é t ransmit ida à ment e de out ro, f azendo a
segunda ment e agir de acordo com ela. Uma exat a compreensão da Sugest ão é necessária para se
compreender com int eligência os variados f enômenos psíquicos que a Sugest ão encobre.
Porém, o conheciment o da Vibração e do Gênero Ment al é ainda mais necessário para o est udant e da
Sugest ão. Porque t odo o princípio da Sugest ão depende do princípio de Gênero Ment al e de Vibração.
É cost ume dos escrit ores e inst rut ores da Sugest ão explicar que é a ment e obj et i va ou vol unt ár i a que f az
a impressão ment al, ou sugest ão na ment e subj et i va ou i nvol unt ár ia. Porém, não descrevem o processo ou
não nos dão uma analogia na nat ureza pela qual possamos compreender melhor a idéia. Mas, se quiserdes
raciocinar sobre o assunt o à luz dos Preceit os Hermét icos, sereis capaz de ver que o f ort aleciment o do
Princípio Feminino pela Energia Vibrat ória do Princípio Masculino est á em concordância com as leis universais
da nat ureza, e que o universo nat ural of erece inúmeras analogias pelas quais o princípio pode ser
compreendido. Com ef eit o, os Preceit os Hermét icos most ram que a verdadeira criação do Universo segue a
mesma lei, e que em t odas as manif est ações criat ivas, nos planos espirit ual, ment al e psíquico, est á sempre
em operação o princípio de Gênero: manif est ação dos Princípios Masculino e Feminino. "O que est á em ci ma é
como o que est á em bai xo, e o que est á em bai xo é como o que est á em ci ma. "
E mais ainda, quando se compreende o princípio de Gênero Ment al, os variados f enômenos de psicologia
t ornam-se imediat ament e adapt áveis a uma classif icação e est udo int eligent e, em vez de serem muit o
obscuros. O princípio se r eal i za na prát ica, porque é baseado nas imut áveis leis universais da vida.
Não ent raremos em ext ensa discussão ou descrição dos variados f enômenos da inf luência ment al ou
at ividade psíquica. Exist em muit os livros bons, escrit os e publicados sobre est e assunt o nos últ imos anos. Os
principais f at os dados nesses vários livros são corret os, apesar dos escrit ores int ent arem explicar os
f enômenos por diversas t eorias que lhes são f avorit as. O est udant e pode inst ruir a si próprio nest as mat érias,
e empregando a t eoria do Gênero Ment al será capaz de pôr em ordem no caos das t eorias e dout rinas
cont rárias, e poderá t omar-se
mest re no assunt o se f or inclinado à ele. O f im dest a obra não é dar uma ext ensa relação dos f enômenos
psíquicos, mas sim dar ao est udant e uma chave-mest ra com a qual possa abrir as diversas port as que
conduzem às part es do Templo do Conheciment o que ele quiser explorar. j ulgamos que nest a considero. ção
dos preceit os do Cai bal i on, encont rar-se-á uma explicação que servirá para esclarecer muit as dif iculdades
embaraçosas: ela será uma chave que abrirá muit as port as.
Qualquer que sej a o cost ume de f azer det alhes a respeit o das muit as f ormas de f enômenos psíquicos e da
ciência ment al, colocamos providencialment e na mão do est udant e as idéias pelas quais ele pode inst ruir-se
muit o a respeit o de cada f ase do assunt o que o int eressar. Com o auxílio do Cai bal i on pode-se f azer uma
livraria ocult a, a velha Luz do Egit o iluminando as páginas e os assunt os obscuros. Est e é o f im dest e livro.
39

Não queremos expor uma nova f ilosof ia, mas sim f ornecer o bosquej o de um grande preceit o do mundo
ant igo, que poderá esclarecer as dout rinas de out ros, que servirá de Grande Reconciliador das dif erent es
t eorias e dout rinas opost as.

CAPÍTULO XV
AXIOMAS HERMÉTICOS
"A posse do Conheciment o sem ser acompanhada de uma manifest ação ou expressão em Ação é
como o amont oament o de met ais preciosos, uma coisa vã e t ola. O Conheciment o é, como a riqueza. ,
dest inado ao Uso. Lei do Uso é Universal, e aquele que viola est a lei sofre por causa do seu conflit o com
as forças nat urais. " - O CAIBALION -
Os Preceit os hermét icos, conquant o sempre t enham sido bem guardados na ment e dos seus af ort unados
possuidores, pelas razões que j á dissemos, nunca f oram dest inados a ser simplesment e acumulados e
ocult ados. A Lei do Uso est á cont ida nos preceit os, como podeis ver pela ref erência à cit ação acima do
Cai bal i on, que a est abelece energicament e. O Conheciment o sem o Uso e a Expressão é uma coisa vã,
que não t raz bem algum ao seu possuidor ou à sua raça. Guardai-vos da avareza ment al e expressar em Ação
aquilo que aprendesses. Est udai os Axiomas e Af orismos, mas prat icai-os t ambém.
Damos a seguir alguns dos mais import ant es Axiomas hermét icos do Cai bal i on, com alguns coment ários
j unt os a cada um deles. Fazei-os vós mesmos, prat icai-os e usai-os, porque eles não são realment e vossos
enquant o não os t iverdes Usado.
. 'Par a mudar a vossa di sposi ção ou vosso est ado ment al , mudai a vossa vi br ação. " - O CAIBALION
Todos podem mudar as suas vibrações ment ais por um esf orço da Vont ade na direção det erminada,
f ixando a At enção sobre um est ado mais desej ável. A Vont ade dirige a At enção, e a At enção muda a Vibração.
Cult ivai a Art e da At enção, por meio da Vont ade, e aprendereis o segredo do Domínio das Disposições e dos
Est ados ment ais.
"Par a dest r uir uma desagr adável or dem de vibr ação ment al , ponde em movi ment o o Pr i picípi o de
Pol ar i dade e concent r ai -vos sobr e o Pól o Opost o ao que desej ais supr i mir . Dest r uí o desagr adável mudando a
sua pol ar i dade. " - O CAIBALION
Est a é uma das mais import ant es das f órmulas hermét icas. É baseada em verdadeiros princípios
cient íf icos. Nós vos dissemos que um est ado ment al e o seu opost o eram simplesment e os dois pólos de uma
só coisa, e que a polaridade pode ser invert ida pela Transmut ação Ment al. Est e princípio é conhecido pelos
psicólogos modernos, que o aplicam para a dest ruição de hábit os desagradáveis, mandando os seus discípulos
concent rarem sobre a qualidade opost a. Se f ordes possuídos pelo medo, não percais t empo t rat ando de
dest r ui r esse medo, mas cult ivai imediat ament e a qualidade da Coragem, e o Medo desaparecerá. Muit os
escrit ores exprimiram est a idéia muit o clarament e empregando o exemplo do quart o escuro. Não deveis t irar
a Escuridão, mas simplesment e abrindo as j anelas e ent rando a Luz, a Escuridão desaparece. Para dest ruir
uma qualidade Negat iva, concent rai-vos sobre o Pólo Posit ivo dessa mesma qualidade, e as vibrações se
mudarão gradualment e do Negat ivo ao Posit ivo, at é que f inalment e f iqueis polarizado no 010 Posit ivo em vez
de no Negat ivo. O inverso é t ambém verdade, como muit os criaram as suas mágoas, quando puseram-se a
vibrar const ant ement e no pólo Negat ivo das coisas, Pela mudança da vossa polaridade podeis dominar os
vossos def eit os, mudar os vossos est ados ment ais, ref azer as vossas disposições, e f ormar o carát er. Muit os
dos Domínios Ment ais dos hermet ist as avançados são devidos a est a aplicação da Polaridade, que é um dos
mais import ant es aspect os da Transmut ação Ment al. Lembrai-vos do Axioma Hermét ico (cit ado previament e),
que diz:
"A Ment e (t ão bem como os met ai s e el ement os) pode ser t r ansmut ada de est ado em est ado, de gr au em
gr au, de condição em condição, de pól o em pól o, de vibr ação em vi br ação. " - O CAIBALION -
O domínio da Polarização é o domínio dos princípios f undament ais da Transmut ação Ment al ou Alquimia
Ment al, porque, a não ser que adquira a art e de mudar a sua própria polaridade, ninguém poderá inf luir sobre
os que o rodeiam. A compreensão perf eit a dest e princípio t ornará a pessoa apt a a mudar a sua própria
Polaridade, bem como a dos out ros, se ela quiser empregar o t empo no est udo e na prát ica necessária para
possuir a art e. O princípio é verdadeiro, mas os result ados obt idos dependem da paciência e da prát ica
persist ent e do est udant e.
O Ri t mo pode ser neut r al i zado pel a apl i cação da Ar t e de Pol ar i zação. " - O CAIBALION -
Como explicamos nos capít ulos ant ecedent es, os hermet ist as ensinam que o Princípio de Rit mo se
manif est a no Plano Ment al t ant o como no Plano Físico, e que a cont ínua sucessão de disposições, sensações,
40

emoções e out ros est ados ment ais, é devida ao moviment o à direit a e à esquerda, por assim dizer, do
pêndulo ment al que nos leva de um ext remo de sensação a out ro ext remo. Os hermet ist as ensinam t ambém
que a Lei de Neut ralização habilit a a pessoa a dominar, em grande part e, a ação do Rit mo no conheciment o
int erior ou consciência. Como explicamos, há um Plano Superior de Consciência, do mesmo modo que um
Plano Inf erior ordinário, e o Mest re elevando-se ment alment e ao Plano Superior f az um moviment o do
chamado pêndulo ment al manif est ar-se no Plano Inf erior, e ele, est ando. no Plano Superior, escapa
conscient ement e do moviment o inf erior. Ist o ef et ua-se pela polarização na Seidade Superior, e depois
t ransport ando as vibrações ment ais do Ego acima das do plano ordinário de consciência. Ist o é semelhant e ao
elevament o acima de uma coisa, deixando-a passar por baixo de vós. O hermet ist a avançado polariza-se no
Pólo Posit ivo do seu Ent e: o pólo "Eu sou", ao cont rário do pólo da personalidade, e pela r ecusa e negação da
ação do Rit mo, eleva o seu próprio plano de consciência, e permanent ement e f irme na Manif est ação do seu
Ent e, deixa o pêndulo mover-se no Plano Inf erior sem mudar a sua Polaridade. Ist o é realizado por t odas as
pessoas que at ingiram t odos os graus do domínio próprio, quer compreendam a lei quer não. Tais pessoas
simplesment e r ecusam deixar-se mover pelo pêndulo das condições ou emoções, e, af irmando
const ant ement e a sua superioridade, permanecem polarizadas no polo Posit ivo. O Mest re, por conseguint e,
at inge um grau muit o grande de progresso, porque compreende a lei que est á dominando por uma lei
superior, e pelo emprego da sua Vont ade alcança um equilíbrio e est abilidade Ment al quase impossível de ser
acredit ado pelos que se deixam mover à direit a e à esquerda pelo pêndulo ment al das condições e emoções.
Cont udo, lembrai-vos sempre que não podeis dest ruir realment e o Princípio de Rit mo, porque ele é
indest rut ível, Podeis simplesment e vencer uma lei cont rabalançando-a com out ra, e assim mant er-vos em
equilíbrio. As leis do balanço e cont rabalanço est ão em ação t ant o nos planos ment ais como nos f ísicos, e a
compreensão dest as leis habilit a o homem a parecer dest ruir as leis, quando ele simplesment e exerce um
cont rabalanço.
"Nada escapa do Pr incípio de Causa e El ei t o, mas exi st em vár i os Pl anos de Causal i dade, e pode-se
empr egar as l ei s do pl ano super i or par a vencer as l ei s do i nf er i or . " - O CAIBALION Pela compreensão das
prát icas da Polarização, os hermet ist as elevam-se a um plano superior de Causalidade e assim
cont rabalançam as leis dos planos inf eriores de Causalidade. Tornando-se apt os a dominar as suas condições e
emoções e a neut ralizar o Rit mo, como j á explicamos, eles podem escapar de uma grande part e das
operações de Causa e Ef eit o do plano ordinário.
As massas populares são impulsionadas, obedient es aos seus guias, às vont ades e desej os dos out ros mais
f ort es que elas, aos ef eit os das t endências heredit árias, às sugest ões dos que as rodeiam, e a out ras coisas
ext eriores, que t endem a move-Ias no t abuleiro de xadrez da vida como simples peões. Elevando-se sobre
est as causas inf luent es, os hermet ist as avançados alcançam um plano elevado de ação ment al, e dominando
as suas condições, seus impulsos e suas sensações, criam para si novos caract eres, qualidades e poderes,
pelos quais dominam os que ordinariament e o rodeiam, e assim t omam-se prat icament e j ogadores em vez de
simples peões. Tais pessoas aj udam int eligent ement e a j ogar a part ida da vida, sem serem movidas no seu
caminho e caminhando com mais f orça e vont ade. Empregam o Princípio de Causa e Ef eit o, sem serem
empregados por est e. Sem dúvida que ainda as mais elevadas est ão suj eit as ao Princípio como ele se
manif est a nos planos superiores, mas nos planos inf eriores da at ividade são Senhores em vez de Escravos. Diz
o Cai bal i on:
"Os Sábi os ser vem no pl ano super i or , mas gover nam no i nf er i or . Obedecem às l ei s que vêm de ci ma
del es, mas no seu pr ópr i o pl ano e nos i nf er i or es a el es, gover nam e dão or dens. E assi m f azendo f or mam uma
par t e do Pr i ncípi o, sem se opor em a est e. O sábi o concor da com a Lei , e compr eendendo o seu moviment o,
el e o oper a em vez de ser cego escr avo. Do mesmo modo que o hábi l nadador vol t a o seu cami nho e j az est e
caminho, conf or me a sua vont ade, sem ser como a bar ca que é l evada par a cá e par a l á: assi m é o sábi o em
compar ação do homem or di nár i o; e, cont udo, o nadador e a bar ca, o sábi o e o i gnor ant e, est ão suj ei t os à Lei .
Aquel e que compr eende ist o est á, bem no cami nho do Domínio. " - O CAIBALION -
Em conclusão, permit i-nos chamar a vossa at enção para o Axioma Hermét ico:
"A ver dadei r a Tr ansmut ação Her mét i ca é uma Ar t e Ment al . " - O CAIBALION -
No axioma acima, os hermet ist as ensinam que a grande obra de inf luenciar a sua própria roda é realizada
pelo Poder Ment al. O Universo sendo t ot alment e ment al, é claro que só poderá ser governado pela
Ment alidade. E nest a verdade acha-se cont ida uma explicação dos diversos poderes ment ais que est ão
t omando muit a at enção e est udo nest es primeiros anos do Vigésimo Século. Debaixo e at rás do véu das
dout rinas dos diversos cult os e escolas, acha-se ainda const ant ement e o princípio da Subst ância Ment al do
41

Universo. Se o Universo é Ment al na sua nat ureza subst ancial, segue-se que a Transmut ação Ment al pode
mudar as condições e os f enômenos do Universo. Se o Universo é Ment al, a Ment e será o poder mais elevado
que produz os seus f enômenos. Se se compreender ist o, t udo o que é chamado mil agr es e pr odígi os será
considerado pelo que realment e é.

"O T ODO é MENT E; o Universo é Ment al. " O CAIBALION


http://www.infolink.com.br/ssg

Você também pode gostar