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Faculdade de Medicina
NITERÓI
2021
AMANDA CAROLINE SOARES RIBEIRO
Orientador:
Henrique Thadeu Periard Mussi
Coorientadora: Amália Faria dos Reis
Colaboração: Anna Rachel Gomes de Oliveira
Niterói
2021
AMANDA CAROLINE SOARES RIBEIRO
1INTRODUÇÃO 8
1.1 Justificativa 10
2OBJETIVOS 10
3METODOLOGIA 10
4RESULTADOS 11
4.1 Yoga e sua visão holística do ser humano 11
4.2 Efeitos do Yoga na saúde e no sistema cardiovascular 13
4.3 Yoga e Reabilitação cardíaca 19
5DISCUSSÃO 34
6CONCLUSÃO 38
REFERÊNCIAS 40
9
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
2 OBJETIVOS
Primário:
Avaliar segurança e eficácia das práticas do Yoga na reabilitação cardíaca
dos pacientes cardiopatas e portadores de insuficiência cardíaca.
Secundário:
Analisar a possibilidade do Yoga ser incluído nos programas de Reabilitação
Cardíaca existentes, para melhorar os resultados clínicos dos pacientes
cardiopatas.
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
Fonte: esquema realizado por Amanda Ribeiro baseado nas seguintes publicaçòes:
BHAVANANI, 2012; GUDDETI et al., 2019, traduzido e adaptado.
Legenda - FC: frequência cardíaca; PA: pressão arterial; DM: diabetes mellitus; IL:
interleucina; HHA: hipotálamo-hipófise-adrenal; SA: simpático-adrenal
Em 2020, foi publicado o artigo “Role of yoga in the prevention and
management of various cardiovascular diseases and their risk factors: A
comprehensive scientific evidence-based review”, de Mooventhan e Nivethitha.
Essa revisão teve como objetivo avaliar as evidências científicas dos efeitos do
Yoga nas doenças cardiovasculares e nos fatores de risco. Um dos trabalhos
incluídos demonstrou que a prática de Yoga por duas semanas, com duração de
duas horas, por cinco dias na semana, reduziu os fatores de risco cardiovascular
(pressão arterial sistólica, colesterol total, LDL colesterol, triglicerídeos) e o risco
cardiovascular em dez anos pelo Escore deFramingham. Essa revisão sugere
que o Yoga é efetivo não só em reduzir fatores de risco cardiovasculares
(pressão arterial, índice de massa corporal, níveis de glicose e lipídeos,
inflamação e estresse oxidativo), mas também em melhorar o estado clínico dos
pacientes com doenças cardiovasculares como
19
Estudos demonstraram que a respiração forçada por uma das narinas causa
estimulação no hemisfério cerebral contralateral. Logo, a respiração pela narina
esquerda está associada à estimulação parassimpática, e pela narina direita, à
estimulação simpática. A prática da Respiração Alternada (Nadi shodhana
pranayama), na qual se inala pela narina esquerda, exala pela narina direita e
depois inala pela direita e exala pela esquerda, leva à redução da frequência
cardíaca e da pressão arterial sistólica em pessoas sadias e redução da pressão
arterial sistólica e diastólica em pacientes hipertensos (NIVETHITHA;
MOOVENTHAN; MANJUNATH, 2016). Logo, podemos concluir que a respiração
alternada e técnicas de respiração mais lentas e mais profundas, sem retenção
do ar, podem ser benéficas para pacientes cardiopatas.
an acute coronary event”. Esse estudo avaliou 80 pacientes entre 35-80 anos
encaminhados para Reabilitação Cardíaca após terem sido internados devido a
Infarto agudo do Miocárdio ou angina instável, os quais foram randomizados para
o grupo de Yoga + Reabilitação Cardíaca (RC) tradicional ou para o grupo que
fez apenas o programa de RC durante 3 meses. Concluíram o estudo, 25
participantes do grupo Yoga + RC e 35 do grupo de apenas RC. No grupo de
Yoga, foram realizadas duas sessões semanais durante 12 semanas associadas
a de seis a doze semanas do programa de RC. As sessões deYoga duravam
75 minutos e incluíam exercícios respiratórios (pranayamas), posturas (asanas)
e meditação, além de orientação sobre a alimentação saudável. Foram
realizados os seguintes exames: ecocardiograma, teste de seis minutos e “three
minutes Step-test” para ver capacidade funcional, pressão arterial, dosagem
sanguínea de glicose e lipídios, dosagem de cortisol na saliva para avaliar o eixo
hipotálamo-hipófise-supra-renal, ultrassonografia dasartérias carótidas e foram
aplicados questionários para avaliar consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro
e também qualidade de vida. O estudo não encontrou benefícios adicionais
significativos no grupo que fez Yoga + Reabilitação convencional em relação ao
grupo que fez apenas RC em nenhum dos parâmetros avaliados (TILLIN et al.,
2019).
Em 2019, foi publicado o desenho de um estudo randomizado e multicêntrico
na Índia: “Yoga-Care (Development of a Yoga-Based CardiacRehabilitation) for
Secondary Prevention of Myocardial Infarction”. Esse trabalho era composto de
quatro fases: Fase 1 - uma sessão individual no hospital durante tratamento do
Infarto Agudo do Miocárdio para orientações referentes à sua recuperação,
necessidade de mudança de estilo de vida, controle dos fatores de risco
cardiovascular e retorno às atividades após alta hospitalar; Fase 2 - uma sessão
individual na 3º semana após o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), quando o
paciente retornava para revisão com seu cardiologista. Eram ensinados
exercícios respiratórios, meditação e práticas de relaxamento para que o
paciente começasse a praticar em casa. Fase 3 -(entre a 5ª e 12ª semana
após o IAM) os pacientes participavam de sessõesem grupo duas vezes na
semana por 3 semanas (5ª a 7ª semana) e uma vezna semana por 5 semanas
(8ª a 12ª semana após IAM). As sessões duravam 1
33
5 DISCUSSÃO
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
41