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É O MEU NOME!
Ora, antes de o ETERNO revelar o seu NOME a MOSHE, este o conhecia apenas como
sendo o ELOHYM de seus pais, título esse utilizado não como um nome próprio, mas
um vocábulo que expressa ao mesmo tempo o significado de “poder, governo e
autoridade”. MOSHE então, quis saber o NOME próprio pelo qual o ETERNO se
chama e este o respondeu como sendo יהוה. Trata-se do TETRAGRAMA (quatro
letras) que revela o NOME composto pelas letras HEBRAICAS: YUD ()י, HÊ ()ה,
WAW ()ו, HÊ ()ה, todas consoantes, visto que não existem vogais no alfabeto
HEBRAICO, transliteradas para o nosso idioma como sendo YHWH.
Na cultura ocidental o nome apenas designa uma pessoa a exemplo de Carlos, Priscila,
etc. Porém, na cultura semita, SHEM (nome) שםnão só individualiza um ser, como
também e principalmente se refere ao caráter da pessoa e qualidades específicas que
ela possui.
No HEBRAICO, cada nome possui um significado. Ex. YSHA’YAU (Isaías) YAUH
salva.
Então, o ETERNO revelou o seu KADOSH (separado) NOME, pois este, tanto
individualiza o CRIADOR dos CÉUS e da TERRA, como também espelha o seu
caráter.
Que fique esta importante informação que o NOME expressa o caráter.
Com fundamento nos textos das Escrituras citados, infere-se com toda firmeza que o
uso do NOME era frequente entre os YISRAELITAS, que o empregavam como NOME
próprio, tal como o nome de pessoas, sem haver nenhuma conotação mística ou sem
que o concebessem como separado demais a ponto de não ser pronunciado. Em verdade,
usava-se normalmente o NOME de YAUH em situações cotidianas, desde que,
obviamente, se assegurasse a reverência.
ORIGEM DO MITO
A seguir, como surgiu a falsa ideia de que o NOME não poderia ser pronunciado.
Quando os judeus foram levados para o CATIVEIRO BABILÔNICO, no ano 586 antes
da nossa era, eram constantemente insultados pelos pagãos, e estes blasfemavam. Para
salvaguardar o NOME do ETERNO perante os gentios, os mestres começaram a
ensinar que os judeus não poderiam pronunciá-lo, pois seria indizível. Desta forma, os
pagãos não conheceriam o NOME, e consequentemente não iriam insultá-lo. Com o
passar do tempo, já que o NOME não era transmitido de pai para filho, começou-se a
se perder a sua pronúncia.
Na época em que foi escrita a SEPTUAGINTA, entre 285 a 246 antes da nossa era,
tradução do TANAKH para o grego, divulgando-se a palavra do ETERNO aos judeus
na dispersão e aos gentios, os setenta e dois sábios que a traduziram escreveram todo o
texto na língua grega, porém, fizeram questão de manter o NOME escrito em
HEBRAICO: יהוה. Para muitos pesquisadores, isto indica que os sábios tradutores
tinham zelo pelo NOME do ETERNO. Infelizmente os copistas posteriores à
SEPTUAGINTA não preservaram o NOME em HEBRAICO, substituindo-o pela
palavra grega “KURIOS” (senhor). Esta é a razão pela qual as Bíblias em inglês usam o
nome “LORD” em alemão “HEER” e as em português “SENHOR”. Então, o NOME
passou a ser substituído por eufemismos, e esta prática se alastrou antes mesmo do
primeiro século.
“MOSHE, não podendo, depois do que acabava de ver e ouvir, duvidar mais do
efeito das promessas divinas, rogou a ELOHYM que, no EGITO, lhe desse o
mesmo poder de fazer aqueles milagres com que o favorecia naquele momento e
acrescentasse o favor de ter-se dignado fazê-lo ouvir a sua voz a de lhe dizer o seu
nome, a fim de que ele pudesse melhor invocá-lo quando lhe oferecesse um
sacrifício. ELOHYM concedeu-lhe esse favor, que jamais fizera a qualquer outro
neste mundo, mas não me é permitido repetir esse nome.” HISTÓRIA DOS
HEBREUS 2004 PÁG 95/96
O TERCEIRO MANDAMENTO
Por esta razão, devemos optar por utilizar TÍTULOS contidos nos escritos em
HEBRAICO: ELOHYM, ELYON, ELOAH, e etc.
Em português temos: ALTÍSSIMO e ETERNO, empregados nos círculos judaicos.
As Bíblias atualmente vendidas, não deveriam substituir o NOME [YAUH] por
SENHOR, haja visto que o ETERNO determinou que deveria ser lembrado por meio de
seu NOME próprio: יהוה. Consequentemente, colocar outros nomes no lugar de
YHWH, implica transgressão ao terceiro mandamento, porquanto se termina por “levar
embora” o NOME do ETERNO, substituindo-o por um nome falso.
A PRONÚNCIA
EVIDÊNCIAS BÍBLICAS, ARQUEOLÓGICAS, LINGUÍSTICAS E HISTÓRICAS
YUD ()י, HÊ ()ה, WAW ()ו, HÊ ()ה
A pronúncia das duas primeiras letras יהaparecem em vários salmos.
A expressão HEBRAICA “HALELU’YAH” (Aleluia), significa HALELU (louvem a)
YAH, que é mencionada em diversos Salmos.
Ex. Sl 104:35; Sl 105:45; Sl 106:1; Sl 106:48; Sl 11:1; Sl 112:1, Etc.
“Cantem a ELOHYM, cantem louvores a seu NOME; exaltem aquele que cavalga
sobre as nuvens por seu NOME, ( יהYAH); e alegrem-se em sua presença.”
TEHILIM 68:4
“Recordarei os feitos de יהYAH; sim, recordarei teus antigos milagres.” TEHILIM
77:11
“Quem é poderoso como tu, יהYAH?” TEHILIM 89:8
“Feliz é o homem a quem tu corriges, יהYAH, a quem ensinas a tua TORAH.”
TEHILIM 94:12
Em HIERÓGLIFOS EGÍPCIOS, escritos com sinais vocálicos, o AN EGYPTIAN
HIEROGLYPHIC DICTIONARY de autoria de E. A. WALLIS BUDGE, assevera que
o Nome resumido é YAH, pronunciado como “IÁ”.
A terceira letra, = וW (o vav hebraico), forma = יהוYAU
Existem vários nomes TEOFÓRICOS nas Escrituras que nos dá evidência de sua
pronúncia. TEOFÓRICO é o nome de uma pessoa formado pelo TETRAGRAMA.
Há aproximadamente 60 personagens Bíblicos que são designados pelo NOME YAUH:
YSHAYAU (Isaías) prefixo “YSHA” (salvação) = YAUH salva;
YIRME’YAU (Jeremias) exaltado é YAU;
ELIYAU (Elias); ABYAU (Abias); TOBYAU (Tobias); URYAU (Urias); ADONYAU
(Adonias); MALKYAU (Malquias); MATITYAU (Mateus); ATALYAU (Atalia);
YGDALYAU (Jigdalias); REMALYAU (Remalias); Etc.
Ao se criar o falso vocábulo YEHOVÁ, que consta até hoje dos textos em Hebraico
vocalizados, os MASSORETAS conseguiram ludibriar as pessoas, ocultando o
verdadeiro NOME, em razão do falso mito de que o NOME do ETERNO não pode ser
falado.
No quarto SÉCULO de nossa era, isto é, bem antes dos MASSORETAS, foram criados
SINAIS VOCÁLICOS para os textos em ARAMAICO. Se não bastasse, descobertas
arqueológicas localizaram em NIPPUR antigos textos de MURASHU, escritos em
ARAMAICO CUNEIFORME, datados de 464 a 404 antes da nossa era. Em tais
MANUSCRITOS, as palavras estão vocalizadas e há inúmeros nomes TEOFÓRICOS
redigidos com – יהוהPATTERNS IN JEWISH PERSONAL NAMES IN THE
BABYLONIAN DIASPORIA, M.D. COOGAN; JOURNAL FOR THE STUDY OF
JUDAISM – Volume IV do Número 2 na Página 183F.
FLÁVIO JOSEFO
Confirmando isto foi o que revelou Flávio Josefo ao escrever aos pagãos acostumados
com as vogais inseridas nas palavras. Como Josefo viveu em uma época em que o
NOME ainda era conhecido, e como ele era sacerdote ele diz com autoridade em uma
citação em ANTIGUIDADES 2:12:4. Josefo sabia qual era o NOME, mas dizia não ser
lícito dizê-lo explicitamente. Porém, Josefo deixa uma importante dica. Ao falar da
cobertura de cabeça do COHEN HA’GADOL (Sumo Sacerdote): “E farás TSITS
(lâmina) de ouro puro e gravarás sobre ela, como gravuras de selo, "Santidade a "יהוה.
A LETRA “J”
A letra “J” (jota) somente apareceu após o ano 1500. Não existindo uma letra que
conote a moderna letra “J” (jota) em HEBRAICO, nem mesmo em ARAMAICO,
GREGO ou LATIM, razão pela qual é impossível que o ETERNO fosse chamado pelos
ISRAELITAS por meio de um som inexistente.
As letras ( j ) e ( v ), são ditas RAMISTAS, por terem sido criadas por PETRUS
RAMUS – PIERRE DE LA RAMÉE 1512-1572, numa época em que, com certeza, o
latim já não possuía falantes naturais.
Os NOMES bíblicos que começam com a letra ( )יYUD, foram corrompidos, porque
os tradutores trocaram pela letra ( j ). Com isso, os tradutores modificaram
a fonética e a transliteração dos nomes bíblicos.