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VIADUTO APARECIDA Nº MRS PÁGINA

GEOTECNIA DE CONTENÇÕES / ESTUDO DE ESTABILIDADE – RTE-03-0309-041


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REVISÕES
TE: TIPO DE A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

00 B EMISSÃO INICIAL JLV RLM GOU - 15/06/20


REVISADO CONFORME COMENTÁRIOS
01 B JLV RLM GOU - 30/06/20
DO CLIENTE
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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1. APRESENTAÇÃO 3

2. DESCRIÇÃO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICA 3

3. DESCRIÇÃO DO SUBSOLO LOCAL 5

4. PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO 6

5. ESTABILIDADE GLOBAL 8

6. ANÁLISES DE ESTABILIDADE LOCAIS 15

7. CONSIDERAÇÕES EXECUTIVAS 46

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 47

ANEXO A – PLANTA DE LOCAÇÃO DE SONDAGENS 48

ANEXO B – BOLETINS DE SONDAGENS 49


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1. APRESENTAÇÃO
O presente documento tem por objetivo apresentar os cálculos e os critérios
utilizados para o dimensionamento das contenções, em solo reforçado com fitas
metálicas, referentes à elaboração do Projeto Executivo viaduto sobre a linha
férrea da MRS.

2. DESCRIÇÃO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICA

A área de implantação da OAE de Aparecida encontra-se inserida nos depósitos


Aluvionares, denominação aplicada a depósitos recentes do período
Quaternário, que constituem depósitos nas margens, fundos de canal e planícies
de inundação de rios. As areias, cascalheiras, siltes, argilas e, localmente turfas,
resultantes dos processos de erosão, transporte e deposição a partir de áreas
fonte diversas, desenvolvendo-se sobre a Província Paraná e estendendo-se
para as províncias limítrofes.
Os depósitos arenosos e cascalheiras podem assumir importância devido a sua
utilização na indústria da construção civil e, as áreas de planície de inundação
podem fornecer material argiloso para a indústria cerâmica. Depósitos de areias
quartzosas para uso industrial podem ser encontrados em áreas de drenagem
das formações Furnas, Pirambóia ou Botucatu. Placeres contendo diamante são
encontrados em rios que drenam rochas sedimentares das formações Vila Maria,
Furnas, Ponta Grossa, Aquidauana ou do Grupo Itararé, bem como são
registradas ocorrências de ouro em rios que cortam as formações Ponta Grossa,
Aquidauana e Serra Geral.
O comportamento geotécnico é condicionado pelas variações texturais e
espessura dos estratos sedimentares, e pela posição do nível d’água. A
capacidade de suporte é variável, de muito baixa, nos terrenos com níveis de
argila mole ou de ocorrência de horizontes de turfeiras, onde podem ocorrer
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recalques, a média a alta, nos trechos arenosos e com níveis de cascalhos ou


blocos de rocha.
A escavabilidade dos materiais dessa unidade é fácil nos locais de maior
espessura de material arenoso, como ao longo dos terraços aluvionares. A
escavação em materiais arenosos, pouco coesivos, pode exigir implantação de
estruturas de contenção das paredes das cavas.
A unidade apresenta alta suscetibilidade a inundações. Com relação aos
processos erosivos, tem alta suscetibilidade à erosão das margens
(solapamento) dos canais fluviais. A suscetibilidade a movimentos de massa é
nula, quando relacionada à origem ou área-fonte dos processos de ruptura.
Entretanto, consiste em área de deposição, que pode receber materiais erodidos
das porções mais elevadas do terreno. Essa condição indica que os vales
encaixados, tanto nas porções médias como nas baixadas junto ao sopé das
áreas serranas, podem ser atingidos por materiais detríticos provenientes de
movimentos do tipo fluxos.
O nível d’água elevado, associado aos terrenos dessa unidade, condiciona
problemas construtivos relativos à estabilidade dos taludes laterais das
escavações.
A Figura a seguir ilustra o contexto geológico da área.
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Local do dispositivo

Er – Formação Resende - Diamictito, conglomerado, lamito


arenoso, localmente com estratificação cruzada acanalada.

Q2a – Depósitos Aluvionares – sedimentos arenosos e argilo-


arenosos, localmente com níveis de cascalho.

Np3eγ2ap – Magmatismo tardi a pós-orogênico – Granitóide


quimicamente indiferenciado.

Npexm – Unidade de sericita xisto.

Npepg – Muscovita-granada-sillimanita-biotita. Gnaisse migmatítico,


biotita gnaisse tonalítico a granudiorítico; xisto gnaissóide e biotita
gnaisse quartzoso.

Npeog - Unidades gnaisses bandados.

Figura 1 – Mapa geológico da área de estudo (Fonte: CPRM, 2009)

3. DESCRIÇÃO DO SUBSOLO LOCAL


Para os estudos da OAE de Aparecida, foram executadas as sondagens à mistas
SP/OAE-01, SP/OAE-02, SP/OAE-03, SP/OAE-04, SP/OAE-05, SP/OAE-06,
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SP/OAE-07, SP/OAE-08, SP/TA-01, SP/TA-02, SP/TA-03, SP/TA-04, SP/TA-05,


SP/TA-06, SP/TA-07 e SP/TA-08 consideradas para os estudos de fundações
indicados no presente documento. De acordo com estas sondagens, o subsolo
local é composto por uma camada de aterro existente, com espessura variando
entre 1,61m e 6,00m. A camada sotoposta é formada por um solo de alteração
de gnaisse composto predoinantemente por argila silto-arenosa, com valores de
NSPT crescente de acordo com a profundidade, partindo de valores da ordem
de 4 golpes/30cm até valores maiore que 50 golpes/30cm.
O nível d´água do lençol freático foi identificado nas sondagens à percussão
realizadas no local de implantação da OAE, tendo sido observado entre 1,50m
e 3,50m de profundidade. O Anexo A apresenta a planta de locação de
sondagens. Os boletins de campo destas sondagens, por sua vez, encontram-
se no Anexo B.

4. PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO


Os valores considerados para os parâmetros de resistência ao cisalhamento do
solo, necessários aos cálculos, estão apresentados, para cada encontro do
viaduto, nos Quadros 1 e 2. Os parâmetros indicados referem-se à Unidade de
dos Depósitos Aluvionares (Q2a) e derivam de referências bibliográficas e de
experiências adquiridas em solos semelhantes.
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Quadro 1 – Parâmetros de Resistência para os Solos em Condições Naturais

NSPT Peso Específico Ângulo de Atrito


Solo Natural Coesão (kPa)
(golpes/30cm) (kN/m³) (°)

Aterro
- 17 18 26
Compactado

Aterro Lançado - 16 5 20

Aluvião - 16 10 23

Solo
- 15 8 20
Compressível

Solo Residual <5 16 – 17 5 – 15 15 – 23

Solo Residual 5 – 10 17 – 18 10 – 20 20 – 25

Solo Residual 11 – 20 18 – 19 15 – 25 22 – 28

Solo Residual 21 - 30 19 20 – 28 25 – 30

Solo Residual 31 - 40 19 22 - 28 26 - 30

Solo Residual 41 - 50 20 22 - 30 27 – 30

Solo Residual > 50 20 25 - 32 27 - 31

Possível Maciço
- 21 35 – 45 32 – 35
Rochoso
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Quadro 2 – Parâmetros de Resistência para os Solos em Condições Saturadas

NSPT Peso Específico Ângulo de Atrito


Solo Saturado Coesão (kPa)
(golpes/30cm) (kN/m³) (°)

Aterro
- 18 8 18
Compactado

Aterro Lançado - 17 5 20

Aluvião - 17 5 18

Solo
- 15 5 15
Compressível

Solo Residual <5 17 – 18 0 – 10 15 – 23

Solo Residual 5 – 10 18 – 19 5 – 15 20 – 25

Solo Residual 11 – 20 19 – 20 10 – 20 22 – 28

Solo Residual 21 - 30 20 15 – 23 25 – 28

Solo Residual 31 - 40 20 17 - 23 26 - 29

Solo Residual 41 - 50 20 17 - 25 26 - 30

Solo Residual > 50 20 20 - 25 27 - 30

Possível Maciço
- 21 28 – 30 28 – 30
Rochoso

5. ESTABILIDADE GLOBAL
Para a determinação do fator de segurança à estabilidade global dos encontros
da OAE, utilizou-se o software SLIDE 6.0, considerando-se superfícies circulares
de ruptura analisadas através do método de Spencer. Importante ressaltar que
nos encontros foram implantadas contenções do tipo solo reforçado com fitas
metálicas.
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O dimensionamento foi realizado considerando fatores de segurança mínimos


aceitáveis, de acordo com a NBR 11682 (ABNT, 2009)1, que permite a adoção
de fatores de segurança entre 1,20 e 1,50 de acordo os seguintes critérios:
 nível de segurança desejado contra a perda de vidas humanas (baixo,
médio e alto);
 nível de segurança desejado contra danos materiais e ambientais (baixo,
médio e alto).
O Quadro 3 mostra os fatores de segurança associados a estes dois fatores.

Quadro 3 - Fatores de segurança mínimos normatizados (ABNT, op. cit.).

No caso das contenções dos encontros, o fator de segurança mínimo deve ser
igual a 1,50, pois se trata de local que em caso de comprometimento pode causar
avarias significativas no sistema feroviário a ser implantado, colocando em risco
os usuários do viaduto. Portanto, foi admitido alto nível de segurança tanto contra
danos a vidas humanas quanto contra danos materiais e ambientais.

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Norma NBR 11682 – Estabilidades de Encostas da ABNT, Setembro/2009.
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Considerou-se nas análises de estabilidade sobrecarga uniformemente


distribuída, semi-infinita, de 25 kN/m² na região dos encontros, abrangendo não
só as cargas provenientes de depósitos de materiais de construção (e.g., terra,
aço, pedra e outros que possam vir a ser realizados na faixa lateral aos taludes
dos encontros), mas também cargas provenientes do tráfego de veículos. As
Figura 2 a 5 apresentam os modelos de cálculo considerados nas análises de
estabilidade para os encontros E1, E2, E3 e E4, respectivamente.
A partir das características da OAE e dos parâmetros de resistência indicados
nos Quadro 1 e 2, fez-se as análises de estabilidade global dos encontros da
citada OAE.
Os itens subsequentes indicam, para cada caso (Encontros E1, E2, E3 e E4), os
resultados obtidos para as análises de estabilidade realizadas.

5.1 ENCONTRO E1
A Figura 2 a seguir apresenta o resultado das análises de estabilidade realizadas
para o Encontro E1 da OAE de Aparecida. Vale ressaltar que a contenção foi
dimensionada para a seção mais alta, com 9,00m de altura, o que resultou em
um comprimento de fita de 6,50m.
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Figura 2 – Análise de Estabilidade Global – Superfície Circular – Encontro E1

Verifica-se que o encontro analisado apresenta fator de segurança (FS=1,54)


compatível com o valor mínimo (FSmín=1,50) definido em norma.

5.2 ENCONTRO E2
A Figura 3 a seguir apresenta o resultado das análises de estabilidade realizadas
para o Encontro E2 da OAE de Aparecida. Vale ressaltar que a contenção foi
dimensionada para a seção mais alta, com 12,65m de altura, o que resultou em
um comprimento de fita de 9,0m.
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Figura 3 – Análise de Estabilidade Global – Superfície Circular – Encontro E2

Verifica-se que o encontro analisado apresenta fator de segurança (FS=2,04)


compatível com o valor mínimo (FSmín=1,50) definido em norma.

5.3 ENCONTRO E3
A Figura 4 a seguir apresenta o resultado das análises de estabilidade realizadas
para o Encontro E2 da OAE de Aparecida. Vale ressaltar que a contenção foi
dimensionada para a seção mais alta, com 8,50m de altura, o que resultou em
um comprimento de fita de 6,0m.
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Figura 4 – Análise de Estabilidade Global – Superfície Circular – Encontro E3

Verifica-se que o encontro analisado apresenta fator de segurança (FS=1,85)


compatível com o valor mínimo (FSmín=1,50) definido em norma.

5.4 ENCONTRO E4
A Figura 5 a seguir apresenta o resultado das análises de estabilidade realizadas
para o Encontro E2 da OAE de Aparecida. Vale ressaltar que a contenção foi
dimensionada para a seção mais alta, com 10,00m de altura, o que resultou em
um comprimento de fita de 7,20m.
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Figura 5 – Análise de Estabilidade Global – Superfície Circular – Encontro E4

Verifica-se que o encontro analisado apresenta fator de segurança (FS=2,04)


compatível com o valor mínimo (FSmín=1,50) definido em norma.
O Quadro 4 apresenta um resumo dos fatores de segurança obtidos nas análises
de estabilidade realizadas.

Quadro 4 – Fator de Segurança Obtido

FATOR DE SEGURANÇA
ENCONTRO
MÍNIMO OBTIDO

E1 1,54
E2 2,04
E3 1,85
E4 2,04
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6. ANÁLISES DE ESTABILIDADE LOCAIS


Estas análises foram realizadas para os dois encontros estudados, sendo feitas
as verificações quanto ao tombamento da estrutura, deslizamento da base e
capacidade de carga da fundação.

6.1 ENCONTRO E1
Neste item, são apresentadas as verificações de estabilidades locais das
contenções em solo reforçado com fitas metálicas, com uma altura de 9,00 m,
sendo 1,40 m referentes ao embutimento da contenção no solo. Foram avaliados
fatores de segurança correspondentes aos efeitos de tombamento e
deslizamento, além do cálculo das tensões admissíveis da fundação. A
geometria e o resumo dos dados é apresentado na Figura 6.

q=25kPa

H=9,00m
Solo reforçado:
 = 18 kN/m3
ka = 0,406
 = 0o

L=8,00m

Figura 6 – Geometria e parâmetros adotados no dimensionamento da


contenção
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6.1.1 Parâmetros Geotécnicos


Para a estabilidade local foram estimados os parâmetros de resistência do aterro
compactado a montante da contenção e na base da mesma, conforme
apresentado nos Quadros 1 e 2.

6.1.2 Empuxos atuantes


O empuxo do solo foi estimado a partir do Método de Coulomb, devendo o valor
ser adotado para as verificações a seguir.

- Empuxo pelo Método de Coulomb


Para o método de Coulomb, as tensões estão apresentadas na expressão
Equação abaixo.

𝟐
𝟏
. 𝒔𝒊𝒏( 𝜷 − 𝝋)
𝒔𝒊𝒏 𝜷
𝑲a = 𝒄𝒐𝒔 𝒊 .
𝒔𝒊𝒏( 𝝋 + 𝜹). 𝒔𝒊𝒏( 𝝋 − 𝒊)
√𝒔𝒊𝒏( 𝜷 + 𝜹) + √ 𝒔𝒊𝒏( 𝜷 − 𝒊)
[ ]

Sendo:
i= inclinação do talude (°);

β = inclinação da contenção (°);

δ = atrito solo-muro (°);

ka = coeficiente de empuxo ativo;

Sendo assim, o empuxo total pode ser calculado pela equação:

1
𝐸𝑎 = ∙ 𝑘𝑎 ∙ 𝛾 ∙ 𝐻 2
2
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Sendo:

H = altura de atuação do empuxo de solo.

Considerando-se a geometria sugerida neste projeto, o pé do talude projetado


inicia-se a 1,40 m abaixo da cota do terreno. Sendo assim, a altura de atuação
do empuxo de solo (H) será de 9,00 m. Assim, o empuxo foi calculado pelas Eq.
1 e Eq. 2 apresentados anteriormente, como apresentados a seguir:

- Empuxo ativo calculado

1
𝐸𝑎 = ∙ 0,406 ∙ 18 ∙ 9,002 = 295,97 𝑘𝑁
2

- Empuxo referente à sobrecarga

Para esta obra, foi considerada uma sobrecarga de q = 25 kPa a montante do


muro de flexão. O empuxo resultante devido a esta sobrecarga é:

𝐸𝑠𝑐 = 𝑞 ∙ 𝑘𝑎 ∙ 𝐻

Sendo assim, tem-se:


𝐸𝑠𝑐 = 25 ∙ 0,406 ∙ 9,00 = 91,35 𝑘𝑁

Empuxo Total aplicado à contenção e ponto de aplicação

𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 295,97 + 91,35 = 387,32 𝑘𝑁

295,97 ∙ 3,00 + 91,35 ∙ 4,50


𝑦𝑎 = = 3,35 𝑚
387,32
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Figura 7 - Diagramas de empuxo aplicados à contenção


q=25kPa

H=7,60m
+ =

E=387,32 kN/m

h=1,40m ya=3,35m

L=7,50m Ka..H Ka.q 75,92 kPa


=0,406.18.9,00 = 0,406.25
=65,77 kPa =10,15 kPa

6.1.3 Verificações
Nas verificações, foi considerada a contenção em solo reforçado com fitas
metálicas como elemento rígido, não entrando no mérito de dimensionamento
dos elementos de reforço.

6.1.4 Verificação quanto ao tombamento


Para o tombamento, a verificação é feita em relação aos momentos atuante e
resistente no pé da contenção (ponto O), sendo o fator de segurança calculado
pela expressão a seguir, que mostra o valor mínimo aceitável pela NBR
11682/2009. A Figura 8 apresenta os carregamentos e os pontos de aplicação
das cargas, que determinarão os momentos resistentes e solicitantes da
contenção. Importante ressaltar que não foi levado em consideração o empuxo
passivo gerado pelo solo da parte frontal da contenção. Tal consideração foi
tomada a favor da segurança.
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q=25 kN/m²

Q=187,50 kN

H=9,00 m

L /2 W=1350,00 kN E=387,32 kN/m

ya=3,35m

L=7,50 m

Figura 8 – Distribuição dos carregamentos e pontos de aplicação

∑ 𝑀𝑟𝑒𝑠𝑖𝑡
𝐹𝑆𝑡𝑜𝑚𝑏 = ≥ 2,0
∑ 𝑀𝑎𝑡
(𝑊 + 𝑄) ∙ 𝐿⁄2
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 2,0
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∙ 𝑦𝑎
Sendo:
L = Comprimento do reforço ou largura da base da massa de solo reforçada;
yEa = Braço de alavanca do empuxo ativo em relação ao pé da estrutura;
W = Peso da massa solo reforçado com fitas metálicas;
E = Empuxo ativo.

O fator de segurança para tombamento portanto será de:


(1350,00 + 187,50) ∙ 3,75
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 2,0
387,32 ∙ 3,35

𝟓𝟕𝟔𝟓, 𝟔𝟑
𝑭𝑺𝒅𝒆𝒔𝒍 = = 𝟒, 𝟒𝟒 ≥ 𝟐, 𝟎 ∴ 𝑶𝑲
𝟏𝟐𝟗𝟕, 𝟓𝟐
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6.1.5 Verificação quanto ao deslizamento


Para a verificação da contenção quanto ao deslizamento da base, deve-se
avaliar a relação das forças atuantes na direção horizontal no contato da base
do muro de solo reforçado com fitas metálicas. A Figura 9 apresenta os
carregametos adotados para verificação da contenção em relação ao
deslizamento. A expressão que a seguir apresenta o cálculo do fator de
segurança e o valor mínimo aceitável segundo a NBR 11682/2009:

q=25 kN/m²

Q=187,50 kN

H=9,00 m

W=1350,00 kN
E=387,32 kN/m

O
FR

L=7,50 m

Figura 9 – Distribuição dos esforços da contenção

∑ 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑖𝑡
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
∑ 𝐹𝑎𝑡

(𝑊 + 𝑄) ∙ 𝑡𝑔𝜑
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Sendo:
ϒ = Peso específico do solo;
H = Altura do maciço reforçado;
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𝜑 = ângulo de atrito interno do solo na base do maciço reforçado;


E = Empuxo ativo.

O fator de segurança para o deslizamento, portanto será de:


(1350,00 + 187,50) ∙ 𝑡𝑔25
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
387,32
716,95
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = = 1,85 ≥ 1,5 ∴ 𝑂𝐾
387,32

6.1.6 Verificação quanto à excentricidade das cargas do muro

A verificação é feita de acordo com a excentricidade dos carregamentos na base


do solo reforçado com fitas metálicas que devem estar dentro do núcleo central
de inércia. Para tanto, deve-se obedecer a seguinte relação apresentada nas
expressões a seguir:
∑𝑀 𝐿𝑟
𝑒= ≤
∑ 𝐹𝑉 6
Sendo:
e = excentricidade do muro.

O que resulta em:


𝟑𝟖𝟕, 𝟐𝟑 ∙ 𝟑, 𝟑𝟓
𝒆= = 𝟎, 𝟖𝟒 = 𝒆 ≤ 𝟏, 𝟐𝟓
𝟏𝟑𝟓𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟏𝟖𝟕, 𝟓𝟎

6.1.7 Tensões admissíveis na base


Para este encontro em solo reforçado com fitas metálicas, a base deverá possuir
uma tensão admissível que suporta a tensão máxima aplicada pela base do
muro, sendo estimada pela expressão (Terzaghi e Peck, 1967) a seguir:
𝒒𝒎𝒂𝒙 = 𝒄′ ∙ 𝑵𝒄 + 𝒒𝒔 ∙ 𝑵𝒒 + 𝟎, 𝟓 ∙ 𝜸𝒇 ∙ 𝑩′ ∙ 𝑵𝜸
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Sendo então:
𝒒𝒎𝒂𝒙 = 𝟎 ∙ 𝟐𝟎, 𝟕𝟐 + 𝟐𝟓, 𝟐𝟎 ∙ 𝟏𝟎, 𝟔𝟔 + 𝟎, 𝟓 ∙ 𝟏𝟖 ∙ (𝟕, 𝟓𝟎 − 𝟐 ∙ 𝟎, 𝟖𝟒) ∙ 𝟏𝟎, 𝟖𝟖 = 𝟖𝟑𝟕, 𝟔𝟑 𝒌𝑵

Adotou-se então que, para tensões admissíveis na base do solo reforçado com
fitas metálicas os valores obtidos a partir da equação a seguir:

𝑾+𝑸
𝝈=
𝑳𝒓 − 𝟐 ∙ 𝒆
Sendo então a tensão máxima:
𝟏𝟑𝟓𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟏𝟖𝟕, 𝟓𝟎
𝝈𝒎𝒂𝒙 =
𝟕, 𝟓𝟎 − 𝟐 ∙ 𝟎, 𝟖𝟒

𝝈𝒎𝒂𝒙 =264,18 kPa

Com os valores obtidos a partir da equações anteriores e aplicando-se um fator


de segurança de 3 é possível calcular a máxima tensão admissível que o solo
de fundação é capaz de suportar:

𝜎𝑅𝑒 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝜎𝑟 ) 𝜎𝑅𝑒 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝜎𝑟 ) 837,63


FS =  3,0  FS = = = 3,17 ≥ 3,00 (OK)
𝜎𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 (𝜎𝐴 ) 𝜎𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 (𝜎𝐴 ) 264,18

Com base na tensão admissível do solo e na tensão máxima exercida pelo muro,
é possível afirmar que o solo será capaz de resistir às tensões exercidas pela
contenção.

6.2 ENCONTRO E2
Neste item, são apresentadas as verificações de estabilidades locais das
contenções em solo reforçado com fitas metálicas, com uma altura de 12,65 m,
sendo 1,90 m referentes ao embutimento da contenção no solo. Foram avaliados
fatores de segurança correspondentes aos efeitos de tombamento e
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deslizamento, além do cálculo das tensões admissíveis da fundação. A


geometria e o resumo dos dados é apresentado na Figura 10.

q=25kPa

H=12,65m
Solo reforçado:
 = 18 kN/m3
ka = 0,406
 = 0o

L=8,00m

Figura 10 – Geometria e parâmetros adotados no dimensionamento da


contenção

6.2.1 Parâmetros Geotécnicos


Para a estabilidade local foram estimados os parâmetros de resistência do aterro
compactado a montante da contenção e na base da mesma, conforme
apresentado nos Quadros 1 e 2.

6.2.2 Empuxos atuantes


O empuxo do solo foi estimado a partir do Método de Coulomb, devendo o valor
ser adotado para as verificações a seguir.

- Empuxo pelo Método de Coulomb


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Para o método de Coulomb, as tensões estão apresentadas na expressão


Equação abaixo.

𝟐
𝟏
. 𝒔𝒊𝒏( 𝜷 − 𝝋)
𝒔𝒊𝒏 𝜷
𝑲a = 𝒄𝒐𝒔 𝒊 .
𝒔𝒊𝒏( 𝝋 + 𝜹). 𝒔𝒊𝒏( 𝝋 − 𝒊)
√𝒔𝒊𝒏( 𝜷 + 𝜹) + √ 𝒔𝒊𝒏( 𝜷 − 𝒊)
[ ]

Sendo:
i= inclinação do talude (°);

β = inclinação da contenção (°);

δ = atrito solo-muro (°);

ka = coeficiente de empuxo ativo;

Sendo assim, o empuxo total pode ser calculado pela equação:

1
𝐸𝑎 = ∙ 𝑘𝑎 ∙ 𝛾 ∙ 𝐻 2
2

Sendo:

H = altura de atuação do empuxo de solo.

Considerando-se a geometria sugerida neste projeto, o pé do talude projetado


inicia-se a 1,90 m abaixo da cota do terreno. Sendo assim, a altura de atuação
do empuxo de solo (H) será de 12,65 m. Assim, o empuxo foi calculado pelas
Eq. 1 e Eq. 2 apresentados anteriormente, como apresentados a seguir:

- Empuxo ativo calculado


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1
𝐸𝑎 = ∙ 0,406 ∙ 18 ∙ 12,652 = 584,72 𝑘𝑁
2

- Empuxo referente à sobrecarga

Para esta obra, foi considerada uma sobrecarga de q = 25 kPa a montante do


muro de flexão. O empuxo resultante devido a esta sobrecarga é:

𝐸𝑠𝑐 = 𝑞 ∙ 𝑘𝑎 ∙ 𝐻

Sendo assim, tem-se:


𝐸𝑠𝑐 = 25 ∙ 0,406 ∙ 12,65 = 128,40 𝑘𝑁

Empuxo Total aplicado à contenção e ponto de aplicação

𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 584,72 + 128,40 = 713,12 𝑘𝑁

584,72 ∙ 4,22 + 128,40 ∙ 6,33


𝑦𝑎 = = 4,60 𝑚
713,12
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Figura 11 - Diagramas de empuxo aplicados à contenção


q=25kPa

H=10,75m
+ =

E=713,12 kN/m

h=1,90m ya=4,60m

L=10,00m Ka..H Ka.q 102,60 kPa


=0,406.18.12,65 = 0,406.25
=92,43 kPa =10,15 kPa

6.2.3 Verificações
Nas verificações, foi considerada a contenção em solo reforçado com fitas
metálicas como elemento rígido, não entrando no mérito de dimensionamento
dos elementos de reforço.

6.2.4 Verificação quanto ao tombamento


Para o tombamento, a verificação é feita em relação aos momentos atuante e
resistente no pé da contenção (ponto O), sendo o fator de segurança calculado
pela expressão a seguir, que mostra o valor mínimo aceitável pela NBR
11682/2009. A Figura 12 apresenta os carregamentos e os pontos de aplicação
das cargas, que determinarão os momentos resistentes e solicitantes da
contenção. Importante ressaltar que não foi levado em consideração o empuxo
passivo gerado pelo solo da parte frontal da contenção. Tal consideração foi
tomada a favor da segurança.
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q=25 kN/m²

Q=250,00 kN

H=12,65 m

L /2 W=2530,00 kN E=713,12 kN/m

ya=4,60m

L=10,00
m

Figura 12 – Distribuição dos carregamentos e pontos de aplicação

∑ 𝑀𝑟𝑒𝑠𝑖𝑡
𝐹𝑆𝑡𝑜𝑚𝑏 = ≥ 2,0
∑ 𝑀𝑎𝑡
(𝑊 + 𝑄) ∙ 𝐿⁄2
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 2,0
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∙ 𝑦𝑎
Sendo:
L = Comprimento do reforço ou largura da base da massa de solo reforçada;
yEa = Braço de alavanca do empuxo ativo em relação ao pé da estrutura;
W = Peso da massa solo reforçado com fitas metálicas;
E = Empuxo ativo.

O fator de segurança para tombamento portanto será de:


(2530,00 + 250,00) ∙ 5,00
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 2,0
713,12 ∙ 4,60

𝟏𝟑𝟗𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝑭𝑺𝒅𝒆𝒔𝒍 = = 𝟒, 𝟐𝟑 ≥ 𝟐, 𝟎 ∴ 𝑶𝑲
𝟑𝟐𝟖𝟎, 𝟑𝟓
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6.2.5 Verificação quanto ao deslizamento


Para a verificação da contenção quanto ao deslizamento da base, deve-se
avaliar a relação das forças atuantes na direção horizontal no contato da base
do muro de solo reforçado com fitas metálicas. A Figura 13 apresenta os
carregametos adotados para verificação da contenção em relação ao
deslizamento. A expressão que a seguir apresenta o cálculo do fator de
segurança e o valor mínimo aceitável segundo a NBR 11682/2009:

q=25 kN/m²

Q=250,00 kN

H=12,65 m

W=2530,00 kN
E=713,12 kN/m

O
FR

L=10,00
m

Figura 13 – Distribuição dos esforços da contenção

∑ 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑖𝑡
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
∑ 𝐹𝑎𝑡

(𝑊 + 𝑄) ∙ 𝑡𝑔𝜑
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Sendo:
ϒ = Peso específico do solo;
H = Altura do maciço reforçado;
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𝜑 = ângulo de atrito interno do solo na base do maciço reforçado;


E = Empuxo ativo.

O fator de segurança para o deslizamento, portanto será de:


(2350,00 + 250,00) ∙ 𝑡𝑔25
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
713,12
1212,40
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = = 1,70 ≥ 1,5 ∴ 𝑂𝐾
713,12

6.2.6 Verificação quanto à excentricidade das cargas do muro

A verificação é feita de acordo com a excentricidade dos carregamentos na base


do solo reforçado com fitas metálicas que devem estar dentro do núcleo central
de inércia. Para tanto, deve-se obedecer a seguinte relação apresentada nas
expressões a seguir:
∑𝑀 𝐿𝑟
𝑒= ≤
∑ 𝐹𝑉 6
Sendo:
e = excentricidade do muro.

O que resulta em:


𝟕𝟏𝟑, 𝟏𝟐 ∙ 𝟒, 𝟔𝟎
𝒆= = 𝟏, 𝟐𝟔 = 𝒆 ≤ 𝟏, 𝟔𝟕
𝟐𝟑𝟓𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟐𝟓𝟎, 𝟎𝟎

6.2.7 Tensões admissíveis na base


Para este encontro em solo reforçado com fitas metálicas, a base deverá possuir
uma tensão admissível que suporta a tensão máxima aplicada pela base do
muro, sendo estimada pela expressão (Terzaghi e Peck, 1967) a seguir:
𝒒𝒎𝒂𝒙 = 𝒄′ ∙ 𝑵𝒄 + 𝒒𝒔 ∙ 𝑵𝒒 + 𝟎, 𝟓 ∙ 𝜸𝒇 ∙ 𝑩′ ∙ 𝑵𝜸
Sendo então:
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𝒒𝒎𝒂𝒙 = 𝟎 ∙ 𝟐𝟎, 𝟕𝟐 + 𝟑𝟒, 𝟐𝟎 ∙ 𝟏𝟎, 𝟔𝟔 + 𝟎, 𝟓 ∙ 𝟏𝟖 ∙ (𝟏𝟎, 𝟎𝟎 − 𝟐 ∙ 𝟏, 𝟐𝟔) ∙ 𝟏𝟎, 𝟖𝟖


= 𝟏𝟏𝟏𝟐, 𝟗𝟓 𝒌𝑵

Adotou-se então que, para tensões admissíveis na base do solo reforçado com
fitas metálicas os valores obtidos a partir da equação a seguir:

𝑾+𝑸
𝝈=
𝑳𝒓 − 𝟐 ∙ 𝒆
Sendo então a tensão máxima:
𝟐𝟓𝟑𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟐𝟓𝟎, 𝟎𝟎
𝝈𝒎𝒂𝒙 =
𝟏𝟎, 𝟎𝟎 − 𝟐 ∙ 𝟏, 𝟐𝟔

𝝈𝒎𝒂𝒙 =371,66 kPa

Com os valores obtidos a partir da equações anteriores e aplicando-se um fator


de segurança de 3 é possível calcular a máxima tensão admissível que o solo
de fundação é capaz de suportar:

𝜎𝑅𝑒 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝜎𝑟 ) 𝜎𝑅𝑒 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝜎𝑟 ) 1112,95


FS =  3,0  FS = = = 3,00 ≥ 3,00 (OK)
𝜎𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 (𝜎𝐴 ) 𝜎𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 (𝜎𝐴 ) 371,66

Com base na tensão admissível do solo e na tensão máxima exercida pelo muro,
é possível afirmar que o solo será capaz de resistir às tensões exercidas pela
contenção.

6.3 ENCONTRO E3
Neste item, são apresentadas as verificações de estabilidades locais das
contenções em solo reforçado com fitas metálicas, com uma altura de 8,50 m,
sendo 1,30 m referentes ao embutimento da contenção no solo. Foram avaliados
fatores de segurança correspondentes aos efeitos de tombamento e
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deslizamento, além do cálculo das tensões admissíveis da fundação. A


geometria e o resumo dos dados é apresentado na Figura 14.

q=25kPa

H=8,50m
Solo reforçado:
 = 18 kN/m3
ka = 0,406
 = 0o

L=8,00m

Figura 14 – Geometria e parâmetros adotados no dimensionamento da


contenção

6.3.1 Parâmetros Geotécnicos


Para a estabilidade local foram estimados os parâmetros de resistência do aterro
compactado a montante da contenção e na base da mesma, conforme
apresentado nos Quadros 1 e 2.

6.3.2 Empuxos atuantes


O empuxo do solo foi estimado a partir do Método de Coulomb, devendo o valor
ser adotado para as verificações a seguir.

- Empuxo pelo Método de Coulomb


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Para o método de Coulomb, as tensões estão apresentadas na expressão


Equação abaixo.

𝟐
𝟏
. 𝒔𝒊𝒏( 𝜷 − 𝝋)
𝒔𝒊𝒏 𝜷
𝑲a = 𝒄𝒐𝒔 𝒊 .
𝒔𝒊𝒏( 𝝋 + 𝜹). 𝒔𝒊𝒏( 𝝋 − 𝒊)
√𝒔𝒊𝒏( 𝜷 + 𝜹) + √ 𝒔𝒊𝒏( 𝜷 − 𝒊)
[ ]

Sendo:
i= inclinação do talude (°);

β = inclinação da contenção (°);

δ = atrito solo-muro (°);

ka = coeficiente de empuxo ativo;

Sendo assim, o empuxo total pode ser calculado pela equação:

1
𝐸𝑎 = ∙ 𝑘𝑎 ∙ 𝛾 ∙ 𝐻 2
2

Sendo:

H = altura de atuação do empuxo de solo.

Considerando-se a geometria sugerida neste projeto, o pé do talude projetado


inicia-se a 1,30 m abaixo da cota do terreno. Sendo assim, a altura de atuação
do empuxo de solo (H) será de 8,50 m. Assim, o empuxo foi calculado pelas Eq.
1 e Eq. 2 apresentados anteriormente, como apresentados a seguir:

- Empuxo ativo calculado


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1
𝐸𝑎 = ∙ 0,406 ∙ 18 ∙ 8,502 = 263,91 𝑘𝑁
2

- Empuxo referente à sobrecarga

Para esta obra, foi considerada uma sobrecarga de q = 25 kPa a montante do


muro de flexão. O empuxo resultante devido a esta sobrecarga é:

𝐸𝑠𝑐 = 𝑞 ∙ 𝑘𝑎 ∙ 𝐻

Sendo assim, tem-se:


𝐸𝑠𝑐 = 25 ∙ 0,406 ∙ 8,50 = 86,24 𝑘𝑁

Empuxo Total aplicado à contenção e ponto de aplicação

𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 263,91 + 86,24 = 350,15 𝑘𝑁

263,91 ∙ 2,83 + 86,24 ∙ 4,25


𝑦𝑎 = = 3,18 𝑚
350,15

Figura 15 - Diagramas de empuxo aplicados à contenção


q=25kPa

H=7,20m
+ =

E=350,15 kN/m

h=1,30m ya=3,18m

L=7,00m Ka..H Ka.q 72,27 kPa


=0,406.18.8,50 = 0,406.25
=62,12 kPa =10,15 kPa
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q=25 kN/m²

Q=175,00 kN

H=8,50 m

L /2 W=1190,00 kN E=350,15 kN/m

ya=3,18m

L=7,00 m

6.3.3 Verificações
Nas verificações, foi considerada a contenção em solo reforçado com fitas
metálicas como elemento rígido, não entrando no mérito de dimensionamento
dos elementos de reforço.

6.3.4 Verificação quanto ao tombamento


Para o tombamento, a verificação é feita em relação aos momentos atuante e
resistente no pé da contenção (ponto O), sendo o fator de segurança calculado
pela expressão a seguir, que mostra o valor mínimo aceitável pela NBR
11682/2009. A Figura 16 apresenta os carregamentos e os pontos de aplicação
das cargas, que determinarão os momentos resistentes e solicitantes da
contenção. Importante ressaltar que não foi levado em consideração o empuxo
passivo gerado pelo solo da parte frontal da contenção. Tal consideração foi
tomada a favor da segurança.
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Figura 16 – Distribuição dos carregamentos e pontos de aplicação

∑ 𝑀𝑟𝑒𝑠𝑖𝑡
𝐹𝑆𝑡𝑜𝑚𝑏 = ≥ 2,0
∑ 𝑀𝑎𝑡
(𝑊 + 𝑄) ∙ 𝐿⁄2
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 2,0
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∙ 𝑦𝑎
Sendo:
L = Comprimento do reforço ou largura da base da massa de solo reforçada;
yEa = Braço de alavanca do empuxo ativo em relação ao pé da estrutura;
W = Peso da massa solo reforçado com fitas metálicas;
E = Empuxo ativo.

O fator de segurança para tombamento portanto será de:


(1190,00 + 175,00) ∙ 3,50
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 2,0
350,15 ∙ 3,8

𝟒𝟕𝟕𝟕, 𝟓𝟎
𝑭𝑺𝒅𝒆𝒔𝒍 = = 𝟑, 𝟓𝟗 ≥ 𝟐, 𝟎 ∴ 𝑶𝑲
𝟏𝟑𝟑𝟎, 𝟓𝟕

6.3.5 Verificação quanto ao deslizamento


Para a verificação da contenção quanto ao deslizamento da base, deve-se
avaliar a relação das forças atuantes na direção horizontal no contato da base
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do muro de solo reforçado com fitas metálicas. A Figura 17 apresenta os


carregametos adotados para verificação da contenção em relação ao
deslizamento. A expressão que a seguir apresenta o cálculo do fator de
segurança e o valor mínimo aceitável segundo a NBR 11682/2009:

q=25 kN/m²

Q=175,00 kN

H=8,50 m

W=1190,00 kN
E=350,15 kN/m

O
FR

L=7,00 m

Figura 17 – Distribuição dos esforços da contenção

∑ 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑖𝑡
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
∑ 𝐹𝑎𝑡

(𝑊 + 𝑄) ∙ 𝑡𝑔𝜑
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Sendo:
ϒ = Peso específico do solo;
H = Altura do maciço reforçado;
𝜑 = ângulo de atrito interno do solo na base do maciço reforçado;
E = Empuxo ativo.

O fator de segurança para o deslizamento, portanto será de:


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01

(1190,00 + 185,00) ∙ 𝑡𝑔25


𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
350,15
636,51
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = = 1,82 ≥ 1,5 ∴ 𝑂𝐾
350,15

6.3.6 Verificação quanto à excentricidade das cargas do muro

A verificação é feita de acordo com a excentricidade dos carregamentos na base


do solo reforçado com fitas metálicas que devem estar dentro do núcleo central
de inércia. Para tanto, deve-se obedecer a seguinte relação apresentada nas
expressões a seguir:
∑𝑀 𝐿𝑟
𝑒= ≤
∑ 𝐹𝑉 6
Sendo:
e = excentricidade do muro.

O que resulta em:


𝟑𝟓𝟎, 𝟏𝟓 ∙ 𝟑, 𝟏𝟖
𝒆= = 𝟎, 𝟖𝟐 = 𝒆 ≤ 𝟏, 𝟏𝟕
𝟏𝟏𝟗𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟏𝟕𝟓, 𝟎𝟎

6.3.7 Tensões admissíveis na base


Para este encontro em solo reforçado com fitas metálicas, a base deverá possuir
uma tensão admissível que suporta a tensão máxima aplicada pela base do
muro, sendo estimada pela expressão (Terzaghi e Peck, 1967) a seguir:
𝒒𝒎𝒂𝒙 = 𝒄′ ∙ 𝑵𝒄 + 𝒒𝒔 ∙ 𝑵𝒒 + 𝟎, 𝟓 ∙ 𝜸𝒇 ∙ 𝑩′ ∙ 𝑵𝜸

Sendo então:
𝒒𝒎𝒂𝒙 = 𝟎 ∙ 𝟐𝟎, 𝟕𝟐 + 𝟐𝟑, 𝟒𝟎 ∙ 𝟏𝟎, 𝟔𝟔 + 𝟎, 𝟓 ∙ 𝟏𝟖 ∙ (𝟕, 𝟎𝟎 − 𝟐 ∙ 𝟎, 𝟖𝟐) ∙ 𝟏𝟎, 𝟖𝟖 = 𝟕𝟕𝟓, 𝟎𝟐 𝒌𝑵
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Adotou-se então que, para tensões admissíveis na base do solo reforçado com
fitas metálicas os valores obtidos a partir da equação a seguir:

𝑾+𝑸
𝝈=
𝑳𝒓 − 𝟐 ∙ 𝒆
Sendo então a tensão máxima:
𝟏𝟑𝟓𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟏𝟖𝟕, 𝟓𝟎
𝝈𝒎𝒂𝒙 =
𝟕, 𝟎𝟎 − 𝟐 ∙ 𝟎, 𝟖𝟐

𝝈𝒎𝒂𝒙 =254,32 kPa

Com os valores obtidos a partir da equações anteriores e aplicando-se um fator


de segurança de 3 é possível calcular a máxima tensão admissível que o solo
de fundação é capaz de suportar:

𝜎𝑅𝑒 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝜎𝑟 ) 𝜎𝑅𝑒 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝜎𝑟 ) 775,02


FS =  3,0  FS = = = 3,05 ≥ 3,00 (OK)
𝜎𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 (𝜎𝐴 ) 𝜎𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 (𝜎𝐴 ) 254,32

Com base na tensão admissível do solo e na tensão máxima exercida pelo muro,
é possível afirmar que o solo será capaz de resistir às tensões exercidas pela
contenção.

6.4 ENCONTRO E4
Neste item, são apresentadas as verificações de estabilidades locais das
contenções em solo reforçado com fitas metálicas, com uma altura de 10,00 m,
sendo 1,60 m referentes ao embutimento da contenção no solo. Foram avaliados
fatores de segurança correspondentes aos efeitos de tombamento e
deslizamento, além do cálculo das tensões admissíveis da fundação. A
geometria e o resumo dos dados é apresentado na Figura 18.
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q=25kPa

H=10,00m
Solo reforçado:
 = 18 kN/m3
ka = 0,406
 = 0o

L=8,00m

Figura 18 – Geometria e parâmetros adotados no dimensionamento da


contenção

6.4.1 Parâmetros Geotécnicos


Para a estabilidade local foram estimados os parâmetros de resistência do aterro
compactado a montante da contenção e na base da mesma, conforme
apresentado nos Quadros 1 e 2.

6.4.2 Empuxos atuantes


O empuxo do solo foi estimado a partir do Método de Coulomb, devendo o valor
ser adotado para as verificações a seguir.

- Empuxo pelo Método de Coulomb


Para o método de Coulomb, as tensões estão apresentadas na expressão
Equação abaixo.
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𝟐
𝟏
. 𝒔𝒊𝒏( 𝜷 − 𝝋)
𝒔𝒊𝒏 𝜷
𝑲a = 𝒄𝒐𝒔 𝒊 .
𝒔𝒊𝒏( 𝝋 + 𝜹). 𝒔𝒊𝒏( 𝝋 − 𝒊)
√𝒔𝒊𝒏( 𝜷 + 𝜹) + √ 𝒔𝒊𝒏( 𝜷 − 𝒊)
[ ]

Sendo:
i= inclinação do talude (°);

β = inclinação da contenção (°);

δ = atrito solo-muro (°);

ka = coeficiente de empuxo ativo;

Sendo assim, o empuxo total pode ser calculado pela equação:

1
𝐸𝑎 = ∙ 𝑘 ∙ 𝛾 ∙ 𝐻2
2 𝑎

Sendo:

H = altura de atuação do empuxo de solo.

Considerando-se a geometria sugerida neste projeto, o pé do talude projetado


inicia-se a 1,60 m abaixo da cota do terreno. Sendo assim, a altura de atuação
do empuxo de solo (H) será de 10,00 m. Assim, o empuxo foi calculado pelas
Eq. 1 e Eq. 2 apresentados anteriormente, como apresentados a seguir:

- Empuxo ativo calculado

1
𝐸𝑎 = ∙ 0,406 ∙ 18 ∙ 10,002 = 365,27 𝑘𝑁
2
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- Empuxo referente à sobrecarga

Para esta obra, foi considerada uma sobrecarga de q = 25 kPa a montante do


muro de flexão. O empuxo resultante devido a esta sobrecarga é:

𝐸𝑠𝑐 = 𝑞 ∙ 𝑘𝑎 ∙ 𝐻

Sendo assim, tem-se:


𝐸𝑠𝑐 = 25 ∙ 0,406 ∙ 10,00 = 101,46 𝑘𝑁

Empuxo Total aplicado à contenção e ponto de aplicação

𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 365,27 + 101,45 = 466,74 𝑘𝑁

365,27 ∙ 3,33 + 101,45 ∙ 5,00


𝑦𝑎 = = 3,70 𝑚
466,74

Figura 19 - Diagramas de empuxo aplicados à contenção


q=25kPa

H=8,40m
+ =

E=466,74 kN/m

h=1,60m ya=3,70m

L=8,00m Ka..H Ka.q 83,23 kPa


=0,406.18.10,00 = 0,406.25
=73,08 kPa =10,15 kPa

6.4.3 Verificações
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Nas
q=25 kN/m²

Q=200,00 kN

H=10,00 m

L /2 W=1600,00 kN E=466,74 kN/m

ya=3,70m

L=8,00 m

verificações, foi considerada a contenção em solo reforçado com fitas metálicas


como elemento rígido, não entrando no mérito de dimensionamento dos
elementos de reforço.

6.4.4 Verificação quanto ao tombamento


Para o tombamento, a verificação é feita em relação aos momentos atuante e
resistente no pé da contenção (ponto O), sendo o fator de segurança calculado
pela expressão a seguir, que mostra o valor mínimo aceitável pela NBR
11682/2009. A Figura 20 apresenta os carregamentos e os pontos de aplicação
das cargas, que determinarão os momentos resistentes e solicitantes da
contenção. Importante ressaltar que não foi levado em consideração o empuxo
passivo gerado pelo solo da parte frontal da contenção. Tal consideração foi
tomada a favor da segurança.
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Figura 20 – Distribuição dos carregamentos e pontos de aplicação

∑ 𝑀𝑟𝑒𝑠𝑖𝑡
𝐹𝑆𝑡𝑜𝑚𝑏 = ≥ 2,0
∑ 𝑀𝑎𝑡
(𝑊 + 𝑄) ∙ 𝐿⁄2
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 2,0
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∙ 𝑦𝑎
Sendo:
L = Comprimento do reforço ou largura da base da massa de solo reforçada;
yEa = Braço de alavanca do empuxo ativo em relação ao pé da estrutura;
W = Peso da massa solo reforçado com fitas metálicas;
E = Empuxo ativo.

O fator de segurança para tombamento portanto será de:


(1600,00 + 200,00) ∙ 4,00
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 2,0
466,74 ∙ 3,70

𝟕𝟐𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝑭𝑺𝒅𝒆𝒔𝒍 = = 𝟒, 𝟏𝟕 ≥ 𝟐, 𝟎 ∴ 𝑶𝑲
𝟏𝟕𝟐𝟒, 𝟗𝟎

6.4.5 Verificação quanto ao deslizamento


Para a verificação da contenção quanto ao deslizamento da base, deve-se
avaliar a relação das forças atuantes na direção horizontal no contato da base
do muro de solo reforçado com fitas metálicas. A Figura 21 apresenta os
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carregametos adotados para verificação da contenção em relação ao


deslizamento. A expressão que a seguir apresenta o cálculo do fator de
segurança e o valor mínimo aceitável segundo a NBR 11682/2009:

q=25 kN/m²

Q=200,00 kN

H=10,00 m

W=1600,00 kN
E=466,74 kN/m

O
FR

L=8,00 m

Figura 21 – Distribuição dos esforços da contenção

∑ 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑖𝑡
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
∑ 𝐹𝑎𝑡

(𝑊 + 𝑄) ∙ 𝑡𝑔𝜑
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Sendo:
ϒ = Peso específico do solo;
H = Altura do maciço reforçado;
𝜑 = ângulo de atrito interno do solo na base do maciço reforçado;
E = Empuxo ativo.

O fator de segurança para o deslizamento, portanto será de:


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(1600,00 + 200,00) ∙ 𝑡𝑔25


𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = ≥ 1,5
466,74
839,35
𝐹𝑆𝑑𝑒𝑠𝑙 = = 1,80 ≥ 1,5 ∴ 𝑂𝐾
466,74

6.4.6 Verificação quanto à excentricidade das cargas do muro

A verificação é feita de acordo com a excentricidade dos carregamentos na base


do solo reforçado com fitas metálicas que devem estar dentro do núcleo central
de inércia. Para tanto, deve-se obedecer a seguinte relação apresentada nas
expressões a seguir:
∑𝑀 𝐿𝑟
𝑒= ≤
∑ 𝐹𝑉 6
Sendo:
e = excentricidade do muro.

O que resulta em:


𝟒𝟔𝟔, 𝟕𝟒 ∙ 𝟑, 𝟕𝟎
𝒆= = 𝟎, 𝟗𝟔 = 𝒆 ≤ 𝟏, 𝟑𝟑
𝟏𝟔𝟎𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟐𝟎𝟎, 𝟎𝟎

6.4.7 Tensões admissíveis na base


Para este encontro em solo reforçado com fitas metálicas, a base deverá possuir
uma tensão admissível que suporta a tensão máxima aplicada pela base do
muro, sendo estimada pela expressão (Terzaghi e Peck, 1967) a seguir:
𝒒𝒎𝒂𝒙 = 𝒄′ ∙ 𝑵𝒄 + 𝒒𝒔 ∙ 𝑵𝒒 + 𝟎, 𝟓 ∙ 𝜸𝒇 ∙ 𝑩′ ∙ 𝑵𝜸

Sendo então:
𝒒𝒎𝒂𝒙 = 𝟎 ∙ 𝟐𝟎, 𝟕𝟐 + 𝟐𝟖, 𝟖𝟎 ∙ 𝟏𝟎, 𝟔𝟔 + 𝟎, 𝟓 ∙ 𝟏𝟖 ∙ (𝟖, 𝟎𝟎 − 𝟐 ∙ 𝟎, 𝟗𝟔) ∙ 𝟏𝟎, 𝟖𝟖 = 𝟗𝟎𝟐, 𝟕𝟎 𝒌𝑵
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Adotou-se então que, para tensões admissíveis na base do solo reforçado com
fitas metálicas os valores obtidos a partir da equação a seguir:

𝑾+𝑸
𝝈=
𝑳𝒓 − 𝟐 ∙ 𝒆
Sendo então a tensão máxima:
𝟏𝟔𝟎𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟐𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝝈𝒎𝒂𝒙 =
𝟖, 𝟎𝟎 − 𝟐 ∙ 𝟎, 𝟗𝟔

𝝈𝒎𝒂𝒙 =295,89 kPa

Com os valores obtidos a partir da equações anteriores e aplicando-se um fator


de segurança de 3 é possível calcular a máxima tensão admissível que o solo
de fundação é capaz de suportar:

𝜎𝑅𝑒 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝜎𝑟 ) 𝜎𝑅𝑒 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝜎𝑟 ) 902,70


FS =  3,0  FS = = = 3,05 ≥ 3,00 (OK)
𝜎𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 (𝜎𝐴 ) 𝜎𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 (𝜎𝐴 ) 295,89

Com base na tensão admissível do solo e na tensão máxima exercida pelo muro,
é possível afirmar que o solo será capaz de resistir às tensões exercidas pela
contenção.

7. CONSIDERAÇÕES EXECUTIVAS

Esta obra deverá ser acompanhada por um engenheiro geotécnico, o qual


deverá aferir no local as reais características do terreno.
Na presença de solo mole na cota de embasamento das contenções o mesmo
deverá ser substituído por rachão agulhado.
Na execução da obra, deverão ser atendidas as normas NBR-6122 e NBR-11682
da ABNT.
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Também deverão ser atendidas as recomendações da NBR-19286 e da


instrução de projeto IP-DE-C00/005, atendendo sempre os critérios mais
rigorosos.
Na compactação do aterro junto à estrutura deve-se respeitar uma distância
mínima de 2 m do paramento interno, sendo recomendado o uso de sistema de
compactação manual ou semimecanizado (tipo sapo ou mesa vibratória) com a
finalidade de evitar risco de danos à estrutura.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122: Projeto e


execução de fundações. Rio de Janeiro. 2010. 91p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 19286: Muros em
solos mecanicamente estabilizados - Especificações. Rio de Janeiro. 2019.
22p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11682:
Estabilidade de encostas. Rio de Janeiro. 2009. 33p.
CINTRA, J.C.A.;AOKI, N.; ALBIERO, J.H. Fundações Diretas: Projeto
Geotécnico. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 140p.
GERSCOVICH, D.; DANZIGER, B.R,; SARAMAGO, R. Contenções: Teoria e
aplicações em obras. 2ª ed. São Paulo: Oficina de Textos. 2019. 319p.
HACHICH, Waldemar et al. (Org.). Fundações – Teoria e Prática. 2ª ed. São
Paulo: PINI. 1998. 751p.
VILAR, O.M.; BUENO, B.S. Mecânica dos solos. Volumes I e II. Editora EESC-
USP. São Paulo. 2004. 150p.
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ANEXO A – PLANTA DE LOCAÇÃO DE SONDAGENS


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ANEXO B – BOLETINS DE SONDAGENS


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MEMORIAL DE CÁLCULO Nº PROGEN REV.
LINHA RIO DE JANEIRO / SÃO PAULO KM 299 + 495 P01504-1225-MC-2300-2002
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