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N° CEMIG: 11.

151-RT-G10-4003-3

N° SPEC: ST-792-B-RE-G00-401-3

4. LEVANTAMENTOS COMPLEMENTARES E ESTUDOS BÁSICOS

Cap. 4 - 1

Engº Magdi A. R. Shaat


CREA/MG nº 9862/D
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SUMÁRIO

4. LEVANTAMENTOS COMPLEMENTARES E ESTUDOS BÁSICOS ....................... 3


4.1. Levantamentos Topográficos e Topobatimétricos ................................................ 3
4.2. Levantamentos e Estudos Geológicos e Geotécnicos .......................................... 4
4.2.1. Aspectos Geomorfológicos e Geológicos Regionais ......................................... 4
4.2.2. Levantamentos Executados .............................................................................. 7
4.2.3. Estudos Geológico-Geotécnicos Locais............................................................ 8
4.3. Levantamentos e Estudos Hidrometeorológicos e Sedimentológicos ................. 12
4.3.1. Geral ............................................................................................................... 12
4.3.2. Caracterização da Bacia Hidrográfica ............................................................. 12
4.3.3. Dados Disponíveis .......................................................................................... 17
4.3.4. Análise da Consistência dos Dados ................................................................ 17
4.3.5. Série de Vazões Médias Mensais no Local do Aproveitamento ...................... 30
4.3.6. Análise de Cheias ........................................................................................... 36
4.3.7. Estudos de Vazões Mínimas ........................................................................... 42
4.3.8. Estudos Sedimentológicos e de Vida Útil do Reservatório .............................. 44
4.4. Estudos Hidráulicos ............................................................................................ 47
4.4.1. Curva Cota x Área x Volume........................................................................... 47
4.4.2. Curva-Chave no Canal de Fuga ..................................................................... 48
4.4.3. Avaliação da Capacidade de Descarga do Vertedouro ................................... 53
4.4.4. Memorial de Cálculo da Perda de Carga ........................................................ 55
4.4.5. Verificação da Necessidade de Chaminé de Equilíbrio ................................... 58
4.4.6. Análise dos Transientes Hidráulicos ............................................................... 59
4.5. Estudos Ambientais ............................................................................................ 63
4.6. Estudos Energéticos........................................................................................... 64
4.6.1. Introdução....................................................................................................... 64
4.6.2. Dados Básicos e Critérios Adotados ............................................................... 64
4.6.3. Determinação da Potência Instalada .............................................................. 65
4.6.4. Desempenho Energético da Alternativa de Potência Selecionada .................. 69
4.6.5. Análise Energético-Econômica da Alternativa de Potência Selecionada......... 70
4.7. Interligação da Usina ao Sistema de Transmissão ............................................. 74
4.8. Custos ................................................................................................................ 75

Cap. 4 - 2

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4. LEVANTAMENTOS COMPLEMENTARES E ESTUDOS BÁSICOS

4.1. Levantamentos Topográficos e Topobatimétricos

Para a execução dos serviços topográficos no sítio da PCH Sumidouro, foi contratada a
empresa Hidrogest Engenharia e Consultoria Ltda. para a realização das seguintes
atividades:

- implantação de marcos geodésicos;


- levantamento cadastral das principais estruturas;
- levantamento de seções topobatimétricas;
- restituição aerofotogramétrica da área da usina.

Os relatórios com o detalhamento das atividades encontram-se no Anexo I. Os desenhos do


levantamento cadastral, da restituição aerofotogramétrica e das seções topobatimétricas
encontram-se no Volume II – Desenhos.

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4.2. Levantamentos e Estudos Geológicos e Geotécnicos

Este item tem por finalidade apresentar os estudos geológico-geotécnicos realizados para a
ampliação da PCH Sumidouro implantada no ribeirão Sacramento, no município de Bom
Jesus do Galho, estado de Minas Gerais. As coordenadas geográficas do local do
barramento são: N 7.808.650,00 m e N 782.650,00 m.

4.2.1. Aspectos Geomorfológicos e Geológicos Regionais

4.2.1.1. Aspectos Geomorfológicos

Figura 1
Vista da encosta acima da casa de força existente

São distinguíveis três feições morfológicas na Folha Caratinga: Unidade Geomorfológica


Maciço Caparaó, Unidade dissecada do Rio Doce e Superfície Terciária com
retrabalhamento no Ciclo Velhas, conforme descritas a seguir.

• Unidade Geomorfológica Maciço Caparaó

Esta Unidade esta compreendida entre as elevações 500,0m a 1000,0m e relevo variado
desenvolvido em litologias formadas por tonalitos, granodioritos, granitos e gnaisses.

As drenagens na área esculpem profundamente o relevo. O rio Caratinga de direção N-S é


o principal coletor da região. Esta bacia ocupa a maior porção da folha, sendo drenados por
esta rede hidrográfica o rio do Boi e o ribeirão Sacramento, e todos drenam para o Rio Doce
a oeste.

A porção Leste é dominada pelos tipos graníticos com orientação N-S. Assim, a paisagem
ostenta feições superficiais alongadas, em cuja drenagem orienta principalmente a
nordeste.

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Devido à variação de altitudes, o relevo montanhoso, com declive acentuado se estende até
atingir a região de Bom Jesus do Galho onde domina a unidade dissecada do Rio Doce.

Os sistemas distinguem-se por padrão de drenagem densa e dendríto-retangular, elaborado


em cristas e cumeadas. Para oeste, a dissecação aumenta e o relevo é elaborado em
formas mais suaves, onde os cursos d’água são bem encaixados com drenagens
meandriformes.

• Unidade dissecada do Rio Doce

O relevo desta região ainda sofre retrabalhamento pelo ciclo atual da bacia do Rio Doce.
São áreas fortemente rebaixadas com altitudes entre 250,0 m e 350,0 m e picos de 450,0
m.

As feições que orlam iniciaram-se no Ciclo Velhas e estão passando por intenso
retrabalhamento no ciclo atual. São marcados por incisões, em forma de saliências e
reentrâncias, provocadas pelos rios da região que estão condicionadas ao tipo rochoso
existente. O processo é mais rigoroso no âmbito das rochas xistosas e atenuado nas
porções mais graníticas.

• Superfície Terciária com retrabalhamento no Ciclo Velhas

Constitui-se de terrenos de cotas entre 650,0 m e 1100,0 m, cuja região foi amplamente
dominada pela superfície sul-americana e retrabalhada pelo ciclo atual.

A principal característica é a presença de drenagens de fundo chato, interflúvios abaulados,


aluviões expressivos e alongados. A zona meridiana, com desenvolvimento de extensos
perfis de solo é recoberto quase que totalmente por plantações de café.

4.2.1.2. Aspectos Geológicos Regionais

O sítio da PCH Sumidouro está inserido na Folha Caratinga (SE. 23-Z-D-VI), mapa
geológico elaborado durante os estudos do Projeto Leste de MG, realizado pela CPRM na
escala 1: 100.000 no ano de 2000.

Com base em critérios litológicos, estratigráficos, estruturais e petrográficos a região foi


dividida em dois domínios: Mantiqueira e Juiz de Fora.

No Domínio Mantiqueira aflora rochas ao longo do Rio Doce e foram adotadas com a
denominação de Complexo Mantiqueira. Essas rochas são constituídas por Ortognaisses,
granito-tonalíticos com intercalações de anfibolitos, além de pequenos corpos de rochas
graníticas e estão posicionadas na porção oeste da folha em faixas contínuas.

As rochas do Domínio Juiz de Fora foram definidas inicialmente por Ebert (1955) e foi
dividido em três unidades, conforme identificadas no mapa geológico regional. São rochas
de alto grau metamórfico, representadas por granulitos de composição e fácies variáveis e
também gnaisses. Com avanço da deformação, estruturas miloníticas a protomiloníticas
foram geradas ocupando a foliação principal.

O contato das rochas do Domínio Juiz de Fora com as rochas do Complexo Mantiqueira é
tectônico e com outros corpos, o contato é aproximado.

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Uma extensa faixa de direção NE-SW representado por granitos tonalíticos ocupa a parte
central da Folha Caratinga e são denominados pelos Tonalitos Bom Jesus do Galho. Estas
rochas são representadas por granitóides é o produto de anatexia de rochas do Complexo
Juiz de Fora e Paraíba do Sul. As melhores exposições ocorrem nas imediações da cidade
de Bom Jesus do Galho e também estão representadas na região de interesse da PCH
Sumidouro.

Os Tonalitos Bom Jesus do Galho faz contato com as rochas do Complexo Mantiqueira por
falha de empurrão em toda a sua extensão e com outros corpos, o contato é aproximado.

Em meio ao Tonalitos Bom Jesus do Galho ocorrem lentes ou faixas restritas de


metassedimentos, possivelmente correlacionáveis ao Grupo Rio Doce, podendo constituir
resíduos ou partes não fundidas das rochas que deram origem aos tonalitos. Esses
metassedimentos são gnaisses miloníticos de cor cinza e granulação média.

Em alguns locais os tonalitos exibem xenólitos de forma lenticular, arredondados e


irregulares. Os xenólitos têm cor cinza-escura e tons esverdeados, granulação média e
textura fina a muito fina.

4.2.1.3. Formações Superficiais

• Terraços Aluviais

Nesta região os depósitos aluviais ocupam grande extensão e ocorrem na porção oeste da
folha. Os domínios mais expressivos encontram-se no Rio Doce, Ribeirões dos Óculos, do
Boi e Sacramento além dos córregos São Bento, Indaiá, São Vicente, Cachoeirinha e do
Mantimento.

São coberturas compostas por sedimentos argilosos, areno-argilosos e, predominantemente


arenosos de granulação variada. As argilas têm coloração cinza-escura, bege e
esbranquiçada, com areia fina inconsolidada.

Em menor proporção são encontrados níveis de matacões, cascalhos e areia grossa.

• Aluviões

Foram individualizados alguns depósitos aluvionares, sendo os mais expressivos os que se


encontram localizados em alguns rios e ribeirões como o do Óculo, Boi, Sacramento e
córregos do Pião, do Firmino, Boa Vista, Piedade, Santa Cruz, Santa Luzia, São Vicente e
São Bento. Esses depósitos são sucessões de cascalhos grossos, areia fina a grossa e
níveis argilosos.

4.2.1.4. Aspectos Estruturais

A Folha Caratinga esta inserida na faixa-móvel Araçuaí que bordeja o Cráton São
Francisco. As proeminentes estruturas são vistas em foto aérea, e representam lineamentos
de direção NW, NE, NS e EW.

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A evolução estrutural da região passa por três fases de deformação, sendo a mais antiga
D1 representada por bandamentos metamórficos; a segunda fase D2 caracteriza uma
foliação de transposição de médio e baixo ângulo, de distribuição regional, associada a
dobras isoclinais, intrafoliais, rompidas ou não e zonas de cisalhamento de médio a baixo
ângulo (empurrão); a fase D3 é caracterizada por dobramentos suaves e muito aberta.

A fase D1 é marcada no Domínio do Complexo Mantiqueira pela presença de migmatitos e


por estruturas lenticularizadas, ou seja, bandamentos plano paralelos, truncamento de
estruturas, dobras intrafoliais e dobramentos fechados de flancos rompidos paralelamente à
foliação. Milonitos estão presentes principalmente nas zonas de cisalhamento dúctil e nas
frentes de empurrão.

As foliações do domínio Mantiqueira têm atitude média de N4°E/28ºSE e do domínio Juiz de


Fora atitude média de N7°W/49°NE.

Devido à fase D2, as foliações dos domínios Mantiqueira e Juiz de Fora são
aproximadamente paralelas.

As clivagens de fratura são observadas nas litologias de granulação mais grossa,


apresentando atitudes variáveis (N20º-67ºW/69º-87ºSW; N50º-70ºE/46º-78ºSE; N40º-
85ºE/64º-86ºNW E N5ºW/82ºNE), ocorrendo em ambos os domínios.

As falhas na Folha Caratinga são caracterizadas por apresentar movimentação reversa a


direcional. Esta caracterização fica por conta das foliações de médio a alto ângulo,
contendo lineações obliquas a direcionais. Observa-se que as lineações minerais paralelas
à direção da foliação são mais comuns do que as foliações de mergulho superior a 50°, que
indicam feições de movimentos transgressivos

Duas falhas principais marcam a área. A primeira de direção NS, na parte oeste da folha,
marcando o contato das rochas do Complexo Mantiqueira com os Tonalitos Bom Jesus do
Galho com domínio Juiz de Fora.

A outra falha de direção NW, situa-se na porção nordeste, fora da circunscrição do mapa.
Estas falhas foram geradas na fase D2, quando houve embricamento da rocha. Esta
estruturação é visível nas zonas de falha com intenso cisalhamento com milonitização das
rochas e dobras intrafoliais com flancos paralelos à foliação.

4.2.2. Levantamentos Executados

Os serviços de campo para a avaliação geológico-geotécnica do subsolo na área do sítio da


PCH Sumidouro desenvolvidos para os estudos do Projeto Básico compreenderam além
das inspeções de campo a execução de uma campanha de investigação em 2009/2010.

Foram executadas cinco sondagens mistas, sendo as sondagens SM-01, SM-02 e a SM-03
posicionadas na área prevista para a implantação da nova casa de força; a sondagem SM-
04 executada no local previsto da inflexão do conduto forçado e por ultimo, a SM-05
executada junto à estrutura da tomada d’água.

A locação das sondagens está indicada no desenho DB-G26-403 do Projeto Básico. O


Quadro 1 a seguir, apresenta um resumo destas investigações.

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Quadro 1
Resumo das investigações de campo realizadas

Coordenadas UTM (m) Profundidade ou


Furos Cota da “Boca
Metragem Perfurada
Executados Norte Este do Furo” (m)
(m)
SM-01 7.808.654,25 782.633,27 333,30 20,12
SM-02 7.708.649,73 782.657,91 345,36 26,14
SM-03 7.808.638,90 782.645,50 340,60 21,70
SM-04 7.808.609,89 782.639,22 346,50 24,67
SM-05 7.808.334,13 782.704,52 413,41 4,85

4.2.3. Estudos Geológico-Geotécnicos Locais

Esta seção tem por finalidade apresentar os principais dados geológico-geotécnicos obtidos
das investigações geológicas e inspeções de campo executadas para a PCH Sumidouro.

4.2.3.1. Morfologia Local

A PCH Sumidouro está localizada no ribeirão Sacramento, no município de Bom Jesus do


Galho, Estado de Minas Gerais. As condenadas UTM (m) aproximadas do local são
7.808.650,00 m N e 782.650,00 m E.

No local da PCH Sumidouro o rio Sacramento faz uma forte inflexão, fluindo na direção E-W
no trecho do barramento existente e logo a jusante seu fluxo é direcionado na direção NNE-
SSW.

Esta inflexão natural do curso do rio, associado com o espigão topográfico existente na
margem direita, permitiu a implantação do circuito de geração da PCH Sumidouro através
de um túnel de baixa pressão associado a um conduto forçado.

O espigão topográfico, no local, atinge elevações máximas em torno de 480,0 m e encontra-


se revestido por mata/capoeira rala e já bastante degradado pela ação antrópica.

A estrada municipal que interliga Bom Jesus do Galho ao distrito de Quartel do Sacramento
intercepta a região da ombreira direita e conseqüentemente o circuito de geração, junto à
chaminé de equilíbrio.

No trecho entre o barramento e a casa de força, o ribeirão Sacramento apresenta fluxo em


regime turbulento, fluindo sobre afloramentos e blocos rochosos. A queda natural entre o
barramento e casa de força é da ordem de 83,0 m.

4.2.3.2. Aspectos Geológico-Geotécnicos Locais

• Maciço Rochoso

O maciço rochoso presente no sítio da PCH Sumidouro corresponde aos granitóides e


granitos tonalíticos Bom Jesus do Galho.

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A rocha no local é constituída por gnaisses de colorações variando do cinza clara a cinza
amarelada e mais raramente, esbranquiçada. É de granulação média a grosseira,
constituída essencialmente de minerais de quartzo, K-feldspato, biotita e granada.

A foliação gnáissica é dada pela orientação de minerais de biotita e por vezes pela
orientação de granada e mostra inclinação variando de 30° a 50° para NE e para jusante e
direção em torno de N60°W, esconsa com o fluxo do rio na região da casa de força.

A área selecionada para a implantação da nova casa de força situa-se um pouco a jusante
da casa de força existente. Nesse local foram empreendidas as sondagens SM-01, 02 e a
sondagem SM-03. A sondagem SM-04 está posicionada na região do bloco de ancoragem
do novo trecho do conduto a ser implantado.

As sondagens identificaram o maciço rochoso são em torno da elevação 319,0m, sendo


9,0m abaixo do piso projetado para a nova casa de força.

Sobrepondo o maciço de rocha sã ocorre um horizonte de rocha muito alterada a saprolito


muito resistente, com SPT maior que 50 golpes, conforme mostrado na seção geológico-
geotécnica A-A do desenho DB-G26-404.

Neste horizonte serão apoiadas, após uma sobre escavação de 4,0m a 5,0m, as estruturas
da nova casa de força e o bloco de ancoragem do bifurcador do conduto, conforme
mostrado desenho DB-G11-402 – Arranjo Geral- Seção Longitudinal.

A sobre escavação de 4,0 a 5,0 m, prevista no Projeto Básico, visa à retirada de saprolito
menos resistente da fundação e a sua substituição por pedra argamassada, como reforço
para o apoio da laje de fundo da casa de força.

O bloco de ancoragem da inflexão do conduto será apoiado em solos saproliticos com


índice de resistência ao ensaio SPT maior que 30 golpes. Para atingir estes materiais serão
necessárias escavações adicionais, removendo-se solos coluvionares/talus, conforme
mostrados nos desenhos DB-G26-404 e DB-G11-402 do Projeto Básico.

• Solo Residual / Saprolito

Proveniente de rochas gnáissicas e de granitóides os solos residuais/ saprolitos ocorrem em


toda região em estudo, com espessura estimada, variando de poucos metros a 19,0m,
conforme furos executados na área prevista para a implantação da nova casa de força.

Granulometricamente estes materiais são constituídos por areia media a grossa, siltosa,
micáceas, quartzo feldspática, com coloração variando entre a castanha clara a amarelada.
Normalmente observam-se bolsões de materiais caulinizados, apresentando eventualmente
fragmentos de rocha alterada e veios de quartzo decompostos.

Sua compacidade aumenta gradualmente com a profundidade, o que se traduz em índices


de penetração SPT crescentes, geralmente entre 14 e maior que 50 golpes/30 cm.

• Solos Coluvionares/talus

Ocorrem em toda a extensão, sobretudo no pé da encosta junto e logo acima da casa de


força existente

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O horizonte coluvionar/talus apresenta espessura de até 5,0m, conforme identificado na


sondagem SM-01, executada nas proximidades da casa de força existente.

Estes solos são constituídos por areia fina a média, quartzosa, siltosa, micácea, de
coloração marrom clara a alaranjada, com presença de raízes e de fragmentos e blocos de
rocha.

• Solos Aluvionares

Os solos aluvionares recentes estão presentes nas margens e calha do ribeirão


Sacramento. São representados por areia de granulação variada e pedregulhos, e
principalmente blocos de rocha.

4.2.3.3. Condicionantes Geológico-Geotécnicos

No desenho DB-G11-401 está indicada a planta do arranjo físico das novas estruturas para
a ampliação da PCH Sumidouro.

Será implantado um novo trecho do conduto forçado e uma nova casa de força. Essa nova
estrutura será posicionada um pouco a jusante da existente.

Os principais condicionantes geológico-geotécnicos foram estimados com base em


informações extraídas de inspeções de campo e das sondagens SM-01 a SM-04
executadas no local.

O principal condicionante geológico para as obras de implantação das novas estruturas para
a ampliação da PCH Sumidouro refere-se à grande espessura de solos saprolíticos para o
apoio da nova casa de força.

No apoio da laje de fundo desta estrutura o projeto previu uma sobre escavação de 4,0 a
5,0 m, buscando um saprolito de resistência adequada, maior que 50 golpes, e
posteriormente preenchimento da cava com enrocamento argamassado para permitir o
apoio das estruturas da nova casa de força.

Os taludes em solos das escavações para o canal de fuga deverão ser protegidos com
transições e enrocamento. O piso desse canal deverá ser protegido com concreto armado
com tela metálica num trecho inicial e posteriormente, na saída com o rio, com enrocamento
compactado.

Para a implantação dos blocos de ancoragens do conduto também está previsto sobre
escavações de modo a ultrapassar os solos coluvionares e talus e apoiar essas estruturas
em solos saprolíticos com resistência adequada.

4.2.3.4. Materiais Naturais de Construção

• Pedreiras

Não esta prevista escavações em rocha para as obras de Ampliação da PCH Sumidouro,
exceto em possíveis blocos imersos nos solos coluvionares e talus do capeamento do
terreno natural. O volume de materiais graúdos para concreto serão pequenos e deverão
ser obtidos de pedreiras comerciais existentes na região.
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A pedreira São Pedro, localizada em Caratinga, junto a MG-329, dista aproximadamente 35


km do local da obras.

• Jazidas de Areia

O ribeirão Sacramento apresenta pequenos bancos de areia com volumes pequenos e com
qualidade não adequada para a aplicação nas obras. Areia natural deverá ser adquirida dos
areais existentes explorados comercialmente na região.

Jazidas de areia são exploradas no rio Matipó a jusante da cidade de Raul Soares, distantes
aproximadamente 45 km do local da PCH Sumidouro. Estes areais apresentam quantidade
e qualidade adequada como agregado miúdo para o emprego nos concretos.

4.2.3.5. Bota fora

No desenho DB-G26-406 do Projeto Básico está indicada a área a ser utilizada para o bota-
fora. A área indicada situa-se a 100,0 m a jusante do canal de fuga projetado, próximo ao
acesso existente.

Os materiais escavados, inadequados ao uso, deverão ser lançados na área de bota-fora


indicada no desenho DB-G26-406 ou em outras áreas previamente definidas pelo
Contratado e aprovadas pela Supervisão da Qualidade do Empreendedor.

Os aterros de bota-fora deverão atender as condições prescritas na legislação ambiental e


não poderão afetar a operação da usina. A forma e altura serão definidas em projeto e
aprovados pela Supervisão da Qualidade do Empreendedor. O Contratado deverá construir
aterros de bota-fora estáveis e que não venham a causar danos às áreas e obras
adjacentes, por deslizamento, erosão, etc.

As superfícies e os taludes dos aterros de bota-fora permanentes e não submersos deverão


ser protegidas contra o efeito erosivo das chuvas através de drenagem superficial e
proteção vegetal.

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4.3. Levantamentos e Estudos Hidrometeorológicos e Sedimentológicos

4.3.1. Geral

Os estudos hidrometeorológicos foram desenvolvidos com o objetivo de permitir uma


reavaliação do desempenho energético da PCH Sumidouro e uma análise mais
fundamentada das possibilidades de ampliação do aproveitamento. Dessa forma, o principal
objetivo dos estudos hidrológicos foi o estabelecimento de uma série atualizada de vazões
médias mensais.

A análise hidrológica desenvolvida nesta fase dos estudos da teve por objetivos:
• Coleta e análise de consistência dos dados hidrológicos;
• Atualização da série de vazões médias mensais no local do aproveitamento até o ano de
2008, necessária às análises hidroenergéticas;
• Estimativa das vazões de cheia para dimensionamento das obras e estruturas;
• Estudos sedimentológicos.

4.3.2. Caracterização da Bacia Hidrográfica

4.3.2.1. Caracterização Fisiográfica

A bacia hidrográfica do ribeirão Sacramento situa-se na bacia Atlântico Leste (sub-bacia de


número 50, de acordo com a classificação da ANA) entre os paralelos 19° e 20° de latitude
e os meridianos 42° e 43° de longitude. Apresenta na sua confluência com o rio Doce,
próxima ao município de Pingo D’água, uma área de drenagem de aproximadamente 980
km².

Outra maneira de se caracterizar as bacias hidrográficas é através dos índices


fluviomorfológicos. Esses índices são relações numéricas obtidas a partir de dimensões
características da bacia hidrográfica, com a finalidade de permitir comparações com outras
bacias. São particularmente úteis quando a bacia em estudo não dispõe de observações
hidrológicas, pois permitem avaliar a qualidade dos resultados obtidos nas avaliações
hidrológicas feitas por métodos indiretos (correlações, modelos chuva-deflúvio e outros).
Admite-se que bacias que possuem índices fluviomorfológicos semelhantes apresentam
comportamento hidrológico similar, principalmente diante de precipitações intensas. Os
índices fluviomorfológicos mais frequentemente usados são descritos a seguir:

• Fator de forma ou índice de conformação

Este índice adimensional é dado pela relação entre a área da bacia e o quadrado de seu
comprimento axial, medido ao longo do curso de água desde a seção de referência até a
cabeceira mais distante, no divisor de águas. O índice de conformação relaciona a forma da
bacia com um retângulo. Numa bacia estreita e longa, a possibilidade de ocorrência de
chuvas intensas cobrindo, ao mesmo tempo, toda a sua extensão, é menor que em bacias
largas e curtas, de modo que, para bacias de mesma área, aquela que possuir menor fator
de forma será menos sujeita a enchente. Dessa forma:

A
KF =
L2

Cap. 4 - 12

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Onde:
A – área de drenagem da bacia (km²);
L – comprimento do rio principal (km).

• Índice de compacidade

O índice de compacidade consiste na relação entre o perímetro da bacia e a circunferência


do círculo de área igual à da bacia. Trata-se de uma medida do grau de irregularidade da
bacia: para uma bacia circular, o índice de compacidade é igual a 1; para uma bacia
qualquer, tem-se a equação abaixo. Quanto maior Kc menos propensa à enchente é a
bacia.

0,28 ⋅ P
Kc =
A

Onde:
P – perímetro da bacia (km);
A – área de drenagem da bacia (km²).

• Densidade de drenagem

A densidade de drenagem é a relação entre o comprimento total dos cursos de água de


uma bacia e sua área total. Esse índice fornece uma indicação da eficiência da drenagem,
ou seja, da maior ou menor velocidade com que a água deixa a bacia hidrográfica. Esse
índice não considera a capacidade de vazão dos cursos de água que, no caso de ser
insuficiente, pode vir a provocar um efeito de represamento, reduzindo a eficiência de
drenagem.

LT
DD =
A

Onde:
LT – comprimento total dos cursos de água da bacia (km);
A – área de drenagem da bacia (km²).

• Declividade

A velocidade de escoamento de um rio depende da declividade dos canais fluviais. Quanto


maior a declividade, maior será a velocidade de escoamento e mais pronunciados e
estreitos serão os hidrogramas de enchentes. A declividade média é obtida dividindo-se o
desnível entre a nascente e a foz pela extensão total do curso de água principal.

H
S=
L

Onde:
L – comprimento do curso de água principal (m);
H – diferença de cotas entre o ponto mais distante e o ponto considerado (m).

Cap. 4 - 13

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• Tempo de concentração

O tempo de concentração avalia o tempo necessário para que toda a bacia contribua para o
escoamento superficial numa seção considerada, ou seja, é o tempo em que uma gota que
se precipita no ponto mais distante do exutório de uma bacia, leva para atingir essa seção.
Existem diversas expressões empíricas para o cálculo do tempo de concentração, em geral
desenvolvidas para pequenas áreas de drenagem, mas empregadas de forma
indiscriminada como índices fluviomorfológicos. No presente trabalho, optou-se pela
expressão do Soil Conservation Service, apresentada a seguir:

0 , 385
 L3 
tc = 0,95. 
H

Onde:
L – comprimento do curso de água principal (km);
H – diferença de cotas entre o ponto mais distante e o ponto considerado (m).

O Quadro 2 apresenta os resultados obtidos.

Quadro 2
Características fisiográficas da bacia (até o local da PCH)

Área de drenagem (km²) 486


Perímetro da bacia (km) 132,00
Comprimento do rio (até a foz) (km) 65,00
Comprimento do rio (até o eixo) (km) 35,00
Comprimento total dos rios (km) 84,00
Desnível (m) 1120,00
Fator de forma 0,40
Índice de compacidade 1,68
Densidade de drenagem 0,17
Declividade (m/km) 32,00
Tempo de concentração (h) 3,87

4.3.2.2. Caracterização Pluviométrica

Para a caracterização da precipitação e do número de dias chuvosos na região da PCH


Sumidouro foram utilizados os registros do posto pluviométrico Bom Jesus do Galho
(1942002), operado pela ANA – Agência Nacional de Águas – no período compreendido
entre os anos de 1941 até 2008. Optou-se pela utilização deste posto devido a sua
localização próxima ao local do aproveitamento. Os dados estão apresentados no Quadro 3,
a seguir. Os gráficos das características pluviométricas relativos ao posto Bom Jesus do
Galho são apresentados nas Figuras 2 e 3.

Cap. 4 - 14

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Quadro 3
Características pluviométricas – Estação pluviométrica Bom Jesus do Galho

Mês Precipitação média (mm) Número de dias chuvosos


Janeiro 197,84 13
Fevereiro 113,79 8
Março 124,09 10
Abril 65,57 6
Maio 26,66 4
Junho 15,47 2
Julho 17,54 2
Agosto 17,37 2
Setembro 43,85 5
Outubro 96,48 8
Novembro 193,83 12
Dezembro 226,90 15
Anual 1139 87

Figura 2
Valores característicos de precipitação na estação pluviométrica Bom Jesus do Galho

250

200
Precipitação média (mm)

150

100

50

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

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Figura 3
Número de dias chuvosos na estação pluviométrica Bom Jesus do Galho

16

14

12
Dias chuvosos

10

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

4.3.2.3. Caracterização Climática

Para a caracterização climática na região da PCH Sumidouro foram utilizados os registros


da estação meteorológica de Caratinga (coordenadas 19°48’00”S e 42°09’00”W), dados
disponíveis no Banco de Dados Climáticos da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária e no Instituto Nacional de Meteorologia – Inmet. Os dados referentes ao
período de 1961 a 1990 são apresentados no Quadro 4 a seguir.

Quadro 4
Dados climáticos da estação meteorológica em Caratinga

Mês Temperatura (°C) Evapotranspiração (mm)


Janeiro 23,5 112
Fevereiro 23,9 107
Março 23,4 108
Abril 21,7 84
Maio 19,8 66
Junho 18,3 51
Julho 18,0 51
Agosto 19,1 60
Setembro 20,4 71
Outubro 22,0 92
Novembro 22,6 99
Dezembro 21,9 98
Anual 21,2 999

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4.3.3. Dados Disponíveis

Para a caracterização do regime hidrológico no ribeirão Sacramento no local da PCH


Sumidouro e tendo em vista a necessidade de atualizar a série de vazões médias mensais
da usina, foram levantados todos os postos fluviométricos existentes na região do
aproveitamento, no mesmo rio ou em bacias vizinhas.

O levantamento dos dados hidrológicos (vazões médias diárias e mensais, leituras de


régua, resumo de descarga) foi feito a partir de consultas ao banco de dados HidroWeb da
Agência Nacional de Águas – ANA. A relação dos postos fluviométricos localizados na bacia
do ribeirão Sacramento, que serviram de insumo para os estudos realizados no presente
estudo é apresentada no Quadro 5.

Quadro 5
Informações dos postos fluviométricos analisados

Código Estação Rio Latitude Longitude Período Área de drenagem (km²)


56460000 Matipó Rio Matipó 20° 16' 38" S 42° 19' 32" O Out/1965 a Dez/2008 615
56500000 Abre Campo Rio Santana 20° 17' 56" S 42° 28' 41" O Jan/1940 a Out/2008 272
56520000 Vermelho Velho Ribeirão Vernelho 19° 59' 56" S 42° 20' 55" O Jan/1944 a Nov/2008 162
56565000 Bom Jesus do Galho Ribeirão Sacramento 19° 49' 00" S 42° 19' 00" O Jan/1942 a Dez/1982 301
56570000 Pingo D´Água Ribeirão Sacramento 20° 26' 00" S 44° 36' 00" O Jan/1975 a Nov/2008 814

4.3.4. Análise da Consistência dos Dados

A análise de consistência dos dados dos postos fluviométricos estudados compreendeu as


seguintes atividades:
• Verificação da qualidade das curvas-chave empregadas na definição das séries de
vazões dos postos fluviométricos, através da elaboração de gráficos, e definição das
séries de vazões médias mensais em cada local;
• Preenchimento de falhas de observação nas séries de vazões mensais, através de
correlações estabelecidas entre as diversas séries disponíveis;
• Análise da variação dos deflúvios médios em função das áreas de drenagem, para
subsidiar a definição, em bases regionais, das relações de transferência de vazões para
os locais inventariados.

Os dados dos postos fluviométricos obtidos na HidroWeb estavam consistidos, dessa forma,
as curvas-chave foram analisadas com o objetivo de avaliar sua confiabilidade, sob o ponto
de vista da homogeneidade das medições realizadas ao longo do período de operação de
cada posto. Para isso, foram construídos gráficos com as medições disponíveis, nos quais
foi possível investigar mudanças bruscas ou a existência de maior ou menor dispersão do
conjunto.

Considerando a área de drenagem da usina e dos postos fluviométricos, foram escolhidos


os postos Bom Jesus do Galho, Pingo D’Água e Matipó, para a elaboração da série de
vazões médias da PCH Sumidouro. As Figuras 4, 5 e 6 apresentam os gráficos de resumo
de descarga líquida dos postos.

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Figura 4
Resumo de descarga do posto fluviométrico Matipó

4,5
4,0
3,5
3,0
Cota (m)

2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70
Vazão (m³/s)

Figura 5
Resumo de descarga do posto fluviométrico Bom Jesus do Galho

3,0

2,5

2,0
Cota (m)

1,5

1,0

0,5

0,0
0 5 10 15 20 25
Vazão (m³/s)

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Figura 6
Resumo de descarga do posto fluviométrico Pingo D’Água

2,5

2,0

1,5
Cota (m)

1,0

0,5

0,0
0 10 20 30 40 50 60
Vazão (m³/s)

Foram obtidas diretamente junto à ANA as equações consistidas das curvas-chave dos
postos fluviométricos Bom Jesus do Galho e Pingo D’Água, conforme apresentado nos
Quadros 6 e 7 a seguir:

Quadro 6
Equações das curvas-chave do posto Pingo D’Água

De 01/10/1974 a 12/10/1976 Q = 6,2739.H 2 + 6,0076.H − 0,8522


De 13/10/1976 a 05/05/1977 Q = 6,6710.H 2 + 3,7623.H − 0,4162
De 05/05/1977 a 23/12/1977 Q = 5,9491.H 2 + 7,3151.H − 1,7903
De 24/12/1977 a 29/03/1978 Q = 9,4674.H 1,5155
De 30/03/1978 a 10/04/1981 Q = 5,9491.H 2 + 7,3151.H − 1,7903
De 11/04/1981 a 07/04/1983 Q = 9,5359.( H + 0,16)1,8012
De 08/04/1983 a 12/01/1985 Q = 5,9491.H 2 + 7,3151.H − 1,7903
De 13/01/1985 a 29/01/1986 Q = 6,1615.H 2 + 5,9162.H − 2,0100
De 30/01/1986 a 16/04/1993 Q = 5,9809.H 2 + 7,1250.H − 1,5474
De 17/04/1993 a 31/12/2004 Q = 9,5359.( H + 0,16)1,8012
De 01/01/2005 a 30/09/2006 Q = 5,9809.H 2 + 7,1250.H − 1,5474

Cap. 4 - 19

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Quadro 7
Equações das curvas-chave do posto Bom Jesus do Galho

De 01/04/1941 a 19/12/1979 Q = 2,1526.H 2 − 0,2969.H − 0,3995


De 20/12/1979 a 31/12/1982 Q = 2,9605.H 2 + 4,7206.H − 1,6879

Observação:
Q – vazão (m³/s)
H – cota (m)

Para o posto Matipó a curva-chave é dada pela expressão:

Q = 1,299.H 3 − 4,882.H 2 + 13,781.H − 3,723

Observação:
Q – vazão (m³/s)
H – cota (m)

A seguir são apresentados nas Figuras 7 a 20 os gráficos contendo, para cada período de
dados, os resumos de descarga líquida e as curvas-chave, para os postos analisados.

Figura 7
Resumo de descarga e curva-chave do posto Matipó

5,0
4,5
4,0
3,5
3,0
Cota (m)

2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Vazão (m³/s)

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Figura 8
Resumo de descarga e curva-chave do posto Bom Jesus do Galho

3,5

3,0

2,5

2,0
Cota (m)

1,5

1,0
Resumo de descarga
0,5
Curva-chave (De 01/04/1941 a 19/12/1979)
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Vazão (m³/s)

Figura 9
Resumo de descarga e curva-chave do posto Bom Jesus do Galho

3,0

2,5

2,0
Cota (m)

1,5

1,0

Resumo de descarga
0,5
Curva-chave (De 20/12/1979 a 31/12/1982)

0,0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30
Vazão (m³/s)

Cap. 4 - 21

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Figura 10
Resumo de descarga e curva-chave do posto Pingo D’Água

1,4

1,2

1,0

0,8
Cota (m)

0,6

0,4
Resumo de descarga
0,2
Curva-chave (De 01/10/1974 a 12/10/1976)
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Vazão (m³/s)

Figura 11
Resumo de descarga e curva-chave do posto Pingo D’Água

1,4

1,2

1,0

0,8
Cota (m)

0,6

0,4
Resumo de descarga
0,2
Curva-chave (De 13/10/1976 a 05/05/1977)
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Vazão (m³/s)

Cap. 4 - 22

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Figura 12
Resumo de descarga e curva-chave do posto Pingo D’Água

1,2

1,0

0,8
Cota (m)

0,6

0,4

Resumo de descarga
0,2
Curva-chave (De 05/05/1977 a 23/12/1977)

0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Vazão (m³/s)

Figura 13
Resumo de descarga e curva-chave do posto Pingo D’Água

2,0
1,8
1,6
1,4
1,2
Cota (m)

1,0
0,8
0,6
0,4 Resumo de descarga
0,2 Curva-chave (De 24/12/1977 a 29/03/1978)
0,0
0 3 6 9 12 15 18 21 24
Vazão (m³/s)

Cap. 4 - 23

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Figura 14
Resumo de descarga e curva-chave do posto Pingo D’Água

3,0

2,5

2,0
Cota (m)

1,5

1,0

Resumo de descarga
0,5
Curva-chave (De 30/03/1978 a 10/04/1981)

0,0
0 10 20 30 40 50 60
Vazão (m³/s)

Figura 15
Resumo de descarga e curva-chave do posto Pingo D’Água

1,8

1,6

1,4

1,2
Cota (m)

1,0

0,8

0,6

0,4 Resumo de descarga

0,2 Curva-chave (De 11/04/1981 a 07/04/1983)

0,0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30
Vazão (m³/s)

Cap. 4 - 24

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Figura 16
Resumo de descarga e curva-chave do posto Pingo D’Água

2,5

2,0

1,5
Cota (m)

1,0

Resumo de descarga
0,5
Curva-chave (De 08/04/1983 a 12/01/1985)

0,0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Vazão (m³/s)

Figura 17
Resumo de descarga e curva-chave do posto Pingo D’Água

1,6

1,4

1,2

1,0
Cota (m)

0,8

0,6

0,4
Resumo de descarga
0,2
Curva-chave (De 13/01/1985 a 29/01/1986)
0,0
0 3 6 9 12 15 18 21 24
Vazão (m³/s)

Cap. 4 - 25

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Figura 18
Resumo de descarga e curva-chave do posto Pingo D’Água

1,4

1,2

1,0

0,8
Cota (m)

0,6

0,4
Resumo de descarga
0,2
Curva-chave (De 30/01/1986 a 16/04/1993)
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Vazão (m³/s)

Figura 19
Resumo de descarga e curva-chave do posto Pingo D’Água

2,5

2,0

1,5
Cota (m)

1,0

Resumo de descarga
0,5
Curva-chave (De 17/04/1993 a 31/12/2004)

0,0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Vazão (m³/s)

Cap. 4 - 26

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Figura 20
Resumo de descarga e curva-chave do posto Pingo D’Água

1,2

1,0

0,8
Cota (m)

0,6

0,4

Resumo de descarga
0,2
Curva-chave (De 01/01/2005 a 30/09/2006)

0,0
0 2 4 6 8 10 12 14
Vazão (m³/s)

É possível observar que as curvas fornecidas pela ANA para os postos são bem definidas, e
conclui-se que os dados hidrológicos obtidos na HidroWeb apresentam boa confiabilidade
para a realização dos estudos.

As séries de vazões médias mensais dos postos foram consistidas e as falhas foram
preenchidas através de correlações estabelecidas entre os dados dos mesmos. Para os
períodos em que não foi possível correlacionar as vazões dos postos, foram utilizados os
dados do posto Matipó. O Quadro 8 apresenta as equações de regressão e os coeficientes
estabelecidos, enquanto que as Figuras 21, 22 e 23 apresentam as correlações obtidas.

Quadro 8
Equações de correlações estabelecidas entre os postos fluviométricos

Bom Jesus do Galho (BJG) Pingo D'Água (PA) Matipó (M)

BJG = 0,291.PA + 1,624 BJG = 0,269.M + 1,092 R²


Bom Jesus do Galho (BJG) -
R² = 0,822 = 0,744
PA = 2,820.BJG - 2,799 PA = 0,967.M + 1,080
Pingo D'Água (PA) -
R² = 0,822 R² = 0,739
M = 2,763.BJG - 0,399 M = 0,765.PA + 1,705
Matipó (M) -
R² = 0,744 R² = 0,739

Cap. 4 - 27

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Figura 21
Correlação entre os postos Bom Jesus do Galho e Pingo D’Água

25

20
Bom Jesus do Galho

15

10

y = 0,3158x + 1,4078
5
R2 = 0,8617

0
0 10 20 30 40 50 60 70
Pingo D'Água

Figura 22
Correlação entre os postos Matipó e Bom Jesus do Galho

20
18
16
Bom Jesus do Galho

14
12
10
8
6 y = 0,2692x + 1,0928
4 R2 = 0,744
2
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Matipó

Cap. 4 - 28

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Figura 23
Correlação entre os postos Matipó e Pingo D’Água

Com base nos dados consistidos dos postos fluviométricos analisados, foi estabelecida uma
curva de regionalização de vazões médias em função da área de drenagem, conforme
apresentado na Figura 24.

Figura 24
Curva de regionalização das vazões médias dos postos

A análise regional indica que as vazões médias da bacia apresentam uma variação linear
com a área de drenagem, ou seja, a região pode ser considerada como hidrologicamente
homogênea.

Cap. 4 - 29

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4.3.5. Série de Vazões Médias Mensais no Local do Aproveitamento

As séries de vazões médias mensais dos postos fluviométricos Matipó, Bom Jesus do Galho
e Pingo D’Água, utilizadas como referência para a determinação da série de vazões médias
mensais no eixo da PCH Sumidouro, estão apresentadas nos Quadros 9, 10 e 11.

As falhas foram preenchidas de acordo com a seguinte simbologia de cores:


- Os valores em verde foram preenchidos através da relação com Bom Jesus do Galho;
- Os valores em vermelho foram preenchidos através da relação com Pingo D’Água;
- Os valores em azul foram preenchidos através da relação com o posto Matipó.

Quadro 9
Série de vazões médias mensais do posto Matipó
Matipó (56460000)
Ano / Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1965 22,40 13,17 18,90 14,49 11,56 8,93 8,29 7,80 5,82 7,28 9,66 10,46 11,56
1966 28,30 11,92 7,71 5,94 4,84 4,01 4,22 3,39 2,69 2,99 9,90 24,65 9,21
1967 25,41 25,12 19,92 9,58 8,21 6,31 5,41 4,32 4,32 4,95 15,31 19,84 12,39
1968 22,86 16,76 13,55 9,34 6,58 5,01 4,50 3,73 5,10 8,86 10,89 23,34 10,88
1969 15,14 12,05 8,09 6,27 5,28 4,70 4,04 3,58 2,96 5,22 7,35 13,37 7,34
1970 17,24 8,86 7,90 8,33 5,30 3,84 3,39 3,04 4,74 5,17 17,12 13,47 8,20
1971 6,59 4,90 5,29 3,09 2,40 3,14 2,37 2,05 3,05 7,21 24,07 25,00 7,43
1972 13,40 11,14 18,94 10,21 6,91 5,12 7,44 4,44 4,26 6,57 14,11 22,57 10,43
1973 20,40 12,58 22,59 17,82 10,05 7,34 6,08 5,02 4,10 10,73 14,77 14,50 12,17
1974 13,56 10,23 10,47 12,48 7,17 5,45 4,36 3,81 2,99 4,65 4,53 8,99 7,39
1975 19,68 12,90 7,65 7,36 5,13 4,19 5,63 3,28 2,89 5,49 10,94 12,01 8,10
1976 5,13 6,11 4,45 3,66 3,45 2,47 2,89 2,29 7,85 8,72 12,40 19,52 6,58
1977 18,44 17,42 9,65 9,54 6,18 4,74 3,96 3,23 3,99 4,13 20,65 15,78 9,81
1978 22,57 16,12 9,49 7,12 7,14 6,38 5,69 3,77 3,97 7,86 10,22 20,84 10,10
1979 28,85 62,11 36,33 22,56 14,89 11,30 8,92 7,75 7,06 6,36 19,23 19,15 20,38
1980 35,52 23,50 13,05 11,52 9,00 6,55 5,65 4,67 3,99 4,01 5,05 19,64 11,85
1981 13,28 9,05 13,28 7,82 5,25 6,45 4,12 4,23 3,11 5,28 26,86 26,34 10,42
1982 21,48 11,34 23,23 19,14 12,37 9,93 8,46 7,67 6,76 5,61 5,43 9,13 11,71
1983 20,74 14,86 11,90 9,86 7,24 6,74 5,78 5,24 5,46 6,96 10,44 18,06 10,27
1984 8,57 6,79 7,96 6,85 5,28 4,65 4,51 5,61 4,68 7,20 8,94 18,36 7,45
1985 36,75 24,13 21,22 10,97 9,01 7,22 6,58 5,91 5,15 6,59 10,50 8,46 12,71
1986 12,33 8,49 5,85 5,45 5,58 5,09 5,18 5,38 4,56 4,20 4,64 7,16 6,16
1987 8,33 5,03 10,35 8,27 5,58 5,12 4,39 3,87 4,71 3,96 5,96 15,23 6,73
1988 11,73 12,19 7,00 6,32 5,63 4,76 3,95 3,93 3,45 4,96 6,95 6,87 6,48
1989 5,55 5,51 8,50 4,48 4,23 4,92 4,33 4,39 4,55 3,21 2,78 2,11 4,55
1990 1,67 1,72 1,28 2,71 4,08 3,73 3,63 3,56 3,24 3,08 3,30 3,58 2,97
1991 29,54 23,06 24,68 15,97 9,04 6,52 6,63 5,58 5,01 7,03 14,32 9,32 13,06
1992 21,59 20,61 11,24 10,83 7,57 6,83 6,00 5,40 6,12 9,08 28,32 26,11 13,31
1993 22,62 11,45 9,12 7,78 5,99 4,74 3,48 3,29 3,22 3,70 5,26 7,25 7,32
1994 20,83 6,79 15,45 11,34 7,77 5,53 4,21 3,26 2,67 2,71 3,45 9,85 7,82
1995 3,65 5,92 5,81 4,96 3,07 2,55 2,32 1,85 1,63 2,49 11,25 20,04 5,46
1996 44,74 9,51 7,96 5,78 4,63 3,80 3,33 3,04 5,20 5,79 17,79 19,99 10,96
1997 44,74 15,86 15,57 9,44 7,84 7,24 5,40 4,48 4,81 7,06 7,45 19,13 12,42
1998 15,78 11,85 7,40 6,43 6,25 5,01 3,81 5,41 3,03 5,54 11,93 11,28 7,81
1999 23,03 8,79 15,87 6,69 4,63 4,03 3,45 2,84 2,83 4,28 14,40 16,18 8,92
2000 16,60 20,51 17,41 9,06 6,12 5,21 4,31 3,84 4,57 4,17 9,67 20,38 10,15
2001 27,51 9,15 9,07 5,72 4,94 3,89 3,19 2,66 2,88 4,40 8,85 17,67 8,33
2002 31,14 21,38 13,66 7,47 6,13 4,69 4,03 3,21 4,79 3,88 9,65 21,19 10,93
2003 57,67 21,86 13,11 8,89 6,89 5,33 4,50 4,51 4,03 3,37 5,58 7,83 11,96
2004 16,02 18,84 16,85 11,72 7,41 6,15 5,19 4,00 2,94 3,28 3,67 20,17 9,69
2005 19,83 22,38 41,29 18,12 11,89 8,93 6,73 5,58 6,40 5,45 11,72 16,69 14,58
2006 8,11 5,36 7,87 7,73 4,47 3,46 2,86 2,46 2,91 6,27 13,20 21,60 7,19
2007 35,60 18,95 15,14 11,73 7,62 5,75 4,51 3,51 2,84 6,05 3,45 8,60 10,31
2008 7,31 15,32 9,56 8,14 4,73 3,71 3,19 2,46 3,74 2,91 13,80 38,34 9,43
Mínima 1,67 1,72 1,28 2,71 2,40 2,47 2,32 1,85 1,63 2,49 2,78 2,11
Média 20,51 14,35 13,22 9,29 6,71 5,49 4,79 4,17 4,21 5,43 11,04 16,14 9,61
Máxima 57,67 62,11 41,29 22,56 14,89 11,30 8,92 7,80 7,85 10,73 28,32 38,34

Cap. 4 - 30

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Quadro 10
Série de vazões médias mensais do posto Bom Jesus do Galho
Bom Jesus do Galho (56565000)
Ano / Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1942 10,44 7,17 5,48 4,23 3,56 2,64 2,39 2,28 2,22 2,02 4,67 10,16 4,77
1943 13,68 9,74 9,64 7,39 5,12 4,49 3,57 3,10 2,55 3,28 2,95 8,06 6,13
1944 4,59 5,41 4,75 4,49 3,29 2,77 2,63 2,31 1,99 2,58 2,49 7,92 3,77
1945 9,64 9,12 7,00 6,58 4,63 3,60 3,10 2,65 2,45 2,82 5,62 6,06 5,27
1946 3,64 3,54 3,28 3,61 2,68 2,23 1,90 1,70 1,60 2,43 3,07 3,50 2,77
1947 2,43 3,14 3,13 2,33 2,18 1,72 1,56 1,28 1,31 2,17 4,38 7,22 2,74
1948 5,23 4,26 4,17 3,40 2,31 2,05 1,71 1,49 1,27 1,19 2,22 11,41 3,39
1949 9,20 9,75 6,24 6,27 4,98 4,05 3,32 2,92 2,51 3,39 4,11 4,60 5,11
1950 5,07 4,12 3,73 3,46 3,00 2,42 2,17 1,88 1,93 2,33 2,68 8,23 3,42
1951 3,96 4,91 4,28 4,12 2,86 2,55 2,37 1,92 1,67 2,09 1,42 5,22 3,12
1952 9,29 10,17 7,28 5,22 3,97 3,33 2,87 2,71 2,83 2,36 6,12 5,29 5,12
1953 3,13 4,75 3,22 3,64 2,59 2,29 2,02 1,76 1,94 1,77 4,46 7,82 3,28
1954 3,98 2,60 1,92 3,44 2,16 1,87 1,65 1,52 1,31 1,72 2,95 3,29 2,37
1955 2,44 2,17 1,85 1,71 1,00 0,89 0,96 1,03 0,92 1,41 2,91 5,31 1,88
1956 3,12 1,83 1,82 1,73 1,97 1,85 1,33 1,29 1,03 0,95 1,60 4,67 1,93
1957 6,93 1,91 2,08 1,81 1,83 1,89 1,70 1,79 1,95 1,81 3,13 5,16 2,67
1958 3,11 3,56 3,00 3,15 2,34 2,18 2,53 1,91 2,02 1,85 3,17 3,26 2,67
1959 4,74 2,14 2,75 1,90 1,59 1,44 1,35 1,19 1,20 2,94 3,08 3,25 2,30
1960 4,58 3,33 5,93 3,20 2,58 2,12 1,87 1,57 1,52 1,22 4,19 5,62 3,14
1961 8,10 7,10 4,05 3,45 2,97 2,45 2,12 1,74 1,31 1,43 2,07 2,08 3,24
1962 6,50 7,07 3,86 2,59 2,43 2,04 1,93 1,71 1,54 2,57 3,28 9,40 3,74
1963 4,35 3,60 2,58 2,23 1,85 1,75 1,54 1,40 1,33 1,31 1,91 1,53 2,11
1964 11,00 3,91 4,35 3,61 2,75 3,33 2,56 2,22 1,66 3,62 6,49 10,85 4,70
1965 8,25 4,91 6,98 5,39 4,33 3,38 3,14 2,97 2,25 2,76 5,27 3,55 4,43
1966 9,83 3,96 2,95 2,71 2,72 2,21 2,02 1,75 1,69 2,00 2,92 4,32 3,26
1967 3,60 5,30 3,92 3,09 2,30 1,92 1,80 1,54 1,60 1,59 3,65 4,95 2,94
1968 5,45 4,91 5,31 4,52 2,86 2,37 2,20 2,04 2,20 3,08 2,70 4,65 3,52
1969 3,24 2,79 2,46 2,51 1,69 1,78 1,59 1,40 1,34 1,99 2,45 5,14 2,37
1970 4,49 2,34 4,57 2,66 1,79 1,71 1,48 1,48 1,56 2,37 6,28 6,24 3,08
1971 2,53 1,92 2,39 1,80 1,60 2,03 1,56 1,40 1,57 2,40 9,66 8,61 3,12
1972 2,78 2,62 2,81 2,94 1,74 1,78 2,45 2,23 1,98 3,18 5,77 6,42 3,06
1973 5,27 4,09 9,57 5,62 3,88 2,96 2,53 2,34 2,07 3,96 5,42 6,37 4,51
1974 5,81 4,11 3,47 3,31 3,01 2,45 2,11 1,92 1,60 3,56 2,60 5,16 3,26
1975 4,38 4,86 2,61 2,64 2,17 1,96 2,27 1,58 1,39 2,37 5,14 2,89 2,86
1976 1,59 5,25 2,14 1,70 1,78 1,56 1,75 1,45 4,41 4,05 7,34 9,29 3,53
1977 9,05 6,19 4,49 4,28 3,14 2,74 2,41 2,07 2,05 2,42 3,01 4,83 3,89
1978 6,46 6,98 5,44 4,76 3,98 3,40 3,36 2,74 2,96 2,74 3,17 5,05 4,25
1979 9,55 16,51 11,98 8,10 6,21 5,35 4,21 3,62 3,20 3,29 6,16 8,96 7,26
1980 16,43 10,07 7,20 8,05 6,61 3,97 3,61 3,33 3,19 2,99 3,13 7,84 6,37
1981 5,57 4,26 4,33 3,42 2,81 3,01 2,35 2,33 1,89 2,60 7,95 7,87 4,03
1982 7,58 4,81 7,98 6,62 4,99 4,00 3,20 2,63 2,12 1,96 1,44 3,44 4,23
Mínima 1,59 1,83 1,82 1,70 1,00 0,89 0,96 1,03 0,92 0,95 1,42 1,53
Média 6,12 5,15 4,56 3,85 2,98 2,55 2,27 2,00 1,93 2,40 3,98 5,99 3,65
Máxima 16,43 16,51 11,98 8,10 6,61 5,35 4,21 3,62 4,41 4,05 9,66 11,41

Cap. 4 - 31

Engº Magdi A. R. Shaat


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N° CEMIG: 11.151-RT-G10-4003-3

N° SPEC: ST-792-B-RE-G00-401-3

Quadro 11
Série de vazões médias mensais do posto Pingo D’Água
Pingo D´Água (56570000)
Ano / Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1975 11,11 11,01 5,33 5,85 4,21 3,80 4,04 3,00 2,61 4,08 11,21 6,00 6,02
1976 2,41 8,23 3,00 2,44 2,34 2,01 2,41 1,93 7,91 6,28 16,22 17,28 6,04
1977 15,25 9,59 6,76 9,27 6,33 4,94 4,35 3,28 3,31 3,93 5,22 10,90 6,93
1978 12,26 15,75 10,50 8,18 6,25 5,32 5,47 3,71 3,86 3,99 5,26 8,31 7,40
1979 28,10 59,79 28,99 15,15 11,52 9,75 7,40 6,44 5,55 5,24 14,44 17,15 17,46
1980 35,44 24,86 12,15 17,57 10,58 8,12 6,97 5,95 5,25 5,04 5,51 15,27 12,73
1981 10,97 7,08 8,34 7,10 5,41 5,79 4,53 4,71 3,66 7,12 39,00 25,52 10,77
1982 25,85 12,59 28,13 22,79 13,94 10,75 8,83 7,79 6,61 5,10 4,87 9,70 13,08
1983 24,88 17,20 13,33 10,65 7,24 6,59 5,33 4,62 4,91 6,86 11,42 21,37 11,20
1984 8,98 6,64 8,17 6,72 4,67 3,85 3,66 5,10 3,89 7,18 9,46 21,76 7,51
1985 45,80 29,31 25,51 12,11 9,55 7,21 6,37 5,49 4,50 6,39 11,50 8,83 14,38
1986 13,89 8,86 5,42 4,89 5,06 4,42 4,55 4,80 3,73 3,26 3,84 7,13 5,82
1987 8,66 4,34 11,30 8,58 5,07 4,46 3,51 2,82 3,93 2,95 5,56 17,68 6,57
1988 13,11 13,70 6,92 6,03 5,13 4,00 2,93 2,91 2,28 4,26 6,86 6,75 6,24
1989 5,02 4,98 8,88 3,62 3,30 4,20 3,43 3,50 2,13 5,63 14,85 12,65 6,02
1990 5,48 3,48 4,06 4,04 4,78 3,21 3,27 3,09 3,34 4,65 4,12 3,30 3,90
1991 21,42 19,30 17,91 10,18 7,45 4,81 4,51 3,48 4,13 4,84 21,38 12,48 10,99
1992 21,96 16,33 8,98 8,76 7,98 6,55 7,08 6,82 5,03 17,48 50,13 5,73 13,57
1993 28,48 10,93 11,12 7,36 6,47 6,27 5,14 4,82 3,80 3,12 4,98 15,81 9,03
1994 26,29 7,35 22,32 15,82 10,17 7,16 6,42 5,34 4,58 3,87 15,34 32,92 13,13
1995 9,60 16,65 7,26 9,80 6,46 4,90 3,98 3,41 3,02 6,44 12,04 36,55 10,01
1996 33,03 8,43 9,11 8,03 5,46 4,65 4,12 3,92 5,01 4,76 20,70 18,02 10,44
1997 71,57 16,42 16,14 10,21 8,10 7,07 6,45 5,00 5,20 6,43 4,99 28,38 15,50
1998 29,65 15,62 10,01 9,96 6,80 6,85 5,17 5,95 4,73 7,34 9,20 8,41 9,97
1999 11,68 5,66 8,19 5,21 4,07 3,60 3,21 2,83 2,24 3,06 10,37 19,89 6,67
2000 13,05 14,39 18,92 10,87 6,45 5,73 5,06 4,35 5,50 5,11 10,43 20,79 10,05
2001 27,68 9,92 9,86 6,61 5,86 4,84 2,70 2,51 2,65 3,54 12,83 12,23 8,44
2002 22,67 29,81 12,94 7,33 6,12 4,93 4,33 3,54 5,86 4,03 18,27 26,07 12,16
2003 75,98 22,36 13,80 7,92 8,59 7,31 6,66 5,36 5,07 5,16 6,04 13,84 14,84
2004 28,39 21,93 19,95 20,46 12,38 10,02 9,06 7,17 5,65 5,75 6,02 32,33 14,93
2005 24,23 40,47 40,52 17,56 13,40 11,70 9,40 7,66 8,87 7,09 16,43 17,87 17,93
2006 8,37 7,69 11,12 11,05 6,90 5,96 5,29 4,77 5,49 7,41 10,99 23,51 9,05
2007 19,41 22,54 12,09 9,66 7,79 7,17 6,56 5,89 5,25 5,68 8,09 10,50 10,05
2008 8,53 10,69 7,78 9,53 5,94 5,07 5,16 3,46 4,69 4,20 14,90 38,15 9,84
Mínima 2,41 3,48 3,00 2,44 2,34 2,01 2,41 1,93 2,13 2,95 3,84 3,30
Média 22,04 15,70 13,08 9,74 7,11 5,97 5,22 4,57 4,54 5,51 12,43 17,15 10,25
Máxima 75,98 59,79 40,52 22,79 13,94 11,70 9,40 7,79 8,87 17,48 50,13 38,15

A série de vazões médias mensais da PCH Sumidouro foi gerada através de uma relação
linear com as áreas de drenagem dos postos fluviométricos, conforme equação a seguir.

APCH
QPCH = .QPOSTO
APOSTO

Para a delimitação da área de drenagem da PCH foram utilizadas imagens digitais de


satélite contendo informações de relevo e topografia (Shuttle Radar Topography Mission –
SRTM) disponibilizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa.

A área de drenagem da PCH Sumidouro é de 486 km².

Conforme definido na Portaria do Ministério de Minas e Energia n°. 463 de 03 de dezembro


de 2009, o histórico de vazões médias mensais não deve ser inferior a 30 anos, sendo
gerado de maneira que seja o mais extenso e atualizado possível. Dessa forma, foram
definidas as equações de transferência de vazões para a PCH Sumidouro:

Cap. 4 - 32

Engº Magdi A. R. Shaat


CREA/MG nº 9862/D
N° CEMIG: 11.151-RT-G10-4003-3

N° SPEC: ST-792-B-RE-G00-401-3

• Para o período de Janeiro de 1942 a Dezembro de 1982 a relação foi feita com base no
posto Bom Jesus do Galho, resultando na equação:

QPCH = 1,6146.QBJG

Onde:
QPCH – vazão média no local da usina
QBJG – vazão média no posto fluviométrico de referência Bom Jesus do Galho

• Para o período de Janeiro de 1983 a Dezembro de 2008 utilizou-se o posto Pingo


D’Água, resultando na equação a seguir:

QPCH = 0,5971.QPA

Onde:
QPCH – vazão média no local da usina
QPA – vazão média no posto fluviométrico de referência Pingo D’Água

O Quadro 12 apresenta a série de vazões médias mensais da PCH Sumidouro.

Cap. 4 - 33

Engº Magdi A. R. Shaat


CREA/MG nº 9862/D
N° CEMIG: 11.151-RT-G10-4003-3

N° SPEC: ST-792-B-RE-G00-401-3

Quadro 12
Série de vazões médias mensais da PCH Sumidouro
PCH Sumidouro
Ano / Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1942 16,86 11,57 8,85 6,82 5,75 4,26 3,86 3,68 3,58 3,26 7,55 16,40 7,70
1943 22,08 15,73 15,56 11,94 8,27 7,25 5,77 5,01 4,12 5,30 4,76 13,02 9,90
1944 7,41 8,74 7,66 7,26 5,31 4,46 4,24 3,74 3,21 4,16 4,02 12,79 6,08
1945 15,56 14,73 11,30 10,62 7,47 5,80 5,01 4,28 3,96 4,55 9,07 9,78 8,51
1946 5,88 5,72 5,30 5,82 4,33 3,60 3,07 2,74 2,59 3,92 4,95 5,66 4,47
1947 3,92 5,07 5,05 3,76 3,51 2,78 2,51 2,07 2,11 3,50 7,08 11,65 4,42
1948 8,45 6,88 6,74 5,48 3,74 3,31 2,76 2,41 2,04 1,93 3,58 18,43 5,48
1949 14,85 15,74 10,07 10,13 8,04 6,54 5,37 4,71 4,05 5,47 6,64 7,43 8,25
1950 8,19 6,66 6,02 5,59 4,84 3,91 3,50 3,03 3,12 3,76 4,33 13,29 5,52
1951 6,40 7,93 6,91 6,66 4,62 4,11 3,83 3,11 2,69 3,38 2,29 8,43 5,03
1952 15,00 16,41 11,76 8,43 6,42 5,38 4,63 4,37 4,56 3,81 9,88 8,55 8,27
1953 5,05 7,67 5,20 5,88 4,18 3,69 3,27 2,84 3,13 2,86 7,20 12,63 5,30
1954 6,43 4,20 3,11 5,56 3,48 3,03 2,67 2,46 2,12 2,77 4,76 5,31 3,82
1955 3,94 3,51 2,98 2,76 1,61 1,44 1,55 1,66 1,49 2,28 4,69 8,58 3,04
1956 5,04 2,95 2,94 2,80 3,17 2,98 2,15 2,08 1,66 1,54 2,58 7,55 3,12
1957 11,19 3,09 3,36 2,93 2,95 3,05 2,75 2,88 3,14 2,93 5,06 8,33 4,31
1958 5,02 5,76 4,85 5,08 3,78 3,52 4,09 3,08 3,26 2,99 5,12 5,26 4,32
1959 7,65 3,46 4,45 3,07 2,56 2,33 2,18 1,93 1,94 4,75 4,98 5,25 3,71
1960 7,39 5,37 9,57 5,17 4,16 3,43 3,02 2,53 2,46 1,96 6,76 9,07 5,07
1961 13,08 11,46 6,54 5,58 4,79 3,95 3,42 2,80 2,12 2,30 3,34 3,36 5,23
1962 10,50 11,42 6,24 4,18 3,93 3,30 3,11 2,76 2,48 4,15 5,29 15,18 6,04
1963 7,03 5,81 4,16 3,60 2,98 2,83 2,49 2,26 2,14 2,12 3,09 2,46 3,41
1964 17,76 6,32 7,03 5,83 4,45 5,38 4,13 3,58 2,68 5,85 10,48 17,52 7,58
1965 13,32 7,93 11,27 8,70 6,99 5,45 5,07 4,79 3,63 4,45 8,51 5,73 7,15
1966 15,88 6,39 4,76 4,37 4,39 3,57 3,26 2,83 2,72 3,22 4,71 6,98 5,26
1967 5,81 8,56 6,32 4,99 3,71 3,10 2,90 2,49 2,59 2,57 5,89 7,99 4,74
1968 8,80 7,92 8,57 7,29 4,62 3,83 3,55 3,29 3,56 4,98 4,36 7,52 5,69
1969 5,23 4,51 3,98 4,05 2,73 2,87 2,57 2,26 2,16 3,22 3,95 8,30 3,82
1970 7,25 3,78 7,38 4,30 2,89 2,76 2,39 2,38 2,52 3,83 10,14 10,07 4,97
1971 4,08 3,10 3,86 2,91 2,58 3,28 2,53 2,25 2,54 3,87 15,60 13,90 5,04
1972 4,49 4,23 4,54 4,75 2,81 2,87 3,95 3,60 3,20 5,13 9,32 10,36 4,94
1973 8,52 6,60 15,46 9,07 6,26 4,77 4,09 3,78 3,34 6,39 8,75 10,28 7,28
1974 9,39 6,63 5,61 5,35 4,86 3,96 3,41 3,09 2,58 5,74 4,20 8,34 5,26
1975 7,08 7,84 4,21 4,26 3,50 3,16 3,66 2,55 2,25 3,82 8,31 4,67 4,61
1976 2,57 8,48 3,45 2,74 2,87 2,52 2,83 2,34 7,12 6,54 11,85 15,01 5,69
1977 14,61 9,99 7,25 6,91 5,07 4,42 3,89 3,33 3,32 3,91 4,85 7,79 6,28
1978 10,43 11,27 8,79 7,69 6,43 5,49 5,42 4,43 4,78 4,43 5,12 8,15 6,87
1979 15,42 26,66 19,35 13,08 10,02 8,64 6,79 5,85 5,17 5,32 9,95 14,47 11,73
1980 26,53 16,26 11,63 13,00 10,67 6,41 5,83 5,38 5,15 4,83 5,06 12,66 10,28
1981 8,99 6,88 6,99 5,51 4,54 4,87 3,80 3,76 3,05 4,19 12,83 12,70 6,51
1982 12,24 7,77 12,88 10,69 8,06 6,46 5,17 4,25 3,42 3,17 2,32 5,55 6,83
1983 14,85 10,27 7,96 6,36 4,32 3,93 3,18 2,76 2,93 4,10 6,82 12,76 6,69
1984 5,36 3,97 4,88 4,01 2,79 2,30 2,19 3,05 2,32 4,28 5,65 12,99 4,48
1985 27,35 17,50 15,23 7,23 5,70 4,30 3,81 3,28 2,69 3,81 6,87 5,27 8,59
1986 8,29 5,29 3,24 2,92 3,02 2,64 2,71 2,87 2,23 1,95 2,29 4,26 3,48
1987 5,17 2,59 6,75 5,12 3,03 2,66 2,10 1,69 2,35 1,76 3,32 10,56 3,92
1988 7,83 8,18 4,13 3,60 3,06 2,39 1,75 1,74 1,36 2,54 4,10 4,03 3,73
1989 3,00 2,97 5,30 2,16 1,97 2,51 2,05 2,09 1,27 3,36 8,87 7,55 3,59
1990 3,27 2,08 2,43 2,41 2,85 1,92 1,96 1,84 2,00 2,78 2,46 1,97 2,33
1991 12,79 11,52 10,69 6,08 4,45 2,87 2,69 2,07 2,47 2,89 12,77 7,45 6,56
1992 13,11 9,75 5,36 5,23 4,76 3,91 4,23 4,07 3,01 10,43 29,93 3,42 8,10
1993 17,00 6,53 6,64 4,39 3,86 3,75 3,07 2,87 2,27 1,86 2,97 9,44 5,39
1994 15,69 4,39 13,33 9,44 6,07 4,28 3,83 3,19 2,73 2,31 9,16 19,66 7,84
1995 5,73 9,94 4,34 5,85 3,86 2,93 2,37 2,04 1,80 3,85 7,19 21,82 5,98
1996 19,72 5,03 5,44 4,79 3,26 2,78 2,46 2,34 2,99 2,84 12,36 10,76 6,23
1997 42,73 9,80 9,64 6,09 4,84 4,22 3,85 2,98 3,11 3,84 2,98 16,94 9,25
1998 17,70 9,33 5,98 5,95 4,06 4,09 3,09 3,55 2,82 4,38 5,49 5,02 5,96
1999 6,97 3,38 4,89 3,11 2,43 2,15 1,92 1,69 1,34 1,83 6,19 11,88 3,98
2000 7,79 8,59 11,30 6,49 3,85 3,42 3,02 2,59 3,28 3,05 6,23 12,41 6,00
2001 16,52 5,93 5,88 3,95 3,50 2,89 1,61 1,50 1,58 2,11 7,66 7,30 5,04
2002 13,53 17,80 7,72 4,38 3,66 2,94 2,58 2,11 3,50 2,41 10,91 15,57 7,26
2003 45,36 13,35 8,24 4,73 5,13 4,37 3,98 3,20 3,03 3,08 3,60 8,26 8,86
2004 16,95 13,09 11,91 12,22 7,39 5,98 5,41 4,28 3,37 3,43 3,59 19,30 8,91
2005 14,47 24,16 24,19 10,49 8,00 6,99 5,61 4,57 5,30 4,23 9,81 10,67 10,71
2006 5,00 4,59 6,64 6,59 4,12 3,56 3,16 2,85 3,28 4,43 6,56 14,04 5,40
2007 11,59 13,46 7,22 5,77 4,65 4,28 3,92 3,52 3,14 3,39 4,83 6,27 6,00
2008 5,09 6,39 4,64 5,69 3,55 3,03 3,08 2,07 2,80 2,51 8,90 22,78 5,88
Mínima 2,57 2,08 2,43 2,16 1,61 1,44 1,55 1,50 1,27 1,54 2,29 1,97
Média 11,47 8,52 7,55 5,97 4,56 3,88 3,43 3,04 2,94 3,68 6,79 10,13 6,00
Máxima 45,36 26,66 24,19 13,08 10,67 8,64 6,79 5,85 7,12 10,43 29,93 22,78

Cap. 4 - 34

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O Quadro 13 apresenta um resumo com a permanência de vazões médias mensais. A


Figura 25 apresenta a curva de permanência de vazões médias mensais relativas à série
atualizada (período de 1942 a 2008).

Quadro 13
Permanência de vazões para a PCH Sumidouro

Freqüência (%) Vazão (m³/s)


5 15,15
10 11,82
15 9,79
20 8,27
25 7,25
30 6,46
35 5,76
40 5,29
45 4,87
50 4,45
55 4,17
60 3,89
65 3,58
70 3,31
75 3,08
80 2,90
85 2,70
90 2,42
95 2,08
100 1,27

Cap. 4 - 35

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Figura 25
Curva de permanência de vazões para a PCH Sumidouro

4.3.6. Análise de Cheias

A avaliação da cheias afluentes à usina baseou-se na análise de freqüência das vazões


máximas anuais, isto é, a maior vazão observada no ano hidrológico, sendo que este
corresponde ao período de doze meses a partir do início do período chuvoso até o fim da
estação seca.

Para isso foi analisada a freqüência das vazões diárias máximas anuais registradas nos
dados do posto fluviométrico Bom Jesus do Galho, por possuir um extenso período de
dados e por se localizar próximo à usina, sendo utilizado anteriormente na determinação da
série de vazões médias mensais da PCH Sumidouro.

A partir da análise da série de vazões médias mensais, foi determinado o ano hidrológico
compreendido entre os meses de outubro e setembro, a estiagem de seis meses entre maio
e outubro e a estiagem de quatro meses entre junho e setembro.

Foram apropriados os valores máximos de vazões observados em cada período. O Quadro


14 apresenta a série de vazões máximas anuais para o período correspondente ao ano
hidrológico, além dos dois períodos de estiagem, considerando todo o histórico disponível,
além de algumas estatísticas da mesma.

Cap. 4 - 36

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Quadro 14
Vazões máximas médias diárias do posto Bom Jesus do Galho

4 meses 6 meses 12 meses


Ano
(junho a setembro) (maio a outubro) (outubro a setembro)
1941 8,90 13,40 18,00
1942 4,00 4,38 23,50
1943 6,08 7,02 18,10
1944 3,03 13,40 16,20
1945 9,83 9,83 17,90
1946 4,25 4,38 12,70
1947 2,36 5,28 15,70
1948 2,77 2,77 18,10
1949 5,15 9,35 14,30
1950 3,70 3,88 18,10
1951 3,29 3,64 18,10
1952 4,00 7,59 18,10
1953 2,62 3,40 16,40
1954 1,99 2,87 6,31
1955 1,05 2,36 18,10
1956 2,41 2,67 -
1957 3,14 6,46 8,10
1958 6,00 6,00 9,73
1959 1,81 8,62 14,50
1960 2,36 2,72 18,10
1961 2,62 3,70 18,10
1962 2,36 11,30 18,10
1963 1,81 2,36 16,90
1964 6,00 7,59 18,10
1965 4,00 6,00 16,90
1966 2,36 3,40 15,70
1967 2,08 2,67 16,90
1968 4,38 12,30 13,80
1969 2,27 3,40 13,40
1970 2,22 11,30 18,10
1971 5,15 5,15 18,10
1972 6,00 6,93 22,10
1973 4,00 10,70 16,40
1974 3,19 18,10 18,10
1975 5,15 5,15 17,90
1976 13,60 13,60 27,50
1977 3,94 7,26 20,30
1978 6,00 6,69 24,10
Cap. 4 - 37

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4 meses 6 meses 12 meses


Ano
(junho a setembro) (maio a outubro) (outubro a setembro)
1979 12,50 12,50 -
1980 - - 18,60
1981 4,30 4,30 18,90
1982 4,50 6,96 -
Média 4,32 6,86 17,13
Mínima 1,05 2,36 6,31
Máxima 13,60 18,10 27,50
Coeficiente de
1,91 0,92 -0,35
Assimetria

As séries vazões do posto foram ajustadas às distribuições de Gumbel, Exponencial de Dois


Parâmetros e Log-Pearson III, conforme apresentado nas Figuras 26, 27 e 28.

Figura 26
Curvas ajustadas às vazões do posto Bom Jesus do Galho (Estiagem – 4 meses)

50
Empírica
45
Gumbel
40 Exponencial de Dois Parâmetros
35 Log-Pearson III
Vazão (m³/s)

30

25

20

15

10

0
1 10 100 1000 10000 100000
Tempo de Retorno (anos)

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Figura 27
Curvas ajustadas às vazões do posto Bom Jesus do Galho (Estiagem – 6 meses)

60
Empírica

50 Gumbel
Exponencial de Dois Parâmetros
Log-Pearson III
40
Vazão (m³/s)

30

20

10

0
1 10 100 1000 10000 100000
Tempo de Retorno (anos)

Figura 28
Curvas ajustadas às vazões do posto Bom Jesus do Galho (Ano hidrológico)

60
Empírica
Gumbel
50
Exponencial de Dois Parâmetros
Log-Pearson III
40
Vazão (m³/s)

30

20

10

0
1 10 100 1000 10000 100000
Tempo de Retorno (anos)

De acordo com as “Diretrizes para Estudos e Projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas”


da ELETROBRÁS, a seleção da distribuição a ser adotada para a determinação das vazões
extremas deve ser feita através da análise do coeficiente de assimetria:

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• Para coeficiente de assimetria menor que 1,5 adotar a distribuição de Gumbel


• Para coeficiente de assimetria maior que 1,5 adotar a distribuição Exponencial de Dois
Parâmetros

Dessa forma, para o período correspondente ao ano hidrológico e a estiagem de 6 meses


foi adotada a distribuição de Gumbel, enquanto que para a estiagem de 4 meses foi
adotada a distribuição Exponencial de Dois Parâmetros.

O Quadro 15 apresenta os resultados da análise de freqüência de vazões máximas para o


posto de referência, considerando os três períodos analisados.

Quadro 15
Vazões máximas no posto Bom Jesus do Galho

Bom Jesus do Galho (56565000)


Vazão Máxima (m³/s)
Tempo de
recorrência (anos) 4 meses 6 meses 12 meses
(junho a setembro) (maio a outubro) (outubro a setembro)
2 3,49 6,22 16,49
5 5,98 9,68 19,92
10 7,87 11,97 22,18
25 10,36 14,86 25,05
50 12,25 17,00 27,17
100 14,14 19,13 29,28
500 18,52 24,06 34,16
1000 20,41 26,17 36,25
10000 26,68 33,20 43,21

As vazões máximas anuais médias diárias para a PCH Sumidouro foram calculadas, para
cada tempo de recorrência, a partir das vazões correspondentes estimadas nos postos de
referência, através da aplicação de um coeficiente de proporcionalidade entre as áreas de
drenagem.

Os valores obtidos para as vazões máximas médias diárias da usina foram convertidos em
valores máximos instantâneos pela expressão empírica de Fuller. Essa conversão é feita
uma vez que não há um registrador contínuo de níveis de água no posto, senda que as
leituras ocorrem apenas duas vezes ao dia.

 2,66 
Qinst = Qmed .1 + 0,3 
 A 

Onde:
Qinst – vazão máxima instantânea (m³/s)
Qmed – vazão máxima média diária (m³/s)
A – área de drenagem da bacia hidrográfica no local do aproveitamento (km²)

Os Quadros 16 e 17 apresentam os resultados obtidos, indicando para a usina as vazões


máximas e máximas instantâneas, considerando os três períodos analisados.
Cap. 4 - 40

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Quadro 16
Vazões máximas para a PCH Sumidouro

PCH Sumidouro
Vazão Máxima (m³/s)
Tempo de
recorrência (anos) 4 meses 6 meses 12 meses
(junho a setembro) (maio a outubro) (outubro a setembro)
2 6,26 10,04 26,63
5 10,14 15,63 32,16
10 12,72 19,32 35,82
25 15,97 23,99 40,44
50 18,38 27,46 43,88
100 20,78 30,89 47,28
500 26,31 38,84 55,15
1000 28,69 42,26 58,53
10000 36,59 53,60 69,77

Quadro 17
Vazões máximas instantâneas para a PCH Sumidouro

PCH Sumidouro
Vazão Máxima Instantânea (m³/s)
Tempo de
recorrência (anos) 4 meses 6 meses 12 meses
(junho a setembro) (maio a outubro) (outubro a setembro)
2 8,86 14,22 37,70
5 14,36 22,12 45,53
10 18,01 27,36 50,71
25 22,61 33,97 57,26
50 26,03 38,87 62,12
100 29,42 43,74 66,94
500 37,25 54,99 72,98
1000 40,62 59,83 82,87
10000 51,81 75,89 98,78

A Figura 29 ilustra a distribuição das vazões máximas instantâneas para a PCH Sumidouro,
para o ano hidrológico.

Cap. 4 - 41

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Figura 29
Distribuição de probabilidade de vazões máximas instantâneas na PCH Sumidouro

120

100

80
Vazão (m³/s)

60

40

20

0
1 10 100 1000 10000 100000
Tempo de Retorno (anos)

4.3.7. Estudos de Vazões Mínimas

Com o objetivo de caracterizar o regime de vazões mínimas na bacia do ribeirão


Sacramento no local da PCH Sumidouro, foi realizado um estudo de vazões mínimas
anuais. Como indicador de vazões de estiagem foi adotado, de acordo com o manual
“Diretrizes para Projeto de Pequenas Centrais Hidrelétricas” a vazão Q(7,10), que representa
a menor vazão média de sete dias consecutivos, com tempo de recorrência de 10 anos.

O estudo de vazões mínimas tomou por base os dados diários do posto fluviométrico Bom
Jesus do Galho. O Quadro 18 apresenta os valores de vazões mínimas anuais de sete dias
de duração apropriados para este posto.

Esta série foi considerada representativa para os estudos por se localizar próximo ao local
da usina, tendo sido empregada na seqüência dos trabalhos.

Cap. 4 - 42

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Quadro 18
Vazões médias de sete dias mínimas anuais (m³/s) no posto Bom Jesus do Galho

Ano Vazão (m³/s) Ano Vazão (m³/s)


1941 1,62 1962 1,47
1942 1,63 1963 1,13
1943 2,38 1964 1,16
1944 1,58 1965 1,85
1945 2,15 1966 1,56
1946 1,31 1967 1,31
1947 1,07 1968 1,62
1948 0,85 1969 1,09
1949 2,29 1970 1,43
1950 1,61 1971 1,24
1951 1,13 1972 1,38
1952 2,13 1973 1,92
1953 1,56 1974 1,47
1954 1,21 1975 1,28
1955 0,83 1976 1,25
1956 0,79 1977 1,74
1957 1,17 1978 2,10
1958 1,62 1979 2,72
1959 1,08 1980 2,52
1960 1,10 1981 1,77
1961 1,17 1982 1,05
Mínimo 0,79
Média 1,51
Máximo 2,72
Coeficiente de assimetria 0,80

Com base na série apropriada para o posto Bom Jesus do Galho foram estabelecidas as
distribuições empírica e de Weibull de vazões mínimas para o ribeirão Sacramento neste
local. A Figura 30 apresenta a curva de freqüência assim obtida.

Cap. 4 - 43

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Figura 30
Curva de freqüência da vazão mínima média de sete dias em Bom Jesus do Galho

3,0

2,5 Distribuição Empírica


Distribuição de Weibull

2,0
Vazão (m³/s)

1,5

1,0

0,5

0,0
1 10 100
Tempo de retorno (anos)

Através da distribuição de estatística de Weibull determinou-se que a vazão Q(7,10) para o


posto Bom Jesus do Galho é de 0,96 m³/s. Para a determinação da Q(7,10) para o local da
PCH foi utilizada uma relação direta entre as áreas de drenagem conforme a equação:

APCH
Q( 7,10 ) PCH = .Q( 7 ,10) POSTO
APOSTO

Dessa forma, para a PCH Sumidouro foi obtida uma Q(7,10) de 1,55 m³/s.

Atualmente a vazão residual liberada no barramento da PCH Sumidouro é de 0,50 m³/s.


Deste modo, como apenas a dessedentação de animais e a manutenção das funções
ecológicas são os usos a jusante, não se justifica a manutenção do fluxo residual calculado.

4.3.8. Estudos Sedimentológicos e de Vida Útil do Reservatório

A construção de um barramento altera o equilíbrio hidráulico-sedimentológico de um curso


de água, devido à desaceleração da corrente líquida, dando início a um processo de
assoreamento. Dessa forma, os estudos sedimentológicos têm grande importância, ainda
mais no caso de PCHs, uma vez que o processo de assoreamento reduz o pequeno volume
de água existente.

É de grande importância a análise da descarga sólida afluente aos reservatórios, uma vez
que a maior parte da descarga em suspensão sai pelas estruturas extravasoras e/ou circuito
hidráulico de geração, enquanto que o sedimento grosso, como por exemplo, a areia,
permanece no reservatório.

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Assim como acontece com a PCH Bom Jesus do Galho, o reservatório da PCH Sumidouro
encontra-se assoreado, devido à proximidade da zona urbana do município de Bom Jesus
do Galho.

A rede de monitoramento hidrossedimentológico na região da bacia do ribeirão Sacramento,


como normalmente acontece nas bacias brasileiras, tem uma densidade de observação
reduzida. Atualmente, no banco de dados da ANA (HidroWeb) não há nenhum registro de
posto hidrossedimentológico no ribeirão Sacramento, estando disponíveis os seguintes
postos, conforme apresentado no Quadro 19.

Quadro 19
Postos de medição de descarga sólida na bacia do ribeirão Sacramento

Posto Código Rio Área (km²)


56425000 Fazenda Cachoeira D'Antas Rio Doce 10.079
56489998 Raul Soares - Montante Rio Matipó 1.347
56539000 Cachoeira dos Óculos - Montante Rio Doce 15.836
56935000 Dom Cavati Rio Caratinga 784

A partir dos dados de um posto sedimentológico é possível obter a produção específica de


sedimentos (ton/km²/ano) e, com base na área de drenagem estimar o aporte potencial de
sedimentos no local da usina hidrelétrica.

Os dados dos postos foram comparados em termos de descargas sólidas e líquidas


específicas, conforme apresentado na Figura 31.

Figura 31
Descargas sólidas e líquidas específicas nos postos levantados
Descarga sólida específica (ton/d/km²)

10

0,1

0,01
Fazenda Cachoeira D'Antas (56425000)
Raul Soares - Montante (56489998)
0,001 Cachoeira dos Óculos - Montante (56539000)
Dom Cavati (56935000)
0,0001
1 10 100 1000
Descarga líquida específica (l/s/km²)

Como os dados se apresentam relativamente agrupados, foram considerados


representativos para a região em estudo. Assim, os dados dos postos foram agrupados e foi

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elaborada uma curva-chave de sedimentos, relacionando a descarga sólida em suspensão


com a descarga líquida, conforme aparece ilustrado na Figura 32.

Figura 32
Curva-chave de sedimentos dos postos analisados

100000

10000
Descarga sólida (ton/d)

1000

100

10

QS = 0,539.QL1,531
1
R² = 0,824

0,1
1 10 100 1000
Descarga líquida (m³/s)

Tomando por base a expressão analítica definida na Figura 18 e considerando a série de


vazões líquidas médias mensais na PCH Sumidouro foi elaborada uma série mensal de
vazões sólidas em suspensão. Para se estimar a descarga sólida total, admitiu-se que o
material transportado por arraste corresponde a 20% da descarga em suspensão, ou seja, a
descarga sólida total é, portanto, calculada multiplicando-se a descarga em suspensão por
1,20. O Quadro 20 apresenta os resultados obtidos para a PCH Sumidouro.

Quadro 20
Resultados das análises sedimentológicas na PCH Sumidouro

Área de drenagem (km²) 486


Descarga sólida em suspensão (ton/dia) 10,06
Descarga sólida de arraste (ton/dia) 2,01
Descarga sólida total (ton/dia) 12,08
Descarga sólida total (ton/ano) 4.408
Produção específica (ton/ano/km²) 9,07

Ao longo dos anos, o aporte de sedimentos oriundos do município de Bom Jesus do Galho
causou o assoreamento do reservatório e o acúmulo de lixo próximo ao barramento, com
consequente diminuição do volume útil e frequentes obstruções da tomada d’água,
conforme informado pelo operador da usina. Dessa forma, torna-se necessário a adoção de
medidas para mitigar este processo de forma a garantir a geração da usina e impedir que
os equipamentos sejam danificados pelos sedimentos.

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4.4. Estudos Hidráulicos

4.4.1. Curva Cota x Área x Volume

O levantamento topobatimétrico do reservatório da PCH Sumidouro foi efetuado utilizando


dois processos: o primeiro acima da cota do NA do reservatório através de topografia
convencional; o segundo mediante a técnica da batimetria utilizando ecobatímetro e DGPS
para a parte molhada do reservatório.

Estes serviços foram realizados pela HDC Engenharia – Hygrologic Data Collection
Engenharia S/C Ltda. – entre os dias 12 e 13 de janeiro e 18 abril de 2005.

A curva cota x área x volume foi levantada a partir da avaliação das áreas das curvas de
níveis, espaçadas de metro em metro até a cota 414,00 m, conforme apresentado no
Quadro 21 e Figura 33.

Quadro 21
Relação cota x área x volume do reservatório da PCH Sumidouro

Cota (m) Área (m²) Volume parcial (m³) Volume acumulado (m³)
409,36 0 0 0
410,00 214 46 46
411,00 1.724 848 894
412,00 5.311 3.354 4.248
413,00 8.182 6.695 10.943
414,00 11.727 9.901 20.844

Figura 33
Curva cota x área x volume do reservatório da PCH Sumidouro

Área (m²)
14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0
415

414

413
Cota (m)

412

411

410

409
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000
Volume (m³)

Cap. 4 - 47

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4.4.2. Curva-Chave no Canal de Fuga

4.4.2.1. Apresentação

Dada a necessidade de se conhecer as elevações do nível d’água em função das vazões


liberadas no canal de fuga do aproveitamento em estudo, para estimativa da cota de
proteção dos equipamentos da casa de força, faz-se necessária a elaboração da curva-
chave no local.

Tendo em vista a inexistência de lances de régua limnimétricas no local, optou-se pela


estimativa da curva-chave valendo-se da simulação de perfis de linha d’água para diversas
vazões. Para tanto, foi utilizado o modelo hidráulico computacional HEC-RAS, desenvolvido
pelo Hydrologic Engineering Center do U.S. Army Corps of Engineers.

A curva-chave do canal de fuga da PCH Sumidouro foi definida através da modelagem


hidráulica computacional do ribeirão Sacramento no trecho de lançamento do canal de fuga,
realizada a partir de seções topobatimétricas levantadas em campo.

A principal premissa de estudo foi considerar que o nível d’água no canal de fuga da PCH é
definido pela condição de escoamento do rio principal.

4.4.2.2. Condições Gerais

• Medição de Descarga Líquida

As medições de descarga líquida não foram realizadas necessariamente na mesma seção


escolhida para o estabelecimento da curva chave do canal de fuga da PCH. Para a
realização da medição, foram observadas as condições práticas e recomendadas para
medição de vazão. Para o estabelecimento da curva chave buscou-se definir a mesma na
seção mais próxima possível do desemboque do canal de fuga no rio principal.

Nos casos em que a medição de descarga foi realizada em uma seção a jusante daquela
adotada para definição da curva chave, a vazão obtida foi associada ao nível de água
levantado (no mesmo dia) para a seção escolhida para a curva chave.

Portanto, o valor de vazão obtido serviu apenas como referência para a escolha do
coeficiente de rugosidade de Manning a ser adotado nas simulações hidráulicas, e não
necessariamente forçou-se a curva-chave passar sobre o par de cota e vazão medido.

• Coeficiente de Rugosidade de Manning

O valor de vazão resultante da única medição de campo realizada para a PCH em estudo
serviu como referência para a escolha dos coeficientes de rugosidade adotados nas
simulações hidráulicas.

Os coeficientes de rugosidade foram obtidos a partir das características de revestimentos e


obstruções observadas para a calha principal, margens e calha maior das seções
topobatimétricas levantadas, respeitando a faixa de valores indicadas para canais naturais
pelas seguintes referências bibliográficas:

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- BAPTISTA, M.B.; COELHO, M.M.L.P. Fundamentos de Engenharia Hidráulica. Belo


Horizonte: Ed. UFMG, 2003, 2ª. Ed., 437 p.

- U.S. ARMY CORPS OF ENGINEERS. HEC-RAS River Analysis System – Technical


reference manual. Version 3.0: Davis. 2001.

- CHOW, Ven Te. Open-Channel Hydraulics. 22ª. Ed. USA. McGraw Hill, 1986. 680 p.

O coeficiente de rugosidade traduz a resistência ao escoamento proporcionada pelos


diferentes tipos de superfícies existentes nas seções fluviais levantadas para os trechos em
estudo. Para cada seção foi realizada uma análise dos diferentes fatores que influenciam na
resistência ao escoamento:

- irregularidades presentes na calha principal: saliências; depressões; obstruções no leito do


rio;
- tipos de materiais presente no fundo da calha principal: cascalho; areia; solo aluvial,
pedregulhos graúdos; rochas; matacões; etc.;
- variações de forma da seção fluvial que refletem em perturbações no escoamento;
- presença de obstruções nas margens e calha maior das seções, tais como: troncos de
árvores; tipos e densidade de vegetação; construções; muros; etc. avaliados de acordo com
sua extensão no sentido da redução da seção hidráulica e interferência no escoamento.

Para o trecho em estudo da PCH Sumidouro foram adotados valores de coeficientes de


rugosidade de Manning de 0,035 (leito rochoso da calha principal) e 0,040 (calha maior
revestida predominantemente por gramíneas e arbustos) para as seções topobatimétricas
inseridas no modelo HEC-RAS, conforme observações de campo e valores recomendados
pela literatura.

A Figura 34 apresenta o perfil de linha d’água correspondente à vazão medida. Observa-se


a ocorrência do regime de escoamento subcrítico (N.A acima da linha de profundidade
crítica), predominante também na maioria das simulações realizadas para outros valores de
vazões. Destaca-se para o pequeno trecho do ribeirão Sacramento coberto pelas seções
topobatimétricas levantadas, com extensão de apenas 75 m.

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Figura 34
Perfil de linha d’água correspondente à vazão medida – PCH Sumidouro

• Condições de Contorno

De uma forma geral, o termo “seção de controle” é aplicado a qualquer seção ou trecho
fluvial para qual se conhece a profundidade da linha d’água, geralmente condicionado pela
ocorrência do regime de escoamento crítico.

Os controles hidráulicos denominados “controle de seção” (ou local) estão associados à


ocorrência da profundidade crítica, separando, portanto, um trecho de escoamento
supercrítico de outro de regime subcrítico, ou vice-versa.

Os controles hidráulicos denominados “controle de canal” se dá quando a profundidade de


escoamento é determinada pelas características de atrito ao longo do trecho fluvial em
questão, ou seja, quando houver ocorrência de escoamento uniforme.

Em virtude das limitações das informações disponíveis para definição da curva chave do
canal de fuga da PCH (ausência de uma maior quantidade de medições de vazão e cota;
curto trecho de abrangência das seções topobatimétricas levantadas em campo) foi
necessário definir condições de contorno do modelo hidráulico que expressam a hipótese de
escoamento assumida para os trechos a montante a jusante do segmento em estudo.

O modelo HEC-RAS permite a adoção das seguintes condições de contorno para os


estudos de modelagem hidráulica:

- “Know W.S.” = Nível d’água conhecido.


- “Critical Depth” = N.A do escoamento crítico. Neste caso, o programa calcula
automaticamente.
- “Normal Depth” = N.A do escoamento “normal” (uniforme). Neste caso o modelo requer a
declividade da linha de energia (que pode ser aproximada pela declividade da linha d’água
ou do fundo do canal, em m/m) que será usada para calcular, através da equação de
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manning, a profundidade para um regime de escoamento uniforme (denominada de


profundidade normal).
- “Rating Curve” = curva chave conhecida (Tabela de N.As x Vazões).

No caso em que se caracteriza um regime de escoamento supercrítico é necessário a


definição da condição de contorno de montante. Para escoamentos no regime subcrítico,
deve-se informar a condição de contorno de jusante. O manual recomenda a adoção do
regime misto, o que permite, caso ocorra, a simulação tanto no regime supercrítico como
subcrítico. Neste caso, é necessário informar a condição de contorno de montante e de
jusante.

Nas simulações da maioria das PCHs em questão, verificou-se a predominância do regime


de escoamento subcrítico (N.A acima da linha de profundidade crítica), portanto, sendo
necessário o fornecimento de pelo menos a condição de contorno de jusante.

A hipótese adotada nos estudos, conforme recomendação do Manual do HEC-RAS, foi


considerar a declividade “normal” da linha de energia igual a declividade da linha d’água,
sendo esta igual a declividade média do leito do rio, caracterizando assim uma condição de
escoamento uniforme e, consequentemente, um controle hidráulico do tipo canal.

A adoção de qualquer outra hipótese de regime de escoamento e, consequentemente, de


outras condições de contorno, só seria possível se fosse realizado um maior número de
medições de vazão e o levantamento topobatimétrico de um trecho de maior extensão para
a jusante, que contemplasse um controle de seção existente (pilar de uma ponte, cachoeira,
vertedor, etc.).

Vale ressaltar que o manual da Eletrobrás (Diretrizes para estudos e projetos de Pequenas
Centrais Hidrelétricas) não estabelece nenhuma metodologia, premissas ou hipótese para
os estudos de curvas chave dos canais de fuga das PCHs.

A condição de contorno adotada no modelo HEC-RAS foi do tipo “normal depth”


(declividade da linha de energia igual a declividade da linha d’água), ou seja, admitindo-se a
hipótese de escoamento uniforme. Neste caso os valores utilizados foram: 0,00049 m/m
(montante) e 0,01114 m/m (jusante), obtidos do levantamento topobatimétrico.

4.4.2.3. Curva-chave no Canal de Fuga da PCH Sumidouro

Para o estudo da curva-chave do canal de fuga da PCH Sumidouro, como dados de entrada
do modelo hidráulico HEC-RAS, são necessárias seções transversais da calha do rio, perfil
longitudinal, definição das condições de contorno, valores dos coeficientes de rugosidade de
Manning e das vazões escoadas no trecho.

As seções transversais utilizadas no estudo correspondem a três seções topobatimétricas


levantadas na região do canal de fuga. Os desenhos em anexo indicam a localização
dessas seções e apresentam seus respectivos perfis transversais. Além destas seções,
foram interpoladas pelo modelo HEC-RAS outras seções espaçadas à cada 05 metros.

A seção topobatimétrica SB-01 foi a escolhida para representar o local onde se deseja
conhecer os níveis d’água em função das vazões escoadas, tendo em vista sua localização
próximo ao desemboque do canal de fuga da PCH Sumidouro.

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Devido à existência de apenas uma medição de descarga líquida, realizada na seção SB01
do trecho considerado, o que inviabiliza a correta calibração dos parâmetros do modelo,
foram adotados valores do coeficiente de rugosidade de Manning variando entre 0,035 (leito
rochoso da calha principal) e 0,040 (planície de inundação), segundo as características de
cada seção.

A Figura 35 e o Quadro 21 apresentam a curva-chave estimada para a seção próxima ao


desemboque do canal de fuga (SB01). Na Figura 35 é mostrado, ainda, o ponto
correspondente à medição de descarga líquida feita nesta mesma seção do trecho
estudado do ribeirão Sacramento. Salienta-se que a cota altimétrica do NA foi estimada
conjugando as informações do resumo da medição de descarga e o perfil transversal da
referida seção.

Para fins de elaboração do Projeto Executivo, a curva-chave do canal de fuga da PCH


Sumidouro será periodicamente ajustada através da operação das réguas limnimétricas
instaladas e de medições simultâneas de cota e descarga no trecho do canal de fuga
proposto neste projeto de ampliação.

Quadro 21
Curva-Chave na seção do canal de fuga da PCH Sumidouro

Cota (m) Vazão (m3/s) Cota (m) Vazão (m3/s)


327,83 0 329,19 30
328,31 2 329,29 35
328,44 4 329,39 40
328,58 7 329,47 45
328,61 8 329,56 50
328,69 10 329,71 60
328,75 12 329,86 70
328,81 14 330,00 80
328,87 16 330,14 90
328,92 18 330,27 100
328,97 20 330,52 120
329,02 22 330,76 140
329,06 24 330,98 160
329,11 26 331,19 180
329,15 28 331,38 200

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Figura 35
Curva-chave na seção do canal de fuga da PCH Sumidouro

332

332

331

331
Cota (m)

330

330

329

329 Curva-chave na seção SB-01

328 Medição de descarga na SB-01

328
0 30 60 90 120 150 180 210
Vazão (m³/s)

A equação da curva-chave no canal de fuga da PCH Sumidouro é dada pela expressão:

para Q ≤ 35 m³ / s : Q = 14,19.( H − 327,83) 2,5421


H = 0,3532.Q 0,3924 + 327,83

para Q > 35 m³ / s : Q = 17,194.( H − 327,83)1,953


H = 0,2336.Q 0,5115 + 327,83

Onde:
Q – vazão (m³/s)
H – cota (m)

4.4.3. Avaliação da Capacidade de Descarga do Vertedouro

Para o cálculo da capacidade de descarga do vertedouro da PCH Sumidouro utiliza-se a


seguinte equação:

Q = C.L.H 1,5

Onde:
C – coeficiente de vazão
L – largura da crista do vertedouro (m)
H – sobrelevação (m)

No caso da PCH Sumidouro, como houve o aumento do flash-board, temos um coeficiente


de descarga menor, igual a 1,80. Para a PCH Sumidouro a largura do vertedouro é de 25,11
m e a sobrelevação é igual a 0,70 m. Dessa forma temos:
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Q = C.L.H 1,5
Q = 1,80.25,11.0,701,5
Q = 26,47 m³ / s

No entanto, no barramento da PCH ainda existem duas comportas descarregadoras de


fundo, uma em cada obreira, sendo que a da margem direita possui dimensões 0,78 x 1,00
m e a da margem esquerda dimensões 1,25 x 1,25 m. A capacidade de descarga destas
comportas é dado por:

Q = Cd . A. 2.g.H

Onde:
Cd – coeficiente de descarga
A – área da seção (m²)
H – altura de carga (entre o nível de água e o centro do descarregador) (m)
g – aceleração da gravidade (g = 9,81 m/s²)

Neste caso, considera-se um coeficiente de descarga igual a 0,60. Dessa forma a comporta
da margem direita é capaz de descarregar a seguinte vazão:

Q = Cd . A. 2.g.H
Q = 0,6.0,78.1,00. 2.9,81.4,10
Q = 4,20 m³ / s

Para a comporta da margem esquerda temos:

Q = Cd . A. 2.g.H
Q = 0,6.1,25.1,25. 2.9,81.3,97
Q = 8,27 m³ / s

Dessa forma, o vertedouro e as duas comportas de fundo são capazes de descarregar


juntos uma vazão de cheia de 38,94 m³/s, vazão esta inferior a vazão para tempo de
recorrência de 500 anos (78,08 m³/s).

Conforme documento da Cemig Geração e Transmissão S.A. a barragem da PCH


Sumidouro já foi galgada, demonstrando o subdimensionamento das estruturas
extravasoras, que foi prejudicado pela instalação do flash-board fixo ao invés de móveis.

Assim, verifica-se a necessidade de adequar o vertedouro às cheias, através do alteamento


da barragem. O cálculo é feito de acordo com a expressão:

2
 Q  3
H = 
 C.L 

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Onde:
C – coeficiente de vazão
L – largura da crista do vertedouro (m)
Q – vazão descarregada pelo vertedouro de soleira livre (descontada a vazão descarregada
pelas comportas de fundo) (m³/s)

A sobrelevação é verificada para a cheia de 500 anos de tempo de recorrência, conforme


apresentado a seguir:

2
 Q − QCOMPORTAS  3
H =  500 
 C .L 
2
 78,08 − 12,47  3
H = 
 1,8.25,11 
H = 1,30 m

Verifica-se então a necessidade de alteamento da barragem considerando a sobrelevação


para cheia de 500 anos de tempo de retorno, além de 0,50 m de borda livre, resultando num
alteamento de 1,80 m.

4.4.4. Memorial de Cálculo da Perda de Carga

Para a determinação da perda de carga no circuito hidráulico de geração da PCH


Sumidouro foi considerado o arranjo final, de acordo com os desenhos ST-792-B-DB-G11-
401 e ST-792-B-DB-G11-402, constantes no Volume II – Desenhos.

Foi considerada a vazão turbinada de 7,78 m³/s, determinada nas simulações energéticas
preliminares (conforme será apresentado mais adiante no Item 4.6.3), nas quais foi
considerada uma perda de carga de 5%.

Dessa forma, o circuito foi dividido em dois trechos distintos, sendo que para cada um deles
foram levantadas as principais singularidades e feitas as seguintes considerações:

• Trecho 1 – Túnel de adução

Comprimento do trecho: L = 144,00 m


Dimensões do túnel: 2,20 x 2,20 m (De acordo com o desenho US-59 fornecido pela Cemig)
Área da seção: A = 4,84 m²
Velocidade do escoamento: v = 1,61 m/s
Coeficiente de rugosidade: n = 0,030

• Trecho 2 – Conduto forçado

Comprimento do trecho: L = 187,00 m


Diâmetro da tubulação: ø = 1,70 m
Área da seção: A = 2,27 m²
Velocidade do escoamento: v = 3,43 m/s
Coeficiente de rugosidade: n = 0,012

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• Trecho 3 – Conduto forçado (trifurcação)

Comprimento do trecho: L = 17,00 m


Diâmetro da tubulação: ø = 1,10 m
Área da seção: A = 0,95 m²
Velocidade do escoamento: v = 2,73 m/s
Coeficiente de rugosidade: n = 0,012

• Trecho 4 – Conduto forçado (chegada na máquina)

Comprimento do trecho: L = 2,40 m


Diâmetro da tubulação: ø = 0,90 m
Área da seção: A = 0,64 m²
Velocidade do escoamento: v = 4,05 m/s
Coeficiente de rugosidade: n = 0,012

• Trecho 5 – Tubo de sucção

Largura: L = 2,10 m
Altura: H = 2,10 m
Área da seção: A = 4,41 m²
Velocidade do escoamento: v = 0,59 m/s

• Singularidades

Para o cálculo da perda de carga localizada foram consideradas as seguintes


singularidades e os correspondentes coeficientes de perda:

- Tomada d’água (inclui grades e transição): k = 0,50


- Tê de passagem direta: k = 0,60
- Curva de raio longo: k = 2.0,25 = 0,50
- Trifurcação: k = 0,25
- Válvula borboleta: k = 0,25

• Perda de carga localizada

A equação da perda de carga localizada é dada por:

v2
∆H L = Σk .
2.g

Onde:
k – coeficiente de perda de carga
v – velocidade do escoamento (m/s)
g – aceleração da gravidade (g = 9,81 m/s²)

Dessa forma, a perda de carga localizada considerando os dois trechos distintos resulta em:

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1,612 3,43 2 2,73 2 4,05 2


∆H L = (0,50 + 0,60). + 0,50. + 0,25. + 0,25.
2.9,81 2.9,81 2.9,81 2.9,81
∆H L = 0,145 + 0,300 + 0,095 + 0,209
∆H L = 0,749 m

• Perda de carga por atrito

A equação da perda de carga causada pelo atrito é dada pela seguinte expressão:

2
 n.v 
∆H A =  0, 67  .L
 Rh 

Onde:
n – coeficiente de rugosidade
v – velocidade do escoamento (m/s)
Rh – raio hidráulico (m)
L – comprimento do trecho (m)

Assim, para os trechos analisados temos:

2 2 2 2
 0,030.1,61   0,012.3,43   0,012.2,73   0,012.4,05 
∆H A =   .144 + 
0 , 67  0 , 67
 .187 +   .17 + 
0 , 67 
 .2,40
0 , 67 
 0,55   0,43   0,275   0,225 
∆H A = 0,748 + 0,997 + 0,103 + 0,042
∆H A = 1,890 m

• Perda de carga no tubo de sucção

Para o cálculo da perda de carga na saída do tubo de sucção considera-se a seguinte


expressão:

v2
∆H S = k .
2.g

Onde:
∆HS – perda de carga na saída do tubo de sucção
v – velocidade do escoamento (m/s)

O coeficiente neste caso é igual a 1,0, resultando em:

0,59 2
∆H S = 1,0.
2.9,81
∆H S = 0,018 m

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• Equação da perda de carga

A perda de carga para a PCH Sumidouro, considerando as perdas localizadas, por atrito e
na saída da sucção, pode ser expressa pela seguinte equação:

(∆H L + ∆H A ) 2 ∆H S 2
∆H = 2
.QTOTAL + 2
.QUNITÁRIA
QTOTAL QUNITÁRIA
(0,749 + 1,890) 2 0,018 2
∆H = 2
.QTOTAL + 2
.QUNITÁRIA
7,78 22,56
2 2
∆H = 0,0436.QTOTAL + 0,0027.QUNITÁRIA

4.4.5. Verificação da Necessidade de Chaminé de Equilíbrio

De acordo com o manual da Eletrobrás “Diretrizes para Estudos e Projetos de Pequenas


Centrais Hidrelétricas”, a indicação inicial para que não haja necessidade da instalação de
uma chaminé de equilíbrio é obtida a partir da seguinte relação:

L
≤5
H

Onde:
L – comprimento do túnel (m)
H – queda bruta (m)

Dessa forma, para a PCH Sumidouro temos:

L 348,00
= = 4,14
H 84,05

Assim, inicialmente não há indicação de que uma chaminé de equilíbrio poderá ser
necessária nesta usina. A verificação dessa necessidade é feita pelo critério da constante
de aceleração do escoamento no conduto forçado, como apresentado pela equação a
seguir:

v.L
tH =
g .H

Onde:
tH – tempo de aceleração do escoamento (s)
v – velocidade do escoamento (m/s)
g – aceleração da gravidade (9,81 m/s²)

Considerando esta equação têm-se as seguintes condições:


- Para tH < 3,0 s não há necessidade de instalação da chaminé;
- Para tH entre 3,0 e 6,0 s a instalação é desejável mas não obrigatória;
- Para tH > 6,0 é obrigatória a instalação da chaminé.

Para a PCH Sumidouro temos:


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(1,61.144,00 + 3,43.187,00 + 2,73.17,00)


tH = = 1,12
9,81.84,05

Assim, verifica-se que não há necessidade de implantação de uma chaminé de equilíbrio no


circuito de geração da PCH Sumidouro, sendo que a chaminé de equilíbrio existente deverá
ser tamponada.

O tamponamento se dará através da implantação de um plug de concreto a ser instalado


acima da geratriz superior do túnel de adução, com espessura de 1,00 m.

4.4.6. Análise dos Transientes Hidráulicos

Os transientes hidráulicos verificados em condutos sob pressão de aproveitamentos


hidrelétricos têm uma importância muito grande sob os pontos de vista técnico, econômico e
operacional, uma vez que é geralmente nesses regimes que acontecem as pressões e
velocidades extremas. Os transientes que ocorrem em usinas hidrelétricas são devido às
manobras de operação nos grupos geradores (entrada ou saída de operação e aumento ou
diminuição da potência gerada) e às rejeições de carga.

A experiência tem demonstrado que uma correta compreensão, equacionamento e solução


de problemas decorrentes dos mesmos são fundamentais, para as fases de planejamento e
operação.

Para o estudo e análise dos transientes hidráulicos na PCH Sumidouro foram considerados
os trechos de adução em túnel e em conduto, cujas características principais são
apresentadas a seguir:

• Túnel de adução

Comprimento do trecho: L = 144,00 m


Largura: L = 2,20 m
Altura: H = 2,20 m
Área da seção: A = 4,84 m²
Velocidade do escoamento: v = 1,61 m/s

• Conduto forçado

Comprimento do trecho: L = 187,00 m


Diâmetro da tubulação: ø = 1,70 m
Área da seção: A = 2,27 m²
Velocidade do escoamento: v = 3,43 m/s

Inicialmente calcula-se a celeridade, que é a velocidade com que uma onda de pressão se
propaga num fluido, de acordo com a fórmula de Allievi:

9900
a=
D
48,3 + k .
e

Cap. 4 - 59

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Onde:
a – celeridade da onda (m/s)
D – diâmetro da adução (m)
e – espessura da adução (m)
k – coeficiente, função do módulo de elasticidade do material

A seguir são apresentados alguns valores típicos de k:


- Tubos de aço: k = 0,5
- Tubos de ferro fundido: k = 1,0
- Tubos de concreto: k = 5,0
- Tubos de cimento-amianto: k = 4,4
- Tubos de plástico: k = 18,0

Para o túnel considerou-se o coeficiente k igual a 5,0, enquanto que para o conduto forçado
o coeficiente adotado é igual a 0,5. Assim, a celeridade para o trecho de túnel e para o
conduto é dada por:

9900 9900
aT = aC =
2,20 1,70
48,3 + 5,0. 48,3 + 0,5.
0,60 0,012
aT = 1213 m / s aT = 907 m / s

Onde:
aT – celeridade da onda no túnel de adução (m/s)
aC – celeridade da onda no conduto forçado (m/s)

A celeridade média é calculada através da ponderação entre as celeridades e os


comprimentos, conforme apresentado a seguir:

(aT .LT + a C .LC )


a=
LT + LC
(1213.144 + 857.187)
a=
144 + 187
a = 1012 m / s

Onde:
LT – comprimento do túnel de adução (m/s)
LC – comprimento do conduto forçado (m/s)

Em seguida é calculado o tempo crítico, ou seja, o tempo necessário para que uma onda de
pressão se desloque até o final do conduto e retorne ao ponto de partida, através da
seguinte expressão:

Cap. 4 - 60

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2 .L
τ=
a
2.(144 + 187)
τ=
1012
τ = 0,65 s

Onde:
τ – tempo crítico (s)
L – comprimento da adução (m)
a – celeridade da onda (m/s)

A partir do tempo crítico define-se o intervalo para o tempo de fechamento (Tf) ou tempo de
manobra, correspondente ao tempo total transcorrido entre o início e o fim de uma manobra
de equipamento que provoca uma variação na vazão do escoamento, conforme
apresentado a seguir:

2.τ < Tf < 10.τ


1,3 < Tf < 6,5

Calcula-se então a sobrepressão, dada pela equação:

N N2
∆P = ± +N
2 4
2
 L.v 
onde : N =  
 g .H .Tf 

Onde:
L – comprimento da adução (m)
v – velocidade na adução (m/s)
H – queda bruta (m)
Tf – tempo de fechamento (s)

A velocidade média entre os trechos de túnel e conduto é calculada através da ponderação


entre as velocidades e os comprimentos, conforme apresentado a seguir:

(vT .LT + vC .LC )


v=
LT + LC
(1,61.144 + 3,43.187)
v=
144 + 187
v = 2,64 m / s

Dessa forma:

Cap. 4 - 61

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2
 L.v 
N =  
 g .H .Tf 
2
 (144 + 187).2,64 
N =  
 9,81.84,05.Tf 
1,123
N=
Tf 2

Considerando os tempos de fechamento de 3 e 6 s temos:

para Tf = 3 s : para Tf = 6 s :
1,123 1,123
N= = 0,125 N= = 0,031
Tf 2 Tf 2
N N2 N N2
∆P = ± +N ∆P = ± +N
2 4 2 4
0,125 0,125 2 0,031 0,0312
∆P = ± + 0,125 ∆P = ± + 0,031
2 4 2 4
∆P = 42% ∆P = 19%
∆P = −30% ∆P = −16%

Verifica-se que para o tempo de fechamento de 6s a sobrepressão calculada é inferior a


40%, valor adotado pela Cemig.

Cap. 4 - 62

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4.5. Estudos Ambientais

Os estudos ambientais realizados compreendem um diagnóstico preliminar da situação


ambiental atual da PCH Sumidouro, compreendendo suas áreas de geração e reservatório.
Por se tratar de uma hidrelétrica construída há várias décadas, este estudo faz uma
primeira avaliação ambiental do potencial para ampliação e operação dessa geradora.
Portanto, este relatório é a primeira etapa dos trabalhos voltados ao atendimento da
legislação que rege a matéria, no que diz respeito ao licenciamento ambiental, exigido para
a execução de obras de ampliação da usina. Com esses pressupostos, está estruturado
para fornecer subsídios à Cemig - Geração e Transmissão na tomada de decisão sobre o
investimento a ser realizado na PCH Sumidouro.

O relatório ambiental detalhado, com informações quantos aos meios físicos, bióticos e
socio-econômicos, é apresentado no Capítulo 7.

Cap. 4 - 63

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4.6. Estudos Energéticos

4.6.1. Introdução

As simulações energéticas realizadas tiveram por objetivo determinar a potência ótima da


usina, através de análises energético-econômicas, e definir o número de unidades
geradoras a serem instaladas estabelecendo, ao final, os parâmetros energéticos definitivos
da alternativa de motorização selecionada.

A definição da potência ótima a ser instalada foi estabelecida com base em uma análise
benefício-custo incremental, a partir de custos levantados para cada alternativa de
motorização.

4.6.2. Dados Básicos e Critérios Adotados

• Dados Hidrológicos

Foi empregada nas simulações energéticas a série hidrológica mensal originada a partir dos
dados obtidos junto à Agência Nacional de Águas – ANA para o período de janeiro de 1942
a dezembro de 2008, bem como a curva de permanência de vazões e os valores
característicos da série, apresentados no item 4.3.5 deste relatório.

• Quedas

As quedas brutas foram obtidas subtraindo-se da cota do nível de água do reservatório a


cota do nível de água do canal de fuga. O nível normal de montante foi fixado na cota
412,70 m e o nível normal de jusante foi determinado através da curva-chave do canal de
fuga.

Nas simulações preliminares para avaliação da motorização adotou-se uma perda de carga
de 5% ao longo do circuito hidráulico de geração. Após a seleção da potência a ser
instalada, foi realizada nova simulação energética considerando a equação de perda de
carga, apresentada no Item 4.4.4.

• Grupos Geradores e Rendimentos

Para a PCH Sumidouro optou-se pelo emprego de turbina Francis de eixo horizontal
considerando:
- Rendimento da turbina: 89%
- Vazão mínima: 50% da vazão nominal
- Rendimento do gerador: 97%

• Benefícios Energéticos

A energia média é definida como o valor médio das energias geradas ao longo de todo o
período histórico simulado. Para projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas a garantia
física de energia não é calculada a partir de sua energia firme, mas em função da energia
média gerada.

De acordo com a portaria do Ministério de Minas e Energia n°. 463 de 3 de dezembro de


2009, para o cálculo da garantia física de energia deve-se levar em consideração, além das
Cap. 4 - 64

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indisponibilidades forçada e programada, o consumo interno da usina e as perdas elétricas


até o ponto de conexão. Estas perdas foram estimadas em termos percentuais, conforme
apresentado a seguir:

- Consumo interno da usina: 0,05 MWmédios


- Perdas até o ponto de conexão: 0,80%

4.6.3. Determinação da Potência Instalada

4.6.3.1. Simulações Energéticas Preliminares

As simulações energéticas foram realizadas variando-se a potência instalada de 3,00 a 7,50


MW, com intervalo de 0,50 MW, considerando dois e três conjuntos geradores. Os
resultados são apresentados nos Quadros 22 e 23 e na Figura 36.

Quadro 22
Simulações energéticas – Dois conjuntos geradores

Simulações para 2 unidades geradoras


Energia Energia Vazão Fator de
Potência Interrupções
média assegurada turbinada capacidade
(MW) (%)
(MWh) (MWh) (m³/s) (%)
3,0 2,42 2,27 4,23 1,48 80,68
3,5 2,62 2,46 4,94 2,78 74,99
4,0 2,79 2,62 5,65 4,07 69,71
4,5 2,91 2,73 6,36 7,59 64,56
5,0 3,01 2,82 7,07 11,30 60,14
5,5 3,08 2,89 7,78 15,37 55,90
6,0 3,11 2,92 8,49 21,11 51,77
6,5 3,14 2,95 9,20 25,56 48,27
7,0 3,14 2,95 9,91 32,22 44,87
7,5 3,11 2,92 10,62 40,19 41,46

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Quadro 23
Simulações energéticas – Três conjuntos geradores

Simulações para 3 unidades geradoras


Energia Energia Vazão Fator de
Potência Interrupções
média assegurada turbinada capacidade
(MW) (%)
(MWh) (MWh) (m³/s) (%)
3,0 2,42 2,28 4,23 0,00 80,77
3,5 2,63 2,47 4,94 0,19 75,21
4,0 2,81 2,63 5,65 0,74 70,13
4,5 2,95 2,77 6,36 1,48 65,64
5,0 3,07 2,89 7,07 2,41 61,43
5,5 3,17 2,98 7,78 3,33 57,63
6,0 3,26 3,06 8,49 4,07 54,32
6,5 3,32 3,12 9,20 6,11 51,05
7,0 3,37 3,16 9,91 9,44 48,08
7,5 3,42 3,21 10,62 11,48 45,50

Figura 36
Comparação entre as simulações energéticas para duas e três unidades geradoras

3,60

3,40
Energia média gerada (MWh)

3,20

3,00

2,80

2,60
Duas unidades geradoras
2,40
Três unidades geradoras

2,20
2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0
Potência instalada (MW)

Como o ganho energético no caso da implantação de três unidades geradoras é bastante


significativo em comparação à instalação de duas unidades geradoras, optou-se pelo
emprego de três unidades. Além disso, no caso da implantação de duas unidades
geradoras, o período de interrupções na geração por falta de água é muito elevado.

4.6.3.2. Avaliação Econômica

De forma a estimar o custo total para ampliação da PCH Sumidouro para as diversas
potências foram seguidos os seguintes critérios:
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- Os custos dos equipamentos eletromecânicos (turbinas, geradores, ponte rolante,


incluindo equipamentos mecânicos e elétricos acessórios) foram calculados de acordo com
planilhas eletrônicas de cálculo do manual da Eletrobrás “Diretrizes para Estudos e Projetos
de Pequenas Centrais Hidrelétricas”;
- Os custos unitários das obras civis foram obtidos a partir do banco de dados da SPEC.

O Quadro 24 apresenta o custo total estimado para as diferentes motorizações simuladas


para a PCH Sumidouro.

Quadro 24
Estimativa dos custos para as diversas potências

Potência instalada (MW) Custo total estimado (R$)


3,00 18.900.628
3,50 19.956.655
4,00 20.992.529
4,50 21.987.638
5,00 22.915.523
5,50 23.750.600
6,00 24.714.034
6,50 25.560.498
7,00 26.382.704
7,50 27.192.881

Após a definição da potência ótima para a PCH, os custos dos equipamentos


eletromecânicos foram obtidos a partir de consulta a fabricantes, retratando a situação atual
do mercado.

4.6.3.3. Avaliação Energético-Econômica

Para a determinação da potência instalada da PCH Sumidouro foram utilizados os dados


energéticos e de custos apresentados nos itens anteriores, considerando-se como principal
indicador de geração da usina a energia média gerada. Os estudos basearam-se em uma
análise de benefício-custo incremental da usina, conforme Quadro 25.

As análises econômico-energéticas foram efetuadas para taxa de desconto de 12% ao ano


e um período de autorização de 30 anos (dos quais um ano e meio para construção e 28
anos e meio para exploração).

Para avaliar a remuneração da produção energética da usina, admitiu-se como custo de


referência da energia o valor de R$ 146,00/MWh, equivalente ao Custo Marginal de
Expansão constante do Plano Decenal de Expansão de Energia para o Período 2008-2017,
já aprovado pelo Ministério de Minas e Energia, corrigido para a data de referência
(Julho/2010).

Os custos anuais de Operação e Manutenção foram estimados em função da geração da


usina, pela tarifa de R$ 6,00/MWh.

Cap. 4 - 67

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Quadro 25
Análise custo-benefício para a PCH Sumidouro

Potência Energia (MWh) Benefícios (R$) Custos (R$) B - C Incremental B / C Incremental


(MW) Média Anual Anual Incremental Total Anual Incremental (R$) (R$)
3,00 2,42 21.224 3.349.587 - 18.900.628 2.488.848 - - -
3,50 2,63 23.059 3.639.224 289.636 19.956.655 2.631.802 142.955 146.682 2,03
4,00 2,81 24.575 3.878.450 239.226 20.992.529 2.770.322 138.520 100.706 1,73
4,50 2,95 25.882 4.084.695 206.245 21.987.638 2.902.495 132.173 74.072 1,56
5,00 3,07 26.916 4.247.868 163.172 22.915.523 3.024.632 122.136 41.036 1,34
5,50 3,17 27.777 4.383.760 135.892 23.750.600 3.134.135 109.503 26.388 1,24
6,00 3,26 28.565 4.508.065 124.305 24.714.034 3.259.235 125.100 -795 0,99
6,50 3,32 29.082 4.589.777 81.712 25.560.498 3.368.102 108.866 -27.154 0,75
7,00 3,37 29.503 4.656.188 66.412 26.382.704 3.473.355 105.254 -38.842 0,63
7,50 3,42 29.920 4.721.996 65.808 27.192.881 3.577.083 103.728 -37.920 0,63

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Os resultados do estudo de motorização indicam a motorização da usina de Sumidouro com


5,50 MW.

4.6.4. Desempenho Energético da Alternativa de Potência Selecionada

Após a determinação da potência a ser instalada e a conclusão dos cálculos hidráulicos,


determinou-se que a perda de carga no circuito hidráulico de geração é dada pela seguinte
expressão (conforme detalhado no Item 4.4.4):

2 2
∆H = 0,0436.QTOTAL + 0,0027.QUNITÁRIA

O Quadro 26 apresenta o resumo da simulação energética para a alternativa de


motorização selecionada.

Quadro 26
Desempenho energético da alternativa selecionada

Nível máximo normal de montante (m) 412,70


Nível máximo normal de jusante (m) 328,65
Queda bruta (m) 84,05
Perda de carga (m) 2,75
Tipo de turbina Francis
Número de unidades 3
Vazão remanescente (m³/s) 0,50
Potência instalada (MW) 5,50
Energia média (MWmédios) 3,16
Garantia física de energia (MWmédios) 2,89
Fator de capacidade 57,45
Vazão turbinada (m³/s) 8,00
Interrupções (%) 3,70

A Figura 37 apresenta a curva de permanência de quedas líquidas. A queda de referência


correspondente a 95% do tempo é de 81,35 m.

Cap. 4 - 69

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Figura 37
Curva de permanência de quedas líquidas

85,0

84,5

84,0
Queda líquida (m)

83,5

83,0

82,5

82,0

81,5

81,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Frequência (%)

4.6.5. Análise Energético-Econômica da Alternativa de Potência Selecionada

4.6.5.1. Introdução

A avaliação econômico-financeira da PCH Sumidouro foi realizada considerando-se os


seguintes aspectos: o investimento total necessário à implantação do empreendimento, a
energia assegurada da PCH, a tarifa de venda da energia gerada e o cronograma de
implantação proposto, considerando todas as obras da PCH Sumidouro.

4.6.5.2. Indicadores Econômicos

O estudo de viabilidade econômica da PCH Sumidouro seguiu o prescrito pelo “Manual


Eletrobrás/Inventário de PCHs” que solicita o cálculo dos indicadores econômicos
TIR/VPL/PAYBACK pelo método do “Fluxo de Caixa Líquido Descontado”. Os três
indicadores econômicos são descritos a seguir:

• TIR Real do “Project” ou TIR Real do “Equity”– Significa a “Taxa Real Interna de
Retorno” do “Fluxo de Caixa Líquido” que indica a rentabilidade média (% ao ano) do
retorno líquido financeiro sobre o investimento realizado na fase de exploração da PCH
ao longo do seu período de concessão.

• VPL (Valor Presente Líquido) - Significa o lucro extra que o investidor aufere após o
investimento realizado ser recuperado e remunerado na Taxa Real de Desconto ou Taxa
Real de Custo do Capital adotada.

Cap. 4 - 70

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• Payback Tradicional - É o período, em anos, necessário para recuperar o investimento


realizado na implantação da PCH. Neste indicador está incluído o período de construção
da PCH.

Como índices complementares serão apresentados também:

• Índice do kW Instalado (em R$/kW)


• Índice Custo Benefício (ICB) ou Custo de Geração da Energia da PCH, exclusive
tributos (em R$/MWh)

4.6.5.3. Determinação dos Indicadores Econômicos

• Cronograma de Desembolso Financeiro

Foi considerado o seguinte cronograma de desembolso:


- Ano 1: 55%
- Ano 2: 45%

• Investimento Total

Inclui engenharia de otimização do projeto, engenharia executiva, serviços complementares


de campo, obras civis, fornecimento e montagem dos equipamentos eletromecânicos,
administração e engenharia do proprietário, exclusive juros durante o período de construção
da PCH.

• Tarifas de Venda (Demanda + Energia)

Foi considerada uma tarifa de venda de energia de 146,00 R$/MWh, equivalente ao Custo
Marginal de Expansão empregado pelo Plano Decenal de Expansão de Energia para o
período de 2008-2017.

• Custo de Operação e Manutenção da PCH

Foi adotado o índice de 6,00 R$/MWh que inclui todos os gastos ou despesas correlatas à
operação e manutenção da PCH (pessoal, seguros, materiais de consumo, taxa do
Operador Nacional do Sistema - ONS, taxa da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica - CCEE, monitoramento ambiental do reservatório, etc.).

• Custo de Conexão no Sistema CEMIG e Custo de Distribuição (CUSD)

Considerou-se o valor de 3,00 R$/MWh, correspondente ao índice adotado de 6,00


R$/MWh e a redução de 50% no caso de PCHs.

• Período de Exploração da PCH

Foi considerado um período de concessão de 30 anos, correspondendo a 1,5 ano de


construção e 28,5 anos de exploração.

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• Taxa Real de Desconto ou Taxa Real de Custo do Capital

Corresponde ao custo de oportunidade do investimento aplicado no mercado financeiro,


considerando-se a inflação (5% a.a.) e tributos de aplicação (Imposto de Renda e IOF,
equivalentes a 20%). Dessa forma:

(12%.1,05) + 5%
= 22% (Taxa Bruta ao ano)
0,8

A Taxa de Desconto Real adotada (no caso presente de 12% a.a.) é necessária para o
cálculo do VPL do Fluxo de Caixa Líquido.

• Pagamentos de Tributos na Modalidade Lucro Presumido

Foram considerados: PIS, COFINS, Pesquisa e Desenvolvimento, CSSL, IRPJ, CPMF e


taxa ANEEL. No caso de PCHs, não são cobrados Royalties.

• Depreciação dos Ativos (Estruturas Civis e Equipamentos)

A depreciação dos ativos (estruturas civis e equipamentos) serve como base para o cálculo
da CSSL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e IRPJ (Imposto de Renda sobre
Pessoa Jurídica) e foi considerada para o período de 28 anos.

Por último, considerou-se somente a simulação do Fluxo de Caixa Líquido com recursos
próprios de 100% para ter-se a idéia de rentabilidade do “Equity” através da determinação
da “TIR Real do Project”. As grandes empresas, na decisão de seus investimentos,
consideram somente a rentabilidade do “Equity” – TIR REAL do “Project” que é
aconselhável ser superior à Taxa Real de Desconto. Dessa forma não faremos simulação
do “Fluxo de Caixa Líquido” com Financiamento.

4.6.5.4. Resultados

O Quadro 27 apresenta os resultados obtidos da análise energético-econômica para a PCH


Sumidouro.

Quadro 27
Resultados da análise energético-econômica

Investimento total (R$) 25.031.481


Potência instalada (MW) 5,50
Energia gerada (MWmédios) 3,16
Garantia física de energia (MWmédios) 2,89
Custo do MW instalado (R$/kW) 4.551
VPL (R$) 626.980
TIR (%) 12,36
Payback (anos) 9
ICB (R$/MWh) 118,26

Cap. 4 - 72

Engº Magdi A. R. Shaat


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Por entender que o projeto é elegível no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo –


MDL – do Protocolo de Kyoto, será iniciado os trâmites que permitam o acesso aos
benefícios cabíveis do MDL. Dessa forma, as seguintes receitas de venda dos créditos de
carbono originadas pelo projeto contribuirão para a viabilidade do empreendimento,
conforme Quadro 28.

Quadro 28
Receitas de vendas de créditos de carbono

Geração de Fundo de Faturamento


Ano Preço CER Taxa de câmbio
CERs adaptação bruto (R$)
Ano 1 5.900 135.700
Ano 2 5.900 135.700
Ano 3 5.900 135.700
Ano 4 5.900 135.700
Ano 5 5.900 135.700
Ano 6 5.900 2% €10,00 R$2,30 135.700
Ano 7 5.900 135.700
Ano 8 5.900 135.700
Ano 9 5.900 135.700
Ano 10 5.900 135.700
Total 59.000 1.357.000

Serão iniciados os trâmites que permitam o acesso aos benefícios cabíveis do MDL.

Cap. 4 - 73

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4.7. Interligação da Usina ao Sistema de Transmissão

A interligação da PCH Sumidouro ao Sistema de Transmissão será feito em 13,8 kV


conforme parecer de acesso informado pela Cemig Distribuição S.A. e detalhado no Item
6.7.13.

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4.8. Custos

Para a determinação dos custos da PCH Sumidouro foi considerada a data base de Julho
de 2010.

Os custos das turbinas e geradores, bem como dos demais equipamentos mecânicos e
elétricos acessórios, foram obtidos após consulta a fabricantes e refletem a situação atual
do mercado.

Para os custos das obras civis foram utilizados os preços unitários estimados a partir da
experiência em obras similares e do banco de dados da SPEC.

Os custos anuais de operação e manutenção foram estimados em função da geração da


usina, pela tarifa de R$ 6,00/MWh.

Cap. 4 - 75

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