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RELATÓRIO TÉCNICO DO VIADUTO FILADÉLFIA LOCALIZADO NA RUA

ISRAEL PINHEIRO, BAIRRO SÃO PEDRO EM GOVERNADOR VALADARES.

Governador Valadares, 11 de junho de 2019.

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Serviço:

Título Rel. Número Revisão Folha

Relatório técnico do viaduto Filadélfia localizado 01-L.V.F/2019 00 02 de 79


na rua Israel Pinheiro, bairro São Pedro em
Governador Valadares - MG.

Cliente: Prefeitura Municipal de Governador Valadares - PMGV


Obra: Viaduto do Filadélfia
Endereço: Rua Israel Pinheiro, bairro São Pedro, Governador Valadares - MG.

Revisão Data Descrição Sumária


00 11/06/2019 Emissão inicial

____________________________________________________
Oton Silva Soares
OS Estruturas – Soluções Estruturais
Engenheiro Civil – CREA/MG 62.282/D

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Lista de Tabelas

Tabela 1 - Cargas atuantes no pilar P1 do viaduto. .................................................................. 52


Tabela 2 - Dados técnicos das juntas de dilatação JEENE. ...................................................... 57
Tabela 3 – Cálculo da Resistência do concreto por método esclerométrico ............................ 64
Tabela 4 - Relação das patologias e área de consumo estimado. ............................................. 77

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Lista de Abreviaturas

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas.

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Sumário

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 7
1.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 7
1.2 Objetivos Específicos ................................................................................................... 7
2 NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS ................................................................................ 8
3 RELAÇÃO DE DOCUMENTOS RECEBIDOS ................................................................. 9
4 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO REALIZADO EM ABRIL DE 2019 ..................... 10
4.1 Localização ................................................................................................................... 10
4.2 Período de Execução .................................................................................................... 11
4.3 Metodologia .................................................................................................................. 11
4.4 Levantamento Geométrico do Viaduto Filadélfia ....................................................... 12
5 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO VIADUTO FILADÉLFIA .............................. 13
5.1 Dados Técnicos Gerais ................................................................................................. 13
5.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DOS PILARES .............................................. 14
5.3 Levantamento Fotográfico Do Viaduto 1 ..................................................................... 26
5.4 Levantamento Fotográfico do Viaduto 2 ...................................................................... 35
5.5 Levantamento Fotográfico Interno do Viaduto ............................................................ 39
5.6 Levantamento Fotográfico das Lajes do Tabuleiro, Guarda Corpo e Guarda Rodas ... 40
5.7 Levantamento Fotográfico do Pavimento Asfáltico ..................................................... 43
6 APARELHOS DE APOIO ................................................................................................... 45
6.1 Introdução e Nomenclatura dos Aparelhos .................................................................. 45
6.2 Levantamento Fotográfico dos Aparelhos de Apoio .................................................... 46
6.3 Verificação e Dimensionamento dos Aparelhos de Apoio ........................................... 48
6.3.1 Análise das Reações em Estrutura de Concreto Armado ......................................48
6.3.2 Cargas Atuantes .....................................................................................................52
7 JUNTAS DE DILATAÇÃO..................................................................................................57
7.1 Juntas de dilatação Jeene ...............................................................................................57
8 ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS E DESTRUTIVOS ........................................................60
8.1 Esclerometria .................................................................................................................60
8.2 Laudos de Esclerometria ...............................................................................................63
8.3 Cálculo da Resistência do Concreto (Fck) ....................................................................64
9 DETALHAMENTO DA ESTRUTURA SEÇÃO DO CONCRETO ...................................65

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10 LAUDO DE INSPEÇÃO CADRASTRAL (NBR9452/2016) ............................................66
11 LAUDO DE INSPEÇÃO ESPECIAL (NBR9452/2016)....................................................74
12 CLASSIFICAÇÃO DAS PATOLOGIAS E ÁREAS DE REFORÇO ..............................77
13 CONCLUSÃO ....................................................................................................................78
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................79

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Objetivo Geral

O presente relatório tem como objetivo analisar as patologias e resistência estrutural do


viaduto do Filadélfia em Governador Valadares, bem como apresentar projetos de reforço e
soluções quando necessário.

1.2 Objetivos Específicos

 Inspeção da região através do levantamento topográfico da região do viaduto


Filadélfia.
 Realizar levantamento geométrico da estrutura do viaduto Filadélfia.
 Inspeção minuciosa através de levantamento fotográfico e visitas in loco verificando
patologias presente na estrutura.
 Verificar o estado dos aparelhos de apoio, dimensionar e indicar o aparelho de apoio
dimensionado.
 Verificação da resistência atual do concreto e comparação com a resistência projetada,
através de ensaios não destrutivos.
 Análise estrutural das cargas, esforços solicitantes e das deformações da ponte
original, incluindo efeitos de fadiga, influência do concreto e da relaxação dos aços de
protensão ao longo do tempo da vida útil da estrutura.

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2 NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS

ABNT NBR 6118:2014 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento.


ABNT NBR 7187:2003 - Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido -
Procedimento.
ABNT NBR 7584:2012 - Concreto endurecido - Avaliação da dureza superficial pelo
esclerômetro de reflexão - Método de ensaio.
ABNT NBR 8681:2003 - Ações e segurança nas estruturas - Procedimento
ABNT NBR 9452:2016 - Inspeção de pontes, viadutos e passarelas de concreto -
Procedimento.
ABNT NBR 13133:1994 - Execução de Levantamento Topográfico.
ABNT NBR 14166:1998 - Rede de referência cadastral municipal do viaduto.

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3 RELAÇÃO DE DOCUMENTOS RECEBIDOS

Este relatório baseia-se em levantamentos topográficos e pareceres dos projetistas


emitidos anteriormente, todos relacionados a seguir:

 Levantamento Topográfico. Data: 12/05/2019. Empresa: Geo Topografia Ltda. Autor


do parecer: Eng. Cesar Gonçalves dos Santos - Engenheiro Agrimensor - CREA
122945/D.
 Laudos Esclerometria. Data 7/05/2019. Empresa: Santos Pavimentação. Eng. Tatiane
Vieira Machado – Engenheira Civil - CREA-MG 94873/D.
 Relatório de Visita técnica - Data 15/02/2019. Empresa: Prefeitura Municipal
Governador Valadares PMGV – Secretaria Municipal de Planejamento. Eng. Aloísio
Germano da Silveira – CREA-MG 41508/D.

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4 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO REALIZADO EM ABRIL DE 2019

4.1 Localização

O Viaduto localiza-se na rua Israel Pinheiro esquina com rua Eduardo Carlos Pereira e
rua Samuel Gamon, bairro Esplanada, dando acesso imediato ao Clube Filadélfia, no Bairro
Esplanadinha conforme croqui de localização a seguir:

CLUBE FILADÉLFIA

Figura 1 - Croqui de Localização do viaduto.


Fonte: Google Earth Pro

Figura 2 - Viaduto do Filadélfia vista do Bairro São Pedro.

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4.2 Período de Execução

Os trabalhos de campo tiveram início no dia primeiro de abril de 2019, com a visita ao
local, determinando a localização dos pontos topográficos de partida e amarrações, para o
levantamento topográfico, e foram finalizados em 12 de abril de 2019.

4.3 Metodologia

4.3.1 Trabalhos de Campo

O relatório topográfico tem o objetivo efetuar os serviços contratados de as built, por


meio de topografia convencional, do viaduto localizado na rua Israel Pinheiro que serve de
ligação do Centro da Cidade ao Bairro São Pedro. Os serviços foram executados em sua
plenitude, conforme os procedimentos contidos nas normas técnicas ABNT NBR 13133 -
Execução de Levantamento topográfico, e NBR 14166 - Rede de referência cadastral
municipal do viaduto.
A execução dos trabalhos foi norteada pela necessidade de obter resultados altamente
confiáveis de precisão e acurácia, dos produtos gerados a partir da execução das tarefas
relacionadas à materialização de pontos de controle, e coleta de pontos cotados, resultando
num produto fidedigno, quanto às dimensões da estrutura tanto no sentido longitudinal,
quanto obter seções transversais com as dimensões das vigas de sustentação, Lajes, etc.
Foram materializados 10 pontos auxiliares de amarração e coletados 918 pontos
cotados do terreno e da estrutura, utilizando estação total marca GEODETIC modelo GD5.
Foi utilizado para coletar os pontos no solo, (área do entorno e piso do viaduto) bastão com
um mini prisma com constante “0”, que são mais adequados para obter maior precisão.
Para os pontos na estrutura que por definição são inacessíveis, foi utilizado leitura da estação
no modo “sem prisma”, que fornece boa precisão nominal, e ainda oferece muita rapidez no
processo, proporcionando obter um grande número de pontos.

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4.3.2 Serviços de Escritório

Todos os cálculos foram executados e desenhados nos Softwares:


 Sistema TopoGRAPH 98 SE © 1998 - 2002 char *Pointer Informática.
 AutoCAD versão 2013.

4.3.3 Quantidades Realizadas


Implantação de 10 pontos de amarração e 918 pontos cotados.

4.3.4 Equipamentos
Estação Total Marca Geodetic, modelo GD5, com precisão angular de 5” e leitura de
1” e precisão linear de 2mm + 1 ppm.

4.3.5 Equipe
 Cesar Gonçalves dos Santos - Engenheiro Agrimensor - CREA 122945/D.
 Jefferson Gonçalves dos Santos - Auxiliar de Topografia.

4.4 Levantamento Geométrico do Viaduto Filadélfia

O projeto de levantamento topográfico realizado consta impresso em prancha em anexo 1.

Figura 3 – Esquemático básico da viga da pista 1 do viaduto.


Fonte: Eng. Cesar Gonçalves dos Santos

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5 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO VIADUTO FILADÉLFIA

5.1 Dados Técnicos Gerais

Mapa de locação dos pilares do viaduto:

Figura 4 - Mapa de localização dos pilares.

Características geométricas dos 4 pilares:

Figura 5 - Esquemático dos pilares.

Características geométricas:
 Pilar em V com seção quadrada
 Dimensões da base: 0,90 x 0,90 m
 Dimensões do topo: 0,90 x 2,20 m

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5.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DOS PILARES

5.2.1 Pilar P1 - Viaduto 1

Figura 6 – Presença de fissuras e vibração no pilar P1.

Figura 7 – Presença de fissuras e vibração no pilar P1.

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Figura 8 - Pilar com desplacamento de concreto, corrosão das armaduras e destruição de estribos
na parte inferior – vista 3.

Figura 9 - Pilar com desplacamento de concreto, corrosão das armaduras e destruição de estribos
na parte inferior – vista 4.

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Solução Proposta:
Bloco:
1. Remover o solo até o topo do bloco de estacas (infraestruturas).
2. Limpar a superfície lateral e de topo do bloco.
3. Verificar as condições do bloco de estacas.
4. Verificar as condições do bloco quanto à resistência do concreto com ensaios não
destrutivos.
5. Caso a seção do bloco apresente situações desfavoráveis, este deverá ser camisado
conforme o projeto executivo de reforço estrutural do bloco.
6. Verificar a ligação bloco estacas.
7. Verificar as condições das estacas, usando processo executivo apresentado no projeto
de recuperação dos blocos.

Pilar:
Tratamento do Concreto:
1. Antes de qualquer procedimento de remoção do material concreto deve ser verificada
em análise estrutural a garantia da estabilidade do elemento estrutural.
2. Todo processo deverá ser acompanhado pelo projetista estrutural. (A.T.O – Avaliação
Técnica de Obra).
3. Escarificar e remover o concreto na área crítica indicada, em uma seção uniforme
como na imagem abaixo de aproximadamente 5 cm em torno da armadura, por meio
de remoção mecânica por ponteiros e rompedores leves.
4. Usar critérios de segurança na remoção do concreto de forma a controlar ruídos,
vibrações e poeiras.
5. Preparar a superfície através do apicoamento e obtenção de rugosidade suficiente para
aderência do microconcreto ou graute.
6. Limpar a superfície com jato de ar comprimido.
7. Umedecer toda a superfície a ser reconstruída.
8. Usar adesivo epóxi de pega lenta em toda seção de contato concreto velho / novo.

Tratamento da corrosão nas armaduras:


1. Limpar a armadura com lixa, escova de aço ou jateamento de areia.
2. Avaliar a redução de seção da armadura após a limpeza, se esta redução atingir ou

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superar 10% deve ser colocada armadura adicional, integrada ao conjunto através de
traspasses ou soldas, no primeiro caso a área de concreto a demolir deve incluir os
comprimentos de traspasses.
3. Avaliar a necessidade de proteção adicional através de pinturas.
4. Lixar toda armadura retirando a corrosão e verificar se houve redução de área de aço.
5. Adicionar todas as armaduras longitudinais e transversais indicada no projeto de
recuperação e reforço.
6. Pintar toda armadura com primer a base de zinco.
7. Realizar a reconstrução da seção através do preenchimento com microconcreto ou
graute por etapas conforme o detalhamento indicado.

Reforço:
1. Aumentar a seção do pilar inteiro conforme projeto executivo.
2. Verificar o projeto de furos para implantação das armaduras longitudinais e
transversais.

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Projeto básico
Solução Proposta:

Figura 10 - Projeto de reparação do pilar P1.

Solução proposta para reforço:

Figura 11 - Projeto de reforço do pilar P1.

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5.2.2 Pilar P2 - Viaduto 1

Figura 12 - Armação exposta no pilar P2 com processo corrosivo avançado e desplacamento do


concreto – vista 1.

Figura 13 - Armação exposta com processo corrosivo avançado e deformação - vista 2.

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Solução Proposta:
Bloco:
1. Remover o solo até o topo do bloco de estacas (infraestruturas).
2. Limpar a superfície lateral e de topo do bloco.
3. Verificar as condições do bloco de estacas.
4. Verificar as condições do bloco quanto à resistência do concreto com ensaios não
destrutivos.
5. Caso a seção do bloco apresente situações desfavoráveis, este deverá ser camisado
conforme o projeto executivo de reforço estrutural do bloco.
6. Verificar a ligação bloco estacas.
7. Verificar as condições das estacas, usando processo executivo apresentado no projeto
de recuperação dos blocos.

Pilar:
Tratamento do Concreto:
1. Antes de qualquer procedimento de remoção do material concreto deve ser verificada
em análise estrutural a garantia da estabilidade do elemento estrutural.
2. Todo processo deverá ser acompanhado pelo projetista estrutural. (A.T.O – Avaliação
Técnica de Obra).
3. Escarificar e remover o concreto na área crítica indicada, em uma seção uniforme
como na imagem abaixo de aproximadamente 5 cm em torno da armadura, por meio
de remoção mecânica por ponteiros e rompedores leves.
4. Usar critérios de segurança na remoção do concreto de forma a controlar ruídos,
vibrações e poeiras.
5. Preparar a superfície através do apicoamento e obtenção de rugosidade suficiente para
aderência do microconcreto ou graute.
6. Limpar a superfície com jato de ar comprimido.
7. Umedecer toda a superfície a ser reconstruída.
8. Usar adesivo epóxi de pega lenta em toda seção de contato concreto velho / novo.

Tratamento da corrosão nas armaduras:


1. Limpar a armadura com lixa, escova de aço ou jateamento de areia.
2. Avaliar a redução de seção da armadura após a limpeza, se esta redução atingir ou

20
superar 10% deve ser colocada armadura adicional, integrada ao conjunto através de
traspasses ou soldas, no primeiro caso a área de concreto a demolir deve incluir os
comprimentos de traspasses.
3. Avaliar a necessidade de proteção adicional através de pinturas.
4. Lixar toda armadura retirando a corrosão e verificar se houve redução de área de aço.
5. Adicionar todas as armaduras longitudinais e transversais indicada no projeto de
recuperação e reforço.
6. Pintar toda armadura com primer a base de zinco.
7. Realizar a reconstrução da seção através do preenchimento com microconcreto ou
graute por etapas conforme o detalhamento indicado.

Reforço:
1. Aumentar a seção do pilar inteiro conforme projeto executivo.
2. Verificar o projeto de furos para implantação das armaduras longitudinais e
transversais.

Projeto básico
Solução Proposta:

Figura 14 - Projeto de reparação do pilar P2.

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5.1.3 Pilar P3 - Viaduto 2

Figura 15 - Pilar P3 do Viaduto 2 do Filadélfia.

Figura 16 - Pilar P3 do Viaduto 2 do Filadélfia.

Manifestações:
 Sem patologias aparentes.

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6.1.4 Pilar P4 - Viaduto 2

Figura 17 - Armação exposta no pilar P4 com processo corrosivo avançado e desplacamento do concreto.

Figura 18 - Armação exposta no pilar P4 com processo corrosivo avançado e desplacamento do concreto.

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Solução Proposta:
Bloco:
1. Remover o solo até o topo do bloco de estacas (infraestruturas).
2. Limpar a superfície lateral e de topo do bloco.
3. Verificar as condições do bloco de estacas.
4. Verificar as condições do bloco quanto à resistência do concreto com ensaios não
destrutivos.
5. Caso a seção do bloco apresente situações desfavoráveis, este deverá ser camisado
conforme o projeto executivo de reforço estrutural do bloco.
6. Verificar a ligação bloco estacas.
7. Verificar as condições das estacas, usando processo executivo apresentado no projeto
de recuperação dos blocos.

Pilar:
Tratamento do Concreto:
1. Antes de qualquer procedimento de remoção do material concreto deve ser verificada
em análise estrutural a garantia da estabilidade do elemento estrutural.
2. Todo processo deverá ser acompanhado pelo projetista estrutural. (A.T.O – Avaliação
Técnica de Obra).
3. Escarificar e remover o concreto na área crítica indicada, em uma seção uniforme
como na imagem abaixo de aproximadamente 5 cm em torno da armadura, por meio
de remoção mecânica por ponteiros e rompedores leves.
4. Usar critérios de segurança na remoção do concreto de forma a controlar ruídos,
vibrações e poeiras.
5. Preparar a superfície através do apicoamento e obtenção de rugosidade suficiente para
aderência do microconcreto ou graute.
6. Limpar a superfície com jato de ar comprimido.
7. Umedecer toda a superfície a ser reconstruída.
8. Usar adesivo epóxi de pega lenta em toda seção de contato concreto velho / novo.

Tratamento da corrosão nas armaduras:


1. Limpar a armadura com lixa, escova de aço ou jateamento de areia.
2. Avaliar a redução de seção da armadura após a limpeza, se esta redução atingir ou

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superar 10% deve ser colocada armadura adicional, integrada ao conjunto através de
traspasses ou soldas, no primeiro caso a área de concreto a demolir deve incluir os
comprimentos de traspasses.
3. Avaliar a necessidade de proteção adicional através de pinturas.
4. Lixar toda armadura retirando a corrosão e verificar se houve redução de área de aço.
5. Adicionar todas as armaduras longitudinais e transversais indicada no projeto de
recuperação e reforço.
6. Pintar toda armadura com primer a base de zinco.
7. Realizar a reconstrução da seção através do preenchimento com microconcreto ou
graute por etapas conforme o detalhamento indicado.

Reforço:
1. Aumentar a seção do pilar inteiro conforme projeto executivo.
2. Verificar o projeto de furos para implantação das armaduras longitudinais e
transversais.

Projeto básico
Solução Proposta:

Figura 19 - Projeto de reparação do pilar P4.

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5.3 Levantamento Fotográfico Do Viaduto 1

Figura 20 – Destruição do concreto e exposição de armaduras do encontro do viaduto devido a impactos.

Figura 21 - Deteriorização do concreto e exposição das armaduras no encontro do viaduto devido a destruição
da junta de dilatação, infiltrações e falta de manutenção.

26
Figura 22 - Segregação do concreto permitindo entrada de agentes agressivos e destruição do concreto.

Figura 23 - Destruição do concreto, exposição e oxidação das armaduras.

27
Figura 24 - Descontinuidade da concretagem, ocasionando baixa qualidade e enfraquecimento e desplacamento
do concreto.

Figura 25 - Presença de juntas frias na parte inferior da laje, enfraquecimento do concreto, infiltrações na região
da junta e destruição do concreto e exposição da armadura.

28
Figura 26 - Presença de fuligem, eflorescência no balanço lateral da laje, deteriorização do concreto e exposição
da armadura.

Figura 27 - Presença de fuligem, eflorescência, desplacamento do concreto e exposição das armaduras na laje
inferior do balanço externo.

29
Figura 28 - Vista inferior do balanço externo com ausência de junta de dilatação ocasionando infiltração,
deteriorização do concreto e exposição da armadura.

Figura 29 – Falha de concretagem com armaduras expostas na parte inferior do balanço lateral da laje.

30
Figura 30 - Vista inferior do balanço externo com ausência de junta de dilatação, infiltração, presença de
eflorescência e fuligem, desplacamento do concreto e oxidação do concreto.

Figura 31 - Presença de fissuras, desplacamento, oxidação do concreto e deformação do balanço


tanto do viaduto 1 e viaduto 2

31
Figura 32 - Vista do encontro da estrutura do viaduto com infiltrações, e desplacamento superficial do concreto.

Figura 33 - Presença de infiltração no encontro da viga caixão, eflorescência, fuligem, desplacamento do


concreto e corrosão das armaduras na periferia da viga caixão.

32
Figura 34 - Vista inferior do tabuleiro com presença de fuligem, infiltrações, juntas frias

Figura 35 - Vista inferior dos tabuleiros com presença de infiltração, deteriorização e oxidação de concreto
devido à ausência de junta longitudinal e deformação do viaduto.

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Solução Proposta:
1. Preparar a superfície através do apicoamento e obtenção de rugosidade suficiente para
aderência do microconcreto ou graute.
2. Limpar a superfície com jato de ar comprimido.
3. Umedecer toda a superfície a ser reconstruída.
4. Verificar as condições das armaduras perante corrosão.
5. Limpar todas as armaduras retirando a corrosão.
6. Indicar as armaduras adicionais.
7. Pintar todas as armaduras com primer a base zinco.
8. Usar adesivo epóxi de pega lenta.
9. Realizar a reconstrução da seção através do preenchimento com micro concreto ou
graute.

34
5.4 Levantamento Fotográfico do Viaduto 2

Figura 36 - Vista lateral do balanço externo do viaduto 2, mostrando destruição do concreto na região próxima
às juntas e corrosão das armaduras.

Figura 37 - Presença de juntas frias devido a falha de concretagem e manutenção no balanço externo do viaduto
2 ocasionando enfraquecimento e desplacamento do concreto e corrosão das armaduras.

35
Figura 38 - Presença de infiltrações na região da junta com grau avançado de desplacamento, deteriorização do
concreto e corrosão das armaduras no balanço externo.

Figura 39 - Vista inferior do tabuleiro, na região da abertura de inspeção e próxima da junta transversal, com
presença de infiltrações e deteriorização.

36
Figura 40 - Vista inferior do encontro dos balanços internos, das pistas do viaduto, rupturas profundas do
concreto, exposição e oxidação das armaduras devido a deformação e consequentemente infiltração ao longo do
perímetro do viaduto.

Figura 41 - Vista inferior do balanço externo da pista 2 do viaduto com presença de fuligem, junta fria e
exposição das armaduras ao longo do vão.

37
Figura 42 – Desplacamento do concreto na região inferior do balanço externo do viaduto 2.

Figura 43 – Destruição e desplacamento do concreto, infiltração, exposição e oxidação das armaduras.

Solução Proposta:
1. Preparar a superfície através do apicoamento e obtenção de rugosidade suficiente para
aderência do microconcreto ou graute.
2. Limpar a superfície com jato de ar comprimido.
3. Umedecer toda a superfície a ser reconstruída.
4. Usar adesivo epóxi de pega lenta.
5. Realizar a reconstrução da seção através do preenchimento com microconcreto ou
graute.

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5.5 Levantamento Fotográfico Interno do Viaduto

Figura 44 – Vistas interna do caixão do viaduto

Manifestações:
Sem patologias aparentes.

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5.6 Levantamento Fotográfico das Lajes do Tabuleiro, Guarda Corpo e Guarda Rodas

Figura 45 – Vista do guarda-corpo destruído devido a colisão ocasionando infiltrações e enfraquecimento da


estrutura.

Figura 46 - Vista do guarda-corpo na região da junta com enfraquecimento e desplacamento do concreto ao


longo de todo o viaduto.

40
Figura 47 - Vista do guarda corpo na região da junta com destruição do concreto e exposição das armaduras.

Figura 48 - Destruição do concreto, exposição das armaduras do guarda corpo.

41
Solução Proposta:
1. Preparar a superfície através do apicoamento e obtenção de rugosidade suficiente para
aderência do microconcreto ou graute.
2. Limpar a superfície com jato de ar comprimido.
3. Umedecer toda a superfície a ser reconstruída.
4. Usar adesivo epóxi de pega lenta.
5. Realizar a reconstrução da seção através do preenchimento com microconcreto ou
graute.

42
5.7 Levantamento Fotográfico do Pavimento Asfáltico

Figura 49 - Juntas e pistas destruídas do viaduto do Filadélfia na transição encontro e viaduto.

Figura 50 – Destruição da junta transversal, destruição e deformação da pista causando desconforto ao tráfego.

43
Figura 51 - Deformação excessiva mostrando desnível entre as pistas 1 e 2 do Viaduto.

Figura 52 – Deformação entre as pistas causando desconforto ao tráfego.

Solução Proposta:
1. Recuperação do pavimento asfáltico.

44
6 APARELHOS DE APOIO

6.1 Introdução e Nomenclatura dos Aparelhos

Aparelhos de apoio são elementos fundamentais à movimentação natural existente em


algumas estruturas como, por exemplo, pontes e viadutos. São necessários para atender às
condições de estabilidade e movimentação previstas em projetos ao longo de toda a vida útil
destas estruturas.
Devido à sua relevância, estes aparelhos são peças que requerem uma fabricação
cuidadosa e precisa que possa garantir o seu correto funcionamento e durabilidade.
Segundo a EURONORMA aparelho laminado é o “aparelho elastomérico reforçado
internamente com uma ou mais chapas de aço, quimicamente aderidas ao elastômero durante
a vulcanização”.
Quando concebidos e projetados com os princípios de boa técnica, bem fabricados e
ensaiados, instalados adequadamente e em situação onde o meio ambiente não seja
particularmente agressivo, os aparelhos de apoio de elastômero devem apresentar vida útil tão
longa quanto à da própria estrutura.

Aparelho neoprex fretado

São aparelhos de apoio com elastômero, sendo o tipo mais utilizado em toda
construção civil pela sua extensa faixa de aplicação.
O viaduto do Filadélfia utiliza do sistema de aparelhos de apoio de neoprene, e em
cada pilar possui atualmente dois aparelhos de apoios. Estes foram nomeados para melhor
identificação e localização:

 Ap1 e Ap2 no Pilar P1


 Ap3 e Ap4 no Pilar P2
 Ap5 e Ap6 no Pilar P3
 Ap7 e Ap8 no Pilar P4

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6.2 Levantamento Fotográfico dos Aparelhos de Apoio

Aparelhos de Apoio Ap1 e Ap2 do Pilar P1

Figura 53 – Deformação do apoio de neoprene do pilar.

Dimensões verificadas:
 600 x 600 x 60 mm

Solução Proposta:

1. Implantação do pórtico de reação ou consoles nos pilares para o macaqueamento da


superestrutura.
2. Substituição dos aparelhos de apoio conforme o dimensionamento apresentado.

46
Aparelhos de Apoio Ap4 E Ap5 do Pilar P3

Figura 54 – Neoprene deformado com presença de camadas seccionadas.

Dimensões verificadas:
 600 x 600 x 60 mm

Solução Proposta:
1. Implantação do pórtico de reação ou consoles nos pilares para o macaqueamento da
superestrutura.
2. Substituição dos aparelhos de apoio conforme o projeto apresentado.

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6.3 Verificação e Dimensionamento dos Aparelhos de Apoio

6.3.1 Análise das Reações em Estrutura de Concreto Armado

Para análise dos esforços solicitantes e reações nos pilares foi utilizado o software
FTOOL. Consideramos a seção transversal da estrutura e rigidez a flexão da estrutura (EI).
Análises no CYPECAD 3D e SAP 2000 para análise da estrutura do viaduto
apresentada no projeto executivo.

Análise 1 – Cargas permanentes (g) tf:

Figura 55 - Diagrama de esforço cortante (g) - tf.

Figura 56 - Diagrama dos momentos fletores (g) - tf.m.

48
Figura 57 – Envoltórias dos esforços cortantes – Vg + φ.Vq .

Figura 58 - Envoltórias dos momentos fletores – Mg + φ.Mq.

49
Análise 2 com Trem tipo TB 450 kN - Sem Pp 01 E 02

Figura 59 – Esquema estrutural.

Figura 60 - Efeito dos esforços cortantes – φ.V - tf.

50
Figura 61 - Efeito dos momentos fletores – φ.M – tf.m.

51
6.3.2 Cargas Atuantes

Cargas atuantes no viaduto com base no software FTOOL para o dimensionamento


dos aparelhos de apoio:

Carga Permanente (g) φ. Carga móvel (q) Envoltórias


Reação
(tf) (tf) (tf)
Pilar P1 Máx. -155,10 -99,32 -254,42
à esquerda Mín. -155,10 -99,32 -254,42
Pilar P1 Máx. 280,06 135,88 415,94
à direita Mín. 280,06 -19,2 260,86
Tabela 1 - Cargas atuantes no pilar P1 do viaduto.

Cargas Verticais
Reação nominal no pilar P1:
 RP1n máxima: 670,36 tf
 RP1n mínima: 515,28 tf

Reação de projeto no pilar P1:


 RP1d máxima: 1,4 x (440,08) + 1,5 x (235,2) = 968,912 tf
 RP1d mínima: 1,4 x (440,08) + 1,5 x (118,52) = 793,892 tf

COEFICIENTE DE IMPACTO

Segundo a NBR 7188/1984:


 φ = 1,4 – 0,007x 41,93 = 1,11
 φ = 1,11 ( Coeficiente de impacto antigo segundo NBR 7188/1984)

Segundo a NBR 7188/2013:


 CIV (Coeficiente de impacto vertical): 1,231
 CIV (Coeficiente de impacto vertical no balanço): 1,347
 CNF (Coeficiente do número de faixas): 1,05
 φ = 1,62 (Coeficiente novo segundo NBR7188/2013).

52
Força de Frenagem e Aceleração

Segundo a NBR 7188/1984:


 30% x 45 t = 13,5 tf
 5% x 4,07 x 0,5 x 64,19 m = 6,53 tf

Segundo a NBR 7188/2013:


 Hf = 0,25 x B x L x CNF
 Hf ≥ 135 kN

Carga por pilar devido a frenagem e aceleração:


 13,5 / 2 pilares = 6,75 tf

Carga por aparelho de apoio devido a frenagem e aceleração:


 6,75 / 2 aparelhos = 3,375 tf - Força de projeto: 5,063 tf

FORÇA DE AÇÃO DO VENTO


Segundo a NBR 6123/1988
Ponte carregada:
 27,92 tf - Força horizontal transversal aplicada na estrutura.
 13,96 tf - Força horizontal transversal aplicado no pilar.

Ponte descarregada:
 30,91 tf - Força horizontal transversal aplicada na estrutura.
 15,46 tf - Força horizontal transversal aplicada no pilar.
 7,73 tf - Força horizontal transversal aplicado no aparelho de apoio.
(Maior solicitação).
 Força horizontal transversal de projeto: 10,82 tf.

53
6.4 Dimensionamento dos Aparelhos de Apoio

Para a manutenção do viaduto foi necessário o dimensionamento de novos aparelhos


elastomérico, dados apresentados conforme relatório do software SCAPE:

Figura 62 - Relatório de cálculo de aparelho de apoio, página 1, software SCAPE.

54
Figura 63 - Relatório de cálculo de aparelho de apoio, página 2, software SCAPE.

55
6.5 Detalhe Executivo do Aparelho De Apoio

Figura 64 – Esquemático de localização dos novos aparelhos de apoio.

56
7 JUNTAS DE DILATAÇÃO

Juntas de dilatação, também conhecidas como juntas de movimento são dispositivos


criados para absorver a variação volumétrica dos materiais, e também usadas para mitigar os
efeitos da vibração e movimentações inerentes à cada tipo de estrutura. São usualmente
encontradas em pontes, edifícios e ferrovias.
Lajes de concreto, trilhos de trens e oleodutos, por exemplo, expandem e contraem
devido às mudanças de temperaturas inerentes às estações do ano. Sem juntas de dilatação,
essas estruturas poderiam não suportar as tensões resultante e criar rachaduras,
comprometendo sua segurança, estabilidade e durabilidade.

Figura 65 – Junta de dilatação JEENE.

7.1 Juntas de dilatação Jeene

Para a manutenção da junta de dilatação será utilizado a junta JEENE:

Selante Dimensões / Ponto Neutro (-) (+) (-) / (+)


Largura Profundidade Largura Compressão Tração Recalque/
Código
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) Cisalhamento
Junta Transversal - JEENE, Série VV
JJ8097VV 80 120 80 40 40 48
Junta longitudinal - JEENE, Série NJFX – Validar no projeto executivo.
NJ170FX 50 50 250 30 200 60

Tabela 2 - Dados técnicos das juntas de dilatação JEENE.

57
Esquemático das juntas de dilatação:

Figura 66 - Esquemático de localização das juntas transversais.

Figura 67 - Esquemático de localização da junta longitudinal.

58
Projeto básico
Detalhe construtivo das juntas

h1 – Capa asfáltica, h2 – Altura e diâmetro do furo para fixar a armadura,


h3 – Altura do cobrimento da armadura.
Figura 68 - Detalhe de montagem da junta de dilatação JEENE.

Roteiro básico para fixação das juntas

Figura 69 – Roteiro para fixação das juntas de dilatação JEENE.

59
8 ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS E DESTRUTIVOS

8.1 Esclerometria

A avaliação de dureza superficial do concreto pelo esclerômetro de reflexão é prescrita


peça NBR 7584 (ABNT, 1995). Essa avaliação é aplicável na verificação da uniformidade e
na estimativa da resistência à compressão do concreto.
Atualmente o esclerômetro mais utilizado é o chamado martelo Schimdt, onde para a
avaliação da dureza superficial do concreto, o operador do aparelho exerce um esforço de
compressão do pistão contra a superfície do concreto endurecido. “Quando o pistão fica
totalmente comprimido no interior do esclerômetro, ocorre liberação da mola de impacto e a
massa-martelo” é projetada contra a superfície do concreto. (TOBIO, 1967). A energia do
impacto é, em parte, conservada, propiciando, ao fim do impacto, o retorno do martelo. Esse
recuo do martelo fornece um número diretamente na escala graduada do visor do aparelho, o
qual é denominado índice esclerométrico.
Pelo índice esclerômetro, obtém-se informações a respeito da dureza superficial do
concreto.

60
8.1.1 Relatório Fotográfico do Ensaio De Esclerometria

Figura 70 - Laje de balanço externo do Viaduto 1 – Ponto p1.

Figura 71 - Pilar P2 do Viaduto 1 – Ponto p2.

61
Figura 72 - Laje de balanço interno do Viaduto 1 - Ponto p3.

Figura 73 - Laje inferior da viga caixão do Viaduto 1 – Ponto p4.

62
8.2 Laudos de Esclerometria

Figura 74 – Laudo de Esclerometria – Santos Pavimentação.

*Após reanálise o novo valor encontrado do índice corrigido no ponto 3 do Viaduto é de 43.

63
8.3 Cálculo da Resistência do Concreto (Fck)

Para a avaliação da resistência do concreto pelo método esclerométrico foi utilizado outro
cálculo para comparação e confirmação dos valores:

𝐹𝑐𝑘 = 2,77 . 𝑒 0,048.𝑄

Onde:
Q = Índice esclerométrico do aparelho
Fck = Resistência do Concreto

Localização Q Fck
Balanço Externo 40,20 19,08 MPa
Pilar P2 52,40 34,26 MPa
Pista 43,00 21,82 MPa
Caixão 58,90 46,81 MPa
Tabela 3 – Cálculo da resistência do concreto por método esclerométrico

64
9 DETALHAMENTO DA ESTRUTURA SEÇÃO DO CONCRETO

O projeto detalhamento da estrutura do viaduto foi realizado e consta impresso em


prancha em anexo.

Figura 75 – Seção da Viga Caixão e Vista superior do Viaduto.

65
10 LAUDO DE INSPEÇÃO CADRASTRAL (NBR9452/2016)

Ficha de Inspeção cadastral – Viaduto 1 e Viaduto 2


Inspeção Cadastral (ano):
OAE Código: Não tem.
Não possui histórico.
Jurisdição: PMGV. Data da inspeção: Abril de 2019.
Parte I - Cadastro
A - Identificação e localização
Município: Governador Valadares – MG. Sentido: Esplanada – São Pedro.
Localização: Rua Israel Pinheiro esquina
Obra: Viaduto do Filadélfia. com Rua Eduardo Carlos Pereira e Rua
Samuel Gamon, bairro Esplanada.
Projetista:
Ano da construção: 1984
Las Casas – Engenharia de Projetos.
Construtor:
Trem-tipo: TB 360 kN – TB 36 tf. Secretaria Municipal Obras Viárias
SEMOV.
B - Características da estrutura
Comprimento da estrutura
Comprimento e largura: 64,19 x 6,16 m.
Largura total (m): 6,16 m.
Comprimento total (m): 64,19 m.
Largura útil (m): 4,07 m.
Tipologia estrutural
Sistema construtivo: Estrutura moldado no local – Código 1
Natureza da transposição: Avenida – Código
Material: Conc. Protendido – Cód. 2.
2.
Seção tipo: Viga caixão unicelular.
Longitudinal (superestrutura): Mesoestrutura:
Viga bi-apoiada com 2 balanços - Código 1. 2 Apoios na seção longitudinal.
Transversal (superestrutura): Infraestrutura:
Pilares isolados - Código 1. Blocos sobre estacas – Código 2.

66
Características particulares
Comprimento do vão típico (m):
Número de vãos: 1 vão com 2 balanços.
41,95 m.
Comprimento do maior vão (m):
Número de apoios: 2 pilares por viaduto.
41,95 m.
Altura dos pilares (m):
Número de pilares por apoio: 1 pilar.
4,01 m (variável).
Aparelhos de apoio (quantidade e tipo): Juntas de dilatação (quantidade e tipo):
2 aparelhos apoio / pilar tipo neoprene simples. Duas juntas abertas.
Encontros: 2 encontros.
Outras peculiaridades:
Existe um acesso de 60x60 cm na seção caixão em cada viaduto.
Não existe dente de gerber no pilar, para macaqueamento da superestrutura para troca dos
aparelhos de apoios.
C - Características funcionais
Características plani-altimétricas
Região plana com talude desnível de 10 m (Bairro Esplanada – Bairro São Pedro).
Características da pista
Números de faixa: 1 faixa por viaduto. Largura da faixa (m): 3,85 m.

Acostamentos: Não possui. Largura do acostamento (m): Não possui.


Refúgios: Não possui. Largura do refúgio (m): Não possui.
Passeio: 1 passeio. Largura do passeio (m): 1,75 m.
Barreira rígida: 1. Guarda-corpo: Sim.
Pavimento: Concreto com trechos
Drenos: Sim funcionamento parcial.
pequenos em asfalto.
Pingadeiras: Sim com funcionalidade parcial, existem tiras de madeira de fôrma da época
nas pingadeiras.
Gabaritos:
Gabarito vertical do viaduto (m): 4,43 Gabarito navegável da ponte (m):
m. Não possui.

67
Tráfego
Frequência de passagem de carga especial: Não possui.
Parte II – Registro de anomalias
A - Elementos estruturais
Superestrutura:
 Presença de juntas frias.
 Estado de fissuração em alguns pontos.
 Exposição de armaduras lajes face inferior dos balanços internos e externos.
 Corrosão de armaduras.
 Condições superficiais do concreto.
 Desgaste profundo em alguns pontos.
 Deterioração por agentes agressivos.
Mesoestrutura:
 Defeitos construtivos, falha nas condições superficiais do concreto.
 Falhas de concretagem.
 Estado de fissuração em alguns pontos.
 Corrosão de armaduras.
 Esborcinamento de concreto (guarda-corpo e guarda-roda).
Infraestrutura: Blocos com estacas.
Aparelhos de apoio:
 Esmagamento.
 Acúmulo de detritos, ocorrência de agentes agressivos.
 Ruptura.
 Seccionamento do neoprene.
 Distorção excessiva em alguns pontos.
Juntas de dilatação:
 Ausência do perfil de vedação.
 Falta de estanqueidade.
 Saliência ou depressão causando desconforto ao usuário e impacto na obra.
 Deterioração dos berços.
 Abertura excessiva.
Encontros:
 Nas faces laterais apresentam:
 Armaduras expostas com corrosão (lajes do balanço externo e face lateral).
 Deterioração do concreto.
Outros elementos:

68
B – Elementos da pista ou funcionais
Pavimento:
 Erosão e fuga de material.
 Desgaste profundo.
Acostamento e refúgio: Não possui.
Drenagem:
 Deficiência no sistema de drenagem.
Guarda – corpo:
 Fissuração de elementos.
 Exposição das armaduras.
 Quebra de alguns trechos do guarda-corpo e guarda-roda.
Barreira de concreto/ Defensa metálica: Sim barreira de concreto.
C – Outros elementos:
Taludes: sim.
Iluminação: Não possui.
Sinalização: Possui parcial.
Gabaritos: Possui na pista inferior.
Proteção de pilares: Não possui.
D – Informações complementares e recomendações de terapia
Tratamento de toda superestrutura e tratamento URGENTE da mesoestrutura.
Parte III – Classificação da OAE (ver Seção 5)
Estrutural: 2. Funcional: 3.
Durabilidade: 2.
Justificativas:
 Existem elementos com estado ruim que comprometem a segurança estrutural, e
sua evolução pode levar ao colapso estrutural. (Mesoestrutura)
Croquis
Planta do tabuleiro:

69
Corte longitudinal:

Corte transversal:

Seção 1:

Seção 2:

Seção 3:

Detalhes adicionais:

70
Levantamento fotográfico:

Figura 1 – Vista do deslocamento do Viaduto 2 em relação ao Viaduto1.

Figura 2 – Vista superior Viadutos 1 e 2.

Figura 3 – Vista inferior Viadutos 1 e 2.

71
Figura 4 - Vista do pilar P1 – Viaduto 1 (Lado Filadélfia).
NECESSIDADE DE RECUPERAÇÃO URGENTE.

Figura 5 – Vista do pilar P2 – Viaduto 1 (Lado Filadélfia).


NECESSIDADE DE RECUPERAÇÃO URGENTE.

Figura 6 – Vista inferior dos balanços internos Viadutos 1 e 2.


NECESSIDADE DE RECUPERAÇÃO URGENTE.

72
Figura 7 – Vista inferior do balanço externo Viaduto 1.

Figura 8 – Vista da rampa de acesso bairro São Pedro

Figura 9 – Vista do balanço longitudinal - encontro com o bairro São Pedro.

73
11 LAUDO DE INSPEÇÃO ESPECIAL (NBR9452/2016)

Ficha de inspeção especial – Viaduto 1 e Viaduto 2:

Inspeção especial (ano): abril e maio 2019. OAE Código:


Jurisdição: PMGV.
Data da inspeção: abril e maio de 2019.
PARTE I – Síntese do relatório de patologia
1 – Localização
Rodovia ou município: Sentido:
Governador Valadares – MG. Bairro Esplanada - Bairro São Pedro.
Localização:
Obra: Viaduto do Filadélfia. Rua Israel Pinheiro esquina com Rua
Eduardo Carlos Pereira e Rua Samuel
Gamon, bairro Esplanada.
2 – Descrição da obra
Quantidade de vãos: 1 vão com 2 balanços. Comprimento total: 64,19 m.
Pilares: 2 pilares por viaduto. Vigas: Viga caixão unicelular.

Largura total: 64,19 m. Juntas de dilatação:


2 juntas por viaduto.
Tipologia transversal da superestrutura: Tipologia longitudinal da
superestrutura:
Viga caixão unicelular
Bi-apoiado com dois balanços.
Classe: TB360 kN – TB 36 tf.
Observações:
3 – Ensaios realizados:
 Esclerometria.
 Extração de corpo de prova.
4 – Classificação da OAE (Ver Seção 5)
Estrutural: Condição ruim – Código 2.
Durabilidade: Condição regular – Código 2.
5 – Vistoria
Data da vistoria: Abril e maio de 2019.
Recursos de aproximação empregados:

74
6 – Descrição das anomalias
Superestrutura
Laje superior: Condição regular – Código 3.
Laje inferior: Condição regular – Código 3.
Alma da seção caixão unicelular: Condição regular – Código 3.
Mesoestrutura
Vigas travessas: Não tem.
Aparelho de apoio: Condição ruim – Código 2.
Pilares:
Condição ruim - Código 2 (Pilares: P1, P2 e P4).
Condição regular - Código 3 (Pilar P3).
Infraestrutura
Blocos: Definir no projeto executivo.
Fundações: Definir no projeto executivo.
Encontro
Estruturas de encontro: Condição regular – Código 3.
Elementos complementares
Pavimento, sinalização e gabaritos: Condição regular – Código 3.
Passeios e guarda-corpo: Condição ruim – Código 2.
Barreiras rígidas/ defensas metálicas: Não tem.
Juntas: Condição ruim – Código 2.
Drenagem: Condição ruim – Código 2.
Parte II – Síntese do relatório de terapia
1 – Parecer técnico
 A estrutura do viaduto Filadélfia, apresenta danos que comprometam a segurança
estrutural da OAE, sem risco iminente.
 Sua evolução (Patologias dos pilares P1, P2 e P4) - LEVA AO COLAPSO
ESTRUTURAL.
 O viaduto Filadélfia necessita de intervenções urgentes nos pilares em curto prazo
(6 meses).
 O viaduto Filadélfia necessita de intervenções nas patologias da superestrutura
(6 meses).
 O viaduto Filadélfia necessita de intervenções nas patologias da pavimentação.
 O viaduto Filadélfia necessita de intervenções nos aparelhos de apoios (6 meses).
 (8 aparelhos de apoios conforme o projeto apresentado).
75
 O viaduto Filadélfia necessita de intervenções nas juntas de dilatação.
 (4 juntas de dilatação conforme o projeto apresentado).
 O viaduto Filadélfia necessita de verificação dos blocos sobre estacas.
 Bloco do pilar P4 necessita de camisamento estrutural conforme o projeto
executivo.
 O viaduto Filadélfia necessita de verificação das estacas. (Interação solo-
estrutura).
2 – Resumo da análise estrutural
Pontes e Viadutos construídos no período de 1975 a 1985:
Cargas do trem tipo Classe 36 – (360 kN – 36 tf).
Normas:
 NB-1/1978.
 NB-2/1960.
 NB-6/1960.
 Considerava-se trem tipo de 360 kN – 36 tf, carga multidão de 5kN/m² e 3 kN/m².
 Coeficiente de impacto: 1,11.

Em 2019:
 Cargas do trem tipo: TB450 kN ou TB240 kN.
 TB450 consideramos 3 eixos de 150 kN e uma carga superficial de 5 kN/m².
 TB240 consideramos 3 eixos de 80 kN e uma carga superficial de 4 kN/m².
 Coeficiente de ponderação das cargas verticais:
 CIV x CNF x CIA = 1,62.
 Verificar as condições de manutenção de cargas do trem tipo Classe 36 – (360 kN
– 36 tf).
 Utilizar um reforço estrutural na superestrutura para migrar para TB450 kN.
 (Apresentado no projeto executivo).
 Verificar e reforçar os blocos e estacas.
3 – Proposição de restauração e/ou reforço
 Considerar os critérios apresentados no Laudo Técnico do Viaduto Filadélfia.
 Verificar as condições de manutenção de cargas do trem tipo Classe 36 – (360 kN
– 36 tf).
 Realizar a recuperação e reforços em todos os elementos estruturais.
 Verificar a migração para TB 450 kN utilizando reforço.
 Utilizar uma pintura com Denvercoat Poliuretano em toda estrutura.

76
12 CLASSIFICAÇÃO DAS PATOLOGIAS E ÁREAS DE REFORÇO

Para melhor identificação das patologias na estrutura foi criado uma nomenclatura
apresentada no projeto de patologias no Anexo 1. Também foi realizado um levantamento
estimado das áreas relativo às respectivas patologias.

CÓDIGO PATOLOGIAS IDENTIFICADAS MEDIDA APROX.


Ausência de juntas de dilatação
A1 89 m
(transversal e longitudinal)
Desgaste excessivo do pavimento de concreto
B1 45 m²
(261,3 m² por viaduto)
Desgaste excessivo do pavimento asfáltico
B2 40 m²
(261,3 m² por viaduto)
C1 Infiltração 72 m²
D1 Fissuras 12 m²
E1 Eflorescência 72 m²
F1 Fuligem Por todo o viaduto.
G1 Falhas de concretagem 40 m²
G2 Esborcinamento do concreto 40 m²
G3 Desplacamento do concreto 40 m²
G4 Deteriorização do concreto 25 m²
H1 Oxidação das armaduras 50 m²
I1 Deformação da estrutura Todo o comprimento
J1 Vibração excessiva da estrutura Nos balanços
Tabela 4 - Relação das patologias e área de consumo estimado.

77
13 CONCLUSÃO

Um bom projeto de reforço deve ser precedido de uma inspeção detalhada, que
possibilite a obtenção de um diagnóstico capaz de identificar os sintomas, mecanismos,
causas e origem dos problemas patológicos.
Durante os meses de abril e maio de 2019, foi realizado inspeção topográfica,
geométrica e também ensaio superficial através da esclerometria, permitindo qualificar a
estrutura e resistência do concreto do Viaduto Filadélfia.
Após uma minuciosa inspeção foram encontradas patologias ocasionadas tanto por
falhas de concretagem durante a execução do viaduto, destruição e falta de manutenção das
juntas de dilatação e consequentemente infiltrações, desplacamento do concreto e oxidação
das armaduras em locais específicos da superestrutura e mesoestrutura com uma situação mais
critica com recuperação e reforço URGENTE.
Outro dano frequentemente fiscalizado foi eflorescência e fuligem, patologias
encontradas por toda laje inferior do viaduto Filadélfia.
Também foi identificada deformação grave dos aparelhos de apoio e de determinados
trechos da estrutura de concreto do viaduto do Filadélfia.
Portanto ao se analisar a estrutura do viaduto Filadélfia tanto nos aspectos estético,
patológico e quanto ao funcionamento e desempenho estrutural, pôde se concluir a
necessidade da manutenção urgente do viaduto, substituição dos aparelhos de apoio, juntas de
dilatação, pilares e reforço em determinados trechos da estrutura.

78
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT NBR 6118:2014 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento.


ABNT NBR 7187:2003 - Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido
– Procedimento.
ABNT NBR 8681:2003 - Ações e segurança nas estruturas – Procedimento.
ABNT NBR 9452:2016 - Inspeção de pontes, viadutos e passarelas de concreto –
Procedimento.
ABNT NBR 13133:1994 - Execução de Levantamento Topográfico.
ABNT NBR 7584:2012 - Concreto endurecido - Avaliação da dureza superficial pelo
esclerômetro de reflexão - Método de ensaio.
Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações / ed. G.C. Isaia. – São Paulo: IBRACON. 2005.
Manual de Rehabilitación de Estruturas de hormigón. Reparação, refuerzo y protección.
Paulo Helene & Fernanda Pereira. São Paulo: 2003.
SOUZA, Vicente Custódio de, 1948 – Patologia, recuperação e reforço de estruturas de
concreto / Vicente Custódio Moreira de Souza e Thomaz Ripper. – São Paulo: Pini, 1998.
MARCHETTI, Osvaldemar, Pontes de concreto armado – São Paulo: Editora Blucher,
2008.
BRAGA, Walter de Almeida – Aparelhos de apoio das estruturas – São Paulo: Editora
Edgard Blucher: 1986.

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