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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA DE CONSTRUÇÃO CIVIL II – CIV0416 / 2013.1
PROFESSOR: PAULO WALDEMIRO SOARES CUNHA

_______________________________________

ABRAÃO JHONNY DA COSTA BRAZÃO


ANA CLARA DE BRITO XAVIER
ALEX MICAEL DANTAS DE SOUSA
FELIPE CESAR BOSCO DE MIRANDA
FELIPE PEREIRA GUEDES
JOÃO FELIPE MORAIS DE ABREU
_______________________________________

_____________________________________________________________________
VISITA TÉCNICA: REVESTIMENTOS

NATAL / RN
2013
_______________________________________

ABRAÃO JHONNY DA COSTA BRAZÃO


ANA CLARA DE BRITO XAVIER
ALEX MICAEL DANTAS DE SOUSA
FELIPE CESAR BOSCO DE MIRANDA
FELIPE PEREIRA GUEDES
JOÃO FELIPE MORAIS DE ABREU
_______________________________________

_____________________________________________________________________
VISITA TÉCNICA: REVESTIMENTOS

Este relatório foi apresentado


ao Professor Paulo Waldemiro
como requisito parcial de nota
para a disciplina de Construção
Civil II CIV0416 (2013.1 -
T02).

NATAL / RN
2013
Índice

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
2. INFORMAÇÕES DA OBRA ............................................................................................. 5
3. REVESTIMENTOS ............................................................................................................ 6
4. REVESTIMENTO EM ARGAMASSA ............................................................................ 6
4.1. Documentos de Referência ......................................................................................... 6
4.2. Materiais e Equipamentos .......................................................................................... 6
4.3. Método Executivo ........................................................................................................ 7
4.3.1. Condições para início dos serviços ......................................................................... 7
4.3.2. Execução dos serviços ............................................................................................. 7
5. REVESTIMENTO DE PISOS E PAREDES COM PEÇAS CERÂMICAS ............... 10
5.1. Documentos de Referência ....................................................................................... 10
5.2. Materiais e Equipamentos ........................................................................................ 10
5.3. Método Executivo para revestimento de piso com peças cerâmicas ..................... 11
5.3.1. Condições para início dos serviços ................................................................... 11
5.3.2. Execução dos serviços ....................................................................................... 11
5.4. Método executivo para revestimento de paredes com cerâmica ........................... 13
5.4.1. Condições para início dos serviços ................................................................... 13
5.4.2. Execução dos serviços ....................................................................................... 13
6. REVESTIMENTO DE ALVENARIAS - PASTILHAS ................................................ 15
6.1. Generalidades ............................................................................................................ 15
6.2. Argamassa industrializada para assentamento ...................................................... 18
7. REVESTIMENTO DE ALVENARIAS – PASTA DE GESSO .................................... 21
7.1. Generalidades ............................................................................................................ 21
7.2. Procedimento de Execução dos Serviços ................................................................. 23
7.2.1. Documentos de Referência ............................................................................... 23
7.2.2. Materiais e Equipamentos ................................................................................ 24
7.2.3. Método Executivo .............................................................................................. 24
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 27
9. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 28
10. ANEXO .......................................................................................................................... 29
1. INTRODUÇÃO

Este relatório representa o fruto da análise crítica acerca da obra visitada, sendo
dedicado foco ao conteúdo de revestimentos observado no canteiro. A escolha da obra
foi providencial, uma vez que esta encontrava-se na fase de acabamento, tendo a torre
visitada previsão de entrega para cerca de 6 meses.

Visamos com este a criteriosa avaliação dos revestimentos utilizados, sendo


analisada a adequação do tipo de revestimento à obra através de parâmetros técnicos
como funcionalidade e propriedades dos materiais. Outros aspectos a serem observados
concernem quanto à correta execução dos revestimentos desde a escolha dos materiais à
correta escolha dos métodos construtivos inerentes ao tipo utilizado.

É notória a relevância deste tipo de análise, tendo em vista que os revestimentos


concernem à etapa final da execução dos ambientes externos e internos da construção,
representando, portanto, um dos determinantes do conforto dos usuários na edificação.
Desta maneira, justifica-se o esmero para com a execução destas atividades, uma vez
que falhas podem levar à prejuízos econômicos à construtora e desconforto aos usuários
das edificações.

Utilizou-se como referência para a execução destas análises as notas de aula


apresentadas em sala, bem como algumas das bibliografias recomendadas no inicio do
curso para obter-se maior embasamento, além do procedimento de execução dos
serviços disponibilizados pela empresa.

Para potencializar os objetivos do relatório este foi segmentado de modo a englobar


em sua totalidade o conteúdo de revestimentos, sendo dedicada maior atenção à
associação dos tipos de revestimentos escolhidos de acordo com a obra. Primeiramente,
apresentamos algumas informações inerentes à obra como o tipo de edificação a ser
construída e a localização. No que se refere à parte mais técnica, iniciamos a discussão
com uma análise geral dos revestimentos, para então adentrar na execução de seus
componentes.
2. INFORMAÇÕES DA OBRA

 OBRA: Office Tower

 EMPREENDEDORA: PAIVA GOMES

 CONSTRUTOR: PAIVA GOMES

 LOCALIZAÇÃO: Avenida Jaguarari, Natal, RN

 ENGENHEIRO RESPONSÁVEL: Fernando Nóbrega

Descrição do Empreendimento:
O Office Tower é um edifício comercial construído pela empreendedora Paiva
Gomes, projetado especialmente para profissionais e empresários que buscam um
espaço inovador. O empreendimento possui 22 pavimentos, sendo térreos, 02 garagens,
terraço panorâmico na cobertura e 04 elevadores na torre. O empreendimento conta com
236 salas, distribuídas em 18 pavimentos, com 13 salas, uma recepção e dois banheiros
sociais (masculino e feminino) por andar.
O Office Tower possui infraestrutura automatizada, segurança eletrônica
inteligente e uma excelente localização, próximo ao fórum, em plena Jaguarari. A
Figura 1, a seguir, apresenta uma maquete física do empreendimento.

Figura 1 – Maquete Física do Empreendimento.


A figura 2, a seguir, apresenta a planta dos pavimentos destinados à escritórios da
obra visitada.

Figura 2 – Planta do pavimento tipo.

3. REVESTIMENTOS

Apresentamos sequencialmente os diversos tipos de revestimentos observados na


obra, desde os argamassados convencionais, que incluem as atividades de chapisco,
emboço, podendo ser finalizada com reboco ou acabamento cerâmico, gesso, etc.

Sobre as formas de acabamento do revestimento, é apresentados primeiramente os


acabamento cerâmicos das alvenarias e pisos internos, que na obra visitada foram em
porcelanato, prosseguindo com as alvenarias externas revestidas em pastilhas.

Outro revestimento verificado foi o acabado em pasta de gesso, sendo executado


tanto nas alvenarias de bloco cerâmico, bem como nas alvenarias executadas em blocos
de gesso maciço. Este tipo de acabamento tem se difundido bastante devido à
praticidades de seu uso, economia e excelentes resultados em termos de isolamento
termo acústico e redução do peso sobre a estrutura.

4. REVESTIMENTO EM ARGAMASSA

4.1. Documentos de Referência

 Projeto de arquitetura, projeto de esquadrias (quando houver), projeto de


instalações prediais completo, projeto de impermeabilização (quando houver) e
memorial descritivo.
 NBR 13281.

4.2. Materiais e Equipamentos


 Argamassa para revestimento;
 Argamassa para chapisco;
 Nível de mangueira ou nível a laser;
 Trena metálica;
 Prumo de face;
 Esquadro Metálico;
 Colher de pedreiro;
 Desempenadeira de madeira, plástica ou feltrada;
 Régua de alumínio;
 Taliscas para mestras;
 Cortador de juntas (frisador);
 Martelo ou marreta;
 Talhadeira;
 Linha de nylon;
 Arame recozido ou galvanizado 18;
 Pregos;
 Trincha (brocha);
 Esponja;
 Masseira;
 Andaime ou jaú (balancim);
 EPI´s.

4.3. Método Executivo

4.3.1. Condições para início dos serviços

A alvenaria deve estar concluída e fixada ou respaldada e as esquadrias ou contra-


marcos devem estar chumbados ou com os referenciais de vãos definidos. As tubulações
embutidas das instalações prediais devem estar concluídas e testadas.

4.3.2. Execução dos serviços

Iniciar o preparo da base removendo sujeiras tais como óleos, desmoldantes,


eflorescências bem como removendo pregos, fios, etc. Preencher furos provenientes de
rasgos, quebra parcial de blocos e bicheiras de concretagem.

Chapiscar a superfície a ser revestida (quando necessário), e aguardar o tempo


mínimo de 72 horas para a cura do chapisco.

No caso de revestimento externo, locar e afixar os arames de fachada na platibanda.


Analisar os pontos de maior e menor espessura, medindo-se as distâncias entre os
arames e as fachadas.

A Figura 3, a seguir, apresenta o detalhe das alvenarias sem chapisco, mas com as
taliscas já locadas.
Figura 3 – Detalhe das alvenarias sem chapisco e com taliscas.

A figura 4, a seguir, apresenta a alvenaria externa na fase de chapisco, conforme


pode ser observado abaixo.

Figura 4 – Alvenaria na fase de chapisco.

Assentar as taliscas em função de uma distância fixa em relação aos arames da


fachada para posição do revestimento aprumado.

No caso de revestimento interno, identificar os pontos de maior e menor espessura


utilizando esquadro e prumo, assentando as taliscas nos pontos de menor espessura.
Transferir o plano definido por essas taliscas para o restante do ambiente e assentar
as demais taliscas ou mestras contínuas.

Executar as mestras entre as taliscas verticais e aplicar a argamassa de revestimento


em chapadas, espalhando-a e comprimindo-a fortemente com a colher de pedreiro.

Aguardar o ponto de “sarrafeamento” da argamassa, para então sarrafear a mesma


com régua de alumínio apoiada sobre as mestras, em todas as direções.

Quando for utilizada uma só camada de revestimento, deve-se riscar todos os


encontros entre paredes, de maneira a conferir o nivelamento e prumo dos cantos e
rodapés.

Desempenar o pano verificando o ponto de “desempeno” de acordo com o tipo de


acabamento final do revestimento (reboco, cerâmico, gesso e etc.):

 Reboco (para pintura): Desempenar com madeira ou plástico e depois com espuma;
 Emboço (para cerâmica): utilizar régua de alumínio para o acabamento. Caso
necessário, utilizar o desempeno de madeira ou plástico.
As juntas de trabalho devem ser executadas, logo após o desempeno. Deve ser feita
a marcação das juntas com o auxílio de um nível de mangueira ou pelo nível do contra-
marco e em seguida realizar o corte no revestimento com um frisador (cortador de
juntas ou colher de pedreiro).

Observação 01: Para capeaço com 1 (uma) quina deve-se colar a régua de alumínio
na extremidade a ser acabada, preenchendo os espaços vazios com argamassa,
distorcendo com a superfície da régua. Em seguida retirar a régua, e por fim dar o
acabamento com a desempenadeira de madeira e espuma.
Observação 02: Para capeaço com 2 (duas) quinas deve-se colar 2 (duas) réguas de
alumínio presas as laterais da superfície a ser acabada, com grampos. Com as réguas já
presas preencher os espaços vazios entre as réguas com argamassa, e em seguida retirar
as réguas, e por fim dar o acabamento com a desempenadeira de madeira e espuma.

A Figura 5, a seguir, apresenta a execução de revestimento emboço na alvenaria


externa que vai receber posteriormente revestimento de pastilhas.
Figura 5 – Emboço da alvenaria externa.

5. REVESTIMENTO DE PISOS E PAREDES COM PEÇAS CERÂMICAS

5.1. Documentos de Referência

 Projeto de arquitetura, projeto de impermeabilização (quando houver) e


memorial descritivo.
 NBR 13753 e 13867.

5.2. Materiais e Equipamentos

 Peças cerâmicas;
 Argamassa colante;
 Argamassa para rejunte;
 Nível de bolha, nível de mangueira ou nível a laser;
 Serra-mármore com disco de corte diamantado;
 Aparelho de corte manual com riscador de vídea;
 Trena metálica;
 Esquadro metálico;
 Régua de alumínio;
 Prumo de face;
 Desempenadeira dentada de aço (8 mm);
 Espátula de aço;
 Espátula de pvc ou rodo de borracha;
 Colher de pedreiro;
 Martelo de borracha (ou sarrafo de madeira);
 Espaçadores para juntas;
 Frisador para juntas;
 Esponja;
 Masseira;
 Lápis de carpinteiro;
 Linha de nylon;
 Arame recozido ou galvanizado 18;
 Estopa ou bucha de agave;
 Vassoura;
 EPI´s.

5.3. Método Executivo para revestimento de piso com peças cerâmicas

5.3.1. Condições para início dos serviços

A regularização de piso deve estar acabada. Nas áreas úmidas a impermeabilização


deverá estar executada e testada, quando necessário, a proteção mecânica também deve
estar executada. As instalações hidro-sanitárias devem estar concluídas e testadas.

5.3.2. Execução dos serviços

Iniciar o preparo da base removendo as sujeiras impregnadas. A fiada mestra


deve ser definida em 2 (dois) cantos do ambiente, considerando a largura das peças,
paginação do piso (quando houver) e espessuras das juntas.

Uma vez definida a largura da fiada mestra do piso e assentada a mesma, deve-
se esticar uma linha de nylon que servirá de marcação e alinhamento da próxima
fiada.

Espalhar a argamassa colante com o lado liso da desempenadeira dentada de aço


em uma área não muito extensa, para não prejudicar as características de aderência
da massa com as peças cerâmicas. Logo após, com o lado dentado da
desempenadeira, fazer sulcos na argamassa e aplicar a peça cerâmica, empregando
uma leve pressão com o auxílio de um martelo de borracha, obedecendo ao
alinhamento da fiada mestra, mantendo a espessura das juntas constantes, com o
auxílio de espaçadores.

Quando necessário, as peças devem ser cortadas e arrematadas com uso de serra-
mármore provido de disco de corte diamantado ou aparelho de corte manual com
riscador de vídea, antes da aplicação da argamassa colante.

Acabado o serviço de assentamento, deve-se aguardar um período de, no


mínimo, 72 (setenta e duas) horas ou conforme a recomendação do fabricante de
argamassa colante, para o início do rejuntamento. Para execução do rejuntamento,
deve-se providenciar a limpeza e o umedecimento das juntas (a menos que o
fabricante não recomende).

Espalhar o rejunte com um rodo de borracha ou desempenadeira lisa de aço ou


espátula de pvc, e frisar as juntas com um frisador.
Aguardar cerca de 15 (quinze) minutos e efetuar uma limpeza com, esponja,
estopa ou bucha de agave. Aguardar mais uns 15 (quinze) minutos e efetuar mais
uma operação de limpeza.

Para limpeza final do revestimento, lavar o piso com água.

A Figura 6, a seguir, apresenta o porcelanato utilizado no acabamento do


revestimento do piso, caracterizado principalmente pelas suas dimensões maiores
que as convencionais e pela sua baixa absorção de água, exigindo técnica de
assentamento mais apurada dos operários. A figura 7 apresenta o piso ainda acabado
na laje, com o revestimento a ser executado.

Figura 6 – Porcelanato.

Figura 7 – Revestimento do Piso à ser executado nas escadas.


A Figura 8, a seguir, apresenta o revestimento cerâmico empregado nos
banheiros da torre visitada.

Figura 8 – Revestimento cerâmico do piso.

5.4. Método executivo para revestimento de paredes com cerâmica

5.4.1. Condições para início dos serviços

A base deve estar acabada, revestida com argamassa quando necessário e os contra-
marcos de janelas e batentes de portas devem estar chumbados ou com suas referências
de vãos definidas. As instalações hidro-sanitárias devem estar concluídas e testadas

5.4.2. Execução dos serviços

Iniciar o preparo da base removendo as sujeiras impregnadas. A fiada mestra deve


ser definida a partir da primeira fiada de cima para baixo, considerando a altura das
peças, paginação (quando houver) e espessura das juntas, de modo a evitar necessidade
de corte e arremates nas extremidades inferiores e superiores.

Uma vez definida a altura da fiada mestra de uma parede, deve-se transportar
esse ponto para a outra extremidade da mesma utilizando uma mangueira de nível ou
nível laser. Esticar uma linha de nylon entre estes dois pontos para marcar o nível da
primeira fiada, caso ache necessário pode-se fixar uma galga de madeira ou régua de
alumínio para ser utilizado como guia ou simplesmente efetuar um risco na base.

Definida a linha da primeira fiada, deve-se iniciar o assentamento das peças pela
parte superior e depois de concluída a parte acima da fiada mestra, executar a parte
inferior.
Espalhar a argamassa colante com o lado liso da desempenadeira dentada de aço em
uma área não muito extensa, para não prejudicar as características de aderência da
massa com as peças cerâmicas. Logo após, com o lado dentado da desempenadeira, faça
sulcos na argamassa e aplique a peça cerâmica, empregando uma leve pressão, podendo
para isso utilizar um martelo de borracha e seguindo o alinhamento da fiada inferior,
mantendo a espessura da junta constante.

No caso de revestimentos cuja base (verso da cerâmica) possua depressões ou


cavidades com espessura acima de 1 mm, recomenda-se aplicar também a argamassa
colante no verso do revestimento, além da aplicação sobre a superfície a ser revestida.

Em caso de parede, com mudanças de revestimento, utilizaremos a cantoneira


em perfil “U”, já nos cantos vivos utilizaremos a cantoneira “Boleada”, caso esteja
previsto em projeto e orçamento executivo.

Quando necessário, as peças devem ser cortadas e arrematadas, com uso de


serra-mármore provido de disco de corte diamantado ou aparelho de corte manual com
riscador de vídea, antes da aplicação da argamassa colante. Também prever a instalação
de cantoneiras de alumínio nos cantos vivos, quando previsto em projeto. Os cantos
podem ser esquadrejados, sem uso da cantoneira ou frisados.

Sempre executar os cortes e arremates das peças na parte (inferior) junto ao piso
ou última fiada (superior) junto ao forro ou teto.
Acabado o serviço de assentamento, deve-se aguardar um período de no mínimo 72
horas ou conforme a recomendação do fabricante de argamassa colante, para o início do
rejuntamento. Para a execução do rejuntamento, deve-se providenciar a limpeza e
umedecimento das juntas a menos que o fabricante não recomende.

Espalhar o rejunte com um rodo de borracha ou espátula de pvc e frisar as juntas


com um frisador.
Aguardar cerca de 15 minutos e efetuar uma limpeza com esponja, estopa ou
bucha de agave. Aguardar mais uns 15 minutos e efetuar mais outra limpeza.
Para limpeza final do revestimento, lavar com água e detergente líquido neutro.

Nota: Para a execução do revestimento cerâmico em piscinas, com uso de pastilhas


teladas após assentamento das mesmas se faz necessário o corte das telas entre as
cerâmicas.

A Figura 9, a seguir, apresenta o revestimento cerâmico da alvenaria executado nos


banheiros da obra visitada.
Figura 9 – Revestimento cerâmico nas alvenarias.

6. REVESTIMENTO DE ALVENARIAS - PASTILHAS

6.1. Generalidades

As pastilhas são mosaicos que têm, normalmente, 2.55 cm * 2,55 cm e espessura


variando entre 4 mm e 5 mm. São vendidas coladas a folha de papel Kraft para facilitar
a colocação. Esse papel deverá ser retirado posteriormente por lavagem com água
levemente cáustica. Há pastilhas de porcelana, de faiança, vidradas bem como pastilhas
de vidro.

A Figura 10, a seguir, apresenta as pastilhas utilizadas no revestimento da fachada e


das alvenarias externas da edificação, em geral. Na Figura 11, também a seguir, é
apresentado o resultado do revestimento em pastilhas, sendo observado que neste o
rejunte ainda não foi aplicado.
Figura 10 – Pastilhas utilizadas na obra.

Figura 11 – Pastilhas aplicadas no revestimento externo da edificação.

- utilização básica: revestimentos internos ou externos de paredes e pisos, mesmo


curvos ou não regulares;

- base para aplicação: emboço sarrafeado com acabamento rústico (se necessário, a
superfície deverá ser escarificada) de argamassa rica em cimento portland comum,
isenta de impermeabilizantes, devidamente curado (para evitar tensões de retração da
argamassa sobre o revestimento).

- aplicação: sobre a base umedecida, espalhar uma camada de 2 mm de argamassa de


cimento, pasta de cal e areia fina, no traço 1:3:9, em volume, que será sarrafeada e
desempenada, cobrindo uma área tal que possa ser revestida com pastilhas antes do
inicio do seu endurecimento. É necessário observar com rigor o ângulo reto dos cantos.

Ao mesmo tempo, sobre cada placa, na face sem papel, estender uma fina
camada de pasta de cimento branco (sem caulim), no traço 3:2, com água necessária
para conseguir a plasticidade de colagem, Em seguida, segurara placa (retangular) pelos
cautos da lateral (superior) mais estreita, com os dedos polegar e indicador de cada
meio. Depois, encostá-la na parede onde a argamassa fina está fresca e, com ligeira
pressão, afastar os dedos. Com a palma das mãos, pressionar a placa. Finalmente,
proceder ao batimento com um pedaço de madeira e, com a pontada colher de pedreiro,
fazer dois cortes verticais no papel, ao longo das juntas, para possibilitar a expulsão do
ar que possa ficar entre a argamassa e o papel. Terá de ser mantido entre duas placas um
espaçamento regular e observada perfeita linearidade nas aplicações e encontros dos
diversos panos de pastilha, assim como não serão toleradas reentrâncias ou
abaulamentos superiores a 10 mm, em faixa de 5 m. O papel deverá ser retirado com
solução de soda cáustica e água, na proporção de 1:8, aplicada com broxa. Depois, as
pastilhas precisam ser lavadas com água em abundância, com auxilio de pano ou estopa:
ser rejuntadas no dia seguinte com cimento branco e caulim ou corante, no traço 1:1 e,
finalmente, ser limpas, no inicio da pega do rejuntamento, com estopa seca e solução a
10% de ácido muriático. A execução do emboço precisa estar concluída no mínirno 10 d
antes do assentamento do mosaico e não apresentar fissuras, partes ocas ou soltas. Se o
assentamento for leito em piso, não permitir trânsito sobre o mosaico durante os
primeiros 3 d. Até 10 d após a colocação, usar tábuas sobre o piso para distribuir o peso.
A superfície com o mosaico aplicado deve ser mantida úmida, durante 7 d a 10 d,
especialmente em áreas expostas ao sol (pisos externos, fundo de piscinas, paredes
voltadas para o oeste) e lugares muito quentes. Assentamento de grandes dimensões tem
de ser interrompido por juntas de movimentação (de dilatação) longitudinais e/ou
transversais. Em áreas externas, recomendam-se juntas, de 12 mm, em área igual ou
maior a 24 m² ou sempre que a extensão do lado for maior que a 24 m²; em áreas
internas, de 15 mm, em área igual ou maior a 32 m² ou sempre que a extensão do lado
for maior que 7 m. As juntas de movimentação devem ser preenchidas com material
deformável, sendo em seguida vedadas com sendo vedadas com selante flexível.
Aconselha-se consulta ao departamento técnico do fabricante de selante para
informações mais detalhadas. Nunca usar pastilhas de vidro em pisos e piscinas. Estocar
as caixas contendo as placas de mosaico em lugar seco, protegido do sol e separado do
piso.

A figura 12, a seguir, apresenta o detalhe das pastilhas na face que vai receber a
argamassa de assentamento. A figura 13 apresenta a argamassa industrializada utilizada
para o assentamento das pastilhas, bem como dos porcelanatos.
Figura 12 – Detalhe da face externa das pastilhas.

Figura 13 – Detalhe da argamassa industrializada utilizadas para os porcelanatos,


bem como as pastilhas.

6.2. Argamassa industrializada para assentamento

Trata-se de argamassa adesiva mineral, com pó para assentamento das pastilhas com
maior eficiência. A utilização da argamassa pré-fabricada dispensa a base de argamassa
fina normalmente exigida. Com a argamassa pré-fabricada, a pastilha é aplicada
diretamente sobre o emboço, aumentando a resistência e o rendimento da mão-de-obra e
diminuindo o consumo de material, fabricada com aditivos especiais, é bem dosada,
mecanicamente misturada e, portanto, com traço uniforme. A argamassa pré-fabricada
permite melhor acabamento e elimina o risco de desprendimento das pastilhas.
- base para aplicação: emboço cuidadosamente sarrafeado e destorcido. Deverá estar
firme e limpa, isenta de pó, graxa ou qualquer matéria que impeça a boa aderência da
argamassa pré-fabricada.

- preparo:

 para assentamento: é necessário misturar sete volumes de argamassa pré-


fabricada com dois volumes de água limpa e amassar bem até obter argamassa
homogênea c pastosa;
 para rejuntamento: é preciso misturar dois volumes de argamassa pré-fabricada
com um volume de água limpa e bater bem até obter-se nata homogênea;
 a argamassa pré-fabricada, depois de preparada, deverá ser utilizada no prazo
máximo de 3 horas.

- aplicação:

 o tardoz ( verso) das pastilhas, a ser assentado sobre a argamassa, tem de estar
limpo e isento de materiais estranhos que impeçam a boa aderência;
 molhar o emboço com água limpa, de acordo com sua capacidade de absorção,
de modo a não saturá-lo com água;
 estender a argamassa pré-fabricada, na espessura de aproximadamente 3 mm a 4
mm, com o lado liso de uma desempenadeira de aço dentada;
 a seguir, sobre o material aplicado, passar o lado dentado da desempenadeira,
comprimindo-a contra a base, formando sulcos e cordões paralelos (que terão
cerca de 6 mm de altura por 4 mm de largura, com 5 mm de intervalo entre eles),
para garantir o bom assentamento das pastilhas;
 é necessário ser aplicado, de cada vez, apenas o material suficiente para o
assentamento de três a quatro placas de pastilhas. O clima influencia diretamente
o tempo de secagem da argamassa.

- no caso de pastilhas de porcelana, é preciso:

 assentar as placas de pastilhas na parede, diretamente sobre a argamassa


ranhurada;
 bater, com uma desempenadeira apropriada, sobre as placas de pastilha
aplicadas, para obter sua total aderência;
 após 1 h, proceder à retirada do papel, aplicando, com broxa, solução de um
volume de soda cáustica para 8 volumes de água limpa, molhando todo o papel
Kraft;
 limpar bem as pastilhas com a solução de soda cáustica, retirando todos os
requisitos de cola e papel e lavar com água em abundância;
 fazer o rejuntamento com nada da própria argamassa pré-fabricada;
 limpar bem com estopa ou pano, removendo a sobra de nata sobre as pastilhas.

- no caso de pastilhas de faiança, é necessário:

 deitar a placa de pastilhas com a superfície externa voltada para baixo (de modo
que o seu tardoz fique voltado para cima);
 umedecer ligeiramente, com o auxílio de uma broxa, a face das pastilhas que
será fixada na parede (tardoz);
 fazer o rejuntamento com nata da própria argamassa pré-fabricada, aplicando-a
com colher de pedreiro em toda a superfície à vista, juntas e tardoz, das
pastilhas;
 assentar a placa (já rejuntada) na parece sobre a argamassa ranhurada;
 a seguir, proceder da mesma forma que no assentamento das pastilhas de
porcelana;
 como o procedimento das juntas é feito antes da remoção do papel, depois de
retirálo serão necessários pequenos retoques no rejuntamento.
- consumo: 5 kg/m² a 6 kg/m²
- cor: branca
- embalagem: sacos com 25 kg.
- estocagem: a argamassa pré-fabricada para assentamento de pastilhas poderá ser
estocada por seis meses, a partir da data de fornecimento, desde que seja conservado em
local seco e arejado.

A Figura 14, a seguir, apresenta revestimento final em pastilhas utilizado na


alvenaria externa da edificação. A Figura 15, também a seguir, apresenta o revestimento
com os rejuntes executados entre as pastilhas.

Figura 14 – Revestimento em pastilhas.


Figura 15 – Revestimento em pastilhas brancas.

7. REVESTIMENTO DE ALVENARIAS – PASTA DE GESSO

7.1. Generalidades

A construção civil dispõe de três aglomerantes inorgânicos: o cimento, a cal e o


gesso, cada qual com finalidades bem definidas, qualificadas pelas suas propriedades
particulares. Gesso é o termo genérico de uma família de aglomerantes simples,
constituídos basicamente de sulfatos, mais ou menos hidratados e anidros, de cálcio. O
processo industrial do gesso consiste na desidratação por calcinação da gipsita natural,
moagem do produto e seleção com frações granulométricas. O gesso misturado com
água começa a endurecer em razão da formação de uma malha imbricada (em escamas),
de finos cristais de sulfato hidratado.
Depois do inicio da pega do gesso, tal como os outros materiais aglomerantes,
continua a endurecer, ganhando resistência, em um processo que pode durar semanas. A
velocidade de endurecimento da massa de gesso depende dos seguintes fatores:

 Temperatura e tempo de calcinação;


 Finura;
 Quantidade de água de amassamento;
 Presença de impurezas e ou aditivos.

A calcinação realizada em temperaturas mais elevadas ou durante o tempo mais


longo conduz à produção de material de pega mais lenta, porém de maior resistência.
Gessos de elevada finura dão pega mais rápida e atingem maiores resistências, em razão
do aumento da superfície específica, disponível para a hidratação. A quantidade de água
de amassamento influencia negativamente o fenômeno da pega e do endurecimento,
quer por insuficiência, quer por excesso. A quantidade ótima se aproxima da quantidade
teórica de água necessária à hidratação (18,6%). O gesso para revestimento não poderá
conter menos de 60% de gesso calcinado. E fornecido sob a forma de pó branco, de
elevada finura, cuja densidade aparente varia de 0,7 a 1,0. A pega do gesso é
acompanhada de elevação de temperatura, por ser a hidratação uma reação exotérmica.
O tempo de pega é:

 início: de 3 min 45 s a 16 min 40 s


 fim: de 5 min 25 s a 24 min 45 s.
Propriedades: endurecimento rápido, bom isolante térmico e acústico, plasticidade
da pasta fresca c lisura da superfície endurecida. As pastas de gesso, depois de
endurecidas, atingem resistência á tração entre 7 kg/cm5 e 35 kg/cm: e á compressão
entre 50 kg.'ems c 150 kg/cm3. As argamassas com proporção exagerada de areia
alcançam resistência á tração com compressão muito mais reduzida. As pastas e
argamassas de gesso aderem muito bem ao tijolo e aderem mal às superfícies de
madeira. Pode-se executar gesso armado como se faz argamassa armada de cimento,
porém a armadura deve ser de ferro galvanizado. As pastas endurecidas de gesso gozam
de excelentes propriedades de isolamento térmico e isolamento acústico. O gesso é
material que confere aos revestimentos com ele realizados considerável resistência ao
fogo.
Utilização básica: aplicado diretamente como revestimento em paredes internas
executadas com blocos. Dispensa chapisco, embaço ou reboco. A superfície que
receberá o gesso tem de estar bem plana, sem saliências ou desalinhamentos de
argamassa de assentamento ou outros. As caixas de luz deverão ter sido assentadas 2
mm salientes da face das paredes de blocos silico-calcários.
Aplicação: O gesso é usado especialmente em revestimentos. O material presta-se
admiravelmente a esse tipo de serviço, quer utilizado simplesmente como pasta obtida
pelo amassamento do gesso com água, quer em mistura com areia, sob a forma de
argamassa. O revestimento de gesso em pasta ou em argamassa, tal como acontece com
o revestimento feito com argamassas de cal e areia, é feito tanto em uma única camada
quanto em duas. Pode-se proceder ao alisamento final da superfície do revestimento
com desempenadeira ou quando o material já adquiriu dureza suficiente, com raspagem
e/ou lixamento. O material não se presta, normalmente, para aplicações exteriores por se
deteriorar em consequência da solubilização na água. O pó é misturado à água e
aplicado rapidamente, antes que a pasta homogeneizada endureça. A espessura medida
do revestimento em gesso é de até 5 mm. Mais espessa, torna-se antieconômica e tende
a trincar-se. A superfície inferior das lajes de concreto, antes da aplicação direta da
pasta de gesso, terá de receber uma demão de pintura com solução de aditivo adesivo
(emulsão branca viscosa de resina sintética) e água, no traço 1:2 até 1:4, tingida com
cimento comum (para possibilitar a identificação das áreas já pintadas), a fim de
garantir a aderência da pasta de gesso à superfície lisa (sem chapisco) do concreto. O
rendimento é de até 15 m² por trabalhador por dia e o consumo de gesso em pó, na
aplicação sobre a alvenaria de blocos silico-calcários, é de 5 kg/mJ. É fornecido em
sacos de 50 kg a 60 kg, contém o nome de gesso estuque.
A Figura 16 e Figura 17, a seguir, apresentam ilustrações do revestimento que foi
executado em pasta de gesso, quando do caso de alvenarias de tijolo cerâmico, em
detalhe.

Figura 16 – Detalhe da espessura da camada de gesso aplicado.

Figura 17 – Detalhe da espessura da camada de gesso aplicado.

7.2. Procedimento de Execução dos Serviços

7.2.1. Documentos de Referência


Projetos de arquitetura, de esquadrias (portas e janelas), de instalações hidráulicas,
elétricas e memorial descritivo.

7.2.2. Materiais e Equipamentos

 Gesso em pó ensacado;
 Bianco (aditivo adesivo para argamassa);
 Régua de alumínio;
 Régua de alumínio em cantoneira (perfil “L”)
 Desempenadeira lisa de aço;
 Desempenadeira de PVC
 Espátula de aço;
 Mangueira de Nível a laser;
 Trena metálica;
 Prumo de face
 Masseira
 Cavalete ou andeime
 Concha de PVC
 Água
 EPI’s

7.2.3. Método Executivo

a) Condições para o início dos serviços


A alvenaria deve estar concluída e verificada. As superfícies da estrutura de
concreto armado: lajes, vigas e pilares não necessitam estar chapiscados. As superfícies
devem estar isentas de contaminantes e sujeiras em geral, e a estrutura deve estar
preparada com pintura em “Bianco” ou outro adesivo estrutural.

As instalações elétricas (eletrodutos e caixas de luz) devem estar fixadas. A caixas


de luz devem estar protegidas com papel ou pó de serra.

Os contra-marcos de alumínio das esquadrias devem estar fixados. As esquadrias


devem ser protegidas com vaselina líquida, caso estejam instaladas. O mestramento ou
mestras devem estar prontas, antes de iniciar a execução dos serviços.

b) Execução dos serviços

Identificar os pontos mais críticos do ambiente (de maior e menor espessura).


Assentar as mestras nos pontos de menor espessura, considerando um mínimo de 5 mm.
Assentar as demais mestras, iniciando pelas mestras superiores, com transferência
de espessura utilizando fio de prumo ou prumo de face e régua. Depois de concluída as
mestras, executar as mestras corridas. As mestras podem ser de cacos cerâmicos, chapas
finas de madeira ou argamassa de cimento e areia. Devem ser colocadas mestras de 5 à
20 cm das bordas das paredes e teto e de interferências do ambiente. O espaçamento
entre mestras não deve ser superior a 1,50 metros.
Executar as mestras corridas (filetes) com régua de alumínio, com pelo menos 2 m
de comprimento e 2,5 cm de largura. Deve-se aplicar “Bianco” ou outro adesivo
estrutural nas superfícies de concreto no mínimo 24 horas antes da execução do
revestimento de gesso. No caso de aplicação de chapisco deve-se aguardar um prazo
mínimo de 72 horas.

Recomenda-se acabar todos os revestimentos de teto para em seguida iniciar o


revestimento das paredes dos ambientes (no caso de tetos com estuque, sem forro).

Aplicar a pasta de gesso, preenchendo todos os espaços existentes entre as


mestras, e para isso deve-se espalhar a pasta de gesso sobre a desempenadeira de PVC,
com ajuda de uma concha de PVC, e em seguida, pressionar e deslizar a
desempenadeira sobre a superfície para que ocorra a aderência inicial da pasta, em
faixas determinadas pela largura da desempenadeira.
O deslizamento deve ser realizado de baixo para cima nas paredes. Para
regularizar a espessura da camada, deve-se mudar a direção da desempenadeira girando-
a até 90º enquanto é feita a aplicação da pasta. Cada faixa deve ser iniciada com uma
pequena superposição sobre a faixa anterior, e a espessura da camada deve estar entre 1
mm a 3 mm. Aplicar a pasta até chegar na espessura da mestra, em até 4 (quatro)
camadas.

Após concluído o espalhamento da pasta, sarrafear a massa com régua de


alumínio, apoiando a régua nas mestras e fazendo movimentos como se estivesse
cortando a massa.

Retirar a massa da régua com espátula e chapar novamente nos espaços vazios.
Passar a régua novamente. Repetir esta operação até que a superfície esteja preenchida e
homogênea.

Passar a desempenadeira de aço em movimentos horizontais, em sentido contrário


ao do sarrafeamento. Preencher os poros restantes do sarrafeamento com a mesma pasta
utilizada no revestimento.

Executar o arremate dos cantos com desempenadeira de aço e espátula. Em


seguida iniciar a “queima”, espalhando com desempenadeira de aço grande uma mistura
de pasta de gesso do mesmo material utilizado no revestimento, com uma consistência
mais líquida, em movimentos em todos os sentidos. O excesso deve ser retirado com
espátula, em movimentos em todos os sentidos. Repetir o processo mais 2 ou 3 vezes,
até que a superfície fique lisa. Abrir as caixas de elétrica e pontos de luz, retirando o
papel ou pó de serra das mesmas. Limpar a superfície e a área de trabalho.
Observação 01: Para capeaço com 1 (uma) quina deve-se colar a régua de alumínio na
extremidade a ser acabada, preenchendo os espaços vazios com pasta de gesso,
distorcendo com a superfície da régua. Em seguida retirar a régua, e por fim dar o
acabamento com a desempenadeira de aço.

Observação 02: Para capeaço com 2 (duas) quinas deve-se colar 2 (duas) réguas de
alumínio presas as laterais da superfície a ser acabada, com grampos. Com as réguas já
presas preencher os espaços vazios entre as réguas com pasta de gesso, e em seguida
retirar as réguas, e por fim dar o acabamento com a desempenadeira de aço.

A Figura 18, a seguir, apresenta uma vista da alvenaria executada em blocos de


gesso que ainda receberá outra camada de gesso como revestimento final.

Figura 18 – Alvenaria executada em blocos de gesso à ser revestida também


com gesso.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise criteriosa dos inúmeros tipos de revestimento destacados na obra


pode-se aferir a importância desta etapa na execução de obras de construção civil, sendo
dada atenção à adequação de cada tipo de revestimento à um uso específico.

Vale salientar ainda que a escolha de cada revestimento empregado na obra resultou
também da análise de custos dos mesmos, que é um fator determinante para a
viabilidade dos mesmos, dado tratar-se de um empreendimento comercial, não sendo
dispensado, entretanto, para outros tipos de estabelecimento.

Verificou-se que cada tipo de revestimento possui equipamentos, materiais e


processos de execução distintos, e isto resulta na necessidade de melhor qualificação da
mão de obra para adequar-se à versatilidade de usos de revestimentos que veem se
difundindo nos últimos anos e que foi verificada na obra em questão.

Este tipo de trabalho em campo, em termos acadêmicos, é de suma importância,


uma vez que permite aliar a teoria à prática profissional, abrangendo de maneira mais
ampla a formação de todos.
9. REFERÊNCIAS

Yazigi, Walid. A técnica de edificar.10. ed. rev. e atual. São Paulo, Pini, 2009.

Yazigi, Walid. A técnica de edificar.9. ed. rev. e atual. São Paulo, Pini, 1998.

BORGES, A.C. Prática das Pequenas Construções. 8° ed. Ver. e amp. Volume 1. São
Paulo: Edgard Blucher, 2004

VALODOMIRO, P. Notas de Aula de Revestimentos. 2013. UFRN

Procedimento de Execução de Serviços da Empresa.


10. ANEXO

Figura 19 – Foto do Grupo

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