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FÍSICA EXPERIMENTAL COM SUCATAS: A FÍSICA PARA

TODOS!

Isabella Flôr da Silva Carmo, Isadora Xavier da Silva, Mateus Bernadino Mata
Orientadora: Laís Nogueira Corrêa e Castro

Centro Educacional Tia Conceição.


Rua Maria de Jesus Leal, 71/77, Centro. Vassouras, RJ. CEP 27700-000
e-mail: correa_c.lais@hotmail.com

Resumo

Relatamos neste trabalho a montagem e análises de experimentos de Física simples,


realizados através de materiais de fácil acesso e sucatas, os experimentos envolvem toda a
física do ensino médio envolvendo assim, desde a mecânica do primeiro ano ao
eletromagnetismo do terceiro ano e demonstramos através destes como a Física está inserido
em nosso cotidiano Através deste trabalho foi possível visualizar a Física de forma mais
interessante, pois vemos os fenômenos aprendidos na prática e construídos por nós o que
torna o trabalho bem mais interessante, do que reproduzir experimentos já prontos em um
laboratório, como já dizia o filosofo Confúcio: “Se você me conta, eu esqueço; se você me
mostra, eu lembro; se você me envolve, eu compreendo” foi neste foco que o trabalho foi
desenvolvido. E esse conceito pode se comprovar com a pesquisa realizada na escola sobre a
física dos experimentos. Através do manuseio dos experimentos podemos demonstrar alguns
conceitos Físicos e mostrar a partir dos mesmos como pequenas descobertas são inteiramente
importantes para o desenvolvimento do mundo em que vivemos e para uma maior
compreensão da física que conhecemos. Criamos com este material um pequeno manual de
experimentos simples o qual pretendemos ampliá-lo. Pretendemos ampliar este trabalho
também para criar laboratórios de sucatas e transmitir essas idéias para várias escolas que
poderão assim melhorar cada vez mais o ensino de ciências.
Palavras chave: Física. Sucatas. Experimentos.

Introdução

Considerando a importância de consolidar conceitos aprendidos no ensino médio,


foram realizados experimentos envolvendo conteúdos desde a física mecânica até o
eletromagnetismo. Estes experimentos foram realizados com base em estudos realizados por
grandes estudiosos que desde sempre contribuem para os avanços da física.
A disciplina de física é uma disciplina fundamental para nossas vidas, pois através
dela podemos compreender tudo ao nosso redor, mas muitas vezes ela é não é bem vista pela
maioria dos jovens, pois muitos educadores não propõem coisas diferentes e sabemos que
muitas vezes é complicado a questão do tempo de aula e outros, mas com estes os próprios
alunos desenvolverão e se encantarão com a disciplina, que muitas vezes é mascarada com
apenas fórmulas e o conceito principal por vezes é esquecido assim, parecendo que o que se
está estudando não faz parte da vida. E através deste, pensamos em ampliar no futuro essas
idéias para que esse conhecimento chegue cada vez mais no máximo de escolas.
O seguinte trabalho tem o intuito de mostrar como a Física está presente no nosso
cotidiano. Mostramos a facilidade de compreensão de várias propriedades físicas a partir da
montagem de alguns experimentos, feitos através de materiais recicláveis. No
desenvolvimento do trabalho irá mostrar como algumas propriedades antes vistas como
complexas, podem ser entendidas através de experimentos de fácil manuseio, construídos em
casa. Além de todas as experiências realizadas, apresenta também o resultado de uma
pesquisa feita em nossa instituição, totalizando 61 alunos das respectivas turmas: 9º ano do
Ensino Fundamental, 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio. A pesquisa consta de duas perguntas
relacionadas à aplicação da Física nas escolas. Assim acreditamos que esse trabalho poderá
contribuir para o aprendizado de física em muitas instituições de ensino que muitas vezes não
possuem laboratórios.

Objetivo

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Expor, esclarecer e enfatizar o conteúdo de física estudado e os que ainda serão
estudados durante o ensino médio, através de experimentos práticos e com materiais simples a
fim de proporcionar um melhor aprendizado sobre as áreas da física.

Materiais e métodos

Em todos os experimentos a seguir foram utilizados materiais de fácil acesso


ou de sucatas, para explicar melhor os vários conceitos existentes nas ciências. Os
experimentos foram desenvolvidos na escola CETIC - Peter Pan, com a ajuda dos colegas de
turma. Este trabalho teve início em 05 de Junho de 2013 e término dia 23 de agosto de 2013.

Movimento uniforme - É o movimento dos corpos que apresentam velocidade escalar


constante em qualquer intervalo de tempo.
Efeito dominó - Este experimento é muito simples. São necessárias apenas algumas peças de
dominó (Figura 1). Basta enfileirar os dominós, em pé e derrubar o primeiro,
consequentemente todos os dominós serão derrubados em um movimento uniforme.

(Figura 1)

Bolhas confinadas - Neste experimento foram usados um pouco de detergente, durex e um


equipo macro-gota. Foi colocado o detergente dentro do equipo de forma que ficasse com
uma única bolha e depois foi tampado as duas entradas do equipo. Ao mover o equipo foi
possível perceber que a bolha confinada no mesmo, mantinha um movimento uniforme.

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(Figura 2) (Figura 3) (Figura 4)

Movimento uniformemente variado (acelerado e retardado) – É o movimento dos corpos


que variam sua velocidade, aumentando ou diminuindo.
Carrinho conta-gotas - Este experimento foi feito com um carrinho de brinquedo, um conta
gotas, fita adesiva e papel cartão. Foi preso o conta gotas no carrinho de brinquedo com a fita
adesiva e construído uma rampa com o papel cartão (Figura 5). Ao soltar o carrinho na rampa
(Figura 6) pode-se concluir que ao descer, o carrinho estava em movimento acelerado, e que
quando chegou no plano começou a perder velocidade o que demonstra o movimento
retardado (Figura 7).

(Figura 5) (Figura 6) (Figura 7)

Bolinha na rampa - Neste experimento foi usado uma folha de papel cartão e uma bola de
gude. Foi construída uma rampa com o papel cartão e depois foi feito comparações sobre a
velocidade da bolinha quando foi jogada de cima da rampa (Figura 8) e quando foi empurrada
de baixo para cima (Figura 9). Pode-se perceber que o primeiro movimento foi acelerado
(Figura 10) e o segundo retardado.

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(Figura 8) (Figura 9) (Figura 10)

Movimento oblíquo/horizontal/vertical
Queda de moedas - Neste experimento foram utilizadas duas moedas iguais, uma régua e
uma mesa para base. Foi colocada uma das moedas sobre uma das pontas da régua e a outra
ao lado da outra ponta. Foi colocada a metade da régua em que a moeda esta ao lado, sobre a
mesa e foi deixada a parte em que a moeda esta sobre a régua, para o lado de fora (Figura 11).
Ao girar a régua, foi possível ver que a moeda que estava sobre a régua caía horizontalmente
e a moeda que estava ao lado da régua caía de forma oblíqua.

(Figura 11)

Foguete – Para este experimento foi necessário 1 pedaço de papelão grosso, 1 rolha, cartolina,
1 canudo, 40cm de arame, alicate, fita adesiva, 14 comprimidos efervescentes, 300ml de água,
e uma garrafa pet. Com o alicate foi feito um corte no arame ao meio e em seguida os dois
pedaços foram presos em uma superfície, para que fossem como base para o foguete (Figura
12). Foram recortados quatro pedaços iguais de papelão e colado na garrafa de forma que se
parecesse com as partes traseiras de um foguete. Foi cortado o canudo ao meio e colado os
dois pedaços na garrafa, servindo de suporte junto ao arame para que o foguete se mantivesse
inclinado (Figura 13). Com a cartolina foi feito um cone e colado na parte inferior da garrafa

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para que se parecesse com a ponta de um foguete (Figura 14). Foi introduzido a água e os
comprimidos efervescentes e rapidamente a garrafa foi fechada com a rolha. Pode-se ver que
o foguete apresentou um lançamento oblíquo (Figura 15).

(Figura 12) (Figura 13) (Figura 14) (Figura 15)

Estática dos corpos extensos e centro de gravidade


Lata equilibrada - Neste experimento foram usados apenas uma lata de refrigerante e um
pouco de água. Foi colocado um pouco de água na lata (Figura 16) e em seguida foi inclinada
e deixada em equilíbrio (Figura 17). O centro de gravidade dela foi modificado.

(Figura 16) (Figura 17)

Garfos na garrafa - Nesse experimento foram usados uma garrafa de vidro, um palito de
dente e dois garfos. Foram presos os dois garfos por seus dentes, em seguida o palito foi
colocado no bocal da garrafa (Figura 18) e foram equilibrados os garfos sobre o palito (Figura
19).

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(Figura 18) (Figura 19)

1° lei de Newton - Lei da Inércia: qualquer corpo está em repouso, ficará em repouso até que
alguma força atue sobre ele.
Moeda - Para este experimento foi necessário: uma lata, poderia ser um copo, um cartão tipo
de crédito ou cartolina e uma moeda de qualquer valor. Foi posto por cima da lata o cartão e
em seguida a moeda sobre o cartão. Ao exercermos forças sobre o cartão, ou seja, se dermos
um “peteleco” no cartão, a moeda permanecerá com o mesmo movimento, neste caso é nulo,
porque não lhe é aplicada nenhuma força, só o cartão. Vê-se a moeda cair, no copo, depois do
cartão ter saído debaixo de si, porque a força da gravidade a puxa para baixo.

(Figura 20) (Figura 21) (Figura 22)

Lata que vai e volta - Neste experimento foram utilizados uma lata de metal com tampa,
palito de dente, elástico, pilhas e fita adesiva. Foi feito um furo nos centros da tampa e da
parte inferior da lata, em seguida as pilhas foram presas. Foi preso o centro do elástico nas
pilhas e foi preso as extremidades do elástico na tampa e no fundo da lata (Figura 23). A lata
foi fechada e posta no chão para rolar (Figura 24). A energia cinética se transforma em
energia potencial elástica e vice-versa. Ao prender as pilhas no centro do elástico, ocupando
o interior da lata, às mesmas permanecem em inércia, ocasionando a torção do elástico,
fazendo com que a lata volte ao ponto inicial (Figura 25).

(Figura 23) (Figura 24) (Figura 25)

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2° lei de Newton – O princípio fundamental da dinâmica: consiste na afirmação de que um
corpo em repouso necessita da aplicação de uma força para que possa se movimentar e para
que um corpo em movimento pare é necessária a aplicação de uma força.
Catapulta - Para este experimento foi necessário: uma régua, uma borracha, uma tampinha de
garrafa, fita adesiva e alguns objetos. Com a fita adesiva a borracha foi colada no meio da
régua e a tampinha foi presa em uma das pontas da mesma (Figura 26). A borracha foi
apoiada sobre a mesa e em seguida foi colocado um objeto pequeno dentro da tampinha da
garrafa que foi inclinada ao máximo a ponta em que a tampinha estava presa e em seguida foi
solta (Figura 27). Pode-se ver que o objeto que estava dentro da tampinha foi lançado longe
(Figura 28) devido à força que foi aplicada sobre este.

(Figura 26) (Figura 27) (Figura 28)

Empurrando - Neste experimento simplesmente empurra-se um objeto, que no nosso caso


foi uma mesa (Figura 29). Ao empurrar o objeto, que esta em repouso, aplica-se uma força
sobre esse o que possibilita que este se movimente. Quanto maior a massa do objeto, maior
será a força necessária para que esse se movimente (Figura 30).

(Figura 29) (Figura 30)

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3° lei de Newton - Princípio da ação e reação: Se um corpo A aplicar uma força sobre um
corpo B receberá deste uma força de mesma intensidade, mesma direção e de sentido
contrário.
Vela na garrafa - Neste experimento foi usado uma garrafa de vidro, uma vela e um prato
com um pouco de água. Quando a garrafa foi posta sobre a vela (Figura 31), o ar foi aquecido
e se expandiu, a temperatura diminuiu e a pressão da água também. A água então foi
empurrada para dentro do recipiente até que as pressões se igualassem. (Figura 32).

(Figura 31) (Figura 32)

Foguete de fósforo - Neste experimento usou-se papel alumínio, uma caixa de fósforos e uma
base. Inicialmente foi enrolado em um pedaço de papel alumínio de aproximadamente 6x8 cm
(Figura 33) dois palitos de fósforo com as ‘’cabeças’’ de encontro uma com a outra, deixando
a metade de ambos os palitos, para fora. O alumínio foi preso com os palitos na base e foi
aceso um terceiro fósforo na região onde se encontram os dois palitos no alumínio (Figura
34). O calor do fogo do fósforo utilizado para acender o foguete fez com que o fósforo que
estava enrolado dentro do papel alumínio pegasse fogo. Porém esta queima liberou muito gás
e em tempo curto e como esse gás não teve por onde escapar fez muita pressão, até que
chegou a certo ponto em que o papel alumínio cedeu um espaço pequeno e esse gás foi
liberado. A pressão foi tanta que quando ele saiu impulsionou o fósforo pra cima (Figura 35).

(Figura 33) (Figura 34) (Figura 35)

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Queda livre dos corpos
Livro em queda livre – Foi solto um livro de determinada altura (Figura 36), por não ter
nada que o impedisse, ele foi caindo devido a seu peso (Figura 37).

(Figura 36) (Figura 37)

Bolinha em queda livre - Assim como no experimento anterior, o procedimento é o mesmo,


usa-se uma bolinha pra mostrar que por mais que a massa desta seja menor, seu peso interfere
em seu movimento (Figura 36).

Movimento curvilíneo - Quando a força aplicada num corpo forma um ângulo diferente de
zero grau com a direção do movimento, a trajetória torna-se curvilínea.
Balão no CD - Neste experimento usou-se uma garrafa de vidro, um CD, um canudo, um
balão e um palito de churrasco. O canudo foi cortado e em seguida uma das partes no CD foi
presa e foi preso também o balão na ponta do canudo (Figura 38). O palito foi colocado
dentro da garrafa e o CD foi encaixado no palito. O balão foi cheio e depois foi solto (Figura
39). Pode-se perceber que o balão fez com que o CD girasse fazendo assim um movimento
curvilíneo (Figuras 40 e 41).

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(Figura 38) (Figura 39) (Figura 40) (Figura 41)

Pião - Ao girarmos um pião percebemos que este faz um movimento curvilíneo (Figuras 42,
43 e 44).

(Figura 42) (Figura 43) (Figura 44)

Energia cinética - é a energia que está relacionada à movimentação dos corpos, ou seja, é a
energia que um corpo possui em virtude de estar em movimento.
Bolinhas no barbante - Neste experimento foram usados um rolo de barbante e duas
bolinhas iguais. Inicialmente foi feito um varal com o barbante e as duas bolinhas foram
penduradas na mesma altura. Foi balançada uma das bolinhas (Figura 45). Quando a bolinha
que estava em movimento começou a perder a velocidade (Figura 46) a outra bolinha que
estava parada começou a se mover devido à transferência de energia (Figura 47).

(Figura 45) (Figura 46) (Figura 47)

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Bolinha na massinha - Neste experimento foram utilizadas uma régua, massinha de modelar
e uma bolinha de gude. A bolinha recebeu uma energia transferida do nosso corpo o que
resultou na energia cinética da mesma. Ao se chocar com a massa de modelar (Figura 48),
causou uma deformação à mesma (Figura 49), devido à transferência de energia ocorrida
entre as duas. Percebeu-se que quanto maior a energia cinética presente na bolinha maior foi a
deformação da massa. Conclui-se que, a energia cinética é diretamente proporcional à massa e
a velocidade do objeto.

(Figura 48) (Figura 49) (Figura 50)

Energia potencial gravitacional – A energia potencial gravitacional é muito vista no dia-a-


dia, aparecendo em muitos tipos de movimentos no qual é convertida em energia cinética,
como por exemplo: na queda de objetos, no balançar do pêndulo, no arremesso de dardos, ao
pular, e muitos outros exemplos que envolvam a gravidade.
Bolinha de massa de modelar – Utiliza-se uma bolinha feita de massa de modelar.
Inicialmente a bolinha foi solta de variadas alturas, quanto maior foi a altura da queda
(Figuras 51e 52), ou seja, quanto maior a energia potencial gravitacional no início do
movimento de queda de um objeto, maior foi deformação do objeto ao final da queda.

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(Figura 51) (Figura 52)

Caixinha de papelão – Foi usado uma caixinha de palitos de dente (Figura 53). Para que se
observe a atuação da energia potencial gravitacional sobre um objeto, basta soltá-lo de certa
altura e ver que o mesmo tende a ir em direção ao solo (Figura 54). A quantidade de energia
potencial gravitacional é diretamente proporcional ao produto entre a massa do objeto, a
aceleração da gravidade local e a altura do objeto em relação à superfície de contato.

(Figura 53) (Figura 54)

Energia mecânica - É a energia que pode ser transferia para outro corpo, através de um
trabalho. É a soma das energias do sistema, como por exemplo, energia potencial e energia
cinética.
Bolinha na rampa – Utilizou-se neste experimento papel cartão, fita adesiva e uma bolinha
de gude. Com o papel cartão e a fita adesiva foi construída uma rampa (Figura 55) e em
seguida a bolinha foi solta (Figura 56). Inicialmente a bolinha possuía energia potencial
gravitacional num ponto A (o topo da rampa) e quando foi solta adquiriu energia cinética
durante a trajetória, até o ponto B no final da rampa. A energia mecânica do sistema no ponto
A é igual a energia mecânica do sistema no ponto B, num sistema conservativo. Mas nesse
caso houve perda por atrito e outros, o sistema é considerado não-conservativo.

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(Figura 55) (Figura 56)

Bolinha no copo - Neste experimento foi usado um copo descartável, uma rampinha e uma
bolinha de gude. Ao soltar a bolinha pela rampinha (Figura 57) esta adquiriu velocidade
(Figura 58) e transferiu energia para o copo (Figura 59).

(Figura 57) (Figura 58) (Figura 59)

Energia potencial elástica - É a energia potencial de uma corda, mola ou elástico que possui
elasticidade.
Estilingue - A energia potencial elástica ocorre devido à força imposta sobre o elástico
(Figura 60) que quando solto (Figura 61) ocasiona o lançamento da bolinha.

(Figura 60) (Figura 61)

Estilingue de régua - Neste experimento foram utilizadas duas réguas, fita adesiva e uma
bolinha de gude. Foram presas as réguas com a fita adesiva (Figura 62), com
aproximadamente o diâmetro da bolinha de gude (Figura 63) e em seguida com o elástico, a
bolinha foi solta por entre as réguas (Figura 64). Foi observado o processo de acumulação e

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depois de transferência de energia potencial elástica. Tratou-se de uma sequencia a velocidade
de aproximação da bolinha (energia cinética), a transformação da energia cinética da bolinha
em energia potencial de um elástico, a devolução desta energia potencial do elástico para a
bolinha de modo que recebeu parcialmente a mesma quantidade de energia cinética que tinha
antes.

(Figura 62) (Figura 63) (Figura 64)

Impulso - E a grandeza física que mede a variação da quantidade de movimento de um


objeto.
Impulso 1 - Neste experimento uma pessoa aplica uma força sobre a outra a impulsionando
(Figura 65).

(Figura 65)
Impulso 2 - Quanto maior o impulso aplicado, maior vai ser a altura que a pessoa ira pular
(Figura 66 e 67).

(Figura 66) (Figura 67)

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Conservação da quantidade de movimento
Carrinhos Bate-Bate - Neste experimento usamos dois carrinhos iguais, um caderno e alguns
livros. O experimento mostra que a quantidade de movimento antes da colisão é igual à
quantidade de movimento após a colisão. Na colisão de dois carrinhos idênticos; um deles
está em repouso. Esta colisão faz com que o carro em movimento transfira o seu movimento
ao carro em repouso, ou seja, se observa a conservação da Quantidade de Movimento Linear.
Usando livros como apoio foi colocado o caderno de forma que ficasse como uma rampa
(Figura 68). Ao soltar o carrinho pela rampa (Figura 69), quando este bateu no carrinho em
repouso o movimento foi transferido e percebeu-se a conservação da quantidade de
movimento (Figura 70).

(Figura 68) (Figura 69) (Figura 70)

Balão Foguete - Neste experimento foram utilizados um balão, um canudo, linha e fita
adesiva. Este experimento serviu para mostrar que para iniciar um movimento de um sistema
em repouso, as duas partes do sistema começam a se movimentar na mesma direção, mas em
sentidos opostos. O experimento mostrou um balão cheio de ar que ao ser solto (entrada de ar
aberta) se movimentou retilineamente na linha; se deslocando para um lado, enquanto o ar que
escapou dele se deslocou no sentido oposto. Demonstra-se a conservação da quantidade de
movimento linear. Após passar a linha por dentro do canudo, prendeu-se esta de forma que se
parecesse com um varal. Depois com fita adesiva o balão foi preso ao canudo (Figura 71). Ao
soltar o balão percebeu-se os movimentos em sentidos opostos das duas partes do sistema
(Figura 72) e (Figura 73).

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(Figura 71) (Figura 72) (Figura 73)

Densidade- A densidade é uma grandeza que relaciona a massa de um objeto com o volume
por ele ocupado.
Ovo no copo - Para este experimento foi necessário, 1 Ovo, 1 Copo com água pura e 1 Copo
com água com sal. Ao adicionar o ovo na água pura (figura 74), percebeu-se que ele afundou,
pois sua densidade é maior que a da água, porém ao adicionar o sal a água sua densidade
mudou se tornando maior que a do ovo, fazendo o mesmo flutuar sobre a mistura (figura 75).

(Figura 74) (Figura 75)

Óleo e água – Para este experimento foi necessário 1 copo com água e um pouco de óleo
vegetal. Como notamos, ao colocarmos o óleo vegetal na água (figura 76) vão aparecendo
pequenas bolhas, isso se deve pelo fato do óleo e da água não se misturarem, ou seja, serem
uma mistura heterogênea que apresenta duas fases. No caso o óleo fica na parte superior
(figura 77), pois o óleo é menos denso que a água, consequentemente o menos denso sobe e o
mais denso desce.

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(Figura 76) (Figura 77)

Refração da Luz
Imagem através do copo - Para este experimento foi necessário: 1 Copo com água pura e 1
Papel de fundo com uma imagem qualquer. A luz percorre um movimento retilíneo, porém ao
entrar em contato com o vidro ocorre uma pequena distorção, porém quando entra em contato
com a água essa distorção aumenta, isso ocorre quando a luz atravessa por completo o copo
(figura 78), distorcendo as imagens (figura 79), esse fenômeno é chamado de refração, pois
ocorre a mudança de direção da onda de luz.

(Figura 78) (Figura 79)

Desenho refração - Para este experimento foi necessário: 1 copo de água e 1 lápis ou
pincel (Figura 81). Nota-se ao realizar o experimento que quando se coloca o lápis na água
este parece estar “quebrado” (Figura 80). Mas na verdade o que vemos é a distorção, devido à
luz sofrer uma redução de velocidade de propagação na água, em comparação a velocidade de
propagação do ar.

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(Figura 80) (Figura 81)

Reflexão da luz- Para este experimento foi necessário 1 Espelho, 1 Lanterna e 1 objeto
cilíndrico. A luz percorre um movimento retilíneo como visto anteriormente, quando a luz se
choca com o espelho (figura 82), a luz é refletida e continua a percorrer o seu movimento
anterior, porém com um novo ângulo do feixe primário, pode-se perceber isso através da
sombra.

(Figura 82)

Reflexão da luz 2 - Para este experimento foi necessário 1 pente, 1 lanterna e 1 espelho. Ao
realizarmos o experimento nota-se que ao colocar o pente em função do espelho com a
lanterna iluminando o mesmo, há uma sombra (figura 83) que na qual ocorre certo ângulo
(figura 84).

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(Figura 83) (Figura 84)

Calor - Para este experimento foi necessário 2 bexigas, 2 Velas e 1 bexiga com ar e a outra
com água. A água possui calor específico maior que o do ar, ou seja, a água pode absorver
mais calor que o ar, isso ocorre no seguinte experimento, pois ao colocar duas bexigas, uma
com água e a outra somente com ar, ao acender as velas, o calor gerado pela chama aquece a
parte inferior de cada bexiga (figura 85). A bexiga contendo somente o ar irá estourar (figura
86), pois o ar contido nela não irá absorver calor suficiente para que ela não estoure, enquanto
a outra bexiga, a água irá absorver o calor que entra em contato com o látex (figura 87).

(Figura 85) (Figura 86) (Figura 87)

Calor 2- Para este experimento foi necessário: 1 copo descartável, café, isqueiro e
termômetro. Por início tinha um café frio em um copo descartável (figura 88), logo em
seguida ele foi aquecido (figura 89) notou-se que sua temperatura aumentava isso devido ao
fato de quando se aquece o copo em sua parte inferior ele transmite calor para o café, fazendo
com que o mesmo eleve sua temperatura (figura 90).

(Figura 88) (Figura 89) (Figura 90)

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Pressão Atmosférica 1 - Para este experimento foi necessário 1 Ovo cozido; 1 Garrafa de
boca larga; Algodão e Fósforo. O calor gerado pelo fogo aquece o ar contido dentro da garrafa
(figura 91), quando o ar é aquecido ele se expande, porém quando a chama se apaga, o ar
resfria novamente, porém desta vez ele contrai, como o ovo está obstruindo a passagem do ar
para que possa entrar novamente na garrafa, a pressão atmosférica exercida sobre ele é muito
maior, forçando-o a entrar junto com o ar resfriado (figura 92).

(Figura 91) (Figura 92)

Pressão atmosférica 2- Para este experimento foi necessário: 1 copo com água e 1 pedaço de
papel. O que ocorre nesse experimento é que a pressão atmosférica está comprimindo o copo
em todas as direções (figura 93), inclusive na direção contrária a que ficou o papel e o mesmo
atua para que a pressão atue de forma uniforme, fazendo assim com que a água não caia do
copo. O papel não cai, pois está grudado devido a uma força de adesão, o mesmo aconteceria
se molhasse a mão e grudasse um papel nela.

(Figura 93)

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Espelhos Planos 1 - Para este experimento foi necessário: 1 Espelho e 1 Moeda. Os espelhos
planos possuem a função de refletir a imagem de um corpo qualquer, no caso deste
experimento a imagem da moeda (figura 94), isso ocorre, pois quando um corpo é
posicionado em frente ao espelho os raios que são liberados do mesmo incidem no espelho e
refletem, voltando aos nossos olhos como raios luminosos, que como estão partindo das
mesmas posições ocorre a reversão da imagem, fazendo que pareça ter procedência de um
corpo possuindo a mesma forma, tamanho e distância atrás do espelho (figura 95).

(Figura 94) (Figura 95)

Comportamento dos Gases 1 - Para este experimento foi necessário: 1 Garrafa, 1 Bexiga,
Água fervendo e Água Gelada. Quando a garrafa é aquecida (figura 96), o ar contido nela
também é aquecido, isso faz com que o mesmo se expanda e ocupe um volume maior que
antes (figura 97), porém ao resfriar a garrafa esse ar novamente se resfria voltando ao seu
volume original, porém como a bexiga se encontra na parte superior da garrafa tampando a
passagem de ar, somente o ar que se encontrava ali dentro irá se contrair fazendo com que a
bexiga volte ao seu tamanho anterior (figura 98).

(Figura 96) (Figura 97) (Figura 98)

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Princípio de Pascal 1- Para este experimento foi necessário 1 Garrafa PET e 1 objeto (como
uma tampa de caneta). O Ludião demonstra claramente o Princípio de Pascal, ao apertar a
garrafa irá aumentar a pressão exercida sobre ela e todo o líquido contido nela, isso fará com
que entre um pouco mais de água no ludião, fazendo com que ele afunde (figura 99), ao parar
de pressionar a garrafa o líquido que estava dentro do ludião é liberado, fazendo com que o
mesmo volte a flutuar (figura 100).

(Figura 99) (Figura 100)

Empuxo 1 - Para este experimento foi necessário 1 vasilha com água e 1 objeto qualquer.
Todo corpo em um tipo de fluido recebe uma força exercida pelo mesmo, tendo sentido
oposto à força Peso. O empuxo é demonstrado de forma simples neste experimento, ao
adicionarmos o macaco na água, percebemos que ele flutua (figura 101) com a ajuda também
da força do empuxo que está atuando sobre o corpo, temos essa mesma sensação ao
“boiarmos” sobre a água da piscina, uma sensação de “leveza” (figura 102).

(Figura 101) (Figura 102)

Empuxo 2 - Para este experimento foi necessário: 1 bacia com água e massa de modelar. No
experimento buscamos fazer uma bola e uma canoa com a massa de modelar (figura 103),
assim quando colocamos na água, notamos que a bola afundava e a canoa flutuava (figura
104). Pois quando esticada como uma canoa a massinha tem uma superfície maior de contato

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com a água onde o empuxo esta atuando, diferente do caso da bolinha que está compacta e
com pouca superfície o peso concentrou todo no centro dela.

(Figura 103) (Figura 104)

Dilatação térmica 1 - Para este experimento foi necessário 1 Cadeado, 1 Chave e Fogo.
Todos os corpos são formados por moléculas. No estado sólido essas moléculas são ligadas
fortemente umas as outras, determinando a elas um grau de movimentação, o que nós
chamamos de temperatura. Quanto maior a movimentação dessas moléculas maior será a sua
temperatura e vice-versa. A chave em temperatura ambiente é do tamanho adequado (figura
105), porém ao aquecer a chave (figura 106) suas moléculas se agitam e se afastam umas das
outras, fazendo com que ela se expanda. Por esse motivo, o tamanho da chave será maior que
o orifício da fechadura (figura 107).

(Figura 105) (Figura 106) (Figura 107)

Vasos Comunicantes 1 - Para este experimento foi necessário 2 garrafas, 1 mangueira, água,
água com gás e corante. Simplificando os vasos comunicantes é uma ligação na qual à uma
comunicação entre si (figura 108), no experimento abaixo as duas garrafas se comunicam por
meio da mangueira, tendo em sua tampa dois furos (figura 109), um no qual faz pressão para
que o líquido passe de uma garrafa para a outra (figura 110).

24
( Figura 108) (Figura 109) (Figura 110)

Vasos comunicantes 2 - Para este experimento foi necessário: 3 garrafas, 1 pedaço de cano
de PVC, sacolas plásticas e fita adesiva. Nesse experimento o que ocorre é que a pressão
atmosférica permite que um líquido de uma garrafa passe para as outras (figura 111), por isso
a garrafa do meio é aberta para que tenha pressão, fazendo com que o líquido das outras duas
suba (figura 112). Um exemplo rápido de entendimento desse experimento é o que ocorre na
caixa d’água.

(Figura 111) (Figura 112)

Mudança de fase 1 - Para este experimento foi necessário 1 vela e 1 colher. Quando um
pouco de parafina é colocada ao fogo sobre um material que conduz calor aos poucos ela vai
derretendo, no caso do experimento, um pouco de parafina foi colocada na colher (figura 113)
e em seguida a colher foi posta ao fogo, assim a colher atingiu uma determinada temperatura
(figura 114) fazendo com que a parafina colocada nela derretesse (figura 115).

(Figura 113) (Figura 114) (Figura 115)


25
Mudança de fase 2- 1 copo com água e cubos de gelo. Nota - se que quando colocado o gelo
no copo com água o gelo se derrete, isso se deve pelo fato da água transferir calor para o gelo
fazendo com o que o mesmo adquira a mesma temperatura que ela. Podemos observar que
como mostra o experimento o volume da água aumenta (figura 116) isso porque o gelo derrete
(figura 117).

(Figura 116) (Figura 117)

Instrumentos ópticos 1- Para este experimento foi necessário: 1 folha de papel A4, lápis de
colorir e compasso. O disco que foi pintado nas cores do arco íris (figura 118), pois a luz
branca do sol é composta por tais. Ao movimentar o disco (figura 119) as cores se sobrepõem
em nossa retina causando uma sensação de mistura das cores ficando branco (figura 120).

(Figura 118) (Figura 119) (Figura 120)

Lentes esféricas - Para este experimento foi necessário: 1 lente de aumento


qualquer objeto (no caso uma nota). No presente experimento o que se nota é que ao colocar-
se a lente no objeto ele aumenta (figura 121).

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(Figura 121)

Propagação retilínea da luz - Para este experimento foi necessário: 1 lata


prego, papel vegetal, 1 vela ou isqueiro. O que basicamente ocorre no experimento é o que
ocorre na nossa visão, nós vemos a imagem ao contrário, e o nosso cérebro arruma as
imagens, assim vemos ela como vemos. No caso do experimento o furo permite a entrada de
luz (figura 122), projetando assim uma imagem dentro da lata (figura 123), em sua face
oposta ao furo, a qual está coberta pelo papel vegetal (figura 124), nos mostrando uma
imagem oposta à normal.

(Figura 122) (Figura 123) (Figura 124)

Espelhos planos - Para este experimento foi necessário 1 espelho. No experimento a seguir o
que se mostra é que de acordo com a distância que a pessoa está do espelho sua imagem
formada terá a mesma distância em relação ao espelho atrás dele (figura 125).

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(Figura 125)

Lentes esféricas - Para este experimento foi necessário: 1 copo, água, papel filme e um objeto
ou figura qualquer. O presente experimento visa mostrar que a água tem a capacidade de
aumentar as figuras, na montagem coloca-se o plástico pela borda do copo (figura 126), logo
em seguida coloca-se a água (figura 127) tal faz com que o desenho posto dentro do copo
aumente (figura 128) se comportando como uma lente.

(Figura 126) (Figura 127) (Figura 128)

Temperatura - Para este experimento foi necessário: 1 termômetro de ambiente. De acordo


com a temperatura ambiente, o termômetro registra a temperatura (figura 129), no momento
em que foi tirada a foto, o termômetro marcava 25ºC.

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Figura 129
Temperatura 2- Para este experimento foi necessário: 1 termômetro de bulbo. No seguinte
experimento o que se nota é que de acordo com a temperatura corpórea da pessoa o mercúrio
dentro do termômetro se aquece e expande, indicando a temperatura corporal (figura 130).

(Figura 130)

Espelhos esféricos - Para este experimento foi necessário: porta de um carro e 1 pessoa. O
que percebemos é que quando uma pessoa fica em frente a porta de um carro (figura 131) sua
forma fica diferente, a porta do carro comporta-se como um espelho esférico.

(Figura 131)

29
Espelhos esféricos 2 - Para este experimento foi necessário: 1 bola espelhada e 1 pessoa. Ao
concluir o experimento nota-se que quando se põe uma imagem em frente à bola (figura 132)
a imagem fica distorcida (figura 133), a bolinha comporta-se como um espelho convexo.

(Figura 132) (Figura 133)

Pressão dos corpos - Para este experimento foi necessário 1 caneta ou lápis. Quando se
pressiona a caneta nas duas extremidades uma certa pressão sobre os dedos é percebido, como
P=F/A ou seja a pressão é inversamente proporcional a área, tem-se que na ponta da caneta
existe uma maior pressão do que o lado oposto que tem uma área maior. (figura 134).

(Figura 134)

Pressão dos corpos 2- Para este experimento foi necessário: 1 objeto qualquer. Sabe- se que a
equação da pressão é dada por: P= F/A, assim o que percebe após a conclusão do experimento
é que o estojo (figura 135) na sua base há uma área e a força peso do estojo age sobre esta
área exercendo uma pressão na região.

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(Figura 135)

Dilatação Térmica - Os corpos sejam sólidos, líquidos ou gasosos, possuem moléculas em


constante movimento, quando essas moléculas são aquecidas, ou seja, seu grau de agitação
aumenta elas tendem a dilatar, e quando é diminuído tende a acorrer o inverso. É isso que
ocorre no seguinte experimento, a garrafa contendo líquido (Figura 136) acaba tendo seu
volume aumentado devido a temperatura superior à qual foi introduzida (Figura 137).

(Figura 136) (Figura 137)

Gases - Segundo a lei do físico Charles, quando a pressão é constante, o volume e a


temperatura são diretamente proporcionais, sendo assim menor a temperatura maior o volume,
e vice-versa. Damos a ela o nome de transformação isobárica. No presente experimento isso é
comprovado. Um líquido com temperatura elevada é introduzido à garrafa (figura 138),
depois de a garrafa absorver a temperatura, ela é esvaziada (figura 139) e depois levada á um
recipiente com água em temperatura ambiente (figura 140). Devido a pressão da garrafa ser
constante e perder temperatura seu volume diminui, contraindo-se ( figura 141).

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(Figura 138) (Figura 139)

(Figura 140) (Figura 141)

Carga elétrica - é a propriedade de cada uma das partículas que compõem a matéria. Assim
os prótons são partículas com carga positiva, os elétrons com carga negativa e os nêutrons
com carga neutra.
Canudos Eletrizados - Neste simples experimento mostraremos que o atrito dos canudos no
papel toalha, eletriza-os com uma única carga, atraindo canudos neutros. No experimento
foram utilizados: canudos e papel toalha. Primeiramente os canudos foram atritados com o
papel toalha (Figura 142) e em seguida aproximados de outros canudos (Figura 143) e de
bolinhas de isopor, atraindo-os por estarem eletrizados.

(Figura 142) (Figura 143)

Eletroscópio de Pendulo - Neste experimento mostraremos que os opostos se atraem. No


experimento foram utilizados: papel alumínio, linha, régua, lã e suporte. Primeiramente foi
feita uma pequena bolinha de papel alumínio que foi presa a uma linha de nylon e presa a um
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suporte. Ao aproximar a régua eletrizada, a bolinha foi atraída, por possuírem cargas opostas
(Figura 144).

(Figura 144)

Fenômenos ondulatórios - são deformações ou perturbações que se propagam ao longo de


qualquer meio ou até mesmo no vácuo.
Anéis Ressonantes - Neste simples experimento mostraremos por que em alguns terremotos
somente prédios mais altos caem. No experimento foram utilizados: papelão grosso, cartolina,
fita adesiva e tesoura. Com a cartolina foram feitas quatro tiras de dois centímetros de largura
e comprimentos diferentes, estas tiras foras fechadas formando anéis de diferentes diâmetros e
em seguida foram presos ao papelão. Ao agitar o sistema feito com a cartolina (Figura 145),
por ser mais flexível o anel maior irá responder isso devido à baixa frequência; já em alta
frequência o anel menor se agitará.

(Figura 145)
Violão - Neste experimento explicaremos como os conceitos físicos estão aplicados em um
violão. O violão funciona da seguinte maneira, ao tocarmos as cordas vibram (Figura 146) e
esta vibração é transmitida para a ponte, da ponte para o corpo e do corpo para o ar dentro da
caixa acústica. A vibração da madeira faz com que a amplitude da onda aumente. Também
observamos que de acordo com a afinação de cada corda, elas terão uma frequência, como
visto na tabela 1.
Corda Nota Frequência
1ª Mi 329,63 Hz

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2ª Si 493,88 Hz
3ª Sol 391, 99 Hz
4ª Ré 293, 66 Hz
5ª Lá 440, 00 Hz
6ª Mi 329, 63 Hz
Tabela 1

(Figura 146)

Processos de Eletrização - O processo de retirar ou acrescentar elétrons a um corpo neutro


para que esse fique eletrizado denomina-se eletrização.
Cabo de Guerra Elétrico - Neste simples experimento mostraremos que com o atrito dos
balões na lã ou no papel toalha é criada uma corrente eletrostática, podendo assim mover a
lata de alumínio. Para a realização deste experimento foram utilizados os seguintes materiais:
uma bexiga, uma lata de alumínio, uma roupa de lã e um papel toalha. As bexigas cheias
foram esfregadas em roupa de lã para eletrizá-la (Figura 147). Em seguida foram colocadas
uma de cada lado da lada de alumínio sem se tocarem (Figuras 148). As bexigas por estarem
carregadas atrairam a latinha neutra.

(Figura 147) (Figura 148)

Desviando a Água - Neste simples experimento mostraremos que quando o canudo entra em
atrito com o papel toalha ele fica carregado eletrostaticamente e pode ter efeitos sobre a água
podendo desviá-la. No experimento foram utilizados uma garrafa pet de 2 litros, água, canudo
e papel toalha. Inicialmente a garrafa foi preenchida com água e foi feito um furo mais ao

34
fundo para que a pressão fosse maior, em seguida o canudo, eletrizado por atrito com o papel
toalha, foi aproximado do filete de água o repelindo (Figura 149).

(Figura 149)

Movimento ondulatório - É uma perturbação que ocorre em um espaço qualquer ou em


outro meio, como por exemplo, na água.
Celular Fora de Área - Neste experimento mostraremos que o papel não interfere no sinal
dos celulares quando é enrolado, mas quando é enrolado no papel alumínio, o celular perde o
sinal. No experimento foram utilizados: dois celulares, uma folha de papel e papel alumínio.
No princípio foi feito a ligação com o celular enrolando em papel toalha (Figura 150) e a
ligação foi concluída. Depois a ligação foi feita com o celular envolto por papel alumínio
(Figura 151) impossibilitando a ligação. Isso ocorre devido ao fato do celular funcionar como
um receptor de ondas eletromagnéticas e quando o papel alumínio é enrolado no celular ele
funciona como um isolante das ondas eletromagnéticas.

(Figura 150) (Figura 151)

Reflexão de Onda em uma Corda - Neste experimento mostraremos de forma simples a


reflexão. Neste experimento foram utilizados: uma corda e um local onde amarramos a corda.
Primeiro a onda se propagou na corda amarrada em um meio fixo, depois disso, o mesmo
procedimento foi feito em uma extremidade móvel. No primeiro o pulso incidente foi

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refletido com inversão de fase (Figura 152), na segunda vez, com a extremidade móvel, não
houve inversão (Figura 153).

(Figura 152) (Figura 153)

Geradores elétricos - Gerador é um dispositivo utilizado para a conversão da energia


mecânica, química ou outra forma de energia em energia elétrica.
Bateria - Neste experimento mostraremos como funciona uma bateria. No experimento foram
utilizados: batata, pregos galvanizados, moedas de 5 centavos, LED e fios. Primeiramente foi
introduzida em cada batata uma moeda de cinco centavos e um prego galvanizado, em
seguida fios de cobre foram utilizados para conectar as batatas entre si e ao lede com o auxílio
de jacarezinhos (Figuras 154 e 155). O experimento funciona transformando energia química
em elétrica. Os metais cobre e zinco (eletrodos), ao entrar em contato com o eletrólito
(solução de água e ácido fosfórico contidos na batata) geram íons positivos e íons negativos.

(Figura 154) (Figura 155)


A corrente elétrica é um movimento ordenado de partículas elétricas.
Indicador de Polaridade - Neste simples experimento mostraremos como identificar os
polos negativos e positivos de uma pilha. No experimento foram utilizados: pilha AA, fios de
cobre e batata. Inicialmente foi fechado o circuito da pilha utilizando-se fios de cobre
conectados a batata. A batata é uma condutora elétrica e ao fechar o circuito forma-se no polo
positivo, sal de cobre, por conta do ácido fosfórico da batata, tornando assim a região
esverdeada (Figura 156).

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(Figura 156)

Acendendo um LED - Um LED é um eletrônico semicondutor que tem a função de


transformar energia elétrica em energia luminosa. No procedimento “acendendo um LED”
primeiramente ligamos duas pilhas pequenas ao fio e conectamos ao LED. Como o LED
funciona com 3 volts e cada pilha possui 1,5 volts podemos acender o LED através da
corrente elétrica. A corrente elétrica funciona a partir do fluxo ordenado das partículas que
portam a energia elétrica (Figura 157).

(Figura 157)

Força magnética é um tipo de força que ocorre entre objetos, essa força pode ser atrativa ou
repulsiva.
Eletroimã - Neste experimento mostraremos o funcionamento de um eletroímã. No
experimento foram utilizados: fio de cobre esmaltado, prego, duas pilhas grandes e moedas.
Primeiramente o fio de cobre esmaltado foi enrolando no prego e suas extremidades foram
lixadas para a passagem de corrente elétrica. Depois estas pontas foram ligadas a duas pilhas
de 1,5 volts cada uma. Ao ser percorrido pela corrente, o fio cria um campo magnético e o
prego, por estar envolto pelo fio, se torna um ímã (Figuras 158 e 159).

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(Figura 158) (Figura 159)

Imã Flutuante - Neste experimento demonstraremos as forças de repulsão dos pólos de um


imã. Nesta experiência usamos uma base e dois imãs de autofalante. Primeiro foi posto no
eixo um imã, em seguida foi posto outro imã com o mesmo polo que estava pra cima do outro
imã. Com os iguais se repelem e o eixo não permite que o imã escape, o imã flutuara devido à
força de repulsão dos imãs (Figura 160).

(Figura 160)

Resistência elétrica é a capacidade de um corpo qualquer se opor à passagem de corrente


elétrica.
Efeito Joule - Nesse simples experimento demonstraremos o efeito. Utilizamos os seguintes
materiais: esponja de aço, fios e duas pilhas grandes. Inicialmente os fios foram descascados e
ligados às duas pontas da pilha (Figura 161) em seguida o circuito foi fechado na esponja de
aço. Devido à baixa resistência elétrica os fios se aquecem e se rompem (Figura 162).

(Figura 161) (Figura 162)

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Resistência do chuveiro - Nós vemos todos os dias exemplos de aplicações dos conceitos de
resistência e Efeito joule. Como por exemplo, no chuveiro (Figura 163), e com o atrito dos
elétrons da passagem da corrente com os átomos da resistência, fazem com que esta aqueça, e
por esta em contato com a água a aquece também.

(Figura 163)

Campo elétrico - é o campo de força provocado pela ação de cargas elétricas,


(elétrons, prótons ou íons) ou por sistemas delas. Cargas elétricas colocadas num campo
elétrico estão sujeitas à ação de forças elétricas, de atração e repulsão.
Gaiola da Faraday - Nesse experimento demonstraremos como uma superfície condutora
pode atrair o campo elétrico deixando-o nulo no interior. Os materiais utilizados foram: tela e
dois celulares. Primeiramente a tela foi cortada (Figura 164) de um modo que quando suas
extremidades fossem aproximadas formaria um cilindro em seguida foi colocado o celular
dentro da gaiola e com o outro celular foi feita uma ligação para o mesmo, a partir do
processo da gaiola não houve êxito com a ligação (Figura 165). Esse processo ocorreu, pois as
cargas foram distribuídas homogeneamente na parte externa da superfície condutora.

(Figura 164) (Figura 165)

Campo magnético é a região em volta de um imã onde ocorrem interações magnéticas.


Bússola - Neste experimento mostraremos o funcionamento de uma bússola. No experimento
foram utilizados: recipiente com água, alfinete, isopor e ímã. Primeiramente o recipiente foi
preenchido com água, e o alfinete foi atritado a um imã para imantá-lo. Após imantar o

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alfinete, o mesmo foi preso a um pedaço de isopor e posto no recipiente com água para que
tivesse liberdade de movimento. O alfinete apontará sempre para o ponto sul (Figura 166).

(Figura 166)

Indução Magnética - Nesse experimento demonstramos o princípio da indução magnética


por contato. Utilizamos os seguintes materiais: um metal ferromagnético e imã.
Primeiramente mostramos que quando o metal não consegue atrair o outro metal (Figura 167),
mas ao entrar em contato com o imã ele consegue atrair outro metal (Figura 168).

(Figura 167) (Figura 168)

Gerador elétrico
Minigerador elétrico - Neste experimento mostraremos como gerar energia a partir de
motores elétricos. Usamos nesta experiência: uma base para o motor e para a manivela, CDs,
elásticos, fios, cola, papelão, motorzinho e LED. Primeiro foi feita uma base onde colocamos
um eixo formado pelo CD e depois um elástico ligou o motor ao CD(Figura 169). O motor
funciona ligado a uma fonte elétrica que o faz girar, ao girarmos, a energia será gerada, ou
seja, a energia mecânica é transformada em elétrica. Dentro do motor hã uma camada externa
de imãs, que formam um campo eletromagnético, ao centro tem bobinas de cobre que ao
entrarem em rotação interagem com o campo e geram energia.

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(Figura 169)

Princípio de pascal - Para a realização desse experimento foi necessário o uso de uma roda
de bicicleta, três seringas, uma mangueira e água. Ao apertar o embolo de uma das seringas
(figura 169), que está com água o embolo das outras duas é pressionado (figura 170), fazendo
com que a roda pare, isso se deve pelo fato de que Pascal disse que a pressão produzida num
fluido em equilíbrio transmite-se integralmente a todos os pontos do líquido.

(Figura 169) (Figura 170)

Por fim foi realizado um manual de experimentos, que foi disponibilizado no blog de
ciências da escola e já se inicia a sugestão dos materiais para kits de ciências que pensamos
em elaborar.

Resultados e Discussão

Foram mostrados aos alunos da escola os materiais que desenvolvemos e foi


apresentado a estes explicações simples sobre os conceitos envolvidos nos experimentos,
percebeu-se que mesmo alguns alunos que tinham noções básicas de física conseguiram
compreender diversos conceitos explicados através dos experimentos e ficaram bem

41
interessados em saber cada vez mais. Após, foi realizada uma pesquisa entre 61 alunos, na
faixa etária entre 13 e 19 anos.
Segue abaixo o questionário e os resultados da pesquisa.

1-Você acha que a Física é importante no seu dia-adia?

2-Qual o seu posicionamento em relação as aulas práticas?

Concluímos observando os resultados da pesquisa que a grande maioria vê a física


como elemento importante em seu dia-a-dia, mas muitos pelo que perguntamos sentem
dificuldade de compreender certos fenômenos quando não há visualização, e pelo gráfico 2,
pode-se ver que não há um aluno que seja contra as aulas práticas e os poucos que não tem
opinião formada, ou seja esse trabalho pode colaborar muito para o entendimento da Física
nas salas de aula.

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Conclusão

Concluímos que conseguimos alcançar o nosso objetivo que era expor, esclarecer e
enfatizar o conteúdo de física estudado e os que ainda foram estudados durante o ensino
médio, através de experimentos práticos e com materiais simples a fim de proporcionar um
melhor aprendizado sobre as áreas da física. Através de muita pesquisa sobre leis e conceitos
físicos, tudo foi evoluindo e melhorando e também podemos entender, saber e explicar melhor
como os fenômenos ocorrem. A partir deste trabalho concluímos que a física está bastante
presente em todo o nosso cotidiano e que através dos experimentos conseguimos provar de
forma bastante simplificada algo que antigos pensadores e cientistas colocaram em prática em
suas respectivas épocas e nos motivou a querer construir estes e novos experimentos. Com o
passar do tempo, antigos conhecimentos continuam sendo utilizados nos dias atuais, sendo
aprimorados e desenvolvidos constantemente através de nós em atividades rotineiras.
Percebemos com a pesquisa, que muitos alunos ainda se sentem amedrontados ao se
deparar com a física na escola, devido as equações e outros. No entanto, possuem maior
facilidade de assimilação nos conteúdos, quando estes são relacionados a métodos mais fáceis
de explicação, como os experimentos e aulas práticas.
Assim pensamos em ampliar este trabalho e ampliar o manual de experimentos
simples para tornar o aprendizado de física cada vez mais interessante, montando pequenos
kits para realização em sala de aula de materiais, já que sabemos que muitas vezes professores
não conseguem realizar experimentos em sala, mas com esses kits de fácil acesso e o manual
de experimentos que iremos disponibilizar no blog de ciências da escola, muitos alunos
poderão ter acesso a esses materiais e se encantar cada vez mais com as ciências.

Agradecimentos

Somos gratos à Deus, por nos dar persistência e disciplina na trajetória de nossas vidas
e nos conceder toda força para cumprir esta etapa. Aos nossos familiares que nos ajudaram e
nos apoiaram diante de todos os obstáculos. Aos nossos professores que nos incentivaram e,
direta ou indiretamente, propiciaram a realização deste trabalho. A todos nossos colegas de

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turma que colaboraram na elaboração dos experimentos. Agradecemos a diretora Conceição
Chicarino pelo incentivo e apoio financeiro e estrutural.

Referências

[1] Experimentos de física para o ensino médio e fundamental com materiais do dia-a-dia.
Francisco Carlos Lavarda. Disponível em: http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica.
Acesso em: 26 julho 2013

[2] Alvarenga, Beatriz e Máximo, Antônio. Curso de Física, Volume 1, 2 e 3, São Paulo,
Spicione, 1997.

[3] Mauro Sérgio Teixeira de Araújo e Maria Lúcia Vital dos Santos Abib. Atividades
Experimentais no Ensino de Física: Diferentes Enfoques, Diferentes Finalidades. Revista
Brasileira de Ensino de Física, vol. 25, no. 2, Junho, 2003, pág: 176.

[4] Hernani Luiz Azevedo; Francisco Nairon Monteiro Júnior; Thiago Pereira dos Santos;
Jairo Gonçalves Carlos; Bruno Nogueira Tancredo. O uso do experimento no ensino da física:
Tendências a partir do levantamento dos artigos em periódicos da área no Brasil. Encontro
Nacional de pesquisa em educação em ciências. 8 de novembro de 2009.
http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/1067.pdf

[5] Michele Veleda Lemos, Rafaele Rodrigues de Araújo, Ana Paula Santos Pereira. Inovando
o ensino de física através de aulas experimentais. Disponível em:
http://repositorio.furg.br:8080/jspui/bitstream/1/985/1/Inovando%20o%20Ensino%20de%20F
%C3%ADsica%20atrav%C3%A9s%20de%20aulas%20experimentais.pdf

[6] Física mecânica. Volume 1. Guimarães, Luiz Alberto Mendes/ Fonte Boa, Marcelo
Cordeiro. 496p. 3ª Edição - 2010

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