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A cultura do cancelamento no meio virtual é uma das pautas que mais vem sendo debatida em 2021.
As redes sociais oferecem espaço para manifestação de opinião sobre o que acontece no mundo e
sobre as ações de uma pessoa ou grupo.
Contudo, muitas vezes, essas manifestações tomam proporções maiores e descontroladas, ganhando
um caráter de exclusão, e até mesmo agressividade, por parte dos usuários que as proferem. Em
alguns casos, acontecem até mesmo ameaças à vida da pessoa envolvida e de seus familiares, o que
desencadeia uma série de reações problemáticas, como síndrome do pânico, tendências suicidas e
depressão para aqueles considerados “cancelados”.
2. EVASÃO ESCOLAR
Afinal, grande parte dos estudantes brasileiros não têm acesso à internet ou não possuem um
computador para estudar, por exemplo. Além das dificuldades do ensino a distância, a necessidade
de ajudar no sustento da família, principalmente em função da pandemia, também fez com que
muitos jovens deixassem os estudos de lado.
O viés adotado pode trabalhar a pandemia em si, focar no contexto histórico da dificuldade de acesso
à educação, entre outras abordagens.
3. EDUCAÇÃO FINANCEIRA
No período de declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física, uma queixa é muito comum nas
redes sociais: a escola não prepara os cidadãos para lidar com questões financeiras. Por mais que as
reclamações frequentemente ganhem tom humorístico, a questão é realmente problemática. Afinal, é
muito comum que os brasileiros não tenham noções básicas de educação financeira.
Além disso, recentemente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Novo Ensino Médio
passou a prever o ensino de conceitos básicos de educação financeira, tratando temas como taxa de
juros, inflação, impostos e aplicações financeiras. Ou seja, é um tema que está muito em pauta na
sociedade.
Pode ser abordada a educação financeira pelo viés da necessidade de ensinar as pessoas, ainda na
escola, o básico da Economia, como meio de fugir do endividamento, por exemplo.
4. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Com a Covid-19 e o isolamento social, o número de casos de violência doméstica aumentou em 2020
no Brasil. Um levantamento do Datafolha divulgado no início de junho mostra, por exemplo, que
uma em cada quatro mulheres foi vítima de algum tipo de agressão no ano passado. Ou seja, é mais
uma questão atual e urgente que pode se tornar temática da prova de redação.
Sobre esse tema, vale explorar questões históricas de desigualdade de gênero, buscando compreender
as raízes da violência, identificar como a pandemia ofereceu condições para que a violência se
intensificasse e pontuar formas de coibir tais ações contra a mulher.
Nos últimos anos a sociedade brasileira vivenciou um sistema democrático em crise, com ataques
infundados à segurança das urnas eletrônicas, disseminação de notícias falsas e ameaças de
intervenção militar.
Pode se fazer uso de alusões históricas para demonstrar o seu repertório sociocultural. É possível
abordar o processo de Redemocratização no Brasil em 1985 ou as três ditaduras pelas quais o país
passou:
• Governos dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, entre 1889 a 1894;
• Primeiro governo de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1945;
• Ditadura Militar, entre 1964 e 1985.
6. MUDANÇAS CLIMÁTICAS
As mudanças climáticas estão na mesa de discussão dos governantes dos países que integram a
Organização das Nações Unidas (ONU) e no dia a dia das pessoas mais vulneráveis.
Estima-se que a temperatura média da Terra deve subir 2,8°C até o final do século, segundo relatório
da ONU. O número pode parecer pequeno, mas os efeitos do aquecimento global já se manifestam
em desastres ambientais como as chuvas na Bahia e os incêndios no Pantanal. Nos últimos dez anos,
mais de 340 milhões de pessoas foram afetadas pelos desastres climáticos no Brasil, de acordo com
levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Entre as soluções apontadas pela ONU para combater as mudanças climáticas estão:
Em 2022 o Brasil voltou ao Mapa da Fome da ONU, com mais de 33,1 milhões de pessoas sem ter o
que comer diariamente e 125,2 milhões de brasileiros vivendo com algum grau de insegurança
alimentar.
- LEVE: queda na qualidade dos alimentos para manter a quantidade de comida consumida. A pessoa
experiência preocupação ou incerteza sobre o acesso aos alimentos no futuro;
- MODERADA: queda qualitativa e quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos. Há uma
ruptura nos padrões de alimentação para as crianças terem o que comer em casa;
- GRAVE: queda qualitativa e quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e crianças.
Toda a família passa por uma ruptura nos padrões de alimentação.
A partir da descrição desses níveis, podemos entender a segurança alimentar como o acesso pleno e
regular a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, sem que isso comprometa o
atendimento a outras demandas essenciais.
A pandemia forçou as empresas a adotarem o home office e, hoje, mais da metade dos brasileiros
preferem o modelo de trabalho remoto ou híbrido, segundo estudo da Microsoft. Essa mudança
trouxe pontos de debate que podem inspirar o tema da redação do Enem, como os direitos
trabalhistas e a saúde mental dos colaboradores.
Em relação ao primeiro ponto, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) reconhece o teletrabalho,
mas não o home office.
Para a professora de redação Fernanda Pessoa, a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas
(ONU) pode ser um tema da produção textual deste ano. A Agenda 2030 consiste em um plano de
ações em nível global que possui 17 objetivos relacionados ao desenvolvimento sustentável e 169
metas que visam a erradicação da pobreza e a promoção de dignidade humana.
O acordo foi estabelecido pelas 163 nações da ONU em 2015. Os objetivos firmados neste plano
compreendem as três dimensões sustentáveis: social, ambiental e econômica. Fernanda acredita que
já está na época de alguma discussão ambiental na redação do Enem por causa da necessidade de
controle e aceleração do Brasil em relação à Agenda 2030 da ONU.
10. TRABALHADOR 4.0