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O Alasca (em inglês Alaska) é um dos 50 estados dos Estados Unidos e o maior em

extensão territorial, sendo maior do que os estados norte-americanos do Texas,


Califórnia e Montana juntos (respectivamente o segundo, o terceiro e o quarto mais
extensos). É também o estado mais escassamente povoado dentre os 50 dos Estados
Unidos, com uma densidade populacional de 0,5 hab/km². Tem menos habitantes do que
qualquer estado americano com exceção de Wyoming e Vermont.[2] Se fosse um país
independente, o Alasca seria o 17° maior país do mundo em extensão territorial.
Relativamente isolado do restante do país, é considerado parte dos Estados do Pacífico.
É certo também que algumas ameaças de mísseis do Extremo Oriente só podem atingir
os Estados Unidos pelo Alasca.

O Alasca é o estado mais setentrional e ocidental dos Estados Unidos. É também


considerado por alguns como o estado mais oriental do país, uma vez que duas das ilhas
do Arquipélago dos Aleutas estão localizadas no Hemisfério Oriental. A maior parte da
população do estado vive na região sul e sudeste do estado, sendo que muito do Alasca
é escassamente povoado. Por causa disso, o seu cognome oficial é The Last Frontier ("A
Última Fronteira"). O Alasca é, em sua maior parte, uma península e faz fronteira
somente com o Canadá, através do território de Yukon e da província de Colúmbia
Britânica. É um dos dois estados norte-americanos que não fazem parte da área contínua
dos Estados Unidos, os 48 estados contíguos localizados entre o Canadá e o México. O
segundo estado é o Havaí.[6]

O nome Alasca provém da palavra Alakshak, que significa "grande terra"[7] ou "grande
península" em aleúte, um idioma esquimo-aleutiano falado em partes do seu território;
essa palavra foi depois traduzida em russo Аляска para acabar na língua inglesa.[8] O
Alasca foi comprado do Império Russo em 1867, graças à insistência do então
Secretário de Estado dos Estados Unidos William Henry Seward, por 7,2 milhões de
dólares. À época, Seward foi criticado por outros políticos e ridicularizado pela maioria
da população norte-americana pela sua decisão, uma vez que boa parte da população
americana acreditava então que o Alasca não passava de uma região coberta de gelo
imprestável e que só servia para morada de ursos. Porém, descobertas de grandes
reservas de recursos naturais desde então atraíram milhares de pessoas à região. Em 3
de Janeiro de 1959, o território do Alasca foi elevado à categoria de Estado, tornando-se
o 49º estado americano.
História
Até 1867
Ver também: Colonização russa da América

Acredita-se que os antecedentes dos ameríndios que habitaram o continente americano


por milhares de anos antes da chegada dos primeiros europeus foram asiáticos que
teriam migrado da Ásia até o continente americano pelo estreito de Bering, que separa a
Rússia do atual estado americano do Alasca. Não se sabe ao certo quando que esta
migração ocorreu. Estima-se que esta migração tenha ocorrido entre 40 000 a 12 000
anos atrás, provavelmente em períodos que o estreito de Bering ficava coberto de gelo,
facilitando a migração entre ambos os continentes.
Bandeira do Alasca durante o domínio do Império Russo.

Dois grupos distintos de nativos americanos viviam na região milhares de anos


anteriormente à chegada dos primeiros europeus. Os Athabaskan, os Haida, os Tingit e
os Tsimshian, que viviam ao longo do leste e do sul do atual Alasca, enquanto diversas
tribos inuit viviam no norte e no oeste do Alasca e tribos aleútes viviam nas ilhas
Aleutas. Os inuites e os aleutas são popularmente conhecidos como esquimós.

Em 1728, o dinamarquês Vitus Bering, comandando uma expedição russa, navegou no


estreito que atualmente possui seu nome. Por causa de névoa pesada, Bering e sua
tripulação foram incapazes de ver o Alasca. Porém, em 1741, Bering em outra
expedição russa avistou e desembarcou em algumas das ilhas do arquipélago dos
Aleutas.[9]

O primeiro assentamento europeu no Alasca foi fundado em 1784, pelo russo Grigory
Shelekov, na ilha de Kodiak.[9] Nas décadas seguintes, consolidou-se o controle russo
sobre a região.

A guerra da Crimeia, que ocorrera entre 1853 e 1856, debilitou muito a economia da
Rússia. O então secretário de Estado estadunidense, William H. Seward, propôs a
compra do Alasca. Muitos estadunidenses, entre eles vários políticos, eram contra esta
compra, por acharem que esta região era imprestável. Tais críticos apelidaram o Alasca
de "disparate de Seward".

O Congresso dos Estados Unidos acabou por aprovar a compra em 1867. Em 30 de


março do mesmo ano, os Estados Unidos compraram o Alasca por 7 200 000 de dólares,
ou cinco centavos por hectare. Ainda no mesmo ano, em 18 de outubro, a bandeira
norte-americana foi içada pela primeira vez no Alasca, que se tornou um território dos
Estados Unidos.
Desde 1867

Por mais de uma década, os Estados Unidos pouco se importaram com o Alasca. O
território não teria um governo local próprio nos 17 anos que se seguiriam à compra,
sendo administrado por diversos órgãos federais, tais como o Departamento de Defesa
dos Estados Unidos, de Economia e da Marinha norte-americana. Tais órgãos federais
demonstraram pouco interesse em governar e resolver problemas da região. Foi apenas
em 1884 que o governo americano instalou uma administração territorial no Alasca.

Ao longo da década de 1880 e de 1890, diversas grandes reservas de ouro foram


encontradas no Alasca. Esta descoberta atraiu milhares de pessoas à região, que
instalaram-se na região esperando melhorar suas condições de vida. Em apenas uma
década, entre 1890 e 1900, a população do Alasca praticamente dobrou, tendo cerca de
33 400 habitantes em 1890 e 63 000 em 1900. A corrida do ouro terminou no início do
século XX, e o crescimento populacional do Alasca estagnar-se-ia durante as décadas
seguintes.

Um dos maiores problemas do Alasca, no início do século, era a falta de meios de


transporte adequados. O imenso crescimento populacional da região fez com que os
Estados Unidos concedessem fundos e criassem uma companhia para a construção de
estradas, ferrovias e pontes ao longo do território, bem como o fornecimento de serviços
de ferries, conectando comunidades isoladas com outras cidades portuárias. Em 1906, o
Congresso americano permitiu que a população do território elegesse um representante
que poderia discursar no Congresso, embora não tivesse poder de voto. Em 1912, o
Congresso americano permitiu que o Alasca instalasse um governo territorial dotado de
Poder Legislativo.
Porém, o crescente interesse dos americanos em geral no Alasca acabou fazendo com
que o governo tomasse posse de grande parte de suas terras. Os nativos esquimós da
região teriam de instalar-se permanentemente em comunidades urbanas, assim perdendo
seus antigos costumes de vida. Além disso, os esquimós eram discriminados pelo
governo, que os segregava dos brancos em instituições públicas, por exemplo. Os
esquimós criaram em 1913 a Irmandade dos Esquimós do Alasca. Esta organização
pressionou com sucesso o governo do território a abolir a segregação nas escolas e dar
aos esquimós o direito de voto. Porém, a organização falhou em negociar um acordo
com o governo americano sobre as terras do Alasca que haviam sido tomadas como
propriedade do governo dos Estados Unidos. Em 1916, o representante do Alasca no
Congresso americano propôs fazer do Alasca um Estado americano. Tal proposta foi
rejeitada, no entanto.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a posição estratégica do Alasca, próximo à Ásia,


motivou os Estados Unidos a construir diversas instalações militares na região. Em
1942, três das ilhas do arquipélago das Aleutas foram capturados pelos japoneses, sendo
essa a única região dos Estados Unidos (bem como de todo o continente americano) a
ser invadida por forças do Eixo durante a guerra. Os norte-americanos reconquistaram
as ilhas em 1943. Então, o Alasca abrigava mais de 150 mil soldados, mais do que o
dobro da população local. Após o fim da guerra, vários destes soldados decidiram
estabelecer-se no Alasca de forma permanente.

Após o fim da Guerra, a população do Alasca passou a pressionar cada vez mais o
governo americano a fazer do território um novo Estado americano. Várias leis foram
introduzidas e rejeitadas com tal propósito no Congresso. Finalmente, em 1958, o
Congresso americano aprovou a elevação do Alasca à categoria de Estado. Em 3 de
Janeiro de 1959, o então Presidente dos Estados Unidos, Dwight D. Eisenhower,
assinou a emenda da constituição que tornou o Alasca o 49° Estado americano.
Imagem da destruição causada pelo terremoto de 27 de março de 1964.

O governo estadual do Alasca enfrentou sérias dificuldades financeiras nos primeiros


anos de vida do novo Estado, uma vez que vários serviços governamentais, antes sob
responsabilidade da administração federal, passaram à responsabilidade do governo do
Alasca. O governo americano cedeu ao Alasca muitas das terras das quais era
anteriormente proprietário, e cedeu por várias vezes fundos de ajuda econômica ao
Estado.

Em 27 de Março de 1964, uma Sexta-feira santa, o sul do Alasca foi atingido por um
dos mais fortes sismos já registrados, que alcançou 9,2 na Escala de Richter, tendo
epicentro próximo a Anchorage. O sismo, bem como o tsunami que se seguiu, matou
131 pessoas e provocou mais de 300 milhões de dólares em prejuízos.

Em 1968, a maior reserva de petróleo cru do continente americano foi descoberta, no


extremo norte do Alasca. Um grande oleoduto, com cerca de 1 300 km de comprimento,
foi construído, conectando a Baía de Prudhoe, região onde o petróleo era extraído, até a
Baía de Valdez, onde o petróleo é transportado em petroleiros para outras regiões. Esse
oleoduto foi inaugurado em 1977. Graças à indústria do petróleo, a economia do Alasca
prosperou, e desde então a população do Estado tem crescido constantemente.
Vista do petroduto conectando a Baía de Prudhoe com a Baía de Valdez. Compare o
diâmetro do tubo com um caribu.

Em 1971, o governo federal cedeu oito milhões de hectares de terra para nativos,
fazendo destas terras reservas aborígenes. Além disso, aproximadamente um milhar de
milhões de dólares foi cedido pelo governo para a administração dessas reservas
aborígenes, gerenciadas diretamente por cooperativas ameríndias.

Em 1976, o governo do Alasca aprovou uma emenda à constituição do Estado que pedia
pela criação do Alaska Permanent Fund, uma poupança cujos fundos econômicos
pertenceriam a todos os habitantes do Alasca. Os fundos viriam de um imposto cobrado
pela extração de petróleo e de outros minérios, de 25%. O Estado aboliu o imposto de
renda estadual em 1980. Desde 1982, todo ano, metade dos fundos gerados através do
Alaska Permanent Fund são dados igualmente a todos os habitantes do Alasca.

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez chocou-se com um recife no sul do Alasca,


causando um gigantesco vazamento de petróleo, de mais de 40 milhões de galões de
petróleo cru, ao oceano, poluindo praias e destruindo o ecossistema local. A Exxon,
proprietária do petroleiro, foi obrigada a pagar uma indenização de milhões de dólares
ao governo do Alasca, bem como foi obrigada a arcar com os custos de limpeza, que
totalizaram dois mil milhões (português europeu), dois bilhões (português do Brasil), de
dólares. A limpeza teve fim em 1992.

Em 1988, o inglês tornou-se idioma oficial do Alasca, através de uma emenda estadual,
passando a fazer parte da Constituição do Estado. A emenda, porém, foi considerada
inconstitucional pela Suprema Corte do Alasca em 2002, embora ainda faça parte da
Constituição estadual até os dias de hoje.
Geografia
Ver artigo principal: Geografia do Alasca
Tamanho do Alasca comparado com os 48 estados americanos contíguos.
Mapa físico do Alasca.
Vista das Ilhas Aleutas e do sudoeste do Alasca, de satélite.

O Alasca é uma gigantesca península. O Estado limita-se a norte com o oceano Ártico, a
oeste com o estreito de Bering (o qual separa o Alasca da Rússia) e ao sul com o mar de
Bering. O Alasca limita-se a leste com o território canadense de Yukon e com a
província canadense de Colúmbia Britânica. Com seus 1 723 336,75 km² (dos quais 1
477 953,28 km² são terra firme e o resto é coberto por água),[1] o Alasca é facilmente o
maior estado dos Estados Unidos. É também a segunda maior subdivisão nacional do
continente americano, sendo maior do que o estado brasileiro de Amazonas (1 570 947
km²), e menor do que o território canadense de Nunavut (2 093 190 km²).

O Alasca é cortado pelo rio Yukon, um dos rios mais longos da América do Norte, com
seus 3 185 km de comprimento. O estado possui milhares de pequenos lagos, com até
algumas dezenas de quilômetros de largura. Porém, o Alasca é conhecido
primariamente por abrigar milhares de geleiras (glaciares). O tamanho destas varia
enormemente, de algumas centenas de metros até 80 km de comprimento. Estas geleiras
atraem vários cientistas do Canadá e do Estados Unidos. Cerca de 35% do Alasca é
coberto por florestas. A maior parte das florestas localiza-se no sul do Estado. O estado
também tem alta atividade sísmica, pelo fato de estar no encontro das placas tectônicas
do Pacífico e da Norte-Americana. O maior sismo que já atingiu o estado foi o de 1964.
Em 2020, um sismo de 7,8 atingiu o estado, mas não causou grandes danos nem
vítimas.

O litoral do Alasca possui 10 686 km de comprimento. Contando-se todas as regiões


banhadas pelo mar – baías, estuários e ilhas oceânicas – este número salta para 54 563
km se contarmos o litoral formado por ilhas oceânicas, baías e estuários. Em ambas as
categorias, o Alasca possui o litoral mais extenso do país, entre todos os Estados
americanos.

65% do Alasca é administrado pelo governo federal dos Estados Unidos, como parques
e reservas nacionais, 24,5% é administrado por municipalidades e distritos, 10% é
administrado diretamente pelo Estado, e 1% é administrado por terceiros.

O Alasca pode ser dividido em quatro distintas regiões geográficas:


Vista do Monte Denali, o pico mais alto da América do Norte.

A Cadeia de Montanhas do Pacífico é uma cadeia de montanhas que se inicia no


Alasca e estende-se até a Califórnia. Esta região compreende todo o sul do Alasca,
incluindo as Ilhas Aleutas e a península homónima, que fazem parte desta cadeia de
montanhas. Na verdade, estas ilhas e a península não passam de uma cadeia de
montanhas submersas, com as partes mais altas emergindo do nível do mar. Caracteriza-
se pelo seu terreno acidentado e pela presença de vários picos de altíssimas altitudes,
com quatro mil metros ou mais, entre eles, o Monte Denali, com 6 194 metros de
altitude. O Denali é o monte mais alto na América do Norte. Esta região é uma região
muito ativa geologicamente, possuindo vários vulcões ativos;
As Planícies e Planaltos Centrais localizam-se ao norte da cadeia de montanhas do
Pacífico. Caracteriza-se pelo seu terreno relativamente plano. É a maior região do
Alasca, ocupando cerca de 40% do Estado;
As Montanhas Rochosas localizam-se ao norte das Planícies e Planaltos Centrais.
Localiza-se próximo ao norte do Alasca. Caracteriza-se pelo seu terreno acidentado, e
pela presença de picos que podem alcançar até 2,7 mil metros de altitude;
As Planícies do Oceano Ártico localizam-se no extremo norte do Alasca. Caracteriza-
se pela sua baixa altitude (de no máximo 180 metros) e pelo seu terreno relativamente
plano. É a menor de todas as regiões. É uma região permanentemente coberta de gelo,
por uma camada de gelo de até 300 metros de espessura.

Clima
Tipos climáticos do Alasca.

Desde a compra do Alasca que a região é famosa mundialmente pelo seu estereótipo de
possuir um clima polar, frio durante o ano inteiro. Porém, devido à sua grande extensão,
tem climas diferentes, que variam de região a região. No geral, apresenta invernos
longos e frios, cujas noites são muito longas, e verões amenos e curtos, com dias muito
longos.

O norte apresenta as temperaturas mais baixas de todos os Estados Unidos. O norte do


estado possui um clima polar. A temperatura média no inverno é de -24°C e de 8 °C no
verão. Mínimas podem facilmente chegar aos -50 °C, e máximas dificilmente superam
os 15 °C. A temperatura mais baixa já registrada não somente no Alasca mas bem como
em todo os Estados Unidos em geral foi registrado em Barrow, -62 °C, em 23 de janeiro
de 1971.

A região central e ocidental possui um clima temperado, com temperaturas menores no


inverno e maiores no verão que na região sul, apresentando médias de -22 °C no
inverno e de 16 °C no verão.

O extremo sul, ao longo do litoral do Estado com o oceano Pacífico, possui um clima
temperado, cujos Invernos são amenizados pela corrente oceânica quente do pacífico e
pelas correntes de ar amenas vindas do Japão. No sul, a temperatura média no Inverno é
de -2 °C, e no verão, de 13 °C. Mínimas variam entre -45 °C no Inverno e 35 °C no
Verão. A temperatura mais alta já registrada no estado é de 38 °C, registrada em 27 de
junho de 1915.

As taxas de precipitação média anual de chuva no estado varia muito de região a região.
A região sul do Alasca possui uma média anual que varia em média entre 80 a 240 (com
certas regiões recebendo mais de 500 centímetros de precipitação média anual de
chuva), graças às Montanhas Rochosas que agem como obstáculos naturais às correntes
de ar úmidas do Pacífico. O resto do estado possui um clima muito seco. O norte do
Alasca recebe menos de 40 cm de precipitação, com a região norte recebendo apenas 15
cm por ano. As taxas de precipitação média anual de neve varia entre 130 cm (sul) a 30
cm (oeste).
Política
Capitólio estadual do Alasca em Juneau.

A atual constituição do Alasca foi adotada em 1956 – três anos antes de ser elevado à
categoria de estado. Emendas à constituição são propostas pelo Poder Legislativo do
Alasca, e para serem aprovadas precisam receber ao menos um quarto dos votos do
senado e da câmara dos representantes do estado, e então dois terços dos votos da
população eleitoral do Alasca, em um referendo. Emendas também podem ser
realizadas através de convenções constitucionais, encontros políticos especiais, que
precisam ser aprovadas por ao menos 51% por cada câmara do poder legislativo e então
por ao menos 60% da população eleitoral do Estado, em um referendo. Além disso, um
referendo é realizado a cada dez anos no Alasca, onde a população vota a favor ou
contra a proposta de novas emendas à constituição, através da realização de uma
convenção constitucional.

O principal oficial do poder executivo no Alasca é o governador. Este é eleito pelos


eleitores do estado para mandatos de até quatro anos de duração. Não existe um limite
de termos que uma pessoa pode ser exercer como governador, porém, uma pessoa não
pode exercer este cargo duas vezes seguidas. Os eleitores também elegem um tenente-
governador. Não há um limite de termos que uma pessoa pode cumprir como tenente-
governador.

O poder legislativo do Alasca é constituído pelo Senado e pela Câmara dos


Representantes. O senado possui um total de 20 membros, enquanto a Câmara dos
Representantes possui 40 membros. O Alasca está dividido em 20 distritos senatoriais e
40 distritos representativos. Os eleitores de cada distrito elegem um
senador/representante, que irá representar tal distrito no Senado/Câmara dos
Representantes. O termo dos senadores é de quatro anos e o termo dos representantes é
de dois anos.

A corte mais alta do poder judiciário do Alasca é a Suprema Corte do Alasca. Embora
concentre suas operações em casos civis, a Suprema Corte tem a última palavra em
todos os casos estudados. Outra corte importante é a Court of Appeals ("Corte de
apelações"). Todos os juízes do poder judiciário são escolhidos pelo governador. Porém,
após um período de três anos, estes juízes precisam ser aprovados pela população nas
eleições estaduais. Após isto, os juízes da Suprema Corte precisam ser reaprovados a
cada seis anos, e juízes da Court of Appeals, a cada oito anos.
Mapa do Alasca e seus distritos.

O Alasca está dividido em 27 distritos (boroughs). Existem dois tipos de distritos: os


organizados e os não organizados. Os 16 distritos organizados concentram 86% da
população do estado (e cobrem cerca de 44% do Alasca). Cada distrito organizado é
governado por um conselho composto por cinco a doze membros, além de um
administrador eleito pela população do distrito. Os outros 11 distritos são distritos não
organizados, governados diretamente pelo Estado.

Aproximadamente 50% da receita do orçamento é gerada por impostos estaduais, e de


royalties, especialmente da extração de petróleo. O restante vem de verbas recebidas do
governo federal e de empréstimos. O estado não cobra imposto de renda de seus
habitantes, nem imposto de venda, graças aos fundos provenientes dos royalties.

Em 2002, o governo do estado gastou 7,4 bilhões de dólares, tendo gerado 5 bilhões de
dólares. A dívida governamental do Alasca é de 5,3 bilhões de dólares. A dívida per
capita é de 8 281 dólares per capita, o valor dos impostos estaduais per capita é de 1 700
dólares, e o valor dos gastos governamentais per capita é de 11 548 dólares. O valor dos
gastos governamentais per capita do governo do Alasca é o maior de todos os Estados
Unidos.

O Alasca não é dominado por nenhum partido político. A grande maioria dos
candidatos para cargos administrativos a nível regional são candidatos independentes,
não afiliados a nenhum partido político. As eleições para governador, para o legislativo,
e para os representantes do estado no Congresso dos Estados Unidos, foram vencidas
em número semelhante tanto por candidatos democratas quanto candidatos
republicanos. Porém, na grande maioria das eleições presidenciais americanas, o estado
tem favorecido candidatos republicanos.
Demografia
Crescimento populacional
Censo Pop. %±
1880 33 426 —
1890 32 052 −4,1%
1900 63 592 98,4%
1910 64 356 1,2%
1920 55 036 −14,5%
1930 59 278 7,7%
1940 72 524 22,3%
1950 128 643 77,4%
1960 226 167 75,8%
1970 300 382 32,8%
1980 401 851 33,8%
1990 550 043 36,9%
2000 626 932 14,0%
2010 710 231 13,3%
2020 733 391 3,3%
Fonte: US Census[2]

De acordo com estimativas do United States Census Bureau, a população do Alasca em


2011 era de 722 718 habitantes. O censo de 2000 estimou a população do Alasca em
626 932 habitantes, um crescimento de 14% sobre a população de 1990, de 551 947
habitantes. Uma estimativa realizada em 2005 estima a população do estado em 663 661
habitantes, um crescimento de 20,2% em relação à população em 1990; de 5,9%, em
relação à população em 2000; e de 0,9% em relação à população estimada em 2004.

O crescimento populacional natural do Alasca entre 2000 e 2005 foi de 36 590


habitantes – 53 132 nascimentos menos 16 542 óbitos – o crescimento populacional
causado pela imigração foi de 5 800 habitantes, enquanto a migração interestadual
resultou na perda de 4 619 habitantes. Entre 2000 e 2005, a população do Alasca
cresceu em 36 730 habitantes, e entre 2004 e 2005, em 5 906 habitantes.

Cerca de 70% dos habitantes nasceram no estado. Há apenas uma região metropolitana,
Anchorage, que é a maior cidade do Alasca. Cerca de dois quintos dos habitantes vivem
em Anchorage. Cerca de 70% dos habitantes vivem em cidades e os outros 30% vivem
em áreas não urbanas.

A maior parte da população do Alasca vive na região sul do estado, ao longo do litoral
sul com o oceano Pacífico, onde o clima é menos rigoroso do que no norte do estado. O
resto do Alasca é escassamente povoado. Porém, mesmo assim, algumas comunidades
urbanas com alguns milhares de habitantes existem no interior e mesmo no litoral norte
do estado.
Etnias

A composição étnica da população do Alasca de acordo com o censo estadunidense de


2010ː[10]

64,1% – brancos não hispânicos


14,8% – indígenas e inuítes
5,5% – hispânicos
5,4% – asiáticos
3,3% – afro-americanos
7,3% – duas ou mais etnias

Os cinco maiores grupos étnicos do Alasca são: alemães (que compõem 16,6% da
população do estado), nativos norte-americanos (15,6%), irlandeses (10,8%), ingleses
(9,6%), estadunidenses (5,7%; a maioria possui ascendência europeia) e noruegueses
(4,2%). O Alasca possui a maior percentagem de nativos norte-americanos entre os
estados dos Estados Unidos.
As vastas e escassamente povoadas regiões do norte e do oeste do Alasca são
primariamente habitadas por nativos norte-americanos. Anchorage, Fairbanks e outras
partes da região centro-sul e sudeste do Alasca possuem uma grande população branca
de ascendência britânica e alemã. A região Wrangell-Petersburg possui vários
habitantes de ascendência escandinava e as Ilhas Aleutas possuem uma comunidade
considerável de filipinos.

85,7% da população do Alasca possui o inglês como idioma materno e 5,2% possuem
idiomas nativos norte-americanos como língua materna. O espanhol é o idioma materno
de 2,9% da população do estado.
Religião

Esta é a distribuição da população do Alasca por afiliação religiosa:

Cristianismo – 81%
Protestantes – 68%
Igreja Batista – 11%
Igreja Luterana – 8%
Igreja Metodista – 6%
Igreja Pentecostal – 2%
Qualquer – 1%
Outras afiliações protestantes – 40%
Igreja Ortodoxa – 8%
Igreja Católica – 7%
Mórmons – 1%
Outras afiliações cristãs – 1%
Outras religiões – 1%
Não religiosos – 17%

O Alasca possui uma considerável comunidade ortodoxa graças à colonização russa na


região. Vários missionários russos converteram muitos nativos à Igreja Ortodoxa.
Principais cidades
Anchorage.
Fairbanks.
A extração de petróleo é atualmente a principal fonte de renda do Alasca.

A cidade mais populosa é Anchorage, que possui aproximadamente 275 mil habitantes.
Anchorage é também a terceira maior cidade do Estados Unidos em área. A maior parte
das principais cidades do Alasca localizam-se ao litoral oceânico do estado.

100 mil habitantes ou mais

Anchorage

Entre 10 000 e 100 000 habitantes

Fairbanks
Juneau

Menos de 10 mil habitantes


Wasilla
Kodiak
Ketchikan
Ester
Sitka
Palmer
Circle

Bethel
Barrow
Kenai
Soldotna
Unalaska
Kotzebue
Nome

Petersburg
Homer
Dillingham
Valdez
Seward
Glennallen

Economia
Ver artigo principal: Economia do Alasca

A economia do Alasca está concentrada primariamente na extração de recursos naturais,


dos quais o mais importante é o petróleo.[11] A prestação de serviços governamentais
também é relevante.[11] O produto interno bruto (PIB) do estado foi de 49,2 bilhões de
dólares, em 2010.[12] A renda per capita do estado, por sua vez, foi de 44 174 dólares, o
terceiro maior do país. O centro econômico, financeiro e industrial do estado é
Anchorage. A taxa de desemprego do Alasca é de 7,5%, a mais alta entre qualquer
estado norte-americano.

O setor primário responde por 2% do PIB do Alasca. A pesca responde por 1,6% do
PIB, e emprega cerca de 12 mil pessoas. O Alasca é o maior produtor nacional de peixes
e outros animais e vegetais marinhos e fluviais do país. A agricultura e a pecuária
respondem por 0,2% do PIB do estado, e empregam cerca de 1,8 mil pessoas. O estado
possui cerca de 570 fazendas, que cobrem cerca de 372 mil hectares de área, bem menos
que 1% do estado. Os principais produtos agropecuários produzidos no estado são leite,
carne de vaca e ovos. Vegetais e legumes não são cultivados em grande escala, em parte
por causa do clima, em parte por causa do solo pouco fértil e do terreno acidentado.
Porém, no verão, algumas frutas e legumes são cultivados em escala razoável, graças às
20 horas de sol que o estado recebe diariamente. A silvicultura responde por 0,2% do
PIB e emprega cerca de cinco mil pessoas.
O setor secundário responde por 30% do PIB do Alasca. A mineração responde por
22% do PIB e emprega aproximadamente 12 mil pessoas. Outros recursos naturais
extraídos no estado são ouro, zinco e prata. A indústria de manufatura responde por 4%
do PIB e emprega aproximadamente 17 mil pessoas. O valor total dos produtos
manufaturados no estado por ano é de cerca de 2,6 milhões de dólares. A indústria de
construção responde por 4% do PIB e emprega cerca de 22 mil pessoas.

O setor terciário responde por 68% do PIB do Alasca. Serviços governamentais


respondem por 19% do PIB e empregam aproximadamente 95 mil pessoas. Transportes,
telecomunicações e utilidades públicas respondem por 16% do PIB do estado e
empregam cerca de 33 mil pessoas. Serviços comunitários e pessoais correspondem por
13% do PIB, e empregam mais de 120 mil pessoas. Serviços financeiros e imobiliários
respondem por 10% do PIB e empregam cerca de 24 mil pessoas. O comércio por
atacado e varejo responde por 10% do PIB do estado e emprega cerca de 75 mil
pessoas. 60% da eletricidade gerada é produzida por usinas usinas termelétricas a gás
natural, 15% em usinas termelétricas a petróleo, 15% por usinas hidrelétricas, e a maior
parte do restante, por usinas termelétricas a carvão.
Infraestrutura
Educação
Entrada principal da Universidade do Alasca Anchorage.

Todas as instituições educacionais no Alasca precisam seguir regras e padrões ditadas


pelo Departamento de Educação de Alasca. Este conselho controla diretamente o
sistema de escolas públicas do estado, que está dividido em diferentes distritos
escolares. Cada cidade primária (city), cada um dos distritos organizados e qualquer
cidade localizada em distritos não organizados é servida por um distrito escolar. Além
de impostos e de verbas do governo estadual, muito das verbas necessárias para a
manutenção destes distritos escolares provém royalties cobrados pelos distritos para
empresas petroleiras. O Alasca permite a operação de escolas charter – escolas públicas
independentes, que não são administradas por distritos escolares, mas que dependem de
verbas públicas para operarem. Atendimento escolar é compulsório para todas as
crianças e adolescentes com mais de sete anos de idade, até a conclusão do segundo
grau ou até os quinze anos de idade.

Em 1999, as escolas públicas do estado atenderam cerca de 134,4 mil estudantes,


empregando aproximadamente 7,8 mil professores. Escolas privadas atenderam cerca de
6,8 mil estudantes, empregando aproximadamente 600 professores. O sistema de
escolas públicas do Estado consumiu cerca de 1,138 bilhão de dólares, e o gasto
estadual per capita das escolas públicas foi de aproximadamente 9,2 mil dólares por
estudante. Cerca de 90,6% das pessoas com mais de 25 anos de idade possuem um
diploma de segundo grau, a percentagem mais alta entre qualquer Estado americano
com exceção de Washington.

A primeira instituição de educação superior do Alasca – o Agricultural School of Mines


– foi fundada em 1917, em Anchorage. Esta instituição é atualmente a Universidade do
Alasca, a maior e mais importante instituição de ensino superior do Alasca, possuindo
três campi em três diferentes cidades. O estado atualmente possui um total de duas
universidades e quatro faculdades. Bibliotecas existem em todas as áreas urbanas com
2,5 mil habitantes ou mais.
Um problema atual no sistema educacional do Alasca é a fuga de cérebros. Muitos
jovens, incluído os alunos mais bem-sucedidos das escolas do Estado, saem do Alasca
após terminarem o segundo grau (high school). O Alasca tem tido sucesso em
minimizar este problema ao oferecer bolsas de estudo para os 10% dos melhores alunos
do segundo grau do Estado.
Transportes e telecomunicações
Trem da Alaska Railroad.

O sistema rodoviário é um dos menos desenvolvidos de todo os Estados Unidos. Isto


porque o sistema rodoviário do Alasca cobre uma área relativamente pequena do estado,
e conectando apenas os principais centros populacionais do Estado. A capital do estado,
Juneau, não é acessível via estradas, fato que tem causado diversos debates e discussões
nas últimas décadas, sobre a possibilidade de mudar a capital para uma cidade
conectada ao sistema rodoviário do Estado. Em 2003, o Alasca tinha 22 903 km de vias
públicas, dos quais 1 741 km eram rodovias interestaduais, parte do sistema rodoviário
federal dos Estados Unidos. Nenhuma das rodovias do Estado conecta diretamente o
Alasca com outros Estados americanos. A Alaska Highway ("Rodovia do Alasca") é a
principal rodovia do Estado, conectando o Alasca com o Canadá, província de
Colúmbia Britânica.
Vista da entrada do Túnel Anton Anderson Memorial.

Uma curiosidade do Alasca é o Túnel Anton Anderson Memorial, que conecta


Anchorage com Whittier. Este túnel, que possui cerca de 4 quilómetros de
comprimento, é uma estrada de uma única faixa. A estrada também possui uma ferrovia.
Como consequência, o tráfego de veículos e trens precisam compartilhar este túnel,
resultando em períodos de espera de 20 minutos ou mais para entrar.

A Alaska Railroad ("Ferrovia do Alasca") conecta Seward e Fairbanks. É uma


importante atração turística (por passar por regiões cujas paisagens naturais são muito
apreciadas por turistas), bem como movimenta grandes quantidades de carga,
especialmente minérios, do norte e do interior até os portos do sul. A Alaska Railroad é
a única ferrovia primária do Alasca, possuindo cerca de 779 km de extensão. Anchorage
é o maior centro portuário do estado.
Aeroporto Internacional de Anchorage Ted Stevens.

A maioria das cidades e das vilas no Estado são acessíveis somente por mar ou pelo ar.
O Alasca possui um sistema bem desenvolvido de ferry, conhecido como a Rodovia
Marítima do Alasca, que atende as cidades do sul do Alasca. Cidades que não são
acessíveis por estradas ou por mar somente podem ser acessadas pelo ar; como
consequência, a aviação geral e regional do Alasca é bem desenvolvida, e os aeroportos
do Estado são geralmente movimentados. Anchorage é o principal centro aeroportuário
do Alasca, e a maior linha aérea operando na região é a Alaska Airlines.

O primeiro jornal publicado no Alasca foi o Sitka Times, publicado pela primeira vez
em Sitka, em 1868, e ainda em circulação. Atualmente, são publicados no estado trinta
jornais, dos quais sete são diários. A primeira estação de rádio do Alasca foi inaugurada
em 1924, e a primeira estação de televisão do Alasca foi inaugurada em 1953, ambos
em Anchorage. Atualmente, o estado possui 73 estações de rádio – dos quais 33 são AM
e 40 são FM – e 13 estações de televisão.
Cultura
Símbolos do estado
Bandeira do Alasca.
Picea sitchensis.

Árvore: Picea sitchensis


Cognomes:
Last Frontier
Great Land (não oficial)
Land of the Midnight Sun (não oficial)
Mainland State (não oficial)
Desporto: Mushing
Flor: Myosotis
Fóssil: Mamute
Fruta: Maçã
Insecto: Libélula
Lema: North To The Future (Norte Para o Futuro)
Mamífero aquático: Balaena mysticetus
Mamífero terrestre: Alce
Música: Alaska's Flag (Bandeira do Alasca)
Pássaro: Lagopus lagopus
Pedra preciosa: Jade
Peixe: Salmão

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