EXPANSÃO DOS ESTADOS UNIDOS NO SÉCULO XIX – PROFº: MÁRCIO GOULART

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A Expansão dos Estados Unidos no século XIX

A pós a independência dos Estados Unidos da América (EUA), houve um grande processo
de expansão territorial que passou a ocupar áreas indígenas e mexicanas. Houve também
a compra de terras coloniais e negociações diplomáticas. A partir de 1823, já era nítido o
quanto os Estados Unidos havia se expandido. O presidente James Monroe determinou a
Doutrina Monroe, que reafirmava a oposição ao colonialismo europeu e tinha como
princípio A América para os americanos. Nas bases compositivas da Doutrina Monroe,
limitava-se a intervenção de países europeus no continente americano, possibilitando,
assim, que os Estados Unidos pudessem usar o espaço para seus próprios interesses.
Vale lembrar que, na América, os únicos chamados de “americanos” são os
estadunidenses, ou seja, a máxima da Doutrina Monroe – América para os americanos –
veio bem a calhar no processo de expansão dos EUA, inclusive sobre outras nações
americanas.

A expansão norte-americana começou em 1803 com a compra da Luisiana da França, e,

em 1819, com a compra da Flórida dos espanhóis. Esses fatos possibilitaram o acesso às
Antilhas. Em 1846, o território de Oregon foi negociado entre os Estados Unidos e o Reino
Unido, havendo eles acordado sobre como o dividiriam. O último território a ser
conquistado foi o Alasca, comprado dos russos em 1867.
Além do aumento do território, também houve um grande crescimento populacional. Entre
1820 e 1860, a população pulou de 9,6 milhões para 31,3 milhões de habitantes. Grande
parte desse contingente veio de imigrantes da Europa seduzidos pela facilidade de adquirir
terras.

A expansão territorial se deu basicamente de quatro formas:

1 - Compra de territórios - foi por este formato de expansão territorial que se deu os
primeiros importantes avanços na linha fronteiriça norte-americana, com a compra da
Luisiana à França de Napoleão Bonaparte em 1804 e a compra da Flórida em 1819 aos
espanhóis. Importante lembrar que os 15 milhões de dólares gastos pelos EUA na compra
do território denominado Luisiana à época fazia referência a uma faixa territorial muito
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maior que o atual estado da Luisiana, que se estendia do Golfo do México às fronteiras
com o Canadá britânico.
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2 - Diplomacia - é exemplo deste formato de expansão a anexação do Óregon aos

ingleses, em 1846, a partir de compensações de natureza diversas pelo direito de
soberania ao território.
3 - Guerra - nesta categoria, o México foi a maior vítima do expansionismo norte-
americano, pois perdeu parte considerável de seu território original. Inicialmente, os
colonos norte-americanos estabelecidos no Texas declararam a independência deste, logo
depois aceitando sua incorporação aos Estados Unidos. Os conflitos iniciados com a
ocupação de colonos dos EUA em várias partes de território pertencente ao México
chegaria ao fim somente em 1845, através do tratado de Guadalupe-Hidalgo, que
estabelecia a fronteira entre México e Texas, além de ceder aos norte-americanos as
atuais Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada, Utah e parte do Colorado por meio de
uma indenização de 15 milhões de dólares.

4 - Guerra contra as nações indígenas - em sua marcha para o Oeste, expandindo o

território dos EUA, era imprescindível aos colonos que "pacificassem" os povos indígenas
estabelecidos ao longo de todos os novos territórios, ocupando suas terras efetivamente.
Provavelemente foram os povos indígenas aqueles que mais perderam com a filosofia do
Destino Manifesto, sendo muitos deles exterminados, outros depararam-se com uma
quase-extinção, outros acabaram assimilados aos dominadores.
Os Estados Unidos continuariam sua expansão durante o século XX, mas agora adquirindo
territórios ultramarinos, espécie de "neo-colônias", como por exemplo Cuba, Porto
Rico, Filipinas, a Samoa Americana ou as ilhas Marianas.

De olho no México
No período de 1820 a 1830, os Estados Unidos avançaram para o México. Fazendeiros do
sul dos Estados Unidos passaram a ter plantações no território do Texas (que ainda era
território mexicano) e pressionavam o governo para adquirir o território.
Em 1836, o território foi declarado independente através da Guerra de Independência do
Texas, que durou nove anos e acabou com o território texano sendo anexado aos Estados
Unidos.
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Os Estados Unidos continuaram a avançar em direção ao México. Com isso, eles

guerrearam de 1845 a 1848. Com a vitória dos Estados Unidos, o México assinou
o Tratado de Guadalupe-Hidalgo, com o qual o México perdeu 40% do seu território, que,
atualmente, formam os seguintes estados: Califórnia, Nevada, Utah, Wyoming, Colorado,
Novo México e Arizona. Mais tarde, foram compradas mais terras que ampliaram o território
do Arizona e do Novo México.

A Conquista do Oeste

A expansão para o oeste foi incentivada com a intenção de colonizar o território americano.
A crença no Destino Manifesto foi o maior estímulo aos norte-americanos para expandir
suas fronteiras. Eles queriam levar a ocupação até o Pacífico e construir um país de
proporções continentais.
A população passou a deslocar-se para as terras “desabitadas”, sobretudo as do oeste,
impulsionados, principalmente, pela descoberta de ouro no estado da Califórnia. Esse
episódio ficou conhecido como a Corrida do Ouro. Entre 1848 e 1855, habitantes do norte e
do sul, além de asiáticos, caribenhos, australianos, entre outros, migraram para o território
em marcha para o oeste.
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Você Sabia?

O Destino Manifesto pautava-se no objetivo de conquistar terras e construiu, nos Estados

Unidos, uma autoimagem de nação eleita por Deus para civilizar novas terras e
desenvolvê-las economicamente. Desse modo, toda invasão territorial e/ou toda violência
cometida contra os nativos eram justificadas pela “missão civilizadora” e progressista dos
EUA.
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Após o esgotamento das minas, a partir de 1850, parte da população que foi atrás do ouro
retornou para casa, mas o governo ainda tinha intenção de manter a ocupação na região,
pois almejava incorporar as terras do oeste à União. Assim sendo, facilitaram a
permanência dos imigrantes, favorecendo o acesso à terra e facilitando a circulação de
mercadorias e riquezas.

A lei de 1862, o Homestead Act, mostrava as intenções do governo dos Estados Unidos
em povoar a região oeste do país, pois oferecia terras a preços baixos para atrair pessoas.
Esse fato acarretou uma onda de migração para região.
Como sabemos, os territórios almejados já eram habitados pela população indígena. A
corrida intensificou o conflito com os indígenas, mas também trouxe desenvolvimento
econômico e integração através das estradas de ferro. Com a ocupação, a população
indígena diminuiu drasticamente, sendo que as principais tribos que ali habitavam eram,
sobretudo, compostas por índios Sioux, Apaches e Navajos.

Os Sioux viviam da caça e da pesca e ocupavam o território dos Grandes Lagos e das
montanhas rochosas. Trocavam peles por instrumentos e outros utensílios, além de migrar
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constantemente dentro do território estabelecido. Apaches e Navajos habitavam o Arizona

e o Novo México; os dois grupos tinham como hábito a guerra. Os primeiros viviam da caça
e os últimos da criação de gado. Ambos eram agricultores, artesãos e guerreiros.
Os três grupos lutaram contra a ocupação, mas foram derrotados, tendo sido exterminados
ou confinados em pequenas propriedades que mal permitia o sustento de suas famílias.
Além do massacre dos indígenas, a natureza também foi atingida. Houve poluição dos
rios, devastação da fauna e da flora, transformação de florestas em áreas de cultivo, além
do desmatamento para construção das ferrovias.

A Guerra de Secessão

Devido às diferentes formas de colonização, o norte e o sul dos Estados Unidos cresceram
de formas diferentes. O sul utilizava mão de obra escrava e a economia era baseada no
latifúndio monocultor, enquanto o norte, ao longo do século XIX, entrava em um processo
de industrialização. Essas diferenças geraram um grande distanciamento no que se refere
às questões econômicas. O sul defendia tarifas alfandegárias mais baixas, pois eram
essencialmente agrícolas e importavam os produtos industrializados; por outro lado, o norte
defendia o aumento dessas tarifas, visto que estava se industrializando.
No campo político, o partido Republicano e o partido Democrata lutavam por interesses
distintos. O primeiro apoiava os interesses da burguesia industrial do norte e o
fortalecimento do poder central; o segundo apoiava os interesses das elites agrárias do sul
e a autonomia dos estados.
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As diferenças culturais e políticas entre os habitantes do sul e do norte dos Estados Unidos
se intensificaram durante a campanha presidencial de 1860, que foi vencida por Abraham
Lincoln do Partido Republicano abolicionista. Insatisfeitos com a derrota, os estados do sul
proclamaram sua independência dos Estados Unidos e, em 1861, formaram os Estados
Confederados da América, que era composto pelos seguintes estados: Carolina do Sul,
Carolina do Norte, Virgínia, Alabama, Mississipi, Louisiana, Flórida, Tenessee, Geórgia,
Arkansas e Texas. Estes estavam sob a presidência de Jefferson Davis.

O norte reagiu e não aceitou o fato e assim começou o maior conflito civil dos Estados
Unidos, a Guerra de Secessão. A luta entre as regiões que se dividiram entre ianques
(norte) e confederados (sul) durou quatro anos, de 1861 a 1865, sendo que a maior parte
da guerra ocorreu no território sulista.
Existia certo equilíbrio militar entre as duas regiões, mas o norte, a partir de 1863, teve
mais acesso às armas devido à produção destas e à industrialização da região. Neste ano,
os ianques venceram a Batalha de Gettysburg e bloquearam portos do sul, impedindo a
entrada de ajuda estrangeira e a exportação de algodão. A guerra durou até 1865, quando
o sul se rendeu.
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Mesmo antes da rendição do sul, a escravidão havia sido proibida nos Estados Unidos –
pela 13ª emenda da Constituição. Dois anos antes, Lincoln havia decretado o fim do
trabalho escravo, mas só foi formalizado com o fim da guerra. Nesse período, mais de
quatro milhões de escravos foram libertos.

O saldo final da guerra foi de meio milhão de mortos, devastação das lavouras do sul e
desorganização da produção. Um programa de reconstrução foi aprovado para os estados
sulistas com um projeto proposto por Abraham Lincoln; no entanto, com o seu assassinato,
quem o colocou em prática foi seu sucessor Andrew Johnson, que aprovou, em 1867, a Lei
de Reconstrução, na qual os dez estados foram divididos em cinco regiões militares, cada
qual com um oficial responsável. Os estados ficaram na categoria de reconquistados e,
quando pacificados e estruturados, deveriam ser novamente incorporados à União. Esse
programa durou até 1877.
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Você Sabia?
Em Gettysburg foi travada a maior batalha da Guerra de Secessão. A batalha de
Gettysburg foi vencida pelas tropas do norte e inverteu o rumo da guerra civil, até então
totalmente favorável aos sulistas.
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A Situação dos Ex-Escravos

Os ex-escravos encontraram dificuldades para fazer parte da sociedade americana. Em
1866, o congresso aprovou uma lei dos Direitos Civis, na qual dizia que eram cidadãos
americanos todos aqueles nascidos nos Estados Unidos ou naturalizados, independente de
raça, cor ou condição prévia. A 14ª emenda também reafirmava os direitos de cidadania
aos ex-escravos e, após quatro anos, a 15ª emenda repetia tal direito. Pela lei, os negros
tinham os mesmos direitos que os brancos, mas, fora do papel, esses direito não eram
respeitados.

Ku klux klan

Na Luisiana, a introdução do sufrágio para homens negros em 1866 provocou conflitos que
acabaram com mais de duzentos mortos e feridos. Negros não podiam exercer cargos
públicos nem ter porte de armas. O acesso aos postos de trabalhos ocupados pelos
brancos também era limitado. No sul existiam leis que proibiam os negros de frequentar os
mesmo restaurantes e bares que os brancos, de passarem pelas mesmas calçadas, de
usarem os mesmos transportes públicos e até os mesmos banheiros. Essa situação
permaneceu até a segunda metade do século XX. A crença da superioridade branca abriu
espaço para o surgimento de grupos que defendiam a supremacia branca. Um dos mais
conhecidos foi a Ku Klux Klan, que existe até hoje e que ainda atua em alguns estados do
sul.
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A Expansão dos Estados Unidos da América

Com a vitória do norte sobre o sul na Guerra de Secessão, os Estados Unidos estavam
prontos para levar o país à industrialização. Além do mais, motivados pelas premissas
do Destino Manifesto, avançaram sua zona de “influência” rumo à América do Sul e à
América Central.

Nesse mesmo período, Cuba lutava para libertar-se do domínio espanhol. Os Estados
Unidos apoiaram a iniciativa dos cubanos, pois tinham interesse na região. Vale lembrar
que os EUA já haviam proposto aos espanhóis a compra da ilha de Cuba. Em 1898, os
cubanos, apoiados pelos americanos, declararam guerra aos espanhóis. As batalhas
duraram oito meses e os espanhóis reconheceram a liberdade de Cuba. Mas a dominação
não chegou ao fim, já que os americanos ocuparam o lugar dos espanhóis. Em 1901, o
governo dos Estados Unidos impôs a chamada Emenda Platt, no qual poderia intervir nos
assuntos do país e instalar uma base militar na baía de Guantánamo (Cuba).
Você Sabia?

Sufrágio é a forma de participação e de interesse dos indivíduos na vida pública. Já Ku

Klux Klan trata-se de uma organização racista formada em 1868 por ex-confederados.
Usavam capuz branco e atacavam negros e seus defensores.
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Além de Cuba, o governo americano conseguiu dos espanhóis o reconhecimento da

independência de Porto Rico, que também foi incorporada aos Estados Unidos. Houve um
fortalecimento da produção de açúcar e a língua inglesa foi imposta à população. Até hoje
a região continua sob o domínio americano.

O atual Panamá também sofreu com a interferência americana que estimulou, em 1903,
uma revolta separatista, pois ela pertencia à Colômbia. O objetivo era conquistar uma
região que permitisse a ligação entre o Oceano Atlântico e o Pacífico, visto que isso
facilitaria a comunicação entre o leste e o oeste território americano e o comércio com o
oriente. Os americanos conseguiram a posse da Zona do Canal do Panamá livre e, apenas
em 1999, o Panamá retomou o controle da área.

A Marcha para Oeste

Como podemos perceber pela análise dos mapas, os EUA tiveram um gigantesco
crescimento em pouco mais de meio século. Observemos alguns dos fatores que
contribuíram para o crescimento territorial e populacional:
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• Compra de terras; • Anexação de territórios;

• Dizimação das populações indígenas;
• Entrada de grande número de imigrantes;
• Doação de terras a oeste pelo governo;
• “Corrida do Ouro” (1848);
• Guerras contra o México.
O Destino Manifesto

Os EUA justificavam seu processo expansionista por uma predestinação divina. Um país
com forte influência religiosa no seu processo colonizatório (puritanismo/calvinismo)
difundia a ideia de que tinham a missão de espalhar seu “bom exemplo” de civilização
cristã próspera pelo continente. Os indígenas e os mexicanos foram os grandes alvos da
expansão cristã norte-americana.

Exercícios

1. (FUVEST) A incorporação de novas áreas, entre 1820 e 1850, que deu aos Estados
Unidos sua atual conformação territorial, estendendo-se do Atlântico ao Pacífico, deveu-se
fundamentalmente:

a) a um avanço natural para o oeste, tendo em vista a chegada de um imenso contingente

de imigrantes europeus.
b) aos acordos com as lideranças indígenas, Sioux e Apache, tradicionalmente aliadas aos
brancos.
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c) à vitória na guerra contra o México que, derrotado, foi obrigado a ceder quase a metade
de seu território.
d) à compra de territórios da Inglaterra e Rússia que assumiram uma posição pragmática
diante do avanço norte-americano para o oeste.
e) à compra de territórios da França e da Espanha que estavam, naquele período,
atravessando graves crises econômicas na Europa.

2. (PUCRS) Responder à questão com base nas afirmativas abaixo, sobre a expansão
territorial dos Estados Unidos no século XIX.

I. A expansão territorial para o Oeste foi o principal fator de isolamento político do Sul
escravista, pois todos os novos Estados proibiam a escravidão, seguindo o texto original da
Constituição de 1787.

II. Sob o impulso inicial da iniciativa privada, a expansão para o Oeste efetivou-se com
diferentes modalidades de participação do Estado, como a conquista militar e a compra de
territórios.

III. A chamada "corrida do ouro" foi o principal fator da ocupação inicial do extremo Oeste,
na primeira metade do século e, na segunda metade, a expansão ferroviária foi
fundamental para a ocupação efetiva do Centro-Oeste.

IV. O processo político de incorporação de um novo Estado à União contrariava o espírito

federativo, pois esses novos Estados tinham suas constituições outorgadas pelo
Congresso, com aprovação da Suprema Corte e do Presidente da República.
Pela análise das afirmativas, conclui-se que somente estão corretas:

a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
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3. (UFF) Imbuídos da moral protestante e movidos pelo sonho de uma nova vida
proveniente das transformações industriais européias, os pioneiros da marcha para o oeste
iniciaram a grande obra de povoamento do território norteamericano e de reconhecimento
de suas riquezas. Considerando-se o aspecto histórico do alargamento de fronteiras nos
Estados Unidos, pode-se dizer que a marcha para o oeste:

a) foi o marco inicial da expansão da economia norte-americana, uma vez que os pioneiros
eram organizados pelo Estado e deveriam auxiliá-lo na eliminação dos índios;

b) significou a abertura de um conflito entre os vários tipos de pioneiros e teve como

consequências a Guerra de Secessão e a autonomia dos Estados da federação norte-
americana;

c) teve como repercussões, apenas, a matança dos índios e a fabricação de heróis dos
filmes de far-west;

d) revelou um território rico que teve condições de ser ocupado graças à aliança entre os
pioneiros e os índios;

e) constituiu um dos marcos da identidade homem-terra na construção da nação norte-

americana, possibilitando o alargamento do território.

4. (Unirio) "... era como se os Estados Unidos tivessem como objetivo uma missão
civilizatória junto aos povos da América Latina."
(Hervert Croly, "The Promisse of American Life")
A consolidação do capitalismo nos Estados Unidos da América, ao longo do século XIX,
identificou-se em seu processo de expansão territorial, que se relaciona corretamente com
o(a):

a) Destino Manifesto, que fundamentava a distinção política e econômica entre os estados

sulistas escravocratas e os nortistas industriais.
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b) fim da guerra hispano-americana que acarretou a incorporação da Flórida, de Cuba e da

zona do Canal do Panamá.

c) vitória no conflito contra o México, que resultou na anexação dos territórios do Texas,
Novo México e Califórnia.
d) Marcha para o Pacífico, que estendeu o território americano até a costa oeste, com a
invasão e a ocupação do Alasca e dos territórios do noroeste do Canadá.

e) Doutrina Monroe, que ratificou a compra dos territórios franceses e ingleses na América,
tais como a Luisiana e o Oregon.

5. (ENEM) Na década de 30 do século XIX, Tocqueville escreveu as seguintes linhas a

respeito da moralidade nos EUA: “A opinião pública norte-americana é particularmente dura
com a falta de moral, pois esta desvia a atenção frente à busca do bem-estar e prejudica a
harmonia doméstica, que é tão essencial ao sucesso dos negócios. Nesse sentido, pode-se
dizer que ser casto é uma questão de honra”.
TOCQUEVILLE, A. Democracy in America. Chicago: Encyclopædia Britannica, Inc., Great
Books 44, 1990 (adaptado).

Do trecho, infere-se que, para Tocqueville, os norte-americanos do seu tempo

a) buscavam o êxito, descurando as virtudes cívicas.

b) tinham na vida moral uma garantia de enriquecimento rápido.

c) valorizavam um conceito de honra dissociado do comportamento ético.

d) relacionavam a conduta moral dos indivíduos com o progresso econômico.

e) acreditavam que o comportamento casto perturbava a harmonia doméstica.

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6) Vá para o oeste, jovem, e cresça com o país. Essa expressão, criada por Horace
Greeley, em 1851, simboliza a expansão territorial realizada pelos Estados Unidos ao longo
do século XIX.
Relacione a marcha para o oeste” com a doutrina do Destino Manifesto”.
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7) (Uerj) Precisamos manter para sempre o princípio de que só o povo deste continente
tem o direito de decidir o próprio destino. Se, porventura, uma parte desse povo,
constituindo um estado independente, pretendesse unir-se à nossa Confederação, esta
seria uma questão que só a ele e a nós caberia determinar, sem qualquer interferência
estrangeira. (Primeira mensagem anual do presidente Polk ao Congresso dos Estados
Unidos.) In: SYRETT, H.C., org. Documentos Históricos dos Estados Unidos, Cultrix, s/d. O
discurso acima, de 2 de dezembro de 1845, reafirmava a crença do presidente Polk na
expansão do território americano. O conjunto de ideias que melhor explicita essa crença é:

a) o New Deal

b) a Doutrina Truman

c) o Destino Manifesto

d) a Política de Boa Vizinhança

8)(PASUSP) O Canal do Panamá foi construído em 1914 pelos Estados Unidos, que
controlaram sua administração por quase um século e só devolveram a soberania da área
aos panamenhos em 1999. A atual ampliação do canal visa permitir o tráfego de navios de
maior porte, atualmente utilizados com mais freqüência, em decorrência do aumento do
volume do comércio internacional nas últimas décadas. Mais de 100 rotas de transporte
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marítimo passam pelo Canal do Panamá, sendo uma das principais aquela que liga o
Extremo Oriente à costa leste dos Estados Unidos.

Com base em seus conhecimentos, no mapa e no texto, indique a alternativa correta:

a) O Canal do Panamá reduziu sensivelmente as distâncias a serem percorridas nas rotas

marítimas entre as costas leste e oeste dos EUA.

b) As rotas mais beneficiadas com a construção do Canal do Panamá são as que ligam a
Europa e a África Ocidental à costa leste dos EUA.

c) A ampliação do Canal do Panamá não deve apresentar um aumento significativo no

tráfego do canal, já que os navios de maior porte não são utilizados intensamente nos dias
de hoje.

d) O Canal do Panamá apresenta importância estratégica e militar para os EUA, apesar da

pouca relevância econômica referente às rotas comerciais marítimas.

e) O Canal do Panamá não teve um papel significativo na circulação marítima internacional

nem na estratégia de defesa militar dos EUA.
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9. (Unicamp 2009) Nos Estados Unidos da década de 1870, o projeto político sulista de
excluir os negros venceu. Os Republicanos Radicais ficaram isolados em sua defesa dos
negros e tiveram que enfrentar a oposição violenta do terrorismo branco no sul. A Ku Klux
Klan, formada por veteranos do exército confederado, virou uma organização de terroristas,
perseguindo os negros e seus aliados com incêndios, surras e linchamentos. A depressão
de 1873 apressou o declínio dos Republicanos Radicais, que sentiram a falta do apoio
financeiro dos bancos. Para o público, a corrupção tolerada pelos Republicanos Radicais
agora parecia um desperdício inaceitável. (Adaptado de Peter Louis Eisenberg, "Guerra
Civil Americana". São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 102-105.)

a) De acordo com o texto, aponte dois fatores que levaram à vitória do projeto de exclusão
dos negros no sul dos Estados Unidos após a Guerra da Secessão.
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b) Quais foram as causas da Guerra da Secessão?

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10. (Ufscar 2008) Se vendemos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como
sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa
aromatizada pelas flores dos bosques. Assim consideraremos vossa proposta de comprar
nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: o homem branco terá que
tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não
compreendo outro modo. Tenho visto milhares de búfalos apodrecerem nas pradarias,
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deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento. Sou um selvagem
e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o
búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos. (Carta do chefe índio Seattle
ao presidente dos Estados Unidos, que pretendia comprar as terras de sua tribo em 1855.)

a) Identifique uma diferença na maneira do chefe índio e dos brancos entenderem a

relação entre o homem e a natureza.
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b) Explique as consequências, para a população indígena dos Estados Unidos, do contato

com os brancos.
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11) A ocupação do Oeste dos Estados Unidos provocou o desenvolvimento de um

imaginário relativo à ambiência da época e do lugar que teve amplo espaço no
cinema americano, como o gênero do Faroeste. Sobre esse gênero de narrativa é
correto dizer que:
a) é ambientado nas regiões frias, ao norte dos EUA, com presença de neve nos
cenários.

b) retrata um clima amistoso entre índios e colonos.

c) retrata grandes construções prediais e a figura de executivos, vestidos de terno e

gravata.
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d) é povoado de esteriótipos, como o lugar desértico, o sheriff, o cawboy, a linha

férrea, os bandidos e os índios.

e) retrata a miséria dos negros ex-escravos do Sul dos EUA.

12) (Fatec) No caso da história americana, um dos eventos mais retratados pela memória
social é, sem dúvida, a chamada Marcha para o Oeste. Mesmo antes do surgimento do
cinema, esses temas já faziam parte das imagens da história americana. A fronteira foi um
tema constante dos pintores do século XIX. A imagem das caravanas de colonos e
peregrinos, da corrida do ouro, dos cowboys, das estradas de ferro cruzando os desertos,
dos ataques dos índios marcam a arte, a fotografia e também a cinematografia
americana. (CARVALHO, Mariza Soares de. In:
http://www.historia.uff.br/primeirosescritos/files/pe02- 2.pdf, acessado em 29.08.2009)

Entre os fatores que motivaram e favoreceram a Marcha para o Oeste está:

a) a possibilidade de as famílias de colonos tornarem-se proprietárias, o que também atraiu
imigrantes europeus.

b) o desejo de fugir da região litorânea afundada em guerras com tribos indígenas fixadas
ali desde o período da colonização.

c) a beleza das paisagens americanas, o que atraiu muitos pintores e fotógrafos para
aquela região. d) o avanço da indústria cinematográfica, que encontrou no Oeste o lugar
perfeito para a realização de seus filmes.

e) a existência de terras férteis que incentivaram a ida, para o Oeste, de agricultores que
buscavam ampliar suas plantações de algodão.

Observe a imagem e responda as questões 13 e 14.

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13) “O Progresso Americano” A tela de John Gast simboliza a difusão de progressos

materiais, como as ferrovias e o telégrafo, nos EUA, no decorrer do século XIX. Essas
mudanças contribuíram para a conquista de novos territórios e foram justificadas pelo
seguinte conjunto de ideias:

a) Doutrina Monroe

b) Política do Big Stick

c) Política da Boa Vizinhança

d) Doutrina do Destino Manifesto

e) Doutrina socialista

14) Explique em que contexto histórico o quadro foi produzido e como está pintura pode ser
interpretada.
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