Você está na página 1de 5

Colonização inglesa na

América do Norte

A Inglaterra iniciou seu processo de expansão


marítima no final do século XV, após a Guerra
das Duas Rosas, com a ascensão da Dinastia
Tudor, que deu início a formação do
absolutismo e desenvolveu uma política
mercantilista. No entanto, as expedições que a
princípio pretendiam encontrar uma passagem
para o Oriente, não tiveram resultados
efetivos, seja pelos conflitos com a Espanha, ou
com os povos indígenas na América do Norte.
No século XVII a Inglaterra vivia uma
conjuntura favorável à colonização. O comércio
havia dado origem a uma burguesia
enriquecida e dotado o país de uma grande
frota, pois no século anterior, principalmente do reinado de Elizabeth I, o mercantilismo havia se
imposto, utilizando-se inclusive das atividades dos corsários; a Espanha, em decadência, não tinha
condições de manter os territórios que julgava seus pelo Tratado de Tordesilhas.
O principal objetivo dos Ingleses eram formar colônias de povoamento, pois
muitos ingleses protestantes fugiam de perseguições religiosas na Inglaterra, logo, com a
colonização houve uma grande industrialização do território do norte e urbanização; também
havia uma classe de origem burguesa, que também sofria com as perseguições religiosas. Parte
desses dois grupos migraram para as colônias da América do Norte.
Os Estados Unidos, antes da colonização inglesa, tinham diversos povos nativos. Os índios
norte-americanos foram os primeiros habitantes da América do Norte, e ocuparam a região por
séculos. Depois da chegada dos ingleses, os índios foram dizimados. Por isso, atualmente existem
poucos nativos e tribos com cultura original nos Estados Unidos, que vivem em reservas
indígenas protegidas pelo
governo norte-americano. Esses
índios da América Inglesa viviam
em praticamente todo o
território das treze colônias até
a chegada dos europeus no
século XVII. O processo de
colonização da América do
Norte destruiu as tribos, as
terras e a identidade cultural
dos índios.
As principais tribos
indígenas da América Inglesa
foram: Sioux, Cheyenne,
Apache, Creek, Kaw, Arapaho, Comanche, Cherokee e Navaho. Os líderes guerreiros dessas
tribos eram conhecidos por apelidos curiosos como Touro Sentado e Cavalo Louco .

A Empresa Colonizadora e a formação das 13 colônias

O início da colonização da América do norte pelos ingleses deu-se a partir da concessão real
a duas empresas privadas: A Companhia de Londres, que passou a monopolizar a colonização das
regiões mais ao norte, e a Companhia de Plymonth, que recebeu o monopólio dos territórios mais
ao sul.
Dessa maneira dizemos que a colonização foi realizada a partir da atuação da "iniciativa
privada". Porém subordinadas as leis do Estado.
Situadas no litoral atlântico, formaram-se as treze colônias que se desenvolveram de
maneira distinta entre si e marcaram profundamente a formação dos Estados Unidos.
As treze colônias eram constituídas por:
1. Carolina do Norte
2. Carolina do Sul
3. Connecticut
4. Delaware
5. Geórgia
6. Rhode Island
7. Massachusetts
8. Maryland
9. New Hampshire
10. Nova York
11. Nova Jérsei
12. Pensilvânia
13. Virgínia

Segundo a localização geográfica, as colônias


da costa leste da América do Norte podem
ser divididas em três: nordeste (Nova
Inglaterra), centro e sul.

Colônias do Nordeste (Nova Inglaterra)


A região norte das 13 colônias foi denominada Nova Inglaterra e compreendia os territórios
de Massachusetts, Delaware, Connecticut, Rhode Island e Maine.
Os colonos se dirigiam ali especialmente em busca de liberdade religiosa e política. Assim,
desenvolveram uma ligação muito forte entre a religião e a política, pois as decisões eram
tomadas em assembleias na igreja.
O clima era hostil e a agricultura não era
rentável. Desta maneira, os colonos se
dedicaram à pesca e à captura de baleias
fazendo o porto de Boston a principal porta de
saída e entrada de produtos.
Apesar da mão de obra livre ser
predominante, existiam africanos escravizados
que faziam os trabalhos domésticos. Alguns
eram livres, mas ainda assim tratados de forma
inferior a uma pessoa branca. A imagem destaca os peregrinos que chegaram no barco
"Mayflower" formam parte da colonização da Nova Inglaterra.

Colônias do Centro

As colônias do
centro estavam formadas
por Nova York, Nova
Jersey, Pensilvânia e
Delaware.
Nesta zona houve
ocupação de holandeses,
suecos e alemães, que
gradualmente foram
expulsos pelos colonos
britânicos.
Nessa região, o
clima era mais favorável
ao cultivo, e foi
desenvolvida tanto a
agricultura de subsistência
como aquela que permita
a venda de excedentes.
O trabalho escravo convivia com a mão de obra livre. Igualmente, foram instaladas fábricas
têxteis e de siderurgia.
Ocorria trocas comerciais entre colônias espanhola e portuguesa da América do Sul, que
incluíam o tráfico humano com a África. Na imagem acima podemos observar o exemplo de uma
casa típica das colônias do centro da costa leste americana.
Colônias do Sul

As colônias do sul
estavam constituídas por
Maryland, Virgínia, Carolina
do Norte, Carolina do Sul e
Geórgia.
Ao contrário das
colônias do norte, as áreas
exploradas na região sul da
costa leste tiveram uma
ocupação distinta. Nessa
região, o clima era subtropical,
o que favoreceu a
implantação da monocultura
de produtos como arroz,
algodão e tabaco.
No sul era mais comum o trabalho da lavoura ser realizado por negros escravizados. A
produção era voltada basicamente para a exportação, e baseada na grande propriedade. Na
gravura retratando uma plantação de arroz nas colônias do sul. Observe o uso de pessoas
escravizadas nos cultivos.

A Organização Política

As 13 colônias eram completamente independentes entre si, estando cada uma delas subordinada
diretamente à metrópole. Porém como a colonização ocorreu a partir da iniciativa privada,
desenvolveu-se um elevado grau de autonomia político-administrativa, caracterizada
principalmente pela idéia do auto-governo.
Cada colônia possuía um governador, nomeado, e que representava os interesses da metrópole,
porém existia ainda um Conselho, formado pelos homens mais ricos que assessorava o governador
e uma Assembléia Legislativa eleita, variando o critério de participação em cada colônia,
responsável pela elaboração das leis locais e pela definição dos impostos.
Apesar dos governadores representarem os interesses da metrópole, a organização colonial
tendeu a aumentar constantemente sua influência, reforçando a idéia de "direitos próprios".

O Desenvolvimento Econômico

As características climáticas contribuíram para a definição do modelo econômico de cada região, o


clima tropical no sul e temperado no centro-norte no entanto foi determinante o tipo de
sociedade e de interesses existentes. Na região centro norte a colonização foi efetuada por um
grupo caracterizado por homens que pretendiam permanecer na colônia (ideal de fixação), sendo
alguns burgueses com capitais para investir, outros trabalhadores braçais, livres, caracterizando
elementos do modelo capitalista, onde havia a preocupação do sustento da própria colônia, uma
vez que havia grande dificuldade em comprar os produtos provenientes da Inglaterra.
A agricultura intensiva, a criação de gado e o comércio de peles, madeira, e peixe salgado, foram
as principais atividades econômicas, sendo que desenvolveu-se ainda uma incipiente indústria de
utensílios agrícolas e de armas. Em várias
cidades litorâneas o comércio externo se desenvolveu, integrando-se às Antilhas, onde era obtido
o rum, trocado posteriormente na África por escravos, que por sua vez eram vendidos nas colônias
do sul: Assim nasceu o "Comércio Triangular", responsável pela formação de uma burguesia
colonial e pela acumulação capitalista.

Referência:
https://www.todamateria.com.br/as-treze-colonias-e-a-formacao-dos-estados-unidos/,
https://www.meusresumos.com/historia/colonizacao-inglesa-na-america-do-norte/,
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/colonizacao-inglesa.htm,

https://www.grupoescolar.com/pesquisa/os-indios-da-america-inglesa.html

Você também pode gostar