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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO


COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR
PROFESSORES:FLAVIO DE MORI, FERNANDO GAUTHIER, RICARDO
MIRANDA BARCIA
MESTRANDOS: ADA MARIZA TOBAL, MAURÍCIO C. SERAFIM
SEMINÁRIO 2: O CONHECIMENTO E SEUS USOS
FLORIANÓPOLIS, JULHO, 1998.

O conhecimento e seus usos

1. Apresentação do Trabalho
Objetivo Geral
Refletir com o grupo a importância do conhecimento e seus usos para o
desenvolvimento do comportamento empreendedor.

Objetivos Específicos
-Contextualizar o conhecimento quanto ao seu uso e significado.
- Analisar a trajetória percorrida pelo homem na busca do conhecimento.
- Conceituar o conhecimento do artesão, do operário e do empreendedor

2. Metodologia
O seminário pretende no primeiro momento trabalhar com as questões de
cunho teórico, sendo previsto a participação dos alunos.
O segundo momento terá a participação individual de cada aluno, o terceiro
em duplas, o quarto em pequenos grupos e o quinto momento a participação do
grande grupo.
O momento final propõe uma avaliação qualitativa sobre o seminário.

3. Cronograma

1º Momento 2º Momento 3º Momento 4º Momento 5º Momento 6º Momento


Trabalho em Trabalho com o Avaliação
Exposição Trabalho Trabalho em
pequenos grande Qualitativa do
Teórica Individual Duplas
grupos grupo Seminário
30 minutos 10 minutos 10 minutos 10 minutos 30 minutos 30 minutos
Ada / Maurício/ Ada/Maurício/
Ada / Maurício Alunos Alunos Alunos
Alunos Flávio / Alunos

4. Recursos - transparências, textos, questionários.

5. Estratégias - aula expositiva dialogada, dinâmica de grupo.

6. Referencial Teórico - será divulgado durante o seminário.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR
PROFESSORES:FLAVIO DE MORO, FERNANDO GAUTHIER, RICARDO
MIRANDA BARCIA
MESTRANDOS: ADA MARIZA TOBAL, MAURÍCIO C. SERAFIM
SEMINÁRIO 2: O CONHECIMENTO E SEUS USOS

CONHECIMENTO
Realização humana permeada por duas dimensões simultâneas: produto e
processo.

CONHECIMENTO
SÓCRATES, porta –voz de Platão, afirma que a única função do conhecimento é
o autoconhecimento: o crescimento intelectual, moral e espiritual da pessoa.

CONHECIMENTO
PROTÁGORAS, afirma que a finalidade do conhecimento é tornar a pessoa
eficaz, capacitando-a saber o que dizer e como dizer( lógica, gramática e retórica ).
Educação Liberal....

CONHECIMENTO
Para ambos, O conhecimento não significava utilidade, não significava saber fazer
e sim Aptidão (técnica).

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PROGRAMA DE PÓS–GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR
PROFESSORES: FLAVIO DE MORI, FERNANDO GAUTHIER, RICARDO
MIRANDA BARCIA
MESTRANDOS: ADA MARIZA TOBAL, MAURÍCIO C. SERAFIM
SEMINÁRIO 2: O CONHECIMENTO E SEUS USOS
FlORIANÓPOLIS, JULHO, 1998.

CONHECIMENTO
Realização humana permeada por duas dimensões simultâneas:
produto e processo.

CONHECIMENTO
NA QUALIDADE DE PRODUTO
Pronto, acabado, estático. se resume em um conjunto de
informações neutras, objetivas e impessoais. ( positivismo )

CONHECIMENTO
NA QUALIDADE DE PROCESSO
Dinâmico, envolto por um contexto de controvérsias e
divergências. (materialismo histórico-crítico )

(RE) SIGNIFICADO DO CONHECIMENTO


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Tecnologia – habilidade + conhecimento organizado, sistemático,
conhecimento e ferramentas, processos e produtos

REVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE
Aplicação do conhecimento ao trabalho, estudado, analisado,
dividido, movimentos repetitivos, ( Taylorismo ).

REVOLUÇÃO GERENCIAL
Conhecimento como utilidade, como meio, como resultado social
e econômico, conhecimento passa a ser o recurso, isto é, aplicação do
conhecimento ao conhecimento.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR
PROFESSORES: FLAVIO DE MORI, FERNANDO GAUTHIER, RICARDO
MIRANDA BARCIA
MESTRANDOS: ADA MARIZA TOBAL, MAURÍCIO C. SERAFIM
SEMINÁRIO 2: O CONHECIMENTO E SEUS USOS

1. SOCIEDADE PRIMITIVA
Bandos, tribos – O homem domina a natureza
Ferramentas – pedras, ossos e lenha.
Propriedade privada da terra.

2. SOCIEDADE ESCRAVAGISTA
Escravos, senhores – O homem é dominado pelo homem
Trabalhadores Livres – artesãos, comerciantes e funcionários do Estado.
Ferramentas – arado, foice, enxada.
Cultivo da terra.

3. SOCIEDADE FEUDAL
Servos, senhores feudais, escravos, artesãos, burgueses
Ferramentas – fundição de metais, moinhos de vento e de água, madeira, papel,
pólvora.
Grandes propriedades de terra.

4. SOCIEDADE CAPITALISTA
Trabalhadores, operários, patrões, executivos, empresários, industriais.
Ferramentas - Técnica, tecnologia, conhecimento.
Produção em massa
Capital, lucro.

5. SOCIEDADE PÓS-CAPITALISTA
Intelectuais, gerentes.
Ferramentas – conhecimento específico, conhecimento geral.
Conhecimento como meio, fim, recurso, resultado.

6. O PROFISSIONAL DO CONHECIMENTO
Intelectuais , Gerentes, Empreendedores?

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COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR
PROFESSORES: FLAVIO DE MORI, FERNANDO GAUTHIER, RICARDO
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MESTRANDOS: ADA MARIZA TOBAL, MAURÍCIO C. SERAFIM
SEMINÁRIO 2: O CONHECIMENTO E SEUS USOS

O AGRICULTOR E O CONHECIMENTO: SETOR


PRIMÁRIO

A substituição dos arados de madeira feitos manualmente por


arados de ferro fundido fabricados em grande escala no século
passado melhorou significativamente a produção agrícola.
Colheitadeiras mecânicas aumentava a velocidade das colheitas.
O software agrícola está ajudando agricultores a monitorar o
meio-ambiente , identificar áreas problemáticas, delinear estratégias
de intervenção e implementar planos de ação.
Sistemas especializados também são utilizados na pecuária e no
gerenciamento agrícola como um todo.
O complexo agro-comercial global espera fazer no próximo
século, a transição da agricultura baseada na petroquímica para a
agricultura baseada na genética.
A revolução tecnológica substituiu a força animal e o trabalho
humano por máquinas e produtos químicos . HOJE É A
SUBSTITUIÇÃO DO CULTIVO DA TERRA POR CULTURAS DE
LABORATÓRIOS.

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COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR
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MESTRANDOS: ADA MARIZA TOBAL, MAURÍCIO C. SERAFIM
SEMINÁRIO 2: O CONHECIMENTO E SEUS USOS

O OPERÁRIO E O CONHECIMENTO: SETOR


SECUNDÁRIO

Desde o início da revolução industrial as máquinas têm sido


utilizadas para impulsionar a produção .
As tecnologias de processos contínuos muito mais sofisticados
revolucionaram as indústrias .
O pós Fordismo transformou a indústria automobilística em todo
mundo. Os robôs tornaram- se super atraentes na linha de
montagem de carros.
As usinas de aço computadorizadas transformaram a fabricação
do aço em lote em um processo contínuo altamente automatizado.
Assim como a mineração, o setor de refinação química também
vêm utilizando o controle digital por computador( Texaco/1959).
Os avanços mais significativos na reengenharia e na automação
ocorreram na indústria eletrônica. A indústria têxtil e de utilidades
domésticas também estão automatizando a produção.
NAS PRÓXIMAS DÉCADAS O OPERÁRIO TERÁ PASSADO
PARA A HISTÓRIA.

O PRESTADOR DE SERVIÇOS: SETOR TERCIÁRIO


Máquinas inteligentes já fazem parte de uma série de profissões.
Médicos, advogados, professores, auditores, consultores de negócios,
cientistas, arquitetos, administradores de empresas e outros usam
regularmente os avanços tecnológicos em seus empreendimentos
profissionais.

 Ver o mundo pelo ponto de vista do Conhecimento

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 Uma mudança de paradigma se instala quando uma proporção
suficiente de pessoas muda sua maneira de ver o mundo e começa a
enxergar os fenômenos com uma nova perspectiva compartilhada. É
muito difícil “ver” um novo paradigma porque a maioria das
pessoas continua presa pela linguagem do antigo paradigma
enquanto luta para definir o novo (Thomas Kuhn ).

MUDANÇA
Paradigma Paradigma
Era Industr. Era Conhec.

Metáforas

Solução de Problemas Solução de Problemas

 Cuidado com a lógica da era industrial face a lógica da era do


conhecimento! Ambas possuem Paradigmas diferentes que possuem
Metáforas diferentes que por sua vez possuem Solução de Problemas
diferentes.

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QUATRO CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO

 O conhecimento é tácito
 O conhecimento é orientado para a ação
 O conhecimento é sustentado por regras
 O conhecimento está em constante mutação

DO CONHECIMENTO À COMPETÊNCIA

 Conhecimento explícito
 Habilidade
 Experiência
 Julgamentos de valor
 Rede social

UMA DEFINIÇÃO DE CONHECIMENTO

Conhecimento é uma capacidade de agir ( Polanyi e Wittgeinstein).

DA COMPETÊNCIA À PERÍCIA

Quanto mais qualificados nos tornamos, mais podemos modificar


nossas regras. Se nos tornamos altamente qualificados, podemos até
inventar novas regras, novos diferenciais.

Mais rara e intransferível


Perícia

Compet.

Capacid.

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INFORMAÇÃO

 Método ineficiente e não confiável de transferência de conhecimento


 O significado que uma pessoa expressa nunca é o mesmo que aquele
gerado na mente da pessoa que o recebe
 Não seria mais correto, portanto, considerar a informação algo sem
significado?
 Para Shannon existe maior quantidade de informação no caos do
que na estrutura
 O valor não está na informação armazenada, mas na criação de
conhecimento de que ela pode fazer parte

TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO

 Palestra e apresentações audiovisuais: transferência de


conhecimento pela informação.
 Aprender fazendo: transferência de conhecimento pela tradição.

O máximo que os livros podem oferecer ao leitor é uma estrutura de


interpretação (metáfora) que pode ser testada mediante sua prática.

CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO

KNOW-HOW KNOW-WHY

Desenvolvimento de Desenvolvimento de
habilidades físicas para capacidade para articular
produzir ações conhecimentos conceituais
sobre uma experiência

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Comportamento Empreendedor
e Conhecimento

NO BRASIL

 CONHECIMENTO TÉCNICO RELACIONADO AO NEGÓCIO

 CONHECIMENTO COMERCIAL NA ÁREA

 CONHECIMENTO E ESCOLARIDADE

 CONHECIMENTO EMPRESARIAL

 CONHECIMENTO COMPLEMENTAR (CURSOS)

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Bibliografia

ANSHEN, Melvin, A Administração de Idéias, Coleção Harvard de


Administração, Nova Cultural, 1982.
DRUCKER, Peter, Sociedade Pós-Capitalista, Pioneira, São Paulo, 1993.
LEITE, Siomara Borba, Considerações em Torno do Significado do
Conhecimento, Palestra proferida na UERJ, 1995.
LEVITT, Theodore, Criatividade Não é Suficiente, Coleção Harvard de
Administração, Nova Cultural, 1982.
Mercado e Negócios, Revista Exame, 08/10/97.
NEGROPONTE, Nicholas, A Vida Digital, Compainha das Letras, São Paulo,
1995.
O Profissional Mínimo, Gazeta Mercantil, 17/02/98.
SVEIBY, Karl Erik, A Nova Riqueza das Organizações: Gerenciando e
Avaliando Patrimônios de Conhecimento, Campus, Rio de Janeiro,
1998.
RIFKIN, Jeremy, O Fim dos Empregos, Makron Books, São Paulo, 1995.

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