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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
ESTRUTURAS DE AÇO

ESTRUTURAS DE AÇO

- FLEXOCOMPRESSÃO E FLEXOTRAÇÃO-

Prof. Christiane Mylena Tavares de Menezes


Gameleira

MOSSORÓ/RN
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
2

 Conceito de viga-coluna;

 Resistência da Seção;

 Viga-coluna sujeita à flambagem no plano de flexão;

 Dimensionamento de hastes à flexocompressão e à


flexotração;

 Sistemas de contraventamento
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
3

 As hastes dimensionadas à flexocompressão são


denominadas vigas-colunas;

 Peças estruturais perfeitamente retilíneas com cargas


perfeitamente centradas não existem na prática;

 As colunas apresentam imperfeições construtivas e as


cargas são aplicadas com alguma excentricidade;
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
4

 Entretanto, para uma coluna com carga teoricamente


centrada, esses efeitos, se limitados às tolerâncias de
norma, estão considerados na tensão resistente com efeito
de flambagem fc, e a coluna pode ser dimensionada para
compressão centrada;

 Existem casos em que a carga paralela ao eixo da haste


atua com excentricidade de maior importância do que as
devidas a defeitos construtivos, como, por exemplo,
colunas ou escoras sujeitas a cargas transversais, colunas
com cargas excêntricas, colunas pertencentes a pórticos,
etc.
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
5

 O dimensionamento se faz então levando em conta o


momento fletor e o esforço normal, verificando a
flambagem sob efeito das duas solicitações;
 Haste sob flexocompressão sem efeito de flambagem;

Haste sob
flexocompressão reta
(apenas em um
plano). Ex. uma haste
curta.
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
6

 Haste sob flexão em torno do eixo x e compressão com


flambagem no plano (zy) do momento fletor (a flambagem no
outro plano é impedida pela contenção lateral).

Haste esbelta e
dispondo de contenção
lateral no plano
perpendicular ao da
flexão, ela pode
apresentar flambagem no
modo de coluna no plano
de flexão.
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
7

 Haste sob compressão e flexão em torno do eixo x com


flambagem lateral (fora do plano do momento), isto é, com
deflexão lateral no plano xz e possível torção em torno do
eixo z.
Retirando a contenção lateral
no plano xz, a haste fica sujeita
à flambagem lateral, isto é, no
plano perpendicular ao de
flexão, podendo ou não incluir
torção na haste.
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
8

 Haste sob compressão e flexão oblíqua (em torno dos eixos x


e y) com flambagem.

Haste sob flexão obliqua


(em dois planos) com
flambagem.
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
9

 O comportamento de vigas-colunas pode ser descrito a


partir de uma haste de perfil I compacto (sem flambagem
local) sob compressão N e momento Mx, no plano da
alma aplicado na sua extremidade superior;
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
10

 Para uma coluna curta, em regime elástico, as tensões


normais são determinadas pela combinação das tensões
devidas à carga N, ao momento Mx, e ainda as tensões
residuais;
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
11

 As maiores tensões ocorrem na seção do topo, e a


plastificação é iniciada na mesa comprimida pelo momento;
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
12

 Com o acréscimo de Mx, a plastificação progride na seção


do topo e nas seções vizinhas até que se atinge o momento
Mu com a formação de uma rótula plástica.
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
13

 Para uma coluna longa, sob as mesmas condições de carga


e apoios, o comportamento é inicialmente similar ao da
coluna curta;
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
14

 Entretanto, antes de atingir a resistência da seção do topo,


inicia-se o processo de flambagem em torno do eixo de
menor inércia (y), isto é, fora do plano do momento fletor;
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
15

 Dependendo da intensidade da carga N, esse modo de flambagem


pode ser de flexão (como coluna) ou incluir torção na haste (como
na flambagem lateral de vigas). Devido ao processo de flambagem,
a seção mais solicitada estará ao longo do vão e não mais no topo.
CONCEITO DE VIGA-COLUNA
16

 Dois aspectos devem, então, ser abordados no projeto de


vigas-colunas:

 Resistência das seções;

 Determinação dos esforços solicitantes decorrentes do processo


de flambagem (efeitos de 2ª ordem).
Efeitos de 2ª ordem
17

 Instabilidade e efeito de 2ª ordem.


 Vamos tratar neste post a instabilidade e o efeito de 2ª ordem global.
Basicamente, estes efeitos estão ligados a flexibilidade das estruturas.
São controlados através de parâmetros como "ɣz", "α" e o cálculo dos
deslocamentos do topo da edificação,
O descontrole destes parâmetros tem duas importantes consequências:
1- A desconsideração de cargas que podem alcançar uma magnitude
tal, podendo levar uma edificação a ruína.
2- Desconfortos causados por deformações excessivas, tais como
fissuras, descolamento de rebocos e revestimentos de fachadas,
rompimento de instalações e vazamentos e etc.
18

 A Norma NBR 6118 no seu capítulo 15 trata


especificamente deste tema e no item 15.2 o conceitua
assim:
 “Efeitos de 2ª ordem são aqueles que se somam aos
obtidos numa análise de primeira ordem (em que o
equilíbrio da estrutura é estudado na configuração
geométrica inicial), quando a análise do equilíbrio passa
a ser efetuada considerando a configuração deformada.”
 A verificação da estabilidade global visa garantir a
segurança da estrutura perante o Estado Limite Último de
Instabilidade.
RESISTÊNCIA DA SEÇÃO
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 Em uma certa seção de uma viga-coluna atuam o esforço Normal N


e o momento fletor M;

 Aplica-se o princípio de superposição para combinar as tensões


normais σc e σb oriundas, respectivamente, do esforço normal e do
momento fletor em regime elástico. O critério de resistência
baseado no início da plastificação. N M
c +b = + = fy
A W
 Dividindo a equação anterior por fy tem-se
N M
+ =1
Ny M y
N y = Af y  M y = Wf y
RESISTÊNCIA DA SEÇÃO
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Resistência da seção limitada ao início da plastificação


RESISTÊNCIA DA SEÇÃO
21

 Se for permitida a plastificação total da seção, então o limite de


resistência pode ser calculado para as duas situações de posição da
linha neutra plástica.

Resistência da seção associada à plastificação total.


RESISTÊNCIA DA SEÇÃO
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 Por exemplo, para linha neutra na alma tem-se:

h0
yn 
2
N = 2 f y t0 yn
 h02 2
M = bt f f y (h0 + t f ) + t0 f y  − yn 
 4 
RESISTÊNCIA DA SEÇÃO
23

 Uma expressão aproximada de resistência da seção, para


qualquer posição da linha neutra, pode ser usada no
estado limite último, a qual mantém o formato básico da
equação: N M
+ =1
Ny M y

 obtida por combinação de tensões em regime elástico:


N M
+ =1
Ny M p
onde : M p = Z . f y
RESISTÊNCIA DA SEÇÃO
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 Uma outra aproximação (NBR 8800):

N N 8 M
para  0,2  +  1,0
Ny Ny 9 M p
N N M
para  0,2  +  1,0
Ny 2N y M p

 Para definir o limite de resistência das hastes sob


flexocompressão ou flexotração, as normas adotam
expressões chamadas de curvas de interação e incorporam
todas as possibilidades de instabilidade das hastes, seja no
modo coluna, no modo viga ou no modo local (de placa).
RESISTÊNCIA DA SEÇÃO
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VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
26

Viga-coluna com Extremos Indeslocáveis

 Quando existem engastes nas extremidades


 Depende das configurações das ligações
VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
27

Viga-coluna com Extremos Indeslocáveis


 Caso em que a Viga-coluna com extremos
indeslocáveis apresenta uma deflexão lateral δt
resultante da ação da compressão e do momento fletor;

 Considera-se Inicialmente o caso em que são aplicados


nas extremidades momentos M iguais e opostos.

 Sob ação desses momentos, apenas, a viga-coluna


ML2
apresentaria uma deflexão primária no meio do vão, I =
igual a: 8EI
VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
28

Viga-coluna com extremos indeslocáveis. Efeito de segunda ordem: (a)


momentos extremos iguais; (b) momentos extremos diferentes.
VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
29

Viga-coluna com Extremos Indeslocáveis


 Mas com o esforço normal N há também um momento fletor
secundário Ny, e o equilíbrio se dá com a deflexão total (Gere e
Timoshenko, 1994):

M   N 
t = sec − 1
N  2 N cr 
 2 EI
onde : N cr = 2
L
VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
30

Viga-coluna com Extremos Indeslocáveis

 A fórmula secante da deflexão final δt no meio do vão


pode ser aproximada com a expressão:

I
t =
N
1−
N cr

 Obtida para o caso de coluna com imperfeição geométrica,


sendo agora δI a deflexão primária oriunda do momento M.
VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
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Viga-coluna com Extremos Indeslocáveis


 O momento fletor máximo que ocorre no meio do vão, é a soma do momento
fletor de 1ª ordem M1 mais o momento fletor Ny originado da ação do esforço
normal na estrutura deformada (efeito de 2ª ordem), resultando em:

C
M max = M 1 + N t = M 1
 N 
1 − 
 N cr 
N
onde : C = 1 + 0,23
N cr
 Vê-se na equação anterior que o momento máximo pode ser escrito como uma
amplificação do momento primário MI.
 Neste caso o coeficiente de amplificação foi obtido admitindo-se uma variação
senoidal do momento de 2ª ordem ao longo da altura da coluna.
VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
32

Viga-coluna com Extremos Indeslocáveis


 Para outras situações da viga-coluna com extremos indeslocáveis, tais como
vigas-colunas com momentos extremos diferentes e ainda vigas-colunas com
cargas transversais aplicadas, pode-se também chegar à determinação do
momento máximo:
M max = B1M 1
1
onde : B1 = Cm  1,0
1 − N / N cr

 Cm é um fator que depende da configuração do diagrama do momento fletor de


1ª ordem e da relação N/Ncr
 M1 é o valor máximo do momento fletor de 1ª ordem
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VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
34
VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
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Viga-coluna com Extremidades deslocáveis


 O comportamento não linear de vigas-colunas com

extremidade deslocável lateralmente pode ser estudado


decompondo-se em parcelas tanto a configuração
deformada quanto de momentos fletores;

 Os deslocamentos são desmembrados em uma


configuração retilínea ligando os pontos extremos
afastados lateralmente de Δ e uma configuração
deformada da curva ao longo da haste representada pelo
deslocamento δ.
VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
36

Viga-coluna com
deslocamento
transversal na
extremidade (a)
decomposição da
configuração deformada;
(b) decomposição do
diagrama de
momentos fletores.
VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
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Viga-coluna com Extremidades deslocáveis


 O diagrama de momentos pode ser decomposto em três

parcelas:
 M1 é o momento de 1ª ordem, calculado na situação da haste
indeformada;

 MΔ é o momento da força axial decorrente do deslocamento


lateral do extremo da haste;

 Mδ é o momento da força axial devido ao deslocamento do


eixo da haste δ, tal qual o momento de 2ª ordem da viga-
coluna com apoios extremos indeslocáveis.
VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
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VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
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Viga-coluna com Extremidades deslocáveis

 A análise é feita com o equilíbrio na posição deformada:

M  = B2 M 1 = HL + N
 O cálculo do deslocamento Δ é feito com base na análise da
mesma viga-coluna sob ação de uma carga equivalente Heq, que
fornece o mesmo momento MΔ na base.

 N   N   L3
 = 1 1 +  = H + 
 HL   L  3EI
VIGA-COLUNA SUJEITA À FLAMBAGEM
NO PLANO DE FLEXÃO
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Viga-coluna com Extremidades deslocáveis


1
B2 =
1 h  Nd
1−
Rs h  H d
 ∑Nd e ∑Hd são, respectivamente, a carga gravitacional e o esforço
cortante totais de projeto considerado;
 Δh é o deslocamento interpavimento resultante da análise linear (1ª
ordem)
 h é a altura do pavimento;
 Rs = 0,85 nas estruturas com funcionamento de pórtico nas quais a
rigidez lateral depende da rigidez à flexão das barras e da rigidez à
rotação das ligações. Para estruturas contraventadas, Rs = 1,0.
DIMENSIONAMENTO DE HASTES À
FLEXOCOMPRESSÃO E À FLEXOTRAÇÃO
41

 As fórmulas de interação adotadas pela NBR 8800 se aplicam


nas seções I e H com dois eixos de simetria, nas seções I ou H
com um eixo de simetria no plano médio da alma e com flexão
neste plano, além de outras seções:
Nd N 8  M dx M dy 
para  0,2  d +  +   1,0
N dres N dres 9  M dres , x M dres , y 

Nd Nd  M dx M dy 
para  0,2  +  +   1,0
N dres 2 N dres  M dres , x M dres , y 

 Nd, Mdx e Mdy são os esforços solicitantes de projeto, sendo os dois últimos os
momentos fletores em torno dos eixos x e y, respectivamente, e Nd o esforço
axial de tração ou de compressão;
 Ndres é o esforço axial resistente de projeto;
 Mdresx e Mdrexy são os momentos fletores resistentes em relação ao eixos x e y,
respectivamente.
DIMENSIONAMENTO DE HASTES À
FLEXOCOMPRESSÃO E À FLEXOTRAÇÃO
42

Esforços Solicitantes de Projeto

 No método de análise da estabilidade de estruturas aporticadas


adotado pela NBR 8800, o esforço normal resistente à
compressão com flambagem (Ndres) a ser aplicado é calculado
com base no coeficiente K de flambagem igual a 1 (equação
anterior).

 Entretanto para esta simplificação no processo de verificação do


estado limite último, este impõe a determinação dos esforços
internos segundo uma análise elástica com não linearidade
geométrica (ou de 2ª ordem).
DIMENSIONAMENTO DE HASTES À
FLEXOCOMPRESSÃO E À FLEXOTRAÇÃO
43

Esforços Solicitantes de Projeto

 Devem ser considerados os efeitos que produzem acréscimos de


deslocamentos laterais e que não estão explicitamente
modelados como imperfeições geométricas e os efeitos
denominados efeitos de imperfeições do material;

 As considerações a serem adotadas na análise dependerão da


sensibilidade da estrutura a deslocamentos laterais, medida pela
razão Δ2/ Δ1 entre os deslocamentos laterais de cada andar
relativamente à base, obtidos pelas análises de 2ª ordem e de 1ª
ordem.
DIMENSIONAMENTO DE HASTES À
FLEXOCOMPRESSÃO E À FLEXOTRAÇÃO
44

Esforços Solicitantes de Projeto

 Quando em todos os andares, tivermos:

 Δ2/ Δ1 (ou B2) ≤ 1,1, a estrutura é dita de pequena


deslocabilidade;

 1,1 < Δ2/ Δ1 (ou B2) ≤ 1,4, a estrutura é dita de média


deslocabilidade;

 Δ2/ Δ1 (ou B2) > 1,4, tem-se uma estrutura de grande


deslocabilidade).
SISTEMAS DE CONTRAVENTAMENTO:
Conceitos Gerais
45

 Sistemas estruturais formados por treliças e pórticos dispostos


em planos verticais paralelos, como é usual em coberturas,
estruturas para galpões e para edificações, devem ser
contraventados para garantir sua estabilidade lateral e reduzir o
comprimento de flambagem das hastes comprimidas.
SISTEMAS DE CONTRAVENTAMENTO:
Conceitos Gerais
46

 Identificam-se dois tipos de sistemas de contraventamento para


pilares:

 Contenção Nodal;

 Contenção Relativa.
SISTEMAS DE CONTRAVENTAMENTO:
Conceitos Gerais
47
SISTEMAS DE CONTRAVENTAMENTO:
Conceitos Gerais
48

 Contenção Nodal

◼ O elemento de contraventamento é conectado a um ponto da haste


contraventada e a um apoio externo tal como o encontro rígido;

◼ Desta forma, o controle do deslocamento é feito de forma


independente dos outros pontos contraventados.
SISTEMAS DE CONTRAVENTAMENTO:
Conceitos Gerais
49

 Contenção Relativa

◼ O elemento de contraventamento é conectado a um outro ponto de


contraventamento adjacente para oferecer restrição ao movimento
lateral.
SISTEMAS DE CONTRAVENTAMENTO:
Dimensionamento do Contraventamento de Colunas
50

 O dimensionamento se baseia no critério duplo resistência-


rigidez desenvolvido por Winter (1960).
SISTEMAS DE CONTRAVENTAMENTO:
Dimensionamento do Contraventamento de Colunas
51

 Para uma coluna perfeita (δ0) a rigidez ideal ki, necessária


para que a coluna atinja a sua carga crítica Ncr (lb) associada
ao comprimento de flambagem (lb):

 EI
2
N cr
ki = 3
=
lb lb

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