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ESCOLA ESTADUAL RAYMUNDO SÁ

EDUCAÇÃO FÍSICA
PROF.: ALDAIR CARVALHO DE SOUZA
As práticas corporais de aventura como elemento constituinte do lazer na
cultura juvenil

HABILIDADE
(EM13LGG301) Participar de processos de produção individual e
colaborativa em diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais),
levando em conta suas formas e seus funcionamentos, para produzir
sentidos em diferentes contextos.

OBJETO DE CONHECIMENTO
– Processos de produção individual e colaborativa em diferentes linguagens
no contexto amazônico e global.
Competências gerais
1. Conhecimento
2. Pensamento científico, crítico e criativo
9. Empatia e cooperação

Introdução ás práticas corporais de aventura

Por: Guilherme de A. C. Freitas

Este plano contempla o primeiro contato dos estudantes com as práticas


corporais de aventura, portanto, está direcionado para apresentar e discutir
sua origem e conceitos básicos relativos a essas atividades. As aulas
também oferecem experimentações que evidenciam as características dos
movimentos, o uso e deslocamento nos espaços e as considerações sobre
a individualidade e segurança de todos como aspectos fundamentais durante
as práticas.
O QUE IREMOS APRENDER?
– Conhecer as origens das práticas corporais de aventura.
– Relacionar as características gerais das práticas corporais de aventura
urbanas com os materiais, as vestimentas e os equipamentos de segurança
necessários.
– Propor uma classificação das práticas corporais de aventura urbanas de
acordo com as características de cada atividade.
Origem das práticas corporais de aventura
Ainda que existam há muito tempo, as práticas corporais de aventura
estabeleceram-se recentemente como atividades curriculares nas aulas de
Educação Física, devido a sua massificação no início dos anos 2000. Essas
práticas foram nomeadas e conceituadas de diversas maneiras: atividades
físicas de aventura na natureza, esportes radicais, esportes californianos,
atividades físicas ao ar livre, esportes de aventura, esportes extremos, entre
outras definições.
Uma vez que o termo “esporte” pode ser interpretado por atividades
realizadas em contextos competitivos, com objetivo de melhorar o rendimento
e caracterizadas por regras formais, o que reduziria o significado dessas
atividades, optamos pelo termo “práticas corporais de aventura”, preservando
o caráter lúdico e desinteressado, além de constituir eixo temático na Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) e unificar e facilitar a organização
didática.
Práticas corporais de aventura
As práticas corporais de aventura são um conjunto de atividades
caracterizadas geralmente por desafiar e aproveitar os ambientes físicos,
lidar com riscos e perigos advindos da imprevisibilidade, oferecer emoções
diversificadas e subverter modelos padronizados para estar e se movimentar
nos meios urbano e na natureza.
Inicialmente realizadas em ambientes naturais, essas práticas surgiram em
parte pelo desejo de conhecer outros lugares, ter novas experiências, viver
diferentes percepções em meio a natureza, romper com a rotina, aproveitar
momentos de lazer e obter prazer pela sensação de instabilidade e risco que
envolve essas práticas.
São exemplos de práticas corporais de aventura: alpinismo, arvorismo, asa
delta, balonismo, banana boat, base jump, BMX, bodyboard, bodysurf,
boia cross, bungee jump, caiaque, caminhada ecológica,
canionismo, cascading, cicloturismo, corrida de aventura, corrida de
montanha, corrida de orientação, escalada, espeleoturismo, esqui aquático,
estilingue humano, flyboard, jet ski, jet surf, kitesurf, mergulho,
montanhismo, moto cross, mountain bike, paramotor, parapente,
paraquedismo, parkour, patins, rafting, rali, rapel, rolimã, sandboard, skate,
esqui na neve, skimboard, sky surf, slackline, snowboard, stand up
paddle, stand up surf, street luge, surfe,
tirolesa, trekking, wakeboard, windsurf e wingsuit.
Um dos exercícios mais realizados nos últimos anos é buscar uma
classificação que faça jus à variedade de atividades entendidas sob essa
definição. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) faz uso de uma
categorização relacionada ao meio de ocorrência: urbana ou natureza. Inácio
(2021) propõe que levemos em conta o deslocamento em seus
sentidos/direções (horizontal, vertical, misto), formas (rolamento,
deslizamento, queda livre ou controlada, habilidades corporais), impulsos
(força humana, gravidade, vento, saltos) e a composição entre risco
controlado e aventura.

Práticas corporais de aventura urbana: relações com o ambiente físico

Aqui será contemplado a vocês estudantes identificar as práticas corporais


de aventura urbana e os espaços onde acontecem, investigando as opções
para realiza-las na própria escola e nos arredores, além de discutir novas
formas de utilização de espaços públicos com diálogo, responsabilidade e
segurança de todos durante as práticas.

Objeto de conhecimento:

Prática corporais de aventura urbana

O que iremos aprender?

– Reconhecer as práticas corporais de aventura urbanas;

– identificar os espaços onde seja possível realizar práticas corporais de


aventura urbana na escola e arredores.

– Propor a realização das práticas corporais de aventura urbanas priorizando


a segurança e preservando o patrimônio público.

Competências gerais

1. Conhecimento

2. Autoconhecimento e autocuidado

9. Empatia e cooperação

10. Responsabilidade e cidadania

CONTEÚDO

Existem muitas referências quanto à definição de práticas corporais de


aventura (PCA), porém em geral, elas podem ser classificadas como um
conjunto de atividades caracterizadas geralmente por desafiar e aproveitar os
ambientes físicos, lidar com riscos e perigos advindos da imprevisibilidade,
oferecer emoções diversificadas e subverter modelos padronizados para
estar e se movimentar nas cidades e na natureza.

Inicialmente realizadas em ambientes naturais, essas práticas surgiram em


parte pelo desejo de conhecer outros lugares, ter novas experiências, viver
diferentes percepções em meio à natureza, romper com a rotina, aproveitar
momentos de lazer e obter prazer pela sensação de instabilidade e risco que
envolve essas práticas.

São exemplos de PCA: alpinismo, arvorismo, asa delta, balonismo, banana


boat, base jump, BMX, bodyboard, vodysurf, boia cross, bungee jump,
caiaque, caminhada ecológica, canionismo, cascading, cicloturismo, corrida
de aventura, corrida de montanha, corrida de orientação, escalada,
espeleoturismo, esqui aquático, estilingue humano, flyboard, jet ski, jet surf,
kitesurf, mergulho, montanhismo, moto cross, mountain bike, paramotor,
parapente, paraquedismo, parkour, patins, rafting, rali, rapel, rolimã,
sandboard, skate,esqui na neve, skimboard, sky surf, slacklinee, snowboard,
stand up paddle, stande up surf, street luge, surfe, tirolesa, trekking,
wakeboard, windsurfe e wingsuit.

Práticas corporais de aventura urbanas

As práticas corporais de aventura urbana surgiram como adaptação das


atividades realizadas na natureza para o espaço das cidades, reelaborando o
uso e deslocamento nestes espaços para extrair deles as experiências de
quebra da rotina, do desprendimento de códigos e padrões, além de
experimentar novas sensações por meio do movimento corporal. Um
exemplo de prática corporal de aventura adaptada ao meio urbano é o skate,
originado do surfe. Há também aquelas que são praticadas exatamente como
na natureza, como o slackline, e outras específicas dos ambientes urbanos,
como o parkour e o patins.

O espaço público e as práticas corporais de aventura urbanas

Em sua maioria, as práticas corporais de aventura urbana reúnem grupos de


jovens que se apropriam do espaço público para realizar sua atividade e
também expressar sua própria ideia de cidadania: os valores e limites
necessários à convivência humana se traduzem nestes grupos sociais,
transformando o lazer, o “não fazer nada”, em um ritual de afirmação coletiva.
São corpos saltando, escalando, deslocando-se com agilidade, realizando
difíceis acrobacias e aterrissando com precisão milimétrica. Uma forma
despreocupada, diferente, alegre e transgressora de usar os espaços
públicos, mas comprometida em, acima de tudo, divertir-se e transgredir o
habitual em busca de novas sensações.

Segundo Costa (2007), é comum o debate respeito do uso de espaço público


por estas práticas e sua associação a vandalismo, depredação e perturbação
da ordem coletiva. Vale lembrar que este estranhamento entre o cotidiano e o
excepcional vai além da questão territorial, o espaço da vizinhança nas
cidades tornou-se um local de conhecimento e reconhecimento dos
praticantes entre si e com outras pessoas.

Diariamente, milhares de crianças, jovens e adultos transgridem as leis


vigentes para o uso do espaço comum. Costa (2007) define que a nova
forma de interagir com o meio urbano dos praticantes de parkour, skate e
bike não busca apenas superar os obstáculos da paisagem urbanizada. Eles
desafiam seus próprios limites em paredes, escadas, corrimãos e calçadas,
que ganham novos usos e fazem com que o normal seja visto de maneira
diferente.

BIBLIOGRAFIA

FREITAS, G. A. C. Plano de aula: Práticas corporais de aventura urbana:


relações com o ambiente físico. Nova escola. 2021. Disponível em:
https://novaescola.org.br. Acesso em: 07 de Fevereiro de 2024.

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