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PROJETO CANTO CORAL E INICIAÇÃO A MÚSICAL NAS ESCOLAS

Willian Nogueira Costa

INTRODUÇÃO

O projeto canto coral e iniciação musical nas escolas públicas propõe, através de
práticas musicais, bem como também da abordagem técnico-teórica, a iniciação do aluno a
música através do canto.

O porquê do canto? Esta escolha é simples: primeiramente porque não haverá


necessidade de outros instrumentos, o que envolve custos, apenas uma sala para que a aula
possa ser ministrada; e o outro ponto importante é que qualquer indivíduo com as cordas
vocais em condições saudáveis poderá participar do coral.

Importante também é que mesmo aqueles alunos com dificuldades em seu aparelho
fonador mas, que não tenha nenhuma contra indicação clinica para o exercício do canto,
poderão participar, sendo então um projeto também de inclusão. O aspecto da inclusão leva
em conta as diferentes realidades vividas pelos alunos, seja pela condição econômica ou a falta
de incentivo de familiares, sendo portanto um projeto que valoriza a identidade desse
indivíduo, que compõe um grupo, que compõe uma comunidade, uma sociedade.

Sob um aspecto técnico, mesmo com uma turma com diferentes condições de
aprendizagem, pois cada aluno tem o seu tempo para interiorizar a informação que recebe,
logo, mesmo que tenhamos alunos com maiores dificuldades na afinação de suas vozes,
interagindo com os que tenham mais facilidade na afinação, será possível construir um grupo.
Nesta seara, Tourinho nos traz que:
Pode-se argumentar em favor do ensino coletivo que o aprendizado se dá
pela observação e interação com outras pessoas, a exemplo de como se
aprende a falar, a andar, a comer. Desenvolvem-se hábitos e
comportamentos que são influenciados pelo entorno social, modelos, ídolos
(TOURINHO, 2007, p. 2).

O projeto está baseado em práticas de canto, mas também sem desconsiderar o


contexto teórico e metodológico, porém de uma forma mais de práxis, visto que o foco é o
fazer musical, a construção da música, a construção do canto.

Os benefícios oriundos desse projeto são inúmeros, pois o aluno terá oportunidade de
interagir com o outro, de diferentes idades, de diferentes anos, praticando a mesma atividade
cultural. Essa percepção do outro, e de si, propicia qualidade de vida, propicia ao indívíduo se
identificar como produtor de arte e cultura, juntamente com sua turma (de diferentes idades e
classes), envolvidos em valores como respeito, disciplina, trabalho em equipe, e como Libâneo
traz:
O que está em questão é como o ensino pode impulsionar o
desenvolvimento das competências cognitivas mediante a formação de
conceitos e desenvolvimento do pensamento teórico, e por quais meios os
alunos podem melhorar e potencializar sua aprendizagem. (LIBÂNEO, 2004,
p. 6).

ORGANIZAÇÃO

Encontros duas vezes por semana, no contraturno e com duração de 1h30min, podendo,
inclusive, termos duas turmas ao dia, conforme a demanda e necessidade da escola.

A participação no coral se dará mediante inscrição do aluno, ou dos pais do aluno interessado,
qdo for o caso, e o controle e permanência desse aluno será controlado através de chamada.

Faixa etária: 12 anos em diante (podendo ser aberto as demais idades conforme convenienciia
da escola)

OBJETIVOS GERAIS

Coral da escola

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1- Coral da escola
2- Recital dos alunos ao final do semestre, ou conforme prévio acordo e programação da
escola
3- Interação com diferentes áreas, como Inglês, Artes e porque não Português.
4- Participar de eventos externos representando a escola
5- Ter condições de identificar diferentes ritmos da MPB.
6- Musicalização inicial

REPERTÓRIO

Com aintuito de
LIBÂNEO, J. C. A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender. Revista Brasileira de
Educação, n.27. ANPED, set/dez 2004.

TOURINHO, C. Ensino Coletivo de Instrumentos Musicais: crenças, mitos, princípios e um


pouco de história. Anais do XVI Encontro Nacional da ABEM e no Congresso Regional da ISME,
América Latina, 2007.

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