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INDÚSTRIA GRÁFICA

ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 2 - AO2

DIRETOR
Eduardo Rath Fingerl

SUPERINTENDENTE
Jorge Kalache Filho

Elaboração:
GERÊNCIA SETORIAL DE PRODUTOS FLORESTAIS
Angela Regina Pires Macedo - Gerente
Antonio Carlos de Vasconcelos Valenç a

Colaboração:
ABIGRAF; ABITIM; ANER; BRACELPA; Livraria da Travessa (RJ);
Banca Campo Belo (SP).

Novembro de 1997

É permitida a reprodução parcial ou total deste artigo desde que citada a fonte.
Esta publicação encontra-se disponível na Internet no seguinte endereço: http://www.bndes.gov.br
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................... 1

2. PRODUÇÃO DO SETOR GRÁFICO ................................................................................................................ 4


2.1 Consumo de Tintas para Impressão ......................................................................................................... 4
2.2 Embalagens ................................................................................................................................................. 5
2.2.1 Papelão Ondulado................................................................................................................................. 7
2.2.2 Cartão..................................................................................................................................................... 7
2.3 Segmento Editorial...................................................................................................................................... 8
2.3.1 Papéis de Imprimir e Escrever ............................................................................................................ 8
2.3.2 Mercado Publicitário ............................................................................................................................. 9
2.3.3 Livros - Produção e Consumo ...........................................................................................................10
2.3.4 Revistas - Circulação e Vendas ........................................................................................................11
2.3.5 Jornais - Circulação ............................................................................................................................13

3. BALANÇA COMERCIAL DO SETOR GRÁFICO..........................................................................................15

4. AS EMPRESAS GRÁFICAS ...........................................................................................................................16

5. INVESTIMENTOS ..............................................................................................................................................17

6. O BNDES E O SETOR GRÁFICO...................................................................................................................18

7. GRÁFICAS RÁPIDAS.......................................................................................................................................19

8. PERSPECTIVAS DO SETOR ......................................................................................................................... 20


8.1 Segmento de Embalagens .......................................................................................................................20
8.2 Segmento Editorial....................................................................................................................................21
8.3 Segmento Promocional............................................................................................................................22

9. CONCLUSÃO....................................................................................................................................................22

INDÚSTRIA GRÁFICA
1. Introdução

A indústria gráfica no Brasil compreende uma gama variada de firmas, abrangendo desde
pequenos estabelecimentos até empresas com estrutura e processos produtivos tipicamente
industriais. Essas empresas atuam em segmentos distintos, utilizando-se de vários tipos de
materiais, com as mais diversas finalidades.

A maior parte dos serviços gráficos usa papel ou cartão como suporte, sendo freqüente,
também, a impressão sobre plásticos e metais e, em menor escala, vidro e tecidos. Essa
diversidade torna complexa a tarefa de agregar informações sobre o setor, uma vez que as diversas
associações de classe existentes agrupam conjuntos de empresas/informações com numerosas
duplicações e interseções.

As gráficas, em função das características de seus produtos finais, podem ser


classificadas em oito grupos principais. São eles: Em balagen s, que compreende a impressão de
cartuchos, caixas, rótulos e outras embalagens; Editorial , que abrange a edição e impressão de
livros, revistas e periódicos; Form ulários, planos ou contínuos; Prom ocional, que inclui,
principalmente, posters, cartazes, catálogos e volantes; Artigos de Papelaria , incluindo papel para
carta, formulários oficiais; Pré-im pressão , compreendendo a criação e o desenvolvimento de mídia
impressa; Im pressos Com erciais , abrangendo, entre outros, talonários, agendas, cartões postais;
Diversos , que inclui baralhos, produtos para festas como copos, pratos e guardanapos, papel de
presente, cardápios, brinquedos, etc.

Brasil: Segmentação do Setor Gráfico - 1996

Diversos
Pré- 13%
Impressão Embalagens
6% 22%

Comerciais
6%

Papelaria
Editorial
6% 22%

Promocional
10% Formulários
15%
Deces/Abigraf

INDÚSTRIA GRÁFICA 1
Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro concentram cerca de 57% das
gráficas do País e respondem por, aproximadamente, 70% da produção gráfica.

Brasil: Setor Gráfico


Distribuição Regional das Empresas - 1995

Centro- Norte
Oeste 3%
Nordeste 6%
11%

Sul
Sudeste
18%
62%

Deces/ Abigraf

Cerca de 90% do número de estabelecimentos emprega menos de 20 funcionários e,


apenas 0,3%, emprega mais de 500. Esses dois grupos, no entanto, detêm quase a metade do total
de funcionários do setor.

A indústria gráfica nacional, segundo estimativa da ABIGRAF, baseada na RAIS de 1995,


compreende 13.634 empresas e empregava, em junho de 1997, 193.720 funcionários, o que
corresponde a uma média de 14 empregados por estabelecimento. Os países da União Européia
(como um todo) também apresentam o mesmo número médio de funcionários (14) e nos Estados
Unidos da América esse número é de 19,5 empregados por empresa.

O faturamento estimado para o setor gráfico no Brasil, no ano de 1996, foi de US$ 5,9
bilhões, sendo inexpressivo perante os US$ 81 bilhões faturados nos países da União Européia ou
os US$ 132 bilhões dos Estados Unidos.

INDÚSTRIA GRÁFICA 2
Os segmentos Em balagen s, Editorial e Form ulários, em conjunto, representaram 59%
do faturamento total verificado em 1996.

Brasil: Setor Gráfico


Faturamento por Segmento - 1996
US$ milhões
Segmento Faturamento
Embalagens 1.310
Editorial 1.300
Formulários 880
Promocional 580
Art. de Papelaria 350
Pré-impressão 340
Impressos Comerciais 340
Diversos 780
Total 5.880
Deces/Abigraf

Cabe observar o crescimento de 30% no faturamento do setor gráfico brasileiro entre 1992
e 1995, como conseqüência do aumento da atividade econômica.

Brasil: Setor Gráfico


Evolução do Faturamento

US$ bilhões

6,0

4,5

3,0

1,5

0,0
90 91 92 93 94 95 96
Deces/Abigraf

INDÚSTRIA GRÁFICA 3
2. Produção do Setor Gráfico
Embora o volume produzido em serviços gráficos possa ser medido, essas informações
geralmente não são agregáveis, uma vez que é costume utilizar as unidades produzidas como
referência, não sendo possível somar tais números (quantidades de revistas, folhetos publicitários e
1/
rótulos, por exemplo) .

Na ausência de uma medida comum, alguns outros indicadores permitem inferir o


desempenho setorial. Além do faturamento do setor, já apresentado, o consumo de tintas para
impressão, o consumo de papel e cartão, o consumo de embalagens, a evolução do mercado
publicitário, as vendas de livros, revistas, e jornais permitem uma idéia aproximada do
desenvolvimento do setor gráfico nos segmentos correspondentes, o que será apresentado adiante.

2.1 Consumo de Tintas para Impressão

O consumo de tintas para impressão vem crescendo a taxas elevadas no Brasil. Entre
1993 e 1996 esse crescimento foi, em média, de 11% ao ano.

Brasil: Consumo de Tintas para Impressão

mil t
50

40

30

20

10

0
93 94 95 96
ABITIM

________________________
1/
Um modo razoavelmente simples de se calcular a área (em metros quadrados) impressa consiste na divisão
do peso do papel utilizado pela gramatura do mesmo, tudo reduzido à mesma unidade. Por exemplo, um
consumo líquido, pela gráfica, de 20 t de papel com gramatura de 95 g/m2 significa 20.000.000/95, ou 210.526
m2 de área impressa.
Com o crescimento do consumo, o suprimento de tintas para o parque gráfico nacional,
por fornecedores estrangeiros, passou de 7% do consumo em 1993, para 18% do consumo em
1996.

Brasil: Tintas para Impressão


Balança Comercial
US$ mil
Exportações Importações Saldo
1993 2.419 14.083 -11.664
1994 2.473 22.330 -19.857
1995 3.375 39.345 -35.970

INDÚSTRIA GRÁFICA 4
1996 3.429 47.863 -44.434
1997* 1.030 19.898 -18.868
DPPC/SECEX - SITIVESP (Departamento Econômico) *até abril/97

2.2 Embalagens

A maioria dos segmentos da indústria gráfica tem o papel e/ou cartão como sua principal
matéria-prima; no caso do segmento de embalagens, existe maior diversificação. O gráfico adiante
mostra o consumo de materiais para embalagem por tipo de matéria-prima no Brasil. Deve-se notar
que o material utilizado na embalagem eventualmente não é o mesmo utilizado pela indústria gráfica.
Um exemplo bastante típico é o caso das garrafas de cerveja, fabricadas em vidro, mas com
impressão realizada sobre rótulos de papel.

Brasil: Consumo de Materiais para Embalagens pela Indústria*


1996

Flexíveis
Metal Papel/Cartão
5%
18% 43%

Vidro
17%

Plástico
17%
Datamark * Por tipo de matéria-prima, em peso
Obs: o grupo papel/cartão inclui papelão ondulado; as embalagens flexíveis englo-bam diferentes tipos de
matérias-primas, e sua composição média apresenta 59% de papel/cartão, 31% de plásticos e 10%
de alumínio.

Entre 1990 e 1996 o consumo de embalagens no Brasil, segundo a Datamark, cresceu,


em média, à taxa de 5,4 % ao ano. Entre os tipos de materiais, o alumínio apresentou o maior
crescimento médio (15% a.a.), seguido dos plásticos, com a taxa de 13,9% ao ano.

Brasil: Consumo de Materiais para Embalagens pela Indústria*

milhões de t

0
90 95 96 97
papel/papelão plástico vidro metais flexíveis
Datamark * por tipo de matéria -prima, em peso 1997 - estimativa

INDÚSTRIA GRÁFICA 5
As embalagens flexíveis apresentam altos índices de crescimento no consumo: por
exemplo, aumentou 19% entre 1995 e 1996, contra 5% para as embalagens como um todo.

Brasil: Mercado de Embalagens - 1996

Peso (mil t) Valor (US$ milhões)


Flexíveis 260 1.832
Metais 905 1.791
Papel/Cartão/papelão 2.065 3.300
Plásticos 840 3.295
Vidro 833 582
Total 4.903 10.800
Datamark (EMBANEWS - out/97)

INDÚSTRIA GRÁFICA 6
2.2.1 Papelão Ondulado

A expedição de papelão ondulado cresceu no Brasil, entre 1990 e 1996, à taxa média de
8,4% ao ano. A maioria do papelão ondulado é transformada em caixas de papelão que são,
posteriormente, impressas.

Brasil: Expedição de Papelão Ondulado

mil t
1600

1200

800

400

0
90 91 92 93 94 95 96
ABPO

Em 1997, até o mês de outubro, a expedição de caixas e chapas de papelão ondulado


apresentava-se 9,5% superior à de igual período do ano anterior.

2.2.2 Cartão

Entre 1990 e 1996, o consumo de cartões no Brasil aumentou à taxa média de 7,5% ao
ano. A indústria brasileira produtora de cartões não se modernizou, nos últimos anos, na mesma
amplitude que, por exemplo, os fabricantes de papéis de imprimir e escrever. A totalidade das
máquinas produtoras de cartão são antigas, com algumas modernizações, mas sem escala
suficiente para uma concorrência com as modernas máquinas européias ou americanas.

INDÚSTRIA GRÁFICA 7
Desse modo, o volume de cartões importado pelas gráficas, principalmente, vem
crescendo a cada ano, tendo registrado, em 1996, cerca de 67 mil toneladas.

Brasil: Consumo e Importação de Cartões


mil t
500

400

300

200

100

0
90 91 92 93 94 95 96
Consumo Importação
BRACELPA * o período 1990/92 é estimado

A quase totalidade dos cartões é utilizada como embalagem; as exceções estão por conta
das capas de livros ou cadernos, cartelas, display s e demais veículos publicitários, além de folhas
para álbuns de fotografias. Praticamente todos os produtos cartonados passam por processo
gráfico.

Os setores produtores de alimentos, produtos de higiene, limpeza, artigos de vestuário,


brinquedos, produtos farmacêuticos, fósforos, cigarros e cosméticos são os grandes consumidores
de cartões. Nos setores alimentício e higiene/limpeza, o aspecto visual e, por conseqüência, o
trabalho gráfico, constitui fator fundamental no sucesso das vendas, sendo exaustivamente
explorado.

Brasil: Consumo Aparente de Cartões


Por Setor da Economia - 1995

Vest/Calçados Limpeza
23% 21%

Outros
2%

Cosméticos Alimentação
19%
6%

Fármacos
6%
Fumo Fósforos Brinquedos
7% 7% 9%

Datamark

2.3 Segmento Editorial

2.3.1 Papéis de Imprimir e Escrever

Dentre os diversos tipos de papéis de imprimir e escrever, o grupo dos não revestidos à
base de celulose é o mais expressivo. Nesse grupo, os papéis off-set (assim chamados por se
destinarem, geralmente, à impressão por aquele processo gráfico) são o tipo mais consumido. Os

INDÚSTRIA GRÁFICA 8
papéis revestidos à base de celulose são utilizados para impressão de livros, revistas e impressos
de luxo.

As indústrias gráficas utilizam, também, papéis revestidos à base de pasta mecânica, com
destaque para o LWC (light w eight coated), muito utilizado na impressão de revistas e encartes
publicitários em jornal. Dos não revestidos à base de pastas mecânicas, o SC (super calandrado),
em função do seu menor custo, é também largamente utilizado na impressão de revistas.

Entre 1990 e 1996, o consumo de papéis de imprimir e escrever no Brasil aumentou à


taxa média de 6,1% ao ano. A indústria brasileira produtora desses papéis é concentrada nos tipos
não revestidos a base de celulose. A importação, que duplicou entre 1990 e 1996, é, na sua maior
parte, de papéis revestidos. Em 1996, o volume total importado de papéis de imprimir e escrever
atingiu cerca de 150 mil toneladas.

Brasil: Consumo e Importação de Papéis de Imprimir e Escrever


mil t

1250

1000

750

500

250

0
90 91 92 93 94 95 96
Consumo Importação
BRACELPA

Ultimamente, devido ao mercado de papéis revestidos apresentar altas taxas de


crescimento em todo o mundo e ao patamar das importações brasileiras, os produtores nacionais
lançaram-se num programa de investimentos visando a ampliação da oferta de papéis revestidos.
Assim, espera-se a recuperação de parte do mercado hoje abastecido por papel importado.

2.3.2 Mercado Publicitário

Apesar da liderança indiscutível da mídia eletrônica, especialmente da televisão, como


meio de veiculação publicitária no Brasil, os jornais e revistas vêm mantendo uma fatia considerável
(entre 33 e 34%) do total dos investimentos em publicidade nos últimos anos. Os gráficos seguintes
mostram a evolução do mercado publicitário como um todo e a participação de cada meio no total
dos gastos com publicidade.

Brasil: Evolução do Mercado Publicitário


US$ bilhões

INDÚSTRIA GRÁFICA 9
10

0
90 91 92 93 94 95 96 97
Meio e Mensagem 1997 - previsão

Brasil: Mercado Publicitário


o
Participação dos Meios de Comunicação - 1 semestre/97

Rádio Revista
Jornal 4% 8%
25% Outdoor
3%

TV
60%
Meio e Mensagem

2.3.3 Livros - Produção e Consumo

O consumo de livros no Brasil, de cerca de 2,5 livros por habitante/ano, é geralmente


considerado baixo quando comparado aos padrões norte-americano (6 livros/hab.ano) e francês
(12 livros/hab.ano). Essas diferenças, entretanto, são mais do que justificadas pelas disparidades
culturais e de renda per capita existentes.

Brasil: Produção de Livros

Títulos Exemplares
(milhares de edições) (milhões de unidades)
1990 22,5 239,4
1991 28,5 303,5
1992 27,6 189,9
1993 33,5 222,5
1994 38,3 246,0
1995 40,0 330,8
1996 41,5 394,3
CBL/Fundação João Pinheiro

INDÚSTRIA GRÁFICA 10
A queda na produção e na venda de livros ocorrida em 1992 deveu-se à drástica
diminuição nas compras de livros por parte da FAE (Fundação de Assistência ao Estudante,
atualmente, FNDE-Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Tanto o faturamento, quanto
o número de títulos não sofreram a mesma redução por se tratarem de poucos títulos e grandes
tiragens, a preços reduzidos.

Brasil: Vendas de Livros pelas Editoras

Vendas Faturamento
(milhões de unidades) (US$ milhões)
1990 212,2 901,5
1991 290,0 871,7
1992 159,7 803,3
1993 277,6 931,0
1994 267,0 1.261,4
1995 374,6 1.857,3
1996 386,7 1.867,1
CBL/Fundação João Pinheiro

2.3.4 Revistas - Circulação e Vendas

Entre 1990 e 1996, a circulação de revistas no Brasil aumentou à taxa média anual de
4,1%, apesar do aumento de 57% no preço médio unitário dessas publicações.

Brasil: Circulação Total de Revistas

Faturamento Exemplares (milhões) Preço Médio (US$)


(US$ milhões)
1990 625 291 2,15
1991 616 327 1,88
1992 556 225 2,47
1993 685 221 3,10
1994 831 258 3,22
1995 1.283 379 3,39
1996 1.252 371 3,37
ANER

A maior parte das vendas de revistas é feita em bancas de jornal (64%) e a parcela
restante (36%) através de assinaturas. A Editora Abril edita as líderes de vendas em 5 dos 18
grupos de assuntos (Interesse Geral, Revistas Masculinas, Femininas, Decoração e Auto/Moto).

Brasil: Circulação das Principais Revistas*

Título Editora Periodicidade Circulação


(mil exemplares)
Veja Abril Semanal 1.165
Playboy Abril Mensal 539
Claudia Abril Mensal 527
Manequim Abril Mensal 509
Super Interessante Abril Mensal 388
Nova Abril Mensal 336
Isto É Três Semanal 320
Marie Claire Globo Mensal 267

INDÚSTRIA GRÁFICA 11
Caras Caras Semanal 266
Criativa Globo Mensal 247
Imprensa Midia * Circulação nov-dez/96 a jan/97

Pesquisa direta efetuada em bancas de jornais na cidade de São Paulo, na 1a quinzena


de outubro/97, cobrindo uma amostra de 807 títulos de revistas revelou:

→ em 35% das revistas, o nome da gráfica responsável pela impressão foi omitido;
→ na impressão ocorrida fora do Brasil e, quando identificado o país, essa identificação
estava em letras diminutas e colocada em locais de difícil visualização;

→ em grande quantidade de revistas, especialmente as masculinas de 2 linha, infantis e


a

aquelas de pequenas editoras, não constava a numeração das páginas;

→ a tiragem foi omitida na imensa maioria dos títulos (98%).

O setor industrial gráfico no Brasil, já há alguns anos, perdeu uma parcela do mercado
doméstico de impressão de revistas para gráficas internacionais. Das revistas nacionais (em
português) que indicaram a gráfica onde foi impressa, 17% correspondiam a impressões fora do
país. A pesquisa efetuada mostrou, também, que Chile, Argentina e Espanha lideram, em número
de títulos, o ranking das revistas impressas no exterior.

São Paulo (SP) : Revistas Impressas no Exterior*


o
n de títulos
25

20

15

10

0
Chile Argentina Espanha Alemanha Portugal Itália Inglaterra Peru

BNDES/AO2/GESET1 outubro/97
* Corresponde apenas às revistas impressas em português

A partir da produção de livros e revistas no Brasil e de uma pesquisa sobre o peso médio
dos livros e revistas mais vendidos, foi feita uma estimativa do volume de papel consumido pelo
segmento editorial no Brasil.

Brasil: Indústria Gráfica


Consumo de Papel pelo Segmento Editorial*
mil t

INDÚSTRIA GRÁFICA 12
400

300

200

100

0
90 91 92 93 94 95 96

BNDES/AO2/GESET1 *estimativa

2.3.5 Jornais - Circulação

Nos países desenvolvidos os jornais já atingiram o nível de saturação das tiragens. O


consumo de papel de imprensa dos 7 países de maior peso econômico reduziu-se 4,6% entre 1990
e 1996, havendo diminuído, em especial, em quatro deles : EUA, Japão, Itália e França.

Consumo de Papel de Imprensa


Grupo Selecionado de Países Desenvolvidos *

milhões de t

23

22

21

20
90 91 92 93 94 95 96

BNDES/AO2/GESET1 *Corresponde aos seguintes países: EUA, Japão,


Alemanha, Itália, França, Inglaterra e Itália

Nos países em desenvolvimento da América Latina e da Ásia, a situação é exatamente a


oposta, pois, só recentemente, grandes massas populacionais passaram a dispor de informação e
renda suficientes para adquirir periódicos. O consumo de papel de imprensa em sete países
selecionados da América Latina e Ásia mostra, para o período 1990/1996, um aumento médio anual
de consumo de 5,8%.
Consumo de Papel de Imprensa
Grupo Selecionado de Países em Desenvolvimento *

milhões de t

INDÚSTRIA GRÁFICA 13
10

0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996

BNDES/AO2/GESET1 *Corresponde aos seguintes países: China, Coréia do Sul,


Indonésia, Taiwan, Brasil, Argentina, Chile e México

Os índices de circulação alcançados pela imprensa brasileira também indicam um bom


crescimento. Segundo estimativas da ANJ - Associação Nacional de Jornais, a circulação de
periódicos, em todo o país, cresceu 21% entre 1991 e 1996.

Brasil: Circulação dos Principais Jornais Diários*


mil exemplares/dia
600

500

400

300

200

100

0
Folha Globo Estado O Dia Correio Zero Diário Folha
SP SP Povo Hora Pop. Tarde
Imprensa Midia * Circulação nov -dez/96 a jan/97

Em todo o setor gráfico, os jornais são os mais dependentes de matéria-prima importada,


uma vez que 60% do consumo brasileiro de papel de imprensa verificado em 1996 foram supridos
por fornecedores estrangeiros. A estimativa de importações para 1997 é de 420 mil toneladas.

Brasil: Consumo e Importação de Papel de Imprensa


mil t
750

600

450

300

150

0
90 91 92 93 94 95 96

Consumo Importação
BRACELPA

INDÚSTRIA GRÁFICA 14
3. Balança Comercial do Setor Gráfico

O aumento de consumo decorrente da estabilidade econômica e da redistribuição de


renda após o Plano Real provocou dois impactos imediatos nas empresas do setor gráfico:

• em função das empresas gráficas estarem desatualizadas tecnologicamente à época


de implantação do Plano Real, houve perda de mercado para indústrias situadas em
outros países, principalmente Chile, Itália e Espanha. Com isso, o déficit comercial
aumentou em muito;

• para não continuarem perdendo mercado, as empresas no Brasil iniciaram um forte


movimento de modernização, o que foi facilitado pela maior liberalização nas
importações. Esse efeito pode ser avaliado pelos investimentos realizados que
ultrapassaram US$ 800 milhões em 1995 e US$ 700 milhões em 1996;

INDÚSTRIA GRÁFICA 15
Nos últimos anos, cerca de 70% das importações de produtos gráficos concentraram-se
em itens do segmento editorial (posições 49.01 e 49.02). No entanto, essas posições não permitem
a identificação de quais produtos são editados e impressos no exterior, ou dos que são editados no
Brasil e somente impressos no exterior. Medidas em termos de faturamento, as importações, em
1996, foram responsáveis por uma fatia de cerca de 7% do mercado gráfico nacional.

Brasil: Balança Comercial dos Produtos Gráficos

US$ milhões
Exportações Importações Saldo
1990 56,6 92,0 -35,4
1991 38,7 98,6 -59,9
1992 53,7 80,2 -26,5
1993 83,8 87,5 -3,7
1994 62,8 114,8 -52,0
1995* 59,3 324,6 -265,3
1996* 65,0 429,4 -364,4
DPPC/SECEX * números preliminares
Posições Tarifárias 4810/4817/4818/4820/4821/4823/4901/4902/4904/4905/4907/4908/4909/4910/4911/9503/9504

Na relação com o Mercosul, o Brasil inverteu a posição superavitária que detinha até 1994
quando apresentou saldo positivo de US$ 26,0 milhões. Os dados preliminares indicam, para o ano
de 1996, o saldo negativo de US$ 24,7 milhões.

O impacto do aumento de consumo dos produtos gráficos causou, também, aquecimento


do mercado de tintas para impressão e de papéis e cartões, conforme já comentado, levando a
incrementos consideráveis nas importações dessas matérias-primas.

4. As Empresas Gráficas

A indústria gráfica, por estar vinculada muito intimamente ao desempenho da economia


como um todo, apresenta comportamento semelhante à esta. A figura adiante mostra os índices
médios de ocupação do setor, comparado aos da indústria de transformação, resultado de pesquisa
da Fundação Getúlio Vargas.

Brasil: Indústria Gráfica - Índice Médio de Ocupação

100

75

50
I II III IV I II III IV I II III IV I II III
1994 1995 1996 1997
Gráfico Indústria
FGV - Conjuntura Econômica

Na lista das 500 maiores sociedades anônimas do Brasil editada pela Conjuntura
Econômica, relativa ao ano de 1996, constam 10 empresas do setor editorial e gráfico, oito das

INDÚSTRIA GRÁFICA 16
quais localizadas em São Paulo. Dos 30 setores econômicos abrangidos por essa pesquisa, o setor
editorial e gráfico situou-se na sétima posição do ranking de rentabilidade sobre o patrimônio
líquido. Esse ranking refere-se apenas àquelas empresas que têm seus balanços publicados. Boa
parte das gráficas, no entanto, são empresas limitadas e não são consideradas na pesquisa.
Também deve ser destacado que tal pesquisa engloba gráficas e editoras e, muitas dessas editoras,
dispõem de gráficas próprias utilizadas, em geral, para imprimir seus produtos.

Brasil: Setor Editorial e Gráfico


Indicadores das Principais Empresas
US$
milhões
Ativo Total ROL Patrimônio Lucro
Líquido Líquido
Abril S/A 709,1 686,8 211,8 36,3
S/A O Estado de SP 254,5 415,2 143,1 21,7
Em Folha da Manhã 252,1 420,0 76,4 1,6
Gazeta Mercantil 301,4 100,7 199,1 1,6
Zero Hora 144,0 171,4 47,1 11,6
Editora Globo 137,5 180,6 -23,9 -18,6
Bloch Editores 236,9 100,4 10,6 -35,8
Editora FTD 115,8 129,8 71,7 22,1
Editora Ática 94,9 157,5 61,8 23,4
Imprensa Oficial do Estado 109,8 107,3 85,2 39,4
FGV - Conjuntura Econômica

Brasil: Setor Editorial e Gráfico


Maiores Empresas em cada Segmento - 1996

R$ milhões
ROL Patrimônio Lucro
Líquido Líquido
Embalagens
Dixie Toga 223,4 243,3 10,0
Editorial
Abril 686,8 212,6 36,3
Comerciais/Promocionais
Burti 87,1 21,8 5,6
Formulários Contínuos
American Bank 163,7 60,6 18,2
Artigos de papelaria
Tilibra 97,4 21,7 2,0
Gazeta Mercantil

5. Investimentos

O aumento da competição decorrente da abertura da economia, além do próprio


crescimento do mercado, estimulou o setor gráfico a realizar pesados investimentos nos últimos
anos. Durante os anos de 1995 e 1996, o Brasil tornou-se o quarto maior cliente do principal
fabricante mundial de equipamentos gráficos de impressão (Heildelberg).

Os equipamentos gráficos são bastante específicos e, em média, exigem um tempo de


cerca de 18 meses entre a decisão de compra e o início de operação. Os principais equipamentos
são fabricados no exterior e, dos fabricantes internacionais, apenas dois maiores estão instalados
no Brasil (Bobst e Sanden).

INDÚSTRIA GRÁFICA 17
Esses investimentos foram realizados, principalmente, com recursos próprios e créditos
provenientes dos fornecedores internacionais dos equipamentos. Apesar dessas inversões, o setor
gráfico nacional continua vulnerável à competição internacional, com grande quantidade de revistas
e livros sendo impressa fora do país. Segundo as empresas nacionais, a elevada carga tributária e
condições desiguais de financiamento são os fatores determinantes dessa perda de mercado.

Brasil: Produtos Gráficos - Investimentos Realizados


US$ milhões
1000

800

600

400

200

0
90 91 92 93 94 95 96
Deces- Abigraf

Um estudo sobre a indústria gráfica do Chile, realizado pela Tenex Consulting, sob a
coordenação da ABIGRAF, revelou que o preço do produto chileno é menor que o brasileiro entre
10% e 15%, com condições de pagamento do mercado internacional e, portanto, mais atraentes.
Além disso, a qualidade de impressão e do atendimento das gráficas chilenas são identificados
como superiores aos das brasileiras, embora essa percepção derive do fato de que o Chile conta
apenas com três gráficas de excelente qualidade e competitivas no exterior. Espera-se que, após os
investimentos realizados pelo setor gráfico nacional, nossas indústrias estejam em igualdade técnica
com essas melhores gráficas.

No que se refere ao custo, a maior competitividade chilena estaria em vantagens como


mão de obra, carga tributária e custo de capital, além do sistema de incentivos às exportações.
Segundo o estudo, os preços dos principais insumos, bem como os índices de produtividade dos
dois países seriam semelhantes.

6. O BNDES e o Setor Gráfico

O desembolso acumulado do BNDES, incluindo Finame e BNDESPAR, para o setor de


editorial e gráfico, entre 1990 e julho/97, atingiu US$ 165 milhões. A quase totalidade das
operações foi realizada por intermédio de agentes financeiros, através do POC, POC Automático e
FINAME. Nesse período, as operações diretas mais significativas corresponderam aos projetos da
Globo-Cochrane, Rebizzi e Padilla.
Brasil: Setor Editorial e Gráfico
Desembolsos do BNDES para o Setor

US$ milhões

INDÚSTRIA GRÁFICA 18
40

30

20

10

0
90 91 92 93 94 95 96 97
BNDES/AP/DEPLAN/COEST 1997 - até junho

7. Gráficas Rápidas

O conceito de “gráfica rápida”, “gráfica expressa”, ou “gráfica de conveniência” foi criado


nos Estados Unidos na década de 70, expandindo-se rapidamente no Hemisfério Norte, a partir dos
anos 80, com o estabelecimento do sistema de franquias. Esse crescimento estabilizou-se no início
da década de 90 e, a partir daí, as grandes empresas detentoras das marcas, passaram a procurar
os países em desenvolvimento da América Latina e da Ásia para continuar expandindo seus
negócios. A maior rede mundial (kwik kopy) opera atualmente com cerca de 1.000 lojas em todo o
mundo, a grande maioria na Europa e Estados Unidos.

A estratégia da gráfica rápida fundamenta-se no atendimento eficiente e com qualidade


para impressos de pequenas tiragens, onde o processo gráfico tradicional não é muito competitivo.

O fator que vem impedido que o crescimento das gráficas rápidas nos países em
desenvolvimento, em especial no Brasil, se efetue nos níveis ocorridos no primeiro mundo, está por
conta dos custos. O papel utilizado no Brasil é mais caro cerca de 20% que nos EUA e, embora os
salários sejam equivalentes nesses dois países, os encargos sobre a mão-de-obra são, no Brasil,
60% mais elevados. Os equipamentos chegam a custar 60% mais. Com isso, as margens das
empresas franqueadas ficam extremamente reduzidas, desestimulando o seu crescimento.

A primeira loja de uma gráfica rápida instalou-se no Brasil (como “loja-piloto”) em 1991 e,
em 1993, foram abertas as primeiras franquias. Atuam no Brasil “master-franquias” das principais
cadeias mundiais e seu crescimento pode ser avaliado pela tabela seguinte:

Brasil: Gráficas Rápidas


Número de Empresas em Operação

Kwik Kopy Alphagraphics


1992 - 1
1993 - 4
1994 - 8
1995 1 12
1996 3 16
1997 6 20
Empresas citadas

INDÚSTRIA GRÁFICA 19
No Brasil, as gráficas rápidas vêm se estabelecendo apenas nas grandes cidades. Os
custos de investimento necessários ao estabelecimento de uma loja franqueada é variado. O
“sistema Kwik Kopy” custa entre R$ 115 mil e R$ 250 mil e o “sistema Alphagraphics” cerca de R$
440 mil. O faturamento estimado para as lojas da Alphagraphics, no Brasil, no ano de 1997, é de
US$ 18 milhões.

8. Perspectivas do Setor

A abertura da economia provocou um impacto considerável no setor gráfico. O


crescimento exponencial das importações, a partir de 1993, mostrou a fragilidade da estrutura
existente. A resposta foi rápida, com o reaparelhamento do parque gráfico. Mas, além de
oportunidades, investimentos significam, em geral, dívidas. Por isso, estará garantida a
continuidade sadia do setor, ou partirão as empresas para disputar um mercado interno que pode
não apresentar o mesmo fôlego nos anos vindouros? Como ficará o retorno dos investimentos
realizados?

Grandes desafios deverão ser enfrentados pelos diversos segmentos do setor gráfico. Na
velocidade com que as mudanças tecnológicas vêm ocorrendo, torna-se necessária uma rápida
resposta da indústria, especialmente no que se refere à constante renovação de suas máquinas e à
formação de mão-de-obra capaz de operá-las. A criação do curso superior de tecnologia gráfica
deve ser incentivado, para que a indústria possa dispor, de forma contínua e programada, de um
contingente adequado de especialistas.

8.1 Segmento de Embalagens

O segmento produtor de embalagens é ameaçado pela concorrência externa e pela


pressão dos grandes compradores. O global sourcin g vem obrigando a constante diminuição dos
custos, sob a ameaça iminente de perda de mercado. Essa acirrada competição mundial exige o
aperfeiçoamento contínuo de produtos e serviços.

Parte importante da indústria gráfica é afetada pela rápida evolução nos tipos de
embalagem, onde, a cada dia, surgem diferentes demandas. Novos tipos de embalagens de cartão
associado a outros materiais usados para o acondicionamento de líquidos vêm tendo um mercado
crescente. No entanto, ao mesmo tempo, em função da maior dificuldade em sua reciclagem,
aumentam as resistências por parte de grupos ambientalistas ao uso dessas embalagens.

As mudanças que estão ocorrendo na economia do País vêm permitindo oportunidades de


crescimento significativas na área de embalagens. Os segmentos de fast-food e de alimentos
resfriados/congelados apresentam boas perspectivas. O quadro adiante mostra uma projeção, para
o ano 2001, dos principais grupos de embalagens. A taxa média de crescimento considerada para o
consumo de materiais para embalagens foi de 5,3% ao ano.

INDÚSTRIA GRÁFICA 20
Brasil: Materiais para Embalagens
Projeção do Consumo pela Indústria
mil t
Tipo de Embalagem 1996 2001
Plásticas 840 1.118
Papel/Cartão 2.065 2.661
Metálicas 905 1.106
Vidro 833 1.076
Flexíveis 260 400
Total 4.903 6.361
Datamark

8.2 Segmento Editorial

A grande vertente do segmento editorial, a dos livros didáticos, depende em larga escala
da continuidade dos programas governamentais de estímulo à educação (PNLD e outros).
Igualmente dependente dessa ação está o segmento de cadernos. Por exemplo, hoje, de cada 100
crianças que entram na 1a série, apenas 56 concluem a 5a série.

O baixo consumo de livros no Brasil, de cerca de 2,5 livros/hab.ano, poderá ser


alavancado com as mega-livrarias e os lançamentos de títulos a preços reduzidos, como as edições
de livros populares vendidos em bancas de jornais.

No segmento de jornais e revistas, a informática com seu enorme potencial de reduzir a


by tes parte do material impresso é a grande ameaça. Nos países mais desenvolvidos, vem
ocorrendo a saturação desse mercado, fato que ainda não acontece no Brasil, onde o crescimento
das tiragens é auxiliado pelo esquema de promoções de fascículos, livros, fitas de vídeo, etc.

A sustentabilidade desse volume, a longo prazo, exigirá um grande esforço de criatividade


por parte das editoras desse segmento. Esse esforço deverá agregar os avanços da tecnologia da
informatização para, por exemplo, produzir revistas personalizadas (print -on -dem and) ou jornais,
onde o leitor possa optar pelos cadernos que quer receber, ou, ainda, determinar que grupos de
notícias lhe interessa.

As perspectivas enunciadas adiante são provenientes de estudos da ABIGRAF, em


conjunto com outras entidades setoriais de classe, apresentados à Câmara Setorial do Livro e da
Comunicação Gráfica dos Ministérios MICT (Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo),
MinC (Ministério da Cultura) e MEC (Ministério da Educação e do Desporto), no âmbito do que foi
denominado “Planejamento Estratégico do Produto Editorial para o Ano 2000”. Os principais tópicos
projetados, referentes ao ano 2000, são:

Brasil: Indicadores do Setor Gráfico - Projeção

milhões de unidades
1996 2000
Faturamento global (US$) 5.880 9.150
Faturamento do segmento editorial (US$) 1.300 2.470
Capacidade de produção de livros n.d. 1,210

INDÚSTRIA GRÁFICA 21
Capacidade de impressão de livros n.d. 1.500
Capacidade de grampeação n.d. 802
Capacidade de costura n.d. 410
Demanda de livros 387 485
ABIGRAF

Finalmente cabe considerar que o papel, ao receber o trabalho editorial e gráfico,


tornando-se um livro, passa a ser de dez a trinta vezes mais valioso. A indústria gráfica brasileira
reúne, portanto, todas as condições para se integrar à cadeia que se inicia na floresta, continua na
celulose e nos papéis de impressão, para, finalmente, transformar-se em livros ou cadernos,
gerando quantidade significativa de divisas.

8.3 Segmento Promocional

A estabilidade e a abertura econômicas, permitindo um alinhamento dos preços e uma


maior competição, alavancou os gastos em encartes publicitários por parte das grandes redes de
lojas e das cadeias de supermercados. Também a veiculação de propaganda por mala direta
apresenta-se cada vez mais utilizada.

Espera-se que o mercado publicitário brasileiro cresça 15% no ano de 1997 e, em média,
10% a.a. até o ano 2000, refletindo-se em demanda de serviços para o parque gráfico.

9. Conclusão

O setor industrial gráfico brasileiro tem peso importante na economia nacional e vem
realizando um esforço significativo, sob forma de investimentos e de capacitação, objetivando sua
modernização e equiparação com a concorrência externa.

Os investimentos realizados nos últimos 3 anos deverão arrefecer a importação dos


serviços gráficos. O comportamento da balança comercial do setor e dos produtos a ele
relacionados deve ser acompanhado, de modo a permitir ações específicas.

A importância do setor exige como contrapartida uma atuação institucional forte, papel
reservado às instituições de classe, em especial à ABIGRAF, que através do aperfeiçoamento de
seus mecanismos de monitoramento do desempenho setorial, possibilitarão atitudes positivas por
parte dos diversos segmentos da sociedade e dos governos.

A existência de grande quantidade de empresas, com interesses muito diversificados,


dificulta a tarefa de organização das informações setoriais, razão pela qual, o debate e a troca de
experiências entre instituições e organismos devem ser exercitados.

INDÚSTRIA GRÁFICA 22

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