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CONHECIMENTOS

que um líder
deve ter
Veja como aumentar a eficiência da
sua fábrica, reduzindo tempo de
produção e desperdícios.

por MÁRCIA PEDRO


01 Conceito de Manufatura
Filosofia Lean Manufacturing

02 Ferramentas de Estabilidade
Usando o Mapeamento de Fluxo de Valor
para identificar os 8 desperdícios no
processo

03 Como comprometer as
pessoas no processo Lean
Liderança Positiva

04 Ferramentas para auxiliar


na Gestão de Processos
Conceito e Conversão de Tempos
CONTEÚDO

05 Cronometragem e
Cronoanálise
Aprimoramento constante de processos

06 Metas
Como aplicá-las (peças/hora,
peças/pessoa, peças/dia)

07 Controle Enxuto
da Manufatura
Apontamentos e Monitoramento
dos resultados
08 Gargalos e Ociosidade
na manufatura, como
eliminá-los
Teoria e Dinâmica

09 Processo Operacional Padrão


POP

10 Balanceamento
de Produção

11 Tipos de Layout
CONTEÚDO

12 A importância do
Planejamento
Programação e Controle da Produção
e Set-up

13 Planilhas de Cálculo
Lançamento de tempos levantados
e balanceamento fabril
CONCEITO
Lean significa “enxuto”, é uma filosofia de gestão inspirada em práticas e
resultados do Sistema Toyota (TPS).

Segundo lean.org : É o sistema de produção desenvolvido pela Toyota


Motor Corporation para fornecer a melhor qualidade, o menor custo e o
lead time mais curto por meio da eliminação do desperdício.

O TPS é formado sobre dois pilares, Just-in-Time e Jidoka, e é


normalmente ilustrado pela "casa" TOYOTA. O TPS é mantido e melhorado
por interações entre trabalho padronizado e kaizen, seguidos de PDCA ou
método científico.

O pensamento enxuto é uma forma de especificar valor, alinhar na melhor


sequencia as ações que criam valor, realizar essas atividades sem
interrupção toda vez que alguém solicita e realiza-las de forma cada vez
mais eficaz (Womack; Jones; Ross, 2004).
ESTABILIDADE
É a previsibilidade geral e disponibilidade constante em relação a mão de
obra, máquinas, materiais e métodos os “4Ms”. A estabilidade é o alicerce
que sustenta os pilares da casa Toyota de Produção.

Consegue-se identificar se existe estabilidade no processo produtivo,


através do VSM (Value Stream Mapping), ou MFV (Mapeamento de Fluxo de
Valor), que é uma ferramenta utilizada para mapear as etapas de
produção, desde a matéria prima até o produto final, com o objetivo de
identificar operações que são desnecessárias, necessárias e que agregam
valor de um produto ou processo, à fim de investigar 8 desperdícios.

Após realizar o mapeamento, é possível aplicar plano de ações utilizando-


se das ferramentas como:

Heijunka - Balanceamento das operações, equilibrando-as à fim de


eliminar gargalos e ociosidades;

Trabalho Padronizado – Melhor maneira de realizar um conjunto de


operações, atendendo o tempo ideal a ser empregado em produto para
fabricá-lo, levando em conta o tempo efetivo disponível para a
produção, dentro de uma demanda de um produto;

Kaizen - Segundo Masaaki Imai, Kaizen significa melhoramento. Mais


que isso, significa contínuo melhoramento na vida pessoal, na vida
domiciliar, na vida social e na vida no trabalho. Quando aplicado no
local de trabalho, Kaizen significa contínuo melhoramento envolvendo
todos – tanto gerentes quanto operários.
FOCO NO CLIENTE
Maior qualidade, menor custo, lead time mais curto

Sistema Toyota de Produção (STP)

Objetivo: a mais alta qualidade, com menor custo e prazo

Just-in-time Alta Qualidade Jidoka

Operar com o recurso


mínimo necessário para Desperdícios
entregar consistentemente: Processo
Mínimo Mínimo -Detectar anormalidade
de de -Para e responder
-Apenas o que é necessário
entrada saída -Harmonizar humanos e
-Apenas a quantidade Método
máquinas
necessária
-Apenas quando for Mínimo prazo
necessário
-Apenas onde necessário

Heijunka Trabalho padronzado Kaizen

Estabilidade
MAPEANDO O PROCESSO E
IDENTIFICANDO OS
8 DESPERDÍCIOS

EXCESSO DE PRODUÇÃO
Produzir mais do que é necessário antes
que seja necessário.

ESPERA
Toda vez que existe "não trabalho",
esperar por ferramentas, suprimentos,
peças, etc.

EXCESSO DE PROCESSAMENTO
Realizando mais tarefas do que o
necessário

ESTOQUE
Manter excesso de matérias-primas,
partes em processo, ou produtos
acabados.
O PAPEL DO
LÍDER LEAN

MOVIMENTAÇÃO
Qualquer movimento desperdiçado para
pegar peças ou empilhar as peças.

TRANSPORTE
Movendo materiais, peças ou produtos
acabados dentro ou fora do
armazenamento, ou entre processos.

DEFEITOS
Conserto ou retrabalho.

CAPITAL INTELECTUAL
Não aproveitar a capacidade intelectual
do colaborador na oportunidade de
melhoria.
COMO COMPROMETER AS
PESSOAS NO PROCESSO LEAN
LIDERANÇA POSITIVA
CADA UM DE NÓS TEM UM JEITO DE SER

Segundo CAMERON, KIM S. Practicing Positive Leadership:


“A Liderança Positiva, é uma nova forma de fazer o
exercício da liderança. Trata-se de um conjunto de
práticas e estratégias que geram resultados
excepcionais. O foco está nos pontos fortes dos
liderados, na administração dos pontos frágeis e na
mudança de postura dos líderes que devem entender o
poder do elogio, desenvolver e incentivar relações de
apoio mútuo e oferecer um senso profundo de
significado e propósito.”.

www.viacharacter.org
CONHECENDO-SE
NOSSO CÉREBRO
Neocórtex
Mais recente, está relacionada às
decisões racionais., é o principal
precursor da fala e do
pensamento crítico.

Límbico
Na camada intermediária,
é ligada ao emocional, regula
todas as nossas interações
químicas referentes a sensações,
emoções e sentidos.

Reptiliano
Situado na base do cérebro, é
responsável por ações instintivas,
sua missão é preservar a vida.

https://factotumcultural557916749.files.wordpress.com/2019/05/cerebro-1.jpg

COMO O CÉREBRO INFLUENCIA AS TOMADAS DE


DECISÕES NO TRABALHO E NA VIDA PESSOAL?
O cérebro reptiliano pode sabotar a aceitação de novas ideias,
encarar novos desafios e ter novas experiências.
Cabe ao Líder estimular a mudança de um pensamento
sabotador de seu liderado utilizando-se de suas virtudes e
forças à fim de elevar o nível de comportamento.
Uma das metodologias que auxiliam no mapeamento das
virtudes e forças de caráter de um indivíduo é o VIA (Values in
Action), tal mapeamento auxilia o Líder na tomada de decisões
mais acertivas juntamente aos seus liderados facilitando a
elevação de comportamento positivo para novas ideias e
propósitos.
AS 6 VIRTUDES
24 FORÇAS DE CARÁTER

SABEDORIA
Criatividade, curiosidade, critério, amor
ao aprendizado e perspectiva.
Qualidades cognitivas que envolvem a
aquisição e uso do conhecimento.

CORAGEM
Bravura, perseverança, integridade e
vitalidade.
Forças emocionais que envolvem
determinação de encarar propósitos e
objetivos, apesar de oposições e
obstáculos.

HUMANIDADE
Amor, generosidade e inteligência social.
Forças pessoais que envolvem
relacionamentos humanos.
AS 6 VIRTUDES
24 FORÇAS DE CARÁTER

JUSTIÇA
Trabalho em equipe, justiça e liderança.
Forças cívicas que garantem uma vida
saudável em comunidade.

TEMPERANÇA
Perdão, humildade, prudência,
autocontrole.
Forças que nos protegem contra os
excessos.

TRANSCEDÊNCIA
Apreciação da beleza e da excelência,
gratidão, esperança, humor e
espiritualidade.
Forças pessoais que nos conectam com
a amplitude do universo e dão sentido à
nossa vida.
VIRTUDES E
FORÇAS

Virtudes
Hábitos bons que nos levam a fazer o bem;

Podemos tê-las desde que nascemos ou adquiri-las


depois;

"São um meio muito eficaz para colaborar com Deus, pois


implicam em decidir, livre e voluntariamente, fazer o bem,
ou seja, cumprir o plano de Deus.”

Aleteia.org (2019)

Forças
Capacidades pessoais pré-existentes;

Quando praticamos estas forças de nosso caráter somos


intrinsecamente recompensados.

(Peterson & Seligman, 2004)

Sabedoria

Criatividade Curiosidade
Pensar em novas formas de Ter abertura para novas
fazer as coisas. experiências. Buscar novidades.
Gostar de ser original, de Fazer perguntas e achar os
inventar. assuntos fascinantes. Gostar de
explorar e descobrir.
Sabedoria

Amor ao
Critério aprendizado
Pensar sobre as coisas e Gostar de aprender coisas
examiná-las de todos os novas, tanto em aula quanto por
ângulos. Não se precipitar em conta própria. Grande atração
conclusões e se basear apenas por estudar, ler ou pesquisar.
em evidências sólidas para Buscar novas oportunidades de
tomar decisões. aprender.

Perspectiva
Ser capaz de prover amplos
conselhos e novas visões aos
outros. Encontrar formas de ver
o mundo que façam sentido
para si e para os outros.

Coragem

Bravura Perseverança
Ser corajoso, não recuar diante Trabalhar duro para terminar o
de uma ameaça, desafio ou que começa. Ter satisfação em
dor. Defender o que é certo, completar uma tarefa. Persistir no
mesmo que haja oposição. Agir curso de uma ação ou propósito. Ir
de acordo com suas até o fim, independente dos
convicções. obstáculos.
Coragem

Vitalidade Integridade
Fazer as atividades com vigor e Ser autêntico e honesto, não
energia. Não fazer pela metade apenas por falar a verdade, mas
ou sem vitalidade. Ver a vida por viver de forma genuína e
como uma aventura, sentindo- autêntica. Assumir
se vivo e energizado. responsabilidade pelos seus
sentimentos e ações.

Humanidade

Amor Generosidade
Capacidade de amar e ser Agir com generosidade, altruísmo
amado. Valorizar os e compaixão. Gostar de fazer
relacionamentos próximos, favores e boas ações para os
especialmente os que envolvem outros. Ajudar as pessoas, cuidar
o cuidado e o afeto mútuo. dos outros.
Humanidade

Inteligência
Emocional
Estar consciente dos motivos e
sentimentos das outras
pessoas. Saber o que fazer para
se adequar a diferentes
situações sociais para deixar as
pessoas à vontade. Possuir
inteligência social.

Justiça

Trabalho
em equipe Justiça
Sobressair-se como membro Tratar todas as pessoas
de um grupo. Ser leal e imparcialmente, agindo com
dedicado, fazer sua parte e igualdade e justiça. Não permitir
trabalhar duro pelo sucesso do que sentimentos pessoais
grupo. Agir com cidadania, influenciem decisões sobre mérito
preocupando-se com o bem do dos outros.
grupo ou da comunidade.

Liderança
Sobressair-se em tarefas de
liderança: encorajar um grupo
a realizar coisas e preservar a
harmonia entre o grupo fazendo
com que todos se sintam
incluídos. Fazer um bom
trabalho organizando
atividades e realizando-as.
Temperança

Perdão Humildade
Perdoar aqueles que erraram Não procurar pelos holofotes,
com você. Dar aos outros uma preferindo que suas realizações
segunda chance. Prezar pela falem por si mesmas. Não se
misericórdia, e não pela considerar especial, ver que os
vingança. outros reconhecem e valorizam
sua modéstia.

Autocontrole Prudência
Regular conscientemente o que Ser cuidadoso e fazer escolhas
sente e faz. Ser disciplinado. consistentemente cautelosas.
Estar no controle de seus Não dizer ou fazer algo de que
desejos e emoções, não vice- possa se arrepender depois.
versa.

COMO COMPROMETER AS PESSOAS NO


PROCESSO LEAN (ENGAJAMENTO)
Utilize suas forças e pratique a Liderança Positiva

Segundo CAMERON, KIM S. Practicing Positive Leadership:


“A Liderança Positiva, é uma nova forma de fazer o exercício
da liderança. Trata-se de um conjunto de práticas e
estratégias que geram resultados excepcionais. O foco está
nos pontos fortes dos liderados, na administração dos
pontos frágeis e na mudança de postura dos líderes que
devem entender o poder do elogio, desenvolver e incentivar
relações de apoio mútuo e oferecer um senso profundo de
significado e propósito.”.
FERRAMENTAS
PARA AUXILIAR O
LÍDER NA GESTÃO
DOS PROCESSOS

Conceito e Conversão
de Tempos:

Cronometragem,
Cronoanálise,
Avaliação de Ritmo
e Tolerância
CRONOMETRAGEM
E CRONOANÁLISE
É cálculo, o ato mecânico de se chegar ao tempo padrão,
que auxiliar o líder na gestão da produção e tem como
objetivo:

01 Determinar
o número de pessoas e o número de máquinas necessárias
para um determinado local de trabalho bem como auxílio ao
balanceamento de linhas.

02 Planejar
o trabalho e estabelecer programações.

03 Auxiliar
o preparo de orçamentos, determinado pelo custo padrão.

04 Estimar
o custo de venda de um produto, antes do início de sua
fabricação.

05 Definir
tempo-padrão a serem usados como base para o
pagamento de incentivo à mão-de-obra direta e indireta e
como base de custo da mão-de-obra.
CRONOMETRAGEM
E CRONOANÁLISE
Ferramentas utilizadas:

Cronômetro

Prancheta e
Formulários

Fita Métrica

Softwares que fazem a


cronometragem, via
tablet
PRINCÍPIOS DE ECONOMIA DE MOVIMENTOS
– CONCEITO E CONVERSÃO DE TEMPO

Elemento de uma
operação:
é uma parte da operação que pode ser nitidamente separada
das outras. Deve ter seu início e final bem definidos para
permitir a medição de sua duração.

Pegar

Ciclo
Destacar Posicionar

Alinhar e Costurar

Leitura:
é a observação efetuada no cronômetro, que pode ser por
elemento ou por ciclo.
PRINCÍPIOS DE ECONOMIA DE MOVIMENTOS
– CONCEITO E CONVERSÃO DE TEMPO

Tempo de pacote:
é o tempo envolvido em desamarrar um pacote, distribuir as
peças, cortar e furar a ficha do pacote e amarrar o pacote
quando completo.

Obs.: no sistema Lean este


processo está deixando
de ser usado.
PRINCÍPIOS DE ECONOMIA DE MOVIMENTOS
– CONCEITO E CONVERSÃO DE TEMPO

Avaliação de Ritmo:
é o processo durante o qual o analista de tempos compara a
rapidez e precisão com que o colaborador realiza os
movimentos necessários com o seu próprio conceito de “Ritmo
Normal”.

Sua função é normalizar o tempo médio cronometrado.

Vários sistemas são empregados na Avaliação de Ritmo,


podendo ser dividido em dois grupos:
1 - Indiretos
2 - Diretos

Sistema indireto

Cálculo de Avaliação de Ritmo


Habilidade Esforço

+0,15 A -1 +0,13 A -1
Superior Superior
+0,13 A -2 +0,12 A -2

+0,11 B -1 +0,10 B -1
Excelente Excelente
+0,08 B -2 +0,08 B -2

+0,06 C -1 +0,05 C -1
Boa Boa
+0,03 C -2 +0,02 C -2

1,00 D Normal 1 D Normal

-0,05 E -1 -0,04 E -1
Regular Regular
-0,10 E -2 -0,08 E -2

-0,16 F -1 -0,12 F -1
Fraco Fraco
,0,22 F -2 -0,17 F -2
Sistema indireto

Habilidade Esforço

Fraca Fraca
Não adaptado ao trabalho, Falta de interesse ao trabalho e
comete erros e seus utiliza métodos inadequados.
movimentos são inseguros.

Regular Regular
Adaptado ao trabalho, comete Não adaptado ao trabalho,
menos erros e seus movimentos comete erros e seus
são quase inseguros movimentos são inseguros.

Normal Normal
Não adaptado ao trabalho, Não adaptado ao trabalho,
comete erros e seus comete erros e seus
movimentos são inseguros. movimentos são inseguros.

Boa Boa
Não adaptado ao trabalho, Não adaptado ao trabalho,
comete erros e seus comete erros e seus
movimentos são inseguros. movimentos são inseguros.

Excelente Excelente
Não adaptado ao trabalho, Não adaptado ao trabalho,
comete erros e seus comete erros e seus
movimentos são inseguros. movimentos são inseguros.

Superior Superior
Não adaptado ao trabalho, Não adaptado ao trabalho,
comete erros e seus movimentos comete erros e seus
são inseguros. movimentos são inseguros.
AVALIAÇÃO
DE RITMO
Sistema direto
Neste sistema, o observador julga o desempenho do operador
em relação ao seu conceito normal e tem algumas
características:

a) Trabalha-se com uma escala percentual (%)


b) Considera-se como ritmo normal 100%.

Abaixo do normal:
-5%
-5%
95
-5%
90
85

Normal:

100

Acima do normal:
+5%
+5%
115
+5%
110
105
EXEMPLO
DE APLICAÇÃO

Sistema indireto

Para Avaliação de um operador com Habilidade Regular e


Esforço Fraco:

1) Habilidade Regular E-2 -0,10

2) Esforço Fraco F-2 -0,17

Como aplicar o fator de avaliação:

1) Somar os fatores, obedecendo as regras de sinais:


- 0,10 + (- 0,17) = - 0,27

2) Somar o resultado à base normal “1,00”


- 0,27 + 1,00 = 0,73

3) Aplicar o fator percentual obtido ao Tempo Médio.

Exemplo:
Para um tempo médio de 2,33 min, teremos o seguinte Tempo Normal :
2,33 x 0, 73 = 1,70
TOLERÂNCIA –
FADIGA, NECESSIDADES
PESSOAIS E EQUIPAMENTOS

Fadiga
É expressa pela sensação de cansaço físico ou mental.

Necessidades Pessoais
Compreende o tempo necessário para que o colaborador
recupere “seu bem estar”, e incorpora as seguintes ocorrências
como beber água, ir ao banheiro, lavar as mãos, pequenos atos
de enxugar suor, coçar a cabeça entre outras.

Equipamentos
É expressa por ocorrências dentro do processo produtivo como:
quebra de agulha, troca de bobina, quebra de linha, regulagem
de pontos, troca de linha, instrução, entre outros.

Tabela de Tolerância

Fonte: Santista Têxtil


CONVERSÃO
DE TEMPO
No estudo de tempos por convenção, deve-se aplicar no Tempo
Padrão, a unidade de medidas em minutos, ou seja, o segundo deve
ser convertido em minutos. Ele serve calcular os volumes de produção
por hora e por dia.

Segundos (s) Minutos (min)

0,25

8
0,45
10
0,75

25

1
33

Para transformar segundo em minutos dividimos por 60 e para


transformar os minutos em segundos multiplicamos por 60.
METAS
COMO APLICÁ-LAS

Peças/hora,
peças/pessoa,
peças/dia
COMO APLICAR
AS METAS
As metas são definidas por hora ou por dia com base no Tempo Padrão,
quantidade de pessoas ou máquinas (considerando os minutos
disponíveis).
Pode ser por operação, por pessoa ou por célula de produção, deve-se
utilizar as informações das operações contidas na Receita de Fabricação
ou Sequência Operacional:

T.P.
Número Operações MÁQ.
(min)

1 Pregar recorte lateral frente E/D OVE 1,18

2 Fecha LAT.C/ETIQ pelo recorte/D OVE 1,00

3 Fechar manga longa E/D OVE 1,18

4 Pregar manga raglan fechada E/D OVE 1,48

5 Fechar punho E/D OVE 0,30

6 Pregar ETIQ. clip no punho RETA 0,60

7 Pregrar punho E/D OVE 1,30

8 Unir peitilho 2 partes 2x RETA 0,35

9 Rebater peitilho 2x RETA 0,91

10 Unir peitilho na gola RETA 0,46

11 Cruzar peitilho RETA 0,29

12 Pregar recorte no peitilho (triângulo) RETA 1,14

13 Fixar ponta do peitilho na camisa RETA 0,35

14 Pregar gola c/peitilho OVE 0,91

15 Fazer barra da cintura 4cm (1AG) GAL 0,46

16 Pregar reforço de gola RETA 0,29


17 Pregar ETIQ no recorte RETA 1,14

18 Rebater reforço de gola RETA 1,14

Elaborado: 15,62

Célula de Produção
(Pessoas e Máquinas)
No exemplo ao lado(Célula de Produção) temos
os seguintes recursos:

Máquinas:
GALONEIRA – 1 máquina
OVERLOCK - 6 máquinas
RETA - 4 máquinas

Pessoas:
9 costureiras

Tempo Padrão do modelo:


15,62 min

Cada pessoa tem disponível 60 minutos por hora:

Fórmula:
Meta de peças por hora = Minutos disponíveis/h x Qtde de pessoas
Tempo Padrão

Descobrindo a meta por pessoa, por operação:

Fórmula:
Meta de peças por hora = Minutos disponíveis/h x Qtde de pessoas
Tempo Padrão

T.P.
Número Operações MÁQ.
(min)

1 Pregar recorte lateral frente E/D OVE 1,18

Meta de peças por hora = 60 min x 1 pessoa


Tempo Padrão da operação

Meta de peças por hora = 60min = 50,85 ~ 51 peças/hora


1,18 min
CONTROLE
ENXUTO DA
MANUFATURA

Apontamentos e
Monitoramento
dos resultados
APONTAMENTOS E
MONITORAMENTO
De acordo com Byrne (1991), a produtividade pode ser aumentada de
três formas:

1. Reengenharia do processo em si;


2. Melhoria da utilização dos recursos;
3. Aumento do desempenho (performance) através de metas ou
outros incentivos:
GARGALOS E
OCIOSIDADE NA
MANUFATURA,
COMO
ELIMINÁ-LOS

Teoria e
Dinâmica
GARGALO
E OCIOSIDADE
Um gargalo de produção é o recurso, máquina, equipamento ou centro de
trabalho mais sobrecarregado ou mais lento o processo produtivo.

Ociosidade de produção é o recurso que está com “folga”, ou seja não está
sendo aproveitado o máximo de minutos disponíveis do centro de trabalho.

Causas Com eliminá-las Responsável

Desenvolver produtos com foco


Falha na engenharia
em processo, qualidade e Engenharia
de produtos
produtividade

Falha na
Realizar planejamento,
programação (falta
programação e controle de
de materiais, não
produção, com foco na gestão PCP
empenho dos
de todos os recursos:
recursos
processos, pessoas e materiais
disponíveis)

Urgências de última Realizar planejamento eficiente Vendas/


hora e eficaz da produção PCP

Distribuição
Balancear a produção,
inadequada de
equilibrando as cargas de mão Liderança
tarefas, falta de
de obra
balanceamento

O supervisor deve "monitorar"


todos os processos orientando
Defeitos Liderança
e controlando seus
colaboradores
POP

Processo
Operacional
Padrão
GARGALO
E OCIOSIDADE
O Procedimento Operacional Padrão (POP) é uma ferramenta de qualidade
que traz satisfação para todos os envolvidos no processo, orientando
através de uma sequência detalhada as atividades desenvolvidas,
garantindo uma padronização com resultados esperados.
BALANCEAMENTO
DE PRODUÇÃO
Balanceamento significa tornar possível que todas as operações se
desenvolvam numa mesma extensão de tempo, com uma tolerância
mínima entre uma e outra, eliminando desequilíbrios altamente negativos.

Seu objetivo é permitir um fluxo homogêneo do trabalho, sem formação de


pontos de concentração das peças “gargalos”, retidas quase sempre de
forma desordenada e incontrolável.

O desafio em balancear a carga entre as operadoras é de nivelar suas


capacidades, buscando equilibrar as operações dentro de um índice de
100%, ou seja, se uma operadora trabalha 60 min por hora,, devemos
apropriar operações nesta operadora que supra estes minutos disponíveis.
VAMOS
APLICAR
Dados necessários:

Tempo por operação;


Peças por hora por pessoa;
Metas de peças por hora

Exemplo (vamos trabalhar com a Receita de Fabricação de peças por


hora realizada anteriormente):

Camisa decote "V", manga c/ punhos, lateral c/ recorte, barra normal

T.P. PÇS/
Nº Operações MÁQ. CARGA
(min) HORA

1 Pregar recorte lateral frente E/D OVE 1,18 51

Obs.: A meta de peças por hora foi de 35 peças.

Descobrindo a carga por pessoa,


por operação:
Fórmula:
Carga por pessoa por operação = Meta por hora/pessoa
Peças por hora/pessoa

Carga por pessoa por operação = 35 peças x 100 = 68,62%


51 peças

Para se fabricar 35 peças de meta para esta operação, é necessário


68,62% da carga total de um operador, ou seja, se ele fazer somente esta
operação, estará com ociosidade de 31,38%, portando é necessário
empenhar mais operações para ele.
TIPOS DE LAYOUT
Depois de Balancear é necessário criar o melhor fluxo produtivo dentro de
um layout adequado.
O Layout é a disposição física do equipamento industrial.
A função é de organizar as etapas de processamento dos produtos, para
tornar eficaz o fluxo de valor dentro de um índice de 100%.

Objetivos:
Objetivos:
Propiciar fluxo contínuo;
Auxiliar no projeto de instalação de unidades produtivas;
Auxiliar na ampliação de unidades produtivas;
Racionalizar espaço;
Melhorar condições de trabalho;
Reduzir os riscos para os trabalhadores;
Facilitar a supervisão e comunicação;
Facilitar a limpeza do ambiente
Posicional

Por posição fixa, ou por localização fixa do material. Usado para montagens
complexas. O material ou componentes principais ficam em um lugar fixo.

Fonte: SENAI Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/vestidos-de-noiva/

Funcional ou
por Processo
Agrupam-se todas as operações de um mesmo "tipo" de processo.

Fonte: SENAI
Por Produto
(Linear)
É o material que se move, com base a uma sequência de operações.

Fonte: SENAI

Celular
Célula de Manufatura é uma modalidade de operação onde uma parte da
produção da fábrica é produzida ou processada na célula.
Os produtos que serão processados movimentam-se numa parte
específica da operação.
Em função do espaço ou do projeto pode se tomar forma de “L”, “O” “S” ou
“U”, transformando-se no conceito “Células de manufatura”.
MÁRCIA
PEDRO
Mais de 30 anos, de
experiência em indústria
nas áreas de Engenharia
de Produtos e Processos,
Tempos e Métodos, P.P.C.P,
Facções, Produção e
Qualidade ISO 9000 e mais
de 10 anos de experiência
como Docente e
Consultora Técnica no
SENAI-SP.

Formação Acadêmica

Administração de Empresas - CESB


Curso de Especialização em Administração Industrial
- VANZOLINI (USP)
MBA em Gestão Industrial - FGV ;
Especialização e Engenharia de Produção Lean
Manufacturing com certificação Green Belt módulo
internacional - PUCPR;
Especialização e Psicologia Positiva e Gestão de
Pessoas – IPOG.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Peterson, C., & Seligman, M. E. P. (2004). Character strengths
and virtues: A handbook and classification. New York: Oxford
University Press and Washington, DC: American
Psychological Association. www.viacharacter.org

Mendonça, Artur : Organização da Produção em Confecção


Têxtil

https://canaldafelicidade.com.br/6-virtudes-e-24-forcas-
de-carater/,pesquisado em 24/01/2010

BARNES, Ralph M. - Estudos de Movimentos e de Tempos. 6.


ed. São Paulo: Editora Edgar Blucher,1977.

James P.; JONES, Daniel T. A Mentalidade Enxuta nas


Empresas: Elimine o Desperdício e Crie Riqueza. Edição
revista e atualizada. Trad. Ana Beatriz Rodrigues, Priscila
Martins Celeste. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2004 – 5ª
reimpressão.

LIKER, Jeffrey K. O Modelo Toyota: 14 Princípios de gestão do


maior fabricante do mundo: Do original The Toyota Way
Copyright 2004 by The McGraw-Hill Companies, Inc., New
York, New York. Trad. Lene Belon Ribeiro – Porto Alegre:
Bookman, 2005

https://canaldafelicidade.com.br/6-virtudes-e-24-forcas-
de-carater/, acesso em out/2022
https://factotumcultural557916749.files.wordpress.com/2019/
05/cerebro-1.jpg

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