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AMBIENTES LEAN
MANUFACTURING
CONTEXTUALIZANDO
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máquina” (Ohno, 1997, p. 27). Portanto, podemos dizer que Lean Manufacturing
é uma abordagem integrada que busca o equilíbrio entre pessoas, processos e
tecnologia, em busca da identificação e eliminação de desperdícios, por meio da
melhoria contínua dos processos e do fluxo de informações e materiais a partir do
“start” do cliente.
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Womack e Jones (1998, p. 3) afirmam que a maneira mais eficaz de se
combater o desperdício é utilizando o pensamento enxuto. Segundo eles, “o
pensamento enxuto é uma forma de especificar valor, alinhar na melhor sequência
as ações que criam valor, realizar essas atividades sem interrupção toda vez que
alguém solicita e realizá-las de forma cada vez mais eficaz”, ou seja, fazer mais
com cada vez menos. Cinco passos básicos do pensamento enxuto devem ser
seguidos, conforme abordado a seguir.
Segundo Womack e Jones (1998, p. 4), é o cliente final quem define o valor,
e este só é relevante quando apresentado em forma de um bem ou serviço, ou
ambos simultaneamente. Ainda, deve atender às necessidades do cliente em
termos de preço e momento oportuno.
A necessidade gera valor, e cabe às empresas determinarem qual é essa
necessidade, procurando satisfazê-la e cobrar, para isso, um preço específico
para manter a empresa no mercado e aumentar os lucros por meio de melhoria
contínua (Pereira, 2010).
2.3 Fluxo
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ao longo da cadeia de valor, cujo objetivo é aumentar a capacidade de resposta
inversamente proporcional ao tempo de resposta ao pedido do cliente.
2.1.4 Perfeição
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Segundo Ohno (1997, p. 39), são sete as grandes perdas a serem
perseguidas no Lean, conforme abordado a seguir.
Características:
Causas:
Características:
Causas:
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chegada de materiais ou disponibilidade de outros recursos, incluindo
informações.
Características:
Causas:
Características:
Causas:
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qualidade de que os clientes não necessitam é também uma forma de desperdício
de processamento.
Características:
Causas:
Qualidade é fazer a coisa certa na primeira vez, e isso deve acontecer por
prevenção e planejamento, não por correção e inspeção.
Característica:
Causas:
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4.7 Perdas por estoque
Características:
Causas:
Produção excessiva
Desequilíbrio na linha
Grande tamanho dos lotes
Alto tempo entre o pedido e entrega do produto (lead time)
Alta taxa de retrabalho
Falta de requisição de materiais e padrões de compras
Leitura complementar
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instalações que antes não eram tão necessárias: alguém para tirar os itens da
frente da máquina e transportá-los para outro lugar; um lugar para estocá-los até
o instante do consumo; armazenagem, manuseio, empilhamento e
desempilhamento no almoxarifado; algum tipo de controle (Kardex, sistema
computacional); equipes para realizar o controle; analistas para manter o sistema
computacional; seguros para compensar perdas e roubos; instalações e equipes
para alimentar e contratar todas esta gente, dentre outras. Logo a empresa
constatou que a eficiência local na área de tinturaria se perdia num sem número
de transações decorrentes que se espalhavam ao longo do fluxo de valor. As
previsões de venda feitas no início da estação comumente não se verificavam.
Consequentemente os volumes homogêneos de um mesmo item feitos no início
da estação para viabilizar o processamento eficiente nas máquinas de tinturaria
comumente eram surpreendidos obsoletos no final da estação. Paradoxo dos
paradoxos: a máquina supereficiente comprada a peso de ouro transformara-se
na causa principal do custo alto, lentidão e pouca flexibilidade. Fazia-se rápida e
eficientemente o que depois não era vendido e deixava-se de fazer o que de fato
o mercado queria. Final da história: a empresa está se desfazendo de suas
máquinas supereficientes e substituindo-as por máquinas menos eficientes, mas
que são muito mais baratas, adaptáveis, e que fazem só o que mercado quer. Um
detalhe cruel: quando resolveu se desfazer da máquina superautomatizada que
em lugar de ajudar estava atrapalhando a empresa encontrou dificuldade. A cada
vez mais veloz evolução tecnológica dos nossos tempos havia depreciado seu
valor de mercado.
Para o cliente toda essa automatização, superprodução em curto prazo e
outros valores inseridos ao processo não eram do seu interesse. Portanto, sempre
antes de se fazer grandes investimentos, agregar valor ao produto devemos
pensar qual é a real necessidade do cliente. (Costa; Jardim, 2010).
FINALIZANDO
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Conseguir “enxergar” a empresa por meio do fluxo de produção,
identificação dos desperdícios e, principalmente, tornar isso compatível com o que
o cliente entende como valor é o primeiro passo para implementação do sistema.
Para obter sucesso na implementação do sistema Lean, é necessário que
haja uma mudança de pensamento, pois este, antes de técnicas e máquinas, é
um sistema de pessoas, pois são elas que dão vida ao Lean.
LEITURA OBRIGATÓRIA
Definindo o Lean
Nos últimos anos, as indústrias constantemente vêm passando por
transformações estruturais, as quais são consequências das mudanças que vem
ocorrendo no mercado, tais como a abertura do mercado, que abriu concorrência
com empresas de outros países, incentivo do governo aos pequenos e médios
empreendedores, investidores externos, entre outros.
Em face a essas mudanças, faz-se necessário usar de estratégias que
tragam um diferencial para o mercado, conciliando preço, qualidade e custos.
Utilizar de forma otimizada os recursos disponíveis, investir em treinamento,
identificar as fontes de desperdícios em toda a cadeia produtiva, inovar e
promover sempre a melhoria contínua são estratégias que podem e devem ser
usadas para poder manter a competitividade.
O Sistema Toyota de Produção, criado por Taiichi Ohno na década de
1940, vem ao encontro dessa busca necessária por competitividade, pois é uma
filosofia que contempla técnicas eficientes que permitem reduzir de forma drástica
uma série de desperdícios ligados a todo o processo organizacional.
É possível verificar que empresas de diferentes setores de atuação, estão
aderindo a esse sistema para ganharem competitividade. No entanto, é
necessário ter o cuidado de realmente se comprometer com o sistema e
implementá-lo como um todo, e não somente aplicá-lo em partes, pois corre-se o
risco de frustrar a expectativa dos envolvidos em relação aos resultados e
benefícios esperados.
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REFERÊNCIAS
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