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A organização ao render-se à Produção Enxuta, quebra o velho paradigma da produção em massa, pois passa
a operar a partir do chamado sistema puxado, ou seja, deixa muitas vezes de utilizar a capacidade máxima de
sua planta e começa a produzir em concordância com a demanda do mercado. Logo, a frase “Máquina
parada é prejuízo”, a partir da filosofia da Produção Enxuta, passa a ser repensada.
Dentro da literatura administrativa, o termo possui uma vasta gama de definições, entretanto todas estas
concernem no sentido de que esta é uma filosofia tende à produção sem desperdício. E, acerca dessa
afirmativa, o professor Eudes Luiz Costa Junior relata que a maneira mais eficiente para se atingir alto nível
de desempenho é a redução das ineficiências inerentes ao sistema. E dentro de um contexto produtivo, essas
ineficiências são conhecidas como os sete desperdícios na produção:
1. Superprodução;
2. Estoque;
3. Espera;
4. Transporte;
5. Defeitos;
6. Movimentação nas operações;
7. Processamento.
Dentro dessa filosofia produtiva, de modo geral, os fornecedores entregam lotes racionalizados, o que torna
o trabalho fabril mais leve no sentido de não acarretar, por exemplo, grandes estoques. E a respeito da
estocagem, essa é uma prática vista como desagregadora de valor ao produto, pois os custos intrínsecos a
sua existência quando repassados ao consumidor tornam a empresa menos competitiva.
Além disso, um dos fatores cruciais dentro de todo esse contexto é a da capacitação das equipes de trabalho,
pois uma vez que a Produção Enxuta é uma filosofia e não uma ferramenta ou um sistema, as pessoas
envolvidas no processo tornam-se as responsáveis pelo sucesso, ou não, das ações.
Por fim, é provado que esse modelo produtivo é capaz de, desde que bem aplicado, reduzir os custos de uma
empresa de modo significativos através da redução do set-up*, do lead time**, de despesas referentes à
manutenção de equipamentos, da minimização de movimentações e transportes desnecessários e da
estocagem mínima.
*Processo de mudança da produção de um item para outro em uma mesma máquina ou equipamento que
exija troca de ferramenta e/ou dispositivo.
Leia também:
http://www.infoescola.com/administracao_/producao-enxuta/
Atualmente, essa filosofia encontra-se difundida por todas as partes e está se transformando em um elemento
essencial na manutenção da competitividade das empresas que, independente do porte, veem nesta prática
um caminho assertivo na busca da maior qualidade e do menor custo.
Em se tratando de Produção Enxuta, maior do que seus termos sinônimos, são suas definições, porém, em
todas elas seus autores apontam as metas colocadas por essa filosofia que, segundo o professor Eudes Luiz
Costa Junior, são “o máximo da produtividade e da eficiência, aliadas aos baixos custos de estocagem”.
“Um conjunto de princípios, práticas e ferramentas usadas para criar um valor preciso ao consumidor –
sendo estes um produto ou serviço com melhor qualidade e poucos defeitos – com menos esforços humanos,
menos espaço, menos capital e menos tempo do que os sistemas tradicionais de produção em massa.”
(LEAN ENTERPRISE INSTITUTE, 2007)
“Uma abordagem sistemática para identificar e eliminar os desperdícios por meio de um processo de
melhoria contínua em busca da perfeição a partir das necessidades dos clientes”. (National Institute of
Standards and Technology – NIST, 2000)
“Um sistema de medidas e métodos que trazem benefícios na empresa como um todo e proporcionam um
sistema produtivo competitivo, atacando principalmente o desenvolvimento de produtos, a cadeia de
suprimentos, o gerenciamento de chão de fábrica e os serviços pós venda”. (Iana Araújo RODRIGUES,
2006)
“Um processo composto de cinco etapas: definição do valor do cliente, definição do fluxo de valor, fazer o
fluxo de valor “fluir”, “puxar” a partir do cliente e buscar constantemente a excelência”. (James P.
WOMACK, 1996)
“É reduzir continuamente as perdas em todas as áreas e de todas as formas”. (Francois, VILLIERS, 2006)
Desse modo fica percebido que a Produção Enxuta objetiva o máximo do sistema produtivo, sendo este
sistema fabril ou não, pois como observa o professor Osny Augusto Júnior, apesar deste sistema produtivo
ter nascido na indústria, pode perfeitamente ser aplicado nos mais variadas áreas. Ainda segundo o
professor, as principais áreas onde a Produção Enxuta é aplicada são:
Referências:
COSTA JUNIOR, Eudes Luiz. Gestão em processos produtivos. Curitiba: Ibpex, 2008.
OSNY AUGUSTO JUNIOR. Estrutura e métricas seis sigma. Curitiba, 2010.
http://www.infoescola.com/administracao_/definicoes-de-producao-enxuta/